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A inflação dos alimentos também vai dar as caras na Páscoa. Com a elevação do valor do cacau neste ano e com a alta dos custos operacionais - reflexo de fatores como o reajuste de combustíveis -, os ovos de chocolate estarão até 8,5% mais caros nos supermercados e chocolaterias. Para driblar a perda de poder aquisitivo do consumidor e garantir as vendas na primeira Páscoa não afetada pela pandemia desde 2020, as marcas estão apostando nas "lembrancinhas", como as barras e bombons.

Segundo projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas para a Páscoa devem ser de R$ 2,16 bilhões neste ano. Se confirmado, o desempenho será 1,9% superior ao de 2020, já descontada a inflação do período.

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Além de pagar mais caro, quem não está disposto a abrir mão dos ovos de Páscoa vai ter que pesquisar antes de comprar. Levantamento feito pelo CNC, a pedido do Estadão, mostra a variação de preços dos produtos. Dependendo do estabelecimento, um mesmo ovo de chocolate pode custar até 181% a mais (veja quadro). A análise considera os cinco itens mais procurados pelos consumidores. "É mais um reflexo da inflação, que desorienta os preços e deixa o consumidor sem uma base de comparação", explica o economista- chefe do CNC, Fábio Bentes.

Estratégia

De olho no orçamento restrito da clientela, a Cacau Show desenvolveu para a data uma lista de opções para todos os bolsos. Para atender às lojas próprias e franquias, a companhia aumentou em 24% a produção de chocolates em relação a 2021 e espera crescer 60% em faturamento, segundo o fundador e presidente da marca, Alexandre Costa. "Hoje temos produtos na marca com os mesmos preços que são praticados nos supermercados, mas com outra experiência de compra", afirma.

Mesmo com um público menos sensível à inflação, a marca de luxo Dengo também preferiu pensar a Páscoa com opções mais baratas, como barras e bombons. Dentro do setor de chocolates premium, a companhia espera crescer em faturamento na primeira Páscoa com lojas funcionando sem restrições por causa da pandemia. "Temos visto cada vez menos interesse pelos ovos. As pessoas estão mais preocupadas com a qualidade do chocolate", diz o presidente da Dengo, Estevan Sartoreli.

De acordo com Sérgio Molinari, fundador da consultoria Food Consulting, apesar de os ovos de chocolate terem um valor agregado muito superior ao de barras e bombons, essa mudança de estratégia das companhias, que vem se intensificando nos últimos anos, pode significar uma redução das perdas com encalhes, já que os ovos são um produto sazonal e podem ter de ser vendidos a preço de custo posteriormente para evitar que estraguem. "Essa mudança pode ser boa para a indústria, pois mantém o prazo de comercialização do produto, aumenta o tempo de prateleira e a chance de venda."

Físico x digital

Apesar da alta de preços e da menor propensão das famílias ao consumo, a Americanas ainda aposta no símbolo maior da data: espera vender 10 milhões de ovos na Páscoa deste ano, 20% a mais que no ano anterior. Para alcançar esse resultado, a companhia aposta na combinação das operações com a B2W Digital, que vai permitir expandir a ampliação do uso da plataforma digital para vender produtos.

Quem também quer surfar no digital é a Lacta. A marca da gigante de alimentos Mondelez relançou seu site de vendas e preparou um esquema de entregas com lojas físicas parceiras. Segundo o diretor de vendas da Mondelez no Brasil, Álvaro Garcia, por causa da redução no valor médio das compras, além das tradicionais parreiras de ovos, a empresa optou por trazer, pela primeira vez na Páscoa, espaços de destaque para os produtos de menor valor, como bombons soltos e barras. 

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Nos últimos anos, o Brasil esteve à frente do ranking mundial de consumo de agrotóxicos. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2019, 56 mil pessoas foram intoxicadas com esse tipo de produto. A agricultura sustentável é uma alternativa no desenvolvimento da produção agrícola. Ela respeita o meio ambiente e, ao mesmo tempo, garante viabilidade financeira. 

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O Pará é o maior produtor abacaxi do Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No município de Salvaterra, no arquipélago do Marajó, está a terceira maior produção de abacaxi do Estado. Mas o município ganha outro foco: o cultivo de alimentos sem agrotóxicos, por meio da agricultura familiar sustentável.

Foi pensando no bem-estar da família que há cinco anos o autônomo José Luiz Silva começou a plantar cheiro-verde, couve e pimentinha verde para consumo. "É prazeroso você plantar e comer o que você plantou. Não tem coisa melhor na vida do que isso. E a gente vê a necessidade aqui no município. Às vezes queremos um cheiro-verde e não tem. A gente também não sabe da procedência. O que eu planto, eu sei que eu posso comer tranquilo porque eu não uso agrotóxico", relata o agricultor salvaterrense.

A produção que antes era voltada para consumo familiar hoje abastece cerca de dez fruteiras e três açougues. José Luiz ressalta a importância de uma associação para a atividade no município. "Se a gente tivesse uma associação, onde todo mundo aprendesse essas técnicas, porque cada um sabe um pouquinho, podíamos nós mesmos fazer essa entrega de cheiro-verde, de couve, de cebolinha, de toda as hortaliças, sem vir da Ceasa", enfatiza.

Hellen Freire, tecnóloga de alimentos, afirma que a união de políticas públicas e as ações individuais são fundamentais para melhorar a qualidade da dieta do brasileiro. "É inevitável nós não pensarmos na quantidade de pessoas doentes em decorrência da má alimentação, e isso vem aumentando no nosso país a cada ano que passa. Isso acarreta, também, não apenas prejuízos com gastos públicos com tratamentos médicos, por exemplo, mas também a queda da qualidade e da expectativa de vida do brasileiro em geral", avalia.

A tecnóloga explica que fazer uma horta em casa é mais simples do que muitos imaginam. "Ela pode ser feita em um vaso ou até mesmo em garrafas recicláveis, organizadas em uma horta vertical ou horizontal, e pode aproveitar o espaço ocioso que cada um tem em sua casa. A ideia principal é que, independente do espaço disponível, qualquer pessoa possa fazer a horta em casa, seja ela em um jardim ou até mesmo uma sacada", conclui.

De acordo com o IBGE, a agricultura familiar é responsável por 80% da mandioca, 69% do abacaxi e 48% do café e da banana e 42% do valor da produção do feijão - principais alimentos consumidos no Brasil. Cerca de 23% da área voltada para propriedades agrícolas no Brasil corresponde à agricultura familiar. Outros quase 70% são da agricultura comercial.

