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Quantas pessoas você conhece que ainda usam discos de vinil para ouvir música? E quantas você conhece que ainda leem jornal impresso? Essas duas invenções passaram (ou passam) por intensas crises causadas por novas tecnologias. Os vinis não ocupam o mesmo espaço na sociedade que tinham na década de 1940, quando foram criados. Hoje, são uma moda que voltou à tona basicamente por ser um aparelho clássico no mundo da música e pelo carinho daqueles que viveram essa época. Mas qual é a real situação dos jornais impressos? 

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Esse meio de comunicação tão antigo vem sofrendo muitas mudanças com as novas concorrências digitais. Existem inclusive rumores de seu fim, mas alguns profissionais da área não concordam com essa hipótese.

Orlando Carneiro trabalha com jornalismo desde os 16 anos, quando implorou à mãe para autorizar que atuasse como locutor na rádio Guajará. Hoje, com 75 anos, acredita ser uma grande testemunha das mudanças que esse ramo sofreu, sem se referir aos seus dois metros de altura, mas à intensa bagagem de histórias e aprendizados. Durante esse percurso, Orlando escreveu crônicas para jornais impressos, foi apresentador do telejornal Factoramana na TV Marajoara, publicou 10 livros e vivenciou outras aventuras, como ele mesmo denomina.

Para ele, o charme de trabalhar com comunicação é saber que os dias não se repetem, já que diariamente novos desafios terão que ser vencidos. Mas e se parte deste todo simplesmente sumir?  Decepcionado, Orlando admite que “o jornal impresso é muito interessante como analítico, mas como informativo inegavelmente está perdendo a razão de ser”. De acordo com ele, as notícias factuais que são publicadas nos jornais impressos, em sua maioria, já estão disponíveis nos jornais digitais desde o dia anterior. “Então para que o leitor vai comprar um material cheio de informações que ele já possui gratuitamente no próprio celular?”, Orlando se pergunta.

O debate que existe sobre a expectativa de vida desse tipo de produção é tão complexo que nem a ciência consegue chegar a uma conclusão. A professora doutora em comunicação Ana Prado assegura que não existe um consenso entre as pesquisas feitas sobre o tema, mas que é certo que cada vez que uma nova forma midiática surge, ela impacta nas formas anteriores. “É óbvio que o jornalismo digital impactou os jornais impressos”, acrescenta ela. Mas apesar das pessoas acharem que o surgimento de uma novidade sepulta a antiguidade, Ana Prado explica que essa tendência esquece que os rádios e cinemas superaram a ameaça televisiva e hoje continuam nos carros e shoppings, o que pode se repetir com os jornais impressos nas bancas de revista.

Apesar da queda de circulação, os jornais de papel ainda estão presentes da vida das pessoas. Talvez isso seja explicado pela crença de Valdo Ferreira, funcionário há 32 anos do jornal O Liberal, em Belém, e hoje diretor de contas da empresa. Para ele, os jornais impressos ainda oferecem muito mais credibilidade que as plataformas digitais, já que os leitores ficam sabendo das informações antecipadamente por elas, mas sempre buscam a confirmação nos tradicionais jornais de papel.

Valdo notou o crescimento das mídias informativas digitais quando a tiragem do jornal impresso começou a cair. De acordo com ele, na década de 2000, o jornal vendia cerca de 100 mil exemplares aos domingos e hoje esse número caiu aproximadamente 50%. Ele ainda diz o mesmo sobre as vendas semanais, que antes alcançavam um público médio de 60 mil leitores e hoje chegam a cerca de 25 mil pessoas diariamente.

Mas assim como os colecionadores de discos de vinil, os jornais impressos ainda cativam um público fiel. Valdo conta que quando, por algum imprevisto, um jornal não chega na casa de um assinante, o cliente imediatamente liga para o jornal para saber o que aconteceu. Ele ainda ressalta como é notório que a indagação não se deve ao valor financeiro, mas porque esse tipo de leitor não abre mão de poder folhear o jornal impresso todos os dias.

Lázaro Morais, editor chefe de O Liberal, diz que com a velocidade dos jornais digitais as notícias ficam ultrapassadas cada vez mais rápido, já que novas atualizações estão sempre disponíveis e que por isso as informações anteriores logo perdem a importância. Ele também acredita que muitos jornalistas ainda não estão preparados para acompanhar as mudanças tecnológicas que vêm ocorrendo no jornalismo. “É preciso entender que a notícia no jornal impresso não precisa ser extensa em termos de tamanho, mas precisa ser profunda em termos de alcance”, explica. 

Já para o editor executivo há seis anos do Diário do Pará, Adaucto Couto, os jornais impressos não mudaram a forma de produzir seus conteúdos com as influências digitais. Otimista, ele ainda se arrisca a dizer que essas novas plataformas não chegam a ser ameaças à sobrevivência dos jornais de papel. Adaucto as enxerga apenas como um tipo de evolução dos meios informativos.

Desencorajando a opinião de Adaucto, os dados do Índice Verificador de Comunicação (IVC), publicados no portal Poder 360, demonstram como os jornais digitais afetaram os impressos. De acordo com eles, de 2015 até 2017, os índices de tiragem dos jornais brasileiros apresentaram constantes e intensas quedas. Durante esse período, a circulação média diária de jornais caiu em 520 mil exemplares. Em dezembro de 2014, a tiragem impressa total dos 11 principais jornais do Brasil era de mais de um milhão de exemplares em média por dia. Já em dezembro de 2017, o número havia caído para aproximadamente 700 mil, ou seja, houve uma redução de 41,4%.

Por outro lado, enquanto o jornal impresso despencava, o número de assinantes digitais aumentava. De acordo com os dados do IVC, o crescimento do público de jornais digitais cresceu em mais de 31 mil assinantes de 2015 a 2017.

Por Yasmim Bitar.

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A política externa brasileira será orientada por um realinhamento com os Estados Unidos. A série O BRASIL QUE TEREMOS, do LeiaJá, ouviu especialistas sobre diversos temas da atualidade para construir um cenário para os próximos quatro anos. Aqui, a convidada é Mayane Bento, professora do curso de Relações Internacionais da UNAMA - Universidade da Amazônia e doutoranda em Relações Internacionais (UFPA/UNB). Mayane responde à pergunta: "O que mudará nas relações internacionais do Brasil no governo Bolsonaro? Clique no ícone abaixo e ouça.

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A série O BRASIL QUE TEREMOS, do LeiaJá, ouviu especialistas sobre diversos temas da atualidade para construir um cenário para os próximos quatro anos. Aqui, o convidado é o professor mestre William Monteiro Rocha, coordenador dos cursos Comunicação Social e Relações Internacionais da UNAMA - Universidade da Amazônia. Bacharel em Relações Internacionais, mestre em Desenvolvimento Sustentável e doutorando em Relações Internacionais, William responde à pergunta: "O que mudará nas políticas públicas no novo governo Bolsonaro?". Clique no ícone abaixo e ouça.

