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O pré-candidato do PSC ao Palácio do Planalto, Paulo Rabello de Castro, afirmou neste sábado, 7, que o Centrão - bloco de partidos liderado pelo DEM e composto por PP, PRB e Solidariedade - "é o blocão do medo". O grupo de partidos é cortejado pelos presidenciáveis Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

"Eu não consigo entender para onde vai esse blocão. O blocão é o blocão do medo. As pessoas se reúnem para trocar medo. Medo do Bolsonaro ganhar a eleição, medo do Lula voltar e ganhar, medo do eleitor indeciso não ir votar nas eleições. É a reunião das bananeiras que já deram cacho", afirmou o presidenciável ao Estado, durante o encontro estadual do PSC da Bahia, em um hotel de Salvador.

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Questionado sobre a presença do deputado federal André Moura (PSC-SE) em reuniões do Centrão, Rabello de Castro disse que isso não representa a direção da legenda, mas sim o governo federal, já que o parlamentar ocupa o posto de líder do governo na Câmara.

A declaração do pré-candidato foi chancelada pelo presidente nacional da legenda, Pastor Everaldo Dias, que garantiu a manutenção da candidatura do ex-presidente do BNDES até as eleições de outubro. A postulação, disse o dirigente da sigla, será oficializada em convenção marcada para o dia 20 de julho.

Metas - Rabello de Castro aproveitou o encontro do partido na Bahia para apresentar um plano de 20 metas para um possível mandato de presidente da República. Inspirado no plano de metas de Juscelino Kubitschek, o documento promete, sem detalhar como será executado, recuperar 10 milhões de empregos, revisar a Constituição Federal de 1988, unificar impostos federais em torno do ICMS Nacional Compartilhado, reformar a previdência e o sistema político, entre outros pontos.

"Eles discutem em cima de tempo de TV e de ocupação de cargos. Quero ver conversar em cima de ideias. As minhas já estão prontas", afirmou Rabello de Castro, novamente atacando o conjunto de partidos que forma o Centrão.

O presidenciável ainda insinuou que o pré-candidato do PSL Jair Bolsonaro copia seu plano econômico. Disse que assessores do deputado federal e militar da reserva costumam ir a eventos onde palestra para ouvir suas propostas. "É bom que eles copiem mesmo. Quem sabe assim ele (Bolsonaro) se educa", atacou.

O MDB de Pernambuco é um opositor histórico do PT, antes mesmo do rompimento do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) encabeçado por lideranças emedebistas. Apesar disso, o presidente estadual da legenda, vice-governador Raul Henry, não acredita que seja incoerente a possibilidade dos dois partidos estarem juntos no mesmo palanque estadual. 

“Não [é incoerente]. Temos dois planos nesta eleição. No estadual temos convergência em torno da candidatura de Paulo, o PT não se definiu ainda, mas já neste conjunto de partidos que são aliados há vários projetos presidenciais, tem Ciro Gomes, no PDT; Manuela com o PCdoB; Aldo com o Solidariedade. Há várias ideias sobre o Brasil e dentro desta aliança todos convergindo para a postulação de Paulo”, afirmou o vice-governador, em conversa com o LeiaJá

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O MDB é aliado de primeira hora do PSB, do governador Paulo Câmara, que vem travando diálogo com o PT para que seja retomada a aliança entre os dois partidos. A legenda emedebista é dona de duras críticas contra lideranças nacionais petistas, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do partido à Presidência da República.

Resultado da judicialização 

Raul Henry também comentou o processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a dissolução do diretório estadual, comandado por ele. “Estou muito confiante na justiça e com muita convicção sobre o nosso direito, não demos nenhuma causa para sofrer o processo de dissolução. Estamos com nossa causa já no Supremo, dois ministros já se colocaram ao nosso favor. Estamos muito confiantes, quando o ministro Lewandowski levar o assunto à segunda turma do STF teremos um pronunciamento a nosso favor e pretendemos fazer nossa convenção no dia 20 de julho, primeiro dia do prazo, para confirmar nossa posição política”, afirmou.

A briga de Henry pela direção da legenda é contra o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) que também buscou liderar o partido, com o objetivo de concorrer ao Governo de Pernambuco contra Paulo Câmara, mas não obteve êxito.  

O processo judicial, segundo Henry, não vai prejudicar o desempenho eleitoral do MDB este ano. “Poderia prejudicar se houvesse uma posição contrária a nós na justiça. Nosso direito é líquido e certo. Falaram que estávamos impedindo o partido de crescer, mas não colocamos obstáculos para a entrada de ninguém, inclusive, tenho plena convicção de que vamos estar inteiros e com todas as prerrogativas”, ressaltou o vice-governador. 

O presidente Michel Temer avisou a dirigentes do MDB que não disputará a reeleição e está à procura de um candidato para aglutinar o chamado centro político na campanha. A primeira conversa mais concreta neste sentido ocorreu nesta terça-feira, 8, quando Temer se encontrou com o ex-ministro da Indústria e Comércio Exterior Marcos Pereira, presidente do PRB, destaca o jornal O Estado de S. Paulo.

Temer já havia assegurado que não tentará novo mandato ao participar, no último sábado, do lançamento da pré-candidatura do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, ao governo paulista. Desde então, intensificou as articulações em busca de um concorrente.

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Na manhã desta terça, por exemplo, quase ao mesmo tempo em que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa anunciava a desistência de disputar o Palácio do Planalto, Temer se reunia com o chefe do PRB para tratar do cenário eleitoral.

O pré-candidato do partido é o empresário Flávio Rocha, dono das lojas Riachuelo. Com perfil liberal e ligado à Igreja Sara Nossa Terra, ele também tem mantido diálogo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e com o senador Alvaro Dias (PR), do Podemos, ambos presidenciáveis.

Interlocutores de Temer dizem que as conversas com o PRB começaram a avançar. Uma dobradinha entre o MDB e o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin - tendo o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como vice de uma chapa liderada pelo tucano - ainda é vista com ceticismo no Planalto.

