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O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 2,2% na passagem de janeiro para fevereiro. É a segunda alta consecutiva do indicador ajustado sazonalmente, isto é, que leva em consideração as variações características de cada mês do ano. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Icec chegou a 80,2 pontos.

Apesar da alta na comparação mensal, o indicador continua em queda ao apresentar um recuo de 19,9% em relação a janeiro de 2015. A avaliação de empresários é feita em uma escala de zero a 200 pontos, onde a pontuação abaixo de 100 pontos é considerada de pessimismo.

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A alta mensal foi influenciada principalmente pela opinião dos empresários em relação ao momento atual, que melhorou 16,3%. Eles estão mais confiantes em relação ao desempenho da economia (35,7%), ao comércio (20,3%) e ao próprio negócio (9,5%).

As avaliações sobre investimentos também melhoraram em relação a janeiro (1,4%). Os entrevistados pretendem investir mais nas empresas (8,3%) e consideram mais adequados seus estoques (2,1%). Apesar disso, eles pretendem investir menos na contratação de funcionários (3,8%).

Os empresários estão menos otimistas em relação ao futuro do que estavam em janeiro (-0,7%), devido ao pessimismo em relação ao comércio (-1%) e ao seu próprio negócio (-1,6%). Mas eles melhoraram em 0,9% a expectativa em relação à situação da economia nos próximos meses.

Apesar de uma queda de 3,4% entre setembro e dezembro, o índice de Medo do Desemprego dos brasileiros cresceu 36,8% no ano passado, de acordo com pesquisa divulgada nesta terça-feira (5) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Além disso, o Índice de Satisfação com a Vida acumulou queda de 8,1% em 2015, embora tenha melhorado 1,3% no último trimestre do ano.

A CNI utiliza a média da pesquisa em 2003 para estabelecer a base fixa de 100 pontos da pesquisa. Seguindo esse parâmetro, a média histórica do Medo do Desemprego é de 88,4 pontos, mas a deterioração do mercado de trabalho no País levou o resultado da pesquisa ao pico de 105,9 pontos em setembro do ano passado, recuando para 102,3 pontos ao fim do quatro trimestre. Em dezembro de 2014, o indicador estava em 74,8 pontos.

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Já o Índice de Satisfação com a Vida se mantém em um dos patamares mais baixos da história da pesquisa. Com média histórica de 101,6 pontos, o indicador deixou a base de 93,9 pontos verificada em setembro subindo para um 95,1 pontos. "Não se pode afirmar que há uma reversão da tendência de queda do indicador", considerou a CNI no documento. Em dezembro do ano passado, esse indicador estava em 103,5 pontos.

Entre os entrevistados, o homens são os que têm maior medo do desemprego, ao mesmo tempo em que estão menos satisfeitos com as condições de vida no País. No recorte por idade, as pessoas com mais de 55 anos têm mais temor de ficar sem trabalho e também são as que mais se queixam das condições de vida. Mas se os entrevistados com ensino superior são os que têm mais medo do desemprego, as pessoas que cursaram apenas até a 4ª Série do Ensino Fundamental são as menos satisfeitas com suas condições de vida.

A CNI ouviu 2.002 pessoas em 143 municípios entre os dias 4 e 7 de dezembro de 2015.

O efeito mais perverso da crise econômica deve rondar o Brasil pelos próximos anos. A piora do mercado de trabalho vai se acentuar e empurrar a taxa de desemprego para mais de 10% no ano que vem.

Diferentes indicadores já apontam uma forte deterioração do mercado de trabalho. De abrangência nacional, o desemprego medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua caminha para superar os 10% no primeiro trimestre do ano que vem.

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"Na nossa avaliação, a Pnad Contínua fecha este ano próximo de 9% e chega aos dois dígitos no primeiro trimestre de 2016, quando haverá o fim das contratações de trabalhadores temporários e uma continuidade das demissões", afirma Tiago Cabral Barreira, pesquisador em economia do trabalho do Ibre/FGV.

No trimestre encerrado em agosto, o desemprego apurado pela pesquisa foi de 8,7%, o maior patamar da série histórica iniciada em 2012. O contingente de desocupados chegou a 8,8 milhões de pessoas, um aumento de 2 milhões - o equivalente à população de Manaus - na comparação com o mesmo período do ano passado. "O mercado de trabalho vai piorar bastante ainda. O desemprego na Pnad Contínua deve chegar a 12% até o fim do primeiro semestre do ano que vem", diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), cujo levamento engloba as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife, a piora no mercado de trabalho também fica evidente. Em setembro, a desocupação chegou a 7,6%, o pior resultado para o mês desde 2009. Eram 1,9 milhão de desempregados, 670 mil pessoas a mais do que no mesmo mês de 2014.

"Na nossa avaliação, o desemprego medido pela PME deverá chegar a 10% no fim do ano que vem", diz Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria. A última vez que a desocupação superou os dois dígitos na pesquisa foi em maio de 2007.

Recessão

A retração do mercado de trabalho pode ser explicada pela recessão de 2015, a mais intensa desde 1990, e a perspectiva de uma nova queda da atividade econômica no ano que vem. Como resultado, grandes setores empregadores, como a construção civil e a indústria de transformação, passaram a demitir num ritmo intenso, e as atividades que ainda mostravam um certo vigor dão sinais de fraqueza.

