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Durante evento em Belém do Pará, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que comprar vacinas contra a Covid-19 no ano passado seria uma irresponsabilidade e que o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, "fez o dever de casa".

"Não comprou no ano passado (as vacinas), praticamente, apenas fez muitos contratos, por quê? Precisava passar pela Anvisa. Seria uma irresponsabilidade do governo despender recursos para algo que ninguém sabia o que era", afirmou.

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Além disso, o chefe do Executivo aponta que o Brasil, tirando aqueles que produzem a vacina, é o que mais vacina, em números absolutos, em todo o mundo. Isso é um trabalho que vem lá de trás, do general Pazuello à frente do Ministério da Saúde", pontuou.

O Ministério da Saúde negocia a compra de mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer para imunizar a população contra a Covid-19. O governo já adquiriu o mesmo volume para a campanha contra o novo coronavírus. O primeiro lote, de 1 milhão de doses, deve chegar ao Brasil neste mês.

A nova negociação foi divulgada pela CNN Brasil. O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), confirmou a conversa com o laboratório em suas redes sociais. "A negociação começou há cerca de 20 dias e a pasta busca dar celeridade ao processo", escreveu. A ideia é que as doses deste novo lote cheguem ao País no fim deste ano, com objetivo principal de reforçar a campanha de vacinação de 2022.

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Em entrevista ao Estadão, no fim de março, a presidente da Pfizer no Brasil, Marta Díez, disse que havia espaço para o governo federal negociar a compra de mais vacinas com a empresa. Aplicada em duas doses, a vacina da Pfizer tem eficácia global de 95%. Na população acima de 65, alcança 94%, segundo avaliou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - o imunizante já conta com o registro de uso definitivo expedido pela agência reguladora.

O governo Jair Bolsonaro negou por meses, em 2020, as propostas da Pfizer. As primeiras ofertas eram de 70 milhões de doses, com começo da entrega até mesmo em dezembro.

Para rejeitar esta compra, Bolsonaro classificou como "abusiva" a exigência da empresa, segundo a qual a legislação deveria ser alterada para o governo assumir riscos e custos por eventuais efeitos adversos das vacinas. Trata-se da mesma cláusula colocada por fornecedoras do consórcio Covax Facility, entre outras companhias, como a Janssen.

"Lá no contrato da Pfizer está bem claro: 'Não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema de você'", afirmou o presidente, em 17 de dezembro do ano passado.

MP

Como revelou o Estadão, um dispositivo para destravar a compra foi inserido em minuta da medida provisória 1026/2021, com respaldo do Ministério da Saúde, mas acabou excluído da versão final, publicada em janeiro.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou nesta sexta-feira (16) uma audiência pública para confirmar a intenção de comprar até 176 mil urnas eletrônicas para as eleições de 2022, quando os eleitores votarão para os cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Segundo o TSE, a compra é necessária para substituir urnas que são utilizadas desde 2009 e estão obsoletas. Além disso, a troca será feita para garantir a segurança dos equipamentos. A vida útil de uma urna é de dez anos. 

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Segundo o secretário de Tecnologia do TSE, Giuseppe Janino, as empresas interessadas na licitação deverão ter a responsabilidade de manter o nível de excelência de qualidade dos equipamentos. A urna eletrônica foi utilizada pela primeira vez em 1996. 

“Qualidade e confiabilidade são valores essenciais nessa futura próxima parceria”, afirmou em nota. 

Em julho do ano passado, o TSE homologou um outro contrato, no valor de R$ 799 milhões, com a empresa Positivo, para a compra de 180 mil urnas eletrônicas, ao preço de R$ 4,4 mil cada. Nesse caso, a licitação havia começado em 2019, mas atrasos provocados por contestações entre os concorrentes inviabilizaram a utilização dos equipamentos já nas eleições municipais de 2020.

 

O Ministério da Saúde está com dificuldades para refazer a reserva técnica de remédios do kit intubação, que está praticamente zerada. Esses medicamentos são usados no tratamento de pacientes de covid em estado grave. Nota técnica da pasta do dia 12, obtida com exclusividade pelo Estadão, mostra que o governo tentou comprar doses para seis meses, mas só conseguiu 17% do planejado.

Ontem, o ministro Marcelo Queiroga disse que deve receber mais lotes em até dez dias. Os remédios garantem que o paciente seja intubado sem sentir dor e sem tentar arrancar o tubo em reação involuntária.

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O estoque federal de um dos dez remédios do kit acabou, e os de outros nove estão quase no fim. A responsabilidade de comprá-los costuma ser de Estados, municípios e hospitais. No entanto, o próprio documento determina que, com o risco de desabastecimento nacional, o ministério tem o papel de facilitar as compras. A pasta vem recebendo alertas a respeito há mais de um mês.

Analgésicos, sedativos e remédios que controlam o coração e a circulação pulmonar estão entre os itens que acabaram. O maior estoque é do sedativo Cetamina, com previsão de durar 19 dias. O ansiolítico diazepam dá para mais quatro dias: o hemitartarato de norepinefrina, para mais 24 horas.

Segundo a nota, o ministério vinha mantendo a reserva por meio de pregões de compra de 2020. Agora, destaca a "considerável baixa no estoque" e alerta para a dificuldade de compra no País e no exterior. Procurada, a Saúde não informou o volume ideal da reserva, mas o documento fala em montar estoque para seis meses.

