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A saúde do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é "excelente" e não há indícios de que sofra de problemas cognitivos, disse nesta terça-feira (16) o médico da Casa Branca.

"Todos os dados indicam que o presidente está saudável e que continuará estando enquanto durar sua Presidência", afirmou o doutor Ronny Jackson em coletiva de imprensa após a revisão na semana passada, que determinou que o presidente de 71 anos tem uma saúde "excelente" e "não há indícios de que tenha nenhum tipo de problema cognitivo".

Jackson disse que Trump, que recentemente enfrentou uma série de especulações sobre sua saúde mental, pediu um exame cognitivo no qual se saiu "extremamente bem".

"Penso que viu o exame físico como uma oportunidade para colocar parte disso no esquecimento", afirmou Jackson. "E penso que não estava em absoluto preocupado por ter algo a esconder".

A avaliação foi feita com um teste chamado Montreal Cognitive Assessment (Avaliação Cognitiva de Montreal, ou MoCA), no qual Trump obteve um índice 30/30, disse Jackson.

"Não tem nenhum problema cognitivo ou mental em absoluto", insistiu o médico, acrescentando que, segundo seu conhecimento, é a primeira vez que um presidente americano se submete a esta avaliação no exercício de suas funções.

Jackson informou as informações pessoais do presidente: 1,90 metros de altura, 108 quilos de peso, 68 de frequência cardíaca em repouso e 122/74 de pressão arterial. Ele disse que os índices são normais.

"Tem uma aptidão cardíaca incrível neste momento da sua vida e acho que grande parte disso se deve ao fato de que teve uma vida de abstinência de tabaco e álcool", afirmou Jackson.

No entanto, o médico de Trump afirmou que trabalhará em uma dieta para que o presidente tente reduzir "todo o que puder" em calorias, gorduras e carboidratos que consome.

Cinco ex-ministros da Saúde divulgaram neste fim de semana uma declaração conjunta contra a reformulação da Política de Saúde Mental aprovada no último dia 14 pelo Ministério e Conselhos Estaduais e municipais. No documento, Arthur Chioro, Agenor Álvares da Silva, Alexandre Padilha, José Gomes Temporão e Humberto Costa, que ocuparam o cargo durante os governos dos petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, afirmam que as mudanças representariam um retrocesso para uma política pública reconhecida e premiada internacionalmente.

"Como gestores consideramos absolutamente inaceitável que diante das atuais dificuldades financeiras que comprometem gravemente a gestão dos serviços públicos, os gestores estaduais e municipais aceitem dar reajuste a hospitais privados, e novos aportes a entidades como comunidades terapêuticas em detrimento da rede pública de CAPS e dispositivos comunitários de atenção", afirma o grupo.

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As mudanças foram aprovadas na quinta-feira, 14, por uma comissão que reúne o Ministério da Saúde e representantes de secretários estaduais e municipais de saúde. A proposta fortalece o atendimento em hospitais psiquiátricos, contrariando a lógica das últimas três décadas, que é priorizar a rede de cuidado multidisciplinar e ambulatorial e promover uma redução gradual da internação.

A resolução garante a manutenção dos leitos de hospitais psiquiátricos, amplia os valores pagos para internação nessas instituições e, além disso, estimula a criação de novas vagas para esses pacientes em hospitais gerais. A estratégia também prevê uma expressiva expansão do credenciamento de comunidades terapêuticas , instituições em sua maioria ligada a grupos religiosos e que prestam serviços para dependentes químicos.

As mudanças foram discutidas nas últimas reuniões da Comissão e, de acordo com o coordenador da área de saúde mental do Ministério da Saúde, Quirino Cordeiro, visam atender a uma demanda sanitária. Os 18.200 leitos estimados no sistema, disse, não são suficientes. A pasta não sabe ao certo quantos leitos psiquiátricos existem no Brasil. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirma que as mudanças serão boas "para os usuários e para o Brasil".

Adolescentes que passam muitas horas por dia usando smartphones e dispositivos eletrônicos têm mais chance de enfrentar um quadro de depressão e apresentar comportamentos suicidas. É o que revela um estudo realizado por pesquisadores dos EUA. Os cientistas acreditam que a pressão para conseguir curtidas e seguidores pode ser a principal causa disso.

A pesquisa, liderada pela Universidade Estadual de San Diego, da Califórnia, comparou sintomas depressivos e o risco de suicídio com as horas de uso de dispositivos eletrônicos em 133 mil adolescentes.

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Segundo o estudo, as adolescentes são, de longe, as mais vulneráveis ​​à mídia moderna, com 14%  mais chances de se tornarem deprimidas se usarem redes sociais como Facebook e Instagram todos os dias.

"Nossos resultados mostram claramente um maior efeito sobre as meninas do que para os meninos. Isso pode ser porque os meninos são mais propensos a usar seus dispositivos para jogos",  informou o principal autor do estudo, Jean Twenge.

"As meninas, como sabemos, estão mais preocupadas com a popularidade e o status social. Isso sempre aconteceu. O que é diferente agora é que esse status social pode ser quantificado, usando seu número de curtidas e seguidores", continuou.

