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Londres anunciou neste domingo (7) a abertura de uma investigação sobre os vazamentos à imprensa de telegramas diplomáticos em que o embaixador britânico nos Estados Unidos teria classificado o governo de Donald Trump, entre outras coisas, de "inepto" e "excepcionalmente disfuncional".

"Será aberta uma investigação oficial sobre os vazamentos", declarou um porta-voz do ministério das Relações Exteriores, que não questionou a veracidade das circulares diplomáticas em questão.

O chanceler britânico, Jeremy Hunt, se distanciou das declarações que supostamente foram feitas pelo embaixador Kim Darroch.

"É muito importante dizer que o embaixador estava fazendo seu trabalho de embaixador, que é proporcionar relatórios francos e opiniões pessoais sobre o que ocorre no país em que ele trabalha [...], mas são opiniões pessoais, não as opiniões do governo britânico, nem a minha opinião", declarou, segundo um comunicado.

"Continuamos pensando que, com Donald Trump, o governo americano é, além de muito eficiente, o melhor amigo para o Reino Unido no cenário internacional", acrescentou Hunt, em campanha para se tornar o próximo primeiro-ministro britânico, uma nomeação que será feita em 23 de julho.

Ao ser perguntado sobre esses vazamentos, que foram publicadas por The Mail on Sunday, o presidente americano considerou que Kim Darroch "não serviu bem ao Reino Unido". "Não somos muito fãs desse homem", disse à imprensa.

Segundo o The Mail on Sunday, o diplomata britânico teria dito que a presidência de Trump poderia "desabar e se incendiar" e "terminar em desgraça", segundo uma série de circulares e relatórios enviados ao Reino Unido

"Realmente não acreditamos que esse governo se tornará substancialmente mais normal, menos disfuncional, menos imprevisível, menos rachado, menos torpe e inepto diplomaticamente", teria escrito Darroch em um telegrama.

O diplomata teria escrito também que "as lutas internas e o caos" na Casa Branca, dos quais se fala muito nos Estados Unidos embora Trump as classifique de "notícias falsas", são "verdadeiros na maioria dos casos".

Darroch é um dos mais experientes diplomatas britânicos. Assumiu a embaixada do Reino Unido em Washington em janeiro de 2016, antes do início da presidência de Trump.

Segundo o The Mail, as circulares vazadas abarcam o período desde 2017.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou, em entrevista ao Correio Braziliense, que não pretende deixar o cargo por causa das mensagens reveladas com procuradores da Lava Jato à época que era o juiz à frente da investigação na primeira instância.

"Não vai ser por causa de falsos escândalos que vou desistir dessa missão", disse, referindo-se à consolidação dos avanços no combate à corrupção e ao crime organizado. Moro se refere à publicação das mensagens como "revanchismo" e afirmou que o hacker tem interesse principal de impedir novas investigações e anular condenações.

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Na entrevista, publicada neste Domingo (7), o ministro admite que "pode ter mensagens que tenham ocorrido", citando como exemplo o trecho revelado "In Fux, we trust". "'Confio no ministro do Supremo'. Qual é o problema em falar nisso? Problema nenhum. Mas pode ter uma mexida numa palavra, na própria identificação e na atribuição dessas mensagens", disse, repetindo que deveria ter sido averiguada a autenticidade do material.

Em relação à suposta interferência em uma possível delação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, Moro disse que a atribuição não era dele, e sim do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Procuradoria Geral da República (PGR).

Antes do então juiz federal Sérgio Moro assumir o Ministério da Justiça do Governo Bolsonaro, as especulações geraram aflição nos procuradores do Ministério Público Federal. Novas mensagens da "Vaza Jato" mostram que os magistrados temiam que o aceno positivo de Moro 'queimasse' a Lava Jato e confirmasse, perante a opinião pública, que a operação tinha finalidades políticas. 

Novas divulgações do The Intercept mostram que no dia 1º de novembro, cerca de uma hora antes de Sérgio Moro aceitar publicamente o convite do presidente Jair Bolsonaro para se tornar o ministro da justiça, integrantes da Lava Jato alegaram que, aceitando ao cargo político, o então juiz colocaria dúvidas da legitimidade da operação. "Acho péssimo. Só dá ênfase às alegações de parcialidade e partidarismo", escreveu a procuradora da força-tarefa, Laura Tessler, de acordo com o The Intercept.

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Já o também procurador Antônio Carlos Welter alegou que Moro enquanto ministro da justiça "vai ter que explicar todos os arroubos do presidente, vai ter que engolir muito sapo e ainda vai ser profundamente criticado por isso. Veja que um dos fundamentos do pedido feito ao comitê da ONU para anular o processo do Lula é justamente o de falta de parcialidade do juiz (sic)", disse Antônio.

Ele ainda falou que o aceno positivo de Moro ao cargo confirmaria para muitas pessoas a "teoria da conspiração". A "Vaza Jato" mostra que no dia 25 de outubro de 2018, a três dias do segundo turno das eleições presidenciais, os procuradores Jerusa Viecili e Paulo Roberto Galvão lamentaram que Sérgio Moro e a força-tarefa estavam passando a impressão de que estavam favorecendo o então candidato Jair Bolsonaro. 

