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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o fim da limitação ao número de consultas e sessões com psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

Agora, os planos de saúde terão que oferecer cobertura ilimitada para pacientes com qualquer doença ou condição de saúde listada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo informações da ANS.

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A decisão, tomada nessa segunda-feira (11) em reunião extraordinária da diretoria colegiada da agência, foi divulgada pela assessoria de imprensa da ANS. A nova resolução deve começar a valer a partir de 1º de agosto deste ano.

Médico do paciente

Com isso, serão excluídas as diretrizes de utilização para consultas e sessões com esses tipos de profissionais. O atendimento passará a considerar a prescrição do médico do paciente.

A ideia foi “promover a igualdade de direitos aos usuários da saúde suplementar e padronizar o formato dos procedimentos atualmente assegurados, relativos a essas categorias profissionais”.

No dia 1º de julho, a ANS já havia tornado obrigatória, para pacientes com transtornos globais do desenvolvimento, a cobertura de qualquer método ou técnica indicada pelo médico.

Em cartaz no Teatro do Desassossego, na Cidade Velha, o espetáculo teatral "Fale com estranho" tem como inspiração o conto “O homem da areia”, escrito por E.T.A Hoffmann. A produção apresenta o "Infamiliar", conceito criado pelo pai da Psicanálise, Sigmund Freud, em uma experiência sensorial e reflexiva aos espectadores. A direção é da atriz, pesquisadora e professora Andréa Flores, com dramaturgia e atuação do multiartista Leoci Medeiros.

Utilizando a metodologia do teatro ao alcance, a peça mistura elementos de suspense e terror, que contrastam com a realidade de traumas e inseguranças na qual se encontra o personagem principal, interpretado pelo multiartista paraense Leoci Medeiros. “O Natanael é um menino que sofre um trauma de infância e esse trauma vai com ele até a vida adulta. Então, ele cresce traumatizado, praticamente sem alma, e cresce mal”, contou o intérprete.

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Segundo Leoci, a resposta do público tem sido positiva. “Nós fizemos alguns ensaios abertos para psicólogos, psicanalistas, e eles ficaram apaixonados pelo espetáculo. O público de uma forma geral fica encantado com o espetáculo, com o espaço, com a atmosfera, e a gente consegue mostrar pra eles a trilha sonora, a sonoplastia, a técnica em volta”, comemorou.

A produção é uma realização da Coletivas Xoxós, com direção cênica da atriz, pesquisadora e professora Andréa Flores, e o suporte de uma equipe composta por grandes nomes do cenário cultural de Belém, como a artista-pesquisadora Wlad Lima. O público que vai até o Teatro do Desassossego, que fica no porão da Casa Cuíra, vivencia uma experiência diferente e transformadora. 

Andréa Flores explica que o espetáculo foi construído de forma colaborativa e de troca entre a direção e toda a equipe, em um processo de aprendizado mútuo, para levar o público a uma imersão no inconsciente. “O ‘Fale com Estranho’, assim como as poéticas do Coletivo e o que nós fazemos aqui dentro, não somos nós que estamos inventando, é um tipo de teatro que essa cidade pulsa. É um lugar de horizontalidade importantíssimo porque é um aprendizado pra vida e eu vivi muito disso aqui”, destacou.

Quem vai assistir à peça pode esperar um diálogo interessante e poético. Com um convite de olhar para a singularidade que habita em cada ser humano, a montagem carrega um pouco da estranheza que todo mundo encontra em si mesmo.

“O meu trabalho com o Léo caminhou pela construção de uma dramaturgia corporal. Então, nós temos uma dramaturgia textual que ele propõe, que a gente vai interferindo junto, mas o texto é um detalhe, porque ele precisa de um corpo que construa sentidos para além do de texto ”, explicou Andréa.

A diretora falou ainda dos desafios enfrentados durante a pandemia de covid-19, que causou tristeza e insegurança, mas que, ao mesmo tempo, apontou a arte como forma de acalento e esperança. “Nós tivemos muitas perdas no grupo, eu perdi minha mãe, todos nós vivemos as baixas e no meio disso tudo a gente continuou insistindo em fazer isso. Por que o espetáculo era muito importante? Não, porque o teatro é importante, senão eu ia morrer e a gente não ia aguentar. E esse é o lugar do estranho”, finalizou. 

O teatro nos porões 

O Teatro do Desassossego, espaço alternativo localizado no porão da Casa Cuíra, no centro histórico de Belém, é mais um dos teatros instalados nos porões da capital, que desde os anos 90 já serviram como palco de grandes obras. O recinto é residência de grupos independentes como o Coletivas Xoxós, fundado no ano de 2014 e protagonizado por mulheres.

Uma das precursoras do teatro de porão é a artista-pesquisadora-professora Wlad Lima, uma das mais importantes teatrólogas do Pará. Segundo ela, a existência de locais como esse é fundamental para a sobrevivência do fazer artístico. “São espaços de sobrevivência, de luta e de resistência, mas são também espaços de experimentações cênicas, de experimentações artísticas políticas, poéticas políticas”,  pontuou.

Além da dramaturgia, o espaço contribui para a realização de diferentes tipos de manifestações artísticas e desenvolvimento de trabalhos afins, como a Clínica do Sensível, que desempenha um trabalho clínico psíquico junto aos artistas, e o grupo Brutos Desenhadores. “Nós somos cinco desenhadores que formamos os Brutos Desenhadores, nos reunimos terça-feira à tarde, desenhamos e cuidamos clinicamente um do outro. A gente conversa, discute, bate boca, fala das dores, chora, lê os desenhos um do outro e escrevemos texto a partir do desenho”, ressaltou Wlad.

Artistas independentes 

Face à rotina agitada que é a realidade da maioria dos paraenses, o artista, em diversas situações, é desrespeitado e precisa lidar com o preconceito por exercer um trabalho diferente do convencional. Não é raro encontrar artistas que precisam conciliar outras fontes de renda além da arte para sobreviver.

Leoci Medeiros conta que, apesar de prazerosa, a rotina de quem vive da arte é envolta de dificuldades. “Para fazer teatro você precisa abdicar de muita coisa, não é fácil, é muito profundo, é difícil se manter nessa profissão. Hoje, eu faço teatro, cinema, dublagem, preparação de elenco, milhares de coisas pra poder me sustentar”, refletiu.

Ainda segundo Leoci, para os atores nortistas as dificuldades são ainda maiores. “Se você não está no eixo Rio-São Paulo, praticamente não existe. Então, nós temos que gritar mais forte, fazer mais coisas para sermos percebidos e com esses gritos dizer: nós existimos e sabemos fazer um teatro de qualidade”, acrescentou ele.

Além da falta de incentivos por meio de políticas públicas de valorização do trabalho artístico, no seio familiar também não é fácil encontrar logo no início o apoio necessário para seguir em busca do sonho de viver da arte. Ao longo do tempo, esses fatores podem desestimular profissionais a abandonarem a carreira, por isso a importância de conhecer, estimular e fomentar a cena cultural de uma cidade tão rica quanto Belém do Pará. 

Serviço

Espetáculo teatral “Fale com Estranho”.

Data: 22 de junho (quarta-feira).

Local: Teatro do Desassossego (Rua Dr. Malcher, 287 – Cidade Velha).

Horário: 20h.

Ingressos: Clique aqui.

Redes sociais: @teatrododesassossego

 

Até o dia 20 de junho, a Universidade Guarulhos (UNG) está com inscrições abertas para cursos de capacitação nas áreas de Psicologia e Nutrição. As aulas presenciais começam em julho e são ofertadas pela Clínicas-escola, com carga horária e períodos variados.

