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O medo dos brasileiros em relação ao desemprego diminuiu 2,2 pontos percentuais em setembro e ficou em 65,7 pontos, mas permanece elevado e acima da média histórica de 49,7 pontos, de acordo com o levantamento trimestral divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice varia de zero a 100 pontos e números acima de 50 indicam temor de perder o emprego.

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A maior queda foi registrada no Sudeste, com o recuo de 5,8 pontos entre julho e setembro, ante o aumento de 4,8 pontos registrado entre março e junho.  No entanto, o medo do desemprego nessa região, que chegou a 64 pontos, é o segundo maior do país. Em primeiro lugar está o dos moradores do Nordeste, onde o índice atingiu 73,1 pontos em setembro.

Já no Sul, o medo do desemprego aumentou para 62,7 pontos em setembro e ficou 0,8 ponto acima do registrado em junho. Assim, a preocupação de ficar sem emprego na região é maior do que a verificada no Norte e no Centro-Oeste, regiões em que o índice subiu 2,3 pontos em setembro e alcançou 60,9 pontos.

O levantamento também mostra que o medo de ficar desemprego é maior entre as mulheres (72,5 pontos), enquanto entre os homens o índice registrado em setembro chegou a 62,7. Uma diferença de 9,8 pontos.

Para realizar essa edição da pesquisa, a CNI entrevistou 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 22 e 24 de setembro.

Roberto Firmino falou sobre a lesão no olho que sofreu na partida contra o Tottenham, pelo Campeonato Inglês. O brasileiro disse ter sentido medo de ficar cego, em entrevista ao deu entrevista à "Sky Sports".

"Fiquei com medo de ficar cego de um olho e não poder enxergar novamente. Graças a Deus nada disso aconteceu e eu fui melhorando dia após dia. Eu tomei os remédios e cuidei do meu olho. Os olhos são muito importantes para um jogador de futebol. Graças a Deus está tudo bem agora", afirmou.

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A lesão ocorreu quando o zagueiro Vertonghen bateu sem querer com o dedo no olho esquerdo do atacante. O Liverpool venceu a partida, válida pela Premier League, por 2x1, com um gol de Firmino.

“Quando o incidente aconteceu, tudo estava embaçado e eu não conseguia enxergar do meu olho esquerdo. É muito melhor. A dor passou e eu não sinto mais nada. Ainda está um pouco vermelho, mas espero que isso acabe com o tempo”, finalizou o atacante.

Por Thiago Herminio

Taissa Farmiga é conhecida por atuar em filmes de terror. Ela é a protagonista do longa A Freira, com estreia marcada para a próxima quinta (6), e, também, trabalhou em diversas temporadas da série American Horror Story. Em entrevista, a atriz revelou uma experiência sobrenatural que viveu durante as gravações de um destes trabalhos.

Farmiga contou, ao site Bloody Disgusting - especializado em filmes de terror - sobre uma espécie de contato que teve com o 'além' enquanto filmava American Horror Story: Coven, em 2013. Ela disse que o fato aconteceu em New Orleans, cidade conhecida por suas histórias de espíritos. Segundo Taissa, ela morou  durante um tempo, em um antigo depósito transformado em loft e, ao passo que gravava a série,  também estudava para o filme Invocação do mal.

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A experiência aconteceu após uma conversa sobre bruxas com a irmã, a também atriz Vera Farmiga: "Ela me contou que existe uma hora da bruxa, às 3h, e eu fiquei muito ansiosa para conseguir ir dormir antes dessa hora. Quando eu estava perto de conseguir dormir, eu me vi totalmente desperta. Meus olhos não estavam abertos, mas eu me senti acordada e ouvi passos. De repente, eu senti alguém puxar meu cobertor. Não consegui mais dormir pelo resto da noite", disse.

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Mesmo com a apreensão causada pelos conflitos entre brasileiros e venezuelanos há cinco dias, ainda há imigrantes que apostam no Brasil para fugir da crise política e econômica e melhorar de vida. Na estrada que liga Pacaraima (RR) a Boa Visita, um grupo de cinco jovens venezuelanos está há quase uma semana caminhando em direção à capital de Roraima.

Mais de 200 quilômetros separam a capital da cidade de Pacaraima. Com pouquíssimos objetos pessoais, o grupo anda apressadamente, na contramão da pista sem acostamento. O cansaço e a expressão de fome são visíveis.

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O grupo contou que a dificuldade do percurso da Venezuela até o Brasil foi amenizada com caronas, doações de alimentos e alojamento oferecido por comunidades indígenas situadas ao longo do caminho.

Os jovens passaram por Pacaraima, depois dos conflitos, e disseram que não desviaram a atenção nem desistiram do objetivo de chegar a Boa Vista.  “Não podemos voltar, estamos migrando porque lá [na Venezuela] não tem nada. Aqui é a única maneira que temos de conseguir a comida para os filhos”, relatou Julio Cezar Astudillo.

Fome

 “Minha família estava passando fome. Na Venezuela se passa muita necessidade, não há trabalho e quando tem não dá para comprar um frango. Um salário mínimo lá não dá para nada”, disse Astudillo, ao lado da mulher.

Visivelmente exausta e com a voz cansada, a mulher de Astudillo, Paola Enriquez, de 19 anos, confessa que teme não conseguir chegar onde deseja. O casal deixou os três filhos na Venezuela com as avós.

Jesus Gualdron, 28 anos, contou que o mais difícil do trajeto é conseguir carona e comida.  Padeiro na Venezuela, ele disse que tem esperança de encontrar emprego no  Brasil. Segurando uma caixa vazia, o venezuelano afirmou que guarda o objeto para colocar os quitutes que pretende vender quando se instalar.

“Sempre confiamos em Deus e seguimos no propósito de chegar para conseguir um emprego e enviar comida para nossos filhos, minha esposa e nossas mães”, afirmou Gualdron.

O secretário de Segurança Pública e da Paz Social do Distrito Federal, Cristiano Barbosa Sampaio, disse hoje (20), na abertura da XX Reunião do Comitê Setorial de Segurança e Polícia Municipal, da União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI), que a diminuição nas estatísticas de homicídio no Distrito Federal não resultaram em uma diminuição da sensação de medo da população. A mesma análise foi relatada também pelo diretor de Segurança Pública e Manejo de Risco de Santiago do Chile, Fabian Ruiz.

