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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teceu uma série de elogios ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que teria se colocado como presidenciável para o ano que vem durante uma entrevista à revista Veja. Sobre os projetos em discussão na Casa, o deputado ainda disse que trabalha para que a reforma da Previdência seja aprovada ainda neste ano e acredita que o teto salarial para todos os servidores do Executivo Federal pode ser votado em novembro.

Sobre a possível candidatura do ministro, Maia afirma que ele "é um grande quadro". "Sendo vencedor (da eleição de 2018), tenho certeza de que em quatro anos ele entregará o Brasil melhor do que ele vai receber. Se for o candidato vencedor, ele será um bom presidente. Não tenho dúvida nenhuma", disse a jornalistas após participar do Seminário Internacional de Direito do Trabalho, realizado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL).

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Maia comentou, porém, que a situação sobre a possível candidatura do ministro ainda está nebulosa. "Parece que sim (que será candidato), depois disse em uma nota que não... é confuso", avaliou. "Ele tem de decidir junto com o partido dele (PSD). Ver que tipo de aliança ele vai construir. Porque eleição presidencial no Brasil é algo complexo. Primeiro, a gente tem de saber se vai ser e em qual momento ele vai decidir isso", comentou.

Sobre seus planos para o ano que vem, o presidente da Câmara já diz há algum tempo que será candidato a deputado federal. "Acho que eu ajudo bastante na Câmara, posso continuar ajudando", analisou. Quando questionado sobre poderia se candidatar ao governo do Estado, ele disse que os dois ex-prefeitos do Rio são seus candidatos. "Claro, de preferência, sempre o César Maia", citou em referência ao pai. "Acho que, nessa crise que o Rio vive, a capacidade de gestão dele (é um diferencial). Talvez seja o melhor gestor público que o Rio tem. E tem a confiança do servidor, que é uma coisa difícil na política brasileira", avaliou.

Previdência

Maia defendeu que a aprovação da reforma da Previdência seja feita ainda neste ano, se possível, ou no início do ano que vem. "Eu trabalho para que saia o mais rápido possível (a reforma). Eu não sou dos pessimistas, eu sou dos otimistas. Eu acho que para o Brasil é melhor que a Previdência saia logo, independentemente de qualquer coisa. Eu vou trabalhar por ela, pela reforma do Estado brasileiro", afirmou.

Segundo o presidente da Câmara, sem a realização da reforma da Previdência, não será possível fazer promessas na campanha do ano que vem, que não poderão ser cumpridas por falta de recursos. "A gente não pode entrar na eleição mentindo para o eleitor. Ninguém pode ir para o horário eleitoral dizendo que vai ter dinheiro para a Educação, dinheiro para a Ciência e Tecnologia, para Saúde", disse.

Maia afirmou que faltará recursos para essas áreas porque a Previdência social já compromete 60% dos gastos obrigatórios do governo e vai caminhar para 70%, 80% "até consumir 100% do orçamento". "Eu tenho dito que a reforma do Estado é um dos pilares da minha gestão na Presidência da Câmara. E a base principal da reforma do estado brasileiro é reforma da Previdência", argumentou.

Sem as novas regras, disse o parlamentar, o impacto de todos os outros temas é irrelevante. "O impacto da Previdência é tão grande que tudo o que você fizer para economizar, tudo que você fizer para ampliar um pouquinho de investimento nas áreas fundamentais, você vai ser engolido no dia seguinte pelas despesas previdenciárias", comparou.

Para o presidente da Câmara, a sociedade "tem de entender", quando critica as mudanças, que elas estão focadas, principalmente, nos que ganham mais. "Quando a gente fala que falta dinheiro para a Ciência e Tecnologia, de R$ 3 bilhões, de R$ 5 bilhões e de R$ 8 bilhões, a gente esquece que é porque a Previdência brasileira cresce e consome cada vez mais orçamento", disse. Ele afirmou que esse fenômeno faz com que o Estado brasileiro deixe de investir em suas áreas principais. "O Brasil vai investir neste ano R$ 30 bilhões. Isso é próximo do ridículo (de tão pouco). Isso acontece porque estamos espremidos, porque tem o teto (do aumento dos gastos públicos), graças a Deus."

Teto salarial para Executivo Federal

O presidente da Câmara acredita que o teto salarial para todos os servidores do Executivo Federal possa ser votado ainda em novembro. "O presidente (Benito Gama/PTB-BA) e o relator (Rubens Bueno/PPS-PR) da comissão do teto estão aqui comigo. Eles vão votar durante o mês de novembro, se Deus quiser, o projeto", disse.