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O primeiro programa Encontro de 2019 foi recheado por muita conversa, música e saia justa. A apresentadora Fátima Bernardes recebeu no palco da atração a taróloga Glória Britho, que fez algumas revelações sobre o futuro dos convidados. Para abrir logo os caminhos do bate-papo exotérico, Fátima se surpreendeu com a revelação de uma carta.

Ao ver o desenho do diabo, a namorada de Túlio Gadêlha ficou visivelmente envergonhada com o significado da imagem. "É um ano em que os enfrentamentos, os confrontos de poder podem acontecer. É aconselhável que você não faça corpo mole para nada. Aguarde paixões, vida sexualmente movimentada. E um pouquinho de treta, irritação. Você está um pouquinho mais briguenta", disse Glória.

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Após ouvir da taróloga o que estava por vir este ano, Fátima Bernardes encerrou rapidamente o diálogo. "Está bom. Vou pensar nisso. Estou meio nervosa aqui, mas tudo bem", disparou.

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Os juros futuros terminaram a penúltima sessão de 2018 em queda firme no trecho intermediário e longo da curva a termo, refletindo essencialmente a perspectiva otimista do investidor com o novo governo que toma posse na próxima semana. O alívio de prêmios, porém, não teve respaldo de volume nesta quinta-feira, 27, pois o giro de contratos, a exemplo da quarta-feira, ficou abaixo do padrão, já com vários players na folga das festas de fim de ano. As taxas curtas fecharam perto da estabilidade, mas com viés de queda.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou a sessão estendida em 6,58%, de 6,601% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2021 terminou em 7,40%, de 7,422% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2023 caiu de 8,632% para 8,59% e a do DI para janeiro de 2025, de 9,212% para 9,14%.

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Pela manhã, as taxas tiveram oscilação restrita, com sinal de baixa, mesmo diante da pressão no câmbio que, à tarde, se esvaiu. Com isso, os juros passaram a jornada vespertina renovando mínimas e alguns contratos, como o de janeiro de 2020 e janeiro de 2023, terminaram a quinta-feira com taxas nas mínimas do ano.

Profissionais da área de renda fixa destacaram o desempenho da ponta longa, que nos últimos dias vêm se comportando bem mesmo diante do aumento do estresse no exterior e alta do dólar.

Para o Diretor de Gestão de Renda Fixa e Multimercados, Rogério Braga, na medida em que vai se aproximando o novo governo o mercado tem renovado sua confiança na evolução das reformas e medidas na área microeconômica que podem ajudar no crescimento do País e resultar em taxas de juros estruturais mais baixas. "Essa narrativa tem tido apelo e tirado prêmio da ponta longa", disse.

Outro gestor vê um pouco dessa confiança com o novo governo mais o movimento global de queda de juros como responsáveis pela redução da inclinação da curva. "A curva longa não para de cair. Talvez seja fluxo por alocação de estrangeiro. Mas é só no DI longo por ora, a NTN-B 2050 andou bem menos", afirmou. "O pré tem bastante notícia boa sobre o novo governo embutida. Se não vier, podemos ter um 'barata voa'", complementou.

No exterior, a taxa da T-Note de dez anos, que é o melhor referencial para a curva doméstica, está em níveis bem mais comportados, na casa dos 2,75%, após ter rompido os 3% no começo do mês.

O presidente Michel Temer disse não acreditar que os esforços de seu governo para expandir a influência comercial do Mercosul serão perdidos no governo de Jair Bolsonaro. Em conversa com jornalistas em Montevidéu, o presidente disse que as revisões no bloco são constantes e que essas revisões, segundo ele, não são feitas como oposição ao Mercosul.

“Acho que o presidente Bolsonaro poderá promover com sua equipe uma revisão do Mercosul, pleitear essa revisão. Volto a dizer que ela se faz com certa frequência, de modo que não significa oposição ao Mercosul. Quem sabe um apoio ao Mercosul, renová-lo”, disse o presidente em conversa com jornalistas ocorrida hoje (18) durante a 53ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados.

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Ainda na noite de 28 de outubro, quando a vitória de Jair Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial foi confirmada, o seu futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o Mercosul não seria uma prioridade para o Brasil. Porém, dias depois da declaração de Guedes, Bolsonaro ressaltou que a mudança será para evitar o “viés político” nas negociações.

Abertura a outros blocos

Temer exaltou o avanço em negociações internacionais do bloco. O presidente também disse aos jornalistas que isso se deveu à “abertura completa” do Mercosul, com destaque para a aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico, bloco formado por México, Chile, Colômbia e Peru.

De acordo com o presidente, essa abertura maior aos diferentes mercados caminhou lado a lado com uma política semelhante adotada pelo Brasil. “A Organização Mundial do Comércio revelou que o Brasil, no ano de 2018, foi o país que mais abriu para facilitação de comércio em todo o mundo. Foi importante para o nosso país e importante para o Mercosul”.

Ontem, em discurso no Palácio do Planalto, Temer declarou ser impossível aplicar qualquer isolacionismo político ou econômico nos dias de hoje. “No fenômeno da globalização, seria impossível qualquer isolacionismo de natureza política, econômica. É por isso que nós temos falado ao longo do tempo do multilateralismo, a ideia da universalização das nossas relações em todos os campos”.

À beira-mar, Rogério Ceni encontrou tranquilidade após passagem abrupta pelo São Paulo. Por diversas noites de pouco sono, o treinador desenhou treinos, esboçou maneiras de jogar e moldou o Fortaleza campeão com autoridade da Série B do Campeonato Brasileiro. O título elevou o patamar do ex-goleiro, que ainda não definiu o seu destino em 2019.

Com proposta para renovar por mais dois anos, o técnico avalia os riscos de permanecer. O último ato pelo clube pode ser nesta sexta-feira, às 19h15, contra o Coritiba. Ao Estado, o técnico abriu o jogo sobre o ano que, segundo ele, foi genial.

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Você fica no Fortaleza?

Temos uma reunião nesta sexta (hoje) para ver quais as expectativas do clube, o orçamento, o que podemos pensar sobre time. Quero ouvir do presidente o que é sucesso para ele... Ser campeão é difícil. Na Série B já foi surpreendente para muita gente. Na Série A, são muitas equipes com um poder de investimento grande e fica complicado fazer um campeonato tão bom. Não sou acomodado, gosto de trabalhar, correr riscos, desde que sejam relativamente calculados. Eu sabia que era possível entregar o que eles me pediram neste ano. Ano que vem, dependendo do que eles me peçam, vou avaliar se é possível. Se não der, não vou jogar fora todo um ano genial. Mas gosto daqui, da liberdade que tenho para trabalhar, para desenvolver os meus exercícios, das coisas que tenho como conceito de futebol. Acredito que no início da próxima semana já teremos uma definição.