O cultivo de alimentos orgânicos é um dos motivos fundamentais para a melhoria de vida do produtor rural e, com a agricultura orgânica, ocorre a conservação da fertilidade do solo. Essa atividade possui inúmeros benefícios, explica a tecnóloga de alimentos Hellen Freire. "A redução da poluição ambiental, que é um dos assuntos mais discutidos hoje em dia no mundo; a manutenção do bem-estar animal, quando se trata de produto de origem animal; e além de todas essas outras vantagens que foram citadas, também ocorre a promoção da biodiversidade - através da conservação do solo e a ausência de agrotóxicos, ajudando na preservação de pássaros, insetos e outros animais da região", diz.

Por Even Oliveira (sob supervisão e acompanhamento de Antonio Carlos Pimentel).

O prefeito da cidade ucraniana de Gostomel, Yuri Illich Prylypko, foi morto por soldados russos, informaram autoridades locais nesta segunda-feira (7). A localidade é sede do aeroporto de Antonov, já palco de um conflito entre militares dos dois países no dia 25 de fevereiro, e fica próxima à capital Kiev.

"O prefeito da cidade de Gostomel, Yuri Illich Prylypko, foi morto enquanto distribuía pão aos famintos e remédios aos doentes. Ninguém o obrigou a andar sob os projéteis dos ocupantes, ele poderia ter se escondido em um porão. Mas, ele morreu por seu próprio povo, por Gostomel, por sua comunidade. Ele morreu como um herói", diz uma postagem na página de Facebook da cidade.

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As circunstâncias da morte de Prylypko não foram esclarecidas.

Segundo o prefeito de Kiev, Vitalii Klitschko, os soldados da Rússia têm aumentado suas ofensivas às cidades próximas da capital, como Gostomel, Bucha, Vorzel e Irpin.

"Com extrema raiva, o inimigo destrói as cidades e mata deliberadamente civis. Estamos fazendo de tudo na capital para ajudar os cidadãos, para criar uma reserva de alimentos, de medicamentos, de bens essenciais. Distribuiremos e forneceremos ajuda a quem mais precisa", disse o ex-pugilista em entrevista à "CNN".

Apesar dos ataques terem começado no dia 24 de fevereiro, a capital Kiev não foi atacada diretamente como outras cidades ucranianas, mas sim está sendo cada vez mais cercada, com ações pontuais em localidades próximas.

Da Ansa

Os termos diet, light e zero são normalmente associados a alimentos pouco calóricos. Mas nem sempre é assim. A expressão mais antiga, diet, ficou associada a alimentos próprios para portadores de diabetes por não conterem açúcar. Mas isso também não é regra. A Agência Brasil entrevistou a nutricionista Tatiane Cortes Roso, para esclarecer dúvidas sobre a diferença entre os três tipos de alimentos.

Diet

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Tatiane explica que os alimentos diet são regulamentados pela Portaria/MS 29, de 13 de janeiro de 1998 - o Regulamento Técnico de alimentos para fins especiais. “Produtos diet são direcionados para pessoas com dietas especiais para certas doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade, dislipidemia. Então é a redução de algum nutriente. Por exemplo, retiram o sódio de uma batata frita, como a gente vê no mercado, e substituem por cloreto de potássio”.

Normalmente os alimentos diet têm redução de componentes como açúcar, gordura, proteína ou outros. Mas Tatiane alerta que nem sempre a redução dos nutrientes é total. “Pode haver residual de açúcares e gorduras totais no produto de, no máximo, 0,5g por 100g/ml”, ressalta.

Esses alimentos são indicados para pessoas com restrições alimentares ou que não querem consumir algum desses ingredientes. Dessa forma, não basta o rótulo dizer que determinado alimento é diet. É preciso que o rótulo especifique qual nutriente foi retirado ou substituído no produto.

Tatiane afirma ainda que nem sempre o produto diet é menos calórico do que o tradicional. Em um iogurte, por exemplo, a indústria reduz o teor de gordura, mas acrescenta amido, açúcares e espessantes para substituir as gorduras totais.

Light

Um alimento light é aquele que tem redução de pelo menos 25% de algum componente, que pode ser açúcar, gordura, sódio ou outros. Dessa forma, o conteúdo energético normalmente é reduzido quando comparado com o tradicional de referência. “Então, não basta só alegar que o produto foi reduzido em algum nutriente, é preciso compará-lo com uma versão convencional do mesmo alimento. Assim, o consumidor saberá se realmente houve redução em nutrientes e/ou valor energético”, diz a nutricionista.

Os alimentos light são regulamentados pela Resolução RDC 54, de 12 de novembro de 2012 da Anvisa- o Regulamento Técnico sobre Informação Nutricional Complementar. Nesse caso, as orientações são para o público em geral.

Os produtos light costumam ser indicados em dietas para emagrecer. No entanto, Tatiane ressalta que para que a redução de peso aconteça, a quantidade ingerida deve ser similar à que se comeria do produto normal. “Um grande erro é exagerar no consumo do produto light e acabar ganhando peso”, afirma.

Zero

Já o termo zero é usado quando o alimento não tem algum componente. Pode ser zero açúcar, zero gordura, zero sódio, entre outros. No entanto, esse produto não tem adição de outro nutriente para repor o sabor, diferentemente do diet. Quando o alimento é zero açucar, ele pode ser consumido por pessoas portadoras de diabetes. Grande parte dos produtos zero é reduzida em calorias e açúcares, podendo ser utilizada tanto por pacientes com diabetes quanto por quem deseja perder peso.

“Uma pessoa com diabetes pode consumir alimento light? Sim, mas ela vai ter que olhar no rótulo se houve redução de açúcares. E se o açúcar foi substituído pelo adoçante, no caso dos portadores de diabetes. No caso da pessoa hipertensa tem que checar se houve redução no sódio, por exemplo. É importante que as pessoas aprendam a ler o rótulo”, orienta Tatiane.

Até a madrugada desta sexta-feira (31), as ações realizadas pela Secretaria de Ordem Pública na orla de Copacabana resultaram na apreensão de 952 itens diversos deixados irregularmente nas praias e nas vias do entorno, como caixas térmicas, cadeiras, alimentos e bebidas. O objetivo da ação é coibir irregularidades, como o cercamento de faixas de areia e do calçadão por quiosques, o depósito irregular de comércio ambulante na areia, além da fiscalização da restrição de estacionamento de veículos.

Mais de 3 mil agentes estão envolvidos na ação. Equipes da Coordenadoria de Controle Urbano fiscalizaram 48 ambulantes; 36 deles foram removidos por falta de autorização para atuação na orla.

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Ações restritivas

O presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET-Rio), Joaquim Diniz, falou sobre as medidas que serão realizadas no bairro de Copacabana, na tentativa de restringir a entrada excessiva de público para assistir a queima de fogos. "O réveillon será mais restritivo no bairro. Mais de 2 mil vagas de estacionamento serão suprimidas, com a finalidade de evitar grandes aglomerações", disse diniz.