A alegação era de que a força-tarefa não estava se manifestando diante de alguns posicionamentos dos candidatos à presidência. "Acho muito grave ficarmos em silêncio quando um dos candidatos manifesta-se contra a nomeação do PGR da lista tríplice, diante de questões ideológicas. Mais grave ainda, assistirmos passivamente, ameaças à liberdade de imprensa quando nós somos os primeiros a afirmar a importância da imprensa para o sucesso da Lava Jato (sic)", escreveu Jerusa Viecili. 

Com o passar dos dias e com os fortes indícios de que Moro iria aceitar o Ministério da Justiça, alguns procuradores começaram a admitir que as reclamações de perseguição por parte da Lava Jato contra o PT estavam se solidificando com o aceno político de Sérgio Moro. Além disso, os procuradores temiam que todo o trabalho da Lava Jato estaria sendo contaminado pelo aceno do juiz federal à Bolsonaro. 

Quando, enfim, confirmado que integraria o grupo de ministro do Governo Federal eleito, o procurador da República do Distrito Federal, Peterson de Paula Pereira disse: "Fica claro que ele (Moro) tinha Lula como troféu". Deltan Dallangnol também se expressou preocupado com a ocupação do cargo por Sérgio Moro, relatando que via com preocupação as alegações de parcialidade que viriam. "Tenho medo do corpo que isso possa tomar na opinião pública", escreveu Dellangnol.

"Telefone só serve para marcar reunião em lugar errado." A frase citada pelo deputado João Roma (PRB-BA), vice-líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, funciona como "mantra" para alertar que não se deve usar o telefone para passar informações "quentes", mas para despistar possíveis tentativas de grampo. "Sigo esse ensinamento do ex-presidente Tancredo Neves quando tenho de tratar de algo pessoal ou delicado."

O deputado não está sozinho. O vazamento de diálogos envolvendo autoridades acendeu uma luz amarela na Praça dos Três Poderes. No Congresso, a ação básica agora é a ativação da "confirmação em duas etapas" nos aplicativos de mensagens, o que confere maior segurança às conversas. Dentro do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional baixou ordem para que se usem aparelhos criptografados oferecidos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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Já no Supremo Tribunal Federal, um integrante da Corte ouvido reservadamente pela reportagem disse que não dá mais para encarar o WhatsApp como um aplicativo privado, mas, sim, como um "alto-falante" que espalha conteúdo abertamente. Em Brasília, muitos têm migrado para o aplicativo de mensagens privadas Signal, considerado, por ora, o mais seguro da categoria.

O clima é de vigilância constante. Deputados e senadores que não se atentavam para questões de segurança digital passaram a buscar medidas para garantir privacidade no mundo virtual. Na semana passada, termos como "reforma da Previdência" e "crédito suplementar" deram lugar a "confirmação em duas etapas" e "criptografia".

O fato de ainda não haver registro de ataques a aparelhos funcionais do Legislativo não evitou que aumentasse a busca de parlamentares pelo setor de tecnologia da Casa, atrás de auxílios técnicos e pedidos de varreduras, para verificar se seus aparelhos estão grampeados. Para Roma, "essas arapongagens e fake news" são coisas antigas na política. "Mudam apenas os meios tecnológicos." O líder do Podemos, deputado José Nelto (GO), busca informações sobre como proteger sua conta e pretende levar uma orientação para que sua bancada adote a dupla verificação nos aparelhos.

Há quem se prepare contra invasões há tempos, como o deputado e líder do MBL Kim Kataguiri (DEM-SP). "Sou técnico em processamento de dados, não leu meu Wikipédia?", brincou. Para ele, a adoção de duas senhas não é suficiente para evitar a ação de hackers. "Criptografo todos os dados do celular, pago antispyware", disse, citando programa que detecta "espiões".

A prevenção, em alguns casos, passa pela substituição frequente de equipamentos. O deputado do PSL Alexandre Frota (SP) troca de aparelho a cada três meses. "Todo mundo fica tendo acesso ao número e acaba que fica vulnerável." A líder do governo no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), adota a prevenção como maneira de coibir possíveis ataques. Todos os meses, seus dois aparelhos passam por varreduras de técnicos de segurança da informação. A deputada não atende telefonemas de números desconhecidos.

Celular criptografado não ganha adeptos no Planalto

No Planalto, os aparelhos celulares criptografados fornecidos pelo GSI não conquistaram usuários ilustres. A ideia era que ministros e o presidente Jair Bolsonaro tivessem uma comunicação mais segura, mas os telefones só falam entre si e não têm muitas funcionalidades. Por isso, não ganhou muitos adeptos no governo. Bolsonaro, durante café da manhã com jornalistas na sexta-feira, 14, disse que não usa o aparelho recomendado. "Sigo agindo da mesma maneira. Não tenho nada a esconder."