Em reunião com a Casa Civil no fim de março, ficou acertado que a Saúde compraria 186 milhões de doses dos medicamentos, o suficiente para 180 dias. Só foram obtidas, porém, 32,48 milhões de unidades (17%).

Sem estoque

As compras seriam feitas por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Braço das Nações Unidas para o continente, a Opas só conseguirá entregar 14% das 100 milhões de doses demandadas. Queiroga citou ontem a entidade como uma das saídas para normalizar o estoque. No último dia 29, o ministro já havia dito que a entrega, via Opas, levaria 15 dias e normalizaria o abastecimento.

Por meio da ata de registro de preços, o País conseguiu 14,9 milhões de doses, 82% do previsto. Já a tentativa de compra pelo pregão ainda não deu resultado. O governo também recebeu, da Vale, doação de 2,8 milhões de doses de cinco medicamentos.

Para fazer a conta de quantas doses são necessárias por dia, o governo leva em consideração o consumo médio mensal verificado na última semana de março, que foi de 34,3 milhões. Mas os dados de abril, ainda não consolidados, já mostram um aumento no consumo desses medicamentos - sinal de que a quantidade necessária pode ser ainda maior.

Claudio Maierovitch, ex-presidente da Anvisa e médico sanitarista da Fundação Oswaldo Cruz, disse que a dificuldade enfrentada nessas compras pelo Ministério da Saúde acende um "alerta vermelho" para o risco de desabastecimento no País. "A situação está grave porque o ministério não se preparou para a piora da pandemia. A chance de faltar remédios para intubação é grande."

Uma saída possível, diz ele, é comprar remédios de forma direta, sem necessidade de licitação. O rito habitual exige a licitação, mas Maierovitch explica que, em situações emergenciais, pode ser dispensada.

Em nota, o ministério diz já ter distribuído mais de 8 milhões de medicamentos para intubação aos Estados e municípios. Questionada pelo Estadão sobre o tamanho habitual da reserva técnica e se o País corre risco de desabastecimento, a pasta não respondeu.

Chegada de medicamentos

Em nota, o Ministério da Saúde informou que aguarda para esta quinta-feira a chegada de 2,3 milhões de medicamentos para intubação. Os insumos foram doados por um grupo de empresas formado pela Petrobrás, Vale, Engie, Itaú, Unibanco, Klabin e Raízen. Os medicamentos saíram da China nesta quarta e, assim que chegarem ao Brasil, serão distribuídos imediatamente aos Estados com estoques críticos dos insumos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza nesta sexta-feira (16) uma audiência pública sobre a compra de até 176 mil urnas eletrônicas adicionais para as eleições de 2022, quando os eleitores votam para os cargos de presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

A audiência pública é a primeira etapa no processo de licitação, conforme previsto na Lei das Licitações (Lei 8.666/1993). Caso seja concretizada, esta será a segunda compra de urnas eletrônicas para as eleições de 2022.  

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De acordo com as justificativas do edital da nova licitação, a compra adicional é necessária para substituir equipamentos adquiridos em 2009, hoje obsoletos. “Assim, nas Eleições 2022 está prevista a utilização das urnas modelos 2010, 2011, 2013, 2015, 2020 e 2022”, diz o documento.

Em julho do ano passado, o TSE homologou um outro contrato, no valor de R$ 799 milhões, com a empresa Positivo, para a compra de 180 mil urnas eletrônicas, ao preço de R$ 4,4 mil cada. Nesse caso, a licitação havia começado em 2019, mas atrasos provocados por contestações entre os concorrentes inviabilizaram a utilização dos equipamentos já nas eleições municipais de 2020.

Ao comunicar ao plenário do TSE sobre a realização da audiência pública, o presidente do tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta quinta-feira (15) que a Justiça Eleitoral estuda alternativas mais baratas que as urnas eletrônicas para a realização do voto. “Mas, até o momento, não temos nada que nos dê segurança plena e, portanto, ainda dependemos das urnas que têm se revelado seguras ao longo dos anos”, afirmou.

A Microsoft anunciou nesta segunda-feira, 12, acordo para compra da Nuance Communications, uma empresa americana que produz softwares de reconhecimento de fala. Em comunicado, a gigante do setor de tecnologia informou que a transação valerá US$ 56 por ação, valor 23% acima do valor de fechamento de sexta-feira, 9, em um negócio avaliado em cerca de US$ 19,7 bilhões.

A aquisição, que deve ser finalizada até o final deste ano, acontece em um momento em que a companhia fundada por Bill Gates intensifica os esforços de compras. Segundo a Bloomberg, a corporação tenta adquirir o aplicativo Discord, que estaria à venda por cerca de US$ 10 bilhões. No ano passado, a Microsoft esteve em negociações pelo TikTok, mas as discussões não foram para frente.

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Às 10h11, o papel da Microsoft subia 0,14% no pre-mercado da Nasdaq, enquanto o da Nuance Communications saltava 19,53%.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, esteve no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 8, onde se disse "vacinado contra intrigas". Queiroga, que visitou o Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, elogiou a diplomacia brasileira em busca de vacinas e negou que o Brasil seja uma ameaça internacional por causa do coronavírus. O novo titular da pasta ainda disse ser favorável à aprovação pelo Congresso de aval para a compra de imunizantes pela iniciativa privada.