"Já havia um desempenho modesto da atividade econômica há algum tempo, mas isso demorou a aparecer no mercado de trabalho, pois havia uma certa resiliência do setor de serviços", afirma Fabio Romão, economista da LCA.

Com a piora da economia, a taxa de desocupação deve demorar para arrefecer. O cenário de pleno emprego - que marcou o início da década - não deverá se repetir nos próximos anos e a expectativa é de que os números permaneçam num patamar alto. Este cenário explica a formação de grandes filas de desempregados como as observadas na semana passada em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ainda adolescente, Rosângela dos Santos, hoje com 48 anos, lavou "muito chão de padaria" para ajudar a mãe e os irmãos. Com o passar do tempo, ela conseguiu migrar para a área de assistência social. Até o ano passado, trabalhava como orientadora especial quando a clínica que a empregava fechou. Desde então, voltou às origens. "Antes, tinha um salário firme. Agora, são três dias na casa de um, outro dia na casa de outro. Eu andava de sapato social, agora opto por chinelinho."

Moradora da Baixada Fluminense, Rosângela é uma das 86 mil pessoas que ingressaram (ou regressaram) no emprego doméstico no último ano, um movimento contrário ao percebido até meados de 2014. Ela suspendeu a obra em sua casa e mudou hábitos. "Cortei o dentista para não cancelar o do meu filho. Não tenho mais plano de saúde. Estava tentando estudar fisioterapia, e meu filho está estudando para fazer vestibular. Ele tem 18 anos. A prioridade é dele", afirma.

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Antes em queda por causa da expansão do mercado de trabalho, da formalização e das oportunidades de estudo, o número de empregados domésticos no País voltou a crescer em meio à crise econômica. No trimestre até agosto, 6,037 milhões de pessoas trabalhavam como domésticos em todo o País, 1,4% a mais do que em igual período de 2014, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Agências especializadas também notam aumento da procura por empregos. Enquanto isso, a oferta de vagas começa a encolher, sinal de que até mesmo essa saída encontrada pelos brasileiros pode estar ameaçada diante da menor capacidade das famílias em pagar pelo serviço.

Na agência Casa e Café, que tem plataforma virtual focada em empregos domésticos, a busca por profissionais era de 17 mil por mês um ano atrás, e havia 0,098 vaga por profissional. Hoje, a procura chega a 33 mil por mês, e a relação de vagas por candidato recuou a 0,062. "Nosso negócio é online, então sempre teve aumento. Mas realmente houve crescimento de um ano para cá", diz a sócia Daniele Kuipers. O aumento mais significativo ocorre entre mulheres de 25 a 37 anos, cujo número de cadastros subiu 92%.

O site, que trabalha com planos de assinatura, tem 320 mil candidatos para 34 mil empregadores, e a diferença é maior a cada mês. "Além disso, muitos que antes procuravam mensalistas agora buscam diaristas, horistas. Há uma insegurança do próprio cliente. Ele pensa ‘não sei nem se meu emprego está garantido, como vou pagar mensalista?", afirma Daniele.

Na agência Prendas Domésticas, a proprietária Nalva Maria Souza também nota maior procura por vagas. "Aumentou a crise, o que fez as pessoas darem um passo atrás. Para uma vaga de motorista, antes vinham 10 pessoas para fazer a entrevista. Agora, vêm 50", diz.

A insegurança dos patrões é um dos motivos apontados pelo economista Marcel Caparoz, da RC Consultores, para que o crescimento do emprego doméstico não ir longe. "Não existe tendência de as famílias terem maior renda disponível para contratar empregado doméstico. A tendência, nesse momento de ajuste, é a pessoa demitir o empregado formal e contratar uma diarista. Ou, até mesmo, considerar isso supérfluo."

Andressa Santos, de 21 anos, já trabalhou como babá e cuidadora de idosos. Sem emprego fixo há um ano, tem feito bicos como manicure, cabeleireira e maquiadora. Mas voltou a buscar emprego na área doméstica. "Qualquer coisa que abrir é lucro. Quando precisa não tem muito o que escolher", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Reino Unido é o país que fornece o melhor tratamento às pessoas que estão morrendo, e o Chile é o primeiro na América Latina, segundo um estudo divulgado nesta terça-feira (6) em Londres.

O The Economist Intelligence Unit publicou seu índice sobre "qualidade de morte" que estuda os cuidados paliativos em 80 países e que adverte que o envelhecimento da população tornará este tema cada vez mais importante.

A liderança britânica "se deve as suas amplas políticas nacionais, à grande integração dos cuidados paliativos na saúde pública, a sua forte rede de centros para doentes terminais e a um forte compromisso da sociedade neste tema".

O estudo dedica uma parte especial à Espanha, que aparece na 23ª posição, para analisar a questão do impacto das estratégias nacionais, e conclui que "apesar de sua força em muitas áreas dos cuidados paliativos, ainda há muito trabalho a ser feito".

Em um país que prioriza morrer em casa, "estamos próximos de ter as unidades a domicílio e as equipes médicas que precisamos", mas "distantes de ter unidades suficientes para crianças", disse o especialista espanhol citado no estudo, o professor Javier Rocafort Gil.