O que te faria ficar?

Ter condições melhores de trabalho, profissionalizar cada vez mais. Ter gramados melhores para se trabalhar. Atletas cada vez mais capacitados para se unirem aos sete, oito que temos com contrato (para 2019). Teremos de remontar um time do zero. É um processo longo, olhar vídeos, de cada 20 jogadores que você escolhe, consegue contratar apenas um. Além de gostar, encaixar no perfil, posição, há uma negociação, tem de esperar o empresário, o jogador, acertar salário. É um trabalho muito cansativo, são horas e horas, todos os dias. Não é um trabalho para começar em janeiro.

Mas já sabe o orçamento que terá para isso?

Um esboço. O maior problema é que você precisa adquirir o jogador e isso tem um custo. Temos de esperar o mercado se acalmar. Alguns clubes terão o retorno de 20 jogadores. É observar, fazer apostas, fechar parcerias com clubes. E principalmente ter o jogador pelo ano todo. Não adianta vir com cláusula que pode sair. Você monta um time e pode não tê-lo em um momento importante. Tem de achar o bom jogador, que não teve um bom ano, e que você observa potencial para render no futuro para ter como pagar.

Você recebeu outras ofertas?

Não tenho absolutamente nada. Não conversei com nenhum outro clube, até em respeito ao Fortaleza. Não posso pedir um tempo para decidir e ir negociar com outro clube. A prioridade hoje é acertar aqui.

Você se vê pronto para assumir qualquer equipe, já que não existe mais o jogador e sim o técnico?

Sei que você quer chegar em Palmeiras e Corinthians. A melhor resposta foi do presidente do Palmeiras (Maurício Galiotte). Ele disse que não seria produtivo. E concordo. A história é conflitante. Uma derrota bastaria para o torcedor dizer que eu sou são-paulino. É um respeito até com Palmeiras e Corinthians. Fora da capital, trabalharia em qualquer equipe. Tive um ano de aprendizado aqui, me desenvolvi muito no extracampo. No campo, eu tinha minha forma de trabalhar, que é a mesma do São Paulo. Estou preparado? Se eu ganhar, estou preparado. Se eu perder... O futebol é avaliado de trás para frente. Não é avaliado de janeiro para dezembro, do primeiro minuto até os 90. As pessoas avaliam o resultado. Estou apto para dirigir qualquer equipe.

Dá para jogar do jeito que gostar em qualquer clube?

Tenho uma concepção de futebol. Se o meu time for igual ou superior ao que vou enfrentar, jogo para vencer o tempo todo. Se o meu time for inferior, tenho de encontrar um jeito de atacar me protegendo mais. Não posso fazer um jogo franco contra um time melhor do que o meu. No Fortaleza, conseguimos fazer um jogo de agredir o tempo todo. Agora não vou agredir uma equipe que vai me pegar no contra-ataque, que é superior. Por isso, trabalho tanto para desenvolver o meu time nos treinos. Faço jogos curtos, passes, intensidade alta, para que, se não for possível na qualidade, superar o adversário fisicamente.

Os jogadores entendem tudo o que você passa?

Alguns sofrem um pouco mais e outros pegam rápido. Para isso, tem de mostrar em campo. Isso faz ele realizar nos jogos tudo automaticamente pelo exercício que você criou. Eu funciono muito à noite e de madrugada. Durmo pouco e é quando o cérebro trabalha. Então, às vezes, sento, olhando o mar, pego papel e caneta, e vou desenvolvendo um treino para o dia seguinte. E quando o treino bate com o que eu fiz, para mim, é uma realização. Quando eu era jogador tínhamos poucos treinamentos. Era finalização, coletivo, alemão, rachão... Hoje temos mais de 200 treinamentos diferentes. E isso motiva o jogador.

Qual a importância do título?

Assim como aquela Copa Conmebol em 1994 foi muito importante para o meu desenvolvimento como atleta, o título com o Fortaleza foi muito importante para o meu desenvolvimento como treinador. É apenas o meu segundo ano como técnico, o primeiro completo. O que é muito importante no Brasil. Aqui você não conta dez equipes que ficaram como o mesmo técnico no ano. Isso, por si só, já é uma grande vitória na carreira, ainda mais quando culmina com o título. Foi um ano bastante especial, um ano que dá sustentação para uma nova carreira.

Você se consolidou entre os jovens treinadores?

Não existe o novo consolidado ou o velho ultrapassado. Existe cada trabalho. O que é bom hoje, amanhã pode não ser mais. É assim que funciona no futebol brasileiro. Você é avaliado pelo que produz naquele dia, naquela semana, naquele campeonato. A imprensa tem uma influência grande sobre os dirigentes e torcedores. Em um jogo posso te mostrar tudo de positivo e negativo, há direcionamentos, mas está tudo dentro do pacote. Se o dirigente acredita no trabalho, ele mantém o treinador, independentemente do resultado.

Se tirarmos o presidente, você acha que já seria o momento de voltar ao São Paulo?

Não temos como tirar o presidente. O carinho pelo São Paulo será eterno. Hoje recebo mensagem de são-paulinos dizendo que são sócios-torcedores do Fortaleza por minha causa, que compraram o pacote da Série B. O São Paulo é uma outra realidade, é impossível o retorno agora. Um dia, se eu continuar bem na minha carreira, fizer bons trabalhos, e uma outra pessoa, com outra mentalidade entrar lá, vamos, quem sabe, voltar ao São Paulo.

Mas existe o sentimento de que voltará um dia?

Não sei se volto.

Novo chefão da Fórmula 1, o norte-americano Chase Carey admite que deverá fazer mudanças no calendário da categoria nos próximos anos em busca de melhores acordos comerciais para o campeonato. Sem citar etapas específicas, ele afirma que herdou da gestão anterior da F-1, capitaneada pelo inglês Bernie Ecclestone, contratos "pouco atrativos", que podem não ser renovados. O GP do Brasil poderia estar entre eles.

"Precisamos estar focados em maximizar o valor dos nossos eventos, e deixar isso claro aos promotores destes eventos. Estamos apostando de que esta mensagem chegue tanto para os atuais promotores das corridas quanto para os potenciais promotores de novas cidades", afirmou Carey em uma videoconferência, a qual teve acesso a revista inglesa Autosport. No evento, ele se dirigia a investidores da Liberty Media, que assumiu o comando da F-1 no início do ano passado.