Após a visita, em entrevista coletiva, o ministro disse ser favorável à aprovação pelo Congresso da compra de vacinas da iniciativa privada. "Uma vez que existe lei, precisa cumprir. Não vou me manifestar sobre decisões do Congresso Nacional. Lei é para ser cumprida. E se houver apoio da iniciativa privada, melhor." A Câmara aprovou nesta semana projeto de lei que permite a empresas comprar imunizantes que não tenham registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas tenham aval de autoridades internacionais.

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"Não é o momento de ficar 'ah, porque o privado vai furar a fila', é preciso parar com isso, vamos nos unir", declarou Queiroga. Especialistas têm criticado a proposta e fabricantes afirmam que não pretendem negociar com grupos particulares. Questionado, o ministro reafirmou o compromisso de vacinar um milhão de brasileiros por dia. Queiroga ainda elogiou a diplomacia brasileira, através da qual serão garantidos, segundo ele, insumos para a produção das vacinas, especialmente a partir da China.

Ele também rechaçou o título de "ameaça mundial" que o Brasil vem recebendo devido a sua dificuldade em lidar com a pandemia. "Ele [Anthony Fauci, cientista americano que lidera o combate à covid-19 no país] deve cuidador dos Estados Unidos. Do Brasil, cuido eu", rebateu Queiroga.

O ministro visitou uma ala do Hospital Nossa Senhora da Conceição, inaugurada em março, na zona norte de Porto Alegre, com 55 leitos para pacientes com covid-19, onde anunciou a autorização para a abertura de novos leitos de UTI no Estado. Nesta semana, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para obrigar a União a reativar vagas de terapia intensiva no Rio Grande do Sul e em mais quatro Estados (São Paulo, Bahia, Maranhão e Piauí).

Já sobre o chamado "tratamento precoce", Queiroga, que é cardiologista, ressaltou que cabe aos médicos a decisão sobre o ministrar ou não medicamentos como hidroxicloroquina e ivermectina, comprovadamente ineficazes contra a covid-19. "Os pacientes precisam ser atendidos de maneira pronta e o tratamento compete ao médico, que é um profissional autônomo e a ele cabe decidir o que é melhor para o seu paciente", destacou.

Queiroga também foi perguntado acerca da fala do ministro Onyx Lorenzoni de que Estados estariam retendo vacinas. "Não avalio quem está mentindo ou não. Avalio que as políticas públicas têm que chegar a quem precisa delas. Já me vacinei contra a Covid e intrigas", disse.

Antes de Queiroga, o governador Eduardo Leite (PSDB) classificou como fake news a fala de Onyx. Nesta quarta-feira, 7, o Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República utilizou sua conta no Instagram para questionar o porquê de os governadores estarem "retendo" vacinas. "Por que reter vacina? Por que desobedecer a instrução do Ministério da Saúde? E, enquanto o Governo Federal trabalha, você vai ler por aí no pessoal que vive de narrativa que 'o problema é que não tem vacina'", escreveu.

Onyx interpretou um decreto do governo gaúcho, publicado em 01 de abril, o qual estabelece a reserva de 10% das doses produzidas pelo AstraZeneca/Fiocruz para as segundas doses. Estiveram presentes no encontro o governador do RS, Eduardo Leite, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e os respectivos secretários estadual e municipal de Saúde. Foram apresentados a Queiroga dados sobre a vacinação e as ocupações de leitos em Porto Alegre e no RS.

O presidente Jair Bolsonaro tentou justificar neste sábado, 3, o fato de o Brasil estar atrás de "alguns outros países" na campanha de vacinação contra a covid-19, reforçou as críticas contra governadores por medidas de distanciamento social e afirmou que as Forças Armadas estão à disposição para começar a aplicar o imunizante. Em transmissão nas redes sociais, ao falar sobre o ritmo de imunização, Bolsonaro disse que não havia "tanta" vacina disponível no ano passado, alegando que as condições não seriam favoráveis para o fechamento de contratos.

"O que se oferecia para a gente, o contrato não era possível de se assinar daquela forma, e bem como não tinha a aprovação da Anvisa", disse o presidente, ao lado do novo ministro da Defesa, Walter Braga Netto. "O Brasil é um dos primeiros países em vacinação, estamos atrás apenas de alguns outros países, que começaram a vacinar no ano passado. Compramos vacinas no ano passado, não tinha tanta vacina disponível assim", disse o presidente, segundo quem praticamente todos os quartéis do Brasil têm a condição de fazer a vacinação. O assunto, segundo o presidente, foi conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ministro da Defesa, mas o chefe do Executivo não deu mais detalhes.

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Como mostrou o Estadão/Broadcast, a tentativa de Bolsonaro de responsabilizar laboratórios pela falta de oferta de vacinas no Brasil esbarrou na demora do próprio governo em fechar acordos com os fabricantes. Tanto Bolsonaro quanto o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, fizeram críticas públicas a exigências de farmacêuticas, como foi o caso Pfizer.

Diante do agravamento do quadro da pandemia no País, Bolsonaro viu subir a reprovação do governo, segundo levantamentos feitos por institutos de pesquisa. Com isso, o tom sobre a campanha de vacinação mudou. Neste sábado, Bolsonaro afirmou que, pelo segundo dia consecutivo, o Brasil vacinou mais de um milhão de pessoas. "E esse número tende a crescer", afirmou.

Bolsonaro fez a transmissão ao vivo durante uma visita ao Centro Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que distribui sopas em Itapoã, região administrativa do Distrito Federal.