No Supremo e na Procuradoria-Geral da República, a atenção foi redobrada. "Imaginem, Vossas Excelências, se algum de nós perde o celular", disse o ministro do STF Ricardo Lewandowski, em sessão realizada na terça-feira passada.

Ministros do STF adotam cautela em comunicações privadas

Ministros do tribunal costumam ser cautelosos em suas comunicações privadas. Como estão acostumados a decretar quebra de sigilo telefônico, sabem que não estão imunes a vazamentos. É prática dentro do STF não fazer ligações por linhas telefônicas, mas chamadas de áudio via WhatsApp, consideradas mais seguras que as comuns.

Em conversa com jornalistas, o ministro Gilmar Mendes demonstrou preocupação com o risco de ataques, especialmente com o plenário virtual da Corte, plataforma online onde processos são julgados. "Veja o tumulto que pode ocasionar uma invasão nessa área. Muitas vezes, deixamos votos em preparação e podemos mudar esse voto. Imagine uma violação no meio da preparação de um voto? Isso tem resultados trágicos", afirmou Gilmar.

O uso de "bots", aplicativo que simula ações humanas para, entre outras tarefas, impulsionar conteúdo, foi citado pela ministra Cármen Lúcia. "Hoje temos a informação e a deformação de retóricas que não têm nem fonte humana, mas que têm consequência jurídica, política e institucional de toda a natureza", disse Cármen. "Nós estamos ingressando no Admirável Mundo Novo, no 1984, de George Orwell", completou Lewandowski. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na noite dessa quarta (12), o editor executivo do The Intercept, Leandro Demori, deu entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo e revelou uma nova informação sobre as conversas vazadas entre o atual ministro da justiça Sérgio Moro e o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol. Em trecho de conversa entre os dois, o ministro Luiz Fux, do STF, foi citado como homem de confiança da Lava Jato.

Em uma das mensagens ao grupo de procuradores da Lava Jato, Dallagnol teria escrito: “Caros, conversei com Fux mais uma vez hoje. Reservado, claro. Ele disse que Teori (Zavascki) fez queda de braço com Moro e se queimou. Fux disse para contarmos com ele para o que precisarmos mais uma vez. Só faltou, como bom carioca, me chamar para ir à casa dele”.

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Dallagnol copiou a mensagem e encaminhou para o então juiz Sérgio Moro, que teria respondido: “Excelente, in Fux we trust” (No Fux nós confiamos).

Luiz Fux, ministro do STF desde 2011, foi o responsável pela liminar que impediu o ex-presidente Lula de dar entrevistas antes do segundo turno das eleições. Fux também negou um habeas corpus ao petista quando a defesa recorreu ao Supremo.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, sugeriu ontem que o vazamento de conversas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, quando ainda era juiz federal e a força-tarefa da Operação Lava Jato foi feito para prejudicar a tramitação da reforma da Previdência. "Não é coincidência que estoura essa bombinha toda hora. Toda hora estoura uma vendo se paralisa a marcha dos eventos", disse.

Guedes participou da reunião do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a convite da entidade. O compromisso, porém, não constava na agenda do ministro. Sua presença só foi informada oficialmente perto do fim da palestra.

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O ministro falava do excesso de gastos do governo e que a Previdência é hoje o principal componente dessa despesa. Em seguida, ele disse que os gastos previdenciários são o "grande buraco negro" que ameaça engolir o País "antes de terminar essa palestra".

Guedes começou então a enumerar episódios que ameaçaram as negociações pela reforma da Previdência, entre eles a divulgação de áudios do então presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista (a partir da qual foram acusados de negociar o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha sobre atos de corrupção) e as denúncias contra "o filho de Bolsonaro" - o ministro não mencionou qual deles.

O primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), é alvo de investigação após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectar movimentações suspeitas de recursos na conta de assessores de Flávio, na época deputado estadual no Rio de Janeiro. O caso foi revelado pelo jornal 'O Estado de S. Paulo'.

Em seguida, Guedes cita que "hoje é o do Moro", referindo-se ao episódio do vazamento das conversas entre Moro e integrantes do Ministério Público Federal, como o procurador da República Deltan Dallagnol, pelo site The Intercept Brasil.

Encontro. O presidente da Comissão Especial da reforma, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), disse em sua conta no Twitter que dedicará todo o dia de hoje para "tentar blindar a reforma da Previdência dos últimos acontecimentos". Os governadores devem se reunir hoje na tentativa de manter os Estados ao alcance da proposta. O relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), também deve participar do encontro.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O coordenador da Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dellagnol gravou publicou um vídeo em sua conta no Twitter, na tarde desta segunda-feira (10), para “prestar esclarecimentos à sociedade sobre os recentes ataques à força-tarefa” da Lava Jato sobre a reportagem do site The Intercept Brasil.