“Brasília [Distrito Federal] registrou, em 2017, o menor índice de homicídios dos últimos 29 anos. Foram 16,3 mortes a cada 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia, em 2014, ano em que o atual governo teve início, esse índice estava em 24,3 mortes a cada 100 mil habitantes”, disse Sampaio durante a apresentação que fez na reunião do comitê.

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Segundo ele, se o DF mantiver a média do primeiro semestre de 2018, chegará ao final do ano com um índice ainda melhor, de 15,5 mortes. “Isso representará uma redução de 38% na comparação com 2014”, disse à Agência Brasil, após participar da abertura da reunião.

O resultado, no entanto, parece não ser percebido pela população, segundo levantamentos feitos pelo governo do Distrito Federal. “Apesar de os números de homicídios e de outros crimes terem baixado, a população continua se sentindo insegura. Resta-nos, portanto, o desafio de ouvir a população para melhor entender o motivo dessa sensação de insegurança continuar”, acrescentou.

Levantamento similar foi feito no Chile, segundo o diretor de Segurança Pública e Manejo de Risco de Santiago, Fabian Ruiz. “Notamos que há uma relação direta entre mensagens, pessoas e realidade social. Notamos que a percepção das pessoas sobre segurança está diretamente ligada ao que é veiculado por rádios e pelas televisões”, disse à Agência Brasil. “Notamos também que uma má ação costuma ser veiculada dez vezes mais do que uma boa ação”, acrescentou o representante chileno.

De acordo com o secretário de Segurança do DF, a imprensa colabora para a manutenção dessa sensação de insegurança porque costuma apresentar “de forma casuística” as matérias relacionadas à segurança pública.

“Há um conjunto de fatores que resultam nessa situação, e a imprensa também colabora para isso por ser casuística, não passando uma visão sistêmica da situação. Por exemplo, fizemos uma coletiva de imprensa no mês passado para mostrar a melhora nas estatísticas de segurança da cidade. Ninguém deu destaque a isso”, ressaltou Sampaio. “Tivemos oito dias sem homicídio em agosto. Isso também não foi noticiado porque notícia de que alguém não morreu não é notícia”, acrescentou.

A UCCI ocorre anualmente desde 1990. A edição do Distrito Federal vai até o dia 22 de agosto, e conta com a participação de representantes de 22 das 29 cidades que integram a entidade. Entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Quito (Equador), Santiago (Chile), e Barcelona (Espanha).

Durante os encontros, serão promovidos debates e trocas de experiência sobre temas como gerenciamento de intervenções ambientais/ecológicas para a promoção da segurança pública; centros integrados de segurança pública; e mecanismos de participação popular na segurança pública.

No último sábado, dia 18, no Caldeirão do Huck, Luciano Huck foi até Farroupilha, no Rio de Grande do Sul, como parte do quadro Árvore dos Sonhos. Conversando com crianças de uma escola de ensino fundamental, o apresentador respondeu diversas perguntas. Por exemplo, ele foi questionado sobre qual é o maior medo dele:

"Essa é uma excelente pergunta, qual o meu maior medo. Quando você é pai, você tem uma vontade enorme de proteger seus filhos, sua família. E muitas vezes você perde o controle disso, que não depende só de você. Então, meu maior medo é de perder o controle do que posso fazer pelos meus filhos. A gente sofreu um acidente de avião, eu, meus filhos e minha mulher. E é um pouco angustiante, a gente gosta de ter a vida no controle, de você poder preservar seus filhos, protegê-los, prepará-los pro mundo, educar direito, não quer que fique doente, um monte de coisa".

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Ele ainda continua:

"E, quando a gente caiu de avião, e meu filho tinha me perguntado Pai, esse avião é seguro? antes de entrar no avião e eu falei Claro, meu filho, pode entrar, e o avião caiu. E aí vem aquela reflexão de você perder o controle da sua vida, de perder o controle sobre a proteção dos seus filhos, o bem-estar da sua família. Então, desde então eu reflito muito sobre essa sua pergunta, do que que eu tenho medo. E eu tenho medo de algo de mau que aconteça com a minha família, com meus filhos... É isso, meu maior medo é esse. Boa pergunta".

Muitos até preferem negar, para parecerem mais corajosos, mas a verdade é que todo mundo já sentiu medo em alguma situação. Medo de agir, medo de falar, medo de se arriscar em algum empreendimento. O medo é natural e inerente à natureza humana. Ele é até bom, pois nos faz agir com cautela. O que não podemos deixar é que ele nos impeça de agir. Ele não pode ser maior que sua vontade de seguir em frente. Para vencer o medo, é preciso coragem.

A coragem não é a total ausência de medo, mas é não ceder ao medo, é manter-se em movimento mesmo na insegurança. É se libertar das amarras que lhe prendem no lugar. É conseguir agir apesar do medo. Tentar fugir do medo, ou disfarçá-lo, só o torna mais forte.

Nossa cultura nos ensina que demonstrar emoções é sinal de fraqueza. O efeito prático, no entanto, é justamente o contrário: o medo e essas emoções são potencializados. Não dê tempo ao seu cérebro para criar esses argumentos. Em alguma situação que você sabe que pode ter medo, procure não pensar muito e apenas agir. Quanto mais você pensa, mais tempo o medo tem para tomar conta do seu pensamento e lhe deixar em estado de paralisia.

Para desenvolver a coragem, você precisa, antes de tudo, se conhecer. Saber quais são suas limitações e suas habilidades, além de pensar no que é realmente importante para você, ajuda a criar coragem para assumir posturas diante das situações da vida. Uma boa estratégia é tentar entender seus medos, de onde eles vêm, porque acontecem e porque lhe impedem de seguir. Conhecendo-os, fica mais fácil de lutar contra eles. O mais importante é mudar de atitude. Reveja seus erros, suas fraquezas e gere mudanças.

É muito comum termos medo em nossas carreiras profissionais. Medo de mudar de emprego, medo de abrir um negócio próprio, medo de errar, medo até de assumir uma posição superior no trabalho. Mas ele não pode impedir seu progresso e seu desenvolvimento profissional. Se você recebe uma proposta profissional ou tem um desejo, é porque você tem qualidades que chamam atenção da pessoa ou organização que lhe fez o convite.