O presidente da CET-Rio disse ainda que todo o bairro será bloqueado, a partir das 19h e os veículos ficarão impedidos de entrar em Copacabana. A exceção é para os moradores, que poderão chegar até as 22h, desde que apresentem comprovante de residência.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está doando 20 toneladas de alimentos às famílias atingidas pelas chuvas na Bahia. Os mantimentos começam a chegar aos desabrigados nesta quinta-feira (30).

Os alimentos vão ser distribuídos em cinco bases de atendimento, sendo quatro delas indicadas pelo Governo do Estado e um pela prefeitura de Vitória da Conquista. O presidente em exercício da CBF, Ednaldo Rodrigues, e o jogador do Barcelona e da seleção, Daniel Alves, que é embaixador da iniciativa, estão comandando as articulações junto aos órgãos governamentais baianos. 

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O Estado da Bahia registra 132 municípios em estado de emergência e mais de 600 mil pessoas atingidas pelas fortes chuvas. “Estamos tentando levar um pouco de dignidade e de esperança para que essas pessoas possam reconstruir suas histórias. Sei que é um momento complicado, mas sei que juntos nós podemos acelerar esse processo de reconstrução da vida dessas pessoas. Então estamos aqui, em nome de todos atletas e de todas as pessoas que fazem parte da CBF e que têm essa preocupação com o próximo, dando essa contribuição. Espero que com essa atitude possamos conectar outras pessoas nesse momento difícil”, disse Daniel Alves, que é natural de Juazeiro-BA.

A empresa de comercialização de alimentos Dular será responsável por organizar as cestas básicas. “Gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos pelos alimentos doados à população baiana. Com toda certeza, essa doação fará diferença na vida das famílias afetadas”, afirmou o Secretário da Casa Civil do Governo da Bahia, Carlos Mello.

Nesta quinta-feira (23), a campanha Mãos Solidárias, uma iniciativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), irá encerrar as suas ações de combate a fome em 2021 doando 50 toneladas de alimentos no "Natal Sem Fome". 

Os alimentos foram produzidos em assentamentos da Reforma Agrária do MST para famílias dos mais de 30 territórios que a campanha tem atuação na Região Metropolitana do Recife (RMR). 

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A distribuição será feita durante todo o dia 23, no Armazém do Campo, localizado na Avenida Martins de Barros, na área central do Recife. 

Já na sexta-feira (24), a programação segue com a entrega de 300 ceias natalinas, com alimentos para famílias de até 6 pessoas. Estes alimentos foram arrecadados pela campanha por meio de doações da sociedade civil e também acompanham frutas e verduras das produções do MST. As famílias que serão contempladas já estão cadastradas pela Mãos Solidárias em todos os territórios da sua atuação. 

A inflação do Natal deste ano mostrou variação de 5,39% no acumulado dos últimos 12 meses, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (13), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV)

Ela ficou abaixo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da FGV, (9,88%) de dezembro de 2020 até novembro deste ano. Embora o resultado seja inferior ao apurado no mesmo período do ano passado, quando atingiu 13,51%, ele superou o de anos anteriores: 3,81% em 2019; 3,37% em 2018; e -2,30%, em 2017.

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Segundo Matheus Peçanha, economista do Ibre e responsável pela pesquisa, o fator que mais puxou a inflação foi o aumento dos alimentos, com variação média de 7,93%, apesar de ter ficado bem menor do que no mesmo período do ano anterior (28,61%). Nos últimos 12 meses, o frango inteiro, por exemplo, subiu 24,28%, liderando a lista dos itens que mais pressionam o bolso do consumidor. Em seguida, aparecem ovos (17,79%), azeitona (15,13%), carnes bovinas (14,72%), farinha de trigo (13,70%) e azeite (13,26%).

No sentido inverso, houve queda nos preços do arroz (-8,27%) e do pernil suíno (-1,27%). Peçanha lembrou que os problemas nos custos de produção, “que sofremos desde o ano passado, com secas, geadas, alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica, ainda se fazem sentir, sobretudo, nas proteínas. O câmbio alto, favorecendo a exportação das carnes, também contribuiu para manter os preços das proteínas em alta”. Ele disse, entretanto, que o retorno gradual das chuvas já tem normalizado a dinâmica de diversos preços de alimentos como arroz, frutas, hortaliças e legumes.

Presentes para o fim de ano

Em relação aos presentes para o fim de ano, o economista destacou que quem não antecipou as compras durante a Black Friday, em novembro, vai desembolsar neste Natal um pouco mais do que no ano passado. A média da variação de preços dos presentes mais procurados ficou em 3,39%, ante 1,39% de 2020, 1,28% em 2019, 1,71% em 2018 e 1,02% em 2017.

Vestuário (4,80%), acessórios (2,57%), recreação e cultura (2,13%) e eletrodomésticos e eletrônicos (1,73%) foram os segmentos que mais subiram. Peçanha alertou que os produtos que mais variaram também são os de menor valor. Por isso, recomendou que o consumidor deve ter cautela ao gastar, uma vez que o mercado de trabalho apresenta desemprego e renda reprimida e o cenário no país ainda é de incertezas elevadas.

O economista avaliou que o momento é de retorno gradual, “ainda que a variante Ômicron já esteja no radar, e é natural ver o movimento da população de realizar um consumo que foi frustrado nessa mesma época do ano passado, mesmo com um cenário de emprego e renda não convidativos. É importante ter cautela, planejar bem o consumo e usar o crédito de modo responsável”, reforçou.

Ele recomendou que, para economizar, o consumidor deve pesquisar muito. “Hoje, a tecnologia facilita muito isso com buscadores de ofertas. Vale aproveitar descontos e, de repente, juntar com familiares, amigos ou vizinhos para fazer compras em quantidade e ganhar desconto no atacado”, finalizou.

Neste sábado (16) em que se celebra o Dia Mundial da Alimentação, organizações governamentais e não governamentais em todo o mundo refletem sobre como anda a alimentação mundial.

Aqui no Brasil se alimentar bem está pesando cada vez mais no bolso. E não é só pela inflação da comida. O valor médio do gás passou de R$ 75,29 no final de 2020 para R$ 96,89 em 2021, chegando a ser encontrado por mais de R$ 130 em algumas regiões do país. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

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Itens essenciais na mesa do brasileiro também estão mais caros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os itens que mais subiram foram o açúcar (44%), óleo de soja (32%) e as carnes (25%).

Henrique Vilaverde faz e vende marmitas há 3 anos para moradores do condomínio onde mora, em Brasília. Apesar de não ter gastos com aluguel ou transporte até o trabalho, já que trabalha em casa, teve de fazer um reajuste no valor das refeições, o menor possível, segundo ele.

“Passamos a cozinhar em fogão a lenha, pensar na cozinha com criatividade. Fizemos uma pequena horta pra atender ao que produzimos e fizemos um bom estoque de outros itens como arroz, feijão, óleo.”