Quatro posições atrás da Espanha aparece o Chile, primeiro país latino-americano, uma região que precisa "melhorar a capacitação e certificação da disciplina" dos cuidados paliativos, segundo o doutor uruguaio Eduardo García Yanneo, da Associação Latino-Americana de Cuidados Paliativos.

Já o Brasil aparece na 42ª posição, uma à frente do México e atrás de Argentina (32ª) e Uruguai (39ª). O estudo conclui que os cuidados paliativos ganharam importância em todas as sociedades devido "às sísmicas mudanças demográficas".

Esta é a classificação resumida:

Os dez melhores (de 80 países analisados, pontuação sobre 100)

1) Reino Unido (93,9)

2) Austrália (91,6)

3) Nova Zelândia (87,6)

4) Irlanda (85,8)

5) Bélgica (84,5)

6) Taiwan (83,1)

7) Alemanha (82,0)

8) Holanda (80,9)

9) Estados Unidos (80,8)

10) França (79,4)

Espanha e países latino-americanos

23) Espanha (63,4)

27) Chile (58,6)

29) Costa Rica (57,3)

31) Panamá (53,6)

32) Argentina (52,5)

36) Cuba (46,8)

39) Uruguai (46,1)

40) Equador (44,0)

42) Brasil (42,5)

43) México (42,3)

45) Venezuela (40,1)

46) Porto Rico (40,0)

49) Peru (36,0)

68) Colômbia (26,7)

74) Guatemala (20,9)

75) República Dominicana (17,2)

Os cinco últimos

76) Mianmar (17,1)

77) Nigéria (16,9)

78) Filipinas (15,3)

79) Bangladesh (14,1) -

80) Iraque (12,5)

O Brasil é o sexto país com melhor transparência orçamentária. É o que o que revelou o Índice de Orçamento aberto, medido pela entidade International Budget Partnership (IBP). O país obteve 77 pontos, numa escala de 0 a 100, entre os 102 analisados.

O topo do ranking ficou composto por Nova Zelândia, Suécia, África do Sul, Noruega, Estados Unidos, Brasil, França, Reino Unido, Romênia e Peru. Foram avaliados três aspectos: o atual estágio de transparência orçamentária e a evolução dela ao longo do tempo; o grau de participação social no processo; e o fortalecimento de instituições fiscalizadoras. Apenas Brasil, Estados Unidos, Noruega e África do Sul conseguiram notas significativas em todos esses pontos.

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Em relação ao Brasil, o relatório aponta uma evolução na transparência orçamentária. Em 2012, o país obteve 73 pontos e estava na 12ª colocação. Mas recomendações ainda são feitas, especialmente em relação ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) e ao Plano Plurianual (PPA). Também foi sugerido o incremento da participação social e da fiscalização do orçamento por auditorias.

O Índice de Orçamento Aberto tem como princípio avaliar se o governo federal de cada país pesquisado disponibiliza ao público transparência no orçamento. Elaborado desde 2006, o resultado é analisado por meio de um questionário de 125 questões, respondido por especialistas independentes, sociedade civil e membros da academia.

 

A duração média de interrupção por clientes teve o melhor desempenho dos últimos três anos, segundo indicador da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). A performance foi 17% melhor que a registrada nos primeiro oito meses de 2014 e de 28% se comparado com 2013, o que equivale a uma redução de quase quatro horas no tempo médio de interrupção de uma unidade consumidora.

Segundo a Celpe, em agosto, os consumidores ficaram uma hora e 15 minutos sem energia. Tal marca não era alcançada desde setembro de 2012, quando a duração média de interrupção foi de uma hora e 14 minutos. 

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Projetos – Até o fim de 2016 , duas subesteções devem ser ampliadas e 11 construídas no Grande Recife. Neste ano, serão construídas quatro novas subestações. De acordo com a Celpe, na região metropolitana  será iniciada a construção da Subestação Setúbal, na zona sul do Recife. Em Vertentes, no Agreste, será concluída a Subestação Vertentes, que faz parte da Regional Caruaru. No Sertão, serão concluídas as obras de construção das Subestações de Serrita e de Santa Cruz, com previsão de conclusão para o terceiro trimestre de 2015.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta terça-feira, 1º de setembro, em Brasília, o Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros, que traz o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) para os 5.565 municípios do país. A publicação revela que o Brasil apresentava, em 2000, IVS igual a 0,446, posicionando-se na faixa da alta vulnerabilidade social. Dez anos depois, o índice caiu para 0,326, na faixa de média vulnerabilidade social – uma redução de 27% no período. No entanto, permanece um quadro de disparidades regionais, com a concentração de municípios na faixa de muito alta vulnerabilidade social na região Norte – estados do Acre, Amazonas, Pará, Amapá e Rondônia – e no Nordeste – principalmente nos estados do Maranhão, de Alagoas e de Pernambuco, além de porções do território baiano.

O Ipea concluiu que a quantidade de municípios brasileiros com alta ou muito alta vulnerabilidade social caiu de 3.610 em 2000 para 1.981 em 2010. Já o número de municípios com baixa ou muito baixa vulnerabilidade social passou de 638 em 2000 para 2.326 dez anos depois. A evolução foi mais nítida em alguns estados das regiões Centro Oeste (como a faixa de fronteira do Mato Grosso do Sul), Norte (especialmente Tocantins) e Nordeste (com destaque para o sul da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e leste de Pernambuco).

