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Com o crescimento do setor evangélico na política, o presidente Michel Temer (MDB) traçou um plano junto a um dos seus aliados, o ex-ministro do Trabalho e pastor Ronaldo Nogueira: conseguir apoio da Assembleia de Deus e da Universal. A informação é da colunista Andreza Matais, do jornal O Estado de S. Paulo. 

Ao todo, de acordo com a informação, a Assembléia e a Universal possuem mais de 23, 8 milhões de fiéis. Ainda segundo a coluna, Temer irá participar de uma sequência de eventos com as igrejas nos próximos meses com o argumento de que há “uma identidade” entre os valores do governo e das igrejas como, por exemplo, a retirada da polêmica ideologia de gênero da base curricular do Ministério da Educação (MEC).

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Religião e política devem andar lado a lado em diversos discursos políticos neste ano eleitoral. O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) chegou a garantir que não era candidato de nenhuma igreja. “Quando vai chegando perto da campanha, proíbem crentes de chegarem perto de mim. Eu fico leproso”, falou. 

Recentemente, Feliciano criticou a forma que a igreja “faz política”. Ele disse que os evangélicos somam mais de 30% do país, o que equivaleria a cerca de 60 milhões de pessoas, o que poderia definir qualquer eleição, mas que não existe uma liderança. 

Por sua vez, há uma ala que não concorda com a “mistura” afirmando que o Estado é laico. O parlamentar Jean Wyllys (PSOL) polemizou o debate ao dizer que se sentia “ferido de morte” toda vez que um deputado subia à tribuna “ostentando” uma bíblia. “Isso é um atentado à democracia, à República, isso é um atentado ao juramento que a pessoa fez no momento que tomou posse”, disparou certa vez por meio do seu facebook. 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) enviou recomendações aos representantes de igrejas locais alertando para que não sejam realizadas propagandas eleitorais em locais de culto religioso. Segundo o órgão, a Lei das Eleições proíbe a propaganda política no interior de igrejas em prol de qualquer candidato, pois atinge gravemente a legitimidade do processo eleitoral.

De acordo com a representação, a liberdade religiosa não pode ser usada como argumento para prática de atos proibidos pela legislação. “Essas práticas ilícitas podem levar à cassação do registro ou do diploma dos candidatos eleitos”, destacou o procurador regional eleitoral em Pernambuco, Francisco Machado Teixeira.

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O documento ressalta que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirma que propaganda política realizada por entidade religiosa em favor de qualquer candidato caracteriza abuso de poder econômico. Além disso, a legislação proíbe que partidos e políticos recebam doações provenientes de locais de culto de quaisquer crenças religiosas.

O documento também foi encaminhado aos partidos políticos para averiguação. Em casos de violação à legislação, os cidadãos que sentirem-se assediados por candidatos em locais de culto religiosos podem realizar denúncias pelo e-mail prepe-eleitoral@mpf.mp.br ou pessoalmente, na Rua Frei Matias Téves, nº 65, no bairro Paissandu, no Recife, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h30.

Por Fabio Filho

A repercussão da declaração da vereadora do Recife Michele Collins (PP), acusada de intolerância religiosa por escrever em seu facebook sobre “quebrar toda maldição de Iemanjá”, parece não ter fim. Após a frase, a comunidade de Terreiro Axé Talabi divulgou uma nota de repúdio por "propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades".

Nesta segunda-feira (5), foi a vez de entidades religiosas saírem em defesa da vereadora. Representantes de mais de 200 igrejas foram até o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) com o objetivo de entregar uma carta aberta. No documento, os defensores de Collins ressaltam que o inquérito instaurado no órgão contra ela é uma violação da liberdade religiosa. 

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A carta ressalta que Michele Collins apenas expressou sua opinião de fundamento monoteísta em um espaço particular. “Longe das tribunas do parlamento e sem fazê-lo em nome do Poder Público. Qual é o crime nisto? Se depois de se tornar parlamentar um cidadão precisar ser obrigado a silenciar suas convicções de fé, fatalmente um dos dois direitos serão violados: ou o direito do candidato eleito exercer sua liberdade religiosa em ambiente privado ou o direito de alguém com convicções religiosas concorrer a um cargo público”, destaca um trecho do texto. 

O grupo pediu para que o inquérito contra a vereadora seja arquivado e ainda solicitaram uma reunião com o promotor do caso. 

 

O governo do Reino Unido anunciou que vai começar a usar os edifícios de igrejas e outras propriedades para melhorar a conexão de banda larga, internet móvel e Wi-Fi em comunidades isoladas dos grandes centros urbanos. Segundo um comunicado oficial, serão instalados transmissores em torres dos templos religiosos.

O governo espera que o acordo encoraje mais paróquias a considerar a possibilidade de usar as propriedades da igreja para auxiliar a infraestrutura digital. As dioceses de Chelmsford e Norwich já possuem programas de apoio que sustentam esse incentivo.

