Leonardo Da Vinci. Andy Warhol. Claude Monet. Tarsila do Amaral. Vik Muniz. Nomes que você provavelmente conhece ou já ouviu falar. Artistas consagrados pelos detalhes, pelo trabalho árduo de construção de cada obra visual. Autores de pinturas, colagens, esculturas. O que seria do mundo sem as incansáveis investigações por trás do sorriso de Mona Lisa? E se não existissem as artes rupestres para nos dar uma noção do que foi a vida pré-histórica? 

Muitos falam das Artes Visuais como se fossem etéreas, supérfluas até. Porém, o que poucos levam em consideração é que o maior feito conquistado pelas Artes Visuais escapa à abstração. Através das fotografias, pinturas, esculturas e todas as suas vertentes, o artista cria uma aura concreta de envolvimento entre a temática da obra com o seu público.

A cidade de Belém do Pará tem abordagens peculiares que vêm sendo mundialmente aclamadas. É o caso do artista plástico Alexandre Sequeira, que já viajou pelo Brasil e pelo exterior com as obras da coleção “Impressões de um Lugar”, de 2005. Sequeira radicalizou ao se instalar na vila de Nazaré do Mocajuba, no nordeste do estado do Pará, onde encontrou a fonte de inspiração desse trabalho. Ele foi ousando ao abandonar sua zona de conforto da capital e procurar algo que precisasse ser abordado e disseminado por meio da arte.

São essas ousadia e força de vontade que Victoria Correa, estudante de 19 anos do curso de Artes Visuais da Universidade Federal do Pará (UFPA), acredita ser o diferencial do artista belenense. “O curso da UFPA é muito recente e muito deficiente. Então, temos que correr atrás e estudar por conta própria muito. Temos que dominar não só as áreas das artes visuais, mas eu penso que das ciências humanas também, porque a arte acaba se tornando estéril quando executas pensando na pura estética da forma, e não na estética como uma revolução”, afirma.

Para Victoria, a essência do artista plástico de Belém hoje deve ser, através da sua arte, fazer os habitantes da Amazônia conhecerem o lugar onde vivem. “Eu, como mulher amazônida e artista, penso que a arte tem que vir pra somar com a gente. Pra somar com a Amazônia, sabe? O que não significa falar daqui desse contexto, mas de alguma forma fazer o pensamento fluir aqui, democratizar a arte radicalmente, botar ela na rua, em todo lugar que for possível, e principalmente onde as pessoas não querem que ela esteja”, diz Victoria Correa.

Felipe Acácio, 22 anos, artista plástico, diz que suas inspirações vindas de Salvador Dalí, Frida Kahlo e Aleksandra Waliszewska não o impedem de acreditar que o contexto histórico de Belém possa acrescentar significativamente aos resultados finais de suas obras. “Acredito muito na arte como uma forma natural de quem a carrega consigo e a tem como arma de expressão livre. Acho Belém uma cidade inspiradora por todas as marcas históricas e culturais que ela nos oferece e diante disso muitos artistas belenenses possuem a alma do que é traçado nessa terra”, expressa Felipe

Felipe Acácio é otimista quanto ao espaço para as artes visuais em Belém. Mas afirma que existem restrições. “Existe muita gente querendo consumir arte, porém, há uma limitação ainda por parte de incentivos culturais. Hoje em dia buscar arte tornou-se mais fácil por conta da rede, isso permite que muitas pessoas passem a conhecer e se interessar por ela, principalmente quando  há a noção que a arte de alguma forma retrata toda uma geração e uma época, é fonte de conhecimento, sensibilidade e apreciação, expressão e expansão de consciência”, diz.

Técnica - Nos dias de hoje, cursos superiores de Artes Visuais abrem portas para pessoas que têm sede de conhecimento técnico. O professor Jorge Eiró leciona nesse curso disponível da Universidade da Amazônia, e acredita que toda busca de aperfeiçoamento no seu dom artístico é essencial. “Não acredito que o artista deva ficar à mercê dos acasos. Isso deve valer para todo artista de qualquer região do planeta”, ele afirma. Segundo ele, um trabalho coerente e consistente só pode ser feito através de estudo e investigação. “Acredito que o melhor da criação em arte contemporânea está relacionado a processos de pesquisa, por esta ser eminentemente conceitual. Alguém já disse que é 5% de inspiração e 95% de transpiração pelo trabalho.”