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Nesta conversa, ele reiterou a ideia de ampliar o calendário para até 25 corridas, o que já foi criticado por equipes do grid. Atualmente, o campeonato conta com 21 provas, o que será mantido para 2019. Mas, para o ano seguinte, já há um acréscimo: o GP do Vietnã, anunciado no início deste mês.

Segundo Carey, as mudanças não vão se restringir à entrada de novas etapas. Corridas já estabelecidas no circuito, caso de Silverstone, podem deixar o calendário se não houver uma negociação mais favorável aos novos donos da F-1. No caso da Inglaterra, o GP só tem vínculo por mais uma temporada e o seu futuro é uma incógnita.

O GP do Brasil vive situação semelhante. Com contrato até 2020, tem futuro indefinido principalmente porque não paga a taxa de promoção aos proprietários da F-1. Em 2016, reportagem do Estado revelou que, por causa da falta de pagamento desta taxa, a prova na época dava prejuízo de cerca de R$ 100 milhões, rombo saldado pela própria organização da categoria. A F-1 não divulga, mas são raras as etapas que não pagam a taxa, caso também de Mônaco.

Os promotores do GP brasileiro argumentam que a cota elevada de patrocinadores obtida com a prova em São Paulo, no Autódromo de Interlagos, compensa as perdas com a taxa. O prefeito da capital, Bruno Covas, já afirmou interesse em manter a prova na cidade para além de 2020 e avisou que as negociações para a renovação do contrato terão início no próximo ano.

Estas negociações podem ser mais exigentes do que esperam as autoridades brasileiras, a julgar pelas metas estabelecidas por Chase Carey. "Acreditamos que ainda há espaço para crescimento da Fórmula 1, um crescimento significativo, na área de promoção do evento, pelos próximos anos", afirmou o americano, na videoconferência.

"O crescimento será definido por três fatores. Primeiramente, queremos aumentar o nosso calendário para além das atuais 21 corridas. A expansão será modesta, mas estamos empolgados com os números, qualidade e diversidade das novos locais que demonstraram interesse em receber uma corrida. Toda corrida precisa ser ótima para os fãs e também precisa ser atrativa em termos de negócios", enfatizou, antes de dar um aviso às etapas já estabelecidas no circuito.

"Em segundo lugar, esperamos substituir algumas etapas atuais em que herdamos acordos pouco atrativos por novos eventos e novos acordos que serão melhores para o automobilismo e que vão fornecer mais valor [à F-1]", destacou Carey. "Em terceiro, há um significativo valor de longo prazo em nossas experiências de hospitalidade. Grandes eventos hoje em dia sabem aproveitar os clientes que querem e podem pagar por experiências únicas."

Após inúmeras reações nas redes sociais acerca do possível fechamento do Paço do Frevo, nesta quarta-feira (14), a Prefeitura do Recife, através de nota oficial, falou sobre o destino do equipamento. De acordo com a PCR, o museu está passando por um momento de transição mas não encerrará suas atividades.

A Prefeitura confirmou o encerramento do contrato com o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), atual administrador do Paço do Frevo, nesta terça (13), mas assegurou já ter acontecido um processo licitatório vencido pelo próprio IDG. A partir de agora, e até o dia 1º de dezembro, o museu passa a operar em horário limitado, apenas pela parte da tarde, até que este novo contrato seja implementado e regularizado.

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Confira a nota na íntegra:

A Prefeitura do Recife esclarece que o Paço do Frevo não está encerrando as atividades. O equipamento atravessa agora um momento de transição de gestão. Acabou hoje (13) o contrato, assinado em 2013, entre a administração pública e a Organização Social Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), para manutenção e oferta regular dos serviços e programações do Paço. Um outro processo licitatório já foi realizado e vencido pelo mesmo IDG, que agora está na fase de implementação e regularização da operação, para que o Paço possa seguir atuante na salvaguarda, promoção e renovação do frevo como genuína expressão cultural da cidade. Durante esse período de transição, até o dia 1º de dezembro, o Paço do Frevo continuará funcionando no período da tarde, para atendimento ao público.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), nesta sexta-feira (9), insistiu em falar novamente sobre a questão da primeira fase do Enem que tratou sobre um dialeto que seria utilizado entre gays e travestis. O capitão da reserva também expôs que é “complicado” escolher quem será o novo ministro da Educação e ainda apontou mudanças para a edição 2019 da prova. 

“Vão falar que eu estou implicando, agora pelo amor de Deus esse tema, com a linguagem particular daquelas pessoas, o que nós temos a ver com isso meu Deus do céu? A gente vai ver a tradução daquelas palavras, um absurdo. Vai obrigar a molecada a se interessar por isso agora para o Enem do ano que vem? Pode ter certeza, fique tranquilo, não vai ter questão dessa forma ano que vem”, garantiu. 

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Bolsonaro antecipou que a prova vai abranger questões como geografia, história e afins. “Questões realmente que interessa o futuro da nossa geração e não essas questões menores e ainda ficam estimulando a briga entre pessoas que pensam diferente, que tem opção diferente. Nós não queremos isso, nós queremos pacificar o Brasil e queremos que na escola a molecada aprenda algo que no futuro lhe de liberdade, que possa ganhar o seu pão com o seu trabalho e que não fique com essas questões menores”.

O militar detonou as universidades afirmando que “uma parte considerável” jogam fora o dinheiro destinado. Ele chegou a citar um caso na Universidade de Brasília (UnB) no qual teria sido encontrado “maconha, preservativo no chão e cachaça na geladeira”. 

No entanto, o presidente eleito confessou que mudar esse cenário é “difícil” também citando que foi chamado de “fascista, homofóbico e ditador”, mas declarou que vai tentar mudar a situação. Ainda contou que foi um “aluno exemplar” na escola e que passou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em um concurso que tinha mais de 10 mil candidatos para 38 vagas.

No dia 2 de novembro, Recife conheceu sua mais nova miss. Em uma edição com o tema "Eu não", destacando o empoderamento feminino, quem recebeu a coroa foi a estudante Bárbara Souza, de 22 anos. A nova Miss Recife conquistou o título de representante da beleza da mulher recifense ao ostentar os seus 52kg e 1,78 de altura.

Filha de empregada doméstica, Bárbara leva consigo os ensinamentos que recebeu da mãe quando era criança. O intuito de dona Luciene Pereira Barbosa era que as filhas nunca deixassem os estudos de lado, para que elas não seguissem os mesmos passos da sua profissão. 