Do lado positivo, os pesquisadores descobriram que o uso do tempo livre para interações sociais, esportes, exercícios físicos, entre outras atividades, está relacionado a menos sintomas depressivos e de suicídio.

Além disso, os cientistas afirmam que não é preciso abandonar completamente os dispositivos eletrônicos, apenas limitar o uso a uma ou duas horas diárias. O estudo foi publicado na revista Clinical Psychological Science.

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A scretaria de Saúde de Guarulhos realiza nesta terça-feira (10) atividades variadas e culturais em homenagem ao Dia Mundial da Saúde Mental, no Salão de Artes do Adamastor. O evento é indicado tanto para gestores e profissionais da saúde como para as pessoas assistidas e seus familiares.

A programação envolve oficinas simultâneas, com espaço de beleza, origami, flor de filtro, pintura em tela, produção poética, projeção de imagens e exposição de produtos confeccionados nos serviços de saúde, inclusive customização de camisetas.

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“Através da Rede Psicossocial, buscamos, por meio da diversidade, promover o acolhimento humanizado, o cuidado compartilhado, respeitando a dignidade humana e o exercício da cidadania e da liberdade como elementos fundamentais para fortalecer a independência e a autonomia das pessoas que sofrem”. Diz a coordenadora da Rede Psicossocial, Fernanda Ramos Ferreira.

O evento engloba ainda recital de poesias, oficina musical, dança circular, samba na tenda e a abertura da exposição: “A Estética Inusitada de Katsumi Nako”, que ficará em exibição no Adamastor até o próximo domingo, dia 15, das 8 às 22 horas, com entrada gratuita e classificação livre.

 (Por Beatriz Gouvêa)

O açúcar pode ser ruim não só para seus dentes e sua cintura, mas também para sua saúde mental, afirmou nesta quinta-feira um estudo que foi recebido com ceticismo por outros especialistas.

Pesquisadores da University College London (UCL) compararam a ingestão de açúcar relatada com o humor de mais de oito mil pessoas em um estudo britânico de longo prazo. Os participantes do estudo, funcionários públicos, foram monitorados de 1985 a 1988, e depois desse período preencheram um questionário periodicamente.

Os pesquisadores analisaram os dados desse estudo em busca de uma associação entre a ingestão de açúcar e "transtornos mentais comuns" (CMD), como ansiedade e depressão.

A equipe da UCL encontrou "uma maior probabilidade" dos homens que consumiam mais alimentos e bebidas doces desenvolverem CMD após cinco anos, assim como um "efeito adverso" geral na saúde mental para ambos os sexos.

Eles concluíram, em um estudo publicado na revista Scientific Reports, que "uma menor ingestão de açúcar pode estar associada a uma melhor saúde psicológica". Mas a nutricionista Catherine Collins, porta-voz da British Dietetic Association, disse que esta recomendação "não era comprovada".

Os problemas do estudo, disse, incluíam que o consumo de açúcar era relatado pelo próprio paciente e que a ingestão de açúcar a partir do álcool não era registrada. Os pesquisadores, segundo ela, pareciam confundir o açúcar naturalmente presente em alimentos como o leite com os "açúcares livres", adicionados a bebidas ou em doces.

"A análise da dieta torna impossível justificar as afirmações audaciosas feitas pelos pesquisadores sobre o açúcar e a depressão nos homens", disse Collins por meio do Science Media Center, em Londres.

"Reduzir a ingestão de açúcares livres é bom para seus dentes, e pode ser bom para o seu peso, também. Mas como proteção contra a depressão? Não está provado", acrescentou. O especialista em nutrição Tom Sanders concordou que os resultados devem ser interpretados "com cautela".

"Do ponto de vista científico, é difícil ver como o açúcar nos alimentos teria um impacto diferente de outras fontes de carboidratos na saúde mental, pois ambos são divididos em açúcares simples no intestino antes da absorção", disse.

Toda vez que tem crise de ansiedade, a consultora financeira Melissa Mandaloufas, de 40 anos, precisa de atendimento urgente, pois se sente mal fisicamente, com hipertensão arterial. “Fico com pressão alta, ao ponto de quase desmaiar, vou parar no hospital e aí que eu vejo que tenho que me tratar.” Ela conta que faz o tratamento com calmantes, mas depois de um tempo o problema acaba voltando. “Tenho crises de depressão também, principalmente quando estou sem atividade profissional.”

A profissional de marketing Carol Lahoz, que sofre de depressão há oito anos, ainda tem dor de cabeça e lombalgia, mesmo tomando medicamentos. “Tenho enxaqueca crônica e dores na lombar, mas quando faço atividade física percebo que não tenho crises nem de dor e nem de depressão.” Para ela, outros tratamentos também aliviam a dor física. “Quando passa a crise, já logo faço análise e acupuntura.”