A auxiliar de serviços gerais e copeira Cleide Monteiro diz que tenta fazer comida com preparo rápido. “Eu acabo me privando de fazer alguns pratos para economizar [no gás]”, acrescentou.

Economizando gás

Para ajudar os brasileiros a otimizarem o uso do gás de cozinha e, com isso, fazer com que ele dure mais tempo, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) trouxe dicas simples, que podem fazer a diferença.

Segundo Priscila Arruda, pesquisadora do programa de Energia e Sustentabilidade do Idec, a principal dica para economizar no gás de cozinha é manter as bocas do fogão limpas.

“Se as chamas estiverem amarelas, laranjas ou qualquer cor diferente da cor azul significa que as bocas estão sujas ou não estão funcionando da maneira correta então o fogo vai perder a sua potência e vai acabar gastando mais gás”, diz.

De acordo com Priscila, uma simples limpeza com água e sabão é suficiente para resolver o problema. Caso não resolva, a especialista recomenda o uso de produtos específicos para remover sujeiras mais incrustadas.

Outra dica é verificar se há vazamentos no botijão de gás, nas mangueiras, no forno ou no fogão aplicando espuma de sabão: “Se houver bolhas, será necessário corrigir [o problema]".

Priscila também orienta para os benefícios de se cozinhar porções maiores, que possam ser congeladas; deixar grãos de molho para que amoleçam e fiquem menos tempo na panela de pressão; além de cortar alimentos em pedaços menores com o mesmo objetivo.

Além disso, ela lembra que a panela de pressão cozinha mais rápido, então priorizar o uso desse utensílio também pode ajudar na economia do gás. Além disso as tampas devem encaixar adequadamente nas panelas, para melhor conservação do calor. Isso também vale para as bocas.

Cardápio

Grande vilã do aumento neste ano, a carne pode ser substituída. De acordo com a nutricionista Juliene Melo, a sugestão é que se explore opções sem proteína animal no jantar, por exemplo.

Segundo ela, ovos são excelentes substitutos e, com eles, pode-se preparar omeletes e panquecas. “A gente tem um aporte nutricional muito positivo por ser um alimento riquíssimo em inúmeras vitaminas e também em proteínas”, diz.

Outra opção é fazer uma vitamina com frutas e leite, em vez de uma refeição propriamente dita.

No caso do óleo de soja e do açúcar, a nutricionista aconselha que se aproveite a alta desses itens para simplesmente aboli-los do cardápio pois são vilões da obesidade e da inflamação. No primeiro caso, a dica é substituí-lo por banha de porco. No segundo, por frutas que possam adoçar.

Marli Fumagalli estuda cada preço enquanto caminha entre as barracas de uma feira livre de São Paulo. Na segunda volta, começa a comprar, seguindo a fórmula: "Menos carne, mais verduras e muita criatividade".

O aumento dos preços dos alimentos acima da inflação, já elevada, se tornou um desafio cotidiano para os brasileiros mais vulneráveis. Muitos, como Marli, adaptaram sua dieta para fazer frente aos gastos crescentes.

"Estou sempre no vermelho (...) Só dá para comprar carne de segunda e fazê-la na panela, com recheio, pra fazer mais volume", conta à AFP esta mulher de 69 anos, que tenta fazer render sua pequena pensão para alimentar a mãe e as duas filhas.

Os preços ao consumidor dispararam 9,68% em 12 meses até agosto. Mas os alimentos subiram ainda mais, quase 14% neste período, segundo dados oficiais.

"A inflação dos alimentos tem pressionado os orçamentos das famílias desde 2020, especialmente de classes mais pobres", diz Joelson Sampaio, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV EESP).

Segundo estimativas da FGV em abril, 27,7 milhões de brasileiros (12,98%) estão abaixo da linha da pobreza, situado em 261 reais mensais (US$ 49). Em 2019, a cifra era de 23,1 milhões de pobres (10,97%).

- Carne vermelha, um luxo -

Na feira, a barraca de José Guerreiro oferece cada vez menos cortes de carne bovina. "A gente tenta driblar a situação com fornecedores mais baratos, mas ao consumidor o preço subiu demais porque tudo sobe... É uma bola de neve", lamenta, explicando porque diminuiu a carne vermelha e aumentou a de frango.

A carne vermelha mais que do triplicou a inflação geral, com um aumento de 30,7% em 12 meses. Isso explica porque a carne vermelha tem sido um dos principais produtos subtraídos das listas de compras, embora o Brasil tenha mais gado do que qualquer outro país e seja o principal exportador mundial.

Segundo pesquisa recente do instituto Datafolha, 85% dos brasileiros diminuíram o consumo de algum alimento este ano e 67% diminuíram o de carne vermelha. Além disso, 46% reduziram a ingestão de laticínios e cerca de 35% a de feijão e arroz, base da alimentação do brasileiro.

"A primeira atitude dos consumidores é substituir, a segunda é reduzir e a terceira é abrir mão", diz Sampaio.

Uma pesquisa da Rede PENSSAN do fim de 2020 revelou que 116,8 milhões de brasileiros sofriam algum tipo de insegurança alimentar e 19 milhões passavam fome no país de 213 milhões de habitantes.

A inflação e o desemprego, situado em 14,1%, não melhoraram a situação. Glaucia Pastore, professora da faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas, destaca que, por causa dos dois, "os alimentos que grande parte da população está consumindo não atingem os preceitos nutricionais adequados ou talvez a quantidade não seja adequada".

Comer para subsistir, diz ela, tem consequências: "A população tem mais possibilidades de adquirir doenças virais ou outras crônicas não transmissíveis, como diabetes, cardiopatias, câncer, que se prolongam por toda a vida, impossibilitando de trabalhar".

- "Bolsocaro" -

A oposição atribui a inflação às políticas de Jair Bolsonaro e as sintetizam em um jogo de palavras repetido em cartazes afixados nas ruas e exibidos em protestos: "Bolsocaro".

O governo, ao contrário, culpa os aumentos dos preços internacionais.

Carlos Cogo, diretor da consultoria de agronegócios Cogo, explica que "a maioria dos alimentos básicos, que têm pressionado o indicador de inflação são commodities, comercializadas em dólares no mercado global e com altas desde o começo da pandemia".

Em nível local, destaca-se a desvalorização do real: o dólar era cotado em torno de R$ 4,2 em fevereiro de 2020 contra cerca de R$ 5,3 atualmente.

Assim, os dois fatores resultam "em uma alta mais forte do que a média internacional", resume.

Mas tem mais, como o aumento do preço dos combustíveis - 41,3% no ano até agosto -, que impactou os fretes, e a seca histórica que o Brasil atravessa.

Esta afetou cultivos, como o milho, vital na criação animal, e aumentou os preços da energia elétrica, cujo custo se pulveriza na cadeia produtiva, diz o analista.