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Cursando o segundo período de Publicidade e Propaganda na UNINASSAU, através do ProUni, Bárbara Souza revelou que na vida não sofreu racismo. "Nunca fui vítima do racismo, mas já presenciei, apesar de ser uma coisa tão velha e atual no país. Só o amor é capaz de unir as pessoas e mudar totalmente o comportamento delas", afirma.

Em entrevista ao LeiaJa.com, a Miss Recife 2019, representando o bairro da Iputinga, contou um pouco sobre sua infância, entrada recente no mercado da moda e os planos para o futuro.

Confira a entrevista:

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O babalorixá pernambucano Pai Carlos de Xangô, conhecido por fazer previsões do futuro, morreu na noite desta quinta-feira (8) em decorrência de um câncer de intestino, no Hospital Oswaldo Cruz, localizado no bairro de Santo Amaro, no Recife. O corpo do religioso está sendo velado no Cemitério Memorial Guararapes, em Jaboatão dos Guararapes, onde será sepultado às 16h.

Pai Carlos ganhou fama em 2011, após o episódio do pagamento de trabalhos religiosos prestados ao Sport Club do Recife para conquistar o título da Copa do Brasil. Na época, o babalorixá alertou que a equipe teria uma maré de azar se a dívida com os orixás não fosse paga. 

Após três anos, para evitar problemas com o Ibama, o Sport ofereceu um boi malhado no lugar do búfalo que havia sido combinado a princípio e quitou o débito com o religioso. 

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O caminho está livre para Lewis Hamilton alcançar e até superar as marcas históricas de Michael Schumacher na Fórmula 1. Ao menos esta é a avaliação de pilotos ouvidos pelo Estado. Na avaliação deles, as circunstâncias favorecem a hegemonia do inglês em busca dos números. Com a conquista do pentacampeonato, no México, o inglês pode igualar os sete títulos do alemão em 2020, exatamente a duração atual do seu contrato com a Mercedes.

Nestes dois próximos anos, o equilíbrio de forças no campeonato deve sofrer poucas alterações. A Fórmula 1 prevê mudanças drásticas somente a partir de 2021. Até lá, Hamilton poderá ao menos alcançar o heptacampeonato e superar o recorde de 91 vitórias de Schumacher - o inglês tem atualmente 71. E os pódios: o alemão lidera por 155 a 132.

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"O Hamilton tem potencial para qualquer coisa, sem dúvida", opina Felipe Massa, em entrevista ao Estado. "As chances são muito grandes de ele conquistar mais dois campeonatos e alcançar o número de vitórias do Schumacher."

O ex-piloto de F-1, aposentado da categoria no fim de 2017, lembra que o seu ex-rival já havia surpreendido ao bater o recorde de pole positions, no ano passado, ao superar justamente o alemão - Hamilton já soma 81, contra 68. "Se levar em conta que ele já tem o recorde de pole positions, que parecia algo impossível na época do Ayrton. E aí o Schumacher passou o Ayrton. E ele passou o Schumacher..."

Também ex-piloto da F-1, Luciano Burti concorda com Massa. "Se me perguntassem no ano passado se Hamilton poderia superar Schumacher, eu diria que não. Mas ele fez uma temporada muito acima da média neste ano. E, neste momento, digo que ele pode, sim, superar estas marcas", afirmou.

Burti pondera, contudo, que as circunstâncias favorecem o britânico. "Temos que lembrar que as temporadas de F-1 atualmente têm mais corridas do que antigamente. Os carros quebram menos agora", destacou. "Essa questão de número é até um pouco injusta se comparar com as outras épocas. Era muito diferente."

Rubens Barrichello, questionado pela reportagem, concorda com a dificuldade de comparar momentos tão diferentes da história da categoria. "O Hamilton tem um talento inegável e tem chances, sim, de ser um dos melhores do mundo. Mas nós nunca vamos poder comparar épocas. Não dá para comparar, por exemplo, Senna com Fangio. Mas, em termos de números, Hamilton pode ser, sim, um dos melhores."

O desafio de Hamilton, na avaliação de Lucas di Grassi, é manter o alto nível por mais tempo, algo que nem todos os pilotos conseguem. "Se é difícil chegar ao topo na Fórmula 1, se manter nele é tão difícil quanto. Veja o caso do Alonso, que parecia que ia empilhar títulos e acabou não conseguindo, apesar de ser um piloto excelente. Tudo vai depender muito das escolhas que o Hamilton vai fazer daqui para a frente. Claro, a gente tem que colocar na equação o sempre possível surgimento de novas forças, sejam pilotos ou equipes que interfiram nesse processo."

O próprio Alonso, dono de dois títulos mundiais, já incluiu o adversário entre os cinco melhores da história. "Provavelmente meu Top 5 teria Michael [Schumacher], Fangio, Senna, Prost e Lewis. Conquistar o quinto título e se igualar a Fangio é um grande feito e, se alguém tinha que conseguir isso na nossa geração, fico feliz que seja Lewis porque mostrou seu talento e comprometimento", disse Alonso dias antes do pentacampeonato do britânico.

Até mesmo Nico Rosberg, ex-companheiro e forte rival de Hamilton entre 2013 e 2016 na Mercedes, reconheceu recentemente o potencial do inglês para eventualmente se tornar o maior da história. "Esse título poderia dar a ele o empurrão certo, a motivação para tentar igualar o recorde de sete campeonatos mundiais de Schumacher. Talvez ele possa superá-lo."

“Meu sonho mesmo é dar aula para o ensino médio, pode ser em escola estadual, municipal ou particular”, diz Lucas dos Anjos Castro, 16 anos, estudante do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Professor Botelho Reis, em Leopoldina, Minas Gerais. “Eu me vejo como professor, igual aos meus, na correria, rodando para lá e para cá, entrando em uma sala e outra. É o que eu gosto”.

O sonho com a carreira docente, como o de Castro, é cada vez mais raro. De acordo com levantamento feito pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), com base nos dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2015, apenas 3,3% dos estudantes brasileiros de 15 anos querem ser professores. Quando se trata daqueles que querem ser professores em escolas, na educação básica, esse percentual cai para 2,4%.

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Nesta segunda-feira (15), no Dia do Professor, a Agência Brasil, mostra as ideias de quem quer seguir a carreira docente e de professores que não abrem mão da profissão.

“Quando eu contei para a minha mãe, ela me disse: ‘você pode ganhar mal, como será o seu futuro?’ Eu falei que queria e que se eu não trabalhar no que quero, não vou ser feliz”, diz Castro.

Um dos professores que influenciou a decisão do estudante foi João Paulo de Araújo que, além de lecionar história na Escola Estadual Professor Botelho Reis, trabalha também na Escola Estadual Doutor Pompilio Guimarães e no Colégio Equipe, que é particular. “Acho que no primeiro momento, os alunos não escolhem porque a própria família recrimina, a sociedade julga muito. Eu tenho buscado ser um professor melhor, que inspire, que mostre que a profissão é tão boa quanto qualquer outra, que tem desafio como qualquer outra”.