"Com isso, vai ficar claro o que está dentro da lei e o que não está. Acho que a lei é importante", argumentou. Pelo texto que está em avaliação, os rendimentos recebidos não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal, no valor de R$ 33,7 mil.

Maia fez essa declaração em meio à polêmica envolvendo a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, que protocolou um requerimento no governo no qual compara sua situação com a de um trabalhador escravo por ter parte do salário glosado pela lei do 'abate teto'. A ministra diz que é seu direito receber o valor integral para trabalhar como ministra porque o cargo lhe impõe custos como se "vestir com dignidade" e "usar maquiagem". Ela chegou a comparar o caso ao trabalho escravo e depois disse à Coluna do Estadão que não se arrependeu disso. "Todo mundo sabe que quem trabalha sem receber é escravo", disse.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, admitiu o desejo de concorrer à Presidência da República pelo PSDB nas próximas eleições, em 2018, mas reconheceu que esta não é uma decisão unilateral, e sim, "coletiva". A declaração foi feita pelo tucano em vídeo publicado no Twitter, em resposta a questões enviadas por internautas.

"Candidatura a cargo majoritário, como presidente da República, não é uma decisão pessoal. É uma decisão coletiva que começa pelo partido, tem que ouvir as alianças, a sociedade. Este é o bom caminho", disse Alckmin. "Se você (internauta) me perguntar se quero ser [candidato], eu digo que sim e estou preparado para ser candidato. Não vai ser fácil o futuro, mas o Brasil tem tudo para se recuperar", declarou.

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O governador citou como prioridade para o País, em seu eventual governo, "uma boa política fiscal, que deixe espaço para investimento; juros, como o mundo inteiro é baixíssimo e até negativo; e câmbio que permita ao Brasil jogar o jogo do século 21, com uma grande inserção internacional e no comércio exterior". Ainda assim, ele ponderou que a decisão sobre a candidatura é, de fato, coletiva e deve ocorrer no final deste ano.

O modelo de financiamento de campanha também foi abordado por Alckmin em um dos vídeos. "Com 35 partidos políticos, não dá para ter financiamento público. Neste caso, é preciso ter financiamento privado, mas com regras para campanhas muito mais baratas. Numa campanha majoritária, o mais caro é televisão, é a cena externa", explicou o governador, que sugeriu um modelo menos apoiado em marketing. "Defendo uma campanha mais verdadeira, é o microfone e uma mesa: é estúdio. O candidato expõe suas ideias, sem marquetagem. [Campanha] Muito mais verdadeira e muito mais barata."

O financiamento público de campanha, como está sendo debatido na reforma política em tramitação no Congresso, é mais adequado, segundo Alckmin, no parlamentarismo. "Temos financiamento público geralmente no parlamentarismo, com poucos partidos e lista partidária", declarou o tucano.

"O PSDB defende, no seu programa, o parlamentarismo. Ele dá estabilidade ao que deve ser estável, que é a chefia de Estado, e permite substituir, quando se perde a confiança, o chefe de governo. É um sistema que se adapta melhor a crises e tem bons resultados", afirmou. Ainda assim, o governador lembrou que o modelo pressupõe partidos políticos com programas e fidelidade partidária, "coisa que o Brasil não tem hoje".

Neste sentido, Alckmin defendeu como necessária uma reforma político-partidária, para que depois seja discutida a transição ao modelo parlamentarista. Ele refutou que haja um racha no partido e considerou como salutar a divergência entre alas do PSDB, o que permite debate de ideias para que sejam apresentados projetos positivos ao País.

Outra reforma defendida pelo tucano em uma das respostas na rede social é a da Previdência. "Ela é necessária e defendo um regime geral de Previdência, igual para o setor público e privado. A reforma da Previdência tem dois objetivos, o primeiro é justiça social e o segundo é acabar com o déficit", declarou. Alckmin lembrou que já implementou o modelo geral no Estado de São Paulo em 2011, fazendo com que novos funcionários públicos dos três setores se aposentem pelo teto do INSS, de R$ 5 mil. "A partir daí, é capitalização individual, previdência complementar e facultativa."

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu, por maioria, abrir uma processo para investigar uma possível infração ética do ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, sobre o suposto uso de uma agência de comunicação da pasta para gerenciar as redes sociais pessoais do ministro. De acordo com o presidente da Comissão, Mauro Menezes, o ministro terá o prazo de dez dias para prestar esclarecimentos.

Menezes disse ainda que, se comprovada a conduta do ministro, o ato pode ser um processo administrativo "de gravidade". "Trata-se em tese de uma conduta de gravidade e a Comissão tem que apurar", afirmou Menezes, reforçando o princípio da presunção da inocência.