Para lutar contra o medo, é importante ter uma mudança de pensamento. Pare de pensar no que tem a perder, no que pode dar errado, e comece a focar nos benefícios que terá como resultado. Você precisa avaliar se os prós são maiores que os contras de uma decisão. Se forem, de fato, mais vantajosos, é hora de vencer esse medo e seguir em frente.

Depois de mudar o pensamento, você precisa mudar suas ações. Vá vencendo seus pequenos medos, aquelas situações mais simples do dia a dia, que, aos poucos, você se tornará mais corajoso e, enfim, se sentirá apto a vencer seus maiores medos. A coragem não é algo que se cria da noite para o dia, mas um processo de autodescobrimento que vai lhe tornar melhor.

Alvo de denúncias, o presidente Michel Temer (MDB) perderá o foro privilegiado a partir de 1º de janeiro de 2019. Com isso, ele poderá responder às acusações que pesam contra ele de corrupção e obstrução de Justiça. A possibilidade de ser preso, de acordo com o colunista Ricardo Noblat, tem amedrontado o presidente, mas não pelo fato da reclusão e sim por medo de perder a esposa, Marcela Temer. 

Segundo publicação de Noblat desta quarta-feira (11), o presidente teria confidenciado o fato a um amigo. "Sou inocente. Não tenho medo de ser preso e não serei", teria confidenciado Michel Temer. "Mas se eu for preso, meu medo é perder Marcela", completou. 

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O presidente é casado com Marcela há 15 anos. Como primeira-dama desde 2016, ela tem uma postura discreta. Advogada por formação, Marcela não costuma comparecer a todos os eventos do Palácio do Planalto, mas reativou a tradicional participação das esposas dos Chefes do Executivo nos trabalhos sociais da gestão.  

Um incêndio de grandes proporções assustou a todos no Parque do Povo, em Campina Grande, onde os principais shows do São João da cidade paraibana. Mais de 20 barracas foram danificadas e pelo menos duas pessoas deram entrada em unidades de saúde. As atrações da noite foram canceladas.

Segundo os Bombeiros, ainda não foi identificada a causa do incêndio. O que se sabe é que o fogo consumiu 24 barracas de comerciantes locais, que teriam salvado suas mercadorias. Apesar a correria e do pânico no local, somente duas pessoas ficaram levemente feridas.

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Os shows que aconteceriam na noite deste sábado (30) foram cancelados e ainda não há confirmação de que os do domingo (1º) serão mantidos, entre eles, a apresentação de Gusttavo Lima.

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O apito inicial foi dado, a Copa do Mundo começou e, com ela, os fogos de artifício e vuvuzelas. Muitos cãezinhos têm medo de fogos e dos barulhos, por conta da audição sensível, e isso pode levá-los a passar mal, com risco de consequências graves. Para ajudar pais e mães de cachorro a deixarem os pets mais confortáveis a cada gol e vitória da Seleção Brasileira, a DogHero, aplicativo de hospedagem e passeios para cães, levantou algumas dicas. Confira:

Como identificar o medo?

A reação do cãozinho aos sons permite identificar se ele se incomoda ou lida bem com o barulho. Veja como:

- O primeiro sintoma entre os cachorros que têm medo é adotar uma postura mais alerta. Eles evitam fazer coisas que o deixem "vulnerável", como comer, beber água, dormir, ou mesmo fazer suas necessidades com tanta frequência quanto costuma.

- Cães mais ansiosos podem se esconder ou ficar pedindo colo, pulando e chorando.

- Posturas curvadas, com as orelhas abaixadas, pupilas dilatadas, rabo abaixado ou entre as patas traseiras são sinais de que o cãozinho está assustado, com medo ou estressado;

- Ficar "lambendo o focinho" e mostrando os dentes também representam desconforto;

- Os sintomas mais extremos são salivação excessiva, batimento cardíaco acelerado, respiração ofegante e tentar fugir. Alguns cães podem também ficar agressivos.

Como ajudar o cãozinho?

- Algumas atitudes podem ajudar a deixar o cãozinho mais confortável durante a partida:

- Feche portas e janelas de vidro e coloque uma música em alto volume. Isso ajuda a protegê-lo dos sons e evita que ele fique mais assustado ou nervoso;

- Caso os fogos comecem e você perceba que ele ainda está atento ao barulho, faça festa ao ouvir os sons, como se fosse uma comemoração, para que ele associe o momento a coisas positivas;

- Enquanto isso, ofereça petiscos ou brinquedos que ele adora, com animação e sorrindo. É um ótimo jeito de fazê-lo perceber que está seguro, já que cães entendem muito bem nossas expressões faciais;

- Não pegue o cãozinho no colo, mesmo que ele peça. Isso é entendido por ele como sinal de insegurança e o nervosismo dele vai continuar ou até piorar;

- Evite posições curvadas. Esse também é visto pelo pet como um sinal de insegurança;

- Lembre-se de mostrar a ele que você está no controle da situação e assegurar que está protegido.

Cuidado: medo e estresse podem gerar trauma

O trauma pode fazer mal para o cãozinho, porque a situação tende a se agravar com o tempo. Se for esse o caso do seu pet, procure um profissional para dar início ao tratamento. A superação de um trauma é quase sempre demorada e envolve recaídas, tentativas, erros e acertos.

Por vezes, é necessário o acompanhamento de um adestrador, que pode identificar métodos mais eficientes para cada cãozinho a lidar da melhor forma com esse medo. Enquanto o cãozinho não estiver livre desse medo, é importante evitar que ele passe por uma situação crítica como os fogos durante o período da Copa do Mundo.

Da assessoria

Charlize Theron provou que além de uma grande atriz, ela é uma mulher absolutamente inspiradora. A beldade que estampou a capa da revista Elle e bateu um papo daqueles e deu uma aula ao falar sobre a realidade do racismo.

A loira é uma das referências de beleza, deu show nas telonas e mostrou que tem muito mais para oferecer ao mundo. Charlize é mãe de duas crianças negras que nasceram na África do Sul, lugar em que a atriz foi criada. Por isso, ao ser questionada sobre a importância de movimentos que lutam contra a discriminação racial, como Black Lives Matter, ela não pensou duas vezes na hora de se colocar a favor deles.