As pressões sobre os alimentos, prevê, permanecerão pelo menos até 2022-2023, o que poderia levar mais brasileiros a sofrer com a fome.

A maior seca dos últimos 91 anos é a principal ameaça à próxima safra de grãos do País. O plantio no Centro-Sul de culturas como a soja começa neste mês, mas, por conta da falta de chuvas, enfrenta dificuldades em vários locais. O risco climático já entrou no radar de economistas como um fator que pode pressionar os preços da comida e elevar os índices de inflação no ano que vem.

"Não vamos ter um cenário tão amistoso para alimentos, o que pode pressionar a inflação de 2022", afirma André Braz, coordenador de índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Contando com o risco climático, o economista projeta uma inflação de alimentos ao consumidor de 8,71% para 2022. É um pouco mais da metade da que deve ser registrada neste ano, de 14,1%, complicando ainda mais a tarefa do Banco Central (BC) de cumprir a meta de inflação, de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo.

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"A falta de chuvas é uma das maiores preocupações dos produtores hoje", afirma Flávio Turra, gerente de Desenvolvimento Técnico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). A entidade reúne 58 cooperativas do agronegócio, com 185 mil agricultores, num dos principais Estados produtores de grãos do País.

No momento, a maioria dos agricultores do Paraná, por exemplo, está com os insumos em casa - adubos, sementes, herbicidas -, mas o clima não é favorável ao plantio. "Se a soja atrasar muito, pode comprometer o milho da segunda safra, que é plantado após a colheita da soja", antevê Turra.

Um dos sinais da inquietação dos agricultores com o risco climático aparece na forte contratação de seguro rural. "Já foram comprometidos no País quase todos os recursos do programa de subvenção ao seguro rural do Ministério da Agricultura", diz Turra. A oferta é de R$ 924 milhões, e R$ 890 milhões estão empenhados.

O risco de chuva está nas previsões dos meteorologistas. A partir do final deste mês, as chuvas devem voltar ao Centro-Sul do País. Em dezembro, porém, o cenário deve mudar, com a redução das precipitações, apontam os meteorologistas da consultoria Climatempo. A segunda metade da primavera e do verão será marcada pelo fenômeno climático da La Niña, que reduz as chuvas na região. "Os efeitos da La Niña serão mais sentidos a partir do final de novembro, e o fenômeno deve continuar até o primeiro trimestre de 2022", prevê a consultoria.

Área maior

Apesar da falta de chuva, e mesmo com custos 30% maiores em média em relação aos do ano passado (no caso da soja), os agricultores estão dispostos a ampliar a área plantada de praticamente todas as lavouras. Isso se deve aos bons preços das commodities agrícolas no mercado internacional - o que, na contramão, também tem efeitos diretos na alta da inflação no País.

A imagem usada pelos analistas do agronegócio para ilustrar o bom momento das cotações é que "hoje o milho está com preço de soja, soja com preço de boi e boi virou Hilux", a marca de picape usada pelo agricultor. Antes da pandemia, a saca de milho estava em torno de R$ 30, a de soja, R$ 90, e a arroba do boi estava na faixa de R$ 180. Hoje, o milho gira em torno de R$ 90, a soja está na faixa de R$ 170 e a arroba passa de R$ 300.

"Os preços andaram porque houve uma combinação de aumento de demanda com oferta escassa", diz Guilherme Bellotti, gerente da consultoria Agro no Itaú BBA. Para ele, serão necessários dois anos bons de produção de milho e soja para que o mercado volte ao equilíbrio.

Nas projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, algodão, arroz, milho e soja terão aumentos de área plantada, na safra 2021/2022, de 13,4%,1,4%, 4% e 3,6%, respectivamente, em relação à última safra. Só para o feijão a expectativa é de estabilidade. Com esse aumento de área, a projeção de safra feita pela Conab é de 289,6 milhões de toneladas, o que configuraria um novo recorde.

Para o economista Fabio Silveira, sócio da consultoria MacroSector, o cenário pode não ser tão positivo assim. Segundo ele, os preços da soja e do milho se mantiveram em patamares elevados, em boa parte, pela grande liquidez de recursos no mercado internacional, fruto dos estímulos fiscais dados pelo governo americano e pelos juros baixos naquele país. Agora, com a sinalização do governo dos EUA de retirada dos estímulos e aumento de juros, a perspectiva de recuo dos preços, que já começou, deve se acelerar. "O risco de furo da bolha de preços agrícolas no começo de 2022 é grande", adverte.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O aumento da bandeira tarifária na energia elétrica, que passou a valer no início deste mês, é mais um capítulo dramático da crise econômica brasileira. Em conjunto com a alta dos combustíveis, o recuo do Produto Interno Bruto (PIB) e as oscilações no valor da cesta básica, a medida impopular é acompanhada por uma renda que pouco cresce - ou inclusive diminui - para a maioria da população.

Segundo o economista e presidente do Conselho Regional de Economia de Pernambuco, André Morais, parte da escalada dos valores se deve ao processo de pandemia, que pode ecoar ainda em 2022. “A vacinação precisa avançar ainda mais para destravar o setor de serviços com mais força. Esse que foi um dos setores mais afetados. O que mais vem preocupando não é 2021, mas 2022, ano em que o país vai começar a sentir mais fortemente os efeitos recessivos dos juros altos”, disse.

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Apontada por Morais, a taxa básica de juros (Selic), regulada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, registrou inúmeros reajustes (de alta) neste ano, chegando ao percentual de 5,25% ao ano. Na prática, quando o BC aumenta a taxa de juros, ele pretende “esfriar” a economia, o que, em teoria, deveria desacelerar o consumo das famílias e colocar freio na alta dos preços.

Se a inflação, isto é, o índice que mede a oscilação de preços no mercado, está alta, por exemplo, o órgão aumenta os juros; se a inflação está baixa, há espaço para reduzir a Selic. Através do cenário de incerteza propagado pelas crises econômica e social, contudo, a inflação brasileira atingiu 9% no acumulado até julho, se tornando o terceiro maior da América Latina, atrás apenas da Argentina e do Haiti, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas.

Até o final de 2020, o País ocupava a sexta posição no mesmo ranking.

Cesta básica compromete metade do salário mínimo

A nova variante da Covid-19, chamada de Delta, aliada ao ritmo lento de retomada das indústrias alimentícias pelo mundo têm contribuído para a valorização das commodities de itens básicos. No Brasil, a soja e o milho foram alguns dos afetados pela perda de valor do real e aumento da exportação, levando ao desabastecimento do mercado local e, consequentemente, ao aumento dos preços.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), só no mês de agosto o preço da cesta básica aumentou em 13 das 17 capitais do país. No Recife (PE), que compõe a lista, a variação acumulada no último ano é de 11,90%.  Para comprar itens básicos, o trabalhador que ganha um salário mínimo na capital pernambucana gasta, em média, R$ 491,46, comprometendo pouco menos de 50% da renda mensal.