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Quem sofre desses sintomas já sabe que uma dor leva à outra. Mas agora, um estudo do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostra a relação bidirecional entre ansiedade ou depressão e algumas doenças físicas crônicas. O levantamento mensurou essa relação em pessoas adultas residentes na Região Metropolitana de São Paulo e mostra dados preocupantes. O resultado do estudo é que indivíduos com transtornos de humor ou de ansiedade tiveram incidência duas vezes maior de doenças crônicas.

A dor crônica foi a mais comum entre os indivíduos com transtorno de humor, como depressão e bipolaridade, ocorrendo em 50% dos casos de transtornos de humor, seguidos por doenças respiratórias (33%) , doença cardiovascular (10%) , artrite (9%) e diabetes (7%).

Os distúrbios de ansiedade também são largamente associados com dor crônica (45%) e doenças respiratórias (30%) , assim como com artrite e doenças cardiovasculares (11% cada). A hipertensão foi associada a ambos em 23% dos casos.

Estresse

Os dados mostram a necessidade de maior atenção ao tema. “Já era esperado que houvesse uma relação forte entre essas doenças. O problema é que a prevalência de ansiedade e depressão em São Paulo é muito alta por causa do estresse. Com esses números, precisamos atentar para a necessidade de passar a informação para o médico que está na linha de frente, no atendimento primário. É preciso reconhecer a comorbidade de ansiedade e depressão com as doenças crônicas que não se resume apenas à dor”, disse a psiquiatra Laura Helena Andrade, coordenadora do Núcleo de Epidemiologia Psiquiátrica do IPq e uma das autoras do estudo.

Dos cerca de 11 milhões de moradores adultos da Região Metropolitana de São Paulo, 10%, ou 1,1 milhão de pessoas, tiveram depressão nos últimos 12 meses. Já os transtornos de ansiedade acometem mais de 2,2 milhões de paulistanos, sendo que 990 mil apresentam dor crônica também. Seguindo esse cálculo, no total, mais de 2 milhões de pessoas convivem com depressão ou ansiedade associadas a dor crônica na região.

Relação antiga

Estudos anteriores já haviam mostrado de forma consistente a associação de doenças crônicas com transtornos de humor e ansiedade. Mas ainda não se sabe porque a relação entre dor crônica e ansiedade ou depressão é tão intensa, pois os mecanismos fisiopatológicos da dor crônica são pouco conhecidos.

“Uma das hipóteses é relacionada à questão de comportamento. As pessoas ficam inativas quando têm depressão, isso causa dor, ou então a própria dor muda a vida da pessoa, leva à falta de atividades físicas, o que aumenta a depressão e fica um círculo vicioso.”

A psiquiatra explica que, assim como as células do sistema de defesa são ativadas quando há uma invasão por um agente causador de doença, o estresse psicológico em uma situação ambiental como, por exemplo, viver em uma cidade como São Paulo, acaba ativando o sistema inflamatório.

“Aumento da inflamação, lesões do endotélio – camada de célula presente em todos os vasos sanguíneos – e danos oxidativos são algumas vias que podem estar relacionadas à ocorrência da comorbidade [doenças relacionadas]. Consequentemente, é imperativo que sintomas depressivo-ansiosos sejam tratados agressivamente em pacientes com condições médicas crônicas, pois sua resolução pode ser acompanhada por melhora geral sintomática e uma importante diminuição no risco de mortalidade e complicações”, disse Andrade.

De acordo com a pesquisadora, ainda é preciso fazer mais pesquisas com foco na interação entre depressão, ansiedade e doenças físicas crônicas para elucidar os mecanismos pelos quais se originam as doenças. “Para descobrir esses mecanismos precisamos de mais estudos. O que a gente vê é uma associação grande, mas qual é o mecanismo exatamente a gente ainda não conhece.”

O artigo, publicado no Journal of Affective Disorders, faz parte do São Paulo Megacity Mental Health Survey, levantamento concluído em 2009 no âmbito de projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ao todo, foram entrevistados 5.037 moradores da Região Metropolitana de São Paulo, com 18 anos ou mais.

Uma resposta inunsitada de um chefe chamou atenção dos internautas e viralizou na rede. A programadora Madalyn Parker publicou em uma de suas redes sociais o diálogo que teve com o seu líder, no qual falava que precisava tirar dois dias de recesso para cuidar de sua saúde mental. Prontamente, o CEO da empresa respondeu e surpreendeu.

A repercussão iniciou quando a profissional, que sofre de depressão e ansiedade, encaminhou uma mensagem eletrônica para a equipe falando que precisaria se ausentar por dois dias. "Oi, pessoal. Eu vou tirar hoje e amanhã para me concentrar na minha saúde mental. Espero voltar na semana que vem renovada e 100%. Obrigada!", dizia a mensagem que foi postada.

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Ben Congleton , o CEO, respondeu. "Oi, Madalyn. Eu só queria pessoalmente agradecer a você por enviar mensagens como essas a sua equipe. Toda vez que você faz isso, eu me lembro da importância de usar o afastamento médico também para a saúde mental - acredito que essa não seja a prática padrão em todas as empresas. Você é um exemplo para todos nós, e nos ajuda a superar um estigma", postou.

A jovem compartilhou a conversa no Twitter e a posição do CEO teve uma reação positiva entre internautas. A mensagem postada conta com mais de 15 mil reações. 