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"Encorajar as igrejas a melhorar a conectividade ajudará a enfrentar dois dos maiores problemas que as áreas rurais enfrentam - isolamento e sustentabilidade", disse o bispo de Chelmsford, Stephen Cottrell, em comunicado.

O governo observou que 65% das igrejas anglicanas e 66% das paróquias na Inglaterra estão em áreas rurais, e seus locais estão bem posicionados o suficiente para resolver problemas de conectividade e cobertura.

De acordo com o governo, qualquer infraestrutura de telecomunicações instalada não pode afetar a arquitetura dos edifícios históricos. O documento oficial ainda observa que acordos semelhantes também poderiam ser feitos com outras comunidades de fé.

O servidor público Leonardo Igrejas poderia se enquadrar na porcentagem de cidadãos que possuem uma vida estável, uma boa família e uma rotina normal entre a casa, diversão e trabalho. No entanto, Leo, como é mais conhecido, está enquadrado naquele grupo de pessoas que sabem bem o significado do amor ao próximo e da solidariedade: ele já doou sangue mais de 60 vezes à Fundação Hemope, mais especificamente uma vez a cada quatro meses ao longo das últimas décadas. Para se ter uma ideia em números, de acordo com o Ministério da Saúde, apenas cerca de 1,8% da população doa sangue. 

Nesta época do ano, pré-carnavalesca, quando os hemocentros ficam com os estoques de sangue em queda, Leo se torna referência e exemplo. Em entrevista ao LeiaJá, contou que tudo começou com a sua esposa Áurea que, na época, era diretora do Hemope. “Ela me estimulou, porém eu continuei doando porque me sinto bem em pode ajudar alguém que precise. É um ato de amor e de bondade que devemos cultivar. Convido a todos a fazer o mesmo, a ajudar quem está precisando”, destacou.

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Com a chegada dos 60 anos, em setembro do ano passado, Igrejas explicou que só poderá doar duas vezes por ano como determina o Ministério da Saúde, a metade do que fazia antes, mas afirma que isso não muda em nada porque continuará fazendo a sua parte. “O importante é cada um fazer a sua parte como eu tenho feito a minha. Ser solidário é algo que deve ser cultivado, mas algumas pessoas possuem medo demais e outras são egoístas, mas é preciso deixar de lado esses sentimentos em busca de salvar alguém. Poderia ser eu precisando, poderia ser você”, refletiu. 

Ele também contou que já doou para uma família específica e que recebeu uma extensa mensagem de agradecimento. “Mas eu falei na hora que a gratidão era toda minha por poder ajudar alguém. Nós que fazemos o bem que ganhamos”. 

O ato de amor de Leo foi reconhecido, em novembro de 2015, pelo próprio Hemope, que o homenageou, entre outros doadores, pelo seu gesto que segundo a fundação representa “seu compromisso com a vida e com a solidariedade”. O servidor também participou da Campanha da Fundação “Heróis da Vida Real”, que homenageia os “heróis anônimos” que, através da doação voluntária de sangue, ajudam a salvar vidas.

Mais três igrejas católicas foram incendiadas na noite desta segunda-feira (15) no Chile, horas depois do papa Francisco chegar ao país, informa a mídia local.

Duas das instituições ficam na cidade de Cunco, a 700 quilômetros de Santiago, onde o Pontífice está hospedado nesta terça-feira (16). O outro incêndio ocorreu na paróquia Mãe da Divina Providência, em Puente Alto, na periferia de Santiago.

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Somando com os ataques da última semana, já são nove as igrejas atacadas com bombas caseiras, que destruíram partes delas, pelo país. Apesar dessas últimas três não terem sido reivindicadas, os ataques são investigados como ações de grupos anarquistas.

Diversos protestos contra a visita do Papa - com pautas que vão desde o gasto de dinheiro público em segurança até os casos de pedofilia cometidas por sacerdotes - foram registrados pelo país. Segundo a polícia, até esta terça-feira, 35 pessoas já foram presas por conta dos protestos. 

Da Ansa

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), declarou nesta quinta-feira (16) que a proposta de isenção fiscal para templos religiosos da cidade foi uma "iniciativa de um vereador". "Eu não vi pressão por parte das igrejas", disse durante agenda oficial em São Miguel Paulista, na zona leste da capital.

"As igrejas têm se comportado de forma muito correta com a Prefeitura de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo tem também tido um comportamento bastante correto", afirmou o tucano.

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Na quarta-feira (15) Doria sancionou a Lei 16.575/17, que instituiu mudanças na cobrança de Imposto Sobre Serviços (ISS), o que incluiu a cobrança de taxas a serviços de streaming, como Netflix e Spotify. Ele vetou, contudo, uma emenda proposta pelo vereador Eduardo Tuma (PSDB), vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, que garantia isenção a templos.

