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A Universidade de Brasília (UnB) emitiu uma nota informando que as arrecadações de tablets, desktops, notebooks e entre outros equipamentos serão recolhidos até esta quinta-feira (30). A ação faz parte de campanha estabelecida pela instituição de ensino para ajudar estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, visando o atual cenário de dificuldades que alunos enfrentam com aulas realizadas remotamente.

As doações podem ser feitas por qualquer pessoa por meio do aplicativo Doarti, disponível para smartphones Android e iOS. Após instalado, basta  selecionar no app a campanha UnB Solidária e informar o equipamento que será doado. Por último, o doador não deve se esquecer de escolher um ponto de coleta para deixar a doação.

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Os locais de recebimento estão distribuídos em três campi da UnB.  No Darcy Ribeiro, a coleta é feita na sede da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB) de 8h às 20h. Já nas Faculdades UnB Gama (FGA) e Planaltina (FUP), a entrega dos aparelhos podem ser feitas nos respectivos setores de Segurança, das 9h às 17h.

A UnB ressaltou que, até o momento, a campanha já arrecadou 53 equipamentos doados e cerca de 450 aparelhos emprestados. “Embora não haja uma meta preestabelecida, é fundamental a adesão da comunidade interna e externa à UnB, para que todos os estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica identificados pela Diretoria de Desenvolvimento Social (DDS) tenham garantida a participação nas atividades acadêmicas a distância neste momento”, diz a universidade, segundo informações divulgadas na nota.

A necessidade de apoio aos discentes sem disponibilidade de recursos tecnológicos foi identificada em pesquisa realizada pelo Subcomitê de Pesquisa Social do Comitê de Coordenação de Acompanhamento das Ações de Recuperação (CCAR). O levantamento apontou que 6% dos estudantes da UnB não têm computador ou tablet em casa. Além disso, 30% dos alunos precisam de apoio para viabilizar acesso adequado à internet.

A retomada do calendário acadêmico remoto da UnB está prevista para o dia 17 de agosto. O resultado preliminar dos estudantes que receberão os equipamentos será divulgado na próxima segunda-feira (3) pela internet. Estudantes serão convocados conforme sua classificação até o limite da disponibilidade de equipamentos de empréstimo e doação.

A Universidade de Brasília (UnB), em uma parceria com o Governo de Distrito Federal (DF), anunciou o lançamento da plataforma ‘Escola em Casa DF’, nesta quinta-feira (2). O aplicativo que recebeu R$ 17,6 mil de investimento permite que os estudantes da rede pública de ensino acesse materiais de estudos indicados pelos professores, de forma gratuita e otimizada. 

“A iniciativa partiu da equipe de Inovação do GDF, que já vem acompanhando o trabalho realizado pelo Laboratório Avançado de Produção, Pesquisa e Inovação em Software (Lappis/UnB). No início, estávamos somente auxiliando em termos de requisitos para o sistema e viabilidade, e acabamos também assumindo o desenvolvimento”, conta a professora do curso de Engenharia de Software da Faculdade UnB Gama (FGA) Carla Rocha, que coordena o laboratório e está à frente do projeto, segundo informações da assessoria de comunicação da UnB.

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Desde de março com aulas presenciais suspensas, em razão da pandemia da Covid-19, a  Secretaria de Educação (SE-DF), tem como plano o retorno das aulas na modalidade remota, que inicialmente estava marcada para 29 de junho, e foi adiada para o dia 13 de julho. Com a mudança na data de volta às atividades, a Secretaria pretende realizar o acolhimento mais adequado aos estudantes.

Ao total, são 460 mil estudantes com dificuldades de acesso a internet, ocasionada por diversos fatores, como falta de equipamentos em casa (computador, celular smartphone ou tablet), ou por não terem condições financeiras para obter pacotes de dados que permitam acompanhar as aulas remotamente.

Parte dos estudantes da rede pública do DF, anteriormente, e de forma restrita, faziam uso da plataforma on-line de aprendizagem Google Classroom gratuitamente. No entanto, com o projeto, os estudantes poderão ter um acesso mais ampla, com auxílio de outras ferramentas que otimizem o ensino-aprendizagem dos usuários. 

 “Além disso, todo o consumo de dados, assim como o uso da plataforma (adesão do aluno ao conteúdo) são monitorados e disponibilizados para os gestores. Dessa forma, a ferramenta permite a gestão orientada a dados e também uma contra prova para o governo do consumo cobrado pelas operadoras”, explica Carla Rocha, segundo assessoria da UnB.

O lançamento ainda nesta semana. Para acessar o ‘Escola em Casa DF’, o estudante deverá baixar o aplicativo gratuitamente pelas lojas Google Play ou Apple Store e entrar no sistema com login e senha já cadastrados para navegar no Google Classroom. O tráfego de dados será custeado pelo governo distrital.

A Universidade de Brasília (UnB) se pronunciou sobre a Medida Provisória (MP) nº 979, publicada no Diário Oficial da União (DOU), que estabelece como escolha do ministro da Educação, Abraham Weintraub, a escolha temporária de reitores de instituições federais de ensino. A decisão veta o necessidade de consulta à comunidade acadêmica ou formação de lista tríplice para a escolha de reitor ou vice-reitor nas instituições federais de ensino superior, durante o período da pandemia da Covid-19. “O nome disso, avaliam as vozes democráticas do país, é intervenção”, diz UnB. 

A Universidade de Brasília diz que “junta-se a todas as instituições e todos os cidadãos que expressam sua indignação diante desta decisão arbitrária do governo federal. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) já se posicionou de forma contrária à MP. Estão em perigo a democracia na gestão e a autonomia universitária, prevista na Constituição Federal”, publicou, nota divulgada no site da instituição.

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 “Convidamos a comunidade à defesa da Universidade e ao combate à autocracia. A mais grave emergência de saúde pública não pode ser desculpa para uma intromissão descabida nos processos históricos e legítimos dentro dos campi universitários brasileiros. A educação do povo brasileiro não está aberta a pausas antidemocráticas. Vamos buscar até o fim o direito de escolher nossos representantes”, reforça UnB. 