Os temas abordados são Avaliação psicológica infantil; Psicoterapia corporal; Gerontologia social; Práticas clínicas da Psicologia Junguiana; Nutrição Esportiva; Atuação do nutricionista no atendimento domiciliar; entre outros.

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Camila Tufano, psicóloga responsável pela Clínica-escola da UNG, destaca a importância de adquirir conhecimento e aprimorar habilidades nas férias: “O profissional precisa de constante atualização na área para se destacar no mercado de trabalho, que está cada vez mais competitivo. Estamos disponibilizando capacitação para enriquecer o conteúdo dos participantes, além de possibilitar troca de experiências com especialistas renomados”, afirma.

O cadastro pode ser feito nos seguintes links:

Psicologia: https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=CNGXUrD61EeX80SeJ06jiz_Dd1dXcD9Gqq6xFX7QXrdUQVUzT1I2UUhZRkFNQU9NUUozUVhQNVBXMi4u

Nutrição: https://forms.office.com/r/cEmAQeSa1V

Por Maria Eduarda Veloso

 

A Prefeitura de Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR), por meio da Secretaria Municipal de Educação, realiza seleção de estagiários das áreas de licenciatura em pedagogia e psicologia. Os interessados em participar da seletiva devem comparecer à Gerência Pedagógica e/ou Gerência de Pessoal da Secretaria Municipal de Educação, situada na Rua Floriano Peixoto, S/N, Centro - Paulista.

Para realização da candidatura, os estudantes devem entregar as seguintes documentações: currículo, foto 3X4, comprovante de residência, RG e CPF (cópias), assim como, declaração da faculdade. Os selecionados receberão bolsa no valor de R$ 700 e R$ 100 para deslocamento.

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A professora do Departamento de Psicologia da Universidade de Brasília, Valeska Zanello, publicou em suas redes sociais um relato de revolta e insatisfação, acusando um estudante de psicologia de ter plagiado, por duas vezes, o seu trabalho. Segundo Valeska o primeiro plagio ocorreu no ano passado, sobre sua pesquisa a respeito de “Grupos Masculinos de WhatsApp no Brasil”, onde o estudante divulgou o conteúdo, no Instagram, como sendo de sua própria autoria.

No primeiro suposto plágio, muitas pessoas comentaram na postagem exigindo que o aluno fizesse a devida referência ao trabalho da autora. A segunda acusação de plágio aconteceu neste ano, onde ele supostamente usa de frases literais do livro da escritora, sem colocar os devidos créditos. Após a divulgação, o estudante de psicologia bloqueou comentários em suas postagens e restringiu o envio de mensagens.  

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“Novamente, ele se apropria do meu trabalho e de frases literais do meu livro, e recebe créditos por isso. Como, por exemplo, a frase de que homens aprendem a amar muitas coisas e mulheres aprendem a amar os homens”, criticou a docente. “Que absurdo. Além de misoginia, plágio e crime e para pessoas desse tipo não há outro caminho, tem que processar”, disse uma internauta sobre o caso.  

“Por que é tão difícil para o homem referendar o trabalho de uma mulher? Isso tem um nome: misoginia”, finalizou Zanello. A reportagem tentou contato com o estudante de psicologia, mas, até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno.

A Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes da Câmara do Recife, atendendo à solicitação dos vereadores Dani Portela (PSOL), e Ivan Moraes (PSOL), solicitou a realização de uma reunião pública para debater a implementação da prestação de serviços de psicologia e de serviço social na rede pública de educação no município na próxima quinta-feira (17), às 15h.

“Foram 20 anos de mobilização de entidades representativas do Serviço Social e da Psicologia, que aconteceram para mostrar a importância desses profissionais nas escolas. Com a pandemia, essa necessidade se tornou ainda mais evidente, pois estamos diante de um cenário de perdas, incertezas e tensões que também afetam as crianças, e a presença desses profissionais nas escolas não deve ser considerada uma opção”, pontuou a presidente do colegiado, vereadora Ana Lúcia (Republicanos).

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Em dezembro de 2019, a Câmara Federal aprovou a Lei 13.935, que determina a inclusão da prestação de serviços desses profissionais nas escolas das redes públicas de educação básica, após quase duas décadas de tramitação.

De acordo com a Lei, as equipes multiprofissionais deverão desenvolver ações para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem, com a participação da comunidade escolar, atuando na mediação das relações sociais e institucionais. 

Debate

Na Câmara do Recife, o debate sobre a implementação da prestação de serviços de psicologia e de serviço social nas escolas públicas vai acontecer de forma híbrida, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube da Câmara do Recife, na próxima quinta-feira (17), às 15h. 

Entre os convidados, estão o Conselho Regional de Serviço Social de Pernambuco, o Conselho Regional de Psicologia de Pernambuco, a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, a Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social, o Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife, o Conselho Municipal de Educação, a Associação dos Auxiliares de Desenvolvimento Infantil do Recife, a Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional, e a Secretaria Municipal de Educação da cidade.

A Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está com inscrições abertas para o Processo Seletivo Simplificado para Professor Substituto, com atuação em administração e psicologia da educação. São duas vagas disponíveis, uma para o campus Sousa e outra para o campus Cajazeiras.

As inscrições devem ser feitas de forma virtual. Para se candidatar aos cargos, é preciso apresentar certificado de conclusão nos cursos pertinentes às áreas. A jornada de trabalho é de 40 horas semanais. 

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Segundo o edital da seleção para professor de administração, o período de candidaturas será de 1º a 5 de novembro, com uma taxa no valor de R$ 75. Já as inscrições para o cargo de professor de psicologia serão de 10 a 12 de novembro. Os candidatos deverão pagar uma taxa de inscrição de R$65,00 para participar. O cadastro no sistema deve ser feito como usuário externo.

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O simples ato de sorrir consegue ser tão poderoso que tem até data comemorativa. Celebrado todos os anos na primeira sexta-feira de outubro, o sorriso tem a capacidade de elevar o humor das pessoas, trazer uma sensação de conforto, e pode também auxiliar no aumento da longevidade.

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Allana Freitas, psicóloga clínica, explica que o sorriso está associado ao hormônio da endorfina, sendo responsável por causar uma sensação de bem-estar nas pessoas. “Logo, o sorriso influencia fortemente nossa sensação de bem-estar e saúde mental porque ele faz parte da nossa emoção de felicidade”, diz.

Segundo ela, por estar ligado a essa emoção, sorrir também pode ser eficaz no combate à ansiedade e à depressão, além de ajudar no controle do estresse. “Quando enfrentamos uma situação desconfortável e estamos energizados por emoções positivas e também com o sorriso, nós conseguimos enfrentar situações cotidianas de forma mais realista e positiva, diminuindo a ideia de situações ameaçadoras ou impossíveis de resolver”, exemplifica.

O sorriso também pode ser transformador no dia a dia das pessoas, melhorando a interação social entre elas, e nos tornando mais receptivos em lugares que frequentamos ou onde trabalhamos, como explica a psicóloga. “O sorriso aproxima as pessoas ao nosso redor e ele é uma sensação contagiante, que gera empatia e confiança entre as pessoas”, afirma.

Apesar de ser difícil sorrir quando não sentimos felicidade, Allana garante que não é impossível e que podemos encarar momentos difíceis de uma forma diferente, buscando alternativas para solucioná-los e aprendizado. “A nossa capacidade de enxergar os problemas sobre outro ponto de vista regula nossas emoções negativas e melhora nosso comportamento frente a situações adversas”, reforça.