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"Ser criada durante o apartheid na África do Sul fez com que eu me tornasse totalmente consciente a respeito da igualdade e direitos humanos. Claro. Eu tenho duas crianças negras, mas isso sempre foi uma questão pela qual tive paixão. Eu não sei nem como falar sobre nosso último ano com nova administração. O racismo está muito mais vivo e enraizado do que que as pessoas imaginam. Não podemos negar mais".

Ainda falando sobre isso, ela contou que pensa muito em como esta questão racial pode afetar a vida e o bem estar de seus filhos e disparou que chega a pensar em sair do país pela segurança dos pequenos.

"Existem lugares nesse país em que, se eu tivesse um trabalho não poderia aceitar. Eu não poderia viajar com meus filhos para algumas partes da América, isto é muito problemático. Muitas vezes quando olho para meus filhos, pensou que, se isso continuar, eu tereia que ir embora. A última coisa que quero é que eles se sintam inseguros".

Nesta terça-feira (20), o pastor Silas Malafaia publicou mais um vídeo para se defender sobre seu possível envolvimento na Operação Timóteo, que apura suposto esquema de corrupção nas cobranças de royalties da exploração mineral. De acordo com a Polícia Federal, Malafaia recebeu um cheque de R$ 100 mil de um dos escritórios investigados e depositou em uma conta pessoal. “Eu tenho um Deus, meu amigo, o nome do meu deus é Jeová Tsidkenu, Deus é a minha justiça, vamos ver o final. Eu chamo Deus para esse caso, eu tenho a consciência limpa”, garantiu o fundador da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. 

No vídeo, com um tom bastante elevado, ele contou que “um jornalista esquerdopata” teria “requentado” a notícia para tentar denegri-lo, após saber sobre o seu possível apoio ao pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) na eleição deste ano, tamanha seria a influência do pastor. 

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Silas Malafaia se defendeu veemente sobre o valor de R$ 100 mil recebidos. “Depositei na minha conta. Qualquer oferta que eu receba de qualquer pessoa eu deposito na minha conta e faço isso há anos. Declaro imposto de renda e pago imposto, declarei R$ 82 mil em meu imposto e R$ 18 mil no da minha esposa porque temos conta conjunta. A oferta foi dada a mim, pessoal”, argumentou.

O religioso ainda falou que desafia qualquer pessoa a provar que está envolvido com “bandido” da referida operação. “Isso é uma afronta. O jornalista esquerdopata, após a notícia comigo e Bolsonaro, que foi boa, tenta me denegrir. Olha gente, estão com medo da influência de um pastor nesta eleição? Covardes, é por isso que a imprensa vem perdendo crédito”, continuou a desabafar. 

“Eu não posso ficar a mercê de uma safadeza dessa. Eu tenho uma vida limpa e estou denegrido por uma coisa que eu não tenho nada a ver com isso (...) não estou envolvido com bandido não tem nada com a minha vida não tem roubo de nada, não tem dinheiro de igreja que eu roube, eu desafio quem quiser. Sou um cara limpo e não vou ficar calado”, ressaltou. 

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Pouco deve repercutir mais no cenário político, nesta quinta-feira (1), do que a entrevista que o ex-presidente Lula concedeu ao jornal Folha de S. Paulo. O líder petista foi questionado, entre diversos temas, se estava preparado sobre a possibilidade de ser preso em breve, caso não consiga habeas corpus. O líder petista respondeu com convicção: “Eu estou preparado. Estou tranquilo. E tenho certeza de que vou ser absolvido e de que não vou ser preso”. 

Lula também falou que não tem perspectiva de se matar e tampouco de “fugir” do Brasil. “Levanto todo dia 5h da manhã, faço duas horas e meia de ginástica, tomo whey todo dia pra ficar bem forte e vou levando a vida assim. Então não tenho essa perspectiva nem de me matar, nem de fugir do Brasil. Vou ficar aqui. Aqui eu nasci, aqui é meu lugar. Não tenho medo de nada. A única coisa que eu tenho medo é de trair o povo trabalhador nesse país. E isso não vou fazer e por isso que estou aqui fazendo minha guerra”, ressaltou. 

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O ex-presidente disse que ainda quer viver muito. “Não vou me matar. Eu gosto da vida pra cacete. E quero viver muito. Tô achando que eu sou o cara que nasceu para viver 120 anos. Dizem que ele já nasceu, quem sabe seja eu?”. 

Ele garantiu que tinha a consciência muito tranquila. “Sabe do  que eu tenho medo de verdade? É se esses caras pudessem mostrar à minha bisneta que fez um ano no domingo que o bisavô dela roubou um real. Isso realmente me mataria”. 

O líder petista, entre outros assuntos abordados, ainda falou que ninguém é colocado no governo para roubar e que ninguém traz na testa “eu sou ladrão”. Falou, ainda, que não é contra a Operação Lava Jato e que tinha orgulho de fazer parte de um partido que criou “mecanismos eficientes” para combater a lavagem de dinheiro e a corrupção no Brasil. 

O bullying, o ato de cometer abusos psicológicos e/ou físicos de forma sistemática, é comum no ambiente escolar e não raro dificulta o bom convívio de crianças e adolescentes na escola, seus estudos e a visão que elas têm de si mesmas, podendo causar danos persistentes na vida das vítimas.

Conseguir quebrar o ciclo de violência e superar os traumas que ficaram depois de uma experiência dolorosa é tão importante quanto complicado e, muitas vezes, a mudança de escola é uma opção encontrada por estudantes e suas famílias para resolver o problema. No entanto, a simples mudança de ambiente e de companhias nem sempre basta para que a criança ou adolescente volte a se sentir bem na escola e consigo mesmo, sendo necessário continuar acompanhando de perto o processo de adaptação do estudante que sofreu bullying para ajudar a vítima a se fortalecer novamente.

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O LeiaJá ouviu uma psicóloga estudantil, uma aluna que já foi vítima de bullying e uma mãe que já precisou auxiliar o filho que sofreu violência em sua primeira creche, para entender como se dá esse processo de superação e adaptação a um novo ambiente, além de compreender como é possível ajudar estudantes que passaram por problemas semelhantes. 