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O caso foi revelado pelo jornal O Globo, no último dia 23, e apontou que Quintella teria acertado pessoalmente a participação da empresa contratada com verba pública para controlar e produzir conteúdo para suas redes pessoais. O contrato anual, de mais de R$ 6,5 milhões e renovado três vezes seguidas, não prevê qualquer gerenciamento de páginas pessoais do ministro.

À reportagem do Globo, na época, a assessoria do Ministério negou que as redes do ministro sejam controladas por outra pessoa além do próprio ministro. O Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, enviou à assessoria do ministério um pedido de posicionamento sobre o caso e aguarda retorno.

O presidente da República em exercício, Rodrigo Maia, chegou às 11h20 no Palácio do Planalto e, de acordo com a assessoria de imprensa da Presidência, receberá um grupo de parlamentares para um almoço. A lista dos convidados, entretanto, ainda não foi informada.

Na agenda oficial, até o momento, consta compromisso apenas a partir das 15 horas, quando Maia recebe o líder do PPS, Deputado Arnaldo Jordy.

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Na sequência, às 15h30, Maia tem reunião com os deputados Jô Moraes (PCdoB-MG) e Leonardo Quintão (PMDB-MG), acompanhados de outros deputados federais e estaduais de Minas Gerais e vereadores da cidade de Betim.

À noite, Maia participa de jantar oferecido pelo Embaixador da República Libanesa.

Em Nova York, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o prefeito da capital paulista, João Doria, tem usado os discursos e entrevistas para tentar minimizar os eventuais efeitos de uma disputa dentro do PSDB para a escolha de quem vai disputar a presidência da República em 2018 pelo partido. Nas últimas pesquisas, o nome de Doria tem aparecido à frente de lideranças tucanas como Alckmin e o senador Aécio Neves nas intenções de votos. 

Nessa segunda-feira (15), João Doria chegou a dizer que o candidato da legenda será aquele que tiver a "melhor posição da opinião pública para vencer o PT e o Lula". “O PSDB não vai fugir dessa missão. Será candidato do PSDB aquele que tiver melhor posição perante a opinião pública. Aquele que representa o interesse popular. Para ser competitivo, para vencer as eleições, vencer o PT, vencer o Lula”, declarou. 

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Enquanto isso, Alckmin se colocou “pronto" para concorrer ao cargo. "Ainda é cedo para tratar de eleição em 2018, mas preparação é importante e nada é feito de improviso", disse. "Estou preparado", acrescentou.

Já nesta terça-feira (16), ao ser indagado sobre o argumento de Doria, o governador de São Paulo frisou que o aliado “é um bom companheiro”. “Ninguém vai conseguir nos distanciar. Estamos fazendo uma grande sinergia em benefício da população”, amenizou, lembrando que o tucano vai receber hoje o prêmio “Person of the Year” da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos. 

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (19) que está mais preparado para as questões nacionais do que estava em 2006, quando disputou a eleição presidencial e perdeu para o então candidato à reeleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Pretenso candidato tucano para disputar as eleições ao Planalto em 2018, Alckmin disse que era mais difícil vencer Lula em 2006 porque o PT estava no auge e o ex-presidente era o maior líder do País. Alckmin também afirmou que é mais difícil concorrer com alguém que é candidato a reeleição.

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"Perdi em 2006 e quero reiterar aqui: eu acho que eu não estava preparado", disse o governador, afirmando que o Brasil é um país complexo pelo seu tamanho e quantidade de partidos. "Eu acho que eu estou muito mais preparado hoje em relações às questões do País, às questões nacionais, mas tudo isso eleições é no ano que vem."

As declarações foram dadas após Alckmin participar da inauguração no novo Fórum de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo.

Para ele, a eleição em 2006 foi desigual porque Lula já era presidente e disputou o pleito no cargo. "Alguém que não está disputando no cargo tem que renunciar nove meses antes da eleição, o outro disputa no cargo. Disputei contra o Lula naquela época que o PT estava com tudo, com a bola toda, o Lula era o maior líder brasileiro e ganhei a eleição no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Roraima", disse o governador.

Perguntado sobre como vai convencer a Executiva Nacional do PSDB, que é presidida pelo senador Aécio Neves (MG), a realizar as prévias, como defende, Alckmin disse que a escuta coletiva quando há mais de um candidato está prevista no estatuto do partido. Aécio é outro tucano que também disputa a indicação da legenda para a disputa presidencial. "Quanto mais você ouve, menos você erra", disse Alckmin. Ele afirmou ainda que "democracia começa em casa".