A psicóloga também ressalta que podemos estimular o sorriso mudando a forma como enxergamos os problemas cotidianos. “Podemos incentivar isso através de atitudes que gerem um ambiente de bem-estar nas pessoas, desde dar bom dia ao porteiro, ter uma boa conversa com um amigo que você não vê há tempos, até contar uma piada”, complementa.

A conselheira tutelar Cíntia Gislane afirma que o sorriso é uma forma na qual se encontra o estado de espírito dela. “Como eu passo o dia todo sorrindo, isso mostra que eu sempre estou bem comigo mesma”, comenta.

Cíntia também diz que gosta de estar sempre sorrindo porque se sente feliz e porque ela percebeu que as pessoas admiram o amor próprio que ela possui. Além disso, ela acredita que podemos incentivar o sorriso ao contar uma história. “Nem sempre a gente sorri com a boca, mas até com os olhos. Quando a gente olha para uma pessoa com quem a gente tem certa intimidade, ali a gente também está sorrindo”, observa.

Por Isabella Cordeiro.

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A psicóloga clínica, mestre em distúrbios do desenvolvimento e presidente da Associação Nós do Bem, Alessandra Cieri lançou o livro “Lições de Vida de Mãe para Filha”, que visa debater a importância de possuir laços parentais saudáveis, receber carinho, além de apresentar as lições de vida de uma mãe.

Para a psicóloga, “Lições de Vida de Mãe para Filha” é voltado para a "criança ferida do leitor", que segundo o psiquiatra Carl Gustav Jung (1875- 1961), é formada a partir da memória de vivências negativas, que vão desde crianças negligenciadas, vítimas de abusos, ausentes de amor, disciplinadas de maneira exagerada, excessivamente criticadas, cobradas e humilhadas.

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De acordo com Alessandra, o livro representa a criança que deseja ser curada, para que se possa recuperar a energia que resiste em forma de defesa e a protege de experiências traumáticas. “Esse livro é uma forma de reparentalização na prática, dentro da proposta da Teoria do Esquema da Psicologia”, define a psicóloga.

Entre as principais inspirações, Alessandra destaca a oportunidade de levar conhecimento e conexão para uma ressignificação de vida. “Quando ressignificamos nossas sombras, quando iluminamos as nossas partes mais sombrias que, tantas vezes não queremos encarar, nos tornamos luz. Para mim, esse é o sentido da vida”, afirma.

Por conta do isolamento social, que ocorre em decorrência do Covid-19, Alessandra aponta que o convívio entre as famílias foi intensificado, o que resulta em aspectos positivos e negativos. Além disso, ela evidencia a importância de debater a temática do relacionamento familiar nos dias de hoje. “Construir um mundo melhor, seja interno ou externo, nunca foi tão necessário”, ressalta.

Segundo Alessandra, o maior desafio dessa publicação é realizar um número expressivo de doações para adolescentes que não foram adotados, aos quais precisam deixar os abrigos por atingirem a maioridade. “Além disso, os recursos financeiros obtidos com a venda deste livro são revertidos integralmente para a ONG Associação Voluntários Nós do Bem”, explica.

“Lições de Vida de Mãe para Filha” é comercializado por R$49,90 e para obtê-lo, é necessário encaminhar um e-mail para contato@nosdobem.org

Nesta sexta-feira (27) é comemorado o Dia do Psicólogo, que homenageia o profissional responsável por auxiliar a saúde mental das pessoas, no tratamento de angústias e traumas. A princípio, a data foi instituída pelo presidente João Goulart (1919-1976) em 1962, pela Lei nº 4.119 e regulamentada em 1964 pela Lei nº 53.464.

De acordo com a psicóloga clínica, formada pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), com curso de aperfeiçoamento em psicanálise pelo Instituto Sedes Sapientiae, Maitê Hammoud, além de cuidar da saúde mental, a psicologia também pode ser considerada uma ciência reflexiva e autocrítica.

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Maitê aponta que a psicologia pode auxiliar no desenvolvimento da sociedade, uma vez que garante melhor qualidade de vida da saúde mental. “Além de escolhas mais assertivas como na promoção de empatia e desenvolvimento de questões que competem a nós e ao outro”, afirma.

Durante a pandemia do Covid-19, o Conselho Federal de Psicologia autorizou o uso ilimitado dos atendimentos psicológicos online, para garantir a continuidade das sessões e a segurança dos pacientes. “Além de demandas já existentes da vida de cada um, a psicoterapia se tornou um aliado essencial na promoção de saúde diante de tantas privações e preocupações que vivemos com a pandemia”, lembra Maitê.

A psicóloga lembra que a pandemia provocou diversas adaptações na rotina e a convivência com familiares aumentou de maneira significativa. “Estar estruturado e fortalecido emocionalmente em um momento como este é a base para prevenção de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, além da tolerância e boa convivência com aqueles que vivemos”, destaca Maitê.

Maitê recorda que tanto ela quanto alguns pacientes eram resistentes ao tratamento a distância, mas o advento da pandemia exigiu adaptações. Durante o processo, alguns cuidados foram necessários, entre eles, manter o sigilo do atendimento, mesmo com a proximidade dos familiares do paciente. “Alguns pacientes começaram a fazer as sessões de lugares isolados na casa ou até mesmo de seus veículos estacionados na garagem. No que diz respeito à qualidade das sessões e do tratamento, a eficácia continuou a mesma”, relata.

Para exercer um bom trabalho, Maitê pontua que é essencial possuir empatia e sensibilidade nas questões que o paciente apresenta ao psicólogo. “O que garante a eficácia do tratamento, reflexão para se construir o autoconhecimento, ter mais entendimentos nas demandas e conflitos do cotidiano”, define a profissional e complementa que a graduação e vínculo com o Conselho Federal de Psicologia também é fundamental.

A psicóloga e professora do curso de Psicologia da Universidade Guarulhos (UNG), Sílvia Suely de Souza Maia, explica que a psicologia possibilita ao profissional da área,recursos para conduzir um ser humano à autoconstrução, busca pela identidade e compreensão de suas dificuldades. “Além de ser a forma com que se relaciona com o seu processo intrínseco e seus pilares externos”, reforça.

Segundo Sílvia, por meio da psicologia, a sociedade consegue refletir, ampliar sua visibilidade sobre os contextos sócio-histórico-cultural e compreender o homem como ser biopsicossocial.

Na contemporaneidade a psicologia passou a analisar o ser humano por meio de outra perspectiva. “A Psicologia enquanto ciência foi instigada a apresentar respostas para os anseios e as prementes dúvidas da sociedade. Assim, ela permite que os questionamentos possam ser refletidos, compreendidos e até refutados”, ressalta Sílvia.

Os Desafios da Psicologia

Diante de inúmeras adversidades que o psicólogo precisa lidar em seu dia-a-dia, a professora destaca a formação profissional, alta demanda dos que desejam atuar na área, problemas com estrutura física, falta de recursos materiais e pessoais, além do baixo investimento por parte do poder público.

Os que atuam com políticas públicas também precisam lidar com alguns desafios. “Por se tratar de uma ação que exige movimentos práticos, em que o psicólogo necessita, muitas vezes, readequar seu papel, buscando considerar a ética que lhe confere atribuir imprescindível prioridade ao paciente, escutando e analisando profundamente suas angústias e aflições”, exemplifica Sílvia.