A universidade ainda afirma que  “a caráter autoritário e a legalidade da MP já são motivo de debate no Congresso Nacional. Oito partidos ingressaram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. Parlamentares da bancada do Distrito Federal se solidarizaram com a UnB. A instituição é uma das 20 universidades que podem ser atingidas pela medida, pois o mandato da atual Administração Superior termina em novembro.”

“A Universidade continua a trabalhar. Vem oferecendo o que tem de melhor à sociedade brasiliense e brasileira: incessante pesquisa de qualidade realizada em laboratórios que enfrentam com coragem os desafios impostos pelo momento. Baseados em protocolos estabelecidos por especialistas, seguiremos ao lado da vida, da ciência e da verdade” finaliza a UnB. 

O Ministério da Educação (MEC) também se pronunciou sobre a medida, dizendo que  ela é constitucional e não fere a autonomia ou liberdade das instituições de ensino. A nota da UnB ainda afirma que a proposta do governo é suspender as eleições em instituições de ensino que apresentarem vacância dos cargos de reitor durante o estado de calamidade pública causado pela pandemia da Covid-19. Ao menos 20 universidades ou institutos devem se enquadrar nessa situação até o final do ano.

Foto: Reprodução/UnB 

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-> MEC poderá escolher reitores temporários na pandemia

A Universidade de Brasília divulgou, nesta sexta-feira (17), a lista dos selecionados na oitava chamada para o registro acadêmico referente ao processo seletivo ‘Acesso Enem UnB’. Os participantes podem conferir a lista dos selecionados através do edital divulgado pela unidade.

Além disso, é necessário realizar o registro acadêmico online através do site da Cebraspe a partir deste sábado (18) até a próxima terça-feira (21). 

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Após fazer o registro, os participantes já se tornam alunos da instituição. Vale ressaltar que a UnB está com o calendário acadêmico suspenso, então é fundamental que os estudantes fiquem atentos para o momento em que as aulas forem retomadas.

 

A Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a Prefeitura da UnB, Decanato de Administração (DAF) e o Instituto de Química (IQ) da Instituição, estão fabricando e distribuindo álcool em gel pelos campi da universidade. A iniciativa busca contornar o problema da falta do produto em supermercados, farmácias e distribuidoras, para que assim, mais pessoas possam higienizar as mãos. Vale ressaltar, que essa é uma das maneiras que a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica para que se possa conter a disseminação do novo coronavírus. 

O objetivo da ação é dar mais segurança aos servidores e funcionários terceirizados, da área de limpeza e vigilância, por exemplo, que não podem realizar trabalho remoto. De acordo com a Unb, desde o dia 24 de março, foram fabricados 300 litros de álcool e gel. 

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O álcool em gel produzido teve como matéria-prima de 200 litros de álcool líquido 96%, que geralmente se utiliza em limpeza. De acordo com nota publicada pela universidade, o material utilizado já estava no estoque do almoxarifado da Prefeitura da Unb, além disso, uma equipe liderada pelo professor Floriano Pastore combinou o produto à carboximetilcelulose, insumo empregado na produção de látex.

O professor destaca o papel da Universidade e de centros de pesquisa neste momento crítico. “Sinto orgulho de estar dando essa contribuição com a minha equipe, dominando um processo diferente de produzir álcool em gel. Estamos sendo contatados por outras instituições para possibilidade de parceria na fabricação e suprimento deste produto para outros locais”, conta. “Enquanto não há crise, o conhecimento das universidades não é notado pela sociedade, mas quando necessário ele surge e se mostra pujante e forte”, afirma, de acordo com assessoria da UnB.

Em meio aos novos casos do coronavírus, a Universidade de Brasília decidiu, nesta quinta-feira (12), suspender todas as atividades presenciais. Aulas, palestras, seminários, eventos e colações de grau retornarão em breve, segundo um comunicado emitido pela UnB. Com intuito de evitar a disseminação do COVID-19, o calendário completo da universidade não foi interrompido.

Foi decidido que as atividades presenciais irão ser substituídas por exercícios domiciliares. A ideia do decreto do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) é que não haja aglomerações. 

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Confira a nota publicada no site oficial da UnB:

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) decidiu suspender, durante a vigência do Decreto n. 40.509, publicado em 11 de março pelo Governo do Distrito Federal, as atividades acadêmicas presenciais (aulas, palestras, seminários, eventos similares e as colações de grau) na Universidade de Brasília.

O decreto suspendeu aulas nas redes pública e privada do DF e restringiu outras aglomerações, com o propósito de conter o novo coronavírus (Covid-19). O calendário acadêmico não foi suspenso. As atividades presenciais na Universidade serão substituídas por exercícios domiciliares, sob a supervisão das unidades acadêmicas.

Antes de ser analisado pelos conselheiros, o decreto foi apreciado pelo Comitê Gestor do Plano de Contingência do Covid-19 na UnB, criado pelo Decanato de Assuntos Comunitários para monitorar a evolução da doença e dar orientações à comunidade da UnB sobre como proceder em cada fase do surto.

Embora classifique a medida do GDF como precipitada, diante do que orientam as autoridades de saúde, o Comitê reconheceu os outros impactos decorrentes do decreto para a sociedade do Distrito Federal, docentes, técnicos e estudantes, principalmente os que têm filhos pequenos. Tal parecer foi utilizado pelo Cepe para a tomada da decisão nesta quinta-feira.

Paralelamente à decisão do Conselho, a Administração Superior expedirá ainda nesta quinta-feira um ato que suspende as atividades administrativas presenciais na UnB. O ato considera igualmente as consequências geradas pelo Decreto n. 40.509 sobre o funcionamento da Universidade. Neste período, o trabalho será realizado remotamente e sob orientação de cada unidade administrativa.

A UnB continuará acompanhando os desdobramentos da pandemia de coronavírus e manterá a comunidade informada.

A Universidade de Brasília (UnB) publicou nota informando que está acompanhando com cautela as informações sobre a transmissão do novo coronavírus (COVID-19) nesta segunda-feira (3). Segundo a instituição, perante a situação atual, “o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) criou, por meio do Ato do DAC nº 06/2020, o Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde do Covid-19 da UnB”.

