Com o crescimento do setor evangélico na política, o presidente Michel Temer (MDB) traçou um plano junto a um dos seus aliados, o ex-ministro do Trabalho e pastor Ronaldo Nogueira: conseguir apoio da Assembleia de Deus e da Universal. A informação é da colunista Andreza Matais, do jornal O Estado de S. Paulo.
Ao todo, de acordo com a informação, a Assembléia e a Universal possuem mais de 23, 8 milhões de fiéis. Ainda segundo a coluna, Temer irá participar de uma sequência de eventos com as igrejas nos próximos meses com o argumento de que há “uma identidade” entre os valores do governo e das igrejas como, por exemplo, a retirada da polêmica ideologia de gênero da base curricular do Ministério da Educação (MEC).
##RECOMENDA##Religião e política devem andar lado a lado em diversos discursos políticos neste ano eleitoral. O deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC) chegou a garantir que não era candidato de nenhuma igreja. “Quando vai chegando perto da campanha, proíbem crentes de chegarem perto de mim. Eu fico leproso”, falou.
Recentemente, Feliciano criticou a forma que a igreja “faz política”. Ele disse que os evangélicos somam mais de 30% do país, o que equivaleria a cerca de 60 milhões de pessoas, o que poderia definir qualquer eleição, mas que não existe uma liderança.
Por sua vez, há uma ala que não concorda com a “mistura” afirmando que o Estado é laico. O parlamentar Jean Wyllys (PSOL) polemizou o debate ao dizer que se sentia “ferido de morte” toda vez que um deputado subia à tribuna “ostentando” uma bíblia. “Isso é um atentado à democracia, à República, isso é um atentado ao juramento que a pessoa fez no momento que tomou posse”, disparou certa vez por meio do seu facebook.