Nos bastidores, dirigentes do MDB lembram que foi o ex-prefeito João Doria (PSDB) quem estimulou essa aliança, na tentativa de tirar de Skaf a candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. No arranjo proposto, Skaf concorreria ao Senado na chapa de Doria. O presidente da Fiesp, porém, recusou a oferta. Meirelles, por sua vez, disse a Temer que não quer ser vice, muito menos de Alckmin.

Uma ala do PSDB prega a união com o MDB por estar atrás do seu maior dote: o tempo de TV na propaganda política. Até agora, no entanto, Alckmin resiste a defender o que no Planalto se chama de "legado" do presidente.

Equipe

O tucano comandará nesta quarta-feira, 9, reunião da Executiva do PSDB, em Brasília, na qual será apresentada sua equipe de campanha. Ex-presidente do Banco Central, Persio Arida coordenará o programa econômico.

Em conversas reservadas, emedebistas observam que Alckmin tem tudo para ser o Ulysses Guimarães dessa eleição. Trata-se de uma referência ao ex-presidente do então PMDB que, na disputa de 1989, sem apoio de seu próprio partido, terminou em sétimo lugar, com menos de 5% dos votos. Nas últimas pesquisas de intenção de voto, o tucano aparecia atrás de Barbosa.

"Engana-se quem pensa que o quadro ficará assim. O Geraldo vai crescer, não temos dúvida disso", afirmou o deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Rachado, o PSB ainda não decidiu quem apoiará na eleição, embora o governador de São Paulo, Márcio França, defenda o aval a Alckmin. "De qualquer forma, essa eleição é diferente das outras e transferir votos será uma tarefa muito difícil", comentou Tripoli.

No centro do debate eleitoral, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles deve anunciar, nos próximos dias, o desembarque do cargo e ingressar no MDB. A informação vem circulando nos bastidores do Palácio do Planalto, depois de conversas do presidente Michel Temer (MDB) com o ministro. Temer teria oferecido a vaga de vice, na chapa liderada por ele, a Meirelles. 

A estratégia traria uma chapa pura do MDB para a disputa. Apesar disso, entre os auxiliares de Meirelles há quem acredite no recuo do presidente diante da reeleição e a chapa seja comandada pelo titular da Fazenda.

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Para concorrer a algum cargo eletivo, Henrique Meirelles precisa deixar o cargo até o dia 7 de abril, prazo máximo para a desincompatibilização, de acordo com o calendário da Justiça Eleitoral. Entre os indicados para substituir o chefe das articulações econômicas do país, estão Eduardo Guardia ou Mansueto Almeida.

Em recentes discursos, Henrique Meirelles tem tratado de fazer afagos a Temer, mas também destaca a sua atuação para a recuperação da economia do Brasil, o que faz com que seu protagonismo seja ainda mais reconhecido. 

Em Pernambuco, na última sexta-feira (23), o ministro chegou a dizer que durante as gestões do PT o Brasil viveu um período de crescimento chamado de "voo de pato", costumeiramente baixo e sem sustentação, mas agora estão sendo aplicadas "políticas sólidas" que garantem, segundo ele, uma estabilidade maior.

Na próxima quarta (28), ele volta ao estado para uma agenda com o Grupo de Líderes Empresariais em Pernambuco (Lide-PE), no Recife. Meirelles vai abordar as “conquistas da economia e os desafios para 2018”, durante um almoço-debate com cerca de 150 empresários. 

Com mudanças na legislação eleitoral, principalmente no quesito financiamento de campanha, a primeira semana da janela partidária deste ano foi marcada por articulações entre dirigentes das legendas e os deputados estaduais e federais em Pernambuco. Os parlamentares têm até o dia 6 de abril para mudar de partido sem sofrer punições, eles buscam garantias eleitorais antes de mudar de legenda. 

Da bancada federal, até agora o PSB perdeu dois deputados: Marinaldo Rosendo, primeiro a efetivar a mudança, seguiu para o PP e João Fernando Coutinho migrou para o PROS, onde passará a comandar a legenda no estado. Outros dois - Severino Ninho e Gonzaga Patriota - também estudam sair da sigla, mas ainda não definiram para que partido seguirão. 

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Enfrentando uma disputa interna, que ganhou capítulos judiciais, sobre quem vai presidir o partido se o senador Fernando Bezerra Coelho ou o vice-governador Raul Henry, o MDB também pode perder espaço na bancada. O deputado Kaio Maniçoba, licenciado por estar à frente da Secretaria Estadual de Habitação, está ensaiando um desembarque do partido. E o deputado Fernando Monteiro (PP), fiel defensor do governo do presidente Michel Temer, que pretendia migrar para a legenda emedebista ainda está inseguro com a situação interna e não definiu para que partido vai. 

O tucano Daniel Coelho é outro quadro que segue indefinido, mas já deu sinais de que deixará o PSDB. Nesta semana, inclusive, ele fez enquetes nas redes sociais para indagar seus eleitores se ele deveria ou não trocar de partido. A maioria opinou que sim. A expectativa é de que Coelho ingresse no PPS, que vem firmando parcerias com movimentos como o Acredito, para a disputa eleitoral deste ano. Daniel é defensor da renovação política e neste sentido o PPS estuda se transformar no Movimento 23. 

Expulso do PDT por votar em favor da reforma trabalhista, o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca também não decidiu ainda em que partido se abrigará. 

Já na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o deputado Jadeval Lima foi o primeiro a efetivar a mudança partidária e deixou o PDT para se filiar ao PMN. Na lista do troca-troca, quem também já firmou o rumo que tomará foi Álvaro Porto. Ele deixou o PSD e voltará para o PTB. 