Os desafios também foram ampliados pela crise do coronavírus, que impulsionou a sociedade para uma nova realidade. De acordo com a professora universitária, o psicólogo precisou elevar a serenidade, ressignificar o seu papel, crenças, maneira de agir e maneiras de atuar profissionalmente. “Foi necessário utilizar a adaptabilidade humana como critério de encontros simbólicos em suas possibilidades de manifestar os variados modos de ser e estar no mundo”, relembra.

Nesse sentido, Sílvia evidencia que a Psicologia surge para acomodar necessidades, acompanhar, acolher e descrever essas mudanças impostas pela pandemia.  A professora reforça que o momento exige o desenvolvimento da empatia, junto ao fortalecimento dos vínculos e da confiabilidade, para que seja possível sobreviver e contribuir. “Ainda que por meio do confinamento e do distanciamento social, para a sobrevivência de uma sociedade psiquicamente saudável”, finaliza.

A Universidade de Brasília (UNB) realiza concurso público para a contratação de um professor de magistério superior, com doutorado, além de formação de cadastro de reserva, para atuar Departamento de Psicologia Clínica. As inscrições começam na próxima segunda-feira (16), realizadas no site do Sistema Integrado de Gestão de Recursos Humanos da Unb, e seguirão até 17 de setembro.

A taxa de inscrição custa R$ 240 e deve ser efetuada até 28 de setembro. De acordo com o edital do certame, candidatos que preencham alguns requisitos podem solicitar isenção da taxa. O processo seletivo conta com prova oral para defesa de conhecimento, prova didática e de títulos.

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O candidato selecionado exercerá a função na área de psicologia, subárea de tratamento e prevenção psicológica, assim como, na especialidade de psicologia da saúde. A remuneração oferecida pela instituição varia entre R$ 4.472,64 a R$ 9.616,18.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou o edital de seleção para o programa de pós-graduação em Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (PPGPsi/CFCH) para o período letivo de 2022.1. Ao todo, são 28 vagas, sendo 21 para mestrado e sete para doutorado.

A normativa ainda assegura mais duas vagas reservadas para servidores da UFPE, uma para cada nível acadêmico. Ainda de acordo com o edital, divulgado no boletim oficial nº 106/2021 da instituição, as inscrições serão realizadas no formato virtual, por meio do envio da documentação cadastral para o endereço eletrônico selecao.ppgpsi@ufpe.br, juntamente com o preenchimento do formulário digital.

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Os candidatos ao mestrado devem apresentar comprovação do término do curso de graduação em psicologia ou em outra área. Já os interessados em concorrer a uma vaga de doutorado devem ter concluído o mestrado em psicologia, ou outra área do conhecimento, reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Os candidatos ainda devem anexar o comprovante de pagamento da taxa de inscrição, de R$ 50. Os pedidos de isenção da taxa podem ser realizados no período de 9 e 10 de agosto.

O processo de seleção dos candidatos será feito em duas etapas, sendo a primeira a avaliação dos pré-projetos de pesquisa pelas respectivas comissões avaliadoras, de caráter eliminatório. As comissões trabalharão na fase de 11 de outubro até 4 de novembro, indicando o resultado dos aprovados no dia 5 do mesmo mês. A segunda etapa consiste na apresentação e defesa dos pré-projetos de pesquisa, juntamente com a avaliação curricular.

As sessões estão programadas para ocorrer do dia 17 a 26 de novembro. O resultado final dos aprovados nos programas de pós-graduação será apresentado no dia 10 de dezembro.

O período de matrícula será informado conforme calendário acadêmico para o semestre letivo 2022.1, que ainda será divulgado. Com a permanência das atividades remotas, devido à pandemia de Covid-19, os aprovados serão informados sobre o procedimento para entrega de cópia autenticada dos documentos. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail selecao.ppgpsi@ufpe.br.

Neste período de pandemia em virtude da Covid-19, notou-se um aumento de números em casos de pessoas com doenças de cunho psicológico, como depressão, fobia e neurose. De acordo com um levantamento feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Síndrome do Pânico é um agravante que assola cerca de 2 a 4% da população mundial. Por conta deste fenômeno, inúmeras obras audiovisuais abordam esses temas, como o curta-metragem “Pináculo”, estrelado por Andriu Freitas, que foi indicado à premiação de dois festivais internacionais: Independent Shorts Awards (EUA) e High Tatras Film & Video Festival (Eslováquia). Confira o filme na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=twAf-rLBsgw&ab_channel=AndriuFreitas

De acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID), depressão, fobia e neurose estão caracterizadas como transtornos psiquiátricos, sendo que um pode vir como queixa principal, enquanto os outros podem surgir como comorbidades ou reações dentro das síndromes. Segundo a psicóloga cognitivo-comportamental, Rosana Cibok, a característica da depressão está relacionada à autodepreciação. “O indivíduo seleciona apenas fatos de sua vida que sejam congruentes com seu humor negativo, referindo-se a eles de forma absoluta”, explica a psicóloga.

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Enquanto a depressão reforça os aspectos negativos que se configuram nos sentimentos de profunda tristeza, angústia, falta de prazer, desesperança e ideação suicida, a fobia está atrelada a um quadro de ansiedade, que representa um medo irracional diante de um agente fóbico. “Muitos indivíduos convivem com suas fobias, desenvolvendo estratégias de evitação que não os colocam frente a frente com o agente fóbico. Essas estratégias, por vezes, levam o indivíduo à inatividade e ao isolamento social,  que podem culminar com os sintomas da depressão, mostrando aqui uma comorbidade”, define Rosana.

Já quando se trata de neurose, a psicóloga afirma que este é um transtorno de afetividade, em que se experimenta sentimentos e reações incontroláveis diante das situações mais comuns. “Uma pessoa com neurose percebe a realidade como todo mundo, mas faz julgamentos distorcidos desta realidade”. Também existe a classificação de neurose fóbica, em que o indivíduo sente intenso medo de uma situação ou objeto que ele sabe que não representa perigo. “Ele externa suas angústias através das fobias, transformando esta ação em uma obsessão, levando ao isolamento social e até a depressão”, esclarece a especialista.

Apesar das doenças psicológicas estarem presentes na humanidade há muito tempo, fatores como a pandemia de Covid-19 servem como agravante para quadros que até então eram leves ou despertam o sintoma naqueles que ainda não o tinham. Segundo a psicóloga, indivíduos com quadro de depressão podem estar propensos a fazer julgamentos distorcidos, sem conseguir criar estratégias para combater a doença. “O medo pode se transformar em fobia, pois a distorção da realidade com o isolamento social, o medo de contrair o vírus, de perder o emprego, da privação, acentuam o percentual de casos”, afirma Rosana.

Como alternativa para que se possa evitar agravamento de quadros envolvendo doenças psicológicas durante a pandemia, a psicóloga conta que costuma orientar seus clientes a fazer um filtro de consumo relacionado às informações diárias. “Quando temos uma teoria, buscamos fatos que as confirmem. Portanto, se você pensa que vai morrer diante do quadro mundial que se apresenta, acaba indo atrás de informações que comprovem isto, levando a quadros ansiogênicos”.

Segundo Rosana, cada pessoa tem um funcionamento psíquico, mas existem medidas que funcionam de maneira geral. “Fazer meditação, relaxamento, assistir a comédias, ler bons livros, focar na atenção no trabalho, na família, enfim, tirar o foco do problema. Eles costumam ser maiores de acordo com a importância que damos a eles”. Rosana ressalta que esta orientação não se trata da prática de alienação, mas é viável que o consumo de informações seja ponderado, que a fonte seja séria e comprometida com a ciência.