Uma preocupação do professor Jorge Eiró é com a questão da falta de interesse dos jovens na busca pelo conhecimento, para construir argumentos intelectuais em suas obras. “Para que essas revoluções diárias sejam bem-sucedidas, o artista precisa estar antenado com o mundo, sob o risco de, ao pensar que está revolucionando, estar simplesmente, apenas, inventando a roda”, Eiró observa.

Para a professora do curso de Artes Visuais da Universidade da Amazônia, Vera Pimentel, o artista de Belém tem uma sensibilidade aflorada, crítica e reflexiva que o fez conquistar salões de arte do Brasil e do exterior. “Temos artistas de grande reconhecimento no Brasil e no exterior,  como Alexandre Sequeira,  Guy Veloso, Luiz Braga, Paula Sampaio, Liz Lobato e outros mais. Chamo atenção para a exposição Pororoca que está acontecendo no MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro) só com artistas paraenses e curadoria de Paulo Hekenhorf. Assim, tenho plena convicção e afirmo pelo estudo científico de minha dissertação que Belém já faz parte do cenário cultural e artístico do país”, constata Vera Pimentel.

Por Laura Sampaio Sales

A Mostra Itinerante de Cinema de Rua aporta na comunidade do Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife, no próximo domingo (5). O projeto Olhar do Alto, idealizado pela Gapuia Comunicação, Turismo e Cultura, tem a missão de levar o cinema aos altos e periferias, incentivando a criação de redes audiovisuais.

Na primeira edição, realizada em 2013, a iniciativa reuniu cerca de 200 expectadores para assistir curtas-metragens brasileiros, com foco nos curtas pernambucanos. “O intuito é criar uma rede orgânica de trocas sobre o audiovisual e fortalecer a produção independente do Estado de Pernambuco”, ressaltou Rose Lima, produtora executiva da Mostra. 

Dentre os curtas que serão exibidos estão Poeta Urbano, de Antônio Carrilho, que conta a saga de um poeta que busca viver de sua arte, e À Margem dos Trilhos, que faz uma crítica sobre habitação social. A sessão será realizada em frente à sede do Ylê de Egbá, a partir das 18h. O evento é gratuito e destinado a pessoas de todas as idades.

Além da sessão do cineclube, haverá a tradicional festa Kizomba, realizada sempre no primeiro domingo do mês. A festa promove shows de grupos de Maracatu, Caboclinho, Afoxé e Samba.

Serviço

Mostra Olhar do Alto 

Domingo (5) | 18h

Em frente à sede do Ylê de Egbá (Rua Severino Bernardino Pereira - Alto José do Pinho)

Gratuito

Os mais de 39 mil passageiros que utilizam diariamente o Terminal Integrado PE-15 e ônibus da linha terão um encontro com a arte. O Projeto PE-15, criado pelo artistas plástico Izidoro Cavalcanti, busca promover um diálogo aberto entre arte, população e a ocupação de espaços públicos.

A iniciativa prevê a montagem de trabalhos artísticos diversos, criados por 15 artistas diferentes, para expor nos espaços públicos urbanos que estejam no percurso do Terminal Integrado, incluindo a Estação Central de Metrô. Assim, cidadões podem entrar em contato com artes visuais diversas fora de espaços convencionais, como museus e galerias. 

Entre os artistas presentes, os pernambucanos Eduardo Romero, Charles Martins, Marcela Camelo, Bruno Vieira, Sérgio Vasconcelos, Mozart Santos, Daniel Santiago, Lia Letícia, Luciana Padilha, Isabela Faria e o próprio Izidorio Cavalcanti; e os portugueses, Cristina Ataíde, Filipe Garcia, Manuel Barbosa e André Fonseca.

Entre as performances e ações presentes no projeto, a performance Augusto dos Anjos pelo Telefone e Augusto dos Anjos na PE-15, onde o artista pernambucano irá recitar o poema Versos Íntimos de Augusto dos Anjos dentro do ônibus PE15 Joana Bezerra e também colar cartazes do pota nas paredes pastilhas da estação Central do Recife. Há também a performance Desculpe Atrapalhar o Silência da sua Viagem, onde a artista investiga as relações entre arte e trabalho, ao colocar um artista de rua como protagonista da performance. 