De acordo com a nota, o Comitê Gestor está verificando todos os dias o quadro epidemiológico e criando projetos “para as eventuais fases de surto do vírus, a partir de dados disponibilizados pelas autoridades competentes (OMS, OPAS, Ministério da Saúde (MS) e Secretaria de Saúde do Distrito Federal)”. Ainda segundo a nota, mesmo que existam casos suspeitos no Distrito Federal (DF), não existia, até a data de publicação da nota, constatação da presença de pacientes contaminados ou indicador de transmissão presente do vírus em Brasília.

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A nota ainda faz um alerta a pessoas que fazem parte da instituição e a pessoas que chegaram de viagem recentemente. “Recomendamos aos membros da comunidade universitária e àqueles que tenham chegado de viagem recente a algum dos países com registro de transmissão do novo coronavírus, ou que tenham tido contato com uma pessoa infectada, atenção primordial a sintomas respiratórios e/ou febre. Caso haja indicativo de contaminação, a pessoa deve procurar o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), unidade de referência para casos da doença no DF”, diz a Unb. Veja, abaixo, a nota na íntegra:

À comunidade universitária, 

  A Universidade de Brasília (UnB) vem monitorando com atenção as informações a respeito da transmissão do novo coronavírus (Covid-19). Diante do cenário que se apresenta, o Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) criou, por meio do Ato do DAC nº 06/2020, o Comitê Gestor do Plano de Contingência em Saúde do Covid-19 da UnB. 

O Comitê é formado por especialistas do DAC, das Faculdades de Ciências da Saúde (FS), de Medicina (FM), dos Institutos de Ciências Biológicas (IB), de Psicologia (IP), do HUB e por representantes de unidades acadêmicas e administrativas, e tem como atribuições realizar ações, orientar e prestar consultoria, de forma sistematizada, às eventuais ocorrências relacionadas ao Covid-19 na Universidade de Brasília.

Neste sentido, o Comitê Gestor está monitorando diariamente a evolução da situação epidemiológica e desenvolvendo planos para as eventuais fases de surto do vírus, a partir de dados disponibilizados pelas autoridades competentes (OMS, OPAS, Ministério da Saúde (MS) e Secretaria de Saúde do Distrito Federal). Embora haja casos suspeitos no DF, não há, até a presente data, confirmação da existência de pacientes infectados ou indicativo de transmissão ativa do vírus no território brasiliense. 

Recomendamos aos membros da comunidade universitária e àqueles que tenham chegado de viagem recente a algum dos países com registro de transmissão do novo coronavírus, ou que tenham tido contato com uma pessoa infectada, atenção primordial a sintomas respiratórios e/ou febre. Caso haja indicativo de contaminação, a pessoa deve procurar o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), unidade de referência para casos da doença no DF. 

Também recomendamos, com veemência, que cada membro da comunidade adote, individualmente, as medidas divulgadas pelo Ministério da Saúde quanto à lavagem frequente e adequada das mãos, bem como as medidas de higiene respiratória, conforme orientações disponíveis nos links abaixo.  

O Comitê Gestor divulgará regularmente atualizações, orientações ou recomendações sobre esta realidade para toda a comunidade, por meio dos canais oficiais de comunicação da Universidade de Brasília (Portal UnB, InfoUnB e redes sociais da instituição).

Links úteis: 

Organização Pan-americana da Saúde / Organização Mundial da Saúde  

Ministério da Saúde 

Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus COVID-19 (MS) 

Secretaria de Saúde do Distrito Federal 

Plano de Contingência do Coronavírus/SES/GDF  

Combate às fake news do Ministério da Saúde 

Andifes - Tudo o que você precisa saber sobre o coronavírus 

Com informações da Secom UnB

Comissão de verificação de cotas gera protestos entre os reprovados / Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens

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A Lei nº 12.711/12, sancionada em agosto de 2012, garante 50% das vagas disponíveis nas instituições de ensino superior e institutos federais de educação de todo país a estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública; oriundos de famílias com renda bruta inferior ou igual a 1,5 salário mínimo per capita, subdivididas entre candidatos autodeclarados negros, pardos ou indígenas. Conhecida como “Lei de Cotas”, a iniciativa foi criada com o intuito de ampliar as oportunidades de ensino no Brasil.

As universidades brasileiras seguiam recomendações do Estatuto de Igualdade Racial para confirmar a cor dos concorrentes por meio do documento de autodeclaração, apresentado pelos estudantes na faculdade de destino após o resultado do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Entretanto, depois de denúncias de supostas fraudes realizadas na distribuição das vagas, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou a diversas universidades do país que o fenótipo, e não a ascendência, deve ser o critério utilizado para validação.

Em entrevista ao LeiaJá no mês de novembro de 2018, a estudante de direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Karoline Ramos, de 23 anos, que utilizou o sistema de cotas raciais para ingressar na instituição, apontou possíveis irregularidades na confirmação das vagas por meio do documento de autodeclaração e cobrou a instauração de comissões de verificação na UFPE.

“Por meio das cotas raciais, a gente leva uma autodeclaração no momento da pré-matrícula após aprovação no Sisu, e não existe nenhuma análise da veracidade ou não dessa documentação, o que abre margem para muitas fraudes. É importante que os movimentos negro e indígena que compõe a faculdade se organizem para demandar que surjam comissões de verificação para as cotas raciais, visando evitar as fraudes. Muitas vezes, alunos que não se enquadram no perfil de índios, negros e indígenas, acabam utilizando essas cotas mesmo sem ter o perfil adequado. Isso acontece justamente pela falta de verificação”, disse Karoline à época.

Instauração das comissões

No dia 16 de janeiro de 2019, a pró-reitoria para Assuntos Acadêmicos (Proacad) da UFPE, juntamente com a Comissão de Elaboração do Programa de Combate ao Racismo Institucional, publicou o Edital PROCAD Nº 01/2019, que dava início às inscrições para os “interessados em participar, na condição de voluntários, das Comissões de Validação da Autodeclaração Racial”.  