"Não faz sentido: as igrejas podem e devem pagar impostos também. Nós precisamos ter critério na cidade e esse foi o objetivo do veto a esse tema. E as igrejas compreendem também, tanto as igrejas católicas quanto as evangélicas, todas elas. Eu não vejo nenhum tipo de conflito nessa relação e nessa interpretação", declarou.

Durante o evento, o prefeito também defendeu a cobrança para serviços de streaming desde que "justos". "Eu não vejo também por que razão serviços internacionais que ganham dinheiro aqui, no Brasil, possam estar isentos de pagamento dos seus impostos", disse.

Com a mudança, os serviços de transmissão de conteúdo terão de pagar uma alíquota de 2,9%. O argumento para a iniciação da cobrança é a adequação à legislação federal sobre o tema, que apontou pela cobrança de ISS para essas empresas.

O deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC), durante uma live no Facebook, na madrugada deste domingo (15), falou sobre campanha eleitoral. Feliciano, que conseguiu mais de 400 mil votos na última eleição, garantiu que nenhuma igreja permite que ele peça votos. De acordo com o religioso, há na Câmara dos Deputados 185 parlamentares filiados à bancada evangélica e 95 que são "evangélicos de carteirinha". 

"Nenhuma igreja me permite pedir votos. As pessoas perguntam como eu tenho tantos votos. Eu também me pergunto, sabia? Porque quando chega na época de campanha nenhuma igreja me permite pedir votos. As igrejas batem com a porta na minha cara. Claro que para toda regra há exceção. Há algumas igrejas independentes que acabam sempre me ajudando, mas as grandes igrejas, até a minha Assembleia de Deus- Ministério do Belém, quando vai chegando perto da campanha, elas proíbem crentes chegarem perto de mim. Eu fico leproso", declarou. 

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O parlamentar também falou que não apenas a dele, mas todos os outros grandes ministérios proíbem porque cada um tem o seu candidato próprio. "E eu não sou candidato de nenhuma igreja. Interessante isso, não é? Eu não sou candidato de uma denominação. Eu sou candidato do povo. Eu sou o pregador que Deus tirou da roça, do corte de cana e me deu um coração do povo", disse. 

"Um dia desses, em uma roda de pregadores, alguns de nome mundial, que são ricos e importantes, [disseram] Feliciano é um pregador das multidões pobres, e eu glorifico a Deus por isso. Eu tenho orgulho disso. Sinto orgulho de ser alguém que vai onde os ricos e os grandes não vão. Graças a Deus eu ainda subo o monte para orar, também prego nas grandes cátedras quando me dão oportunidade, nos mega eventos, mas também prego para quatro ou cinco pessoas do outro lado do mundo como já diz daqui para o Japão para pregar para pouquíssimas pessoas", discursou.  

Mesmo ainda faltando bastante para a eleição de 2018, o pastor pediu apoio da sociedade. "O que importa é que as pessoas ouçam a palavra profética que Deus tem colocado no meu coração. Quero aqui pedir o apoio de vocês. Ano que vem é ano político de novo. O meu sonho era crescer e ir para um patamar maior, mas a política no Brasil é muito complicada, então eu não sei a que venho, mas me ajude porque eu tenho tentado representado a sua família da melhor maneira possível", pediu. 

Feliciano ainda falou que não consegue agradar a todos porque as pessoas têm outros pensamentos, mas que quando está em Brasília, antes de todas as votações, "ora e pede a Deus" orientação para saber o que é melhor para o povo.

O Festival ‘Cena Cumplicidades’ chega a sua sétima edição levando pela primeira vez as apresentações de companhias de dança contemporânea para dentro de uma igreja, com performances especiais. O evento, que já esteve em diversas cidades de dentro e fora do país, será realizada entre os dias 26 de outubro e 5 de novembro, em Recife e Olinda. 

O anúncio oficial dos artistas que se apresentarão no festival só será feito no dia 17 de outubro. Segundo a organização, entre as atrações estarão companhias locais, nacionais e internacionais das áreas de música, dança e artes cênicas. 

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Em 2016, a ação trouxe a Pernambuco artistas de países como Uruguai, Peru, Argentina, Espanha, Suiça França e Canadá, além dos grupos brasileiros. No ano anterior o festival passou por Natal, João Pessoa e também por Buenos Aires. Este ano, na capital argentina, a programação já foi revelada e acontece nos dias 14 e 18 de outubro. 

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O relator do Novo Refis, deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), aproveitou seu parecer para atender a uma série de demandas não diretamente relacionadas ao programa atual de parcelamento tributário. As medidas vão desde perdão de dívida a instituições religiosas, inclusão de clubes de futebol ao programa de parcelamento de dívidas de times (Profut) e a reabertura do programa que permitiu instituições de ensino superior a trocar a maior parte das dívidas por bolsas no Prouni.

O parecer de Cardoso Jr. foi aprovado ontem durante a quarta reunião da comissão mista que analisou a Medida Provisória 783, do Novo Refis.