“Minha mãe foi me ajudando a trabalhar a situação”

A estudante Maria Vitória Bernardo vive em Espírito Santo do Pinhal, município localizado no interior do Estado de São Paulo e sofreu bullying quando era criança, em sua primeira escola. A situação já fazia com que a mãe de Maria Vitória fosse frequentemente à escola pedir que fossem tomadas providências sem que, no entanto, nada mudasse. O ponto máximo de tensão ocorreu quando as provocações e abusos psicológicos se transformaram em agressão física. 

“Eu estava sentada na hora do intervalo com meus dois amigos e eu estava comendo um salgado e na época  eu não gostava muito de tomate, era um salgado de pizza, tirei o tomate e coloquei ele em cima de um guardanapo, só  que acabou voando e caiu na perna de uma menina. Na hora eu pedi desculpas e, na hora que eu abaixei para pegar o tomate no chão, senti um tapa nas minhas costas, começou a arder na mesma hora, a menina era mais velha, eu sempre fui pequena e ela era bem maior. Sentei e comecei a chorar, fui atrás de uma inspetora mas ela disse que se a menina me bateu foi porque eu dei motivo. Minha perna tremia, minhas costas ardiam, eu estava até branca porque eu não tinha feito nada, apanhei de uma menina e quando fui pedir ajuda colocaram a culpa em mim, eu não conseguia compreender”, contou ela. 

Nos dias que se seguiram, Maria Vitória e sua mãe tiveram vários problemas com a escola, com a inspetora, a diretora e com a aluna que praticou a agressão, pois mesmo decidida a mudar a filha de escola, a mãe de Maria não conseguiu vaga para ela em nenhuma outra instituição pois o ano letivo estava perto do final. Assim, mesmo em meio a muitos conflitos entre a direção da escola e sua mãe, Maria Vitória precisou continuar onde estava até o ano acabar. Ela conta que depois de uma conversa entre as duas meninas, suas respectivas mães, a inspetora e a diretora da escola, não houve mais nenhum episódio violento até que o ano terminasse. 

A mudança de instituição, no entanto, foi algo que afetou muito a saúde emocional de Maria Vitória, que na época tinha, entre oito e nove anos de idade e nunca tinha estudado em outra escola antes. Para ela, foi “um turbilhão de sentimentos” pois seus amigos continuavam na antiga escola e apesar de ser acolhida e bem tratada por professores e alunos na nova instituição de ensino, de acordo com ela, “todos já tinham suas panelinhas, rodinhas, então foi difícil”, explicou a estudante. 

“No começo foi horrível, fiquei umas duas semanas chorando sempre que chegava em casa, me sentia insegura com medo de acontecer a mesma coisa. Minha mãe sempre conversou comigo, sempre foi muito clara e sincera em relação à situação, me incentivou a estudar e fazer novas amizades, sempre me ouvia desabafar e me aconselhava”, contou Maria Vitória, que também destaca que o apoio de sua mãe, da equipe da escola e dos alunos foi essencial. 

Hoje, olhando para o que passou, a estudante que atualmente está cursando o segundo ano do Ensino Médio avalia que a mudança foi positiva e ajudou sua vida a ser melhor, trazendo aprendizado. O problema que enfrentou na primeira escola, de acordo com Maria Vitória, “deixou marcas, foi ruim na época, mas hoje eu levo numa boa”. 

“Passamos a confiar mais no que ele comunica”

Letícia Magalhães* é pesquisadora e professora, vivendo atualmente em Bilbao, na Espanha, onde faz doutorado. Antes de se mudar, ela decidiu tirar seu filho, então com três anos de idade, da creche em que ele estudava ao perceber mudanças em seu comportamento ao mesmo tempo em que a equipe da escola nunca explicava o que estava acontecendo de errado. 

O filho de Letícia tem Síndrome de Down e ainda não consegue falar, comunicando-se por meio de gestos e sons. Somente depois de tirá-lo da creche ela soube o motivo de o menino “gritar, espernear, se agarrar à gente e se comportar como se estivesse sendo levado para uma tortura” sempre que ia para a creche: o garoto estava sofrendo bullying por parte dos colegas e também de alguns professores.

“Soubemos de algumas coisas que aconteciam, de baterem nele ou o deixarem sozinho chorando do lado de fora, e ‘brincadeiras’ violentas como os alunos grandes sentarem na cabeça dele”, contou a mãe. O problema fez com que o menino tivesse medo de outras crianças e, para Letícia, o maior desafio ao buscar outro lugar para que seu filho estudasse era achar um lugar “onde ele fosse visto como uma pessoa normal e onde os princípios pedagógicos não incluam entender a violência como uma coisa natural nas crianças”, explicou ela. 

Já depois da mudança para a Espanha, Letícia encontrou uma instituição que atendia a seus critérios e conta que desde então seu filho deixou de sentir medo dos colegas. Apesar do apoio encontrado na nova escola, a mãe explica que a readaptação ainda está acontecendo mesmo depois de dois anos que a criança sofreu violência. “A escola, colegas e as famílias dos colegas têm sido importantes nesse processo. Ele vai superando, mas creio que algumas coisas ficarão gravadas”, explicou Letícia. 

Em casa, a forma encontrada de ajudar o filho a se readaptar ao ambiente escolar após o bullying foi, de acordo com ela, foi prestar mais atenção aos sinais que ele dava e confiar no que o menino expressa. “Ele fala pouco mas se faz entender e passamos a confiar mais no que ele comunica, se ele está desconfortável, triste, é porque algo aconteceu. Tem dias que ele não quer ir para a escola, e fomos percebendo quando é um motivo pelo qual realmente não deve ir como sentir alguma dor, ou quando é só vontade de ficar em casa, então é preciso realmente conhecer o filho”, contou a mãe.