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Na última quinta-feira, o número de pessoas vacinadas em um único dia contra o coronavírus no Brasil, com pelo menos uma dose do imunizante, ultrapassou pela primeira vez a marca de um milhão desde o início da pandemia, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal. Segundo o consórcio, cerca de 18,8 milhões de pessoas já receberam ao menos a primeira dose da vacina contra a covid-19, o equivalente a 8,90% da população brasileira.

Em Israel, no Reino Unido e no Chile, onde a imunização está sendo executada em um ritmo muito mais acelerado, o índice de vacinados chega a 60,69%, 46,11% e 36,28% da população, respectivamente, segundo dados compilados no site "Our world in data".

Desemprego

Apesar da mudança de tom sobre a vacinação, Bolsonaro repetiu sua crítica a governadores que adotam medidas de distanciamento social para reduzir a transmissão da covid-19. O presidente afirmou que há "cada vez mais desemprego com a política do feche tudo", e avaliou que a grande parte dos prefeitos não estaria concordando com esse tipo de política.

Bolsonaro também disse que o governo está apoiando medidas "protetivas", mas que "tudo tem limite". "Cada vez tem mais desemprego, com a política do fecha tudo, fique em casa, mais gente está comendo menos, alguns passando necessidades seríssimas, e nós temos que vencer isso aí. A guerra, da minha parte, não é política, é uma guerra que realmente tem a ver com o futuro de uma nação. Não podemos esquecer da questão do emprego. O vírus, o pessoal sabe nós estamos combatendo com vacinações, nós estamos apoiando medidas protetivas. Agora, tudo tem um limite", afirmou o presidente.

"Lá atrás, quando se mandava ficar em casa, em março do ano passado, era para se achatar a curva, até que os hospitais se aparelhassem com respiradores. Passou-se um ano, bilhões do governo federal foram dispensados para governadores e prefeitos, e parece que alguns deles, alguns não aplicaram devidamente o recurso na saúde, aplicaram em outras áreas, que também são nobres, e não na saúde", continuou Bolsonaro, sem informar nomes.

Lockdown

Segundo o chefe do Executivo, alguns prefeitos não estão "cumprindo" ordens de governadores sobre a política do lockdown. "A grande parte dos prefeitos, as informações que nós temos, né, não concordam com a política radical do fechem tudo", disse. "Sabemos que a maior parte dos prefeitos quer uma mudança nessa política. Somos contra o fecha tudo", afirmou o presidente.

No mês passado, Bolsonaro entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o toque de recolher imposto pelos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul, mas o caso acabou arquivado pelo ministro Marco Aurélio Mello. Marco Aurélio entendeu que cabia à Advocacia-Geral da União (AGU), e não ao próprio presidente, acionar o Supremo. O episódio levou à demissão do então advogado-geral da União, José Levi, que acabou substituído no cargo por André Mendonça.

O governador Helder Barbalho anunciou, nesta sexta-feira (19), que o Pará deverá receber três milhões de doses da vacina russa Sputnik V, para combater o avanço da covid-19. Helder participou de uma reunião com o consórcio dos governadores do Nordeste para dar andamento ao processo de compra da vacina. A previsão é de que as doses cheguem ao Brasil entre os meses de abril e julho deste ano.

“A nossa intenção é vacinar a população, salvar vidas com a vacina. Nós, do Consórcio da Amazônia Legal, queremos esclarecer quantas doses serão destinadas aos Estados da Amazônia e qual é a capacidade do Fundo Soberano Russo de produzir mais doses e, consequentemente, prazos e previsão de entrega para todos os estados que demandam vacina neste momento”, disse Helder Barbalho à Agência Pará.

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O governador do Maranhão, Flávio Dino, presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, ressaltou no encontro que o desejo dos Estados da Amazônia é um contrato nos mesmos moldes do que foi feito com os Estados do Nordeste. "Em razão do que já foi pactuado com o Nordeste, há o interesse de participação também dos Estados da Amazônia”, informou.

O Pará se aproxima de dez mil mortos por covid-19. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), há registro de 393.675 casos e 9.682 óbitos.

Com informações da Agência Pará.

 

Na manhã desta sexta-feira (5), o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) disparou contra a lentidão na compra de vacinas contra a Covid-19. Sem citar o Governo Federal ou o Ministério da Saúde, a publicação do pernambucano sugere que o processo de negociação e a posterior aplicação sejam acelerados.

Em seu perfil oficial do Twitter, Daniel adotou o tom desproporcional do presidente Jair Bolsonaro e publicou: "Vamos comprar vacina, P****!".

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Enquanto a gestão federal tenta coordenar o Plano Nacional de Imunização, governadores e prefeitos já se articulam para adquirir as doses de forma autônoma.

Nessa quinta (4), o Brasil atingiu a marca de 7,6 milhões de vacinados com a primeira dose. O índice representa apenas 3,62% da população, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa, baseado nos dados das secretarias estaduais de saúde.

Em relação a segunda dose, a taxa despenca para apenas 1,16% dos brasileiros, cerca de 2,4 milhões de pessoas, informa o consórcio.

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O governo federal pretende adquirir 38 milhões de doses da vacina da Janssen contra a covid-19 e 100 milhões de doses da vacina do laboratório Pfizer, a serem entregues até dezembro de 2021. O Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde publicou na noite desta quarta-feira, 3, em edição extra do Diário Oficial da União, os avisos de dispensa de licitação para as compras.