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Para atender a pedido da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, o relator incluiu a previsão de remissão de débitos tributários de "entidades religiosas e instituições de ensino vocacional, sem fins lucrativos" com a Receita Federal. O perdão vale para débitos inscritos ou não na Dívida Ativa da União, inclusive aqueles objeto de parcelamentos anteriores ou que são alvo de discussão administrativa ou judicial.

Cardoso Jr. explicou ao Estadão/Broadcast que a medida apenas "corrige" um erro, uma vez que essas entidades, na visão dele, deveriam ser imunes à tributação. A Constituição garante que entidades beneficentes de assistência social são isentas de pagar impostos, mas o alcance é limitado a esse tipo de instituição. Segundo o peemedebista, além do apelo da bancada evangélica, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também teria solicitado a medida ao relator.

O novo texto do Refis prevê ainda que essas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional que exerçam atividade de assistência social, sem fins lucrativos, "são isentas da cobrança de tributos, inclusive contribuições, da União incidentes sobre o patrimônio, renda ou serviços pelo prazo de cinco anos".

Futebol

O relator ainda previu em seu parecer a reinclusão de clubes que foram excluídos do programa de parcelamento de dívidas de times de futebol, o Profut. Ele argumenta que a medida vai beneficiar principalmente os clubes menores. O Profut permitiu o refinanciamento de dívidas de impostos em 240 meses, com redução de 70% das multas, 40% dos juros e 100% dos encargos. Os clubes que aderiram tiveram desconto de 50% nas 24 primeiras parcelas, 25% da 25.ª à 48.ª e 10% a 49.ª à 60.ª. Como contrapartida, precisaram assumir alguns compromissos, como limitação de mandatos dos dirigentes, não atrasar salários, gastar no máximo 80% da receita bruta anual do futebol profissional com salários e direitos de imagem e investir nas categorias de base e no futebol feminino.

Também há previsão de reabertura de prazo de adesão ao Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (Proies), que parcelou dívidas tributárias dessas entidades. "Em tempos de crise econômica aguda, tais entidades não lograram êxito nesse intento (de recuperação). Por essa razão, acreditamos que o Poder Executivo concordará com a reabertura do período de adesão ao Proies", diz o voto do relator. O Proies foi o nome dado ao benefício concedido às instituições de ensino superior em 2012, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. As instituições que aderiram ao programa poderiam converter até 90% da sua dívida em bolsas do Prouni. Os outros 10% poderiam ser parcelados num prazo de 15 anos. Em contrapartida, elas deveriam atender a alguns requisitos, como a "demonstração periódica da capacidade de autofinanciamento e da melhoria da gestão".

Concessões

O relator ainda incluiu uma emenda do senador Wilder Morais (PP-GO) para "promover isonomia" entre contratos de permissões e concessões. A medida fixa o mesmo prazo de 25 anos prorrogáveis por dez anos, para contratos firmados antes de 30 de maio de 2003. Segundo o relator, as principais beneficiárias são as outorgas vigentes à época da edição da Lei nº 10.684, de 2003. Cardoso Jr. disse que muitas dessas outorgas são referentes a estações aduaneiras interiores (os chamados "portos secos") e estão prestes a vencer sem que as empresas tenham condição ou perspectiva de renová-la. "Não podemos parar o nosso comércio exterior, nossa atividade de exportação", justificou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou a anistia das dívidas de IPTU das igrejas da cidade. Com apenas um voto contrário à proposta, a gestão João Doria incluiu no projeto de lei do Programa de Parcelamento Incentivado o perdão dos débitos de até R$ 120 mil por templo religioso. A medida atinge, por exemplo, multas contraídas pelas igrejas por desrespeito ao Programa de Silêncio Urbano (PSIU) até a entrada da lei em vigor.

"Nosso intuito é fazer justiça a uma entidade que auxilia o Estado, que não visa o lucro e recupera a sociedade, como no caso dos dependentes químicos", argumentou o vereador Eduardo Tuma (PSDB), um dos autores do projeto. Com a alegação de que a proposta teria sido aprovada por pressão dos aliados do governo que pertencem a chamada “bancada evangélica”, o líder do governo na Câmara, vereador Milton Leite (DEM), rebateu dizendo que a medida foi elaborada em conjunto e visa beneficiar as “igrejas de bairro”.

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O único parlamentar que votou contra, vereador Cláudio Fonseca (PPS), argumentou que a medida é desnecessária, visto que os líderes desses cultos têm imóveis de alto valor espalhados pela cidade e que a isenção pode ser vista com maus olhos pela sociedade.