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A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica conhecida pelos sintomas de ouvir e ver coisas que, na verdade, não existem. No entanto, estes não são os únicos sintomas da condição. De acordo com o psiquiatra Filipe Doutel, "a doença vai restringindo a vida pessoal. O paciente passa a ter uma dificuldade social de se relacionar com as pessoas".

"Na verdade, a esquizofrenia é uma perda de contato com a realidade e, basicamente, quem tem essa doença apresenta alucinações e delírios, que são construções de ideias falsas sobre a realidade", explica o médico.

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Por isso, na opinião de Doutel, nos primeiros estágios é comum que a família não perceba que a pessoa está com algum problema. O médico afirma que, quando se tem problemas de comportamento, que não são visíveis, eles podem demorar a serem notados.

Ainda há muito preconceito contra pessoas que sofrem com a esquizofrenia. Doutel atribui essa questão a falta de conhecimento que a maioria das pessoas tem em relação à doença. "Há um desconhecimento muito grande, porque de 1% a 2% da população sofre de esquizofrenia, diferente da depressão ou da síndrome do pânico, que atinge de 20% a 25%. A raridade da doença faz com que ela seja muito menos compreendida", afirma.

Doutel diz que, hoje, há muito métodos para tratar pessoas com esquizofrenia. "O que é mais aceito e funciona bem são as medicações, que atualmente são muito boas junto com psicoterapia e projetos de reinserção social", explica.

De acordo com o psiquiatra, as técnicas para colocar o paciente na sociedade novamente fazem com que eles tenham uma vida normal, como se tratassem qualquer outra doença que precisa de cuidados especiais. Para exemplificar, Doutel falou sobre pacientes com diabetes, que sempre precisam tomar cuidado com aquilo que comem.

"É sempre uma batalha para integrar pessoas diferentes na sociedade, é uma luta muito importante", opina o médico.

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O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Renascer) realizou, na manhã da última quarta-feira (18),  um sarau com diversas atividades para usuários dos serviços de atendimento à saúde mental e seus familiares. A programação foi realizada em parceria com professores e alunos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade da Amazônia (Unama), além de outras instituições de ensino da capital paraense.

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Durante o sarau, o público pôde participar de vários momentos de descontração. A programação contou com a apresentação de trupe de palhaços, balé e de um flash mobe coordenado pelos acadêmicos de Terapia Ocupacional da Unama. O evento também teve um momento poético, aula de ritmos, dentre outras atividades. Para valorizar uma das atividades que os usuários do CAPS Renascer desenvolvem no centro, a coordenação do sarau também organizou uma feira com os produtos densevolvidos em oficinas. 

Todos os anos, no dia 18 de maio, o CAPS Renascer realiza atividades para os usuários do centro. A data escolhida é em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial. Este ano, além das atividades realizadas por meio do sarau, no próximo dia (22) o CAPS Renascer realiza uma caminhada pelo Movimento da Luta Antimanicomial (MLA). A caminhada começa na praça da República e vai até a praça Batista Campos, em Belém.

Em entrevista ao portal LeiaJá, Ingrid Oliveira, terapeuta ocupacional do CAPS Renascer, explicou como funciona o local. “O nosso CAPS é adulto e do tipo três. O tipo três é um espaço que possui leito de observação para que os pacientes possam ter uma assistência contínua e detalhada. O diferencial do CAPS Renascer é porque ele tem uma área de abrangência maior em relação aos outros CAPS”, contou.

O professor Éden Ferreira, coordenador do curso de Terapia Ocupacional da Unama, destacou a importância da participação dos acadêmicos nas atividades desenvolvidas pelo CAPS. “O aluno que está aqui percebe e entende como funciona uma a rede de saúde, passa também a entender essa área de atuação voltada para saúde mental dentro de um centro psicossocial. Então o estudante não aprende só o processo teórico e técnico da terapia ocupacional, ele entende a inserção do próprio profissional dentro da saúde pública”, afirma.

Para João Barroso, acadêmico do último ano do curso de Terapia Ocupacional da Unama, ter participado da programação realizada pelo CAPS foi uma experiência diferente e única. “Ter participado do evento foi um momento único. Trouxemos muitas atividades para os usuários, que foram desenvolvidas por nós acadêmicos e pela equipe técnica do centro, tudo isso contribuiu não só para que entendêssemos mais sobre a saúde mental, mas proporcionar um momento muito especial para todos os usuários do CAPS ”, disse.

Veja, abaixo, vídeo sobre o sarau.

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O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS Renascer), que é um espaço articulado na rede de atenção do SUS em saúde mental, realiza nesta quarta-feira (18) um sarau destinado aos usuários do CAPS. O evento tem uma programação cheia de atividades em alusão ao Dia da Luta Antimanicomial. As atividades ocorrem de 9 às 16 horas, no CAPS Renascer, na travessa Mauriti entre Duque de Caxias e Visconde de Inhaúma. Durante a manhã, acadêmicos do curso de Terapia Ocupacional da Universidade da Amazônia (Unama) estarão envolvidos na organização do evento.