Araújo foi um dos vencedores do prêmio Educador Nota 10, em 2013. “É a forma que posso retribuir tudo que educação fez por mim. Venho de família humilde. Meu pai é ex-presidiário e minha mãe era doméstica. A oportunidade que eu tive foi graças à educação”.

Carreira pouco ativa

O estudo elaborado pelo Iede mostra que a carreira docente não atrai os alunos que têm um melhor desempenho no Pisa. A avaliação internacional da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é aplicada a estudantes de 15 anos que fazem provas de leitura, matemática e ciências. Entre os 70 países e regiões avaliados, o Brasil ficou na 63ª posição em ciências, 59ª em leitura e 65ª em matemática. Os estudantes que disseram que pretendem ser professores obtiveram 18,6 pontos a menos da média do país em matemática, 20,1 pontos a menos em ciências e 18,5 a menos em leitura.

Dentre os países participantes do Pisa, a Alemanha é o que apresenta a maior diferença entre a nota dos alunos que esperam ser professores e a média geral do país. Aqueles que querem seguir a carreira docente obtiveram 42,9 pontos a mais em matemática, 52,5 em ciências e 59,1 em leitura.

Os países com os maiores percentuais de estudantes que querem ser professores são Argélia, onde 21,7% dos estudantes querem ser professores, e Kosovo, onde esse percentual chega a 18,3%. Nesses países, no entanto, o desempenho desses alunos não é bom, "mas é muito similar ao desempenho geral dos estudantes do país, que é baixo", diz o estudo. Coreia e a Irlanda estão também entre os países com os maiores percentuais, respectivamente 13,8 e 12,6%. Ao contrário da Argélia e Kosovo, o desempenho dos alunos é bom, chegando, na Coreia, a ser superior à média nacional.

“O que o dado brasileiro revela é o fato que a ocupação de professor está com problemas de atratividade. As pessoas que têm notas mais altas escolhem outras profissões”, diz o professor de economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Fábio Waltenberg, um dos autores do estudo Ser ou não ser professor da Educação Básica? Salário esperado e outros fatores na escolha ocupacional de concluintes de licenciaturas. Segundo Waltenberg, o salário é um dos entraves para a escolha da profissão.

Equiparação salarial

Professores de escolas públicas ganham, em média, 74,8% do que ganham profissionais assalariados de outras áreas, ou seja, cerca de 25% a menos, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)Essa porcentagem subiu desde 2012, quando era 65,2%. Por lei, pelo Plano Nacional de Educação, esse salário deve ser equivalente ao de outros profissionais com formação equivalente até 2020.

De acordo com o diretor do Iede, Ernesto Martins Faria, três aspectos contribuem para a atratividade da profissão. “Planos de carreira para professores e educadores, ações específicas de valorização, que geram estímulo e permanência, e coesão escolar. O funcionamento da escola tem a ver com visão consistente, semelhante de gestor, coordenador pedagógico e educadores”, diz.

Segundo ele, o fato de os professores serem muitos e estarem ligados a estados e municípios, muitas vezes com orçamentos restritos, dificulta sobretudo a existência de planos de carreira atrativos. “Estamos falando da carreira de 2 milhões de professores, [não apenas o Brasil], o mundo sofre para oferecer uma carreira atrativa”.

Apesar das dificuldades, a estudante de licenciatura em ciências sociais Aniely Silva, 20 anos, não desiste do sonho de ser, assim como Castro, professora de ensino médio. Ela conta que a vontade ficou mais forte após participar das ocupações de escolas em São Paulo.

“Durante as ocupações das escolas, percebi o quanto de informação não chega para nós, que somos de periferia e de escola pública. Queria conseguir levar informação para as pessoas. Quando a informação chega como conhecimento, muda a realidade das pessoas, como mudou a minha”.

Aniely arremata: “Não escolhi a profissão pelo salário e não me desmotiva. Quero estudar muito para ser muito boa no que eu faço e lutar para melhorar a educação, por mais investimento e valorização dos professores”.

O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), vai fazer a poesia ganhar forma, com a estreia da Exposição Autopoese, do artista visual Alexandre Dacosta.

O poeta celebra 18 anos de atividades na linguagem poética-visual e a mostra contará com vasto acervo, que transita de forma conceitual, entre o poema objeto, a poesia gráfica e vídeo. 

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Ao todo, serão 12 vídeos poéticos-experimentais de curta duração e mais de 60 obras tridimensionais como por exemplo: Rãdiografia, o raio-x de uma rã, exposto sobre uma caixa de luz, onde se lê o poema: “a rã coaxa ao rés do brejo parco/acha que chá de sumiço é mergulho no charco”.

A partir da sexta (21) até proximo dia 25 de novembro estará aberta para visitação gratuita no MAMAM, mantida pela Prefeitura do Recife, por intermédio da Secretária de Cultura e da Fundação de Cultura da Cidade do Recife. Para mais informações acesse o site do museu.

*Por Jhorge Nascimento

Serviço

Exposição Autopoese, de Alexandre Dacosta

Quinta (20)| 19h

De 21 de setembro a 25 de novembro, Terça à sexta  das 12h às 18h, e aos sábados e domingos das 13h às 17h.

MAMAM (Rua da Aurora, 265, Boa Vista)

Gratuito

Vivemos na era ou sociedade da informação e do conhecimento. Nesta sociedade, a informação e o conhecimento, chamados de capital intelectual, são muito mais importantes que os recursos materiais como fator de desenvolvimento humano. Nesta nova era, nenhum país do mundo consegue sair de um estágio de subdesenvolvimento para desenvolvimento senão por meio do aperfeiçoamento profissional e educacional de seu povo. Isso só ocorre com um investimento forte, real, eficaz e eficiente na educação, desde a básica até a superior. Importante, também, investir maciçamente no desenvolvimento da inovação, da ciência e da tecnologia.

O estudo, que proporciona conhecimento e visa substituir uma mente vazia por uma mente aberta, é o passaporte para o futuro, pois é capaz de abrir horizontes e mostrar caminhos jamais conhecidos. É a educação, e não o dinheiro, que faz a diferença e acrescenta valor ao caráter de uma pessoa. Já dizia Immanuel Kant: “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”.

Como cunhou o gênio Leonardo da Vinci, “aprender é a única coisa de que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”. Nesse contexto, é importante trazer à baila duas máximas: 1) Ninguém nasce burro ou inteligente. O cérebro é maleável e tem um potencial de 100 bilhões de neurônios. Ou seja, todo mundo é capaz de aprender, se tiver os estímulos certos. 2) Para aprender, é preciso querer aprender, isto é, acreditar na própria capacidade e ter determinação.

