Tópicos | ameaças

Willian deixou em 2021 sua carreira na Europa para retornar ao Corinthians, clube que o formou e o lançou ao mundo do futebol. À época, o que parecia o início de uma relação de sucesso se transformou em um pesadelo para ambas as partes: o atacante deixou o País no ano seguinte, alegando ameaças à sua família pelo seu desempenho em campo - marcou apenas um gol em sua breve passagem.

Um ano após sua saída, Willian retomou sua boa fase na Inglaterra, país em que construiu a maior parte de sua carreira no Chelsea, mas desta vez em outro clube de Londres. No Fulham, atualmente 10º colocado no Campeonato Inglês, o atacante afirma que seu retorno ao Brasil foi uma forma de "consideração" pelo clube que o revelou, mas que não pensa em voltar a atuar no futebol brasileiro.

##RECOMENDA##

"Eu não quero voltar para o Brasil, nunca mais. Eu já tinha esse pensamento desde antes do Corinthians. Acabou acontecendo uma situação de voltar para o clube onde eu comecei porque eu quis e o Corinthians também, mas eu já pensava em continuar até o fim na Europa", revelou o jogador, em entrevista ao site PL Brasil. "Agora, pretendo encerrar (minha carreira) aqui fora, seja na Europa, nos Estados Unidos ou outro lugar. Se puder ser na Inglaterra, seria perfeito. Pretendo jogar mais quatro ou cinco anos. Mas a gente nunca sabe porque o futebol muda bastante."

Willian deixou o Corinthians em 2022 após a eliminação para o Flamengo na Copa Libertadores. Nos últimos meses de sua passagem alegou que estava sofrendo ataques e ameaças em suas redes sociais e prestou queixa, junto à sua família, na polícia.

"É um assunto complicado porque quando você critica o jogador na bola, você fala que ele não foi bem, isso acontece. Jogador não é uma máquina, também vai ter os dias bons e ruins. Só que às vezes os torcedores não aceitam os dias ruins", afirmou Willian. "O que eu vejo no Brasil é uma pressão às vezes desumana, que leva para a base da violência, ameaça à família, aos filhos... quando toca nessa parte, para mim, já muda. Tenho que preservar a minha família, é meu bem mais precioso."

Apesar de ter sido revelado no clube, Willian, em nenhuma de suas duas passagens, teve momentos marcantes no Corinthians. Em 2007, após poucos meses como titular da equipe, foi vendido ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

"Tenho um respeito muito grande pelo Corinthians, é o clube onde fui revelado e criado. Mas não construí minha carreira profissional no Corinthians, então não posso dizer que tenho algum tipo de vínculo... não sei se essa é a palavra, mas algum tipo de história no Corinthians como profissional", declarou. "Foi uma minoria que causou um impacto emocional grande para a minha família e pessoas próximas a mim. O que fica é o respeito pela entidade que é o Corinthians", disse.

O contrato do jogador com o Fulham termina em junho deste ano e ainda é incerto se ele continuará na equipe. Nesta temporada, marcou três gols e deu quatro assistências em 26 jogos.

A delegada Dannyella Gomes Pinheiro, da 3ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM Oeste) de São Paulo, relatou que foi ameaçada pelo empresário recifense Thiago Brennand, réu por pelo menos oito processos criminais. Ela investigou uma suposta agressão de Brennand ao filho menor de idade, que havia relatado à mãe ser vítima de maus tratos, cárcere privado e violência psicológica. A informação é do jornal O Globo. 

Nas declarações, a agente da Polícia Civil admitiu que aceitou jantar com Thiago quando o inquérito já estava em andamento. O processo foi aberto na DDM Oeste em 29 de janeiro de 2021, mas o acusado foi intimado para depor apenas em 11 de maio de 2022 e interrogado pela própria Dannyella, por cerca de 20 minutos. No mesmo dia, os dois trocaram números de telefone e posteriormente marcaram um jantar, que aconteceria em 14 de maio, três dias após o interrogatório. 

##RECOMENDA##

No dia 13 de maio, uma sexta-feira, Dannyella recuou e disse a Brennand “que achava melhor cancelarem o encontro marcado para o dia seguinte”. O empresário então continuou a enviar mensagens à delegada por quatro dias seguidos, algumas delas com ofensas, chegando a citar a existência de suposto “relacionamento” entre eles. 

Dannyella relatou que, em 20 de junho, Brennand afirmou que iria à delegacia onde ela trabalha e ameaçou acionar a Corregedoria da Polícia Civil para prejudicá-la caso ela se recusasse a recebê-lo. Ainda no mesmo mês, a policial registrou um boletim de ocorrência contra o empresário, ao qual O Globo teve acesso, no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). 

Quem é Thiago Brennand 

Thiago tem 42 anos, é natural de Recife, Pernambuco, mas atualmente mora em São Paulo. Ele é herdeiro de uma família tradicional da capital pernambucana e tem fortuna estimada em R$ 200 milhões. Thiago é um dos cinco filhos do cofundador de uma rede médica do Recife. O grupo da família construiu dois dos maiores hospitais da cidade, o Hospital Santa Joana e o Memorial São José.  

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, Thiago Brennand é réu em pelo menos oito processos criminais, e teve decretada sua prisão preventiva em cinco deles. Além das agressões e estupros contra mulheres, o empresário ainda é investigado por agredir o filho e por possuir uma coleção de armas ilegais. 

Os casos envolvendo Thiago Brennand ganharam notoriedade após a divulgação de imagens da câmera de segurança de uma academia em São Paulo em que ele é flagrado agredindo uma modelo. Em decorrência deste episódio, a Justiça paulista determinou a prisão dele. 

Jornalista da BeIN Sports e da Gol TV, a espanhola María Moran denunciou ameaças de estupro e ataques a sua filha sofridas nesta semana após pergunta feita ao técnico Carlo Ancelotti, do Real Madrid, sobre Vinicius Júnior, constantemente alvo de racismo nos jogos do futebol espanhol. A repórter revelou as mensagens ofensivas por meio de suas redes sociais e já acionou a polícia.