Mais cedo, a Pasta já tinha informado que iria comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen, após meses rejeitando propostas destas empresas. O governo tem sido pressionado para ampliar a oferta de imunizantes, após a explosão de novos casos de covid-19 com internações e colapso de sistemas de saúde em todo o País.

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A aprovação do projeto de lei 534/2021 na noite de ontem pela Câmara retirou os entraves jurídicos que haviam para a aquisição dessas vacinas. O PL autoriza a União a assumir, em contratos com fabricantes de imunizantes contra o vírus, a responsabilidade civil por possíveis eventos adversos pós-vacinação. Essa é uma exigência da Pfizer e da Janssen que o governo vinha apontando como abusiva.

O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 3, que irá comprar as vacinas da Pfizer e da Janssen, após meses rejeitando propostas destas empresas. Segundo a pasta, o ministro Eduardo Pazuello pediu para a sua equipe "acelerar" os contratos. Em reunião com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o general afirmou que a compra com a Pfizer poderia ser concluída ainda nesta quarta.

A fala de Pazuello ocorre no momento de explosão de internações e colapso de sistemas de saúde em todo o País. O governo é pressionado para ampliar a oferta de imunizantes, mas Pazuello e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rejeitam há meses a oferta da Pfizer.

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O ministro não informou quantas doses da Pfizer devem ser compradas. Em apresentações recentes a prefeitos e governadores, Pazuello disse que a negociação seria por 100 milhões de doses, mas com a entrega de uma primeira parcela de 8,71 milhões de doses em julho. O restante, entre outubro e dezembro.

A Câmara aprovou na terça-feira, 2, um projeto para que a União possa assumir as responsabilidades por eventuais efeitos adversos de vacinas da covid-19. Trata-se de exigência da Pfizer e da Janssen que o governo vinha apontando como abusiva.

Como revelou o Estadão, esta permissão chegou a ser colocada em versão prévia da medida provisória 1.026/2021, com aval da pasta de Pazuello e da área jurídica do governo, mas foi excluída do texto final, publicado em janeiro.

Pazuello também pediu para a sua equipe acelerar a compra da vacina da Janssen, segundo apurou o Estadão com um auxiliar do ministro. Este imunizante tem eficácia de 66% e exige a aplicação de apenas uma dose, mas ainda não tem aval para uso no Brasil. O Brasil negocia 38 milhões de doses desta vacina, que chegariam ao País a partir de outubro.

A vacina da Pfizer foi a primeira a receber registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra a covid-19, em 23 de fevereiro. O imunizante tem eficácia global de 95%. Para a população acima de 65, alcança 94%, segundo avaliou a agência sanitária.

Apesar da alta eficácia, Bolsonaro desdenhou em mais de uma oportunidade da proposta do laboratório para venda da vacina. "Lá no contrato da Pfizer está bem claro: ‘Não nos responsabilizamos por qualquer efeito colateral. Se você virar um jacaré, é problema de você’", disse o presidente em 17 de dezembro.

A promessa de Pazuello também pode esfriar articulações de prefeitos e governadores para a compra de vacinas em consórcio. Esta possibilidade foi levada ao ministro durante a reunião. O titular da Saúde, no entanto, tem dito que todas as vacinas com registro no País serão adquiridas pelo governo federal, não havendo a necessidade de que Estados e municípios adquiram por conta própria.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou nesta terça (2) que a casa de R$ 6 milhões adquirida por ele e por sua mulher, a dentista Fernanda Antunes Bolsonaro, em Brasília, foi comprada com "recursos próprios" somados a um financiamento imobiliário. O filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro disse que o negócio se deu de forma "absolutamente transparente e dentro da lei".

"A casa foi comprada com recursos próprios, em especial oriundos da venda de seu imóvel no Rio. Mais da metade do valor da operação ocorreu por intermédio de financiamento imobiliário", afirmou Flávio em nota, que complementa. "Tudo registrado em escritura pública. Qualquer coisa além disso é pura especulação ou desinformação por parte de alguns veículos de comunicação."

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Em vídeo divulgado mais tarde, o senador citou, além da venda de um imóvel, negócio envolvendo uma franquia também no Rio como fonte do dinheiro. Diz também que obteve o financiamento "como qualquer cidadão comum". O senador criticou o que chamou de "exploração" do caso pela imprensa.

"Não vou deixar de fazer nada por medo de a imprensa explorar ou distorcer isso", afirmou Flávio. De acordo com ele, a venda desse imóvel no Rio está, em breve, disponível para consulta pública em cartório. Ainda na gravação, o parlamentar disse que pediu ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que reforce a segurança de sua família.

A compra da casa de R$ 6 milhões foi revelada nesta segunda, 1º, pelo site O Antagonista. O imóvel fica no setor de Mansões Dom Bosco, no Lago Sul, bairro nobre da capital federal. A propriedade tem 1,1 mil m², com quatro suítes, academia, piscina e spa com aquecimento solar. O anúncio de venda informava que se tratava da "melhor vista de Brasília da suíte master". Um vídeo com detalhes da casa fazia parte da publicidade para a venda do imóvel, de propriedade da RVA Construções e Incorporações. O material foi tirado do ar após a divulgação do caso.

Conforme registro no 1.º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, no dia 2 de fevereiro, a casa foi comprada pelo preço de R$ 5,97 milhões. Flávio registrou o imóvel em um cartório de Brazlândia, município de perfil rural localizado a 50 km do Plano Piloto.