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No Centro-Oeste, somente três municípios – Japorã (MS), Tacuru (MS) e Nossa Senhora do Livramento (MT) – registraram alta vulnerabilidade social em 2010. A região tem 48,5% dos municípios na faixa de baixa vulnerabilidade social. Na mesma faixa estavam 48,8% dos municípios da região Sudeste, entre eles as capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Vitória apresentou muito baixa vulnerabilidade social. A região Sul, por sua vez, é a que teve mais municípios com IVS muito baixo: 28,7%.

Na região Norte, 41,9% dos municípios estavam na faixa de IVS muito alto em 2010 e não havia nenhum município com o índice muito baixo. Na região Nordeste, quase metade dos municípios (47,7%) apresentavam IVS alto em 2010. O destaque ficou por conta do Rio Grande do Norte, onde 28% dos municípios tiveram retração do IVS da ordem de 0,181 a 0,377.

Na região Nordeste (figura à direita), quase metade dos municípios (47,7%) estão agrupados na faixa do IVS alto. Outros 32,4% estão na faixa de muito alta vulnerabilidade social. Os estados de Alagoas e Maranhão são os que apresentam o maior percentual de municípios nessas duas faixas de maior vulnerabilidade, 96,1% e 95,4%, respectivamente. No Maranhão, 78,8% dos municípios se encontram na faixa da muito alta vulnerabilidade social.

Na faixa do baixo IVS estão algumas das capitais de estado (Teresina/PI, Natal/RN, João Pessoa/PB e Aracaju/SE) e alguns poucos municípios do interior do Maranhão (1), do Rio Grande do Norte (12), da Paraíba (6), da Bahia (5), do Piauí (2) e do Ceará (2). Na faixa de muito baixa vulnerabilidade social há apenas um município nordestino (Fernando de Noronha/PE).

Renda e Trabalho – A dimensão do IVS em que o país apresentou maior redução é a de Renda e Trabalho, que envolve indicadores de insegurança de renda e de precariedade nas relações de trabalho. Todos os cinco indicadores desta dimensão tiveram melhoria entre 2000 e 2010, refletindo a redução da informalidade, a redução do trabalho infantil e o aumento da ocupação.

O IVS Renda e Trabalho era, em 2000, de 0,485 (alto). Em 2010, o subíndice foi de 0,320,registrando uma evolução da ordem de 34%. Entre os indicadores de Renda e Trabalho, aquele relativo à desocupação da população de 18 ou mais anos de idade foi o que mais caiu no país – redução em torno de 47% no período.

Capital Humano – O subíndice que sofreu a segunda maior retração no período diz respeito ao Capital Humano. Este conjunto de indicadores que retratam aspectos sociais diversos de exclusão social, acesso aos serviços de saúde e educação, e situações de vulnerabilidade decorrentes de aspectos demográficos e familiares, caiu 28%, passando de 0,503 (muito alta) para 0,362 (média). Destacam-se os avanços observados nos indicadores que medem o percentual de pessoas de 6 a 14 anos que não frequentam a escola (52% de queda) e a mortalidade até 1 ano de idade (45% de queda), expressando, claramente, avanços resultantes de políticas sociais implementadas ao longo dos anos 2000.

Infraestrutura Urbana – O subíndice Infraestrutura Urbana, que busca refletir as condições de moradia das pessoas em seus domicílios, por meio de três indicadores, apresentou melhoria de 16%, passando da faixa da média vulnerabilidade social (0,351), em 2000, para a baixa vulnerabilidade social (0,295), em 2010. A maior evolução verificada nesta dimensão foi no indicador relativo ao percentual da população que vive em domicílios urbanos sem serviço de coleta de lixo – queda de 66%.

Prosperidade Social – O Atlas da Vulnerabilidade Social nos Municípios Brasileiros traz, ainda, a análise integrada do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) como IVS, o que resulta no conceito de prosperidade social. Assim, nos casos em que uma região atingiu alto desenvolvimento humano e baixa vulnerabilidade social, considerou-se que o território é “socialmente mais próspero”.

A grande quantidade de municípios do Sul e do Sudeste com alto desenvolvimento humano e baixa vulnerabilidade social fez com que a faixa de muito alta prosperidade social fosse a mais numerosa em 2010. No entanto, a melhoria das condições de prosperidade social não ocorreu de forma homogênea em todo o país: os municípios do Norte e Nordeste permaneceram, em sua maioria, à margem do desenvolvimento enquanto processo capaz de reduzir a vulnerabilidade social.

Fonte: Ipea

O Índice de Confiança MPE (ICMPE) registrou 36,38 pontos em junho, bem abaixo do nível neutro de 50 pontos. O resultado divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) segue indicando pessimismo de micro e pequenos empresários com a economia no presente e nos próximos meses.

O levantamento mostrou que o Indicador de Condições Gerais registrou 20,69 pontos, apontando que a avaliação dos últimos meses é ainda pior do que aquela verificada em maio, quando atingiu 23,39 pontos. Quando o indicador está abaixo de 50, mostra que há percepção de piora por parte dos empresários.

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Já as Condições Gerais do Negócio, também analisadas no indicador, atingiram 26,31 pontos, abaixo dos 30,18 registrados em maio. "A piora na situação dos negócios não foi tão sensível quanto a piora da economia, mas na opinião da maioria dos micro e pequenos empresários as condições gerais dos negócios pioraram nos últimos meses", explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, em nota.