Confira as datas e locais do projeto:

Mozart Santos | sem título intervenção site especific
Local: Hall da estação central do metrô de 22 à 28 de outubro no horário de funcionamento do Metrô

Izidorio Cavalcanti | PRATO EM DÓ MAIOR (performance)
Local: Hall da estação central do metrô. Quinta feira, 23 /10, às 16h

Filipe Garcia | Tripalium (performance), Pre sent observation (happening/instalação) e Displacement (happening performativo)
Local: Hall da estação central do metrô. Dia 22/10 | Tripalium; 23/10 | Pre sent observation e 24/10o | Displacement . Horário |das 10h às 12h; e das 14 às 16h

Manoel Barbosa | TROLMG # 1 (performance)
Local: Piso da Estação Central do Metrô. Sábado, 25/10, às 16h

Daniel Santiago | AUGUSTO DOS ANJOS PARA TELEFONE (performance) e AUGUSTO DOS ANJOS NA PE15 (Intervenção com cartazes)
Local: Performance na linha 913 PE-15 Joana Bezerra Ponto de partida Estação PE15, no sábado, 25/10, a partir das 14h. E a intervenção Cartaz, no Hall da estação central do metrô, entre 22 à 28/10, no horário de funcionamento do Metrô.

Bruno Vieira | Colarinho Branco (performance)
Local: Hall da estação central do metrô, na quarta feira 22/10, das 10 às 12h; Hall da estação PE15 (a confirmar), quinta-feira, 23/10, das 10 as 12h; Hall da estação central do metrô, sexta-feira, 24/10, das 10 as 12h (à confirmar) 

DESCULPE ATRAPALHAR O SILÊNCIO DA SUA VIAGEM (performance)
Local: 1ºpiso da Estação Central do Metrô, na quinta-feira, 23/10, às 20h

Cristina Ataíde | Eu sou/ Nos somos (escultura e performance)
Local: Hall da estação central do metrô, quinta-feira, 23/10; sexta-feira, 24/10, e sábado, 25/10, das 12h às 13h; e das 15h às 16h

Luciana Padilha | ARTE PARA UMA VIDA PRÁTICA (Instalação e intervenção nos ônibus)
Intervenção nos ônibus, linha 913 PE-15 Joana Bezerra Ponto de partida Estação PE15, 25/10, das 10h as 12h; Instalação, no Hall da estação central do metrô, entre 22 à 28/10, no horário de funcionamento do metrô

Eduardo Romero | Desenhe a Sombra de Quem Você Ama! (performance) e Desenhe a Sombra de Quem Você Ama! (intervenção colagem)
Linha 913 PE-15 Joana Bezerra Ponto de partida Estação PE15, nos dias 24 e 25/10, das 9h as 11h; Intervenção Cartaz, no Hall da estação central do metrô, entre 22 à 28/10, no horário de funcionamento do Metrô

Isabela Faria | #Dajaneladomeuonibus
Local: FASE 1) Nos ônibus da Linha 913 - PE-15 Joana Bezerra
Dia 20/10: Estação Central do Metrô > Terminal PE15 > Estação Central do Metrô / às 15h
Dia 21/10: Estação Central do Metrô > Terminal PE15 > Estação Central do Metrô / às 9h
FASE 2) Nos ônibus da Linha 913 - PE-15 Joana Bezerra
Dia 22/10: Estação Central do Metrô > Terminal PE15 > Estação Central do Metrô / às 15h
Dia 23/10: Estação Central do Metrô > Terminal PE15 > Estação Central do Metrô / às 9h
FASE 3) Nos dias 25 / Estação Central do Metrô do Recife / das 14h às 16h

Charles Martins | CLIMA CIVIL (intervenção com lambe) e RECIFE ABAIXO (projeção vídeo)
Local: Projeção vídeo, no Hall da estação central do metrô, entre 22 à 28/10, no horário de funcionamento do metrô. Intervenção com lambe. Placas de avisos da estação Joana Bezerra e da Estação Central do Recife, entre 22 à 28/10, no horário de funcionamento do Metrô

Marcela Camelo | Palavras-chave em cadeia nacional (Intervenção urbana)
Local: Projeções a partir das 18h, em 22 ao 24/10; 24/10, às 17h, distribuição de Guias

André Fonseca | Ode (Performance); Vendo nada (Performance) e It's running [Recife PE15] (Instalação)
Local: Ode, no Hall da estação central do metrô, no dia 22/10, entre 10h às 12h; e nos dias 23 e 25/10, das 14h às 16h. Duração: ± 10 min cada ação. Vendo nada, no Hall da estação central do metrô, nos dias 24 e 25/10, das 10h às 12h e 24/10, das 14h às 16h. It’s running. Placas de avisos da estação Joana Bezerra , entre 22 à 28/10, no horário de funcionamento do Metrô.