O salário bruto de um senador é de R$ 33.763, que, após descontos, cai para R$ 24,9 mil. O valor do novo imóvel é mais que o triplo do total de bens declarados por Flávio à Justiça Eleitoral em 2018, quando disputou vaga no Senado. Na ocasião, ele declarou um total de bens de R$ 1,74 milhão, incluindo um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio, no valor de R$ 917 mil.

As condições do financiamento do novo imóvel de Flávio no Banco de Brasília, no valor de R$ 3,1 milhões, foram vantajosas na comparação com simuladores de outras instituições financeiras. O banco, no entanto, informou que a operação foi "normal" (mais informações nesta página).

Investigação

Flávio e sua mulher foram denunciados pelo Ministério Público do Rio. A Promotoria acusa o senador de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo um esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio, quando ele era deputado estadual. Segundo o MP fluminense, a organização criminosa "comandada" pelo filho do presidente desviou R$ 6,1 milhões dos cofres da Alerj.

Na denúncia, os promotores citam transações imobiliárias como forma de lavar dinheiro obtido nas "rachadinhas". Segundo as investigações, Flávio e sua mulher compraram, em novembro de 2012, dois apartamentos em Copacabana. Os preços foram mais baixos do que os que tinham sido pagos pelos proprietários. Em dois anos, os imóveis foram vendidos pelo casal com lucros pouco usuais.

Um dos apartamentos fora comprado pelo primeiro proprietário por R$ 200 mil, em março de 2011. Tinha sido vendido ao casal em novembro de 2012 por R$ 140 mil, afirma a denúncia. Em fevereiro de 2014, o então deputado e sua mulher repassaram o imóvel por R$ 550 mil, uma valorização de 292,85%. "Essa prática de subfaturamento de registros imobiliários na compra possibilita a simulação de ganhos de capital em patamares expressivos na ocasião da revenda, razão pela qual são instrumentos corriqueiramente utilizados para lavagem de capitais", afirmam os promotores.

Flávio nega as acusações e diz ser vítima de uma investigação ilegal que busca atingir seu pai.

'Taxa de mercado e operação normal'

O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, afirmou ontem que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) não recebeu vantagens no financiamento para a compra de uma casa de R$ 5,97 milhões na capital federal."Taxa é taxa de mercado. Operação normal. A gente é líder aqui no Distrito Federal", disse Costa ao Estadão.

O BRB financiou R$ 3,1 milhões do imóvel. O pagamento poderá ser feito em 360 parcelas, a uma taxa de juros efetivos de 4,85% ao ano e taxa de juros reduzida de 3,71% ao ano, além da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial.

Segundo o simulador disponível no site do banco, é possível obter um financiamento semelhante, com essa taxa de juros, mas desde que o interessado comprove uma renda mínima de R$ 46,4 mil. Pela simulação, o valor da primeira parcela ficaria entre R$ 18.738,94 e R$ 18.574,47, dependendo da seguradora escolhida.

Como senador, Flávio recebe salário bruto de R$ 33,7 mil, que cai para R$ 24,9 mil após descontos. Desta forma, cada parcela do financiamento consumiria 70% dos seus vencimentos. A mulher do parlamentar tem um consultório de dentista, ou seja, não tem renda fixa.

O BRB é uma instituição financeira do governo do Distrito Federal, hoje comandado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB), aliado da família Bolsonaro. Costa, que preside o banco desde 2019, é um dos nomes cotados para substituir André Brandão no Banco do Brasil.

O BRB disse ainda que, "respeitando o sigilo bancário", a instituição "não comenta casos específicos de seus clientes".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Senado aprovou, nesta terça-feira, 2, uma proposta para autorizar Estados e municípios a comprar e aplicar vacinas contra a covid-19 caso o governo federal não adquira doses suficientes para vacinar a população. O dispositivo foi incluído pela Câmara em uma Medida Provisória do presidente Jair Bolsonaro e confirmado pelos senadores.

Como houve alteração, o texto dependerá de sanção do chefe do Planalto. A medida aprovada pelos parlamentares dá prazo de sete dias para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidir sobre a autorização de uso emergencial e temporário de vacinas que tenham recebido aval de outros países, em uma lista que considera desde os Estados Unidos até a Índia.

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O dispositivo foi desenhado para facilitar a aprovação da Sputnik V e da Covaxin, vacinadas desenvolvidas na Rússia e Índia, respectivamente. Atualmente, esse prazo é de 10 dias, caso a vacina tenha passado pela última etapa de testes no Brasil (a fase 3). A MP tira a necessidade da conclusão da fase 3, mas exige relatório técnico das autoridades internacionais, que na prática comprova padrões de qualidade do produto. Sem esse documento, o prazo passa a ser de 30 dias.

Nesta terça-feira, 2, Bolsonaro vetou dispositivos de outra medida provisória que autorizava Estados e municípios a comprarem as vacinas e dava prazo de cinco dias para a Anvisa aprovar o uso emergencial. O Senado aprovou na semana um projeto de lei que autoriza a compra pela iniciativa privada. Esse texto deve ser votado ainda nesta terça feira, 2, pela Câmara e dependerá da sanção de Bolsonaro.

Discussão

A medida provisória é discutida no momento em que o Ministério da Saúde fechou a compra das vacinas Sputnik V e Covaxin, desenvolvidas na Rússia e Índia, respectivamente, mas os imunizantes não têm aval para uso da Anvisa. As duas empresas ainda devem dados mínimos de segurança e eficácia para que a agência abra o seu prazo de análise.