Muita gente acredita que o conhecimento é algo intrínseco às pessoas empreendedoras, e acaba colocando o conhecimento em segundo lugar. Ledo engano. Muitos têm vontade de empreender e abrir o próprio negócio, mas acabam desistindo por falta de informações e conhecimento sobre aquele negócio, sobre os concorrentes e sobre o mercado naquela área. Sum Tzu, autor do best-seller “A arte da guerra”, escrito no século IV a.C., já ensinava que, “se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha, sofrerá também uma derrota. Se você não conhece o inimigo, nem a si mesmo, perderá todas as batalhas”.

Para adquirir informações e conhecimento, a educação e o estudo devem ser constantes, ininterruptos. É o chamado conceito do aprendizado contínuo, uma vez que não apenas o conhecimento avança, mas também se transforma. Foi-se o tempo em que a pessoa se formava, conquistava o diploma e vivia o resto da vida com os conhecimentos que tinha adquirido ali. A necessidade de aprendizado contínuo é característica de um mundo em constante mudança, em que o aprendizado adquirido fica obsoleto mais rapidamente. Segundo Martyn Davies, as pessoas precisam se perguntar continuamente o que farão nos próximos doze meses para se manterem atualizadas. É importante continuar aprendendo, independente do passado ou da idade.

Sasha Meneghel abriu o jogo sobre sua vida, planos para o futuro e não deixou de lado o relacionamento com Bruno Montaleone. Com cliques de tirar o fôlego para a revista Vogue ela ainda falou sobre como se mantém em forma.

Não é novidade que para a jovem, saudade é um sentimento constante. Sasha, que mora em Nova York, revelou que com a rotina corrida, é difícil manter o contato com todos e que sente muita falta. "Minha família, amigos, da natureza... E não preciso nem dizer, né? Do Bruno, claro". O casal aproveita toda e qualquer oportunidade para matar a saudade, mesmo que por pouco tempo.

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E por falar em Nova York, a loira não esconde que ama morar na cidade, mas que também pensa em ir para a Europa. "Penso muito em Europa, principalmente Itália, mas não sei, no momento meu coração está em Nova York".

Já ao falar sobre o corpo, Sasha revelou que pode estar seguindo o caminho de sua mãe e aderindo ao veganismo. "Não ando fazendo dieta não. Faz um tempo decidi virar vegana. Não sou 100%, mas já tinha intolerância a lactose e estava parando de comer carne vermelha". A jovem contou à revista que mantém a boa forma dançando. "Gosto muito de dançar, mas não sou bailarina, faço modalidades mais contemporâneas, como jazz, alguns passos de balé - que dancei por muito tempo. É uma forma de terapia, né?".

Inovação, tecnologia e networking. Essas foram as palavras chaves do Innovation Meeting NE 2018, evento realizado na nesta sexta-feira (24) e no sábado (25), na Reserva do Paiva, Litoral de Pernambuco. O encontro teve o objetivo de reunir empresas pernambucanas e de outros Estados com o intuitivo de realizarem a ampliação de contatos e exposições de suas inovações tecnológica.

O evento também contou com palestras sobre o modelo de repensar as ações do futuro, ministrada por Renan Hannouche, intitulada "Touching the future". "As inovações tecnológicas são muito importantes para as empresas, mas também é preciso pensar em como as relações humanas estão sendo aplicadas nessa nova era disruptiva. Precisa-se de mais cuidado, mais atenção, mais toque humano", explicou Hannouche. 

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Em seguida, a segunda edição do Innovation Meeting NE 2018 também apresentou a palestra "Como evitar que o seu negócio se torne obsoleto (se ele já não está) com a reengenharia digital", ministrada pelo empresário Luiz Guimarães. O encontro tratou das novas formas de como as empresas devem fazer uma reorganização digital para que não sejam ofuscadas pelas tecnologias aplicadas em startups e outras companhias.

"Grandes companhias, como as de táxi, por exemplo, não mudam o produto, mas reconfiguram para se tornar mais cômodo para os usuários, por meio de um aplicativo que, neste caso, faça a solicitação do automóvel e dê ao cliente todas as informações que ele precisa", contou Guimarães. 

Além das palestras, outras empresas também fizeram parte o evento e o identificam como uma boa forma de ampliação da rede de contatos. "O evento já é consagrado em Pernambuco e cumpre um papel muito importante pra área de tecnologia, porque hoje temos as maiores empresas ou são de tecnologia ou a usaram para se desenvolver", opinou um dos patrocinadores do evento, Fernando Furetti.

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Joanna Maranhão está desempregada. Pela primeira vez em sua carreira, após 17 anos de uma rotina exaustiva de treinos e competições, ela pode acordar durante a semana a hora que bem entender, tomar tranquilamente o café da manhã, ler o jornal, dar uma volta sossegada com os dois cachorros e voltar para casa sem ter a obrigação de fazer nada.

Há duas semanas, a principal nadadora da história brasileira anunciou aos 31 anos de idade sua aposentadoria das piscinas. E não foi por estar em baixa na carreira. Em 2017, ela bateu o recorde sul-americano dos 200 metros medley e dos 200m borboleta e também alcançou as melhores marcas do País nos 400 metros e nos 1.500 metros livre. Em entrevista ao Estado, ela disse que suas motivações em relação à vida mudaram e espera definir em breve qual novo caminho trilhará. "No momento estou desempregada", disse.

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"Já aviso que não vou me candidatar a nada. Bote aí, se puder: 'a Joanna não vai se candidatar a nada'. Me enchem o saco com isso", disse. O aviso vem porque há algum tempo brotam boatos de que Joanna Maranhão tentará a carreira política. Isso desde que ela se filiou ao PSOL, em novembro de 2017.

Mas uma coisa nada tem a ver com a outra, segundo ela. Joanna sequer pensa em se tornar dirigente esportiva. "Não me parece a melhor ideia que ex-atletas se tornem dirigentes. As gestões precisam ser técnicas acima de tudo."

O ideal para o futuro seria transformar seu projeto social em negócio. Desde 2014, sem receber salários, ela toca o Infância Livre, ONG que tem como proposta ensinar crianças de 8 a 12 anos a nadar. As aulas acontecem duas vezes por semana em Belo Horizonte e o intuito é levar também para Recife, sua cidade natal.

NATAÇÃO BRASILEIRA - Atualmente, ela vê com bons olhos a gestão da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Joanna foi uma das atletas que contribuiu para a denúncia contra o ex-presidente da entidade Coaracy Nunes, acusado de organização criminosa. O caso corre na Justiça e o dirigente está afastado do esporte.