O deputado estadual pastor Cleiton Collins (PP) se diz sensibilizado com os danos causados às famílias vítimas das recentes fortes chuvas que atingiram diversos municípios pernambucanos. Nesta quinta-feira (1º), o parlamentar informou que aproveitou o encontro com o governador Paulo Câmara (PSB), ontem, para destacar que está buscando uma intensa ajuda das igrejas evangélicas neste momento difícil. “A parte que me cabe é buscar o meu povo, minhas igrejas evangélicas e estou gritando para que todos eles abram suas portas”, declarou. 

“Estou entrando em contato com as igrejas, as lideranças do estado inteiro, das regiões atingidas e também da RMR. Passei algumas sugestões para as lideranças, ministérios, pastores da igreja Batista e da Assembleia de Deus, entre tantas outras, para a gente poder participar efetivamente dessas ações emergenciais. Algumas lideranças também estão abrindo as suas igrejas para ajudar tanto na parte das campanhas como algumas que tiverem estruturas para fazer a parte do acolhimento dos desabrigados”, contou Collins. 

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O parlamentar, que chegou a afirmar que esta “não é a hora para procurar culpados”, falou que ninguém esperava a quantidade de água que trouxe estragos. “Estado nenhum espera chover em um ou dois dias o que é para um mês ou dois meses. Isso é também questão da natureza”, avaliou. 

Ele ainda pontuou que agora também é crucial cultivar o lado espiritual e cabe às igrejas esse papel de conforto. “Você pode observar que, em cada local desses, tem ao menos uma igrejinha. A igreja está em todos os lugares, que está aderindo e muito solidária”, concluiu. 

A vereadora do Recife Michele Collins (PP), reeleita com a maior votação em 2016, em conversa com o LeiaJá, nesta quinta-feira (20), para a série Entrevista da Semana, alertou sobre um número preocupante divulgado por uma pesquisa encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O levantamento destaca que uma em cada três mulheres foi vítima de algum tipo de violência. 

Collins, que é missionária da Assembleia de Deus, disse que a falta de respeito está muito grande e que uma das formas de combater a violência é a mobilização de todos os setores da sociedade, inclusive as igrejas. “Antigamente esse assunto não era muito falado nas igrejas porque era um tabu. Incentivo também porque é o meio que eu vivo, dentro das igrejas. É uma realidade minha. Eu vejo, cada vez mais, que a igreja está se movendo sobre esse assunto. Tenho conversado com vários pastores e estão sendo promovidos debates em rádios, programas de televisão e temos feito trabalhos de roda de debates sobre o tema. É preciso a sociedade se colocar sobre o assunto independente de serem da igreja ou não”, contou.  

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“Eu estou vendo as igrejas evangélicas participando desse debate e eu estou incentivando também como um instrumento de transformação. Os líderes podem ensinar e alertar”, acrescentou.

Collins declarou que é preciso buscar uma “cultura de paz” também dentro do local de trabalho e escolas. “É todo mundo junto indistinto da religião e da bandeira política. Todo mundo junto porque é inadmissível o que está acontecendo a cada três mulheres uma ser vítima é passar de todos os limites”, lamentou. 

A vereadora é autora da lei 18.241/16 que institui, no Recife, o Programa de Apoio às Mulheres Vítimas de Violência para oferecer condições de proteção à integridade física e apoio psicológico. Ela enfatizou que sugeriu a lei para contribuir, de alguma forma, com o poder público de forma a conter o avanço da violência. 

O programa, inserido na Secretaria da Mulher do Recife, também visa que empresas participem de forma a promover campanhas dentro dos seus locais de trabalho. Michele Collins ainda contou que a Comissão de Direitos Humanos da Câmara está atenta para a situação das crianças inseridas neste contexto de ambientes hostis de forma que elas também sejam acolhidas e não se prejudiquem, principalmente, na educação escolar. 

O grupo terrorista Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados a bomba ocorridos na manhã deste domingo (9) em duas igrejas coptas (vertente do cristianismo) no Egito. Em comunicado enviado a simpatizantes do grupo e divulgado pelas redes sociais, os terroristas confirmaram que ordenaram os ataques.

De acordo com último balanço divulgado pelas autoridades locais, pelo menos 36 pessoas morreram e 74 ficaram feridas após as duas explosões. Os fiéis foram atingidos no momento em que participavam de uma missa em comemoração ao Domingo de Ramos, celebração que marca o início da Semana Santa.

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A primeira explosão foi registrada em Tanta, a cerca de 100 quilômetros do Cairo, capital do país. Duas horas depois, a segunda bomba explodiu em Alexandria, no norte do Egito. Ainda não foram divulgadas informações sobre suspeitos dos dois atentados.

As explosões ocorrem a 20 dias da primeira viagem do papa Francisco ao Oriente Médio. O papa deve chegar ao Egito no dia 28 de abril, quando se reunirá com autoridades do governo, lideres muçulmanos e com o papa da Igreja Copta Cristiniana, Teodoro II.

Neste sábado (15) e domingo (16), o projeto 'Olha! Recife' promove quatro opções de passeios para templos religiosos, museus e personalidades históricas. A iniciativa visa oferecer passeios guiados e gratuitos por atrativos pontos turísticos da cidade, desvendando curiosidades históricas e culturais da cidade.