Logo no início do vídeo, Dellagnol classificou a divulgação da troca de mensagens entre ele e o ex-juiz Sérgio Moro, então juiz da Lava Jato, de ataque gravíssimo feito por parte de um criminoso. “Que invadiu telefones celulares, que sequestrou contas de aplicativos de trocas de mensagens, que se fez passar por jornalistas e procuradores”, explicou. “Nosso receio é que a atividade criminosa avance agora para falsear e deturpar fatos, nesse imenso ataque contra a Operação Lava Jato”, argumentou.

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O procurador também diz haver um equívoco de acusações feitas a Lava Jato. “Em primeiro lugar é muito natural, é normal que procuradores e advogados conversem com o juiz, mesmo sem a presença da outra parte”.

Dellagnol fez questão de frisar que não reconhece a fidedignidade das mensagens publicadas pela imprensa e diz que há um desconforto no caso.  

“Nós da Lava Jato nunca caminhamos com a lógica que os fins justificam os meios. Não, essas acusações feitas não procedem e a origem delas está ligada ao ataque criminoso realizado. Mesmo não reconhecendo fidedignidade dessas mensagens que foram espalhadas, nós reconhecemos que elas podem criar um desconforto para alguém. A gente lamenta profundamente por isso”, garantiu.

Confira o vídeo:

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A Internet costuma dar aos seus usuários uma sensação de segurança maior do que outras plataformas. Talvez por isso, muita gente - e até grandes empresas - acabam se tornando vítimas de falhas de segurança online. Dados, senhas, nudes e conversas podem ser espalhadas aos quatro cantos do globo com apenas um clique se as informações ou sites não estiverem corretamente criptografados.

Um exemplo recente, que pode ser um dos maiores escândalos de vazamentos de informações do país, é uma série de matérias do site The Intercept Brasil, que trouxe à tona mensagens trocadas entre o Ministro Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, dias depois da Polícia Federal descobrir que o celular do ministro havia sido hackeado. Mas este não foi o único, antes de Moro muita gente já sofreu com o vazamento de informações ou, até mesmo a invasão de grandes sites. Prepare-se para relembrar  quais os ataques hackers mais famosos da história.

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Brasileiros invadem site da NASA para jogar Doom

Nem toda invasão é perigosa. No começo do ano um grupo brasileiro de pesquisadores hackers conseguiu rodar o clássico jogo de tiro Doom em um site da NASA. A façanha foi feita no site NASA OIG ("Office of Inspector General") e, na época da descoberta da falha, a NASA foi notificada, mas como corrigiu apenas uma das vulnerabilidades, passado o período de seis meses o grupo resolveu rodar Doom no site da agência.

Temer Golpista

Em 2018, uma série de ataques tomou à frente de dezenas de páginas dos governos estadual e federal, no Brasil, contra o então presidente Michel Temer. Um hacker intitulado Vanda The God assumiu a autoria de pelo menos 25 ações - incluindo sites de universidades públicas e projetos culturais, que criticavam a passividade do povo brasileiro e chamam Temer de golpista.

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Facebook e o escândalo da privacidade

Também no começo deste ano o Facebook se envolveu em um dos maiores escândalos de privacidade quando pesquisadores de segurança da UpGuard, divulgaram que a rede social de Mark Zuckerberg deixou exposta, em uma base de dados pública, aproximadamente 540 milhões de registros e 22 mil senhas de usuários, armazenadas em texto simples. Os dados expostos detalhavam o comportamento do usuário, como as curtidas, nomes e IDs, e eram coletados por aplicativos terceiros na plataforma.

Carolina Dieckmann

Desde 2012 quem rouba e vaza fotos de terceiros pela internet é enquadrado na Lei Carolina Dieckmann. A punição foi criada após uma série de fotos íntimas da atriz ter vazado, nas redes. Hackers invadiram o computador da atriz, pegaram as imagens e, após uma tentativa de extorsão mal sucedida, resolveram publicá-las na internet. Eles foram identificados e presos.

Anonymous: ‘não mexam na minha internet’

Em terras tupiniquins é preciso pensar duas vezes antes de impor limites na Internet fixa. Pelo menos foi isso o que o grupo de hackers Anonymous quis dizer ao invadir o site da ANATEL e divulgar dados da agência reguladora, em 2016. Na época, havia uma discussão sobre limitar a franquia de dados de banda larga fixa já no segundo semestre de 2017, porém o grupo - que se autointitula de hackativistas, ameaçou as operadoras em uma postagem no Facebook. “Operadoras não se atrevam”. Atualmente, conversas sobre a possibilidade da limitação acontecer continuam sem avançar.

A exposição Yahoo

Considerado o maior vazamento da história, em 2014, o Yahoo apresentou uma falha de segurança que causou a exposição de dados de mais de 500 milhões de seus usuários e comprometeu mais de 1 bilhão de contas. A empresa só informou seus investidores sobre o problema em 2016 e teve que pagar uma multa de US$ 35 milhões por isso.