Na segunda-feira, em entrevista coletiva, a jornalista perguntou a Ancelotti "se Vini Jr. deveria receber um cartão vermelho como aprendizado pelos constantes protestos contra a arbitragem". Em resposta, o treinador defendeu o atacante, ao afirmar que o número de amarelos que recebe da arbitragem já é "mais do que suficiente". Desde então, María recebeu ataques da torcida do Real Madrid por meio de suas redes.

##RECOMENDA##

A repórter publicou nas suas redes algumas das mensagens que recebeu nos últimos dias. Além de ameaças de estupro, María foi chamada de "prostituta". Sua filha, fruto da relação com o goleiro holandês Jasper Cillessen, também foi alvo de ataques.

"Esses são alguns dos muitos comentários que venho recebendo por exercer meu trabalho como jornalista. Minha filha tem 18 meses", escreveu a repórter em suas redes sociais. "(Mensagens dizendo) Que me estuprariam, que a minha filha é bastarda, insultos a um bebê... tudo está denunciado junto à Polícia Nacional."

Esta não é a primeira vez que María vem a público se defender. Em março, revelou que Cillessen a havia abandonado após dar a luz a sua filha. A advogada da jornalista, em entrevista ao jornal Marca, disse que a bebê foi abandonada pelo jogador ainda no hospital e que o avô de Maria pagou todos os custos relacionados à internação - cerca R$ 6,6 mil.

"Tive que ficar calada, não levantar a voz por medo de perder o emprego, por medo de perder você (sua filha). Porque infelizmente as ameaças neste país, na maioria das vezes, se concretizam", escreveu a repórter em suas redes sociais à época. Hoje com 34 anos e no NEC Nijmegen, da Holanda, Cillessen tem passagens pelo Valencia e pelo Barcelona.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) puniu dois policiais civis por condutas irregulares durante ofício, com base em uma denúncia de tortura psicológica e ameaças contra moradores de uma comunidade em Ribeirão, no Agreste de Pernambuco. A decisão foi publicada nessa sexta-feira (28) e se aplica ao comissário de polícia Gleidson Ferreira dos Santos e a um ex-comissário. 

Os comissários faziam parte da Delegacia de Polícia da 71ª Circunscrição, em Ribeirão. A denúncia contra eles foi feita pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e consiste em suposta tortura psicológica e ameaças feitas pelos policiais civis contra moradores do Bairro do Alto da Fé, em 30 de outubro de 2021. 

##RECOMENDA##

Além disso, o ex-comissário teria publicado em seu Instagram pessoal o total de seis imagens, nas quais Gleidson e ele aparecem com um homem detido, deitado de bruços no chão, algemado, enquanto um tem os pés nas costas do abordado e o outro aponta uma arma, ao falar no telefone. 

De acordo com a SDS, o ex-comissário deixou a Polícia Civil em 2022, então a punição foi publicada apenas a nível de registro. Assim, Gleidson será o único comissário efetivamente punido com uma suspensão de 10 dias, que será descontada da folha de pagamento do policial.

O imputado foi punido por “deixar de comunicar, imediatamente à autoridade competente, faltas ou irregularidades que haja presenciado ou de que tenha tido ciência" e por "trabalhar incorretamente, de modo intencional, com o fim de prejudicar o andamento do serviço ou negligenciar no cumprimento dos seus deveres".

A Polícia Civil do estado do Mato Grosso indiciou um casal dono de um berçário e hotel infantil do município de Sorriso, pelos crimes de tortura e castigo contra crianças da instituição. O inquérito policial foi concluído e encaminhado na última segunda-feira (24).

Segundo a delegada Jéssica Assis, do Núcleo de Atendimento à Mulher, Criança e Idoso da cidade, os donos do berçário foram presos preventivamente e são investigados por maus-tratos, ameaça, tortura e omissão contra pelo menos oito crianças, de idades enfre zero a cinco anos.

##RECOMENDA##

Além disso, testemunhas e uma das crianças relataram para os agentes, a existência de um “cantinho do pensamento”, que consistia em um corredor escuro, que dava acesso ao quarto da proprietária, onde ela trancava as crianças que "se comportavam mal".

Os investigadores destacaram dois episódios em que a dona da instituição teria esfregado a calcinha e fraldas sujas de fezes nos rostos das vítimas como forma de punição por defecarem nas roupas.

Outro caso que chamou a atenção da investigação foi o de um bebê de 1 ano e 6 meses que teria sido amarrado em um tronco de uma árvore e deixado no sol por horas até adormecer. Em outra situação, uma criança de quase dois anos de idade foi imobilizada para que parasse de chorar. A investigada colocou o joelho no peito da menina como tentativa de fazê-la parar de chorar.

Nove ex-funcionários denunciaram à polícia cenas de violências que ocorriam no berçário, como mordidas, sufocamentos, tapas nas nádegas e na boca, puxões, golpes com raquetes, empurrões e beliscões.

As testemunhas ainda informaram que eram ameaçadas pelo casal. O uso de celulares era proibido no local. Os ex-funcionários disseram à polícia que, como não tinham provas, tinham medo de denunciar.  Quando os pais questionavam as marcas nos corpos dos filhos, o casal colocava a culpa dos sinais das agressões nas outras crianças.

"Os donos estavam convictos nas manipulações que faziam com os pais das vítimas e seguros de que não seriam descobertos porque a maior parte das crianças sequer conseguia falar, já que eram bebês", disse a delegada responsável pelo caso.

O casal está preso em unidades prisionais da região norte do estado, e as investigações continuam para que os outros pais possam procurar as autoridades, e assim, denunciar os criminosos.

A Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) vai instaurar um processo administrativo disciplinar contra um aluno da Faculdade de Comunicação acusado de fazer pichações no banheiro e em outros espaços da faculdade, falando de um suposto massacre na instituição. As pichações foram descobertas na segunda-feira, 11. Ele foi preso no dia seguinte.

Em nota, a instituição afirma estar avaliando a adoção de medida cautelar, como suspensão preventiva, enquanto durar o processo administrativo.

##RECOMENDA##

Imagens de câmeras de segurança foram repassadas à Polícia Civil do Distrito Federal, que identificou e prendeu o aluno. A universidade está verificando se houve a participação de outros estudantes.

Nesta quarta-feira, 13, as aulas transcorreram normalmente, mas um esquema de segurança reforçado foi estabelecido na universidade.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal passou a concentrar todos os casos de ameaças a escolas e vai conceder uma entrevista coletiva ainda nesta quarta.

Rosângela Lula da Silva, a 'Janja’, primeira-dama do Brasil, participou na manhã desta quarta-feira (8) da sessão especial do Senado em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Durante o ato, Janja falou sobre as mensagens de ódio que recebe nas redes sociais e como tem sido alvo de mentiras desde que se tornou uma figura pública associada ao marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Cada uma das mulheres aqui sabe as dificuldades do dia a dia da política. Tenho sido o principal alvo de mentiras e ataques à honra e ameaças nas redes sociais. Até mais que o presidente. Sei que muitas de vocês também passam por isso. A mesma terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida expostos de maneira mentirosa", declarou.

##RECOMENDA##

Na sessão, Janja, Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), e outras mulheres na política receberam o Diploma Bertha Lutz. A honraria é um reconhecimento a pessoas que contribuem com a defesa dos direitos das mulheres no Brasil.

Em seu discurso, a primeira-dama lembrou da pouca participação feminina no Congresso. Só 17,3% da Câmara dos Deputados é formada por mulheres, enquanto o montante no Senado é de 18%.

"Um século depois de Bertha Lutz ter organizado a luta pelo direito ao voto, seguimos tendo que repetir que precisamos estar representadas nos espaços de decisão. Temos que comemorar o avanço da representatividade das mulheres no Congresso, mas ainda estamos abaixo da média mundial, que é de 26% dos assentos nos parlamentos", acrescentou.

A ministra Rosa Weber também falou sobre a importância da representatividade nos Três Poderes: "A igualdade continua a se fazer necessária, considerada a sub-representação feminina neste parlamento a partir da perspectiva masculina a respeito da mulher. Igualdade formal na lei, não igualdade substancial. Igualdade efetiva."

 

Quando Carla Cristina Ferreira Rodrigues soube, em 2021, que havia sido aprovada no programa Mais Médicos para atuar em unidades de saúde dentro do território Yanomami, achava que estava preparada para todos os desafios logísticos e profissionais que enfrentaria. Graduada em 2016, a médica decidiu que faria a sua carreira atendendo populações negligenciadas. Passar 15 dias por mês dentro da floresta, sem cama nem banheiro e com escassez de recursos para o tratamento dos pacientes - condições que afastam a maioria dos profissionais dos territórios indígenas - já era esperado por Carla. "Fui preparada para o pior cenário. Fiz uma 'mochila consultório' com alguns equipamentos e itens de sobrevivência."

Mesmo preparada para as dificuldades, Carla deixou o trabalho 11 meses depois. O medo de morrer e a sensação de impotência de não poder salvar seus pacientes fizeram a médica desistir. "Dormia na rede com facão. Nas aldeias próximas do garimpo, havia violência dos garimpeiros e dos indígenas, que eram cooptados. Víamos tiroteios. Em um deles, começaram a atirar mirando o polo de saúde. Tivemos de nos esconder no banheiro e pedir resgate", afirmou.

##RECOMENDA##

Historicamente, poucos profissionais topam passar 15 dias de cada mês dentro da floresta, isolados. Nos últimos anos, porém, com o avanço do garimpo e o enfraquecimento das políticas de saúde indígena, as condições de trabalho ficaram ainda mais precárias e a insegurança aumentou. "Quando cheguei, havia nove médicos no território, todos intercambistas do Mais Médicos que não tinham revalidado o diploma e, por isso, não podiam atuar fora do programa. Eu e dois colegas que chegamos na mesma data tínhamos nos formado no Brasil. Quando chegamos ao DSEI, sentíamos que as pessoas olhavam estranho, como se não entendessem como alguém podia querer trabalhar lá. Era um clima hostil", conta.

Quando passou a atender dentro da terra indígena, Carla encontrou situação de completa escassez. Faltavam itens básicos como luvas, dipirona e soro. "Depois de um tempo, comecei a separar R$ 600 do meu salário todo mês para comprar e levar alguns remédios e insumos básicos."

Os momentos mais difíceis, conta Carla, aconteciam quando essa escassez e precariedade se traduziam em mortes de pacientes. Foi no DSEI Yanomami que a médica perdeu a primeira criança. "Era uma bebê de 4 meses com problemas respiratórios. Não tinha oxigênio, não tinha maca, nada", diz.

Resgate

Em outro episódio, a médica foi acionada para ir até uma área mais afastada do território fazer o resgate de um indígena ferido. Foi sozinha apenas com o piloto do helicóptero e, ao chegar ao local, encontrou o paciente desacordado, com um ferimento na cabeça feito por um facão e hemorragia. "Não tinha ninguém para me ajudar a carregar. Quando ele chegou à cidade, também demorou para conseguir uma vaga de UTI e acabou morrendo", conta.

Carla sonha em voltar a atender os Yanomamis, com condições de trabalho melhores. "Os Yanomamis são muito diferentes do que estamos vendo nas notícias. É um povo forte, guerreiro e com quem aprendi muito. É preciso recuperar a dignidade deles."