Defensor de uma reforma política que diminua a quantidade de partidos representados no Congresso, o governador falou que o País precisa ter menos legendas. "Hoje o cara muda de partido. Não me dá legenda, eu pulo para outro. No futuro, vai ter três ou quatro partidos", declarou.

Delações

Alckmin voltou a se defender das acusações de que teria recebido recursos ilícitos em campanhas, como foi falado por três executivos da Odebrecht em delação. Afastando eventuais acusações de enriquecimento ilícito, o tucano disse que seu patrimônio atual é menor do que no passado. Alckmin disse que está com a consciência "absolutamente tranquila" e que a Justiça vai responsabilizar os culpados e inocentar os inocentes.

"Eu tenho 40 anos de vida pública. Não recebi na minha vida um centavo que não tenha sido lícito. Aliás, tenho vida pessoal modesta. O meu patrimônio é menor do que era no passado", disse o tucano.

Três delatores da Odebrecht afirmaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que o governador usou um cunhado para pegar R$ 10,7 milhões do setor de propinas da empreiteira a pretexto de contribuição eleitoral - R$ 2 milhões no ano de 2010 e R$ 8,3 milhões no ano de 2014, todas somas não contabilizadas.

"É preciso ter cuidado com essas coisas. Nós vivemos num País republicano, todos são iguais perante a lei. Há uma delação, delação não é prova. Há uma delação, apura-se", declarou o governador. "Nós confiamos na Justiça. A Justiça vai responsabilizar quem é culpado e vai inocentar quem é inocente."

Alckmin poderá ser investigado se o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir abrir o inquérito com base no pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo informou a assessoria do STJ ao Broadcast Político, os pedidos da PGR ainda não chegaram na corte e estão sendo processados no Supremo.

Secretários

Sobre os secretários de seu governo que foram citados nas delações, o governador disse que conversou com eles e que são "ótimos secretários e os melhores secretários", citando Arnaldo Jardim (Agricultura) e Rodrigo Garcia (Habitação). O tucano reforçou que é preciso apurar o que foi falado nas delações em relação a eles.

O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, afirmou, nesta segunda-feira (16), que o lançamento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode acontecer em abril, durante o 6º Congresso Nacional da legenda. Em artigo publicado no site da sigla, Falcão diz que para isso acontecer a militância precisa se manifestar publicamente se é a favor ou não do retorno de Lula à corrida eleitoral. 

“Até o momento, tenho reafirmado à mídia que o Lula ainda não foi lançado oficialmente pelo PT, mas que não cogitamos de “plano B”. Também sentimos que sua candidatura é uma aspiração nacional. Porém, acho que chegou a hora de a militância começar a opinar publicamente”, observa. “Quem sabe, assim, possamos, durante o 6º Congresso, torná-lo nosso candidato”, completa. 

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Caso a oficialização seja concretizada no evento marcado para 7, 8 e 9 de abril, a expectativa, segundo Rui Falcão, é de “construir uma forte aliança com movimentos sociais e partidos populares, em torno de um programa de reformas e transformações estruturais”.

Na semana passada, ao participar de um encontro do Movimento Sem Terra (MST) na Bahia, Lula reafirmou que “se necessário” ele será candidato em 2018.  

“Tanto quanto em outras ocasiões que tenho presenciado, Lula ainda não admite ser candidato, mas reitera, com muita convicção, que está preparado e sabe exatamente o que é preciso fazer para tirar o Brasil da crise, criar empregos, distribuir renda, reacender o ânimo e a confiança da população”, reforçou Rui Falcão.

Em novo estudo, o Instituto de Pesquisas Uninassau mostra que, mesmo sendo réu da Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é cotado pelos recifenses para assumir a Presidência da República. O petista comandou o país de janeiro de 2003 a dezembro de 2010.

Ao responderem à pergunta "Se a eleição para presidente da República fosse hoje, você votaria em quem?", 34,9% dos entrevistados disseram que votariam em Lula. Marina Silva foi indicada por 12,2%. Jair Bolsonaro foi o terceiro mais citado, tendo a preferência de 7,5% dos recifenses. Ciro Gomes e Aécio Neves seriam a opção de 2,4% cada um. Geraldo Alckmin e Álvaro Dias também foram mencionados por 0,6% e 0,5% das pessoas que participaram da pesquisa, respectivamente.

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Neste ano, a força-tarefa da Lava Jato afirmou que o ex-presidente é considerado o “comandante máximo do esquema de corrupção da Lava Jato”, tendo três fins: governabilidade corrompida, perpetuação criminosa do poder e enriquecimento ilícito. Em setembro, ele se tornou réu sob as acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que ele recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012.