No decorrer da programação haverá uma feira com os produtos de oficinas que os usuários produzem para geração de renda. Os participantes do evento também vão poder conhecer uma sala de experimentações sensoriais, que é uma atividade interinstitucional coordenada pela Unama e Uepa (Universidade do Estado do Pará).

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Em entrevista ao portal LeiaJá, Suzana Lelis, professora do curso de Terapia Ocupacional da Unama, contou como surgiu a ideia de realizar o sarau. “A ideia foi compartilhada em reunião com a equipe técnica do CAPS Renascer e com o gestor, os quais abraçaram a causa pelo desenvolvimento de uma ação sócio-político-cultural para ser a culminância das ações em alusão ao Dia da Luta Antimanicomial”, explicou.

De acordo com a professora, o objetivo do sarau é realizar uma ação que valorize a produção criativa e artística dos usuários do SUS, conseguindo integrar a comunidade, familiares e usuários. A professora destacou a importância do sarau. “Este evento tem sua importância por oportunizar que o aluno seja colocado em evidência como agente transformador dos cenários de formação que perpassa, uma vez que o mesmo sugere novas propostas e o serviço público de saúde entende que são válidas pactuando com a sua organização”, contou.

Confira a programação:

9h00 - Abertura (Luciano -Diretor do CAPS; Rodolfo - Representante dos trabalhadores; Heli - Representante dos alunos e academia);

9h30 - Momento Poético (Grupo de Poesia e Música);

10h00 - Lanche/ DJ Márcia - terapeuta ocupacional formada pela UNAMA;

10h30 - Show de talentos (Apresentação da Trupe de palhaços, de Ballet e de um Flash mobe coordenado pelos acadêmicos de TO/UNAMA);

11h00 - Aula de ritmos "se eles dançam, eu danço" (Trabalhadores do CAPS - Fabrício e Patrícia e alunos UNAMA);

11h45 – Almoço (Existe uma programação para o turno da tarde).

 


O ministro da Saúde, Marcelo Castro, nomeou como novo coordenador-geral da área de saúde mental o psiquiatra Valencius Wurch Duarte Filho, ex-diretor técnico da Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi, no Rio, maior hospital psiquiátrico privado da América Latina, fechado em 2012 após denúncias de violações de direitos humanos. A decisão do ministério causou críticas e protestos de entidades e movimentos da área, incluindo o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e o Movimento Nacional da Luta Antimanicomial.

A nomeação foi oficializada em portaria publicada na sexta-feira (11) no Diário Oficial da União. Duarte Filho substitui Roberto Tykanori Kinoshita, que ocupava o cargo desde 2011. Um dia antes, entidades tiveram audiência com o ministro, pedindo que ele reconsiderasse. A decisão, no entanto, foi mantida.

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Em carta endereçada à presidência do Conselho Nacional de Saúde, os movimentos afirmam que a história de Duarte Filho não é condizente com os preceitos da reforma psiquiátrica, instituída no Brasil em 2001 com o objetivo de eliminar os manicômios e levar o atendimento psiquiátrico para unidades de saúde que priorizem a reinserção social do paciente.

Segundo a nota, o hospital dirigido por Duarte Filho "faz parte de um histórico sombrio da psiquiatria brasileira", onde foram relatadas violações como "prática sistemática de eletroconvulsoterapia, ausência de roupas e alimentação insuficiente e de má qualidade", além de número significativo de pessoas em internação de longa permanência. "Nesse sentido, o anúncio realizado pelo senhor ministro da Saúde contrapõe-se ao compromisso do governo federal com a continuidade da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, na perspectiva da garantia dos direitos humanos e do cuidado territorial e comunitário", diz o documento.

A troca também foi criticada pelo ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro, demitido em outubro. "Não se trata só de uma política de saúde, mas de uma possibilidade muito concreta de ruptura de questões elementares referentes a direitos humanos e a tratamento em liberdade", disse nessa segunda, 14, ao jornal O Estado de S.Paulo.

Humanização

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a Política Nacional de Saúde Mental desenvolvida pela pasta "tem por objetivo consolidar um modelo de atenção à saúde aberto e de saúde comunitária, promovendo a liberdade e os direitos das pessoas com transtornos mentais". Segundo o ministério, a escolha de Duarte Filho "vem reforçar essa política", pois o psiquiatra atua há 33 anos na saúde pública e participou das discussões que culminaram na reforma psiquiátrica.

Ainda de acordo com a pasta, no período em que dirigiu a Casa de Saúde Dr. Eiras, entre 1993 e 1998, ele "trabalhou em prol da humanização do atendimento". A reportagem pediu ao ministério uma entrevista com o novo coordenador, mas não obteve resposta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Alunos de enfermagem da UNINASSAU poderão participar do Dia da Saúde Mental, cuja intenção é divulgar conhecimentos sobre a temática, com base na psiquiatria. Infância, adolescência, morte do paciente e controle dos transtornos de impulsos são os assuntos a serem abordados no evento.