Expectativas

Em junho, o Indicador de Expectativas registrou 48,15 pontos, ante 46,69 em maio. O resultado segue refletindo uma desconfiança para os próximos seis meses com a economia, mas uma espera de melhora para os negócios.

No item Expectativas para os Negócios, o indicador registrou 55 pontos, ligeiramente acima dos 54,91 pontos de maio. "Essa leve melhora de ânimo pode estar associada às perspectivas de vendas de final de ano, dado que o horizonte das expectativas contempla os próximos seis meses", analisa Kawauti. "Ainda que o dado tenha obtido uma melhora, é precipitado esperar a volta da confiança empresarial", complementa.

A participação das fontes de energia renováveis na matriz energética brasileira está em declínio desde 2009 e atingiu, em 2012, a menor participação em uma década, segundo o estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) Brasil 2015, divulgado nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto isso, as fontes não renováveis aumentaram sua participação.

As fontes renováveis respondiam por 42,4% da energia gerada em 2012, enquanto as não renováveis foram responsáveis por 57,6%. Só o petróleo e seus derivados foram responsáveis por 39,2% da energia no País, aumento impulsionado pelas descobertas na área do pré-sal e pelo crescimento nas vendas de automóveis.

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O avanço do consumo de energia per capita em ritmo maior do que o aumento da população e os problemas climáticos, que comprometem a geração de energia por meio de hidrelétricas, também contribuíram para essa mudança de perfil.

"Houve uma queda forte na produção com derivados de cana-de-açúcar, assim como uma queda na geração hidráulica por fatores climáticos, algo que já ocorre há algum tempo. O que está crescendo gradativamente, mas ainda é fraco para puxar o segmento, são outras fontes primárias renováveis, como eólica e solar", explica Júlio Jorge Gonçalves da Costa, pesquisador da Coordenação de Recursos Naturais do IBGE.

Além do petróleo, outras fontes não renováveis no País em 2012 eram o gás natural, com 11,5% da geração de energia, carvão mineral e derivados (5,4%) e urânio e derivados (1,5%). Já no caso das fontes renováveis, os destaques foram derivados de cana-de-açúcar (15,4%), hidráulica e eletricidade (13,8%), lenha e carvão vegetal (9,1%) e outras fontes primárias renováveis (4,1%).

Pelo 5º dia consecutivo, o Sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 5,4 milhões de habitantes da Grande São Paulo, permaneceu estável em 19,7%, segundo o boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado na manhã desta quinta-feira (21). Hoje, o reservatório que pode acumular mais de 1 trilhão de litros de água, tem um total de 193,7 bilhões de água. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) já descartou que o manancial em crise apresente aumento no nível.

Enquanto isso, a Represa de Guarapiranga, que no começo do ano ultrapassou o Cantareira em número de clientes da Sabesp atendido, continua em queda. Entre o último dia 17 e esta quinta, o reservatório da zona sul de São Paulo, que fornece água para 5,8 milhões de pessoas, perdeu 0,7 ponto porcentual. A represa está com 82,1% da sua capacidade máxima e tem 140,8 bilhões de litros de água acumulada. Assim como o Cantareira, o Alto Tietê continua estável em 23,2%, de acordo com a Sabesp.

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O Índice de Confiança do Empresário Industrial em Pernambuco voltou a crescer. A evolução positiva foi de 1,0 ponto, chegando a marca de 47,2 pontos, e acontece depois de um trimestre de quedas consecutivas.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o resultado positivo foi verificado tanto em relação as condições atuais da economia nacional e local, como em relação a situação da sua empresa. O índice geral de condições atuais teve 3,0 pontos de crescimento em dezembro, encerrando o período com 41,4.

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Para os industriais pernambucanos, entre os subcomponentes desse indicador, a avaliação das condições da economia brasileira aumentou 2,3 pontos - chegando a marca de 32,7. Já a avaliação da empresa evoluiu 3,8 pontos, e fechou o mês com 44,6 pontos.

Por fim, a pesquisa também mediu as expectativas para os próximos seis meses. No período entre dezembro de 2014 e maio de 2015, o empresário local se manteve constante, atingindo o patamar de 50,1. Por outro lado, as expectativas do empresário em Pernambuco sobre a economia da sua empresa expressaram queda de 0,8 ponto que acarretou índice de 53,1 pontos.

Com informações da assessoria

O porcentual de consumidores que têm planos de saúde com nota considerada satisfatória pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) caiu em 2013 na comparação com o ano anterior. De acordo com a avaliação anual do desempenho das operadoras, divulgada nesta quarta-feira (19) 93,8% dos beneficiários tinham planos de empresas médico-hospitalares que obtiveram índice de desempenho igual ou maior que 0,5 numa escala que vai de 0 a 1. Em 2012, o porcentual chegara a 95,2%.

"Estatisticamente, na média, a situação se mantém em relação ao ano anterior", disse a diretora de Desenvolvimento Setorial da Agência, Martha Oliveira. A avaliação da ANS mostra que apenas 10,5% dos 52,7 milhões de beneficiários de planos privados do País estavam em operadoras com índice considerado muito bom na avaliação, com notas de 0,8 a 1. Já os consumidores que adquiriram planos considerados bons (de 0,6 a 0,79) representavam 72% do total.