"Agora já dá para notar um sentimento de pertencimento. Foi criado um Comitê de Ética na CBDA", disse. Desde junho de 2017, o presidente Miguel Carlos Cagnoni assumiu o cargo. "Mas tem que ser assim: oito anos de mandato e tchau. Elege-se outro", opinou.

A mudança cíclica também precisaria acontecer na água, segundo Joanna. A falta de uma renovação nas provas que foi especialista chama sua atenção. "Apesar de ter muito orgulho de nunca ter perdido (uma competição nacional) de 2002 para cá, me preocupo muito com isso. Via que minha idade estava passando e em vez de a diferença diminuir, estava aumentando."

Joanna Maranhão ganhou os holofotes com o histórico quinto lugar nos Jogos de Atenas-2000, quando tinha apenas 17 anos. Desde então esse é o melhor resultado de uma brasileira no maior evento esportivo do mundo. Depois bateu recordes sul-americanos, conquistou medalhas pan-americanas e disputou quatro Olimpíadas.

PASSADO A LIMPO - A medalha olímpica não veio e ela sabe o porquê. No auge da forma física, ela precisou enfrentar seu passado. As crises de pânico e a depressão vieram por causa do assédio sexual que sofreu quando tinha 9 anos de idade. Em 2008, ela tornou pública essa tragédia na sua infância. "Enquanto estava na terapia e nadando muito mal, a natação continuava, e aquele meu tempo do ano 2000 já não era mais tão bom."

"Enquanto fazia as pazes comigo, esse timing passou. Fui em busca então de ser a melhor Joanna que eu poderia. E consegui isso com 29 anos de idade, quando fui mais rápida do que quando tinha 17".

Hoje ela dá palestras para contar como fez para superar esse trauma e tenta ajudar de alguma forma pessoas que enfrentam problema semelhante. Sua exposição tem contribuído muito para escancarar esse grave problema. Tanto é que existe uma lei em vigor há seis anos batizada de Joanna Maranhão, que estende prazo de prescrição para estupro de criança. "Todo dia recebo mensagens sobre isso. Os mais graves, passo meu próprio telefone para poder conversar."

Joanna vive de maneira transparente. Nas redes sociais, ela relata os momentos de alegria ao lado do marido, o judoca campeão mundial Luciano Corrêa, e também os momentos de sofrimento, como o "live" que fez para falar sobre a perda do filho semanas depois de ter descoberto a gravidez.

De certa maneira, consegue levar os "haters" na brincadeira por se sentir realizada com a carreira. Ainda mais agora, que está com a tarde livre para cozinhar um bolo ou nadar sem olhar o tempo no relógio - ela ainda treina ao menos três vezes por semana.

No momento, sua luta está em convencer Luciano a aceitar o gato vira-lata que apareceu na sua casa em BH. Enquanto isso, espera pelo surgimento de novas nadadoras capazes de bater seus recordes nacionais nos 200m borboleta, nos 200m e 400m medley, nos 200m costas, nos 400m e 800m livre e nos 1500m livre.

Encabeçando projetos de investimento no tênis, Gustavo Kuerten afirmou nesta sexta-feira que a modalidade ainda está em criação no Brasil, com raras iniciativas que podem sustentar o esporte a longo prazo. "O tênis brasileiro não existe ainda, existe somente os jogadores", declarou o tricampeão de Roland Garros, em São Paulo, onde divulga seus projetos para ajudar a desenvolver a modalidade no País.

Ao comentar sobre a situação atual do esporte no Brasil, em entrevista coletiva, Guga afirmou que ainda não há um cenário da modalidade no País. "Só no Rio Open deste ano caiu a minha ficha. Não existe um cenário brasileiro, um ciclo. Falta tênis no Brasil. Existe só os jogadores. Quando falamos de tênis do País, falamos apenas de personagens. 'Ah, o Guga parou, o Meligeni ali, o Thomaz está em fase ruim'. Ainda não conseguimos produzir uma geração de tenistas", afirmou.

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Por isso, o ex-número 1 do mundo decidiu se dedicar nos últimos anos à formação de uma base de jovens tenistas. "Temos que falar é da pretensão de montar uma base. Se não, vamos ficar falando de caso a caso. E é meio irracional falar de personagens, o tênis brasileiro não pode ser isso. Temos que falar de dez Thomaz, dez Thiagos. De uma condição que o Brasil pode se dedicar a construir, que é um Top 10, por exemplo."

Para Guga, os profissionais da atualidade, como Thomaz Bellucci, Thiago Monteiro e Rogério Dutra Silva, precisam ser mais valorizados, por não terem recebido uma estrutura mais favorável para sua formação no esporte - no momento, o trio está fora do Top 100 do ranking.

"Qualquer ranking que eles tiverem, tem que agradecer. Eles estão lá sozinhos por livre e espontânea força. Se eles estiverem no circuito por uns dez anos, já estão contribuindo para o tênis brasileiro. Muitas crianças estão vendo eles jogar e isso acaba promovendo o nosso tênis."

O ex-líder do ranking acredita que o investimento na formação de base deve gerar uma geração de bons tenistas no futuro. "Os jogadores precisam ser melhores? Sim, óbvio, mas os treinadores também. Não tem ninguém para ensinar, poucas crianças permanecendo nas aulas. Mas existem ajustes que estão contribuindo bastante."

Estes "ajustes" estão sendo liderados, segundo Guga, pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT) e por seus próprios projetos. O de maior atenção no momento é o Time Guga, revelado pelo Estado no mês passado. Com a iniciativa, o ex-tenista está formando uma equipe de jovens talentos para dar apoio no circuito, principalmente na transição do juvenil para o profissional. A expectativa dele é formar um "Batalhão Brasileiro" no futuro, a exemplo da famosa "Armada Espanhola", como ele havia comentado com a reportagem anteriormente.

"Temos uma safra que é especial, garotos com ranking excelentes, boas pretensões. Precisamos quebrar este estigma do juvenil que não consegue se tornar profissional. Temos que ter um grupo de 20, 30 jogadores de bom nível. Vamos criar sustentabilidade, autonomia. Aí, sim, poderemos ser mais rigorosos com esta turma, exigir e cobrar mais porque eles terão maior capacidade."

Já pensando mais à frente, Guga acredita que o tênis brasileiro precisará se unir mais para somar os esforços pontuais, como os seus, da CBT e de outras academias, como a Tennis Route, do Rio de Janeiro. "O próximo passo agora é reunir esta pessoas, compartilhar experiências. Esta nova geração pode transformar o tênis brasileiro, é uma onda positiva. Isso me dá essa convicção de que o nosso tênis vai ser o melhor do mundo."

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