O documento estabelecia que as comissões deveriam ser compostas por um professor; um técnico da UFPE “vinculado a grupo de pesquisa, coletivos ou outras instância congêneres dedicados às relações étnico-raciais”; um estudante da UFPE matriculado em 2018.2, “vinculado a Grupo de pesquisa, Coletivos ou outras instâncias congêneres dedicadas às relações étnicos-raciais ou que tenha cursado disciplina sobre relações étnicos raciais” e um membro da sociedade civil vinculado “a grupo de pesquisa, movimentos sociais negros, coletivos ou outras instâncias congêneres dedicados às relações étnicos-raciais”.

As inscrições foram realizadas de 16 a 24 de janeiro. As análises e julgamentos dos voluntários inscritos foram feitos nos dias 25 e 26 seguintes. Posteriormente, os selecionados participaram da Oficina de Formação para atuação nas Comissões de Validação da Autodeclaração Racial. Ao final da formação, foram conferidos certificados aos participantes. Os trabalhos nas comissões foram realizados nos dias 31 de janeiro; 1º, 4, 13, 14 e 15 de fevereiro. Ao todo, dos 2,4 mil candidatos aprovados nas cotas étnicos-raciais, 280 foram reprovados pelas comissões de cotas nos campi Recife, Vitória e Sertão.

Entramos em contato com a ex-professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e psicóloga aposentada, Luciene Lacerda, que é membro das comissões da heteroidentifição da UFRJ. Luciene compõe a banca avaliadora que julga os candidatos que utilizam a autodeclaração para concorrer às vagas destinadas a negros e pardos nos concursos públicos realizados pela Universidade. Por meio de ligação telefônica, Luciene Lacerda detalhou como é realizado o procedimento de avaliação dos candidatos. Confira:

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Protestos

Protesto dos alunos reprovados na primeira avaliação de cotas, realizado em frente à Reitoria da UFPEm no Recife / Foto: Júlio Gomes/LeiaJáImagens/Arquivo

Após a divulgação do resultado das comissões realizadas na UFPE, um grupo de candidatos se reuniu em frente à Reitoria da instituição de ensino, localizada na Zona Oeste do Recife, no dia 12 de fevereiro, cobrando um posicionamento da entidade. Ao todo, 188 alunos reprovados entraram com recurso na instituição de ensino.

A principal queixa dos candidatos presentes no local era a falta de variedade racial nas comissões julgadoras. Alguns estudantes afirmaram que a banca avaliadora era formada apenas por pessoas negras. Candidato reprovado na primeira avaliação, Guilherme Feitosa, de 19 anos, aprovado em primeiro lugar para o curso de física por meio da cotas raciais, que se declara pardo, afirma que o processo não é confiável e que as reprovações foram injustas.

“Posso dizer que a primeira comissão de verificação não foi confiável. Digo isso por conta de tantas reprovações injustas que ocorreram, inclusive a minha. Eu tenho traços de pessoa parda, a lei das cotas me cobre, tanto as pessoas negras quanto pardas. E tenho caraterísticas de pessoa parda, a cor da minha pele não é branca, pode não ser negra, mas com certeza é uma cor mais escura. Os traços faciais também, alguns traços indígenas, alguns traços negros, enfim. Por isso eu considero, sim, injusta a minha reprovação”, diz.

Feitosa relata que ao entrar em uma sala do campus para ser julgado pela comissão, os integrantes da banca avaliadora “não perguntaram nada, só pediram para assinar a autodeclaração enquanto era (eu) filmado com um celular próximo do rosto”.

De acordo com o pró-reitor de assuntos acadêmicos da UFPE, Paulo Góes, a reprovação dos estudantes depende da decisão de todos os membros da comissão. “Para o candidato ser rejeitado, é preciso que a decisão da banca avaliadora seja unânime”, crava.

Após diversos protestos e cobranças por parte dos candidatos, a UFPE decidiu realizar uma nova avaliação com os estudantes que entraram com recurso contra a faculdade. Em nota emitida no dia 12 de fevereiro, a instituição informou as datas, horários e o local das reavaliações. “Todos os candidatos que recorreram serão reavaliados nos dias 21 e 22 deste mês, apenas no Corpo Discente, no Campus Recife, das 8h às 12h e das 14h às 17h”, informou a UFPE por meio da assessoria de comunicação.

Tentamos entrar em contato com estudantes que foram aprovados no processo de reavaliação, entretanto, nenhum se dispôs em comentar como foram feitas as avaliações.

Colorismo na universidade

A instauração das comissões acendeu o debate sobre raça e cor no ambiente universitário. Alguns estudantes classificam as comissões como “tribunais de etnia”, enquanto outros declaram os julgamentos “racistas’. A coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Universidade de Brasília (UnB), Renisia Garcia, pondera que o requisito mais importante para o candidato ser aprovado na comissão é ser identificado pelos demais como pessoa negra.

“Nós temos fraudes nas cotas. Pessoas brancas de cabelos lisos e de olhos azuis burlam o processo conscientemente. Por isso, as bancas de verificação precisam ter pessoas qualificadas, sabendo que quem deve ocupar aquela vaga é uma pessoa negra, fenotipicamente assim reconhecida. Não se trata de autoclassificação, auto nomeação, é heteroidentificação, é a sociedade ver a pessoa como negra, e esse é o encaminhamento da banca”, afirma.

Ainda segundo Renisia, candidatos que não são negros e tentam utilizar as cotas raciais para ingressar na universidade podem ser classificados como racistas. “Ao tentar burlar as políticas afirmativas, as vagas reservadas às pessoas negras, sendo essas pessoas brancas, tentando entrar como negras, estão sendo altamente racistas e referendando a desigualdade social”, diz.

De acordo com a coordenadora do Neab da UnB, as comissões de verificação de cotas garantem o uso correto do dinheiro público destinado à universidade. “Não tenho a mínima dúvida que a instauração das comissões foi uma melhoria na política de cotas. As bancas de verificação são extremamente necessárias para que o dinheiro público seja destinado ao demandatário a quem ele está direcionado: pessoas negras”, conclui.