Problemas psicológicos retratados no audiovisual

De acordo com a psicóloga, as produções audiovisuais de um modo geral buscam acender uma luz em relação às doenças, assim como o cinema que trabalha com ficção, criando cenários lúdicos para a informação. “São essenciais para a propagação do conhecimento das doenças psicológicas, diminuem o tabu, aproximando as pessoas de situações que possam estar sendo vivenciadas dentro da própria casa e, por vezes, passam despercebidas. Eu não consigo me lembrar de nenhum filme ou série que tenha levado a informação de forma leviana, ao contrário, gera mais curiosidade pela busca de mais informação”, explica Rosana.

Ao longo da história, a psicóloga conta que este é um tabu que vem se desmistificando, visto que na Idade Média, as doenças mentais eram consideradas punições divinas. Ainda há um número de pessoas que tiram suas próprias vidas por ignorarem que estejam doentes, situação que poderia ser tratada caso houvesse ajuda profissional. “Boa parte dos indivíduos afetados não têm confiança para falarem abertamente de suas questões, o que torna os problemas mais graves. Estas doenças trabalham de forma silenciosa e quando o indivíduo resolve conversar e contar o que sente, em sua maioria, os casos já estão associados à outras, levando às comorbidades”, finaliza

Um projeto da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), em parceria com a Universidade Brasília (UnB), vai oferecer apoio psicológico para pessoas que perderam parentes pela covid-19.

Desenvolvido no âmbito das diretorias de Serviço de Saúde Mental da SES e de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária da UnB, o projeto vai oferecer intervenção psicossocial com atendimento online e em grupos de 15 pessoas.

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A procura foi tão grande que, menos de 24 horas após o anúncio do serviço, as 285 vagas disponibilizadas se esgotaram. Aos interessados, ainda é possível se cadastrar para uma lista de espera, para atendimento futuro.

Ao todo, está prevista a formação de 19 grupos de apoio, cada grupo com 15 pessoas, coordenados por uma dupla de psicólogos. Serão seis encontros virtuais, com duas horas de duração, a partir da segunda quinzena de junho.

Pandemia e luto

A pandemia de covid-19 trouxe uma relação inédita com a morte, já que há mais de um ano são registradas mortes diárias. Embora o número de óbitos pela doença esteja caindo gradualmente, desde o início da pandemia quase meio milhão de brasileiros e brasileiras experimentaram a dor de perder um parente ou um amigo.

A diretora de Serviços de Saúde Mental da SES, psicóloga Vanessa Soublin, explica que com o isolamento imposto pela pandemia, muitas famílias não puderam viver os rituais tradicionais do luto, como funeral e enterro - que auxiliam a processar essa perda.

“As pessoas não puderam se despedir, não puderam vivenciar os últimos momentos do ente que perderam. Isso tudo acaba agravando o luto. Então, é muito importante ter esse momento para poder refletir, para poder refazer vínculos e pra poder realmente superar esse momento”, destacou.

A brasiliense aposentada Arimá Gois de Pinho, de 60 anos, perdeu dois irmãos para a covid-19, em menos de 10 dias, em março deste ano. Ela conta que ainda não superou a dor de perder a irmã, Maria Auxiliadora de 62 anos, e o irmão José, que tinha 61 anos. “Estamos ainda aprendendo a lidar com essa dor. Somos 11 irmãs e cinco homens e nós, as mulheres, éramos muito unidas”, conta.

Como Maria Auxiliadora (apelidada na família de Neguinha) tinha comorbidades, desde o início da pandemia, Arimá e as outras irmãs já estavam mantendo uma distância maior. “Neguinha era muito alegre. Estava sempre sorrindo. Desde que começou o isolamento já estava difícil ficar longe dela. O que ninguém esperava é que no fim, essa distância, essa separação, fosse durar pra sempre”, relata emocionada.

Católica, Arimá se apegou à fé. Ela elogiou a iniciativa da SES e encaminhou as informações para as duas sobrinhas que perderam a mãe. “Minhas sobrinhas estão sofrendo demais e esse apoio do governo é fundamental e necessário. É muita gente perdendo pessoas queridas todos os dias que precisam de ajuda pra seguir adiante”.

A psicóloga Vanessa explica que, embora o luto seja um processo natural da vida, algumas pessoas têm mais dificuldade em lidar com a dor e podem desenvolver transtornos mentais agravados, como depressão: “Tem uma porcentagem das pessoas que, normalmente, já tem um luto agravado, que desencadeia um sofrimento mental, um transtorno mental, algo maior do que o que é esperado normalmente”.

Capacitação

Para proporcionar esse acolhimento, Vanessa conta que psicólogos da Secretaria de Saúde estão realizando um curso de formação específico, em parceria com a UnB. A universidade também vai auxiliar na implementação dos grupos.

“A gente procurou a Universidade de Brasília, que já vinha desenvolvendo essa ação [de assistência a enlutados] desde o começo do ano passado e eles propuseram uma capacitação [dos psicólogos da SES] para a implementação conjunta [do projeto]”.

Serviço

Interessados em participar de grupo futuramente devem enviar um e-mail para o endereço gerenciadepsicologia.ses@gmail.com, com nome completo e telefone de contato. O cadastro para a lista de espera de novos atendimentos também pode ser feito pela internet.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção à violência sexual contra menores de idade. A data foi instituída pela Lei 9.970/2000, em homenagem ao ocorrido com a menina Araceli Crespo, de 8 anos, que foi violentada e assassinada no ES, em 1973. 

A última pesquisa realizada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) em 2020, indica que de 159 mil ligações feitas ao Disque Direitos Humanos (Disque 100) em 2019, 86,8 mil tinham como vítimas crianças e adolescentes. De acordo com os dados, a violência sexual corresponde a 11% das denúncias, o que equivale a 17 mil casos. 

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Além disso, a doutora em psicologia escolar, desenvolvimento e aprendizagem pela Universidade de São Paulo (USP) e professora do curso de Psicologia da Universidade Guarulhos (UNG), Maria Lucia Marques, lembra que segundo alguns estudos, crianças que sofreram abusos sexuais na infância, possuem tendências a também praticar violência sexual na vida adulta. 

A psicóloga destaca, que na maioria dos casos, as crianças ou adolescentes que sofrem de abusos sexuais, vivem este sofrimento de maneira silenciosa. Por conta desta cultura do silêncio, as possibilidades de replicar essas práticas na vida adulta são potencializadas.  De acordo com os estudos da psicologia, menos de 5% dos abusadores sexuais são psicóticos, mas em alguns casos, apresentam Transtorno de Personalidade Antissocial (TPAS), transtornos de humor, ansiedade e abuso de álcool. “O que há de mais comum entre eles é uma baixa autoestima, dificuldades nos relacionamentos com outros adultos e dificuldade para identificar os sentimentos das outras pessoas”, relata Maria Lucia. Para estes casos, a psicóloga orienta o tratamento de psicoterapia.

Como combater os abusos sexuais com menores de idade  Os casos de exploração sexual de crianças e adolescentes podem ser denunciados pelo Disque 100, em Delegacias Locais, Conselho Tutelar, Ministério Público, ONGs que visam combater a prática, pelo aplicativo Proteja Brasil que, possibilita fazer denúncias anônimas ou pelo site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH), disponível em https://www.gov.br/mdh/pt-br/ondh/

Estão disponíveis, até a próxima sexta-feira (7), as inscrições para o curso gratuito “Clássicos em Psicologia & Morte”. O evento é promovido pelo Laboratório de Estudos da Autoconsciência, Consciência, Cognição de Alta Ordem e Self (Laccos) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

O curso tem carga de 40 horas e busca abordar aspectos psicológicos da morte e do morrer a partir da visão de autores e textos clássicos da psicologia. De acordo com a UFPE, a qualificação terá encontros quinzenais, nas segundas e quartas-feiras, de maio a julho deste ano, sempre no horário das 13 às 16h.