Houve forte lobby para facilitar a entrada desses imunizantes. A União Química, empresa que representa a Sputnik V no Brasil, tem na linha de frente o dono da empresa, Fernando Marques, candidato derrotado ao Senado nas últimas eleições, o ex-deputado Rogério Rosso e o ex-diretor da Anvisa Fernando Mendes.

A Covaxin, por sua vez, é representada pela Precisa Medicamentos no Brasil. Como revelou o Estadão/Broadcast, a empresa tem como sócia a Global Gestão em Saúde, que deve R$ 20 milhões ao Ministério da Saúde por descumprir contrato feito na gestão de Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo na Câmara. Foi Barros quem apresentou emenda para a agência da Índia ser considerada na MP 1026, mas ele nega favorecimento à empresa.

Na manhã desta segunda-feira (1º), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que os novos pagamentos do auxílio emergencial serão feitos em parcelas de R$ 250 até junho. O líder da Casa também comentou sobre a entrega de mais lotes de vacina nos próximos meses.

O novo presidente declarou que 140 milhões de vacinas serão entregues pelo Governo Federal nos meses de março, abril e maio. No anúncio, ele não especificou com qual empresa negociará, nem o imunizante que será distribuído.

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Por outro lado, governadores articulam um consórcio independente e já planejam adquirir em conjunto a vacina russa Sputnik V. Sem relação com o Ministério da Saúde, nesta terça (2), 18 gestores devem visitar Brasília para uma reunião na sede da representante do imunizante no Brasil, a farmacêutica União Química.

Em relação aos novos parâmetros do auxílio, Lira afirmou em seu perfil do Twitter que a decisão foi tomada em reunião com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nesse domingo (28).

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Após pagar R$ 8,5 mil por um iPhone 12 Pro Max e segurar a ansiedade pela entrega do produto, uma moradora de Anhui, na China, relata ter recebido uma caixinha de leite sabor maçã verde ao invés do aparelho. Identificada como Liu, ela garante que efetuou a encomenda no próprio site da Apple, no dia 16 de fevereiro.

Por coincidência, ou não, o sabor da embalagem destaca a maçã e faz referência ao famoso logo da Apple com a fruta mordida. Em sua conta na rede social chinesa Weibo, a consumidora contou que o pacote chegou dois dias após o pedido, mas havia 'se transformado' em um produto lácteo, indica o Global Times.

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As autoridades já investigam o caso e sugerem que, no caminho da casa de Liu, alguém abriu o pacote e furtou o iPhone. Outra hipótese é que o produto entregue pela Express Mail Service pode ter sido adquirido em um site falso.

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse ser "importante" e "fundamental" a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), dessa terça-feira (23), que liberou Estados e municípios a comprarem vacinas contra a Covid-19 diretamente dos fornecedores e fora do Plano Nacional de Imunizações, a cargo do Ministério da Saúde.

"Nós estamos acompanhando o Plano Nacional. Lamentavelmente, a oferta de vacinas ainda é muito pequena, o que impede que nós possamos avançar rapidamente com o maior número de pessoas sendo imunizadas", afirmou o governador.

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Segundo havia afirmado na última semana, o Pará é o Estado que recebeu o menor número de doses per capita. Proporcionalmente ao tamanho da população, as doses representam a imunização de 2% dos paraenses. Em comparação, em São Paulo os municípios vacinaram em média até a última sexta-feira (19), 2,8% da população, com São Caetano do Sul o que mais aplicou as doses, em 8,1% da população.

De acordo com Barbalho, a partir da decisão do Supremo, o Estado deve seguir o plano de montar um pool de Estados para a compra de vacinas de laboratórios autorizados pelas agências de vigilância sanitária brasileira e conveniadas com o País. Compõem o grupo governadores da Amazônia Legal e o Fórum de Governadores do Brasil.

"O Estado do Pará já está com recursos garantidos para 3 milhões de doses, o que permitirá certamente que nós avancemos de maneira estratégica para, o mais rápido possível, imunizar toda a nossa população. Com isso, são vidas salvas", disse o governador.

O Governo do Pará vai comprar 3 milhões de vacinas contra covid-19 de laboratórios credenciados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O anúncio foi feito pelo governador Helder Barbalho nesta terça-feira (23), após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de autorizar a aquisição de doses por Estados e municípios. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), o Pará tem 359.289 casos de covid-19, com 8.383 mortes.

Mesmo com a nona maior população do Brasil - 8.702.353 habitantes -, o Pará é o Estado que recebeu do Ministério da Saúde, proporcionalmente, a menor quantidade de vacinas contra a doença. O governo federal enviou 315.840 doses, suficientes para imunizar apenas 2,10% da população, o que coloca o Pará em último lugar no ranking nacional da vacinação.

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"Nós estamos acompanhando o Plano Nacional de Vacinação (PNI), e lamentavelmente as doses de vacinas ainda são pequenas, o que nos impede de avançar com um maior número de pessoas imunizadas. Com esta decisão, nós reforçaremos o que já havíamos feito na semana passada, junto ao Fórum de Governadores da Amazônia e Fórum de Governadores do Brasil, para montarmos um plano de estados que garantam a aquisições de vacinas de diversos laboratórios autorizados", disse Helder Barbalho à Agência Pará.