O PSB também deve ter perdas no âmbito estadual, os deputados Vinícius Labanca (PSB) e Marco Antônio Dourado avaliam propostas de outras legendas. Labanca deve ingressar no PP, que é comandado em Pernambuco pelo deputado federal Eduardo da Fonte, aliado político do pessebista em alguns redutos eleitorais. 

O presidente da Casa Joaquim Nabuco, Guilherme Uchoa também está na lista dos que devem mudar de partido, ele anunciou que deixará o PDT por falta de espaço para que o filho dispute uma vaga de deputado federal. Uchoa recebeu convite para ingressar no PSC, presidido no estado pelo deputado André Ferreira, mas aguarda um posicionamento de Uchoa Filho. 

Tais mudanças recebem influencia direta da disposição das legendas na disputa eleitoral. Na Frente Popular de Pernambuco, por exemplo, já há uma divisão e foi criada uma chapinha por PP, PDT, PCdoB e Solidariedade com a intenção de garantir vagas na Câmara e na Alepe. Do outro lado, o tradicional chapão tem até o momento PSB, PR e PSD confirmados.

O PROS, agora de João Fernando Coutinho, deve seguir para  chapinha; o PSL aguarda definir se terá palanque próprio para endossar o nome do presidenciável Jair Bolsonaro, já o PPS, PMN e o PSC estão sendo cortejados pela oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). 

Enquanto o MDB aguarda a definição de intervenção ou não na direção estadual, caso Henry se mantenha na liderança o partido vai endossar o chapão, mas se Fernando Bezerra Coelho assumir o comando, a sigla vai compor o palanque de oposição a Frente Popular que, até o momento, está sendo composto por DEM, PTB, PSDB, PV, Podemos, PRB e PRTB.

Depois de afirmar que dependia apenas da confirmação do PDT para consolidar uma candidatura às eleições deste ano, Túlio Gadêlha (PDT) disse que a legenda precisa “se conectar com novos atores” e anunciou que estava indo para Brasília conversar com o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. Em 2014, ele concorreu como deputado federal.

“Precisamos reduzir o abismo existente entre os partidos políticos e as pessoas. Não tenho dúvida que a crise de representação que vivemos no Brasil tem início nas esferas de organização partidária”, salientou, em publicação no Instagram. “Em alguns Estados o PDT precisa abrir para se conectar com novos atores e se aproximar daquilo que se propõe a ser, um instrumento de transformação social”, acrescentou.

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Sob a ótica de Gadêlha, para que esta renovação aconteça é necessário “que se estabeleça um mínimo pacto democrático” e destacou que “estamos em 2018 e se foi o tempo de partidos com donos”. 

“A base da democracia é o respeito às divergências e o convívio com as diferenças. Com esse sentimento de mudança sigo para Brasília para dialogar com o presidente Carlos Lupi, na construção de um PDT mais aberto, oxigenado, popular, dinâmico e sem dono, o verdadeiro PDT de Brizola”, disse. “Porque a renovação política não pode se limitar a mudança de nomes, mas de novas práticas”, completou.

Túlio Gadêlha foi presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária do Estado de Pernambuco (Iterpe) por menos de dois meses e depois que deixou o cargo tem protagonizado algumas polêmicas com críticas diretas as tratativas partidárias do governo de Paulo Câmara (PSB), entretanto, ele ganhou fama antes disso por assumir o namoro com a apresentadora Fátima Bernardes. 

O PT argumenta que uma eventual reaproximação com o PSB tem um objetivo nacional, para endossar o palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral em outubro, mas nos últimos dias tem ficado evidente que as articulações para isto estão sendo encabeçadas por lideranças pernambucanas, o que deixa intrínseca a ampliação da aliança para o Estado. Na última quinta-feira (15), o retrato disso ficou claro, quando o governador Paulo Câmara, a ex-primeira-dama Renata Campos e o filho dela, que é chefe de gabinete de Paulo, João Campos, todos do PSB, estiveram em São Paulo para um encontro com Lula. 

O gesto vai além do que oficialmente eles falaram sobre o encontro - de que o momento foi apenas de retribuição e gratidão a uma visita feita pelo petista à família Campos quando esteve no Recife, ano passado, e por declarações recentes de admiração a Eduardo e ao PSB de Pernambuco - já que admitiram ter conversado "sobre o cenário político brasileiro e a responsabilidade do PT e do PSB com o futuro do país”, segundo eles, independente de alianças eleitorais. 

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Apesar da pregação de afinidade independente de alianças, a legenda pessebista vem sendo cortejada por Lula para endossar seu palanque na disputa presidencial e, consequentemente, por Paulo Câmara para o pleito estadual. A postura tem dividido os dois partidos, já que no âmbito nacional membros do PSB defendem candidatura própria e no local, lideranças do PT querem o mesmo.

Pré-candidata a governadora pelo PT, a vereadora Marília Arraes chegou a dizer depois do encontro, em um áudio que circula nas redes sociais, que está na luta "para disputar e ganhar a eleição". Segundo ela, "o PT de Pernambuco não vai ser tábua de salvação para governo ruim". Governo este que já na avaliação do ex-prefeito do Recife, João Paulo, não precisa ser modificado para que sejam recuperadas as conquistas do povo. 

“A razão principal do PT nesta política é a eleição dele para presidente da República, então não é mudando o governo daqui [de Pernambuco] que o povo vai reaver suas perdas de emprego, salário, saúde educação”, salientou, em entrevista recente ao LeiaJá. João Paulo, inclusive, já é cotado para vice-governador na chapa. 

Do outro lado, Paulo Câmara ainda permanece pregando que é cedo para firmar alianças visando Pernambuco. “Nós estamos desde o ano passado conversando com todas as forças políticas de centro esquerda no País. Fizemos uma visita ao presidente Lula, até porque ele tinha nos visitado no ano passado e conversamos sobre o Brasil. Ainda é muito cedo para ver alianças aqui em Pernambuco, mas a gente sabe o caminho que a gente quer tomar e o caminho que a gente não vai tomar”, pontuou, na última sexta-feira (16), depois de voltar de São Paulo. 