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Perguntada sobre o fato de apenas um de cada dez consumidores estarem em planos considerados muito bons, Martha disse que "não é preocupante". "Na verdade, temos a outra faixa, de 0,6 a 0,79, com bastante beneficiários. Temos um pool de indicadores que são muito heterogêneos. São quatro dimensões diferentes. Uma operadora pode estar na penúltima faixa e ter alguma das dimensões muito boa. Ela precisa estar equilibrada e sustentável em todas as dimensões para ter uma nota boa no final", disse a diretora da ANS.

Segundo ela, foram analisados 30 indicadores: 16 referentes à assistência prestada; 6 sobre estrutura e operação; 4 sobre a situação econômico-financeira; e 3 referentes à satisfação dos beneficiários. As principais reclamações de consumidores em 2013 foram referentes à cobertura dos planos. Em seguida, sobre contratos de regulamentos e, depois, mensalidades e reajustes.

O Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) é considerado oficialmente a "nota" das operadoras, mas a ANS não divulga um ranking das empresas. Todas as 1.237 operadoras ativas do País foram avaliadas - do total, 343 são exclusivamente odontológicas. No portal da ANS, é possível buscar as informações referentes ao resultado de cada empresa.

"Esse não é um instrumento de punição. É um programa que busca incentivar a qualificação das operadoras", disse o diretor-presidente da ANS, André Longo. Ele destacou que o porcentual de beneficiários de operadoras médico-hospitalares situadas nas duas melhores faixas do índice passou de 75,7% em 2011 para 82,5% em 2013.

A alta do dólar nesta quarta-feira (5), acompanhando o movimento da moeda no exterior após dados positivos do mercado de trabalho privado norte-americano, teve influência contida sobre as taxas futuras de juros, limitada ao período da manhã. À tarde, os DIs viraram para baixo, na expectativa pela ata do último encontro do Copom, que elevou a Selic para 11,25% ao ano.

Ao término da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (42.350 contratos) estava em 11,277%, de 11,288% na véspera. O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 (72.940 contratos) apontava 12,32%, ante 12,35% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017 (166.715 contratos) indicava 12,43%, de 12,51%, e o DI com vencimento em janeiro de 2021 (75.415 contratos), 12,19%, de 12,29% no ajuste de ontem.

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O acúmulo recente de prêmios na curva ajudou a inverter a trajetória das taxas. Da mesma forma, a liquidez mais fraca também criou ambiente para puxar os DIs para baixo, já que um número menor de negócios foi responsável pelo movimento. O mercado também ficou especulando sobre a nova equipe econômica, com a expectativa da escolha de um nome mais 'market friendly'. Nada de novo foi conhecido nesta seara e a única novidade é que a presidente Dilma Rousseff só deve bater o martelo na volta de sua viagem para a Austrália, para o encontro do G-20, nos dias 14 e 15. Apesar de tudo continuar no ar, o nome de Henrique Meirelles segue rondando as mesas.

O aval do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a Petrobras reajustar os combustíveis, conforme noticiado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não fez preço. O porcentual e a data do aumento só devem ser definidos em nova reunião no dia 14. Se for definida uma alta de 4% a 5%, a inflação vai continuar estourando a meta, segundo cálculos dos economistas.

O mercado de juros monitorou os indicadores domésticos. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 0,1% em outubro ante o mês anterior. Segundo a FGV, a estabilidade na margem não altera a tendência de piora da percepção sobre o estado geral do mercado de trabalho pelo consumidor que vem sendo observada nos últimos meses. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 4,3% em outubro ante o mês imediatamente anterior. Mesmo assim, o indicador de média móvel trimestral ficou estável, indicando que uma efetiva reversão de tendência precisará ser confirmada pelos resultados dos próximos meses, destacou a FGV.

Além disso, o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços no Brasil inverteu a trajetória de setembro e passou de expansão para contração em outubro, segundo o HSBC em parceria com a Markit Economics. O índice caiu de 51,2 em setembro para 48,2 em outubro. O PMI composto, que engloba serviços e indústria, também seguiu a mesma direção e caiu de 50,6 em setembro para 48,4 no mês passado.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado nesta sexta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou alta de 0,94% em setembro. Já o IPP de agosto foi revisado de 0,48% para 0,49%. Como resultado, no acumulado de 2014, o indicador teve alta de 2,06%, e, em 12 meses, a taxa ficou em 2,87%.

A principal contribuição para a aceleração registrada no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apurado para composição do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) veio do grupo Alimentação. De setembro para outubro, o IPC acelerou de alta de 0,42% para 0,46%. No mesmo período, Alimentação saiu de 0,40% para 0,63%, puxado pelo comportamento do item hortaliças e legumes (de -6,85% para 2,36%).

Segundo a FGV, também foi registrado acréscimo nas taxas de variação de outras três classes de despesas. O grupo Vestuário passou de queda de 0,11% em setembro para alta de 0,75% em outubro, com contribuição do item roupas (de -0,11% para 0,69%). Em Comunicação, que saiu de avanço de 0,29% para elevação de 0,69%, a principal influência foi tarifa de telefone residencial (de -1,85% para 0,16%). O grupo Saúde e Cuidados Pessoais passou de 0,50% para 0,58%, com contribuição de artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,43% para 0,67%).