A pesquisa do Instituto Uninassau, divulgada nesta segunda-feira (26), foi realizada nos dias 13 e 14 de dezembro, no Recife. O nível estimado de confiança é de 95%, com margem de erro de quatro pontos percentuais.

Em périplo pelo país, após ser derrotado nas eleições municipais em Olinda, Antônio Campos (PSB) vai ao Ceará, no próximo sábado (19), para discutir a conjuntura nacional e as eleições de 2018 com Ciro Gomes (PDT), cotado para disputar a Presidência da República. 

A conversa acontece uma semana após Tonca, como é conhecido no meio político, ir ao encontro do vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que tenta atrair o apoio do partido a uma possível candidatura do governador Geraldo Alckmin (PSDB) a presidente.   

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O ex-governador do Ceará e irmão de Ciro, Cid Gomes, também deve participar do encontro. Os dois eram do PSB até 2013 quando, por divergências internas, deixaram a legenda e migraram inicialmente para o Pros e depois para o PDT. 

O irmão de Eduardo Campos também já conversou sobre a disputa eleitoral de 2018 com o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB). Antônio Campos é da ala que defende uma aliança do PSB com outro partido para a corrida. Outro grupo, composto pelo prefeito do Recife Geraldo Julio e o deputado federal Danilo Cabral, defendem uma candidatura própria do partido. 

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) desembarca em Pernambuco, nesta quinta-feira (10), para participar do encontro anual da Academia Militar das Agulhas Negras que acontece no fim de semana em Porto de Galinhas, Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Antes de seguir para o litoral, entretanto, o parlamentar se reúne com o deputado estadual Joel da Harpa (PTN) e grupos simpatizantes para articular possíveis estratégias que assegurem sua candidatura à Presidência da República em 2018. 

“Vamos iniciar um debate mais intenso sobre as eleições de 2018. Com a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, Bolsonaro sai fortalecido aqui no Brasil. Eles têm uma aparência igual nos discursos e isso ajuda a endossar uma candidatura de Bolsonaro no Brasil”, salientou Harpa. 

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O deputado federal desembarca no Aeroporto Internacional dos Guararapes – Gilberto Freyre, às 13h30. Segundo Joel da Harpa, grupos simpatizantes a Bolsonaro vão recepcioná-lo no saguão. A expectativa é de que opositores ao militar também compareçam ao local. 

Nessa quarta-feira (9), quando foi divulgada a vitória de Trump nos EUA, Jair Bolsonaro comemorou no Twitter sugerindo que o país seguiria o mesmo caminho no próximo pleito. “Parabéns ao povo dos EUA pela eleição de Donald Trump.Vence aquele que lutou contra ‘tudo e todos’. Em 2018 será o Brasil no mesmo caminho”, disse. 

Conhecido por uma postura favorável ao regime militar, Bolsonaro também admitiu ontem que será candidato em 2018 “gostem ou não gostem”. 

Passado o pleito eleitoral deste ano, cresce a articulação interna dos partidos para as eleições gerais em 2018 e a defesa de candidaturas próprias à Presidência da República. Membros do PSB levantaram a possibilidade nesta semana, colocando a sigla como “uma alternativa de esquerda diante da crise político-econômica” do país. 

Apesar da direção nacional do partido argumentar que é cedo para definir a postura, para o prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio (PSB), eles têm “a possibilidade de lançar uma candidatura própria em 2018, já que é uma eleição muito aberta”. Ele, inclusive, negou que estejam articulando o seu nome para vice numa chapa liderada pelo atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). 

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"A gente deve repetir o que fez em 2014 e apresentar um projeto para o país, apresentar uma candidatura à Presidência... Antes de discutir o nome, precisamos discutir a possibilidade, unificar a posição no partido. Vou levar a ideia de que a gente deve ter candidatura [em 2018]”, defendeu. 

Corroborando, o deputado federal Danilo Cabral argumentou que o PSB ter concluído o pleito municipal como o terceiro partido mais bem votado do país, com 418 prefeitos, endossa a participação da disputa. “A defesa da candidatura própria, além da afirmação política do partido e de uma alternativa para o Brasil, nos protege de ‘ataques políticos especulativos’ que nos diminui”, afirmou. 

Para o deputado, ou o PSB se impõe como uma força política ou será tratado como “puxadinho” político de forças conservadoras.  “Rejeitamos ser e nunca fomos puxadinho do PT. Não é admissível sermos agora puxadinho do PSDB/PMDB”, acrescentou.

Após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, aprovado nesta quarta-feira (31), Michel Temer assumiu o comando do Executivo federal. A rápida cerimônia de posse foi realizada nesta tarde no plenário do Senado, cerca de três horas depois da cassação da petista. O peemedebista ficará no comando do país até o dia 31 de dezembro de 2018.