Além de Lula também participaram daquela reunião o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR). Os dois já se mostraram  favoráveis ao realinhamento dos partidos. Assunto que Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB, já prometeu que levaria para o diretório pessebista e deve deixar o banho-maria em até maio, quando as alianças serão definidas.

A construção de uma aliança para a disputa pela Presidência da República foi o prato principal do almoço entre o pré-candidato Ciro Gomes (PDT) e o governador Paulo Câmara (PSB), nesta terça-feira (23), no Recife. Gomes vem cortejando o PSB para integrar o palanque pedetista na corrida eleitoral em outubro e reforçou o apelo a Câmara, que é vice-presidente nacional da legenda. O governador, por sua vez, comprometeu-se a levar o pleito para o diretório nacional. 

“Conversamos sobre todas as questões de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil. Na medida que temos muitas afinidades e, evidentemente, o governador tem suas responsabilidades, eu apenas renovo a ele o apelo para que possa me ajudar a montar uma alternativa para o nosso país”, destrinchou Ciro Gomes, em conversa com jornalistas, depois do encontro que durou cerca de duas horas. “Ele me ouviu com muito carinho”, acrescentou, ao ser indagado sobre a resposta de Paulo ao seu pedido.

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Antes de travar um diálogo com Paulo Câmara, Ciro também já havia conversado com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Ao comentar a falta de resposta da legenda sobre o apoio, o presidenciável disse que era paciente. “O PSB está num processo de refundação, de reconciliar com seus valores históricos. É um partido que tem 70 anos e uma larga folha de serviços prestados ao Brasil, perdeu um dos seus maiores quadros na história e um velho querido amigo, hoje ainda me emocionei lembrando daquele momento triste em que levamos a última morada o Eduardo Campos, e eles estão conversando. É preciso ter paciência e eu tenho toda paciência do mundo”, salientou.

Ciro ponderou que “se o PSB se unir ao PDT damos ao pensamento progressista brasileiro alternativa muito generosa para o futuro do país”. O pensamento do pré-candidato foi corroborado por Paulo Câmara. Para o governador, os partidos mais convergem do que divergem.

“Ciro Gomes é um quadro nacional de respeito, tem uma folha de serviços prestados ao país e estamos conversando. O PDT e o PSB tem mais convergências do que divergências. O Brasil exige, este ano, uma capacidade de diálogo, sentar à mesa e conversar na busca de um projeto de centro-esquerda que possa fazer com que o Brasil volte a crescer e gerar emprego”, observou, deixando claro que vai levar o resultado da conversa que tiveram para a nacional durante o congresso que está marcado para março.

"Ciro Gomes está preparado para exercer um papel de liderança em 2018. Ele conversa sobre todos os temas com muita propriedade. Saímos muito animados [da conversa]. O PSB vai procurar encontrar seu caminho em valores dos quais Ciro tem muitos", completou Paulo Câmara. 

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Além deles, também participaram do almoço o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB); o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi; o presidente da sigla em Pernambuco, deputado federal Wolney Queiroz; o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz (PDT), que é cotado para ocupar uma das vagas na disputa pelo Senado na chapa da Frente Popular em Pernambuco; e secretários estaduais, como o de Planejamento e Gestão, Marcio Stefanni, e o de Agricultura, Wellington Batista (PDT). 

Durante a passagem por Pernambuco, Ciro Gomes também foi apresentado aos resultados anuais do governo. Ele ainda chegou a elogiar Paulo Câmara e dizer que “este é momento para que o desavisado dê o devido valor” as ações da gestão estadual. 

Terminou por volta das 13h30, deste sábado (20), a reunião do presidente Michel Temer com os ministros da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Mendonça, e da Justiça, Torquato Jardim, e com o subsecretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha.

encontro começou pouco após as 10h, no Palácio da Alvorada. De acordo com o Palácio do Planalto, durante a reunião foram tratados “assuntos de natureza jurídica”.

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Neste sábado (20), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu a decisão da 4ª Vara Federal de Niterói que impedia a posse da deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho. A decisão foi tomada pelo vice-presidente do tribunal, ministro Humberto Martins.

Na sexta-feira (19), a defesa do presidente Michel Temer enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que pede que o inquérito no qual ele é investigado seja logo enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o órgão solicite o arquivamento das investigações por falta de provas. No pedido, o advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz, apresentou diferentes pareceres de diversos órgãos do governo, entre eles da Secretaria dos Portos e do Ministério dos Transportes, atestando que a empresa Rodrimar não se beneficiou com a publicação do Decreto 9.048/2017, conhecido como Decreto dos Portos.

A rearrumação eleitoral dos partidos para a disputa deste ano em Pernambuco tem sido marcada por quebras de alianças, retomadas de outras e até mesmo alinhamentos inéditos. Mas um casamento antigo, entre PSB e PT, que foi dissolvido no estado desde 2013, quando Eduardo Campos anunciou na época que concorreria à Presidência da República, vem atraindo a atenção política. Nos bastidores, há quem diga que os dois partidos trabalham por um realinhamento mirando na disputa estadual em outubro. 

O PSB visando unir forças e tentar garantir a permanência no comando do governo com Paulo Câmara e o PT sob a ótica de ampliar as possibilidades de retomar o protagonismo no legislativo. Desde 2014, a legenda não ocupa nenhuma cadeira na bancada pernambucana da Câmara Federal, perdeu a disputa pelo Senado - o mandato de Humberto Costa encerra em dezembro, ficando sem representatividade -  e tem apenas duas vagas na Assembleia Legislativa (Alepe). 

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Apesar das pretensões internas, a reabertura do diálogo entre pessebistas e petistas, entretanto, tem entraves como por exemplo: o destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que mesmo sendo ainda o maior puxador de votos do Nordeste, pode ter que cumprir 9 anos e 6 meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção na Lava Jato. O julgamento da sentença, em segunda instância, está marcado para a próxima quarta-feira (24), em Porto Alegre. Se for condenado isso pode pesar negativamente em um palanque estadual. 