“As oscilações nos preços dos alimentos podem se dar por vários fatores. Tanto uma safra agrícola, como o dólar e demanda do mercado externo. Como exemplo temos o nosso pãozinho de cada dia, que precisa de trigo para sua fabricação. Que, por sua vez, em grande parte, é importado. Com a alta do dólar, os preços aumentaram significativamente e o empresário precisa repassar esse custo ao consumidor”, explicou André Morais, que acrescenta a preferência dos produtores em exportar como outro fator decisivo.

Embora o aumento dos juros seja também uma tentativa dos órgãos reguladores de reprimir o crescimento do dólar, diminuindo o fluxo de exportação exacerbada, as incertezas fiscais provocadas pela crise institucional fomentada pelo presidente Jair Bolsonaro impediram a queda da moeda estrangeira.

“Na minha visão, a tendência é que o dólar, apesar da queda recente, continue subindo. No cenário normal, teria uma tendência de queda com o aumento da Selic, porém estamos perto das eleições presidenciais, e é comum vermos o dólar subir nesse momento. Riscos políticos se tornam cada vez mais eminentes, e isso repercute no câmbio”, disse Morais.

Na prática, tudo indica que o mercado financeiro observa com insegurança a trajetória do Brasil diante da crise, o que também ocasiona a fuga de capital do País e desvaloriza o real, aumentando ainda mais a pressão inflacionária.

Combustíveis e crise hídrica

Contrariando a afirmação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que atribuiu o aumento de preço dos combustíveis ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado por governos estaduais, dados apontam para os reajustes da Petrobrás como o maior “vilão” na precificação dos combustíveis e outros derivados de petróleo, a exemplo de gás encanado e de cozinha.

O economista André Morais pontua que, desde a gestão Michel Temer (MDB), a política de preços adotada pela estatal decidiu acompanhar o preço do barril de petróleo negociado no mercado internacional, ou seja, por meio do dólar. Sendo assim, o principal ‘motor’ das altas é o valor do real desvalorizado. Novamente, o câmbio reflete as incertezas dos investidores estrangeiros sobre o futuro político e institucional do Brasil.

Aliado a isso, a crise hídrica é outro ponto a corroer a renda média dos trabalhadores. “Essa falta de chuvas afeta diretamente a produção do agronegócio, aumenta os custos das indústrias pressionando a inflação e, consecutivamente, chegando a atingir o consumo das famílias. Além disso, alguns especialistas da área, já mostram preocupação com racionamentos obrigatórios e, no pior cenário, apagões”, considerou o economista.

Com isso, o mês de agosto também marca o início de uma nova taxa extra na conta de luz dos brasileiros. Chamada de “escassez hídrica”, a bandeira representa um aumento de quase 50% em relação ao que estava em vigor anteriormente. A determinação é válida até o dia 30 de abril de 2022 e deve continuar puxando a alta da inflação.

 

 

O Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos (ICTA), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, realizará, ao longo deste segundo semestre, cursos de capacitação on-line em áreas que trabalham produção, segurança e análise de alimentos. A programação será aberta com aulas sobre a fermentação natural para pão em setembro. As vagas são limitadas.

Os interessados devem se inscrever por meio do e-mail cursos-icta@ufrgs.br. O cronograma de aulas ainda conta com temas como kombucha, aditivos alimentares, corantes naturais, fungos e micotoxinas para a indústria de alimentos e práticas efundas no preparo de hambúrgueres.

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As atividades irão iniciar com o curso de “fermentação natural: da farinha ao pão”, em que os praticantes aprenderão a produzir seu próprio fermento natural e como elaborar pães de longa fermentação. A capacitação está prevista para os sábados, nos dias 4, 11, e 18 de setembro, das 9h às 11h. A carga é de seis horas.

Já nos dias 27 e 29 de setembro, e 1º de outubro, os estudantes irão aprender como é realizada, em laboratório, a determinação dos teores de umidade, cinzas, proteínas, lipídios, fibras e carboidratos e alimentos, no curso análise de alimentos: determinação da composição centesimal. As aulas serão ofertadas em plataforma de web conferência e de forma síncrona, em que os participantes poderão esclarecer as dúvidas e ter uma maior interação.

As oficinas serão ministradas por professores do ICTA e pesquisadores da pós-graduação. Para mais informações, acesse o site do Instituto.

O galope da inflação nos últimos meses tornou cada vez mais difícil o sustento básico da população mais pobre. Em julho, o valor da cesta básica na capital paulista para uma família de quatro pessoas quase empatou com o salário mínimo. O quadro é preocupante porque a cesta básica inclui gastos apenas para compra de 39 produtos, entre alimentos e itens de higiene pessoal e limpeza doméstica. Ficam de fora itens tão importantes quanto a alimentação, como despesas com moradia, transporte e medicamentos, por exemplo.

Levantamento mensal feito pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas do Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em julho o custo da cesta básica paulistana chegou a R$ 1.064,79. A alta foi de 0,44% em relação a junho, de 5,65% no ano e de 22,18% em 12 meses. Em 12 meses até julho, a inflação oficial medida pelo IPCA avançou 8,99%.

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No entanto, o que mais chama a atenção na pesquisa é que o valor da cesta de julho quase encostou no salário mínimo de R$ 1,1 mil. A diferença de R$ 35,21 entre o custo da cesta básica e do salário mínimo é a menor desde dezembro do ano passado (R$ 37,11). Com o "troco" dá para fazer muito pouco. É insuficiente, por exemplo, para levar para casa um quilo de carne de segunda. No mês passado, a produto era encontrado no varejo paulistano pelo preço mínimo de R$ 36,10.

"O quadro é grave. Estamos chegando ao patamar do ‘elas por elas’, com os gastos com alimentação, higiene e limpeza empatando com o salário mínimo", afirma Marcus Vinicius Pujol, diretor da Escola de Proteção e Defesa do Consumidor do Procon-SP, responsável pela pesquisa.

Ele diz que o que atenuou a situação foi o auxílio emergencial do governo federal e os programas estaduais de distribuição de renda. Segundo ele, porém, nenhum desses atenuantes reduzem a gravidade da situação, argumenta. Ele ressalta que o desemprego em alta agrava o estrago provocado pelo aumento da inflação.

Essa também é a avaliação do coordenador de índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz. "O desemprego piora o impacto da inflação no orçamento", afirma. Uma coisa, diz ele, é ter dinheiro e os produtos e serviços irem ficando mais caros. "As famílias vão dando um jeito, compram menos, trocam de produto." Outra coisa é quando não se tem dinheiro e os produtos encarecem, argumenta. "Nesse caso, a sensação de que a inflação é muito maior é flagrante, é uma situação de impotência."