No Congresso Nacional, Temer foi aguardado com grande expectativa pelos aliados. Mas ele também foi chamado de golpista na chegada à chapelaria. Após a execução do Hino Nacional pela banda dos Fuzileiros Navais, ele leu o compromisso institucional. “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição; observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a União, a integridade e a independência do Brasil”.

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À frente da Presidência da República, Temer deverá realizar mudanças na gestão federal. A reorganização dos programas federais (entre eles os de cunho social), a articulação para que a reforma agrária e da previdência sejam aprovadas pelo Congresso Nacional e viagens internacionais fazem parte dos planos do peemedebista para os próximos meses.

Vice-presidente

Com Temer na Presidência efetiva, o posto de vice-presidente passa a ser ocupado pelo próximo na linha sucessória do país: no caso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Pelos menos até fevereiro de 2017, quando será eleita uma nova Mesa Diretora da Casa. Será Maia que assumirá o comando do Executivo quando Temer fizer viagens internacionais, como a para a China e Para os Estados Unidos, ainda em setembro.  

“É preciso resgatar a credibilidade do Brasil”. O presidente interino da República, Michel Temer, fez o primeiro pronunciamento oficial após o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. Em rede nacional, o peemedebista garantiu que o atual governo manterá os programas sociais, lutará pelo ressurgimento da economia nacional e buscará uma gestão baseada no diálogo. 

No intuito de fazer um “governo de salvação”, Temer defendeu a reconstrução de um terreno favorável aos investimentos, parcerias público-privadas e medidas cujo enfoque seja a empregabilidade. “Sabemos que o Estado não pode tudo fazer. O Brasil ainda é, infelizmente, um país pobre. Portanto é uma agenda difícil, complicada, mas será possível, baseada pelo diálogo e pela conjugação de esforços”. 

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O novo chefe de Estado foi enfático: manterá todos os programas sociais que “deram certo” nas anteriores gestões comandadas pelo Partido dos Trabalhadores. “Bolsa Família, Pronatec, Prouni. Você tem que prestigiar aquilo que deu certo. Precisamos acabar com a mania do novo destruir tudo aquilo que o antecedeu”, argumentou Temer em sua primeira fala como presidente do Brasil. 

Uma “democracia da eficiência”

Preocupado com as prováveis dissidências que enfrentará por aqueles contrários ao afastamento de Dilma Rousseff, Michel Temer ressaltou, em repetidos momentos, uma necessidade de apoio, união, entendimento entre as diferentes classes políticas e a sociedade em si. O presidente em exercício promete que a “moral pública será permanentemente buscada, por meios dos instrumentos de controle de desvios”. 

Segundo Temer, a Operação Lava Jato se tornou referência e terá todos os aparatos necessários para o seu prosseguimento. “Buscaremos o que chamo de ‘democracia da eficiência’. Conto com o trabalho dos ministros, do parlamento e do povo. Quanto mais cedo formos capazes de reequilibrar as contas públicas, mais rápido conseguiremos retomar o crescimento”. 

Mais cortes e a importância das Olimpíadas

Ao citar a eliminação de ministérios como a primeira medida do seu governo, Temer garante que não irá “parar por aí” e novamente prometeu a extinção de cargos comissionados e funções gratificadas. Para a reinserção internacional da economia, o peemedebista enxerga nas Olimpíadas um momento único para o País. 

“Em agosto, o Brasil estará no centro do mundo. Jornalistas de vários países estarão presentes para reportar o evento e, muito além do esporte, as pautas se voltarão para as condições políticas e econômicas do país. Não podemos olhar para frente com os olhos de ontem”, pontificou. 

No final, Temer declarou seu “absoluto respeito institucional” a Dilma Rousseff e disse que não estava em busca de unanimidade, mas sim de harmonia entre os poderes. E finalizou: “peço a Deus que abençoe a todos nós. A mim, minha equipe, congressistas, poder judiciário e ao povo brasileiro. Um bom Brasil para todos nós”. 

Assumindo interinamente o comando da Presidência da República, a partir desta quinta-feira (12), o vice-presidente Michel Temer é o terceiro peemedebista a comandar o país sem ser cabeça de chapa na disputa eleitoral. Ele responderá pelo Brasil até que a presidente Dilma Rousseff (PT) seja julgada definitivamente pelo crime de responsabilidade no processo de impeachment que tramita contra ela no Congresso Nacional.  