“O PSB vai esperar o resultado do julgamento de Lula para intensificar ou não as articulações, mas a expectativa que temos é de aliança com o PT”, detalhou um deputado pessebista à nossa reportagem em reserva. “Tem resistência nos dois partidos, mas acredito que a reaproximação vai acontecer”, acrescentou. 

Direções dos partidos são ponderadas

As conversas de bastidores, entretanto, são negadas pelo presidente estadual do PT, Bruno Ribeiro. Segundo ele, há um alinhamento nacional entre PT e PSB para combater o governo do presidente Michel Temer (MDB), mas em Pernambuco “não tem havido articulação entre PT e PSB desde a época de Eduardo”.  

“É especulação pura. Em Pernambuco temos por três vezes, desde junho do ano passado, reafirmado por unanimidade [em reuniões do diretório estadual] a decisão de apresentar uma candidatura própria e um projeto de que possa oferecer uma saída aos empasses do governo atual, que estabeleceu uma situação de retrocesso para o Estado”, disse em conversa com o LeiaJá.  “Estou reafirmando o que é óbvio: perdemos a eleição em 2014, mas somos oposição ao governo. Somos oposição ao governo, não está havendo conversas em Pernambuco”, acrescentou. 

Segundo o presidente, o PT tem três pré-candidatos a governador e entre março e abril “um deles ou outro” deve ser escolhido. “Marília [Arraes], Odacy Amorim e o militante José de Oliveira já se colocaram para a disputa. Esse debate vai ser feito de uma maneira democrática e madura, vamos escolher entre março e abril um deles ou algum outro”, disse. “Marília tem mais adesão pública e até dentro do próprio PT pela postura que tem adotado”, acrescentou.  

Para Bruno, o alinhamento nacional “é uma outra dimensão”. “O PSB mudou seu posicionamento em relação ao governo Temer, o PSB que participou no início do governo Temer e votou pelo impeachment, então é natural que os partidos e as forças que fazem oposição a Temer para lutar contra a reforma da previdência tem que conversar. O PT, PSB, PDT e PCdoB tem tido conversas nacionalmente. É uma questão ligada o plano nacional. É importante que a oposição ligada ao presidente esteja unida”, salientou. 

Já o presidente estadual o PSB, Sileno Guedes, disse que “se houver algum avanço de indicativo dessas alianças a nível nacional do PT não tem nenhum problema [dividir o palanque estadual com o PT]”. 

“O PSB tem conversado com o PT, PDT, PCdoB e diversas forças políticas que estão preocupados com o momento que o Brasil. Temos uma história de alianças com o PT independentemente dessa questão do presidente Lula [julgamento no TRF]. Neste momento não existe nenhum indicativo de aliança local, até porque é o momento dos partidos dialogarem. Hoje os movimentos que estamos fazendo não são para compor chapa”, salientou o dirigente pessebista. 

Também segundo conversas de bastidores, uma chapa já estaria sendo montada com os dois partidos unidos e tendo o PSB na majoritária com Paulo Câmara e o PT no Senado disputando com Humberto Costa a reeleição ou o ex-prefeito João Paulo. “Não tem nada disso. A única coisa que tem fechada nesta chapa é a presença do governador Paulo Câmara na disputa pelo governo”, garantiu. 

Sileno Guedes não descartou totalmente a possibilidade de ter o PT no mesmo palanque e lembrou que o PSB vai tentar atrair para Frente Popular todos os partidos que estejam no “campo da esquerda democrática”. Além disso, ele ponderou ainda que o eixo principal das articulações não será baseado, por exemplo, no tempo de televisão que Paulo Câmara terá disponível na campanha.  

O Democratas (DEM) pode liderar uma chapa para disputar, pela primeira vez, o comando da Presidência da República. A tese vem sendo reforçada nos últimos dias, com as articulações para o credenciamento do nome do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (RJ), para a corrida em outubro. O DEM, que é a nova roupagem do antigo PFL desde 2007, esteve presente em duas eleições gerais e nelas firmou apenas aliança com o PSDB. Na primeira, em 2010, ocupou a vaga de vice de José Serra, com Índio da Costa, já em 2014 esteve na base aliada do senador Aécio Neves.

Ainda como PFL, desde o início da nova república, o partido concorreu apenas uma vez ao cargo de presidente, com  Aureliano Chaves em 1989. Nas eleições de 1994 e 1998, aliada dos tucanos, conquistou a vaga da vice-presidência de Fernando Henrique Cardoso, com o pernambucano Marco Maciel. Já em 2006, tendo o também pernambucano José Jorge na vice, não obteve êxito com a postulação de Geraldo Alckmin, atual governador de São Paulo que, inclusive, também estuda participar da eleição presidencial este ano.

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A expectativa de reedição da aliança com os tucanos, no entanto, tem sido deixada em segundo plano desde que o próprio Maia admitiu ser um dos “três ou quatro nomes” democratas viáveis para  o pleito. Nos bastidores, comenta-se que o presidente da Câmara, inclusive, já iniciou conversas com o PP e o Solidariedade, para angariar apoios. Além disso, Maia vem se movimentando para legitimar a sua liderança política, desta vez, mirando na reforma da Previdência.

Em discursos oficiais e entrevistas, Maia diz que ainda é cedo para tratar sobre eleições e reforça a necessidade de debater a matéria que atualiza as regras previdenciárias e será colocada em votação na Câmara em 19 de fevereiro.

“Não está na hora de tratar de eleição, temos uma agenda de votações ainda na Câmara que são fundamentais para o futuro do Brasil. Não adianta estarmos preocupados com eleição se a gente não conseguir superar esta distorção enorme começando pelo sistema previdenciário e tributário”, disse o parlamentar, em passagem recente pelo Recife. Na ocasião, uma cena chamou a atenção. Ele foi chamado de “candidato” pelo deputado federal SIlvio Costa (Avante), mas preferiu levar em tom de brincadeira.