No sábado (15), em comemoração ao marco do movimento protestante, os visitantes vão poder conhecer pontos característicos das antigas instituições religiosas protestantes da cidade. No passeio, os participantes conhecerão templos como a primeira Igreja Batista do Recife e a Igreja Presbiteriana da Boa Vista, e, além disso, visitarão a Paróquia Luterana de Casa Amarela e a Catedral Anglicana da Santíssima Trindade. A saída para este tour está marcada para as 9h, da Praça do Arsenal.

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Já no período da tarde, o passeio será dedicado aos museus. A primeira parada será no Museu da Abolição, depois, o grupo vai seguir para o Museu do Estado de Pernambuco, equipamento do século XIX, com um acervo com mais de 14 mil itens, agregando coleções de arqueologia, cultura indígena, presença holandesa em Pernambuco, arte sacra, cultura afro-brasileira e muito mais. Esse passeio sai às 13h, também da Praça do Arsenal.

No domingo (16), o passeio de bicicleta vai contar a história do antigo Colégio Jesuíta e do Antigo Liceu de Artes e Ofícios. O roteiro contempla ainda o Ginásio Pernambucano, Instituto de Educação de Pernambuco (IEP), Faculdade de Direito, Colégio Marista, entre outros. Para esse passeio, cada participante deve levar sua bicicleta. A saída será às 9h, na Praça do Arsenal.

Quem preferir caminhar vai poder participar do passeio que traz o Circuito Francisco do Rego Barros, que vai contar a história do Conde da Boa Vista, um dos governadores que mais implementou intervenções urbanísticas na cidade. O roteiro vai passar pelo Palácio do Campo das Princesas, na Praça da República; Teatro Santa Isabel; Rua da Aurora, onde o Conde da Boa Vista morou; Avenida Conde da Boa Vista; Aterro da Boa Vista; e Casa da Cultura. O passeio inicia às 9h.

Para participar dos passeios é necessário se inscrever através do site Olha! Recife, a partir das 9h desta sexta-feira (14). É solicitado que os participantes levem um quilo de alimento não perecível que será doado para instituições de caridade. O projeto está sendo ferecido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer.

Circuito Protestante

Sábado (15) | 9h

Praça do Arsenal – Posto de Informações Turísticas

Circuito de Museus

Sábado (15) | 13h

Praça do Arsenal – Posto de Informações Turísticas

Colégios Históricos do Recife

Domingo (16) | 9h

Praça do Arsenal – Posto de Informações Turísticas

O Conde da Boa Vista

Domingo (16) | 9h

Praça do Arsenal – Posto de Informações Turísticas

O papa Francisco e o arcebispo de Cantuária, Justin Welby, comemoraram nesta quarta-feira (5), em Roma, o 50º aniversário da primeira oração conjunta de um pontífice da Igreja Católica com o líder da Igreja inglesa.

À noite, os dois presidiram orações na antiga igreja de San Gregorio al Celio, na capital italiana. O encontro foi organizado em comemoração aos 50 anos de uma histórica reunião entre o então arcebispo, Michael Ramsey, e o papa Paulo VI. Esse evento selou a reaproximação entre o Vaticano e a Igreja Anglicana da Inglaterra, que havia cortado relações com Roma desde a época Henrique VIII, no século XVI.

Isso também permitiu a criação de um Centro Anglicano em Roma, que, nesta semana, marcará o aniversário com uma conferência entre bispos de ambas as tradições. Welby também terá uma audiência privada com Francisco na quinta-feira (6).

O papa conheceu o patriarca Kirill, da Igreja Ortodoxa de Moscou, em fevereiro passado, quando foi a Cuba. Em outubro, ele é esperado na Suécia como convidado da Igreja Luterana para alguns eventos que marcarão os 500 anos do início da Reforma Protestante.

Um inédito concilio ortodoxo de primazes e bispos começou neste domingo, em Creta, depois de um milênio, mas será ofuscado pela ausência de várias Igrejas, como a russa.

"Pedimos a todos a unidade", é a mensagem evangélica deste concílio que visa a por fim a rivalidades políticas e territoriais das 15 Igreja autocéfalas que formam a "comunhão ortodoxa", com mais de 250 milhões de fieis em todo o mundo.

A Academia Ortodoxa de Creta espera receber ao menos 500 bispos e 250 conselheiros para este encontro de uma semana.

A data não foi escolhida aleatoriamente, já que neste domingo se celebra o Pentecostes, uma festa da Igreja cristã.

Mas a "divina liturgia" inaugural não ofereceu ao mundo a imagem de coesão esperada, já que o patriarca de Constantinopla Bartolomeu, informou que estarão ausentes vários primazes, como o patriarca "de toda a Rússia", Kirill, um dos mais influentes.