Doutor em direito pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Michel Temer iniciou a carreira pública em 1983 quando foi nomeado procurador-geral do Estado de São Paulo. No ano seguinte, assumiu a Secretária de Segurança Pública da mesma entidade federativa e logo depois, em 1989, foi eleito deputado federal, onde cumpriu seis mandatos consecutivos. Na Câmara dos Deputados, Temer foi eleito para comandar a Casa nos anos de 1997, 1999 e 2009.

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Aos 75 anos e com o rompimento entre o PT e o PMDB já declarado, Temer passou os últimos dias articulando as principais medidas da sua gestão e pretende, ainda na tarde de hoje, anunciar os nomes que vão compor a equipe durante o período de afastamento da presidente Dilma e, talvez, até 2018, caso ela seja condenada. 

O corte de dez ministérios e medidas para reverter a situação econômica do país são as principais promessas do vice-presidente. Apesar disso, o presidente em exercício terá um desafio ainda maior, conquistar a população brasileira, principalmente os que compõem as classes C, D e E, principais defensoras da manutenção dos programas sociais dos governos petistas, com o Bolsa Família. 

“Michel Temer vai ter uma tarefa difícil para executar, a situação economia do país que é extremamente delicada, apesar de não parecer ainda. Ele vai ter uma missão de corrigir os caminhos da economia e ao mesmo tempo debelar a instabilidade constitucional entre o Congresso e o Executivo. Isso se faz como muito conversa e articulação”, ressaltou o cientista político e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Ernani Carvalho. 

Vinte dois anos sem candidato - Considerado como a maior sigla do Brasil, o PMDB não lança candidato a presidente desde 1994, quando Orestes Quércia recebeu apenas 1,24% dos votos, ficando em sexto lugar. Desde então a legenda se concentra em eleger o maior número de parlamentares para o Congresso Nacional, o que tem conseguido com sucesso. 

O vice-presidente Michel Temer voltou a dizer nesta segunda-feira (15) que seu partido, o PMDB, “precisa ter” a Presidência da República em 2018, quando haverá eleição para escolher o sucessor da presidenta Dilma Rousseff.

“Nós temos novos prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, a presidência da Câmara [dos Deputados], a presidência do Senado, modestamente a Vice-Presidência da República. Nós temos poder político. O que nós precisamos é ter a Presidência da República em 2018″, afirmou o vice-presidente em discurso a peemedebistas em Belo Horizonte.

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Após o discurso, Temer acrescentou, em entrevista coletiva, que “o tempo agora é do PMDB”, mas adiantou que não será o candidato do partido à Presidência da República em 2018.

A ida a Temer a Belo Horizonte é mais uma etapa de uma série de viagens que tem feito pelo país em busca de apoio para sua reeleição para o comando do PMDB. A escolha ocorrerá na Convenção Nacional da legenda, marcada para março.

No fim de janeiro, em Curitiba, na primeira etapa da chamada Caravana da Unidade, Temer já havia dito que o PMDB quer assumir “o poder em 2018, com candidatura própria à Presidência da República”. 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que a Presidência da República e o Senado deverão se manifestar, até o próximo dia 19, sobre o recurso da Câmara dos Deputados que questiona o rito definido pelo STF para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O recurso foi apresentado ao STF nesta semana pela Mesa Diretora.

Segundo o ministro, a medida é necessária diante da relevância da ação e da necessidade de preservar o princípio do contraditório e da ampla defesa.

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Em dezembro, o STF anulou a comissão especial formada na Câmara para analisar o impeachment e deu mais poder ao Senado no processo. Contrariando o entendimento da Mesa Diretora da Câmara, a maioria dos ministros do Supremo considerou que não caberia votação secreta para a escolha dos integrantes da comissão do impeachment.

O STF também definiu que o Senado não ficará obrigado a instaurar o impeachment, caso a Câmara decida pela abertura do processo. Para os ministros, cabe à Câmara autorizar e admitir o processo, enquanto ao Senado cabe decidir sobre a instauração.

De acordo com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, "nunca na história do Supremo Tribunal Federal se decidiu por uma intervenção tão profunda no funcionamento interno da Câmara dos Deputados, restringindo, inclusive, os direitos dos parlamentares".

Protesto contra Barroso

Na quarta-feira (3), o Procurador Parlamentar da Câmara, deputado Claudio Cajado (DEM-BA), recebeu   moção de repúdio de deputados contra as decisões do ministro Luís Roberto Barroso relativas ao impeachment. A moção, assinada pelas frentes parlamentares da Agropecuária, Segurança Pública e Evangélica, e foi entregue pelo deputado Marcos Montes (PSD-MG).

No documento, os parlamentares alegam que Barroso omitiu em seu voto "parte do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, para adequá-lo às suas intenções".