No DEM, lideranças da legenda já veem o presidente da Câmara como alternativa viável para a disputa. “Na construção de uma candidatura presidencial, o nome natural do partido é Rodrigo Maia. Ele se credenciou como presidente da Casa no segundo mandato, tem tocado a agenda das reformas que estão possibilitando recuperação econômica do Brasil. Hoje o foco do Rodrigo e a principal prioridade dele é a agenda de reformas”, disse o ministro da Educação e presidente do DEM em Pernambuco, Mendonça Filho.

Ex-governador de Pernambuco, Gustavo Krause considerou as movimentações de Rodrigo Maia como “previsíveis e naturais”. “É natural que partidos do centro busquem seus espaços, a movimentação dele é legítima e reflete a importância que ele vem assumindo no cenário político”, salientou, ponderando que as pré-candidaturas já postas - do ex-presidente Lula (PT) e do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) - são “populistas”. “O país precisa de serenidade, essas candidaturas de centro vão buscar isso”, acrescentou Krause.

Questionado se via possibilidade reais de disputa e se a participação no pleito fortaleceria o partido, Krause fez uma avaliação positiva. “É preciso jogar, para ganhar e fortalecer o time, na política é exatamente assim”, frisou.  

Chapa pura ou aliança?

Rodrigo Maia tem mantido conversas com o PP e o Solidariedade para uma eventual aliança, mas Geraldo Alckmin também não descartou ainda ter o Democratas no seu palanque. Diante da incerteza, também passou a surgir rumores de que o DEM venha a lançar uma chapa pura para o Planalto. Sendo ventilado, inclusive, o nome de Mendonça Filho para vice.

Neste aspecto, Gustavo Krause disse que os dois tem “densidade no ponto de vista político e eleitoral”. “São hoje expressões nacionais. De um lado o presidente da Câmara, que tem um protagonismo evidente, e de outra parte um ministro que tem tudo um desempenho reconhecido nacionalmente. São postulações legítimas que ocupam o espaço e vai se vendo ao longo do tempo, a minha expectativa é que o centro político tenha mais de uma candidatura”, soltou, descartando aliança com o PSDB.

Se terá candidato a presidente ou não, o DEM deve definir isso na convenção nacional marcada para o dia 6 de fevereiro. A expectativa é de que o nome de Rodrigo Maia não seja lançado, mesmo se a sinalização por participar do pleito seja positiva, mas a tendência é que o presidente da Câmara já afira sua aceitação partidária com um discurso efusivo.  

De olho em 2018, as direções estaduais da Rede Sustentabilidade e do Partido Verde se reuniram para debater táticas de como as legendas vão se apresentar no próximo pleito. A eleição será crucial para a sobrevivência dos partidos, já que eles precisam superar a cláusula de barreira, aprovada recentemente no Congresso Nacional. O assunto foi um dos principais pontos do encontro que aconteceu na noite dessa quarta-feira (27).

"A eleição de deputados federais é uma das nossas prioridades, pois se os partidos políticos não conseguirem eleger pelo menos 9 deputados federais ou não atingirem o percentual de 1,5% do total de votos para a Câmara Federal, em 2018, não terão acesso à propaganda partidária nem ao fundo partidário e seus candidatos não poderão participar de debates", argumentou Roberto Leandro.

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Apesar de os dois partidos já sinalizarem para o lançamento de candidaturas próprias ao Governo do Estado e ao Senado Federal, o presidente do PV, Carlos Augusto Costa, alega que isso não impede as conversações. "O PV e a Rede são parceiros em muitas lutas e têm afinidade programática e ideológica. Portanto, é natural sentarmos para debater a construção de um projeto de desenvolvimento sustentável para o estado e para o país", afirmou Carlos Augusto Costa. Os partidos devem voltar a se reunir em janeiro.

Líder da oposição no Senado, Humberto Costa (PT) criticou as articulações do presidente Michel Temer (PMDB) para conquistar a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Segundo o senador pernambucano, o governo Temer “investe contra os aposentados e pensionistas brasileiros ao aumentar a idade mínima para a aposentadoria, acabar com o regime previdenciário próprio dos servidores públicos e elevar o tempo de contribuição”. 

Humberto classificou as mudanças como “medidas inadmissíveis”, questionou a falta de discussão com a sociedade e comparou o presidente com animais como asno, jumento e jerico. 

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“Afogado em denúncias, asfixiado pela rejeição popular e com uma base mantida à custa do saque do dinheiro do brasileiro, esse presidente golpista insiste em aprovar uma reforma que vai destruir a segurança de uma velhice tranquila. É um governo de asnos, jericos e jumentos, a começar pelo presidente da República”, afirmou Humberto. "E quero aqui, aliás, me desculpar com esses animais, que não merecem esse tipo de comparação", complementou.

De acordo com Humberto Costa, mais de R$ 20 milhões do orçamento da União foram gastos em uma campanha de publicidade classificada por ele como “mentirosa” para convencer os brasileiros da necessidade da reforma da Previdência. Para Humberto, as peças publicitárias “são cretinas e elegem os servidores públicos como inimigos da população, sendo que uma delas diz: tem muita gente no Brasil que trabalha pouco, ganha muito e se aposenta cedo”. 

“Quem fala essa atrocidade é o governo de um presidente que se aposentou aos 55 anos sem nunca ter pegado no pesado e, hoje, ganha R$ 33 mil por mês. É mais um ato calhorda de uma gestão moribunda”, atacou. O líder da Oposição reconheceu ainda que o sistema previdenciário brasileiro “está longe de ser perfeito e deve ser corrigido, mas esse é um trabalho que não pode ser feito sem a participação de todos os setores sociais”.