Conduzirão o encontro marcado para o dia 11 de setembro as enfermeiras Graça Macieira, gerente-geral do Hospital Psiquiátrico Ulysses Pernambucano, e Felicialle Pereira, doutoranda em Neuropsiquiatria pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), além da psicóloga Tatiana Brasil, doutoranda em Educação também pela UFPE.  As atividades serão realizadas a partir das 14h.

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Segundo a UNINASSAU, as inscrições devem ser feitas de 1º até 10 de setembro, na coordenação do curso de enfermagem. O evento será realizado no Auditório Capiba do Bloco C da UNINASSAU, localizado na Rua Joaquim Nabuco, 778, bairro das Graças, Zona Norte do Recife.

Reguladores da aviação dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um estudo da saúde mental dos pilotos de linhas aéreas do país, na esteira dos desastres da Germanwings e da Malaysia Airlines.

A Administração Federal de Aviação disse que as conclusões do estudo podem resultar em alterações na maneira como os pilotos são avaliados para a aptidão para voar.

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"Pilotos norte-americanos passam por triagem médica robusta, mas acidentes recentes em outras partes do mundo levaram a FAA a ter um novo olhar sobre a importante questão da aptidão piloto", disse a FAA em comunicado.

A queda de um voo da Germanwings na França no final de março, matando todas as 150 pessoas a bordo, aparentemente foi provocada de maneira deliberada por um co-piloto que tinha um histórico de depressão grave.

Um avião da Malaysia Airlines inexplicavelmente desapareceu em um voo de Kuala Lumpur para Pequim em 2014. Até hoje os destroços do voo, que transportava 239 pessoas, não foram encontrados. Mas os investigadores têm em parte focado em saber se as causas estariam em ações deliberadas dos pilotos.

A FAA disse que a pesquisa será conduzia por um comitê incluindo especialistas em aviação civil dos Estados Unidos e estrangeiros, assim como especialistas em medicina aeroespacial.

Eles vão observar as questões de saúde emocional e mental e os métodos utilizados para avaliá-los nos pilotos norte-americanos, e em barreiras para a comunicação dessas questões.

As recomendações do grupo são esperadas no prazo de seis meses.

A FAA disse que, com base nas recomendações, poderia considerar mudanças nas políticas médicas, projetos de aeronaves e treinamento de pilotos e testes.

Segundo as regulamentações atuais de aviação norte-americanas, pilotos de avião passam por um exame médico com um médico certificado pela FAA a cada seis ou 12 meses, dependendo da idade do piloto.

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Em todas as janelas do antigo casarão, as grades são onipresentes. Dentro dos armários, nas portas e nas paredes da parte externa, escritos sobre a morte, amor e religiosidade. As reminiscências do Sanatório do Recife, fechado oficialmente em abril deste ano, ainda podem ser vistas nos pavilhões localizados na Rua Padre Inglês, no bairro da Boa Vista. Como o antigo Sanatório, várias dessas instituições deixaram de funcionar após a reforma psiquiátrica, mas o Estado ainda parece engatinhar nas soluções para a população psiquiátrica. 

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No Brasil, a lei 10.216 de 2001 dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais e busca redirecionar o modelo assistencial em saúde mental. Após a reforma, o objetivo é de que o antigo formato dos hospícios – caracterizados pelo isolamento – sejam extintos e os pacientes sejam atendidos pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e em leitos disponibilizados nos hospitais regionais e municipais. Porém, o que se vê é uma fase de transição lenta e repleta de problemas.

“A dificuldade é muito grande e a psiquiatria passa por um momento crítico. Não é só fechar os hospitais psiquiátricos; é preciso abrir outros espaços que consigam atender o paciente. Se por um lado fechamos alguns, não abrimos locais suficientes para atender a população. Fechamos a porta, mas não abrimos as janelas”, afirmou o médico José Marques da Costa, chefe de saúde mental do Hospital das Clínicas (HC).

Costa compara a situação local com a Europa. “Visitei alguns centros, como os nossos Caps, na Europa e atestei que, por exemplo, quando o paciente tinha marcado uma consulta e não comparece, uma equipe vai até a casa da pessoa para saber o motivo da ausência. Nos nossos Caps os profissionais ficam felizes, porque é menos um nas longas filas”, apontou o médico. José Marques afirma que, após a reforma, a burocracia para se conseguir um internamento é enorme e, para piorar, a quantidade de leitos diminuíram. “Por exemplo, aqui no HC temos 12 leitos. No (Hospital) Ulysses Pernambucano, chegamos a atender 400, 500 pacientes. Hoje são cento e poucos internos. É pouco, não dá vencimento”. 

Unidade-referência e emergência psiquiátrica do Estado, o Hospital Ulysses Pernambucano – conhecido como a Tamarineira – é uma das dez instituições no Estado que mantém o serviço de internamento mais longo, com leitos específicos para os casos mais graves e as crises. No total, são 1073 leitos ainda disponíveis em Pernambuco. Mas segundo a Secretaria de Saúde do Estado, a intenção do Ministério da Saúde é que, a longo prazo, todos esses hospitais sejam extintos. 

“Não há prazo estabelecido, mas a lei explicita a indução de fechar essas instituições. Não se pode mais abrir hospitais psiquiátricos. E além dos profissionais, os proprietários de alguns destes locais, que são privados, estão pedindo o descredenciamento ao Governo, porque não é mais rentável”, informou a coordenadora estadual de Saúde Mental de Pernambuco, Léa Lins. Para isso, a Secretaria criou a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) para buscar ampliar o acolhimento aos pacientes. 

Como ser atendido?

Além dos Caps, Léa Lins confirmou a existência de residências terapêuticas, com capacidade para até dez pacientes, distribuídas nos doze distritos sanitários do Estado e de responsabilidade de cada município. Essas instituições são para aqueles casos que não há possibilidade de retorno ao convívio familiar.

“Porque o que tentamos é fazer com que essas pessoas voltem para casa, pois é importante ao tratamento. Acontecia muito dos familiares abandonarem os pacientes nos hospícios e vários perdem o vínculo com a família para sempre”, afirmou a coordenadora estadual.  Pouco é divulgado e, consequentemente, muitas pessoas não conhecem, mas há uma “bolsa” do Ministério da Saúde para auxiliar pacientes psiquiátricos e seus familiares. Denominado “De Volta Para Casa”, o benefício concede, porém, apenas R$ 320 mensais por um ano, com possibilidade de renovação. 

Em Pernambuco, são 66 residências terapêuticas e, além destas casas, há 13 consultórios de rua co-financiados pelo Estado, mas apenas na Região Metropolitana do Recife. O médico José Marques da Costa acredita que, ainda assim, estes serviços complementares estão defasados em relação à demanda existente. “(O serviço) não vem sendo realizado no ritmo satisfatório. Há quadros agudos e é preciso internar. Acaba que muitas dessas pessoas vão parar em presídios, porque ficam soltos na rua, tumultuando”. 

Familiares de pacientes são contra fechamentos

Aluísio Francisco das Chagas atualmente trabalha na obra que transformará o antigo Sanatório do Recife em uma faculdade privada. Neste mesmo local, há alguns anos, o filho de Aluísio precisou ficar internado por alguns dias. Atualmente, o filho de 26 anos está em casa mas, de crise em crise, precisa ser socorrido e levado ao Hospital Ulysses Pernambuco, para ser medicado. “Quando tem a crise é complicado demais, quebra tudo, fica muito agressivo. Da última vez queria meter o pau no irmão. E ele parece que fica com a força redobrada, é preciso várias pessoas para conseguir segurar”, contou. 

Na opinião de Francisco, os hospitais psiquiátricos deveriam continuar a existir, mas de forma diferente. “Deveriam ser mais organizados e poder dar o tratamento adequado a todo mundo. Porque era muito triste, todos abandonados, sem cuidado, aí assim não”.  Da mesma forma pensa a enfermeira Rosângela Cataldi, que conviveu diariamente no Sanatório do Recife onde seu irmão ficou internado por algumas vezes. Na concepção de Rosângela, o problema era a falta de profissionais. 

“Não tinha o suficiente, os pacientes ficavam soltos ali no campo, muitos sem condições de andar, cegos. Para meu irmão não faltava assistência, porque íamos todos os dias, mas com muita gente isso era diferente”, disse a enfermeira. Rosângela também critica o fechamento destes locais ao citar o caso de uma conhecida. “Conheço uma moça que a mãe sai de casa e deixa ela trancada, porque não tem como internar. A mãe levantou os muros da casa e os vizinhos sempre escutam os gritos, quando ela entra em crise. Não tem condição desta mãe dar assistência”.  

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) promove o Seminário em Saúde Mental nesta quinta-feira (18), a partir das 8h30, na Faculdade Aeso, no município de Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O objetivo do encontro é elaborar e executar ações para ampliar a atenção integral em saúde mental em Pernambuco.

Participam da discussão representantes do Núcleo da Luta Antimanicomial, Conselho Estadual de Saúde, Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Conselho Estadual de Políticas Antidrogas de Pernambuco e Ministério da Saúde. Segundo a gerente de saúde mental da SES, Léa Lima Lins, está ocorrendo um processo de qualificação da rede de saúde mental. Apesar disso, o seminário pretende discutir e problematizar questões como a manutenção adequada dos equipamentos, insumos e serviços.

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Programação:

8h – Abertura – Apresentação Cultural

8h30min – Mesa de Abertura - Núcleo da Luta Antimanicomial; Conselho Estadual de Saúde; Ministério Público; CEPAD; Secretária de Saúde e Ministério da Saúde.

9h – Mesa de Problematização da RAPS: Avanços e Desafios

Participantes: 

Mesa composta por representantes dos: do Estado do Rio Grande do Sul; Coordenador Nacional de Saúde Mental –   Dr. Roberto Tykanori. Mediada por representante do COSEMS.

12h – Almoço

13h – Atividades de grupo:

Proposta: Divisão em grupos por GERES

16h – Apresentação dos Relatórios a Plenária

17h – Encerramento

Apesar de enfrentar uma grave crise econômica, os europeus lidam melhor com os problemas financeiros do que os brasileiros. Esta é a constatação de um levantamento feito em cinco países, divulgado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - PROTESTE. De acordo com a pesquisa, os brasileiros têm a saúde mais afetada do que belgas, italianos, portugueses e espanhóis. 

Os dados mostram que 24% dos brasileiros entrevistados sofrem com problemas para dormir, além de admitirem ter ansiedade (32%), irritabilidade (24%) e dor de cabeça (17%), decorrente dos percalços financeiros. O uso de ansiolíticos e antidepressivos também tem uma alta porcentagem no Brasil (30%), perdendo apenas para Portugal (33%). 

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Na concepção da psicóloga Sylviane Cardoso Barros, a atual cultura da automedicação pode ter influência direta nestes dados. “Percebo uma grande tendência de se medicar por qualquer desajuste emocional. A indústria farmacêutica no Brasil é muito agressiva e parte dos médicos ainda estimula a prescrição. Não sou contra a medicação, mas me assusto com a quantidade de pessoas que tomam por conta própria”, afirmou. 

Segundo a psicóloga, o número de pessoas com dificuldades financeiras, que buscam terapia, é significativo, mas o problema não costuma ser o principal. “Vejo a questão muito diluída, ficando mais evidente em pessoas com sofrimento muito intenso. Aí resulta na perda de autoestima, isolamento, é uma pancada no narcisismo para muita gente”, explicou Sylviane. 

Opinião do recifense – Para o estudante de odontologia Alysson Mariano Vieira, as dívidas podem se influenciar muito no equilíbrio mental das pessoas e cita um caso. “Eu conhecia um cara lá de alagoas, muito rico, que acabou se endividando e perdeu tudo, ficou devendo muito. Deu uma depressão nele e se suicidou. Acho que é complicado porque você procura formas de resolver o problema e dificilmente encontra”, disse. 

A massoterapeuta Anna Santa Cruz diz que a maioria dos seus clientes procurar um relaxamento por conta do endividamento. “O assunto com todo cliente que eu atendo é exclusivamente financeiro. Atualmente a massagem relaxante é muito usada para o desestresse causado pela falta do dinheiro, alto custo das coisas, até das mais banais, como pagamento da feira”.

A psicóloga Sylviane Cardoso Barros orienta que, para evitar tais problemas na saúde mental, não há mistério: enfrentar a adversidade com o máximo de positividade possível. “E acho que o brasileiro é criativo, otimista, se perde o emprego vai e corre atrás em outras opções. Depende da estrutura emocional de cada pessoa. Se não souber lidar, acaba virando uma bola de neve”. 

Com a proposta de dar visibilidade à discussão sobre a forma como a sociedade cuida das pessoas em sofrimento psíquico, a Secretária de Saúde do Cabo de Santo Agostinho iniciou nesta segunda-feira (13) a Semana da Luta Antimanicomial, comemorado no dia 18 de maio, em parceria com a coordenação de Saúde Mental. 

O tema deste ano é “A liberdade é compulsória”, e será marcado por várias atividades com uma programação extensa até o dia 17 de maio. Hoje foi a abertura do evento que aconteceu no auditório do Centro Administrativo Municipal (Cam), localizado no bairro da torrinha. “Precisamos avançar na mudança da cultura e no fortalecimento da rede de Saúde Mental. Temos que pensar na rede hospitalar e em outras formas de cuidar desses pacientes”, explicou a gerente de Saúde Mental do Estado, Léa Lins. 

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O objetivo da causa é proporcionar uma ampla estrutura de suporte para permitir uma integração entre a pessoa com a sociedade e a família, além de realizar um tratamento psiquiátrico sem o uso excessivo de medicamentos.  Um grupo formado por pacientes do Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e outras Drogas (Caps AD) realizarão um espetáculo em que abordaram o tema das relações entre pacientes psiquiátricos e profissionais da saúde. A peça acontecerá nesta próxima quinta-feira (16), no Largo da Estação Ferroviária, área central do Cabo, às 9h. 

Com informações de assessoria

 

Nesta segunda e terça-feira (3 e 4), o Cabo de Santo Agostinho irá sediar o 1° Encontro de Coordenadores da Saúde Mental da Região Nordeste. Com o tema "A construção da Rede de Anteção Psicossocial (RAPS) e Estratégias de Sustentabilidade", o encontro acontecerá no Hotel Canariu’s, em Gaibu, e é uma iniciativa do Ministério da Saúde. 

De acordo com o coordenador de Saúde Mental do Cabo, João Marcelo Ferreira, o evento servirá como troca de experiências. “Com isso, podemos atender melhor a nossa população”, ressaltou. 

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O evento contribuirá para a construção de estratégias de alinhamento e organização do coletivo regional para promover espaços de discussão e de fortalecimento do avanço da Reforma Psiquiátrica dentro da região. 

Na programação, estão previstas mesas de debates com representantes da área, criação de grupos de trabalho para elaboração de preposições, plenária e ainda uma atividade cultural com a apresentação da banda Campo Verde, do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD) de Camaragibe. 

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