O evento era muito esperado devido ao fato de que os hierarcas ortodoxos já não se reúnem em um grande concílio desde o cisma de 1054 entre Roma e Constantinopla. Sua última participação em um evento similar, que supostamente tratou de questões doutrinares, remonta a 787, data do sétimo e último concílio, o de Niceia II.

A celebração deste concílio, em preparação há mais 50 anos, foi estabelecida no final de janeiro, durante uma reunião de primazes em Genebra.

Optou-se por consenso na elaboração dos textos, apesar do risco de favorecer os assuntos com os quais todos concordam.

Só há seis temas na ordem do dia e, aparentemente, a metade não parecem ser de muito interesse, segundo o historiador Antoine Arjakovsky.

- 'Concílio selfie' -

Os temas tratados são o ecumenismo, a diáspora e a autonomia das Igreja locais.

Também serão discutidos o jejum, que não gera grande debate e principalmente a família, tratada de maneira "muito cautelosa para responder aos desafios contemporâneos", afirmou Carol Saba, conselheiro do patriarca de Antióquia.

"Às vezes se diz que o único ponto de verdade na agenda é a foto do grupo", diz o especialista em ortodoxia Jean-François Colosimo, que fala de um "concílio selfie".

"Mas se o concílio for mantido, parabéns para Bartolomeu. Não podemos pedir muito mais a um mundo ortodoxo que sai dos escombros", acrescentou, referindo-se ao eslavo pós-comunista e a um Oriente Médio estável.

Mas se desconhecia sob que forma seria realizado o concílio. O patriarca de Antióquia foi o primeiro a pedir um adiamento, aborrecido ao ver que o primaz de Jerusalém questionava sua jurisdição sobre o Qatar.

Além disso, as Igrejas da Bulgária e da Geórgia anunciaram que não compareceriam por causa da ausência de vários temas importantes.

Da mesma maneira, a Sérvia ficará de fora, por acha que o encontro em Creta é uma simples reunião preparatória.

A Igreja russa se baseia nessas oposições para pedir um adiamento e dar o golpe definitivo.

Sem Moscou e seu patriarca Kirill, mais influente do que nunca depois de seu encontro com o papa Francisco em fevereiro em Havana, o concílio terá dificuldades para ser reconhecido como "pan-ortodoxo".

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que quer envolver as igrejas na discussão sobre aborto no Brasil. O ministro reconheceu que o País enfrenta um problema relacionado ao tema, com grande número de procedimentos realizados de forma inadequada e muitas mortes. "Como é o crack. É uma entre outras mazelas que precisam ser cuidadas pelo poder público", disse. Deputado federal licenciado e ex-relator do orçamento, Barros já tem definido o valor que vai pedir numa reunião programada para a quarta-feira (18) com o ministro do Planejamento, Romero Jucá: R$ 14 bilhões, recursos que já estavam previstos para a pasta, acrescidos de pagamentos a prestadores de serviço e fornecedores que não foram quitados em anos anteriores. A seguir, principais trechos da entrevista.

Como o senhor pretende tratar o tema do aborto?

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Esse é um tema delicado. Recebi a informação de que é feito 1,5 milhão de abortos por ano. Desse total, 250 mil mulheres ficam com alguma sequela e 11 mil vão a óbito. Esse é um tema que vou estudar com muito carinho com nossa equipe. Vou ver com o governo qual será nossa diretriz para agir nessa direção. Essa é uma decisão de governo. Não de um ministério, algo que possa ser decidido individualmente.

O senhor considera aborto um problema de saúde pública?

Esse é um problema que existe e precisa ser cuidado. Como é o crack. Como tantas outras mazelas da sociedade que precisam ser cuidadas pelo poder público. Mas a maneira como vamos abordar isso vai depender de discussões. Vamos ter de conversar com a Igreja. A decisão do ministério não deve provocar resistência ou discussão. Temos de ajustar. Antes de propor uma política para isso, vamos ter de realizar um diálogo muito amplo.

Não há um risco de se demorar muito tempo para que um consenso seja alcançado? O senhor trabalha com algum prazo?

Se você acompanhar o meu ritmo vai saber que o longo prazo para mim é muito rápido. Farei essa interlocução muito rapidamente. A primeira ação será ouvir. Isso vale para vários assuntos.

O senhor tem como meta uma gestão de consenso?

Vou ouvir o máximo que eu puder para que toda ação do ministério seja um pacto, não apenas uma proposta. Vou propor algo que quem está lá na ponta vai praticar. Para não ficar uma coisa como o ministro sugere e depois provoca discussão, não é feito. Vou combinar especialmente com prefeitos. Visitarei todos os Estados.

O governo vai regulamentar a lei que libera o uso da fosfoetanolamina, a pílula do câncer?

Há possibilidade de que seja regulamentada por meio de decreto. Mas será decisão do governo.

De todas demandas ouvidas, qual é a prioridade?