Diante das conversas que circulam nos bastidores do Palácio do Campo das Princesas para que o PP conquiste espaço no primeiro escalão estadual, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou, nesta sexta-feira (17), que a possível ida da vereadora Michele Collins (PP) para o comando da Secretaria de Desenvolvimento Social, Infância e Juventude não está definida. O nome da parlamentar, segundo o governador, é apenas especulação da imprensa.

“Vocês que estão dizendo. As conversas com o PP continuam, mas não tem nada definido em relação ao nome da vereadora Michele Collins, é pura especulação”, afirmou em conversa com jornalistas depois da cerimônia em que assinou projetos de lei que atendem a segurança pública estadual com, por exemplo, a criação do 2º Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (2º BIEsp), em Petrolina, no Sertão de Pernambuco. 

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Indagado sobre como avaliava a manifestação de movimentos sociais contrários a possibilidade de ter a religiosa à frente da pasta, Paulo Câmara ironizou. “Vocês botam o nome, mas não combinaram comigo”, disse. Depois que o nome de Michele Collins começou a ser alçado para a secretaria, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente anunciou que faria protestos contrários a isso. Eles ficaram de entregar, na manhã de hoje, uma carta  para a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) se repudiando a possibilidade.  

O apresentador Luciano Huck encontrou recentemente com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, para discutir o cenário do país e uma eventual aliança, caso a postulação dele a presidente vingue. A informação foi divulgada, nesta terça-feira (7), pela colunista Mônica Bergamo. 

Segundo a publicação, interlocutores de Huck revelaram a intenção do apresentador de se cercar de notáveis com a concretização da candidatura. Barbosa também vem sendo cortejado por partidos como a Rede Sustentabilidade e o PSB para disputar o cargo. Nos bastidores, comenta-se que Huck pode convidar o ex-ministro para compor o primeiro escalão. 

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Luciano Huck ainda não teria definido se entraria na disputa ou não. Ele vem sendo sondado pelo PPS. O presidente da legenda, Roberto Freire, inclusive, já chegou a se manifestar sobre o assunto e admitir que teria convidado o apresentador. 

A articulação dos partidos de oposição para o embate contra o PSB nas eleições de 2018 tem ficado cada vez mais evidente. Ao participar da convenção do PSDB de Pernambuco nesse domingo (5), lideranças como o senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB), o advogado Antônio Campos (Podemos) e a deputada estadual Priscila Krause (DEM) não pouparam críticas ao governador Paulo Câmara, que disputará a reeleição no próximo pleito.

Durante um discurso incisivo, Fernando Bezerra Coelho destacou a importância da unidade da oposição para construir uma alternativa política à atual gestão e lembrou que nos últimos três anos o Estado investiu metade que a Bahia e menos que o Ceará em ações e infraestrutura. 

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“O Estado precisa de outro ritmo, Pernambuco precisa acelerar seus projetos. Falta projeto, falta ousadia e falta coragem, para poder assumir as posições que possam dar a Pernambuco o protagonismo que ele merece. É hora de construir propostas, sem ódio e sem paixões. É hora de unir os melhores, para que possamos estar à altura do desafio que a história nos impõe”, cravou.

Seguindo a mesma linha, Priscila Krause ponderou que o atual modelo de gestão “esgotou”. "A gente não precisa ser cientista político para identificar o quão frágil são as lideranças que tomam conta hoje de Pernambuco e as condições nas quais o Estado se encontra. Desde as condições das estradas, passando pela saúde, chegando àquilo que sentimos todos os dias ao colocar o pé fora de casa, que é a questão da violência e da falta de segurança. Isso tudo só reafirma o que buscamos aqui: uma união de forças que possam se contrapor a isso que está hoje em Pernambuco”, disse. 

“Esse modelo esgotou, chegou à fadiga de material, até porque o material não é de boa qualidade. E esse palanque aqui, essas pessoas que aqui estão, reúnem maturidade política, respeitabilidade, credibilidade, serviços prestados ao estado e ao país e muita competência", acrescentou, fazendo menção a uma união do PSDB, DEM, PTB, PMDB e Podemos para a disputa.

O irmão do ex-governador Eduardo Campos também endossou a unidade. "Neste momento precisamos ter diálogo, precisamos construir convergências, porque é possível sim construirmos um Pernambuco mais forte. Nosso Estado pode muito mais. Vamos discutir ideias, vamos fazer uma agenda para Pernambuco, pois tenho convicção de que o palanque das oposições sairá vencedor", frisou. Na ocasião, o PSDB anunciou a pré-candidatura do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, a governador. Nos bastidores, comenta-se que caso haja uma unidade concreta e a formação de um palanque entre os partidos opositores, Gomes não deve ter forças para emplacar a postulação majoritária.  

"Não se movimentar e buscar um estilo de vida saudável é extremamente prejudicial. Atualmente, já é possível fazer uma conexão de que, quanto mais tempo a pessoa passa sentada, maior é o risco de mortalidade por doenças ligadas ao peso e à falta de exercícios", afirmou a Profa. Dra. Rita Raman, médica pediatra pela Universidade de Oklahoma, em palestra no Congresso Brasileiro de Nutrologia, que é realizado em São Paulo.

A obesidade está associada a diversas doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares, colesterol, artrite e doenças nas articulações, doenças autoimunes e problemas psicossociais, e paralelamente o sedentarismo é um dos piores fatores.

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Os problemas psicossociais e as dificuldades na farmacoterapia antiobesidade também foram abordados pelo Prof. Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. "Alguns governos ainda não compreendem a importância do tratamento de uma doença crônica, como a obesidade, através de agentes farmacológicos. Uma pessoa hipertensa sem o devido remédio terá crise de pressão alta. O obeso sem o remédio engorda e sofre discriminações", pontua.

Para ele, a comparação é inevitável. "Quantas vezes você já não ouviu: Você engordou, mas nossa, você não estava tomando 'aquele' remédio? Nem sempre a farmacoterapia é indicada, portanto existe a necessidade de um acompanhamento médico especializado".