Ela também explica que quando percebe que o menino não quer ir para a escola, relembra as coisas boas que tem lá e, diante de uma nova negativa, busca entender o que houve. “Estamos bastante presentes na escola e juntamos os pais e mães com alguma frequência, esse contato ajuda a construir amizade entre as crianças e superar comportamentos danosos”, explica Letícia, que também conta que, para ela, é muito importante entender que ter muito medo da escola é um sinal de alerta e que “se alguma vez ele fizer como fazia na escola antiga, de gritar, espernear, se agarrar à gente, se comportar como se estivesse sendo levado para a tortura, não é normal. Me diziam que todas as crianças fazem isso. Não é verdade, meu filho fazia isso quando ia a um lugar onde era maltratado”, reforçou ela.

Ajuda profissional

Raquel Lacerda é psicóloga educacional e explica que é muito importante acompanhar e verificar sempre como a criança ou adolescente se comporta, caso não relate o que está havendo, para poder detectar a ocorrência do bullying. Ela explica que mesmo quando a vítima não conta, em geral se mostra tensa, preocupada com aspectos que podem ser alvos do bullying, tentar mudar esses aspectos, apresentar isolamento ou um comportamento mais deprimido são indícios de que alguma coisa está errada.

“Às vezes, por exemplo, uma adolescente se tranca no quarto dizendo que vai dormir e na verdade usa a auto flagelação como uma tentativa de escape. Qualquer mudança de comportamento significativa como estar mais calado, mais triste, chorar escondido e responder que não é nada, todos são sinais de que é necessário buscar ajuda profissional”, explica Raquel.

O papel da escola, nesse caso, é acompanhar tudo para estar atenta aos limites entre brincadeira e violência. Raquel explica que a equipe de psicologia precisa estar em contato frequente com os professores e, em caso de algo passar do limite, a intervenção deve ser feita com a vítima, com o agressor e também com o restante da turma. “É preciso chamar as famílias, analisar se a vítima se coloca nessa posição e se o estudante sofre bullying na família, são muitas questões. O trabalho preventivo e a intervenção têm que ser constantes e a família tem que procurar um psicólogo”, pontuou ela.

Para decidir se é melhor ou não trocar de escola, não há uma resposta única. “Depende da relação e das providências tomadas. Os pais têm que estar junto, acompanhando, buscar um processo psicoterapêutico para que a vítima possa de fortalecer, mas se houver negligência da escola, não adianta insistir em permanecer”, explica a psicóloga. 

Após a mudança de escola, muitas vezes mudar de ambiente, se afastar dos agressores e conhecer pessoas novas parece algo positivo e, segundo Raquel, de fato é, mas muitas vezes não é suficiente pois é comum que a vítima sinta muito medo de que, mesmo na escola nova, o antigo problema se repita. Segundo Raquel, a formação da identidade da criança é prejudicada por assimilar as “causas” do bullying como características de fato suas, comprometendo a auto-estima em outras relações, causando medo de sair de casa, fechamento para outras relações devido à falta de aceitação, passando a assumir o lugar de vítima, o que é um processo sofrido e doloroso. 

No que diz respeito ao agressor, a psicóloga explica que é possível que seja uma criança ou jovem que também sofre com insegurança, inveja e outras questões que precisam de cuidados. Raquel frisa a importância de não banalizar tudo como bullying, mas também não desconsiderar o sofrimento, apurar o olhar para o que acontece com os estudantes e garantir que o suporte necessário esteja presente tanto por parte da escola quanto com a família, além de garantir o apoio de um profissional.

*Nome fictício

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Não poder sair para trabalhar por causa de tiroteios. Passar o dia deitado no chão de casa para não ser atingido. Testemunhar a execução a sangue frio de vizinhos. Ter a casa completamente destruída por granadas e tiros de fuzil. O cotidiano de populações em áreas de guerra não difere muito do que as pessoas vivem em comunidades conflagradas no Rio.

Cidade de Deus, na zona oeste, e Rocinha, na zona sul, foram as regiões da cidade que mais registraram tiroteios neste ano: 41 e 32 confrontos armados, respectivamente, pelo menos um por dia. Os números são do aplicativo Onde Tem Tiroteio (OTT-RJ). Os conflitos acontecem basicamente entre grupos de traficantes de droga e policiais, que tentam retomar o controle das comunidades.

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A situação vem se agravando a cada dia, desde o fim do ano passado, com a crise financeira do Estado e o desmantelamento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que durante alguns anos chegaram a garantir um cotidiano menos violento nas comunidades. É o que aconteceu na Cidade de Deus, onde a situação se agravou tanto nos últimos dias que a Linha Amarela, uma das principais vias que cortam a cidade e margeiam a favela, chegou a ser fechada por dois dias seguidos por tiroteios.

As cenas de desespero de motoristas paralisados na Linha Amarela, se arrastando pelo chão, tentando proteger crianças dos tiros só não são mais chocantes do que as vivenciadas pelos moradores das comunidades diariamente. "Desde o fim de outubro, a situação é muito grave", atesta Rafa Gufe, de 32 anos, produtora cultural, integrante do coletivo Hip Hop West Coast-RJ, moradora da localidade do Karatê, que ela compara à Faixa de Gaza, onde ocorre a maior parte dos confrontos entre policiais e traficantes na comunidade. "Você acorda com helicóptero da polícia na janela, com rajadas (de submetralhadora) Z62, com gritos das pessoas pedindo socorro e sendo executadas na frente sem que você possa fazer nada."

O produtor cultural Bruno Rafael, de 38 anos, simplesmente não conseguiu voltar para casa, na quinta-feira, quando foi registrado um dos mais intensos tiroteios na comunidade, onde vivem pelo menos 38 mil pessoas. "Tive de ficar no centro, onde trabalho", conta. "Não passava nenhum ônibus para a Cidade de Deus."

Bruno e seu irmão, o professor Leonardo Alves, de 36 anos, mantêm uma escola de Muay Thai na comunidade há quatro anos e meio, que atende 350 pessoas, entre elas quase uma centena de crianças. Com os fortes tiroteios dos últimos dias, a escola simplesmente não pôde abrir as portas. "Os pais não deixam as crianças saírem de casa por causa dos tiroteios e o número de alunos só faz diminuir", conta Alves.