70% das vagas para médicos na área estão vazias

Das 27 vagas existentes hoje no Mais Médicos para atuação no DSEI Yanomami, 19 estão vazias, segundo o Ministério da Saúde. A média de permanência é de 322 dias para formados no Brasil e 733 dias para graduados no exterior. A pasta diz que há um edital em andamento para as 19 vagas e a expectativa é de que sejam preenchidas no próximo mês.

Levantamento feito pelo Republica.org, instituto dedicado a melhorar a gestão de pessoas no serviço público, mostra que, no último edital do Mais Médicos, em julho, foram abertas 19 vagas para atuação no território indígena e só uma foi preenchida.

Para Paulo Cesar Basta, pesquisador da Fiocruz, o preconceito com os indígenas, as condições precárias de trabalho e a insegurança são alguns dos fatores que explicam a dificuldade de fixação de profissionais. "Situações que vivenciei há 20 anos atuando lá continuam se repetindo", diz.

Para Vanessa Campagnac, gerente de dados e comunicação do República.org, é preciso investir na formação de profissionais. "Políticas baseadas no aumento de vagas em universidades ou cotas nesses locais têm potencial de diminuir a desigualdade na distribuição de profissionais."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo federal apura supostas ameaças feitas a profissionais de saúde e servidores públicos federais enviados a Roraima para atender índios yanomami. Segundo integrantes da comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania que chegaram a Boa Vista no domingo (29), há necessidade de garantir a integridade física das equipes de saúde e de resgate é uma dificuldade a mais no enfrentamento à crise sanitária que afeta a maior reserva de usufruto exclusivo indígena do país.

“Estamos bastante preocupados com o cenário de violações aos direitos humanos e de insegurança, especialmente [quanto à segurança] de lideranças indígenas. Também estamos preocupados com as equipes que estão fazendo o atendimento [aos yanomami]", disse a secretária-executiva do ministério, Rita Oliveira, ao revelar a jornalistas que "existem relatos de ameaças às equipes".

##RECOMENDA##

Evitando detalhar as intimidações, a secretária-executiva assegurou que a pasta já está "encaminhando as providências", inclusive junto ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, para garantir a integridade dos profissionais e habitantes do território indígena, distante cerca de duas horas de voo da capital do estado.

"Nossa missão, agora, é encaminhar algumas providências mais urgentes de proteção e continuar o diálogo com as autoridades locais para entender onde os equipamentos públicos estão falhando no atendimento às comunidades indígenas [...] É preciso que as equipes consigam fazer o trabalho de forma segura e adequada", acrescentou Rita, mencionando a dificuldade das equipes chegarem até a reserva, que se estende até a fronteira com a Venezuela e há tempos é alvo da ação ilegal de garimpeiros e madeireiros.

A comitiva do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania chegou a Boa Vista neste domingo, com a tarefa de elaborar um diagnóstico sobre a crise sanitária e humanitária que, de acordo com o governo federal, causou a morte, por causas evitáveis, de cerca de 570 crianças da Terra Indígena Yanomami, apenas nos últimos quatro anos. Equipes do Ministério da Saúde que visitaram a área há poucas semanas constataram a existência de centenas de adultos e crianças subnutridas ou com malária. Há ainda uma situação de escassez de alimentos, já que os rios que abasteciam os cerca de 26 mil habitantes da reserva estão poluídos por mercúrio proveniente do garimpo ilegal, entre outros problemas, como a destruição da floresta.

Além de visitar a unidade de saúde de Boa Vista para onde índios adoentados que precisam de atendimento hospitalar estão sendo transportados, os integrantes do grupo ministerial vão se reunir com lideranças indígenas e com representantes de órgãos federais e estaduais a fim de obter informações que os ajudem a elaborar um relatório sobre as eventuais violações aos direitos humanos.

"Nossa missão aqui também tem a finalidade de apurar falhas nas políticas públicas de proteção aos indígenas, principalmente na área de direitos de crianças e adolescentes. Além das causas da mortalidade infantil, estamos apurando possíveis adoções ilegais de crianças indígenas; casos de acolhimentos irregulares de crianças em abrigos; abusos sexuais e exploração sexual infantil; falhas no atendimento de saúde [prestado a] gestantes indígenas e em atendimentos pediátricos e de enfrentamento à desnutrição das crianças indígenas na primeira infância", disse à Agência Brasil o secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel Castro, explicando que as suspeitas atingem ações de responsabilidade  tanto da esfera federal, quanto estadual e municipal, dos últimos quatro anos.

Também fazem parte da comitiva ministerial, a secretária Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Isadora Brandão, e o ouvidor Nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato.

Crise Humanitária Embora entidades indígenas e órgãos como o Ministério Público Federal (MPF) já denunciem a falta de assistência às comunidades da Terra Indígena Yanomami há muito tempo, novas imagens de crianças e adultos subnutridos, bem como de unidades de saúde lotadas com pessoas com malária e outras doenças chamaram a atenção da opinião pública nas últimas semanas e motivaram o governo federal a implementar medidas emergenciais para socorrer os yanomami.

Para a atual equipe de governo, a situação foi agravada por "práticas criminosas" e pelas "gravíssimas violações de direitos fundamentais ocasionadas em razão do garimpo ilegal”. "Há elementos fortes de que houve uma deliberada omissão em relação a políticas públicas. Precisamos entender estas responsabilidades e encaminhar o devido tratamento delas", comentou Rita.

Há duas semanas, o Ministério da Saúde enviou para Roraima equipes técnicas encarregadas de elaborar um diagnóstico sobre a situação de saúde dos cerca de 30,4 mil habitantes da Terra Indígena Yanomami. Na ocasião, a iniciativa foi anunciada como um primeiro passo do governo federal para traçar, em parceria com instituições da sociedade civil, uma “nova estratégia inédita do governo federal para reestabelecer o acesso” dos yanomami à “saúde de qualidade”.