WhatsApp tem falha de segurança

Por último e mais recente, temos uma falha no aplicativo de mensagens WhatsApp, que aconteceu no último mês de maio. O ataque preocupou vários usuários porque não era preciso fazer nenhum download do vírus no celular,  o usuário tinha apenas que receber uma ligação de voz pelo aplicativo para ser infectado. O programa malicioso era um spyware, capaz de acionar câmera, microfone e arquivos da vítima. Felizmente, o mensageiro lançou uma atualização para reverter o problema.

Mais de 12 horas após o início da polêmica envolvendo o ministro da Justiça Sergio Moro com o vazamento de troca de mensagens entre ele e promotores da operação Lava Jato, na época em que ainda era juiz federal, ainda é tímida o apoio de parlamentares que admiram Moro.

Contrariando os que criticam o ministro - que já fizeram centenas de publicações nas redes sociais -, os apoiadores de Moro estão mais comedidos. Porém, há quem já utilizou suas redes sociais para externar solidariedade ao ex-juiz.

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O deputado federal Delegado Éder Mauro (PSD) utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta segunda-feira (10) para dizer que está do lado de Moro. “Esquerdopata nenhum pode falar em moralidade! Eu tenho lado, e estou do lado do Brasil de bem!”, exclamou.

Já a deputada estadual pelo PSL de São Paulo, Letícia Aguiar, aproveitou para fazer uma recapitulação dos acontecimentos. “No dia 5 de junho o celular de Sergio Moro foi hackeado. Quatro dias depois: conversas entre o ministro e Dallagnol são divulgadas pelo jornal do companheiro do parlamentar que ficou com a vaga de Jean Wyllys. No mínimo curioso esse crime orquestrado”, disse.

O deputado federal Coronel Tadeu (PSL) alfinetou as investigações da facada que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) levou em setembro de 2018. “Invadir o telefone de Procurador, juiz, ministro, presidente, etc, é fácil, difícil é invadir o celular do Adélio”, afirmou em referência ao suspeito de esfaquear Bolsonaro, Adélio Bispo de Oliveira.

Por sua vez, o deputado estadual do Paraná, Delegado Francischini (Solidariedade), garantiu que a cidade de Curitiba apoia a Lava jato. “Curitiba está com a Lava Jato! Emocionante os brasileiros apoiarem essa grande operação! Eu apoio a Lava Jato!”, pontuou.

O ex-candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 Fernando Haddad (PT) comentou, neste domingo (9), o trabalho realizado pelo site The Intercept que foi motivo de polêmica nacional.

O Intercept divulgou, na noite desse domingo, uma série de troca de mensagens do então juiz federal Sergio Moro e procuradores da operação Lava Jato. Outras figuras da política também já se posicionaram sobre o assunto.

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Através de seu perfil oficial no Twitter, Haddad afirmou que o que aconteceu é um escândalo. Podemos estar diante do maior escândalo institucional da história da República”, disse.

“Muitos seriam presos, processos teriam que ser anulados e uma grande farsa seria revelada ao mundo. Vamos acompanhar com toda cautela, mas não podemos nos deter. Que se apure toda a verdade!”, pediu o petista.

Uma tentativa de furto de combustível provocou vazamento de gasolina em um oleoduto no bairro Parque Capivari, em Duque de Caxias (RJ), na Baixada Fluminense, na madrugada desta sexta-feira (26). O forte odor causou mal estar em três pessoas, que precisaram ser levadas a um hospital da região. O Corpo de Bombeiros informou que não há risco de explosão e que o primeiro chamado foi registrado à 1h da manhã, com moradores do bairro relatando incômodo com o cheiro causado pelo vazamento.

Antônio M. da Silva, de 53 anos, Olavo P. dos Santos, de 51, e uma criança de dez anos foram encaminhados ao Hospital Estadual Adão Pereira Nunes. Ainda não há informação sobre o estado de saúde dos três. As equipes de três quartéis - Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Campos Elíseos - foram ao local.

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Em nota, a Transpetro, dona do equipamento, informou que está tomando todas as medidas necessárias para garantir a segurança da comunidade no entorno. "A companhia colabora com as investigações das autoridades e tem como maior preocupação a segurança das famílias, pois intervenções criminosas nos dutos podem trazer riscos para a comunidade, como incêndios e explosões."

Após a explosão do botijão de gás que deixou duas pessoas mortas e três feridas na última sexta-feira (19), em Camaragibe, Grande Recife. É importante ficar atento aos sinais de vazamento e aos procedimentos para a troca do produto. Em entrevista ao LeiaJá, o major Barros do Corpo de Bombeiros pontuou alguns métodos necessários para evitar acidentes.

A precaução começa pela análise do certificado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o prazo de validade, tanto da mangueira quanto do registro, popularmente chamado de relógio. Ambos são válidos até cinco anos, mas é interessante que a troca seja feita antes do prazo expirar. Outro ponto a ser notado é o estado de conservação do botijão, como a presença de danos e avarias. "Também é importante ler as orientações de instalação que vêm no cilindro, para que a pessoa não tenha problemas no armazenamento e na instalação", continuou o major.