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Na programação, serão realizados debates reflexivos, leituras de literaturas, apresentação de seminários e desenvolvimento de texto autoral. Os interessados devem se inscrever pelo e-mail secretarialaccos@gmail.com.

As aulas ocorrerão na sede do Laccos, no Campus Recife da UFPE. O endereço é Avenida Professor Moraes Rego, 1235, no bairro da Cidade Universitária.

Quem não precisou de apoio psicológico neste período que assola a humanidade? Mudanças repentinas no dia a dia, novos hábitos e desafios, muitos deles vivenciados dentro de casa, perdas de pessoas queridas, sem contar os conflitos e frustrações  deixados pelo rastro da pandemia da covid-19, afetam a saúde mental das pessoas.

Pensando nisso e após mapear a baixa nos atendimentos presenciais, a Clínica de Psicologia da UNAMA - Universidade da Amazônia passará a realizar os atendimentos na modalidade virtual. “Verificamos que muitos pacientes atendidos pela clínica escola, que tradicionalmente é presencial, não compareciam por medos, incertezas, preocupações desse momento atual”, explica a coordenadora do curso de Psicologia Luzia Aquime.

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Segundo a coordenadora, antes da aprovação pelo Conselho de Psicologia, os atendimentos virtuais já estavam sendo realizados por terapeutas estagiários do curso, tendo em vista que é uma clinica escola dentro da universidade, todos acompanhados e orientados por um professor. “A partir dos diálogos com o Conselho, nós conseguimos fazer um percurso de aprendizagem para nosso aluno, para que ele pudesse entender como funciona esse formato on-line e para que pudéssemos estar respaldados sobre sigilos éticos quando se trata de alguém que está em atendimento psíquico”, ressalta.

Os atendimentos virtuais começaram nesta segunda-feira (19), quando terminaram as qualificações e capacitações da escuta profissional aguçada e apurada dos envolvidos no programa. Entre professores e psicoterapeutas estagiários, 50 pessoas recebiam no atendimento presencial aproximadamente 20 pacientes por dia.

A professora Luzia observa que no topo da lista das principais ocorrências de atendimento estão questões como sinais e sintomas de ansiedade e estresse. Pessoas acima dos 18 anos em sofrimento psíquico, de luto ou por perda de entes queridos, bem como profissionais da linha de frente da pandemia, poderão solicitar atendimento. Para isso, basta informar nome e contato para o e-mail atendimentovirtualunama@gmail.com ou pelo fone 4009-3012, em horário comercial.

Na pandemia, o isolamento social contribui para que pessoas vivenciem a ansiedade, altos níveis de estresse, medos e angústias. “Todos nós em algum momento de nossa vida precisamos de um suporte emocional e nesse sentido buscar um profissional de Psicologia nos assegura a nossa saúde mental”, finaliza a coordenadora.

Por Dinei Souza.

 

 

 

 

A autocobrança de adolescentes, jovens e adultos durante as aulas a distância e os  estudos para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm deixado muitas pessoas com problemas de saúde mental. Em 2021, o Brasil teve um aumento de 40% nos sintomas de depressão e ansiedade nos jovens, segundo a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, em seu estudo chamado oCOVIDPsiq.

O país entrou em alerta amarelo, aponta o estudo. A pesquisa usou como base 6,5 mil jovens, maiores de 18 anos, em todo o Brasil.

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Em entrevista para o LeiaJá, a psicóloga Isabelle Fernandes, especialista em Psicologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), disse que a pandemia agravou quadros de transtorno mental. "As restrições sociais, a deterioração das condições financeiras de muitas famílias e a mudança na rotina impostas pela pandemia geraram um grande impacto na saúde mental dos jovens, como sentimentos de solidão, autocobrança excessiva, desamparo, tristeza”, afirmou.

Num estudo da “Global Student Survey” feito pela organização sem fins lucrativos Chegg.org, sete de dez universitários brasileiros declaram que a pandemia de covid-19 trouxe impacto na sua saúde mental; pelo menos 21% desses jovens buscaram ajuda psicológica e 17% tiveram pensamentos suicidas. A organização ouviu 16,8 mil estudantes em graduação de 18 a 21 anos em todo o mundo.

“O importante nesse momento é saber reconhecer os sintomas e o impacto deles na sua rotina, na iniciativa para as atividades e nos pensamentos. Procurar por uma ajuda profissional é uma forma de autocuidado e de prevenção”, orientou a psicóloga Isabelle Fernandes.

Segundo Isabelle, existem medidas de autocuidado que podem auxiliar na saúde mental, como estabelecer uma rotina diária de atividades, incluindo momentos de lazer, de interação social (mesmo que virtuais) com os amigos e familiares e traçar metas possíveis e de curto prazo, que considerem o contexto atual.

Em 2020, o Ministério da Saúde lançou o programa Mentalize, para atenção a pessoas com transtornos causados pela pandemia. A ajuda para jovens adolescentes e adultos também está disponível no Centro de Valorização da Vida (CVV), pelo número 188.

Por Ariel Monteiro.

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A gordofobia é uma forma de discriminação, caracterizada pela falta de tolerância com pessoas consideradas acima do peso ideal para aquilo que se convencionou como “padrão de beleza”. Apesar da obesidade (18,9%) e o sobrepeso (54%) serem uma realidade para mais de 70% da população brasileira, segundo relatório do Ministério da Saúde, os episódios envolvendo gordofobia têm sido recorrentes.

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A realidade de quem sofre gordofobia no trabalho é alarmante. O que para muitos é apenas uma “brincadeira”, para as vítimas é algo que afeta diretamente vários aspectos da vida. Seja on-line ou off-line, os atos de gordofobia configuram crime e estão sujeitos à reparação de acordo com a lei. 

Para Flávio Guarany, advogado da área trabalhista, a gordofobia pode ser caracterizada como assédio, quando um funcionário é constrangido com comentários inapropriados no ambiente de trabalho. “A vítima pode processar a empresa, com as provas devidas, testemunha, vídeo, entre outros”, diz. “A empresa pode ser condenada por danos morais. O amparo são as indenizações”, destaca o advogado sobre as ações que podem ser tomadas num caso de gordofobia no local de trabalho.

A designer de unhas Andy Miranda alega ter sofrido gordofobia desde criança. Ela diz que foi ensinada que o corpo gordo não era bonito, saudável e, por isso, não era digno de interesse. Para a designer, as crianças devem ser ensinadas que aparência não tem nada a ver com saúde e que peso não tem a ver com beleza. “Eu acho que esse ensino precisa vir do início. A gente só resolve um problema se começar pela raiz. Não adianta dar água pras plantas, as folhas parecerem bonitas e a raiz estar ruim, ela nunca vai ficar bonita por muito tempo", assinala. 

Para Andy, a educação muda conceitos e posturas. "É ensinar desde cedo que corpo gordo não é sinônimo de doença, que uma pessoa gorda é linda do mesmo jeito que qualquer outra pessoa. É tirar esse 'mas': 'é gorda, mas tem um rosto lindo', 'é gorda, mas é saudável'. Não existe 'mas'. Somos pessoas gordas, assim como existem pessoas magras, altas, baixas, pretas, brancas", afirma.