Ao visitarem a Casa de Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista, para onde são levados os yanomami que precisam de atendimento hospitalar, e os polos base de Surucucu e Xitei, no interior da reserva indígena, os técnicos se depararam com crianças e idosos em estado grave de saúde, com desnutrição grave, além de muitos casos de malária, infecção respiratória aguda (IRA) e outros agravos.

Cinco dias após as equipes começarem o trabalho in loco, o ministério declarou Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e criou o Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública (COE-Y), responsável por coordenar as medidas a serem implementadas, incluindo a distribuição de recursos para o restabelecimento dos serviços e a articulação com os gestores estaduais e municipais do Sistema Único de Saúde (SUS).

No último dia 21, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e vários integrantes do governo federal, como as ministras da Saúde, Nísia Trindade, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, foram a Boa Vista, onde visitaram a Casai. O presidente prometeu envolver vários ministérios para superar a grave crise sanitária e, já no mesmo dia, aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) transportaram cerca de 1,26 toneladas de alimentos para serem distribuídos às comunidades yanomami.

No último dia (24), os profissionais da Força Nacional do SUS começaram a reforçar o atendimento na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista. A pedido do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a PF instaurou, no dia 25, inquérito para apurar a possível prática de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, além de outros atos ilícitos contra os yanomami.

Na sexta-feira (27), o primeiro hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira (FAB) na capital do estado começou a funcionar, com trinta profissionais de saúde militares atendendo a parte dos pacientes transferidos da terra indígena, a cerca de duas horas de voo de distância. 

“Vamos estruturar um plano com ações de curto, médio e longo prazo a partir do relatório [das equipes técnicas] que recebemos”, anunciou , no dia 26, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

“É um quadro muito grave. Um quadro que vai exigir uma ação interministerial. Como bem disse [o xamã e líder yanomami] Davi Kopenawa, a fome é a ponta de um iceberg, um terrível indicador, mas a causa [do problema] não é a fome, e sim o garimpo ilegal, que desestruturou as formas de vida, contaminando os rios, propiciando condições para o aumento dos casos de malária através de escavações onde a água se acumula.” 

“[Esta] Não é uma situação revelada agora. Foi denunciada inúmeras vezes por organizações indígenas e aliados. Entre novembro de 2018 e dezembro de 2022, houve seis decisões judiciais, nas diversas instâncias do Poder Judiciário, condenando ao Estado a tomar as medidas urgentes necessárias”, sustenta o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão indigenista ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Marcelo Adnet arrumou um tempinho em sua agenda neste começo de ano para dar uma entrevista ao podcast PodPah de Verão e entre tantos assuntos abordados, o que mais chamou a atenção dos apresentadores do público foi que ele revelou ter recebido ameaça de morte.

Tudo começou porque os fãs podiam interagir com o convidado e eles perguntaram se ele teria sofrido algum tipo de ameaça devido às várias imitações de personalidades políticas que faz. O humorista respondeu prontamente que sim.

##RECOMENDA##

- Problema por causa de política? Ah, isso com certeza. Quando eu comecei a imitar o Bolsonaro e tal, veio ameaça de morte. Vou te dar um tiro na cara, seu filho da p**a, ladrão da Lei Rouanet. Filho da p**a, canalha… Apelações, todo mundo apelando pra car***o. Você deixou passarem a calabresa na sua mulher. (…) usa pra agredir tudo o que puder, né? Com as coisas mais agressivas possíveis por causa de uma coisa de política.

Ele ainda continuou o bate-papo dizendo que acha que todo político deve ser sim criticado e que o público geralmente não entende isso.

- Eu acho que todo político merece crítica. O Lula merece crítica, a Dilma merece crítica… Tá no lugar de ser criticado.

Mas diferentemente de alguns fãs que não entendem que o humor pode ser junto com críticas, as pessoas nas quais Marcelo Adnet imita geralmente manda um tipo de mensagem e recado para ele agradecendo e o parabenizando.

[@#video#@]

Principal militante de oposição digital à extrema-direita, o deputado federal André Janones (Avante) relatou que as ameaças de morte se intensificaram mesmo após as eleições. O parlamentar contou que foi atribuído a um print falso em que ele dizia que iria matar famílias bolsonaristas asfixiadas. 

O deputado cobrou mais presença virtual dos seus seguidores e da ala progressista para combater o bolsonarismo nas redes e disse que as ameaças não vão lhe parar. Janones ainda externou o sentimento de insegurança em virtude da passividade do policiamento com os vândalos que invadiram a Praça dos Três Poderes. 

##RECOMENDA##

[@#video#@]

O empresário Júlio Farias, que ameaçou o senador Randolfe Rodrigues, deixou a prisão nesta sexta-feira (23) após pagar uma fiança equivalente a 50 salários mínimos, totalizando mais de R$ 60 mil. O bolsonarista foi preso em flagrante por ter um silenciador para fuzil, comprado na internet, sem autorização legal.

O valor foi fixado em audiência de custódia. N ocasião, a Justiça Federal impôs uma série de medidas que devem ser cumpridas por Farias: ele terá de se apresentar em juízo mensalmente, todo dia 24 e está proibido de mudar e residência, sem prévia autorização judicial, ou de se ausentar por mais de oito dias, sem comunicar o lugar onde será encontrado, sob pena de quebramento da fiança.

##RECOMENDA##

A prisão de Farias foi executada nesta quinta-feira, 22, durante o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão contra o empresário, que mora em Macapá. Durante as diligências, a PF apreendeu dez armas de fogo, dentre fuzil, espingardas, revólver e pistolas, além de 3.153 munições de diversos calibres.

As ordens foram expedidas pela 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, que ainda suspendeu o porte e posse de armas registradas em nome do empresário. O juízo ainda determinou que o investigado mantenha distância mínima de duzentos metros do parlamentar.

As medidas foram decretadas a pedido da Polícia Legislativa do Senado Federal. O órgão apontou 'fortes indícios de ameaça e crimes contra a honra' de Randolfe.