Há dificuldade de financiamento. Vou ouvir os prefeitos, temos de fazer uma articulação ampla. E fazer algo que possa alcançar o maior número de pessoas. Vou tratar gestão, governança, prevenção e informação. A prioridade hoje é informação. Quero ter a capacidade de saber como cada real do SUS é gasto, online.

O senhor falou em pôr em prática o Cartão SUS, algo que é proposto há pelo menos 15 anos. Há dinheiro para isso? Por que isso não foi em frente?

Os recursos disponíveis no DataSus deverão ser redirecionados para essa tarefa. Se conseguir informatizar toda estrutura do SUS saberei como cada cidadão é atendido. Resolveremos o problema dos cartões duplicados. Hoje existem cerca de 300 milhões, número muito acima da nossa população. O sistema já foi implementado, mas precisa ser aprimorado para que duplicações desapareçam. É o mesmo problema da Cédula de Identidade, que pode ser feita em 27 Estados.

Qual a verba que o senhor pleiteia para levar adiante seus projetos no ministério?

Na quarta à tarde vou falar com ministro do Planejamento, Romero Jucá. Vou pedir que o que está no orçamento seja cumprido. Nem um centavo a mais. E vou pedir restos a pagar (dívidas adquiridas com prestadores de serviços e fornecedores que não foram pagas até o momento). Eu gostaria de ter recursos para cumprir tudo o que está contratado e cumprir os restos a pagar. Não sei se o ministro vai conseguir. Ele terá de discutir com o Congresso Nacional a meta fiscal deste ano. E essa proposta terá de refletir todas as demandas que ministros estão apresentando para ele. Esse dinheiro vai ter de ser emprestado. Vai ser necessário emitir letras do Tesouro para pagar essa conta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) iniciam nesta quarta-feira (10) a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016, que terá como tema "Casa comum, nossa responsabilidade" e discutirá saneamento básico. A cerimônia inicial será às 10h30, presidida pelo bispo da Igreja Anglicana do Brasil e presidente do Conic, d. Flávio Irala. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), composto pelas igrejas Evangélica de Confissão Luterana, Episcopal Anglicana do Brasil, Metodista e Católica, divulgou nota em que afirma que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se baseou em "argumentos frágeis" ao abrir o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A posição da entidade não é acompanhada por lideranças evangélicas ouvidas pela reportagem, favoráveis a Cunha, que é membro da Assembleia de Deus de Madureira. No documento, o Conic sustenta que o processo de impeachment não tem legitimidade e que o afastamento de Dilma "nos conduziria para situações caóticas".

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"Vemos com muita preocupação que o presidente da Câmara tenha acolhido um pedido de impeachment com argumentos frágeis, ambíguos e sem a devida sustentação fática para acusação de crime de responsabilidade contra a presidente da República", diz o pronunciamento. "Perguntamos quais seriam as consequências para a democracia brasileira diante de um processo de deposição de um governo eleito democraticamente em um processo sem a devida fundamentação."

Já o pastor Omar Silva da Costa, presidente do Conselho Nacional de Pastores e da Convenção Geral das Igrejas Assembleias de Deus no Brasil, disse que as duas instituições defendem a abertura do processo. "Se Dilma for condenada, deve não só perder o mandado, como também ir para atrás das grades, onde já está José Dirceu (ex-ministro da Casa Civil). Mandamos e-mails para os pastores pedindo para orar pelas autoridades. Mas a autoridade que está fazendo um governo injusto, vivendo de corrupção, como foi provado pela Operação Lava Jato, deve ser condenada", disse.

Na sua página na rede social Twitter, o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, comemorou a abertura do processo de impeachment e criticou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por defender sua sucessora e correligionária. "Lula reclamando do encaminhamento do impeachment de Dilma, dizendo que é insanidade, é um brincalhão, farsante, o PT fez isso com outros governos", escreveu.

O presidente do Conselho Político da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, pastor Lelis Washington, não só apoiou a atitude de Cunha, como afirmou que ele demorou muito tempo para tomá-la.

Autonomia

Pastora luterana e ex-presidente do Conic, Lusmarina Garcia disse que o impeachment não tem bases legais, pois sua "argumentação legal" é "muito frágil". "É uma ação irresponsável por parte do presidente da Câmara e uma agressão às regras da democracia. Dilma foi democraticamente eleita e o seu impeachment seria um golpe", disse ela, que considerou "natural" e "previsível" a Assembleia de Deus se manifestar a favor do processo, já que Dilma "contraria alguns interesses conservadores".

Clemir Fernandes, pastor da Igreja Batista e sociólogo do Instituto de Estudos da Religião (Iser), afirma que nem sempre as crenças têm a mesma opinião política, mas que o cenário é comentado pelos líderes em cultos. "Nas igrejas em que circulo, mesmo que um pastor manifeste uma posição política, isso não tem alterado as opiniões dos fiéis." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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