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Por outro lado, três classes de despesas apresentaram decréscimo nas taxas de variação. Educação, Leitura e Recreação saiu de 0,85% para 0,06%, sob influência de passagem aérea (de 12,49% para -7,98%). O grupo Transportes recuou de 0,37% para 0,18, com forte contribuição do item gasolina (de 0,67% para 0,25%). Despesas Diversas, por sua vez, passou de 0,22% para 0,16%, com destaque para o item clínica veterinária (de 1,49% para 0,48%).

O grupo Habitação repetiu a taxa de variação de setembro, de 0,47%. A principal influência de alta veio do item taxa de água e esgoto residencial (de -0,51% para 0,19%) e, em sentido oposto, a maior contribuição de baixa ficou com tarifa de eletricidade residencial (de 1,44% para 0,67%).

As maiores influências de alta para o IPC na passagem de setembro para outubro foram tomate (de -18,46% para 18,63%), refeições em bares e restaurantes (de 0,44% para 0,46%), aluguel residencial (de 0,63% para 0,68%), plano e seguro de saúde (de 0,72% para 0,71%) e tarifa de telefone móvel (de 0,14% para 1,21%).

Por outro lado, a lista de maiores pressões de baixa no período é composta por passagem aérea (de 12,49% para -7,98%), tarifa de ônibus urbano (de 0,00% para -0,36%), manga (de 14,24% para -14,46%), batata-inglesa (apesar do abrandamento da deflação, de -13,88% para -7,32%) e ovos (de -2,09% para -4,39%).

Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) acelerou de 0,16% em setembro para 0,20% em outubro. O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,43% em neste mês, após o avanço de 0,34% apurado na leitura do mês anterior. O índice relativo a Mão de Obra, por sua vez, permaneceu estável (0%) pelo segundo mês consecutivo.

Entre as maiores influências de alta do indicador estão elevador (apesar de desacelerar, de 1,07% para 0,86%), ferragens para esquadrias (de -0,09% para 1,35%), tijolo/telha cerâmica (de -0,04% para 0,69%), tubos e conexões de PVC (mesmo diminuindo o ritmo de alta, de 1,31% para 0,91%) e esquadrias de alumínio (de 0,71% para 0,79%).

Por outro lado, a FGV destacou dois itens como as maiores influências de baixa do INCC-M de outubro: massa de concreto (de 0,09% para -0,17%) e vergalhões e arames de aço ao carbono (de -0,39% para 0,00%).

O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 14,8% no trimestre terminado em outubro ante igual período do ano passado, divulgou a instituição nesta terça-feira (28). O resultado mostra uma piora em relação a meses anteriores, já que, na base de comparação trimestral, a variação em setembro havia sido negativa em 12,3%.

Considerando a relação interanual mensal, a piora foi ainda mais significativa. A variação do ICST foi negativa em 19,9% em outubro de 2014, ante -16,1% em setembro e -8,4% em agosto. Este é o pior resultado da série histórica nesta base comparativa.

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De acordo com a FGV, a evolução desfavorável do ICST se deve à deterioração tanto da percepção sobre a situação atual quanto sobre os meses seguintes no setor, pois o Índice de Situação Atual (ISA) passou de -9,7% em setembro para -12,9% em outubro, na análise trimestral. Já o Índice de Expectativas (IE) variou -16,5% em outubro, queda mais acentuada que a de -14,5% em setembro, na mesma base de comparação.

Na base interanual mensal, o ISA recuou 18,6% em outubro, ante -15,1%, em setembro. Já o IE aprofundou a retração passando de -16,8% em setembro para -21,0% em outubro.

Dos 11 segmentos pesquisados, nove registraram evolução desfavorável da confiança, considerando as leituras interanuais trimestrais entre setembro e outubro. Os destaques negativos no período foram os segmentos de obras para telecomunicações (de 9,3% para -10,7%), obras para geração e distribuição de energia elétrica (de -7,5% para -15,4%) e obras viárias (de -13,2% para -20,4%).

A FGV também explicou que a piora relativa do ISA neste mês foi influenciada pelo quesito situação atual dos negócios, que foi de -8,1% em setembro para -12,8% em outubro, na variação internanual do Indicador Trimestral. Já o quesito que mede a situação dos negócios para os próximos seis meses exerceu a maior influência negativa sobre o IE. A variação interanual trimestral deste quesito passou de -14,2% em setembro para -17,4%, em outubro.

Na avaliação da coordenadora de projetos da construção da FGV/Ibre, Ana Maria Castelo, o principal fator que limita a melhora da atividade no setor é a demanda insuficiente. "A demanda está fraca tanto nos segmentos que dependem das decisões privadas quanto nos segmentos de infraestrutura. Assim o ciclo de obras, que se encerra, não tem perspectiva imediata de retomada", afirmou.

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M) ficou em 0,20% em outubro, mostrando aceleração ante a alta de 0,16% registrada em setembro, informou, nesta terça-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (que iam de 0,15% a 0,22%) e ligeiramente acima da mediana, de 0,19%. Até outubro, o INCC-M acumula altas de 6,14% no ano e de 6,66% em 12 meses.