As apreensões e suspeitas que recaem sob Farias foram citadas na decisão que liberou o empresário, mediante pagamento de fiança. Segundo a Justiça Federal, a 'prática, em tese, dos delitos que motivaram a diligência na casa do custodiado, associada à posse de armas de fogo e acessórios, tornam a periculosidade do custodiado mais evidente'.

"Vejam que a prática, em tese, de ameaça por alguém desarmado naturalmente causa um temor pela sua vida ou integridade física, tanto é assim que esta conduta é um fato típico criminal. Todavia, a prática, em tese, de ameaça por alguém que possuía as armas, munições e o acessório de uso restrito apreendidos, certamente, causam um temor muito maior", registrou o despacho.

A apresentadora Xuxa Meneghel comentou uma postagem do perfil de Bárbara Borges, a Babi da Fazenda 2022, no Twitter, após declarações da advogada Deolane Bezerra sobre a ex-paquita. Em uma noite tensa do reality no último domingo (20), durante a Dinâmica da Discórdia, Deolane se desentendeu com as duas peoas do Grupo B. Primeiro, com Kerline e, em seguida, com Babi.  

Enquanto a ex-BBB se pronunciava, a atual fazendeira partiu para cima dela, com várias acusações sobre o que Kerline supostamente disse. Na discussão, Deolane simulou um soco no rosto da influenciadora. “[Falou] que eu usei droga, contando mentira. Faz isso lá fora que vai ser só assim, na cara!”, disse a advogada, simulando um soco no rosto da ex-BBB. Já com a ex-paquita Babi, Deolane repetiu que, fora do programa, a realidade poderia ser outra. 

##RECOMENDA##

A equipe de Bárbara publicou uma nota de repúdio ao que entendeu como uma ameaça, e cobrou uma resposta da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre a postura da advogada criminal.  

“De acordo com Xuxa, o público deveria parar de seguir Deolane, além de “colocá-la no freezer” – palavras da apresentadora: “Gente… deveriam todos parar de seguir essa mulher e colocá-la no freezer”. 

Durante uma conversa com Bia Miranda, a advogada citou a suposta agressão. “Ela é tão enrustida que não tem coragem de falar, falando. Ela joga piadinha. Eles não têm coragem de falar as coisas na cara. Isso que me irrita. Falei, fala. Vamos abrir a boca, tenha coragem”, disse a atual fazendeira. 

“Lá fora ela vai ter um medo de trombar você. Um medo”, respondeu Bia Miranda. E Deolane ainda afirmou que bateria em Bárbara. 

[@#video#@]

A agência de espionagem do Canadá disse, nesta sexta-feira (18), que está investigando ameaças de morte contra pessoas no Canadá por parte do Irã, dias depois de o Reino Unido fazer acusações similares contra o regime islâmico.

O Serviço de Inteligência do Canadá (CSIS, na sigla em inglês) "está investigando ativamente várias ameaças de morte procedentes da República Islâmica do Irã baseadas em informações confiáveis", declarou à AFP Eric Balsam, porta-voz do CSIS.

##RECOMENDA##

"Em suma, estas atividades hostis e ingerências estrangeiras solapam a segurança do Canadá e dos canadenses, assim como nossos valores democráticos e nossa soberania", acrescentou.

Não foram apresentados detalhes da investigação, mas Balsam disse que a agência está trabalhando com seus parceiros internacionais.

O CSIS também tem ciência de que o Irã está monitorando e intimidando pessoas no Canadá, incluídos os membros da diáspora iraniana, com o objetivo de "silenciar os que falam publicamente contra" o regime, acrescentou.

Na semana passada, o governo britânico acusou Teerã de ameaçar as vidas de jornalistas radicados no Reino Unido.

"Hoje, convoquei o encarregado de negócios iraniano depois que alguns jornalistas que trabalham no Reino Unido foram alvo de ameaças de morte imediatas por parte do Irã", tuitou o secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly, na sexta-feira passada.

Silvero Pereira, que ganhou bastante destaque recentemente por estar presente no remake de Pantanal, apareceu nas redes sociais para falar sobre uma denúncia ao síndico de seu condomínio por conta de algumas ameaças.

Pois é, o ator relatou em suas redes que estava comemorando o resultado das eleições para presidente do Brasil que aconteceu no último domingo, dia 30, e que logo em seguida foi para a rua do lado do condomínio. Em seguida, o síndico chegou e revelou que Silvero estaria desrespeitando o condomínio e que o filho do síndico o chamou de vagabundo.

##RECOMENDA##

- Ontem, pouco antes do resultado final das eleições, voltei para a minha casa muito feliz. Buzinei, entrei na área privada da minha casa, cantei muito, coloquei a música alta. Depois eu saí do condomínio, fechei o portão e, do lado de fora do condomínio, que fique bem claro, na rua, eu cantei, eu gritei muito. Eis que em determinado momento veio o síndico do condomínio, rodeado de seus familiares. O filho pedindo calma ao pai, a filha enfurecida. E vieram em direção ao portão dizendo que eu estava desrespeitando o condomínio, sendo que eu estava do lado de fora, estava na rua. A filha dele então me chamou de vagabundo e que eu deveria respeitar o pai dela. Eu disse 'do que você me chamou?' Ela falou de vagabundo, você é um vagabundo. Eu, sou um vagabundo? Eu, que não devo nada a este condomínio, pago categoricamente, até adiantado o condomínio. Pago meu aluguel em dia, não devo nada a nenhuma das pessoas daqui. Eu trabalho constantemente, diariamente. Emprego várias pessoas dentro do meu trabalho, da cultura, dentro da arte que eu faço. E ainda no final recebi uma leve ameaça do sindico, dizendo o que é seu está guardado, você vai sofrer sérias consequências com isso. Agora estou aguardando as consequências do síndico, depois dou mais notícias de quais foram.