Luciene Lacerda, integrante da banca avaliadora da UFRJ, destaca que as comissões de verificação avaliam o fenótipo dos avaliados e, concomitante a isso, se suas características fenotípicas poderiam levá-los a serem vítimas de racismo. Confira:

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Representante do Coletivo de Estudantes “Negrxs” da Universidade Federal Fluminense (UFF) de Niterói, a estudante de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Nalui Mahin, destaca que as comissões garantiram que a população negra ocupasse vagas em cursos na universidade. “No início das comissões, a gente observou que houve um percentual de mais ou menos 15% de pessoas que não eram consideradas aptas para ingressar na universidade por meio das cotas, ou seja, eram pessoas brancas. E esse percentual representa cerca de 200 vagas destinadas às pessoas negras. Sem as comissões, seriam cerca de 200 vagas de negros e indígenas, ocupadas por pessoas brancas”, pontua Nalui.

Reportagem faz parte do especial "Para que servem as cotas?", produzido pelo LeiaJá. O trabalho jornalístico explica a importância das cotas para a equidade e democratização dos espaços de educação brasileiros. Confira as demais reportagens:

1 - Cotas: sanção da lei marca o ensino superior

2 - A perspectiva social que explica a criação das cotas

3 - Cotas raciais valorizam diversidade no ensino superior

5 - Inclusão de pessoas com deficiência marca Lei de Cotas

6 - Cotas rurais garantem ensino ao povo do campo

7 - A aldeia no campus: cotas e reparação histórica aos índios

8 - Cotas para trans esbarram em preconceito no ensino básico

9 - ProUni: inclusão social no ensino superior particular

10 - O que é mito e o que é verdade sobre a Lei de Cotas?

11 - Como seria um mundo sem cotas? 

A Universidade de Brasília (UnB) deixará de adotar o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) a partir de 2020. O Exame Nacional do Ensino Medio (Enem), no entanto, não deixará de ser usado pela instituição. A diferença é que agora, os estudantes que quiserem concorrer a uma vaga na universidade deverão se inscrever em edital próprio da UnB e indicar o Enem como critério classificatório.

De acordo com a UnB, a nova seleção manterá o mesmo quantitativo de vagas que eram destinadas ao Sisu e será usada já no primeiro semestre do ano que vem. A inscrição para esse processo será gratuita, uma vez que o estudante já pagou para fazer a prova do Enem. 

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A publicação do edital ainda não tem data prevista. A mudança foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) em reunião no dia 27 de junho. 

A UnB passou a adotar o Sisu em 2014 ofertando pelo sistema metade das vagas do processo seletivo do primeiro semestre, o que equivale a 25% do total de vagas ofertadas no ano pela universidade. 

O Sisu é um programa do Ministério da Educação (MEC), que centraliza, duas vezes por ano, a oferta de vagas em instituições públicas de ensino superior. Para participar, o estudante precisa ter feito o Enem e não ter zerado a redação. Cada candidato pode escolher até duas opções de curso, que podem ser alteradas até o final do período de inscrição. Uma vez por dia, o sistema calcula a nota de corte com base nas inscrições feitas até então.  

De acordo com nota divulgada pela UnB, há incompatibilidade entre o calendário acadêmico da universidade e o que é estabelecido pelo MEC. Segundo a instituição, o registro precisava ser feito em um prazo curtíssimo, o que sobrecarregava as áreas técnicas e entrava em conflito com outros processos seletivos da universidade.

Outro problema é o não preenchimento de todas as vagas oferecidas pelo Sisu, sendo necessárias várias chamadas, o que prejudica o início do semestre letivo. Além disso, de acordo com a UnB, a evasão entre os estudantes que ingressam via Sisu é maior. Após o primeiro ano na universidade, a permanência de calouros que ingressaram por outros processos seletivos é de mais de 90%. No caso do Sisu, esse índice é até 20% mais baixo.

Fim do SisUnB

Além do ingresso pelo Enem, os estudantes podem concorrer a vagas na Unb pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS), que é realizado ao longo dos três anos do ensino médio regular pelo vestibular. Os estudantes podem ingressar pelo PAS tanto no primeiro quanto no segundo semestre letivo. Metade das vagas ofertadas no ano são preenchidas por candidatos do PAS. 

Já o vestibular é realizado apenas para ingresso no segundo semestre letivo e é reponsável pelo preenchimento de 25% das vagas ofertadas no ano pela UnB. 

Com a nota em mãos, os estudantes que participavam da terceira etapa do PAS e do vestibular podiam ainda ingressar no chamado SISUnB, que funcionava de forma semelhante ao Sisu. Ou seja, o estudante tinha um período para verificar se poderia ser aprovado para o curso de preferência ou não e podia mudar a opção de curso, turno ou campus para aumentar as chances de ser aprovado. 

O Cepe aprovou o fim da possibilidade dessas mudanças nesses dois processos seletivos. Os candidatos deverão indicar, na inscrição, o curso que pretendem cursar e o SiSUnB não será mais utilizado. 

O anúncio de cortes nas verbas para três universidades públicas que, segundo o ministro da Educação Abraham Weintraub, estão "fazendo balbúrdia" tem rendido críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). O ex-candidato à Presidência, Guilherme Boulos (PSOL), disparou contra a medida e questionou se o próximo passo será invadir as universidades com o Exército.  

“Universidade que debate os desafios do país e forma jovens para a cidadania deveria ser premiada. Punir instituições com corte de verbas porque se discorda dos eventos promovidos é de um autoritarismo atroz. Qual o próximo passo? Invadir o campus com o Exército, como na ditadura?”, indagou o psolista.

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As unidades de ensino superior que vão sofrer os cortes de 30% no orçamento, segundo o ministro, são as Universidades Federal Fluminense (UFF), Federal da Bahia (UFBA) e a de Brasília (UnB).

“A alegação do ministro-censor é de que há ‘balbúrdia’ nas universidades. Balbúrdia é corte no bandejão, nas bolsas de estudo. É perseguir professores. É, do alto da ignorância, atacar áreas do conhecimento como inúteis. Balbúrdia é o que esse governo promove na educação”, acrescentou Boulos.