Enquanto a comida em geral acumula alta na faixa de 12% em 12 meses, os preços dos alimentos essenciais da cesta básica subiram cerca de 25%, observa Braz. Ele lembra que a expectativa era de que os preços dos alimentos recuassem um pouco mais rápido. No entanto, isso não ocorreu por causa dos problemas climáticos: falta de chuvas e geadas que castigaram as safras de vários produtos.

Na avaliação do economista da FGV, esse quadro da inflação pode se agravar ainda mais com a crise hídrica castigando a produção. Pujol, do Procon-SP, faz uma avaliação semelhante. A perspectiva, diz ele, é que a cesta básica continue pressionada nos próximos meses. "Acredito que o cenário se agrave", afirma o diretor. Problemas climáticos, como seca e geadas que afetaram as safras de vários produtos nas últimas semanas, devem ter impactos nos preços da comida e a volta à normalidade deve demorar, diz.

A pesquisa coleta preços em 40 supermercados da capital e elabora uma cesta com as menores cotações encontradas de cada item. "É a cesta mais barata dentro do universo que pesquisamos." Essa cesta "ideal" em termos de custos, na maioria das vezes, acaba sendo inviável para o cidadão comum porque requer uma grande pesquisa de preços.

No mês passado, os vilões da cesta básica paulistana foram a carne de primeira, o café em pó, o frango resfriado inteiro, o leite de caixinha e o pão francês. De 39 itens pesquisados, mais da metade (21) teve aumento de preço.

Promoções

Buscar promoções tem sido uma das saídas usadas por Irany Santos, de 45 anos, mãe de três filhos, para colocar comida na mesa. A renda da família é de cerca de R$ 1,8 mil e está cada vez mais apertada. "A carne vermelha é um absurdo", conta Irany, que acaba de conseguir um emprego como doméstica.

No passado, quando a inflação era baixa, ela lembra que chegava a comprar peças inteiras. Agora, carne é só uma vez na semana, de segunda e na quantidade exata. A família está também consumindo mais ovo e frango. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) usou as redes sociais no último sábado (7), para criticar a distribuição de comida para pessoas na região da Cracolândia, no centro de São Paulo. A declaração veio após o padre Julio Lancellotti denunciar que a Polícia Militar tentou impedir a entrega das marmitas neste fim de semana. A parlamentar disse que "a distribuição de alimentos na Cracolândia só ajuda o crime".

No Twitter, a deputada declarou, ainda, que "o padre e os voluntários ajudariam se convencessem seus assistidos a se tratarem e irem para os abrigos".

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A posição acabou criticada nas redes sociais.

O padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua, manifestou indignação com a fala da deputada. "Quando alguém critica, causa um impacto geral. Ela quis dizer que nós apoiamos o crime", disse. "O nosso objetivo não é ser um distribuidor de comida. O alimento é um vínculo para se aproximar."

Nas redes, ele usou uma imagem para rebater a publicação de Janaina, sugerindo que a deputada não se posiciona diante dos mortos pela Covid-19 no País.

Lancellotti afirmou que no domingo, 8, quando os integrantes da pastoral tentavam realizar a distribuição de alimentos, agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM) cercaram os acessos à região, impedindo, mais uma vez, a chegada da equipe de voluntários. "Eles fizeram um cerco e nós tivemos de entregar a comida em outras ruas", disse. "Não dá para combater esse tipo de questão com violência", complementou.

Ainda de acordo com o coordenador da pastoral, a GCM afirmou haver dois traficantes na Cracolândia. "Se eles sabiam que tinham esses dois traficantes, por que não foram pegá-los?", questiona.

Neste domingo, Janaina voltou às redes sociais afirmando não ter feito ataques. "Há anos, todos reclamam da Cracolândia, mas ninguém tem coragem de olhar para as ações que findam por colaborar para que aquela região siga assim. Alimentar no vício só estimula o ciclo vicioso."

A reportagem tentou contato com a deputada, por telefone, para comentar as declarações, mas não obteve retorno até o fechamento deste texto, no fim da noite do domingo.

O jornal O Estado de S. Paulo também procurou a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a Secretaria da Segurança Pública, que também não responderam até o fechamento da reportagem.

Um mercadinho foi atingido por um incêndio, na noite desse sábado (7), na Rua 123, bairro da Charneca, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Em nota à imprensa, o Corpo de Bombeiros de Pernambuco informou que foi acionado, por volta das 21h13, para conter as chamas. Não houve feridos.

De acordo com os bombeiros, o fogo destruiu alimentos, equipamentos elétricos, bem como afetou paredes, tetos e outras partes da estrutura do espaço comercial. Os trabalhos de contensão das chamas só encerraram por volta das 2h44 deste domingo (8).

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Os bombeiros não revelaram as causas do incêndio. O caso foi passado à Defesa Civil do Cabo para que haja uma avaliação da estrutura física do mercadinho.

Uma pesquisa realizada pelo Procon Pernambuco, órgão ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), entre os dias 19 e 23 de julho, registrou aumento da cesta básica no Estado. Na Região Metropolitana do Recife (RMR), o levantamento demonstrou que o valor passou de R$ 535,87, em junho, para R$ 545,54, em julho, gerando um percentual de 49,59% sobre o salário mínimo do consumidor.

Na consulta, a equipe de fiscalização do Procon-PE analisou 27 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal. No total, 19 subiram de valor. Os alimentos que mais sofreram alteração de preço foram: o frango inteiro, cujo quilo passou de R$ 6,25 para R$ 8,20, um aumento de 27,84%; e a salsicha, que  apresentou um aumento de 17,99%, passando de R$ 6,25 para R$ 8,20 o quilo.

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Na parte da limpeza doméstica, o sabão em barra se destacou, com um aumento de 12,27%. O pacote com cinco unidades do produto passou de R$ 4,89 para R$ 5,49.

Seis outros produtos apresentaram baixa no preço. Entre eles, o preço que mais diminuiu foi o a cebola, que custava R$ 2,09 em junho e agora pode ser comprada por R$ 1,89 o quilo, uma queda de 9,57%.

O levantamento, que está disponível para a população no site do órgão, também indica a diferença de preço de um estabelecimento para o outro. A exemplo do pacote de absorvente higiênico com oito unidades, que pode ser comprado por R$ 1,29 em um estabelecimento e em outro por R$ 6,09, uma diferença de 372,09%.

Para o Secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, “o Governo de Pernambuco disponibiliza mais essa ferramenta para ajudar na economia das famílias pernambucanas". "E orientamos sempre para os consumidores que não deixem de fazer suas pesquisas antes de realizar suas compras”, acrescentou.

A equipe de fiscalização do Procon-PE também realiza a pesquisa nos municípios de Goiana, Gravatá e Vitória de Santo Antão. E é na cidade de Vitória que a cesta básica pode ser encontrada pelo menor valor, por R$ 492,90. O órgão de defesa do consumidor passou por 24 estabelecimentos da RMR, dois deles dentro do Ceasa; nove em Goiana; dez em Gravatá e Vitória.