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O ideal é que o botijão fique fora da cozinha e que a mangueira não passe atrás do fogão, para evitar aquecimento. Sobre a mangueira, também é necessário ficar atento ao ressecamento e entupimento por concentração de gordura. 

No momento da troca, o Major esclareceu que a 'borboleta' do registro não deve ser manuseada com força excessiva. Enquanto a mangueira deve ter presilhas bem conectadas ao relógio e ao fogão. Outra questão levantada foram as condições do próprio fogão, pois, "não adianta estar com tudo bem instalado, se o fogão tem algum defeito ou vazamento. Toda estrutura tem que estar em boas condições para não ser surpreendido com um acidente", pontuou o oficial. Acompanhe o vídeo ao fim da matéria.

Como identifico um vazamento?

Muitos não sabem, mas o odor forte do GLP (gás liquefeito de petróleo), que usamos na cozinha, é produzido artificialmente pelo fabricante para ajudar a identificar vazamentos- o cheiro é o principal indicativo. Percebido o odor, deve-se fechar o registro; abrir as janelas e as portas para dissipar o gás através da ventilação natural; pegar o botijão e colocar fora da residência, em um local arejado e longe de outras pessoas; e caso percebido que o problema é com a estrutura do botijão, chamar a empresa responsável para realizar a troca do equipamento.  Em casos de maior gravidade, a orientação é ligar para o Corpo de Bombeiros através do 193.

Gás encanado

Diferente do GLP, que é mais denso e inflamável, geralmente é utilizado gás natural nos sistemas encanados. Ele é mais seguro e tem menor condição explosiva, por isso, é mais ‘tranquilo’ para evitar e controlar um vazamento de gás em uma central. Lembrando que a instalação deve ser feita por um técnico.

Confira

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Um suposto ataque hacker teria exposto dados de mais de 2,4 milhões de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), nesta quinta-feira (11). As informações dos usuários como nome, data de nascimento, endereço e CPF, teriam sido publicadas em um website, após uma falha de segurança no site do Ministério da Saúde ser descoberta.

O cibercriminoso, que se auto intitulou autor da ação, entrou em contato com a redação da UOL Tecnologia avisando que divulgaria os dados. De acordo com o site, ele faria isso porque já havia avisado o Ministério sobre a falha, mas nada teria sido feito.

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Apesar do susto, o órgão nega que as informações tenham sido realmente expostas na internet e afirma que a denúncia foi encaminhada para a Polícia Federal para investigação. “Após análise preliminar realizada pela pasta, não há indícios que as informações disponibilizadas são de origem da base de dados de usuários do Cartão Nacional de Saúde - CNS, pois foram realizadas consultas e não encontramos estes registros em nossa base nacional”, diz o comunicado do site oficial da pasta.

Depois da denúncia, o Departamento de Informática do SUS (DATASUS) reforçou as ações de segurança para garantir a proteção dos dados armazenados. Vazar dados pessoais de terceiros é crime previsto na lei de crimes cibernéticos (12.737/2012).  A pena prevista pode variar de três meses até três anos de prisão.

Uma mancha de óleo de procedência desconhecida atingiu nesta semana praias da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro. Além de afetar a atividade pesqueira da região, o vazamento já atingiu municípios como Arraial do Cabo e Búzios.

Segundo a prefeitura de Arraial do Cabo, as autoridades municipais estão se reunindo, desde a última quarta-feira (3), com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturias Renováveis (Ibama) e a Marinha.

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A origem da mancha ainda é desconhecida. A Secretaria Municipal do Ambiente de Arraial do Cabo trabalha com a hipótese de que o óleo seja proveniente de alguma plataforma móvel de produção de petróleo, que operou ou está operando nas proximidades da região.

A Secretaria do Ambiente de Búzios acredita que o óleo não seja bruto, mas proveniente da limpeza de tanques de grandes embarcações.

De acordo com a prefeitura de Arraial, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis já foi notificada. O Ibama está analisando amostras do óleo. Garis estão fazendo a limpeza das praias atingidas.

A Apple deve anunciar nesta segunda-feira (25) que também vai oferecer uma plataforma de streaming. Entretanto, uma reportagem do Wall Street Journal revelou alguns pontos, como a forma de distribuição e valor para os usuários.

De acordo com o jornal americano, a nova plataforma não funcionará como a Netflix, que tem uma assinatura única de acesso a todo conteúdo. Na verdade, o streaming será como um hub de canais terceirizados, nos moldes do Amazon Prive Video Channels. Dessa forma, os assinantes teriam acesso a canais fechados como o Show time ou HBO por um valor de US$ 10 cada.

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As informações do portal TecMundo também apontam que a Apple estaria desenvolvendo uma espécie de 'streaming de revistas'. Segundo o portal, por US$ 10 os assinantes terão acesso a um pacote de mais de 200 revistas e jornais, com temas relacionados a atualidades, política e estilo de vida.

A Prefeitura de São Lourenço da Mata emitiu nesta sexta-feira (15) um alerta para moradores das proximidades da Adutora de Tapacurá por possível risco de rompimento.