Sérgio Vasconcelos | CATEQUESE/performance
Local do metro: Corredor central, quinta e sexta-feira, (23 e 24/10), às 10h.

Nesta quarta-feira (8), a Faculdade Santa Marcelina (FASM) realiza debate sobre a carreira em artes visuais e música. O evento “Mesa de Profissões” tem como objetivo apresentar possibilidades de atuação profissional nessas áreas. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site da instituição.

O debate está sendo organizado pelos cursos de Bacharelado em Artes Visuais (BAP) e Licenciatura em Artes Visuais e Música (EAP), o ciclo de palestras acontece na unidade Perdizes, está localizada na Rua Dr. Emílio Ribas, 89, a partir das 8 horas. Para obter mais informações, os interessados podem ligar para o telefone (11) 3824-5800. A programação pode ser conferida abaixo: 

8h - Grupo Regional de Choro (FASM – 1ºEAM e Projeto Guri)

Apresentação do Coro Falado (FASM – 1º EAM)

Coordenação: Maristela Loureiro Campana

8h30 - Mesa Redonda:

Palestrantes: Felipe Barros, Maurício Paraventi, Ricardo Santos

Mediadoras: Cláudia Leme

Coordenação: Luciane Guará

11 horas - Palestra: Desvendando a realidade internacional atual

Palestrante: Moisés da Silva Marques

Nesta quinta-feira (5), a web irá receber um portal dedicado às artes visuais, o Portal Nuvem. A plataforma, que vai reunir tudo ligado ao tema – como notícias, cadastro de artistas, notícias e loja – abre um espaço na internet para mostrar um real panorama dos artistas contemporâneos brasileiros. O lançamento do portal será realizado às 19h, na Galeria Joana D’Arc no Pina, com a apresentação de Galo de Souza e DJ DaMata e a exposição "Corpo, Caos, Cidade, de David Nascimento.

O site também terá uma agenda com eventos de artes visuais e artigos de colaborados de vários estados do Brasil, e também do exterior. Até agora o portal já tem sete colunistas confirmados, dois deles moram fora do país – nos Eua e na Suíça. O Portal Nuvem ainda terá uma loja virtual, para estimular a venda da arte e a parceria entre artistas que não se conhecem e, em breve, terá um aplicativo que será uma especie de mapa de arte urbana.

Alguns e grafiteiros artistas brasileiros, como o Marcos Alexandre Jambeiro, artista plástico carioca, estão tendo muitas inspirações na copa do Mundo 2014 para expressar sua arte na pintura ou na grafitagem nas ruas do Rio de Janeiro. Jambeiro, por exemplo, relembrou um dos momentos mais difíceis da seleção Brasileira quando ele decidiu grafitar com a inspirtação na derrota da Copa do Mundo em 1950, onde o Brasil perdeu a no maracanã lotado contra a Itália. "Que os brasileiros não pensem só em festas, tudo pode acontecer numa copa do mundo", explicou Marcos porque ele preferiu lembrar esse momento da Seleção Brasileira na Copa do Mundo. 

Mas, nem todos fazem da grafitagem nas ruas uma forma pra expressar só sua arte. Alguns jovens aproveitam para usar a  arte para protestar. "O Maracanã era ponto de encontro para todas as classes sociais, e agora  tá difícil pra cada um pagar um  ingresso ". Disse um dos manifestantes sobre a situação do Brasil na Copa do Mundo de 2014, comparando com outros momentos em que o estádio carioca foi palco para grandes jogos, mas com preço justo para todos, comentou o estudante. 

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O programa Classificação Livre dessa semana mostra aos internautas todos os detalhes da noite recifense que foi embalada pelo rock e pelo reggae dos grupos O Rappa e Ponto de Equilíbrio. A apresentação fez parte da turnê Nunca tem fim, que homenageia os músicos Chorão e Champigon, integrantes do Charlie Brown Jr. que morreram em março e setembro deste ano.

A banda de reggae abriu a noite com músicas que fizeram o público cantar junto e empolgar os integrantes do Ponto de Equilíbrio. "É muito importante isso, essa troca de energia que rola aqui no Norte e Nordeste, principalmente aqui em Recife e Olinda", comentou Kuky Gonçalves, tecladista do grupo. 

Depois deles, quem tomou conta do palco foi o quarteto O Rappa, que cantou grandes e novos sucessos dos quase 15 anos de carreira. Os cinco anos de pausa do grupo foi seguido do lançamento do álbum Nunca tem fim, responsável pela turnê que ainda passará pelo Sul e Sudeste do país.