O grupo Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação positiva de 0,43% em outubro, após o avanço de 0,34% apurado na leitura do mês anterior. Já o índice relativo a Mão de Obra, por sua vez, permaneceu estável (0%) pelo segundo mês consecutivo.

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Cinco das sete capitais analisadas registraram aceleração em suas taxas de variação em outubro ante setembro: Brasília (de 0,03% para 0,14%), Recife (de 0,02% para 0,30%), Rio de Janeiro (de 0,06% para 0,19%), Porto Alegre (de 0,04% para 0,16%) e São Paulo (de 0,25% para 0,26%). Houve desaceleração em Salvador (de 0,18% para 0,17%) e Belo Horizonte (de 0,19% para 0,09%).

A confiança do empresário do comércio manteve a trajetória de declínio no trimestre encerrado em outubro. O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 10,3% na comparação a igual período de 2013, divulgou nesta segunda-feira (27) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em setembro, a taxa trimestral interanual havia sido menos intensa, com queda de 8,7%.

"A confiança do Comércio continua baixa em termos históricos e não sinaliza muita empolgação do setor com as vendas de final de ano. Considerando os dois horizontes temporais da pesquisa, a percepção sobre o nível atual de demanda evoluiu de forma ligeiramente favorável no mês, mas as expectativas ainda não apresentam evidências de melhora", avaliou o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo, em nota.

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No trimestre até outubro, o Icom ficou em 112,5 pontos. Em igual período de 2013, o indicador havia ficado em 125,5 pontos.

O Índice da Situação Atual (ISA-COM) repetiu a queda de 15,9% no trimestre até outubro em relação a igual período do ano passado. Em setembro, um recuo nessa magnitude já havia sido observado na mesma base de comparação.

Na média de agosto a outubro, 10,3% das empresas consultadas avaliaram o nível atual de demanda como forte (contra 16,3% em igual período do ano anterior), e 29,0% como fraca (contra 19,5% na mesma base).

Já Índice de Expectativa (IE-COM) caiu 6,8% nos três meses até outubro ante igual período de 2013. Até setembro deste ano, a queda era de 4,2%, na mesma base. A coleta de dados para a edição de outubro da sondagem foi realizada entre os dias 01 e 23 deste mês e obteve informações de 1.146 empresas.

A Bovespa fechou em queda pela quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira, 23, no menor nível de pontos desde 15 de abril, pressionada por especulações de que a presidente Dilma Rousseff (PT) apareceria à frente de Aécio Neves (PSDB) nas pesquisas eleitorais, o que foi confirmado no fim da tarde pela divulgação das sondagem Ibope/Estadão/TV Globo e Datafolha.

No fim do pregão, o Ibovespa caiu 3,24%, aos 50.713,26 pontos. O volume de negócios somou R$ 11,345 bilhões. Na máxima, a bolsa atingiu 52.409 pontos (estável) e, na mínima, 50.654 pontos (-3,35%). No ano, a bolsa zerou os ganhos e passou cair 1,54%, e no mês, acumula baixa de 6,29%.

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A Bovespa abriu o pregão desta quinta-feira em queda, negociada já na casa dos 51 mil pontos, com perdas ao redor de 2%, na contramão do sinal positivo exibido pelos índices futuros das bolsas de Nova York. Mesmo após as bolsas de Wall Street terem iniciado os negócios em alta, reagindo a balanços corporativos nos EUA melhores que o esperado, a bolsa brasileira manteve as perdas, devido à cautela dos investidores antes da realização do segundo turno das eleições, no próximo domingo.

O Ibovespa acelerou as perdas à tarde e perdeu o nível dos 51 mil pontos, em meio a rumores de que a presidente Dilma apareceria na frente de Aécio nas pesquisas de intenção de voto, previstas para esta noite. As sondagens, cuja divulgação foi antecipada para os minutos finais dos negócios da bolsa, confirmaram as especulações.

A pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo mostra que a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) abriu 8 pontos porcentuais de vantagem sobre o candidato do PSDB, Aécio Neves. O tucano caiu de 51% para 46% dos votos válidos de quarta-feira passada para cá e Dilma Rousseff (PT) subiu de 49% para 54%. Com o resultado, Dilma assume a liderança fora da margem de erro da pesquisa. A Datafolha indicou que, em votos válidos, Dilma oscilou de 52% para 53% e Aécio, de 48% para 47%.

As ações do Banco do Brasil lideraram as perdas na sessão e terminaram com baixa de 9,11%. Os papéis de outros bancos seguiram a tendência e também recuaram: Bradesco PN (-6,02%) e Itaú Unibanco (-4,53%). Entre as empresas estatais, Petrobras ON -6,23%, Petrobras PN -7,22%, Eletrobras ON -6,71% e Eletrobras PNB -4,64%.

As ações do setor de mineração e siderurgia figuraram entre as altas da bolsa. Vale ON (+1,83%), Vale PNA (+1,90%), CSN (+4,95%). Os dados de produção divulgados mais cedo pela Vale ajudam a impulsionar as ações da companhia, apesar da preocupação de analistas quanto ao preço do minério de ferro.

Além disso, foram anunciados dados positivos sobre o setor industrial da China. O índice de atividade dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial da China medido pelo HSBC subiu para 50,4 na leitura preliminar de outubro, de 50,2 em setembro.

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