Para a Prof. Dra. Maria Cristina Jimenez, presidente da Sociedad Paraguaya de Nutrición, o principal é compor uma equipe multidisciplinar para o combate da obesidade. "Médicos nutrólogos, endocrinologistas, cardiologistas, psicólogos e nutricionistas devem compor uma equipe para combater a doença. Uma pessoa que reduz de 5% a 10% promove uma melhora corporal em curto prazo, porém nunca a homeostase energética – o gasto energético que é a interação metabólica que mantém a energia do corpo para sobrevivência em curto e longo prazo – será a mesma entre ex-obesos e magros", diz.

A obesidade e mais outros 60 assuntos relacionados à Nutrologia serão discutidos entre 28 e 30 de setembro, durante o XXI Congresso Brasileiro de Nutrologia, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo.

Com informações de assessoria

Ministro da Educação e presidente do DEM em Pernambuco, Mendonça Filho afirmou, nesta segunda-feira (25), que o partido deve ampliar a bancada na Câmara dos Deputados com a debandada de parlamentares do PSB. Na projeção do pernambucano, a expectativa é de que, no mínimo, nove deputados migrem para a legenda, resultando no salto de 31 para mais de 40 membros. As articulações, segundo ele, já estão praticamente concluídas e o DEM aguarda a reforma eleitoral, em trâmite no Congresso Nacional, para consolidar o processo.

“Aguardamos a definição da nova legislação eleitoral para que possamos ter uma conclusão com parte da bancada do PSB, tendo em vista o posicionamento do partido em termos nacionais. O processo natural de migração já está praticamente consolidado. Esse processo a rigor acontece há alguns meses, parte da bancada do PSB já manifestou sua intenção de deixar o partido”, declarou.

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O DEM, entretanto, não é o único partido de olho nos dissidentes do PSB. O PMDB também está namorando os quadros socialistas e isso tem gerado embates. O ministro, por sua vez, amenizou o desgaste.  “Não está tendo uma briga entre Democratas e PMDB. Há a rigor o processo de migração do PSB para o Democratas que está se dando em clima de entendimento e normalidade”, frisou. Pessebistas de estados como Maranhão, Ceará e Piauí já são dados como certos no DEM. Nos bastidores, empasses em alguns estados se dão por conta do comando do partido, estratégia utilizada pelo PMDB.  

Entre os dissidentes do PSB, está o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, que é um dos cogitados migrar para o DEM. Ele afirmou que “boa parte do PSB sinaliza ir para o DEM quando abrir a janela partidária”, mas não confirmou o rumo que tomará. "Vamos aguardar a janela legal", desconversou. Fernando Filho conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre o assunto, mas não deu detalhes. Os ministros participaram na manhã desta segunda do Fórum do Nordeste 2017, no Recife. 

O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) tem ignorado a reação negativa do PMDB de Pernambuco - diante da sua entrada para o partido - e intensificado as articulações com atores políticos pernambucanos. Enquanto a executiva estadual do PMDB se articula para entrar na Justiça contra uma intervenção nacional para destituir a direção da legenda e dar poderes ao senador, ele encontrou com prefeitos como o de Olinda, Professor Lupércio (SD) e o de Orobó, Cleber Chaparral (PSD), nessa segunda-feira (11). 

Com Lupércio, o encontro foi oficialmente administrativo para tratar de ações do mandato do parlamentar para Olinda, mas nos bastidores a investida dos Coelhos com os prefeitos tem se intensificado depois do início dos planos para a disputa pelo Governo de Pernambuco. O Solidariedade é atualmente aliado do governador Paulo Câmara (PSB) que pretende disputar à reeleição. O partido vem sendo sondado para ingressar da frente de oposição ao pessebista. Um novo encontro entre Bezerra Coelho e Lupércio está marcado para a próxima semana em Brasília. 

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Desde que iniciou os trâmites para a disputa, o clã familiar comandado pelo senador vem se articulando com outros gestores municipais, inclusive do PSB, como o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR).

Nesta terça-feira (12), o diretório peemedebista comandado pelo presidente e vice-governador Raul Henry vai definir quais as estratégias serão utilizadas para tentar barrar a possibilidade do partido passar a ser conduzido pelo senador. No ato da filiação dele ao PMDB, o presidente nacional e senador Romero Jucá (RR) deu uma espécie de "carta branca" para o ex-socialista.   

Mesmo sendo o aliado de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB), que tentará a reeleição em 2018, o PMDB pretende concorrer ao comando estadual. O anúncio foi feito pelo presidente nacional da legenda, senador Romero Jucá, depois de iniciar as tratativas pelo ingresso do clã dos Coelhos no partido. 

"O partido vai ter candidato a governador de Pernambuco", sentenciou Jucá, em entrevista a um jornal local. Ainda não se sabe, entretanto, se quem vai encabeçar a chapa é o senador Fernando Bezerra Coelho ou o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho. Os dois ainda estão no PSB, mas já ensaiam o desembarque da legenda.

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Também havia especulação de que eles, mais o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), fossem para o DEM, entretanto Jucá tratou logo de eliminar a possibilidade. "Já está martelo batido. A decisão está tomada", revelou o presidente do PMDB, descartando a filiação de algum dos Coelhos ao Democratas. 

A investida do líder do governo de Michel Temer no Senado causou reação no Congresso Nacional, já que nos bastidores, o DEM também estava se articulando para que um membro do clã, o ministro Fernando Filho, fosse o candidato do partido ao Governo de Pernambuco. "Vai ter troco", prometeu o deputado Efraim Filho, líder da bancada do Democratas na Câmara, ao saber da tratativa. Segundo ele, a relação com o PMDB, após a interferência, fica "extremamente fragilizada". O partido comanda a Câmara com o presidente Rodrigo Maia (RJ) e o ministério da Educação, com Mendonça Filho.    

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