Ainda nessa edição, você vai conhecer parte do acervo do MAMAM, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães. A exposição foi montada para comemorar os 16 anos do lugar, e para inaugurar o salão térreo para mostras de longa duração. Grande parte das peças foi doada pelos próprios artistas, como Bruno Vilela, Jeims Duarte e Bruno Vieira.

Você também vai se programar para o final de semana com a nossa agenda cultural. O Classificação Livre é produzido pela TV LeiaJá, em parceria com o Núcleo de Comunicação Social da UNINASSAU, e apresentado por Areli Quirino. Toda semana um novo programa é publicado aqui, no Portal LeiaJá.

Retornando ao calendário cultural do cultural do Recife, o Spa das Artes chega a sua 11ª edição entre os dias 2 e 9 de novembro, em vários espaços da capital pernambucana. O Spa conta com propostas artísticas e inovadoras, ações formativas e diálogos críticos para a programação.

O evento, que sumiu do plano cultural, em 2012, retoma suas atividades com ações gratuitas distribuídas pelo Museu Murillo La Greca, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), Mamam no Pátio, Centro de Design, Centro  de Formação em Artes Visuais (CFAV), Galeria Janete Costa e Sala Nordeste de Artes Visuais. Como nas edições anteriores, as atividades do SPA transbordam pelas ruas da cidade, através de performances e intervenções urbanas, que intrigam e interagem com o cotidiano dos moradores e transeuntes dos principais bairros e comunidades do Recife.

A gerente operacional de artes visuais do Recife, Bárbara Collier, presente em coletiva com os jornalistas na manhã desta quinta (31), pontuou a importância de garantir a forma democrática de acesso dos artistas no evento: "O SPA é um dos eventos mais democráticos da história, porque ele tem esse perfil de edital, então um dos nossos critérios para esta edição foi manter essa forma democrática de acesso".

Algumas modificações foram postas em prática para este ano, entre elas a durabilidade das ações, que passam a ser prolongadas, com exposições que ficarão em cartaz durante um mês, para que um maior número de visitantes possa conhecer e refletir sobre as mostras. "Éramos conhecidos como a maratona das Artes Visuais e agora queremos que as pessoas tenham tempo para aproveitar melhor o evento", relatou Bárbara. Outra novidade é a inserção de novas linguagens como a pintura, a escultura, a gravura, a fotografia, a videoarte e entre outras.

Com objetivo de incentivar a produção artística e democratizar o acesso às ações de fomento cultural no munícipio, a comissão de avaliação, formada pela coordenadora de Artes Visuais da Fundação Joaquim Nabuco, Bruna Pedrosa; pelo artista plástico Raul Córdula e pela coordenadora do Mamam no Pátio, Lorena Taulla, selecionou 19 projetos, que se pautam na diversidade de olhares para a Semana de Artes Visuais, contando com quatro exposições, três oficinas, cinco performances e quatro intervenções urbanas, com destaque para a intervenção Distrito da Luz Vermelha, do grupo Vaastu, que aplicará luzes vermelhas ao longo da Av. Conselheiro Aguiar, em Boa Viagem, dando ao local - que abriga meretrizes durante as noites - um clima de bordel.

A Caixa Cultural Recife promove nesta quinta (12), às 19h, a palestra do Garapa Coletivo Multimídia sobre Hibridismo de Linguagens e a internet como suporte para a fotografia documental e o campo das artes visuais. O evento faz parte do workshop Narrativas Digitais, que acontece na Caixa Cultural até 15 de setembro, com o objetivo de instigar a reflexão e qualificação no campo das artes visuais, mais especificamente na discussão sobre a linguagem multimídia e sua utilização na produção artística e jornalística. 

Fundado pelos jornalistas e fotógrafos Leo Caobelli, Paulo Fehlauer e Rodrigo Marcondes, a Garapa é um coletivo de fotógrafos formado em 2007, que prefere pensar e produzir conteúdo jornalístico e documental de maneira crítica e independente, integrando diversos formatos e narrativas, com foco na produção de conteúdo para o meio online. 

A palestra desta quinta (12) é gratuita e as senhas serão distribuídas a partir das 18h.  

Serviço

Palestra Narrativas Digitais

Quinta (12) l 19h

Caixa Cultural Recife (Avenida Alfredo Lisboa, 505 – Bairro do Recife)

Gratuito (senhas distribuídas a partir das 18h)

(81) 3425 1900