Para comemorar o seu aniversário, o padre Arlindo, pároco da cidade de Tamandaré, no Litoral Sul de Pernambuco, irá doar no próximo domingo (18), duas mil cestas básicas, 30 mil ovos de frango e dois mil quilos de cortes da carne, totalizando 41.500 toneladas de alimentos.

Segundo o religioso, a doação está sendo fundamental para amenizar o sofrimento da população de cerca de 23 mil habitantes, que estão sendo diretamente atingida pela pandemia da Covid-19.

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O Padre ressalta que em Tamandaré, 86% das pessoas trabalham sem carteira assinada e, com a queda do turismo, ambulantes, vendedores, faxineiras, mototáxis, artesãos, pedreiros e muitos outros profissionais ficaram sem ter como prover o sustento da família.

A campanha "A Fome Não Pode Esperar", que teve início em 2019, já entregou mais de 430 toneladas de alimentos, distribuindo 26 mil cestas básicas, 260 mil ovos, 4.000kg de frango e 11.300 mortadelas, além de 10 toneladas de produtos de limpeza e três toneladas de guloseimas para a população local. 

Quem quiser fazer doações para a Associação Padre Arlindo pode fazer doações por meio do Portal Solidário ou por meio de transferência direta de dinheiro.

Serviço

PIX: 81-98265-9810

Banco: 001 Banco do Brasil

AGÊNCIA: 3924-1

CONTA: 21021-8

Favorecido: Associação Padre Arlindo

CNPJ: 41.270.552/0001-05

Ponto de Arrecadação

Shopping Plaza Casa Forte- ao lado das Lojas Americanas

A partir de 2022, para serem identificados como alimentos integrais, os produtos alimentícios à base de cereais precisarão obedecer a dois critérios: a quantidade de ingredientes integrais tem de ser superior à de ingredientes refinados e, pelo menos 30% de todos os ingredientes devem ser integrais. 

As novas regras fazem parte de resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no final do mês passado. Entre os alimentos considerados na resolução da Anvisa estão farinhas, massas, pães, biscoitos e cereais matinais. Para entender melhor os impactos das novas medidas, a Agência Brasil conversou com o gerente de Padrões e Regulação de Alimentos da Anvisa, Tiago Lanius Rauber.

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“A gente entende como uma forma de dar mais informação ao consumidor e permitir que ele faça a escolha conforme seus critérios e interesses”, diz Rauber. “A gente imagina que vai promover maior consumo de cereais integrais pela população brasileira e também promover a melhoria da qualidade da composição dos produtos, que hoje são vendidos como integrais e que muitas vezes de integral só tem o rótulo mesmo”, acrescenta.

Rauber conta que a resolução foi elaborada a partir de uma demanda por maior transparência nos rótulos de produtos cereais, levada à Anvisa por entidades como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). Segundo o gerente, faltavam inclusive parâmetros para que um produto fosse considerado integral no Brasil, o que acabava ficando a cargo das próprias empresas. 

Critérios

Agora pelo menos 30% dos ingredientes precisarão ser integrais, ou seja, conter todas as partes do grão inteiro. A medida é baseada em critérios internacionais. Embora não haja uma uniformidade mundial, a Anvisa procurou estudos que apontassem um percentual mínimo. Além disso, os integrais deverão superar os ingredientes refinados na composição.

Atendidos os critérios, o termo integral poderá aparecer no rótulo. Além disso, haverá a indicação do percentual de integrais. Mesmo os alimentos não considerados integrais poderão colocar no rótulo a porcentagem de integrais. Eles não podem, no entanto, dar a entender que se tratam de produtos integrais, nem mesmo com desenhos que possam enganar o consumidor de alguma forma.

As novas regras entrarão em vigor em abril de 2022. A partir dessa data, os novos produtos deverão atender a esses critérios. Aqueles que já estão em circulação terão, após a vigência da resolução, um prazo de 12 meses para adequação dos produtos, até abril de 2023. As massas alimentícias terão prazo ainda maior, 24 meses, devido à complexidade das adaptações tecnológicas. 

Rauber explica que a medida traz maior uniformidade e transparência e não impede a comercialização de nenhum produto. “Não estamos proibindo nenhum produto de ser mantido no mercado, não estamos fazendo intervenção que mude radicalmente os processos de fabricação das empresas. Em tese, não há razão para ter aumento de preço. O que imaginamos que vá acontecer é que o consumidor terá acesso à informação por meio do rótulo”, diz.

Segundo ele, as pessoas poderão escolher se desejam um produto com maior ou menor percentual de integrais. Ele defende que até mesmo aqueles com baixa porcentagem, não considerados integrais, podem ser importantes fontes de nutrientes, sendo também importante a sua produção. 

Consumo de fibras

Os alimentos integrais são importantes fontes de vitaminas e fibras. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, divulgada em 2020, os brasileiros estão comendo menos fibras. Esse consumo passou de 20,5 gramas em 2008-2009 para 15,6g em 2017-2018. Segundo a nutricionista Liliana Bricarello, que é professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e colaboradora do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), o consumo diário recomendado para um adulto saudável é de 25g a 30g.

“É importante que sejam estabelecidas essas regras para que a população de fato consuma alimento integral. A longo prazo, isso pode trazer benefícios no sentido de assegurar que aqueles produtos que as pessoas estão comprando são de fato integrais ou tenham pelo menos 30% desses ingredientes”, afirma.

As fibras trazem diversos benefícios e precisam fazer parte da alimentação, de acordo com Liliana. Entre eles estão o bom funcionamento intestinal, a diminuição da taxa de glicose no sangue, redução do colesterol e triglicérides. O consumo de fibras pode também ajudar na prevenção ao câncer de intestino, principalmente porque elas regulam o seu funcionamento, diminuindo o tempo de contato de substâncias que causam a doença com as paredes intestinais.

Liliana ressalta que a recomendação para uma dieta saudável é incluir produtos in natura e reduzir os processados. “Uma das formas de a gente inserir as fibras na dieta também é pelos alimentos integrais. Mas, as frutas, as verduras e os legumes, de forma geral, também garantem o consumo adequado das fibras”. 

Adequação da indústria

Procurada, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) disse, em nota, que participa do processo desde o início e entende como positivas as decisões tomadas pela Anvisa. “A nova regulamentação traz critérios de composição e rotulagem claros e objetivos e deverá dar mais segurança para que os consumidores possam fazer suas escolhas de acordo com as necessidades”. 

De acordo com a Abia, o prazo para a implementação dos novos requisitos é adequado, “mesmo frente às dificuldades impostas pela pandemia em relação à cadeia de suprimentos, de materiais de embalagens e de matérias-primas”, acrescentou.

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