Conforme as informações divulgadas, é necessário que haja a desocupação dos imóveis no trecho entre a Rua da Estrada da Compesa e a Rua das Papoulas. A responsável pela Adutora, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), realizará uma série de serviços nos trechos de 5 km que representam potencial risco à população, além da implementação de uma nova rede adutora. Sobre o fato, a Compesa informou que foi a própria autora do processo judicial para evitar prejuízo às pessoas.

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Confira a nota da prefeitura na íntegra:

"A Prefeitura de São Lourenço da Mata, em função de decisão judicial proferida nos autos do processo de reintegração de posse nº 0002871-28.2013.8.17.1350, em trâmite perante a 2ª Vara Civil de São Lourenço da Mata, alerta aos moradores que se encontram com seus imóveis construídos na faixa de domínio da adutora de Tapacurá (trecho entre a Rua da Estrada da Compesa e a Rua das Papoulas) que os mesmos estão em local de potencial risco.

Considerando que existe a possibilidade de vazamento da tubulação e atingimento de seus imóveis, colocando assim em risco estes moradores, os imóveis deverão ser desocupados. Adiantamos que não há motivos para pânico, mas sugerimos que os moradores estejam sob alerta.

A Prefeitura de São Lourenço da Mata, em até 90 dias, notificará individualmente os moradores dos imóveis em situação de risco do trecho mencionado acima, acerca da necessidade da desocupação.

Neste período de desocupação, a Prefeitura de São Lourenço da Mata deixará sua equipe de prontidão para maiores esclarecimentos e auxílio dentro das possibilidades existentes.

Em audiência judicial, realizada em 27/02/2019, a COMPESA se comprometeu em implantar uma nova adutora no trecho dos 5,0 km que apresentam potencial risco a população e desativar a tubulação que se encontra sob as casas com ocupação irregular, no trecho entre a Rua da estrada da Compesa e a Rua das Papoulas. A obra terá um custo de 42 milhões e um prazo de execução de 12 meses, após a finalização do processo licitatório.

Com a conclusão das obras pela COMPESA, os ocupantes dos imóveis poderão regressar para suas casas.

Sem mais, a Prefeitura de São Lourenço da Mata se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos."

Por Waleska Andrade

O Ibama multou a Petrobras em R$ 8,19 milhões pelo vazamento de 260 mil litros de óleo durante transferência da plataforma P-58 para o navio São Sebastião, a cerca de 85 quilômetros da costa do Espírito Santo, no último sábado. O vazamento ocorreu no dia 23 de fevereiro e dois dias depois a estatal informou que não havia mais encontrado petróleo no mar.

O Ibama porém disse em nota, que na quinta-feira (28), a mancha de óleo atingia 10 quilômetros e deslocava-se na direção sul, a cerca de 200 quilômetros do litoral norte do Rio de Janeiro.

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"Analistas do Ibama participam de vistorias diárias na região em helicóptero e avião equipado com sensores. Em ação coordenada com a Marinha e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Instituto seguirá monitorando a mancha e acompanhando as ações adotadas para contenção e recolhimento do óleo no mar", explicou o Ibama em nota.

A Petrobras disse na última informação concedida ao mercado sobre o assunto, no dia 25 de fevereiro, que ainda não havia sido descoberta a causa do rompimento do mangote que provocou o acidente quando a plataforma P-58 transferia petróleo para um navio aliviador.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve como réu o delegado da Polícia Federal Mario Renato Castanheira Fanton em uma ação civil pública em que responde pela acusação de violar o sigilo funcional do cargo ao supostamente revelar informações relativas à Operação Carne Fraca ao ex-deputado federal André Luiz Vargas Ilário.

A decisão de negar recurso de Fanton foi proferida de forma unânime pela 4ª Turma, em sessão de julgamento realizada no dia 13 passado. André Vargas está sentenciado a 12 anos e 10 meses na Operação Lava Jato.

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O Ministério Público Federal ajuizou, em março de 2018, a ação contra Fanton. O servidor é acusado de praticar ato que atenta contra os princípios da Administração Pública, com a conduta ímproba de revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das suas atribuições e que deva permanecer em segredo (conforme disposto no artigo 11, III da Lei nº 8.429/92).

De acordo com a denúncia, no dia 10 de abril de 2015, Fanton, no exercício do cargo de delegado da PF, teria revelado a André Vargas a existência de investigação sigilosa, denominada de "Operação Carne Fraca", deflagrada contra servidores do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na época, o acusado era o responsável pelo inquérito policial dessa operação.

Segundo o MPF, a violação do sigilo funcional ocorreu após o cumprimento de ordem de prisão do ex-deputado, preso no decorrer das investigações da "Operação Lava Jato". O diálogo entre os dois teria acontecido dentro da viatura que fazia a transferência do político, na rodovia, no trajeto de Londrina (PR) para Curitiba.