Andy considera que a palavra é utilizada como ofensa. "Isso precisa parar. Se você ensina pra uma criança que algo está errado, ela vai acreditar que é, o mesmo se você ensinar que é certo. Ensine a ela que um corpo gordo é um corpo como qualquer outro. Não fale sobre corpos saudáveis, diga que existem pessoas saudáveis. Quem sabe, daqui a um tempo, essa visão distorcida seja melhorada”, observa a designer.

Andy fala sobre o processo de aceitação e sua importância. “A aceitação é exatamente isso, um processo. E ela é um processo eterno, na minha opinião. Porque algo que você construiu em anos pode ser destruído com uma única frase. Então, mesmo hoje em dia, quando eu já mudei muitos pensamentos meus a respeito de meu corpo, eu ainda tenho dias e momentos de ódio com ele por ter ouvido durante anos que era assim que eu deveria agir. A gente acaba deixando de fazer coisas simples, às vezes, pelo medo de ser ridicularizada em público pelas pessoas”, diz.

A designer revela comentários que teve que escutar sobre o seu corpo no âmbito de trabalho e em outros lugares. “Eu tento entender se tal comentário feito me afetou porque eu também acho isso ou porque alguém colocou na minha cabeça. Então quando alguém ainda insiste em dizer que eu preciso emagrecer, eu tento prestar atenção e penso: 'será que EU realmente quero fazer isso ou vou começar a achar que quero por conta do que essa pessoa disse?'. Às vezes, a gente começa a ver coisas que não existem, mas se tornam verdades porque as palavras têm força”, conta.

Andy defende que as pessoas tenham cuidado com as palavras. “Porque ninguém perguntou, porque não é da sua conta ou simplesmente pelo fato de que vai machucar alguém. As palavras podem abençoar ou amaldiçoar a vida de uma pessoa, mas não é todo mundo que se importa com isso. Se cada um cuidasse da própria vida e deixasse as pessoas fazerem suas próprias escolhas, teríamos menos experiências ruins”, desabafou.

Aversão e desumanização

Professora da UNAMA - Universidade da Amazônia, a psicóloga Bárbara Sordi explica que a gordofobia é considerada a aversão ao corpo gordo. “Mas ela tem uma complexidade porque envolve não só práticas discursivas de diversas instituições sobre a tutela desse corpo que tenta controlar e adestrar, como ela também produz efeitos psicológicos da subjetivação que envolvem o que você acha bonito, do que você tem aversão o que a gente de alguma forma exclui socialmente”, observa.

A psicóloga afirma que a gordofobia está associada então a uma lógica de desumanização. “Colocando pessoas que se encontram gordas em um lugar de marginalidade, elas vão sofrer preconceito de diversas formas, seja nas relações sociais, seja até mesmo nas questões espaciais arquitetônicas e serviços que não vão estar disponíveis ou acessíveis para elas”, diz.

A professora também aponta diferenças entre a gordofobia e a pressão estética. Bárbara explica que não são a mesma coisa. “A pressão estética está relacionada ao movimento do capitalismo que afeta a sociedade como um todo, que dita padrões de beleza que as pessoas precisam consumir e seguir. Muitas vezes afeta a forma como a pessoa se autoavalia, como ela se enxerga, as cobranças sociais que ela faz sobre si. Uma indústria, um mercado, lucra muito com isso, um sistema patriarcal que impõem um padrão e que valoriza os corpos que são ditos belos e geralmente esse são baseados em padrões eurocêntricos”, analisa.

Segundo Bárbara, a gordofobia é uma aversão que aparece na falta de espaços afastados em aviões, transportes públicos, hospitais, lojas. “Há uma dificuldade de adaptação desse corpo até mesmo pro consumo. São pessoas que vão sofrer dificuldade de encontrar certas profissões, porque são consideradas não aptas, não produtivas, pessoas mais próximas de doença, o que nem sempre é verdade, e também pessoas em que você acaba dando características de psicopatologias como com certos transtornos, pessoas descontroladas, compulsivas, que não têm força de vontade, ansiosas, preguiçosas", afirma.

Em relação aos perigos da gordofobia, a psicóloga relata em primeiro lugar a exclusão social, como também as questões psíquicas. “Você vê que é um isolamento, mesmo que não declaradamente escancarado mas, é um conjunto de fatos e ações que isolam e marginalizam as pessoas gordas. São pessoas que também passam pelo processo de vergonha, de culpabilização, de sofrimento diante o preconceito desse entorno social, se apagam todas as outras características e potencialidades e se exalta a questão do excesso de peso, como negativa, prejudicial”, observa.

Bárbara também avalia como esse preconceito afeta a autoestima. “Em relacionamentos amorosos, amizades, é muito comum você ouvir relatos de pessoas que sofrem preconceito, piadas, a dificuldade do relacionamento ou o relacionamento que é feito às escondidas porque a pessoa tem dificuldade de apresentar a pessoa para outras e assumir aquela relação. Isso afeta em alguma medida as relações sociais e os sentimentos dessa pessoa consigo”, diz.

Reflexão e diálogo

A psicóloga informa que a ruptura dos padrões passa pela reflexão e pelo diálogo. “Umas das questões importantes é o diálogo, é começar a desnaturalizar as frases que nós falamos automaticamente e muitas vezes sem reflexão em relação às demais pessoas. A discursividade, o diálogo, a reflexão, a leitura de livros são muito importantes para perceber que as pessoas são diferentes, têm estruturas diferentes, comportamentos diferentes, realidades diferentes e vão se posicionar de formas diferentes sempre. A gente não tem como pedir um padrão unívoco da sociedade”, adverte.

Para Bárbara Sordi, a classificação de preconceitos, gordofobia, homofobia, machismo, entre outros, como “mi mi mi” impede a problematização. “Nós vivemos numa sociedade capitalista que defende o mito da meritocracia, que é um mito que apazigua, apaga e não reflete criticamente em relação à estrutura social, às questões dos determinantes sociais que interferem nesse sujeito. Essa ideia do individualismo é muito complicada”, pondera.

Bárbara também avalia o preconceito em relação a pessoas negras. “Quando a gente vai falar de um corpo que é marcado pela interseccionalidade, e a questão de raça é indiscutível, quando você sabe que o corpo negro é extremamente mais violado em todos os sentidos, pelo racismo estrutural no Brasil, então sem dúvida mulheres negras gordas são as mais afetadas diante desse padrão de beleza que se coloca e dessa marginalização social”, contou.

A psicóloga destaca a psicoterapia como uma maneira de ajudar a lidar com o preconceito, para quem tem recurso financeiro para isso, mas também leituras, grupos, seguir pessoas que repelem esses padrões estéticos. Segundo Bárbara, é importante começar a consumir outros produtos, se aproximar de pessoas que debatem esse tema para desconstruir essa imagem e discurso que são impostos pela sociedade.

“A luta contra a gordofobia precisa acontecer com uma politização desse processo de exclusão dos discursos, das piadas, dos comentários cotidianos, dos filmes, dos programas de tevê. A gente precisa falar mais sobre isso, trabalhar a questão da inclusão, da aceitação, da diferença. É um processo que a gente precisa fazer de uma forma muito integrada e que pode começar em casa, mas não só. Precisa se estender a discussões políticas e para políticas públicas”, destaca a psicóloga.

Com o auxílio do programa Crescer Saudável, integrante do Programa Saúde na Escola do Ministério da Saúde, novas abordagens a respeito do sobrepeso procuram combater a gordofobia. Iniciativas públicas buscam a prevenção da obesidade infantil sem a reprodução de preconceitos ou estereótipos negativos, informa a Agência Brasil.

Por Maria Rita Paiva e Yasmin Seraphico.