O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) não foi o único a criticar a atitude do MEC. O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) classificou a atitude como parte de um “projeto obscurantista”.

“Balbúrdia e arruaça é o que fazem o ministro da Educação e Bolsonaro com as universidades. Cortar verbas da UFF, UFBA e Unb é parte de um projeto autoritário e obscurantista de ataque à liberdade de pensamento e destruição da educação superior pública”, argumentou o parlamentar.

A postura foi endossada pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) que pontuou “perseguição ideológica e desmonte da educação” como a linha política do MEC. “Falta competência e conhecimento sobre gestão do ensino superior. Ministro assume postura autoritária e vergonhosa. Mais respeito à autonomia das instituições e das universidades”, pediu a petista.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que três universidades brasileiras terão verbas reduzidas porque estão "fazendo balbúrdia" em vez de "melhorar o desempenho acadêmico". A declaração foi dada em entrevista ao jornal Estado de São Paulo e, segundo o representante da pasta, a Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade de Brasília (UnB) serão as primeiras a sentir a mudança.

Segundo o jornal, as três instituições de ensino terão 30% das dotações orçamentárias anuais bloqueadas pelo Governo Federal por ter promovido “festas inadequadas ao ambiente universitário, manifestações partidárias e eventos políticos em suas instalações”. A UnB confirmou o bloqueio de 30%, mas a UFBA e a UFF não se pronunciaram.

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Para o ministro, a presença de “sem-terra e gente pelada” dentro das instituições são consideradas como balbúrdia. A realização de festas nos campi também terá atenção redobrada e, se algum aluno se machucar, a verba também deverá ser cortada. Essa foi a forma encontrada pelo ministro para definir as instituições de ensino que sofreriam corte de verbas, já que quase 25% de todo o dinheiro para despesas relativas à educação deve ser cortado pela Lei Orçamentária.

A Universidade Federal de Juiz de Fora, em Minas Gerais, também está sob avaliação. Além da “balbúrdia”, o ministro disse que as instituições de ensino que não forem bem em rankings (não listados por ele) também sofrerão cortes. a UnB e a UFBA, porém, tiveram as suas melhores avaliações no ranking da Times Higher Education, conceituada lista que mede qualidade do ensino superior mundial.

 

Um temporal que atingiu Brasília no fim de semana alagou parte do Instituto de Ciências Humanas Norte (ICC) da Universidade de Brasília (UnB) e fez as aulas serem suspensas nesta segunda-feira (22). Pelas redes sociais, alunos publicaram imagens do alagamento que atingiu o subsolo do prédio de ciências humanas e parte da Faculdade de Tecnologia da instituição.

Por meio das redes sociais, a UnB afirmou que a estrutura dos prédios não sofreu danos e disse que, mesmo com a limpeza dos bueiros da instituição, a força da enxurrada sobrecarregou o sistema de drenagem do prédio. A segunda-feira será voltada para a limpeza do espaço e, por causa disso, as aulas no prédio ICC Norte estão suspensas.

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Confira, na íntegra, a nota divulgada pela instituição:

"A Administração da Universidade de Brasília informa que está acompanhando, com atenção, as consequências da forte chuva que caiu na tarde deste domingo, 21 de abril. A reitora Márcia Abrahão, o chefe de Gabinete, Paulo César Marques, o prefeito da UnB, Valdeci Reis, e a secretária de Infraestrutura, Helena Zanella, estiveram no campus da Asa Norte no fim do dia, acompanhados de especialistas da área de engenharia e técnicos da Prefeitura. Eles percorreram o prédio do ICC e a Faculdade de Tecnologia, dois dos locais mais atingidos.

Uma avaliação inicial não identificou danos à estrutura. Embora os bueiros do campus estivessem limpos e em bom funcionamento, a força da enxurrada, vinda da Asa Norte, ocasionou a sobrecarga do sistema de drenagem.

O bloco B do subsolo do ICC Norte ficará interditado para limpeza. As atividades que ocorrem no local estarão suspensas até o término do serviço. Nos demais locais da Universidade, as atividades ocorrerão normalmente. A Administração e os diretores das unidades acadêmicas e administrativas farão um levantamento mais completo dos danos materiais decorrentes da chuva.”

O Vestibular Cidadão da Universidade de Brasília (UnB) abriu inscrições para processo seletivo. Ao todo, 120 vagas são ofertadas para alunos de escolas públicas (que já se formaram e estejam cursando o ensino médio)  ou que tenham bolsa integral em escolas particulares.

O processo seletivo é dividido em três partes. A primeira consiste em uma prova objetiva; a segunda, em uma entrevista pessoal e a terceira em uma avaliação socioeconômica similar à do sistema de cotas sociais da instituição.

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Das 120 oportunidades oferecidas, são 60 para o turno vespertino e as outras 60 para o turno noturno. As inscrições para o processo seletivo podem ser realizadas pela internet, por meio do site do Vestibular Cidadão. A candidatura primeiro deve ser feita mediante o preenchimento de formulário e, em seguida, por pagamento de taxa de R$ 10 para impressão das provas. O estudante deve aguardar a confirmação de inscrição, prazo que dura em torno de sete dias.

A prova do processo seletivo será realizada no dia 16 de fevereiro, às 14h, no Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (EAPE) de Brasília, localizado no SGAS I St. de Grandes Áreas Sul 907, em Asa Sul. Após a avaliação, os estudantes aprovados passarão por entrevistas individuais, estas realizadas nos dias 23 e 24 de fevereiro.

A avaliação socioeconômica será feita pela equipe organizadora do processo seletivo, por meio dos documentos enviados pelos estudantes durante a candidatura. Com o resultado dos aprovados, os selecionados deverão realizar as matrículas nas datas prováveis de 8 e 9 de março. Já a aula inaugural será no dia 9 do mesmo mês, mesmo dia do prazo máximo de registro no preparatório.

Mais informações sobre o processo seletivo do Vestibular Cidadão podem ser conferidas no edital de abertura do certame.

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O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) registrou um tremor de terra de magnitude 6,8 na escala Richter, na região de Tarauacá, no Acre.