Ainda conforme a denúncia, além de revelar o objeto da investigação, na conversa Fanton também teria citado os nomes de envolvidos na "Operação Carne Fraca". O MPF afirmou que André Vargas mantinha relação próxima, de apadrinhamento político, com um dos investigados citados pelo delegado acusado.

A acusação ressaltou que, de acordo com o depoimento do agente da PF que conduzia a viatura, as informações repassadas no diálogo foram relevantes, com riqueza de detalhes. A denúncia ainda destacou que não somente André Vargas, mas o próprio acusado admitiu a ocorrência da conversa.

O Ministério Público requisitou que a Justiça Federal condenasse Fanton às penas previstas no artigo 12, III, da Lei nº 8.429/92, ou seja, perda da função pública, suspensão de seus direitos políticos pelo período de cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da sua remuneração e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de três anos.

Em abril de 2018, o juízo da 1ª Vara Federal de Curitiba recebeu a denúncia tornando o delegado réu na ação civil pública por improbidade administrativa.

Fanton recorreu dessa decisão ao TRF-4, pleiteando a rejeição da denúncia por parte do Judiciário. Ele argumentou que, no processo criminal relativo ao caso, houve a absolvição por inexistência do fato e que há manifestação nos autos criminais sobre a ausência de prejuízo à investigação da Operação Carne Fraca. Acrescentou que a denúncia é caluniosa contra a sua honra e que a conversa ocorrida não foi violadora de sigilo.

A 4ª Turma do tribunal, especializada nas matérias administrativa, civil e comercial, negou provimento por unanimidade ao agravo de instrumento, mantendo o processo civil por improbidade contra o réu.

O relator do recurso, desembargador federal Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle, destacou a independência das esferas cível e criminal no caso e que a absolvição no processo penal "não enseja automaticamente a impossibilidade de ajuizamento ou processamento da ação civil por improbidade administrativa".

Conforme o magistrado, "para fins de recebimento da ação, não há valoração exauriente dos fatos relatados, mas juízo provisório da plausibilidade da ocorrência do ato de improbidade. Para tanto, os elementos de prova disponíveis dão conta da existência de indícios e irregularidades realizados pelo acusado, sendo suficientes ao processamento da ação, na medida em que, na presente fase, vigora o princípio in dubio pro societate". Dessa forma, a ação civil pública continua tramitando na 1ª Vara Federal de Curitiba.

O site de compartilhamento de fotos 500px anunciou que as informações pessoais de 14,8 milhões de usuários foram vazadas por uma violação de segurança ocorrida em julho de 2018. A empresa informou que está em processo de notificar todos os seus clientes, pedindo que eles redefinam suas senhas.

Segundo informou a empresa, a violação foi descoberta no último dia 8 de fevereiro. Dados como nomes, sobrenomes, e-mails e uma versão com hash da senha estão entre as informações vazadas, bem como a data de nascimento, sexo e localização de um usuário, se ele inseriu esse detalhe no site.

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Informações como números de cartão de crédito não foram armazenadas nos servidores da empresa e, como resultado, não foram acessadas. O site 500px afirma que a vulnerabilidade atingiu apenas membros do site que se inscreveram antes de 5 de julho de 2018. A empresa também observa que alertou a polícia e contratou uma firma de segurança privada para investigar o problema.

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A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para investigar "eventual delito relacionado ao vazamento de informações sigilosas" relativas a um mandado de prisão expedido pela juíza federal Gabriela Hardt contra o ex-deputado Cândido Vaccarezza (ex-PT, atual Avante).

"O Ministério Público Federal vem, respeitosamente, informar que requisitou à Polícia Federal a instauração de inquérito policial, com base no artigo 7.º, inciso II, da Lei Complementar nº 75/93, para apuração de eventual delito relacionado ao vazamento de informações sigilosas", afirma a Procuradoria da República, em petição à Gabriela Hardt.

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Em dezembro, a magistrada mandou prender Vaccarezza por causa de um suposto cancelamento de sua carta de fiança. O ex-deputado havia sido preso em agosto de 2017 sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, mas deixou a cadeia da Lava Jato sem pagar R$ 1,5 milhão estipulados pelo então juiz Sérgio Moro. Em setembro do ano passado, a defesa do ex-parlamentar apresentou a carta de fiança.

Após a expedição do mandado de prisão, o nome de Vaccarezza chegou a ser incluído no Sistema de Tráfego Internacional - Módulo Alerta e Restrição. Em 21 de janeiro, Gabriela Hardt suspendeu o mandado de prisão.

"A defesa juntou documentos dando conta de que a fiança, em princípio, estaria regular. Assim, por ora, suspendo o cumprimento do mandado de prisão", determinou a juíza.

Gabriela Hardt afirmou que não passou "despercebida a distribuição de habeas corpus vinculada aos presentes autos". A juíza citou dois recursos apresentados em 21 de janeiro contra os mandados de prisão.

"Mais estranho ainda é a menção, no corpo dos HCs, do presente feito, da prisão decretada e do fundamento utilizado, além de citação de trecho do mandado, o que pode revelar indevido vazamento de informações sigilosas", anotou Gabriela.

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