Rocinha

Encravada em parte dos bairros mais ricos do Rio, como São Conrado e Gávea, a Rocinha vem enfrentando um cotidiano semelhante. A guerra entre dois grupos de traficantes rivais se agravou em setembro e, na semana passada, atingiu seu auge, com mais uma invasão violenta da polícia. "Começou 9h30 da quinta-feira e ficou muito intensa depois do meio-dia, com a chegada do Bope, ganhando contornos de guerra", relata um analista de sistemas, morador da comunidade, que não quis se identificar e, com medo, se mudou esta semana de casa. "Foram armas de calibre que nunca tinha escutado, muita granada, muita bomba, fuzil. Os traficantes invadiram o prédio, a polícia invadiu o prédio. Eu e minha esposa passamos o dia inteiro deitados no chão, no escuro, porque estávamos sem luz, torcendo para que o pior não acontecesse. Quando ela se levantou para comer algo, quase foi alvejada."

No fim do dia, quando o tiroteio terminou, o cenário era devastador. "Começamos a ouvir vozes de pessoas pedindo socorro. Saí de casa para ver o que estava acontecendo e já mandei minha esposa fazer a mala para sairmos dali. Quando cheguei na rua, tinham umas três casas pegando fogo, um mar de cápsulas de bala, curto-circuito por todos os lados, corpo e restos de corpos pelos becos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As festividades em que fogos de artifício são utilizados causam grande impacto para os animais. Na última semana, um caso triste foi registrado na cidade de Armenia, na Colômbia, onde um cachorro da raça pitbull pulou do 11º andar em meio ao desespero causado pelo barulho dos projéteis. Ele ainda atingiu uma mulher sentada na área do prédio. 

De acordo com as informações da imprensa local, Sultán se assustou muito com o barulho e, no momento, estava sozinho em casa, como costumava ficar, segundo os vizinhos. Antes de pular pela janela, ele destruiu toda a cozinha.

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A sua dona, Luisa Fernanda Salazar, estava abalada com a morte do cachorro, tirado das ruas e adotado por ela há dez meses. O cão morreu na hora e a mulher atingida sofreu uma fratura, foi hospitalizada e passa bem. 

Existem diferentes formas de medo, quando nossa vida está sendo ameaçada, ou quando o medo que é simplesmente resultado de um estado de preocupação. Sente-se medo de que algo possa acontecer baseado em mera hipótese. A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) acaba de divulgar os resultados da pesquisa “Os brasileiros e o câncer: entendimentos e atitudes”, que traça um panorama do conhecimento, percepções, hábitos e estilo de vida da população em relação à doença, e constatou que o medo do câncer – a carcinofobia – faz parte da vida de um grande número de brasileiros.

Apesar dos notáveis avanços da medicina, do crescimento significativo das chances de os tratamentos serem bem-sucedidos, das chances de cura terem aumentado substancialmente nos últimos anos, uma parcela nada desprezível da população não gosta sequer de falar a palavra câncer. Em uma escala de 1 a 10, 41% dos entrevistados classificaram como 10 o grau de medo quando pensam em câncer. O índice é maior entre as mulheres (48% versus 32% nos homens) e é alto em todas as faixas etárias. O Pará é o estado com maior índice de “carcinofobia” do Brasil: 54% dos paraenses têm medo do câncer em escala máxima.

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Lutar contra esse tipo de medo pode parecer fácil, porém não é uma tarefa tão simples. “As pessoas parecem ter um bom entendimento de como o câncer poderia ser evitado. Entretanto, mostram-se pouco dispostas a adotar as medidas necessárias”, diz a oncologista clínica Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico.

A pesquisa confirma isso: mesmo com medo, 24% dos entrevistados afirmaram não fazer exames preventivos. As principais justificativas para esse comportamento de risco são várias: não ter plano de saúde (29%), falta de tempo (28%) e o alto número de pessoas (20%) que não consideram necessária a realização desses exames preventivos. “As consequências são evidentes e gravíssimas. O diagnóstico precoce fica comprometido e, como se sabe, quando o câncer é diagnosticado em fase avançada diminuem drasticamente as chances de sucesso do tratamento e de cura do paciente”, alerta Paula Sampaio.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a cada ano mais de 14 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer e 8,8 milhões de pessoas morrem vítimas dessa doença. No Brasil, somente para este ano, são esperados quase 600 mil novos casos.

O estigma da doença se consolidou nas primeiras décadas do século XX, quando o câncer matava e tinha chances de cura extremamente baixas. “Já faz muitos anos que o câncer deixou de ser uma sentença de morte. Nós lutamos todos os dias para derrotar de vez esse estigma, que já foi muito mais forte, mas, infelizmente, ainda há falta de informação e também falta de ação, de pessoas que se deixam paralisar por esse medo que mata”, diz Paula Sampaio. “Felizmente, a ciência tem provado que todo esse estigma criado em torno do câncer está errado. Hoje, as perspectivas para o diagnóstico e a terapêutica são as mais promissoras possíveis”, explica a médica. “Em casos como os de mama e próstata, as perspectivas de cura superam os 90%, caso sejam descobertos no começo”, diz ela.

Prevenção - Muitas pessoas passam grande parte da vida com medo do câncer e se esquecem, porém, de que o que importa é adotar ações que afastem a doença. Observar os fatores de risco é importante para a adoção de hábitos saudáveis. Portanto, esteja atento à alimentação e à prática de exercícios físicos, ao consumo de bebidas alcoólicas em excesso e ao tabagismo. A análise familiar também é fator importante para a prevenção do câncer.

As visitas periódicas ao médico são necessárias para acompanhar as condições clínicas do organismo. Nenhum processo cancerígeno aparece do dia para a noite. Portanto, o monitoramento da saúde pode auxiliar no diagnóstico precoce de tumores. Consequentemente, permite o tratamento e cura.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

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Forte das Cinco Pontas, bairro de São José, área central do Recife. É noite, mas, por sorte, não é meia-noite nem lua cheia. O guarda municipal Edvaldo Santos, de 49 anos, fecha a pesada porta de grandes ferrolhos. Naquele momento, ele está só. Quer dizer, está acompanhado apenas das dezenas de espíritos que habitam o local.

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Construído em 1630, com recursos captados pelo holandês Frederick Hendrick, o Príncipe de Orange, tio de Maurício de Nassau, o Forte das Cinco Pontas, que hoje possui só quatro pontas, é um dos monumentos mais representativos do patrimônio colonial brasileiro. Foi criado para controlar o suprimento de água, com a proteção de cacimbas, e assegurar que carregamentos de açúcar transportados pelo Rio Capibaribe chegassem ao Porto do Recife sem sofrer ações de piratas.

Naquele mesmo século, a estrutura passou para o domínio português. Também foi prisão, com detidos confinados em calabouços subterrâneos chamados de “cemitérios vivos”. Aquela prisão foi encerrada por ordem de Gervásio Pires Ferreira, que dirigia a Junta do Governo Provisório de Pernambuco. A fortaleza teve entre seus presos  Frei Caneca, que ficou no local no dia anterior à sua morte por arcabuz, e, em outra época, o escritor Graciliano Ramos, autor de Vidas Secas e Memórias do Cárcere.  O forte ainda foi quartel general no período militar. 

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-  Você não se incomoda se for acusado de estar mentindo ou vendo coisas?

A pergunta provoca um rápido riso debochado no guarda municipal, talvez um incômodo de estar sempre sendo questionado mesmo tão seguro. Caminhando pelos corredores, ele vai indicando os pontos em que já viu ‘assombrações’. O pagode alto que toca em alguma casa de festa próxima soa anti-climático e reconfortante. “Eu tenho a plena consciência de que estava são, tranquilo, numa boa, e simplesmente as coisas acontecem de uma maneira que foge ao seu controle e, eu sei, foge até ao natural. Mas se alguém discordar, jamais vai mudar minha visão”, conta Edvaldo Santos. 

O guarda soma oito anos trabalhando no Forte das Cinco Pontas. Já é conhecido pelas experiências sobrenaturais que viveu, as conta com naturalidade. São barulhos, vultos, batidas, mas não só. Há visões nítidas: mulheres com metade do rosto em caveira ou soldados sem as pernas são algumas delas. 

O servidor Edson Barbosa de Lima, de 47 anos sendo 27 deles trabalhando no local, também compartilha experiências. Nunca viu, mas sempre ouve barulho em cômodos que estão vazios. “Eu me arrepio, mas já me acostumei”, salienta.

Edson lembra da estagiária que passou apenas um dia trabalhando lá porque viu um fantasma. Edvaldo recorda do guarda municipal que escutou o som de vários objetos caindo e quando abriu a sala estava tudo no lugar - já perto de se aposentar, o homem nunca mais voltou a trabalhar lá.

O historiador do Museu da Cidade do Recife, localizado dentro do Forte, Sandro Vasconcelos, trabalha no mesmo endereço há dez anos, nunca viu fantasma, porém não duvida. O pesquisador ressalta que a história da fortaleza está fortemente atrelada a batalhas e mortes. Além disso, por estar sob o domínio militar no período da ditadura, há suspeitas de que foi palco de torturas. 

“Até onde sabemos, não. Mas como era um Quartel General do Exército, os registros ficaram com o exército, não temos vestígios. Mas provavelmente sim, se observarmos a história, fortes como esse foram locais de pessoas presas e provavelmente torturadas”, argumenta Sandro Vasconcelos. 

Apesar de ser um dos pontos do roteiro turístico Recife Assombrado, a fama sobrenatural do forte ainda é desconhecida. Não há referências na internet sobre  todos esses casos conhecidos por funcionários dos museus. É como se a Prefeitura do Recife temesse que o museu ganhasse uma imagem de mal-assombrado. A assessoria do museu, por exemplo, mostrou grande preocupação quando soube que a reportagem entrevistou dois funcionários. O historiador do local receia que valorizar o lado místico seja sair da proposta do museu, mas reflete: “Talvez pensar em alguma proposta em cima disso seja uma forma interessante de lidar. É algo a se estudar”, conclui. 

Milhares de pessoas foram retiradas neste domingo (8) de um shopping na região de Moscou por causa de um incêndio, informou o Ministério para Situações de Emergência da Rússia.

Segundo a Agência EFE, o incêndio já se propagou por uma superfície de 55 mil metros quadrados

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Segundo os serviços de emergência, existe a possibilidade de o edifício desabar.

Os bombeiros mobilizaram mais de 100 bombeiros, 25 caminhões e dois helicópteros Ka-32 para combater o fogo e evitar que se propague para outros imóveis.

Muitos motoristas do Uber se definem vulneráveis e até mesmo com medo devido às inúmeras polêmicas e confusões com taxistas. No Recife, bem como em outros estados brasileiros onde o aplicativo é permitido, não raro aconteceram cenas lamentáveis de intolerância e brigas envolvendo a regulamentação ou não do Uber. Alguns, inclusive, evitam de trabalhar em horários noturnos e passar por perto de pontos de táxis até mesmo chegando a cancelar viagens quando há taxistas nas mediações. 

Seu Francisco Lima, 68 anos, é uma exceção. Em conversa com o LeiaJá, nesta sexta-feira (6), ele prefere não mostrar o rosto, mas garante que não é por medo, já que a frase adesivada “Uber” em todo os lados do carro deixa claro que "não se intimida" com nada e ninguém, mas sim para preservar sua imagem. 

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O idoso, que é italiano, conta que trabalhou 15 anos como taxista e que desde o início do aplicativo no Recife se cadastrou. Ele contou que escancarar para todos, através do seu veículo, o novo meio de sustento traz problemas como não poder deixar o carro estacionado em lugares públicos, mas afirma que não vai parar. “Alguns taxistas não se conformam, fazem piada e até mesmo me ameaçam, mas eu não ligo não porque eu não tenho medo de taxista. Comigo não existe espaço para tamanha ignorância e sou um motorista experiente”, declarou. 

Francisco também deixou um recado de tolerância, necessária não apenas quando se refere a taxistas e Uber, mas também para toda a sociedade. “Esse é o meu meio de trabalho e todos podem conviver bem cada um em seu canto”, disse. 

Os protestos promovidos por taxistas tem sido menos constantes com o passar do tempo. Inclusive, no final de setembro passado, foi a vez dos motoristas do aplicativo que saíram em carreata e promoveram um “buzinaço” na área do Centro do Recife. Eles se manifestaram contra o Projeto de Lei 28/2017, do Senado Federal, que pretende regulamentar o setor no país. O documento é de autoria do deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP).

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