Segundo o chefe do Executivo estadual, o Governo já tem recursos assegurados para adquirir as 3 milhões de doses para distribuir pelos 144 municípios paraenses. "Isso permitirá que nós avancemos de maneira estratégica para, o mais rápido possível, imunizar a nossa população, e com isso salvar vidas. As pessoas poderão voltar às condições normais de convívio, fortalecendo não apenas as relações sociais que tenham sido prejudicadas, como também fortalecendo a economia, para gerar emprego, renda e trazer desenvolvimento ao Estado", frisou o governador.

Da Agência Pará.

O Supremo Tribunal Federal formou maioria nesta terça, 23, para permitir a compra de vacinas contra a covid-19 por Estados e municípios caso as doses ofertadas pelo Ministério da Saúde sejam insuficientes para atender a população local. O julgamento está sendo realizado no plenário virtual e já conta com seis votos para validar liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que deu aval para a compra em dezembro do ano passado.

O entendimento firmado pela Corte é de que Estados e municípios podem comprar e distribuir vacinas caso o Ministério da Saúde falhe ou seja omisso com o Plano Nacional de Imunização (PNI) ou na hipótese em que a cobertura planejada pela pasta não seja suficiente contra a doença.

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A decisão também permite a aquisição de vacinas autorizadas para distribuição comercial por autoridades sanitárias dos Estados Unidos, Europa, China ou Japão, mas somente caso a Anvisa não se manifeste sobre a autorização destes imunizantes no País dentro do prazo de 72 horas previsto em lei.

O pedido à Anvisa para importar e distribuir uma vacina já registrada em outro país, no entanto, só pode ser feito pelas fabricantes - ou seja, um governador não pode tomar essa iniciativa por conta própria e precisaria aguardar a empresa solicitar a autorização à agência brasileira para adquirir o imunizante.

Em seu voto, Lewandowski apontou que embora seja de responsabilidade do Ministério da Saúde coordenar e definir as vacinas que vão integrar o PNI, tal atribuição não exclui a competência de Estados e municípios para adaptá-lo às suas realidades locais.

"O federalismo cooperativo, longe de ser mera peça retórica, exige que os entes federativos se apoiem mutuamente, deixando de lado eventuais divergências ideológicas ou partidárias dos respectivos governantes, sobretudo diante da grave crise sanitária e econômica decorrente da calamidade pública causada pelo novo coronavírus", anotou o ministro. "Bem por isso, os entes regionais e locais não podem ser alijados do combate à Covid-19, notadamente porque estão investidos do poder-dever de empreender as medidas necessárias para o enfrentamento da emergência sanitária resultante do alastramento incontido da doença".

Lewandowski foi acompanhado pelos ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Marco Aurélio Mello, Cármen Lúcia e Dias Toffoli. O julgamento está sendo realizado no plenário virtual, plataforma na qual os ministros depositam seus votos e manifestações ao longo de uma semana.

A decisão foi tomada em uma ação movida pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil contra suposta omissão do governo Jair Bolsonaro em razão da demora em fornecer um plano definitivo nacional de imunização e garantir o efetivo acesso da população à vacina contra a Covid-19.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apresentou um projeto de lei para permitir ao poder público assumir riscos referentes à vacina contra covid-19 e autorizar o setor privado a comprar doses do imunizante. A proposta foi protocolada após reunião no dia anterior com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

De acordo com o projeto de Pacheco, a União, os Estados e os municípios poderão assumir os riscos referentes à responsabilidade civil de eventos adversos após a vacinação, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tenha concedido o registro ou a autorização temporária de uso emergencial do imunizante.

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A intenção é agilizar a compra de laboratórios que exigem esse tipo de cláusula contratual, como os produtores da Pfizer e Janssen. Nesta terça-feira, 23, a Anvisa aprovou o registro definitivo da vacina produzida pela Pfizer no País. Há divergências, porém, em relação a cláusulas impostas pela farmacêutica, como a previsão de que a União assuma riscos e custos de efeitos colaterais.

O texto de Pacheco também autoriza as empresas privadas a comprar doses dos laboratórios. As companhias, porém, deverão doar os produtos integralmente para o Sistema Único de Saúde (SUS). O setor privado só estará autorizado a comercializar ou utilizar as vacinas diretamente após o término da imunização dos grupos prioritários, como idosos e profissionais de saúde, pelo setor público.

"Desse modo, estaremos colaborando com o Poder Executivo da União, Estados, Distrito Federal e municípios para o enfrentamento dessa crise tão aguda e grave, que tanto mal tem causado ao povo brasileiro", afirmou Pacheco na justificativa do projeto.

Polêmica

Tanto a cláusula quanto a compra pelo setor privado são alvos de polêmica no Senado. O líder do PSD na Casa, Nelsinho Trad (MS), apresentou um projeto diferente, autorizando a aquisição por empresas para que as doses sejam aplicadas diretamente nos funcionários, respeitando as prioridades. A proposta de Trad cria o Programa de Vacinação dos Trabalhadores (PVT) e permite que até 50% das doses sejam doadas para o SUS.

"O empresário dificilmente vai querer comprar para o SUS. Ele tem que vacinar sua massa laboral. Nós temos que criar alternativas e acelerar a vacina no braço do povo", disse o líder do PSD ao Estadão/Broadcast. Os dois projetos poderão ser discutidos em um só ou até incorporados na votação de uma medida provisória, o que aceleraria a votação. "A população não quer saber se vem do ministério, do Doria, do Bolsonaro ou do Senado. Ela quer a vacina no braço."

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