De acordo com funcionários, o homem se identifica como eleitor do presidente Jair Bolsonaro (Pillar Pedreira/Agência Senado)

##RECOMENDA##

Um funcionário da Caixa Econômica Federal foi acusado de proferir ameaças de conotação política contra colegas de trabalho. Segundo relatos de testemunhas, a atitude teria ocorrido na última quinta-feira (27), em um dos setores do edifício-sede do banco em Pernambuco, localizado no bairro de Santo Amaro, no Centro do Recife. 

Em entrevista ao LeiaJá, uma funcionária que preferiu não se identificar informou que, no ambiente de trabalho, o homem se identifica como eleitor do presidente Jair Bolsonaro. "Antes do ocorrido, o Sindicato dos Bancários tinha realizado uma visita no setor dele, para entregar panfletos de um jornal periódico que é produzido. Depois dessa visita, ele ficou meio alterado", relata.

De acordo com a denunciante, ele teria dito as seguintes palavras no refeitório do edifício-sede: “Vocês vejam o que vão fazer da vida de vocês. Sou um franco atirador, não tenho mais nada a perder. Não quero viver sob o comando de Alexandre de Moraes. Eu quero liberdade. Posso ouvir um amém? Não ouvi nenhum amém. Vocês que sabem". 

Segundo a mulher, a atitude causou clima de medo entre os funcionários do prédio. "Duas mulheres do setor dele ficaram em pânico e foram autorizadas a trabalhar em home office até a semana que vem. Com tanta atrocidade que estamos vendo no período eleitoral, é uma situação aterrorizante. Eu mesma gosto de vestir roupas vermelhas e já não estou mais fazendo isso", diz. 

Comunicado enviado nesta sexta-feira (28) pelo gerente da unidade informou que o funcionário foi afastado das atividades presenciais. Os gestores, segundo o texto, analisavam quais outras ações, além das medidas disciplinares cabíveis, poderiam ser tomadas pela segurança dos servidores. A Caixa foi procurada, mas ainda não se posicionou oficialmente sobre o ocorrido.

Estudantes bolsonaristas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, localizada em São Paulo, ameaçaramm outros alunos da instituição que participariam, nesta sexta-feira (28), de ato em prol da eleição do ex-presidente Lula (PT).

"Em nome de Bob Jeff [Roberto Jefferson], levarei meu fuzil", diz um deles através de aplicativo de mensagem. Em seguida, outro apoiador de Jair Bolsonaro escreve: "Quem derrubar mais petista, eu pago uma dose". A colocação é seguida por uma pergunta de outro estudante bolsonarista: "Pode ir armado?".

##RECOMENDA##

Prints dessa troca de mensagens começaram a circula entre os alunos da Mackenzie na última quinta-feira (27). Diante da repercussão, a instituição emitiu, por meio do Instragram, uma nota suspendendo as aulas no campus Higienópolis hoje em "virtude do preparo dos prédios do campus" para a realização do 2º turno das eleições, que será no domingo (30). No netanto, a mesma medida não foi tomada no 1º turno.

[@#galeria#@]

Polarização

Duas manifestações foram marcadas por alunos da Mackenzie para esta sexta-feira (28). O primeiro ato foi organizado pelo perfil 'Mack Verde e Amarelo', em prol da reeleição de Bolsonaro. No início da noite de hoje, está prevista uma manifestação a favor do candidato petista, que é organizada pelo perfil 'Mack com Lula'.

 

A segurança dos Tribunais Superiores e da Praça dos Três Poderes na capital federal será reforçada no próximo domingo, 30, quando acontecerá o segundo turno da eleição presidencial. Serão destacados policiais para acompanharem juízes eleitorais e o ministros das Cortes, que têm sido alvo de ameaças. As forças de segurança também já trabalham para proteger os locais que guardam as urnas eletrônicas.

As áreas de prédios sensíveis, como o do Supremo Tribunal Federal, e o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), principais alvos dos discursos de ataques às instituições, serão cercadas por grades e terão a proteção da Polícia Militar, além das equipes de segurança dos próprios prédios. O setor central de Brasília, que concentra o Congresso, o Palácio do Planalto e os ministérios da Justiça e Segurança Pública e das Relações Exteriores também deverá ficar com o acesso restrito. Na tarde desta sexta-feira, 28, o acesso de veículos à Praça dos Três Poderes já foi bloqueado.

##RECOMENDA##

De acordo com o governo do DF, todos os 610 locais de votação e os 20 juntas de apuração dos votos terão aumento no policiamento. Equipes da Polícia Militar, do Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Civil atuarão para evitar tumultos e distúrbios civis, com folgas canceladas dos profissionais de segurança, com todo o efetivo de prontidão caso necessário.

A eleição presidencial ocorre em meio a uma série de ataques às instituições feitas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores. Na semana que antecedeu o segundo turno, o presidente moveu uma batalha contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque alegou estar sendo injustiçado por suposto desequilíbrio na veiculação das propagandas eleitorais de rádio.

Antes disso, no último domingo, 23, o ex-presidente do PTB Roberto Jefferson fez disparos de fuzil e lançou granadas na direção de policiais que cumpriram uma ordem de prisão contra ele. Apoiador de Bolsonaro, Jefferson compartilha do discurso do presidente de que a Justiça Eleitoral estaria armando um complô contra Bolsonaro. Na semana passada, ele fez xingamentos machistas contra a ministra do Supremo Tribunal Federal Carmen Lúcia.

Apoiadores do petista Luiz Inácio Lula da Silva se reunirão na área da Torre de TV de Brasília a partir das 17 horas do domingo para acompanhar a apuração. Já os bolsonaristas estarão na Esplanada dos Ministérios. Assim como a Esplanada, o local destinado aos petistas também fica na área central de Brasília, mas com um extensão bem menor do que o local onde os apoiadores de Bolsonaro vão ficar. Bolsonaristas também convocaram atos para o sábado, 29, mas a Secretaria disse que não foi procurada por eles. Mesmo assim, a área será monitorada pelas forças de segurança.

O secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, afirmou que o número do efetivo que trabalhará no dia da eleição não será divulgado por questões de segurança, mas ressaltou que todos os agentes estarão de prontidão caso precisem ser acionados. "Todo efetivo que não estiver de serviço nesse dia permanecerá de sobreaviso", disse ao Estadão. Segundo a CNN, no primeiro turno atuaram 11,5 mil profissionais, número quatro vezes maior do que o empregado na eleição de 2018. Ele não descarta tumultos após a divulgação do resultado. "Estamos atentos pois poderá haver manifestações após a divulgação do resultado", disse.

Em mais de uma ocasião, Bolsonaro disse que não reconheceria o resultado da eleição caso ele perca. Hoje, as pesquisas de intenção de voto indicam que Lula é o favorito para ganhar a eleição. A exemplo do que aconteceu no primeiro turno, Bolsonaro vai votar de manhã no Rio e irá para Brasília para acompanhar o resultado.

O trânsito de carros e pedestres na Esplanada será permitido, mas, de acordo com a Secretaria, há também a possibilidade de restringir o acesso às sedes do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário. "O acesso à Praça dos Três Poderes pode ser restrito, caso haja detectado possibilidade e movimentação de público para o local. A população será avisada previamente por meio dos canais oficiais do Governo do Distrito Federal e imprensa", disse a pasta por meio de nota.

Além da Polícia Militar, a segurança contará com efetivos da Polícia Civil e de unidades especiais como Choque, Cavalaria, Operações Aéreas, Policiamento com Cães e unidades de operações especiais - Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar (Bope) e Divisão de Operações Especiais (DOE).

Equipes do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF), do Departamento de Estradas e Rodagem do DF (DER-DF), da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar farão o monitoramento de ruas, avenidas e rodovias.

Boca de urna

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse nesta sexta-feira, 28, que o foco da atuação das forças de segurança no segundo turno será o combate à boca de urna e à compra de votos. Ele informou que no dia da votação estarão nas ruas 500 mil policiais em todo o País.

No primeiro turno, foram registrados 456 casos de boca de urna. Já as ocorrências de compra de votos ficou em 95 casos. No dia da primeira votação em 2 de outubro também foram apreendidos R$ 10 milhões em espécie por suspeita de compra de voto. (Com Broadcast)

A equipe do ex-presidente e candidato à presidência Lula (PT) adotou seis pastas antibalas para garantir a segurança do petista. O equipamento começou a ser usado no final de agosto e pôde ser vista durante comício na quadra da Portela, no Rio de Janeiro, no último domingo (25).

Os equipamentos têm aparência semelhando a de uma mala de viagem que, quando aberta e desdobrada, transforma-se em escudo antibalas. O mesmo recurso é utilizado com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

##RECOMENDA##

Na última semana, a equipe da Polícia Federal (PF), responsável pela segurança de Lula, prendeu um homem que supostamente participaria da montagem de um palanque usado pelo ex-presidente. Essa foi a quinta prisão realizada pela PF. Em varredura entre os colaboradores não fixos da campanha, os agentes encontraram cinco foragidos com prisão preventiva decretada.

O delegado Andrei Augusto Passos Rodrigues, responsável pela segurança do ex-presidente, solicitou a abertura de três inquéritos para investigar ameaças contra o candidato à presidência. A denúncia mais recente está relacionada ao vídeo publicado pelo empresário Luiz Henrique Crestani. Nas imagens, ele, que é de Santa Catarina, aparece usando a imagem de Lula como alvo para disparos de espingarda

 

A nove dias do primeiro turno, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), voltou a fazer ameaças veladas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em comício na cidade de Divinópolis (MG), o candidato à reeleição disse que "ninguém manda" na República, a não ser o povo. "E a vontade desse povo se fará presente após as eleições em toda a sua plenitude", declarou.

No discurso a apoiadores, Bolsonaro também voltou afirmar que "todos jogarão dentro das quatro linhas da Constituição", se ele for reeleito. O presidente costuma usar essa expressão para se referir a ministros do Supremo.

##RECOMENDA##

"O meu governo sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição. Em havendo a reeleição, todos, sem exceção, jogarão dentro das quatro linhas da Constituição. Ninguém é dono de nada aqui, eu não mando na Presidência da República, tenho limites", disse o candidato. "O prefeito aqui não manda na cidade, tem limites. Assim é dentro de cada Poder. Ninguém manda na República, a não ser o nosso povo. E a vontade desse povo se fará presente após as eleições em toda a sua plenitude", emendou Bolsonaro.

Numa estratégia para evitar o desânimo da militância, num momento em que seu principal adversário na eleição, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), busca o voto útil para decidir o pleito no primeiro turno, Bolsonaro afirmou, mais uma vez, que vai vencer no primeiro turno, embora as pesquisas de intenção de voto não apontem essa possibilidade.

"Nós somos a maioria, nós venceremos em primeiro turno. Não existe eleição sem povo nas ruas. A gente não vê nenhum dos outros candidatos fazendo um comício sequer que se aproxime a 10% do povo que tem aqui", declarou Bolsonaro.

A campanha bolsonarista tem intensificado o movimento para descredibilizar os institutos de pesquisa, que mostram Lula como favorito para vencer a disputa pelo Palácio do Planalto. Para se contrapor ao Datafolha, aliados do chefe do Executivo falam em "Datapovo", numa referência à militância bolsonarista, uma parcela do eleitorado, que comparece aos comícios e foi às ruas no 7 de setembro.

Em Divinópolis, Bolsonaro também atacou os oposicionistas. "Hoje não temos oposição, temos bandidos que querem o mal de sua população. Vamos derrotar esse pessoal nas urnas agora no próximo dia 2 de outubro", afirmou.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando