Em nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (31), os Correios se posicionaram sobre a paralisação dos funcionários, que acontece desde a quarta-feira (29). Segundo o documento, a empresa não vai mudar o plano de saúde, o Correios Saúde, motivo principal da greve e nem cobrar taxa de mensalidade.
Ainda conforme a nota, O Postal Saúde é descrito como uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios, e que substituiu o Correios Saúde desde o início do mês, atende a trabalhadores e dependentes, e não teve regras alteradas.
##RECOMENDA##
No documento, a empresa ainda afirma que está cumprindo a determinação julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), ainda em 2013, sobre o assunto, e a movimentação começou com alguns sindicatos que se colocaram contra a Postal Saúde. Por fim, os Correios garantiram que o funcionamento está normal em todas as unidades do país.
Os integrantes do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos de Pernambuco (Sintect-PE) prometem realizar uma passeata nesta sexta-feira. A concentração será às 15h, na Praça Oswaldo Cruz, e de lá eles seguem até a sede dos Correios, na Avenida Guararapes. No local será realizada uma nova assembleia, marcada para começar à 16h.
Confira na íntegra a nota:
Esclarecimento sobre o plano CorreiosSaúde
Os Correios reafirmam que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde. Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais.
A Postal Saúde não é um plano de saúde. É uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios. Desde o início de janeiro, o plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano não foram alteradas — o pagamento dos trabalhadores dos Correios referente a janeiro já foi realizado, no dia 25, e não houve cobrança de qualquer tipo de taxa ou mensalidade.
A empresa está cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do assunto: todas as regras do plano de saúde definidas na Cláusula 11 do Acordo Coletivo de Trabalho estão mantidas.
Parte dos sindicatos dos Correios, em algumas localidades do Brasil, iniciou um movimento de paralisação contra a Postal Saúde. Mas a maioria dos 35 sindicatos (22) não aderiu ao movimento, incluindo os maiores (São Paulo e Rio de Janeiro) e participa da Mesa Nacional de Negociação Permanente, com reuniões mensais com a empresa.
Funcionamento normal — Nesta sexta-feira (31) os Correios em todo o Brasil estão funcionando normalmente com 95,35% do efetivo total da empresa, o que corresponde a 119.591 empregados — a aferição de presença é realizada por meio de sistema eletrônico. Todas as agências estão abertas e todos os serviços estão disponíveis. Em Pernambuco, 81,1% do efetivo total da empresa está presente, o que corresponde a 3.069 empregados. Nas localidades onde há paralisação, os Correios implantaram plano de contingência e estão garantindo o funcionamento normal das atividades.