De acordo o observatório, o tremor ocorreu no início da tarde deste sábado (5), em grande profundidade e considerado de baixo risco.

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Na cidade de Tarauacá, que fica a 87 quilômetros do local onde o sismo aconteceu, poucas pessoas sentiram o tremor. Na delegacia policial local, a informação é de que não houve registro de danos.

Um estudo recente de três pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) evidenciou o desconhecimento de médicos heterossexuais quanto à homossexualidade. Visando identificar percepções equivocadas que podem prejudicar o atendimento de pacientes, Renata Corrêa-Ribeiro, Fabio Iglesias e Einstein Francisco Camargos questionaram 224 profissionais atuantes no Distrito Federal, a partir de um roteiro de perguntas formuladas por estudiosos norte-americanos.

Ao final do experimento, constatou-se que os participantes acertaram, em média, apenas 11,8 dos itens (65,5% das 18 respostas dadas). Alguns deles atingiram somente dois acertos.

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O número de erros foi maior entre católicos e evangélicos, que indicaram 11,43 alternativas corretas, em média. A pontuação dos médicos que informaram ter outras religiões ou nenhuma foi de 12,42 acertos.

Os participantes tinham, em média, 42 anos de idade, e eram majoritariamente mulheres (149 profissionais – 66,5%). À época da aplicação do questionário, a maioria (208 pessoas – 92,9%) exercia a atividade após concluir a residência médica.

Os autores do artigo, intitulado O que médicos sabem sobre a homossexualidade? e publicado no início do ano, destacam que a sociedade médica tem alertado, há algum tempo, para comportamentos de profissionais da categoria que podem prejudicar o atendimento do segmento LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais).

Com medo de serem hostilizadas, as pessoas pertencentes a esses grupos podem acabar deixando, por exemplo, de fazer consultas periódicas, tão importantes na detecção de doenças em estágio inicial.

Riscos

O estudo constatou problemas como falta de treinamento de profissionais de saúde, que têm dificuldade de abordar questões relacionadas à sexualidade, presença de barreiras e práticas institucionalizadas consideradas preconceituosas. Segundo os autores, a desinformação dos profissionais de saúde aumenta o risco de adoecimento mental, suicídio, câncer e de contração de doenças sexualmente transmissíveis. Em alguns casos, apontou a pesquisa, a rejeição dos profissionais de saúde leva à evitação ou ao atraso no atendimento, ao ocultamento da orientação sexual, ao aumento da automedicação ou à busca de informações fora da rede médica, por meio de farmácias, de revistas, de amigos e da internet. Alguns pacientes só procuram o médico em situações de emergência ou em casos extremos, por receio de enfrentarem discursos homofóbicos, humilhações, ridicularizações e quebra de confidencialidade.

Erros

A questão que apresentou o maior percentual de erro, ressaltaram os pesquisadores, foi a 14, que pedia para classificar a informação de que quase todas as culturas têm mostrado ampla intolerância contra os homossexuais, considerando como “doentes” ou “pecadores”. Nesse caso, 154 médicos (68,8%) erraram a pergunta e julgaram o item verdadeiro, 37 médicos (16,5%) indicaram-no como falso, acertando a questão, e 33 (14,7%) não souberam responder. Um total de 34,4% dos entrevistados não soube responder se a homossexualidade era doença (item 6), 4,9% responderam que sim. O item 10, que afirmava que uma pessoa se torna homossexual por conta própria, foi considerado verdadeiro por 32,1% dos médicos, e 13,8% não souberam responder. “Essa resposta revelou que quase metade dos médicos desconhecia os vários aspectos biopsicossociais relacionados à homossexualidade e a atribuía simplesmente a uma escolha feita pelo indivíduo", escreveu o grupo de cientistas.

Violência contra LGBTI no Brasil

Em 2017, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos em crimes motivados por LGBTIfobia. O número, apurado pelo Grupo Gay da Bahia, é o maior desde o início da série do monitoramento, que começou a ser elaborado pela entidade há 38 anos. O índice representa um aumento de 30% em relação a 2016. Pelo mundo, a comunidade LGBTI tem conseguido galgar avanços na proteção a seus membros contra perseguições e ataques. Em setembro, a Índia descriminalizou a homossexualidade. A despenalização, que tinha como fundamento uma lei britânica de 150 anos, foi garantida por decisão da Suprema Corte do país.

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu nesta sexta-feira, 2, quatro suspeitos de terem assassinado um jovem em uma festa na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. O crime aconteceu durante a madrugada do mesmo dia.

O rapaz, de 19 anos, foi identificado como Renan Rafael da Silva Barbosa e, de acordo com a polícia, ele não era aluno da instituição. Barbosa levou seis tiros, sendo alguns disparados em seu rosto. Ele morreu na hora.

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O delegado responsável pelo caso, Bruno Gordilho, contou que os suspeitos tiveram uma discussão com a vítima durante a festa. O grupo teria então, saído do evento para buscar a arma na casa de um deles. Depois, voltaram e efetuaram os disparos.

Um vídeo de câmera de segurança mostra o momento em que os suspeitos se aproximam da vítima e atiram. Barbosa corre e o autor dos disparos segue atrás. A vítima então cai e recebe chutes no rosto.

Os quatro envolvidos foram presos em flagrante e duas armas de fogo também foram apreendidas, sendo uma delas a que foi usada no crime, um revólver calibre 38. Segundo Gordilho, o autor dos disparos foi o último a ser preso.

Durante a operação para prendê-lo, o suspeito tentou fugir do cerco policial correndo por entre algumas ruas de Brasília. Os policiais conseguiram alcançá-lo e prendê-lo. Os suspeitos estão na carceragem do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil.

Os quatro homens presos confessaram o crime e serão indiciados por homicídio qualificado. O executor dos disparos também vai responder por porte ilegal de arma de fogo. Três deles já tinham passagens pela polícia por tráfico de drogas, receptação e porte de arma. A vítima também tinha antecedentes criminais.

A festa era em comemoração ao fim da 22ª Semana Jurídica, um evento acadêmico que acontece anualmente e reúne estudantes, professores e pesquisadores.