 

 

 

 

 

A pandemia do novo coronavírus, segundo especialistas, pode potencializar problemas emocionais. Estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, por exemplo, além dos estudos, precisam lidar com questões de ordem mental, como a ansiedade. O LeiaJá entrevistou especialistas da área da saúde para trazer dicas sobre como combater a ansiedade às vésperas da realização da prova.

Segundo o Ministério da Saúde, a ansiedade pode ser caracterizada como um estímulo que impulsiona o indivíduo a entrar em ação, porém, em excesso, faz exatamente o contrário. E na reta final para aplicação do Enem 2020, cujas provas estão marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021, na versão impressa, e 31 de janeiro e 7 de fevereiro, na modalidade digital, as sensações de aflição ou angústia, podem aumentar.

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A psicopedagoga Juliana Lapenda explica que “é comum a ansiedade se fazer presente nesse período de provas do Enem, motivada pela própria sociedade, disputa, pressões dos familiares e escolas e tem aumentado muito por causa da pandemia”. Os sintomas podem ser notados por meio do comportamento, com o “aumento ou falta de apetite, diminuição na concentração, sudorese, que é mais comum nas mãos”, enfatiza a especialista.

Quem convive com os jovens e as expectativas típicas da época são os professores da educação regular ou de cursinhos preparatórios, como o docente de redação Júnior Nóbrega, que identifica alguns acontecimentos que contribuíram para deixar os estudantes mais ansiosos. “O estudante está o tempo todo dentro de casa e, com isso, ficaram sem o horário correto para estudo, além da questão das incertezas geradas com relação à data de aplicação da prova… O estudante brasileiro, em 2020, está sofrendo um processo de ansiedade muito acima do padrão”, comenta o docente.

O estudante Marinaldo Santana, de 18 anos, morador do município de Bezerros, no Agreste de Pernambuco, reconhece muito bem os efeitos de estudar na modalidade remota e o convívio com a família. “Pensam que é apenas estudar, mas não é. Possuímos sentimentos, e muitas vezes nos tornamos fracos por acumular isso, por pensar que não seremos elegíveis e para driblar isso tudo, eu me afastei um pouco das redes sociais e investi em equilibrar meus estudos com minha sanidade mental", relata vestibulando.

A psicopedagoga Juliana Lapenda reforça que, neste período, um dos fatores de maior ajuda é o apoio emocional da família e dos professores. “Os professores e familiares podem e devem ajudar os estudantes desde do começo da preparação auxiliando na rotina para o estudo”, orienta a profissional. Lapenda também diz que é necessário desacelerar o ritmo dos estudos, pois “nosso cérebro precisa do descanso para uma mente saudável e pronta para assimilar os conteúdos, tirar dúvidas quando o estudante precisar”.

A ansiedade, que possui efeitos psíquicos somáticos, também pode ser tratadas por outros profissionais das áreas da saúde, com dicas simples que podem amenizar as sensações desagradáveis, por meio da nutrição e da educação física. “A ansiedade pode descontrolar a alimentação e sabemos que há alimentos que auxiliam no controle da ansiedade. Além disso, o educador físico também é importante, pois a prática regular de exercícios físicos pode produzir efeitos antidepressivos e ansiolíticos, além de proteger o organismo dos efeitos prejudiciais do estresse na saúde física e mental”, indica a psicopedagoga.

Alimentação e exercícios físicos

Em entrevista ao LeiaJá, a profissional em nutrição Geziane Melo listou orientações para reduzir os impactos negativos da ansiedade no desempenho dos feras, através da alimentação. Para a nutricionista, o primeiro passo é evitar alimentos como frituras, industrializados, enlatados, embutidos, refrigerantes e bebidas alcoólicas. No lugar desses alimentos, Geziane recomenda a ingestão de “mais salada com verduras cozidas ou cruas, mais frutas como a banana, que é aliada no combate da ansiedade, pois libera triptofano que ajuda na produção da serotonina, carnes brancas, e chocolate que também auxilia a produção de serotonina e melhora o humor”. "Além do magnésio e da vitamina D3, presentes nas carnes em geral e nos peixes e leites, ovos e derivados que aliviam os sintomas da ansiedade", conclui. O consumo deve ser moderado.

A nutricionista também acrescentou que durante a semana que antecede a prova, é importante “se desconectar dos eletrônicos para poder dormir melhor, fugir da rotina de estudos, e procurar desopilar de alguma forma tranquila, respeitando as limitações impostas pela pandemia da Covid-19”.

Outros aliados nesse caminho de diminuir as implicações da ansiedade e potencializar a concentração são os exercícios de respiração e atividades físicas leves, conforme indicados pelo profissional de educação física Verner Roberto da Silva, sócio-proprietário do Mente Fitness Group, atuante na prevenção de doenças e lesões. “Quando nos exercitamos, liberamos diversos hormônios positivos, além de trabalhar nossa respiração e autoestima, essa última, estando em baixa, é uma das características do transtorno ansioso”, comenta o educador físico.

O profissional ainda salienta que é possível lidar de forma positiva com quadros de ansiedade, principalmente para aqueles que estão prestes a enfrentar um vestibular. “O ideal seria o estudante já vir se preparando há um bom tempo e não buscar a preparação física e mental apenas em instantes próximos da prova. Mas, estando próximo da prova, praticar exercícios que tenham mais afinidades e que não exijam um elevado índice de aprendizado, já ajudará”, orienta o sócio-proprietário do Mente Fitness Group.

Atividades como “meditar, correr, caminhar, são ótimos exercícios terapêuticos que agem no controle da respiração e ajudam a assimilar os conteúdos com mais tranquilidade, além de ajudar no autocontrole e autoconhecimento”, recomenda o profissional.

A recomendação feita por Verner tem sido uma das estratégias de relaxamento utilizadas pela estudante secundarista Giovana Nascimento, 18 anos, que reside em Carpina, Agreste de Pernambuco. “Penso que estudei o que precisava ter estudado, e que mesmo após crises e crises de ansiedade, eu não desisti. Além disso, eu faço uns exercícios e medito um pouco todo dia”, afirma a estudante.

Aos estudantes, o educador físico Verner faz uma nova recomendação com relação a exercícios mais pesados. Podem ser feitos “exercícios que não sejam intensos, pois isto pode causar ainda mais estresse e assim causar pânico, acentuando a ansiedade”. Segundo Verner, o controle da respiração está diretamente ligado ao Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático, ou seja, "quando a respiração está calma e tranquila, estamos acionando uma parte do nosso sistema nervoso e, quando não, atingimos outra parte, o que conhecemos como o Sistema Nervoso Simpático e Parassimpático". Ele acrescenta: "Um nos deixa totalmente em alerta e outro mais relaxado”.

Cuidados com a respiração

O profissional de educação física descreveu etapas sobre como realizar exercícios básicos de respiração que auxilia na redução do estresse excessivo, que induz crises de ansiedade. “Quando estamos estressados e ansiosos nós temos a tendência de fazer uma respiração que não percebemos, na região torácica. Isso nos faz gerar uma série de tensões, como na musculatura do pescoço e trapézio, que faz parte da musculatura das costas”, explica o profissional.

Nas orientações do exercício, o educador físico explica a forma correta de realizar a boa respiração, a diafragmática. “Para fazer um movimento e respiração diafragmática precisa, necessariamente, que nós façamos uma expansão da nossa costela, que é o gradil costal”, detalha.

O professor de geografia e psicólogo Dino Rangel, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem, participa do quadro "Calma". Nele, o especialista dá dicas para os vestibulandos para diminuir os efeitos da ansiedade:

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