De acordo com o G1, a UnB informou em nota que está acompanhando as investigações e que tem investido em diversas ações para melhorar a segurança da comunidade acadêmica. Entre as medidas, a universidade citou a instalação de 350 câmeras de segurança nos quatro campi e a mudança na estratégia das equipes de segurança que fazem rondas.

Em meio à interferência da Justiça Eleitoral em universidades públicas contra supostas propagandas eleitorais irregulares, uma palestra sobre a ascensão do fascismo foi realizada na Universidade de Brasília nesta sexta-feira, 26. O evento, com o professor de Filosofia da Universidade de São Paulo, Vladimir Safatle, foi organizado pelo Centro Acadêmico de Filosofia e pelo movimento Brigadas Populares.

Durante a palestra "A ascensão do fascismo e os desafios da resistência democrática", que aconteceu sem tumultos, Safatle fez uma análise sobre a conjuntura do País e os motivos que, para ele, levaram o Brasil a enfrentar uma crise generalizada. Para o professor, o Brasil "paga o preço de nunca ter sido capaz de elaborar a sua História". "Um País que não acerta as contas com sua própria memória, nunca vai conseguir ter, de fato, um presente e um futuro", disse.

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Safatle afirmou ainda que a campanha eleitoral deste ano foi baseada no "silêncio e na mentira" e disse que a sociedade enfrenta a escalada do fascismo. Ele também criticou diretamente o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro. "O que falar de alguém em que o símbolo fundamental da sua campanha é uma arma apontada?", disse.

Durante a palestra, Safatle não comentou sobre os recentes atos da Justiça contra manifestações em universidades públicas. Nas últimas 48 horas, foram pelo menos 17 intervenções em nove estados.

O Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da UnB também realizará um ato na noite desta sexta para estender uma faixa no prédio da instituição com os dizeres "Direito UnB Antifascista". De acordo com os organizadores, a ação se dará em solidariedade à Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense, em Niterói (RJ).

Na quinta, uma juíza do Rio de Janeiro ameaçou prender o diretor da instituição caso a faixa "Direito UFF Antifascista" não fosse retirada. A ação gerou manifestação dos estudantes. Eles alegam que a atuação da corporação foi arbitrária e que a faixa não fazia referência a nenhum candidato.

Reação

Ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral criticaram nesta sexta interferências em atos nas universidades. O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirmou que toda interferência na autonomia das universidades é, de início, "incabível".

O magistrado ressaltou que a universidade é "campo do saber", característica que pressupõe "liberdade no pensar e de expressar ideias". Foram ao menos 17 intervenções em nove Estados.

"Universidade é campo do saber. O saber pressupõe liberdade, liberdade no pensar, liberdade de expressar ideias. Interferência externa é, de regra, indevida. Vinga a autonomia universitária. Toda interferência é, de início, incabível. Essa é a óptica a ser observada. Falo de uma forma geral. Não me pronuncio especificamente sobre a atuação da Justiça Eleitoral. Mas reconheço que a quadra é de extremos. Por isso é perigosa, em termos de Estado Democrático de Direito. Esse é o meu pensamento", afirmou Marco Aurélio.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta sexta que vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a liberdade de expressão em universidades e assegurar a plena vigência da Constituição, após decisões da Justiça Eleitoral proibirem a realização de atos em instituições públicas.

A Universidade de Brasília (UnB) teve uma das portas do banheiro pichada com ameaça de um massacre no campus se o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, ganhar as eleições.

A imagem com a mensagem escrita a caneta faz associação ao atentado cometido por alunos de uma escola no Colorado, nos Estados Unidos, há quase 20 anos, foi encaminhada para a administração da instituição. A mensagem diz que "se Bolsonaro for eleito, é Columbine na UnB". No atentado, 12 alunos e um professor foram mortos.

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A administração da faculdade emitiu um comunicado dizendo que o caso foi reportado à Polícia Federal.

 

Cinco livros com temas ligados a direitos humanos foram danificados na Universidade de Brasília (UnB). Algumas páginas foram rasgadas e riscadas propositalmente. De acordo com a instituição, está sendo feita uma procura em outros livros para saber se há outros livros estragados. A varredura deve levar de 7 a 15 dias.

“A gente precisa fazer essa identificação para encaminhar o caso para a Polícia Federal. O livro dentro de uma universidade pública é patrimônio público e a investigação sobre depredação de patrimônio público é atribuição da PF”, afirmou o diretor da Biblioteca Central (BCE), Fernando Leite.

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Leite ainda relatou que foram descobertas violações em três dos cinco livros ao longo do primeiro semestre deste ano por funcionários. “Quando soubemos de outras duas obras com o mesmo tema percebemos que não era uma coincidência”, declarou.

“Rasgar obras literárias que veiculam narrativas sobre as conquistas em direitos humanos é, em última análise, impedir a formação de uma visão crítica e democrática do mundo que nos cerca”, afirmou em nota o Ministério dos Direitos Humanos.

A Escola do Trabalhador, plataforma online de ensino à distância do Ministério do Trabalho, abriu as inscrições para 23 cursos gratuitos. Para se inscrever é necessário acessar o site do programa.

Cada curso dura 40 horas e após o término, o aluno passará por um teste para receber o certificado de conclusão pela Universidade de Brasília (UnB).

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Veja os cursos oferecidos:

Agenciamento de viagens

Criando um negócio de sucesso

Higiene na indústria de alimentos

Introdução ao Excel

Português básico para o mundo do trabalho

Demonstrações contábeis e sua análise

Conhecendo o perfil do agente comunitário de saúde e seu processo de trabalho

Fundamentos e processos de gestão de Recursos Humanos

Segurança da informação

Edição e tratamento de imagens

Inglês aplicado ao mundo do trabalho

Cuidando de pessoas idosas

Comunicação escrita para o trabalho

Elaboração de folha de pagamento de empresas

Análise de investimentos

Espanhol aplicado ao mundo do trabalho

Análise de risco na construção civil

Empreendedorismo na pesca

Planejamento de negócios na pesca

Gestão da qualidade

Processos industriais

Excel intermediário

Identidade visual e gestão de clientes

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