"Na condição de Procurador Parlamentar da Câmara, vou estudar a moção para que as prerrogativas regimentais da Casa sejam cumpridas", declarou Claudio Cajado.

*Com informações da Agência Câmara


A presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento, nesta quarta-feira (2), sobre a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de abrir o processo de impeachment. Às 20h30 (horário de Brasília), a petista deu seu primeiro parecer sobre o assunto, afirmando rapidamente que recebeu com indignação a informação sobre o processo, já que foi eleita democraticamente pelo povo brasileiro.

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“São inconsistentes e improcedentes as razões que fundamentam esse pedido. Não existe nenhum ato ilícito praticado por mim. Não paira contra mim nenhuma suspeita de desvio de dinheiro público, não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais”, afirmou Dilma, em pronunciamento realizado no Palácio do Planalto.

Ela negou que a bancada do PT tenha barganhado votos de membros da base governista do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados em troca do arquivamento dos pedidos de impeachment. “Nunca tentei coagir instituições ou pessoas na busca de satisfazer meus interesses. Meu passado e meu presente atestam a minha idoneidade e meu inquestionável compromisso com as leis e a coisa pública”, ressaltou Dilma.

Por fim, Dilma Rousseff afirmou que estava tranquila em relação ao processo e que tem a certeza de que ele será arquivado. “Não podemos deixar as conveniências e interesses indefensáveis abalarem a democracia e a estabilidade de nosso País. Devemos ter tranquilidade e confiar nas nossas instituições e no estado democrático de direito”, pontuou.

Rui Falcão, presidente do PT, usou as redes sociais para externar indignação diante da ação de Cunha. “Golpistas não passarão!”, escreveu. Com o deferimento do pedido de impeachment, a decisão deverá ser lida nesta quinta-feira (3) no plenário da Casa. Após a leitura, Dilma deverá ser notificada. A partir daí, todos os 26 partidos com representação na Câmara terão até 24 horas para indicar os membros da comissão especial que será criada para analisar o mérito do processo.

A Executiva Nacional do PSB decidiu, nesta quarta-feira (14), que vai manter a legenda na linha de independência ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e não migrará definitivamente para a oposição, como havia sinalizado. Na resolução aprovada pela cúpula durante o encontro que aconteceu em Brasília, a sigla critica a “reação errática” do governo diante do cenário e diz que a gestão da petista está "entregue a forças conservadoras e antipopulares".

"O governo reproduz em suas iniciativas os velhos arranjos da política brasileira, ao dar curso a um enorme 'toma lá, dá cá'. Assiste-se o pior dos mundos: a governabilidade não melhora – visto que não se dá uma pacificação da base governista, que deseja mais do que há para oferecer – e o governo se vê entregue a forças conservadoras e antipopulares, com as quais negocia sua sobrevivência”, afirma o texto, assinado pelo presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira. A postura segue em consonância ao que foi defendido pelo vice-presidente nacional e governador de Pernambuco, Paulo Câmara, que não esteve na reunião.

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No documento, o PSB diz também que lançará candidaturas próprias nas capitais e cidades-polo de todos os Estados nas eleições de 2016 e, apesar do discurso em que condena a antecipação do debate político, deixa claro que terá candidato próprio para a Presidência da República em 2018.

O texto ainda avalia o atual momento do Brasil no qual a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF) intensificam o debate sobre o impeachment, as contas de 2014 do governo são rejeitadas no Tribunal de Contas da União (TCU) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decide pela abertura de investigação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. Enquanto isso, a recessão se agrava e os Estados e municípios apresentam dificuldades orçamentárias relevantes.

Veja a íntegra da resolução:

RESOLUÇÃO POLÍTICA – CEN nº 002/2015

A Comissão Executiva Nacional do Partido Socialista Brasileiro-PSB, reunida nesta data na sua sede nacional, em Brasília, Distrito Federal, DECIDIU editar a seguinte Resolução Política:

Independência Crítica e Propositiva: O PSB na Defesa da Agenda do Desenvolvimento e dos Interesses Populares Diante da Crise

O Brasil atravessa nos últimos meses uma das piores crises do período republicano, gravidade que se demonstra tanto por sua profundidade, quanto pelo aspecto multidimensional que compreende, visto que envolve os aspectos político, econômico, federativo e ético – os quais se retroalimentam, compondo um cenário que deixa o País a mercê de grandes vulnerabilidades.

Desde a última reunião da Executiva Nacional do PSB, ocorrida em 27/08/2015, somaram-se ao quadro até então existente eventos que potencializam as incertezas, as quais na prática paralisam o País, que permanece na expectativa de encaminhamentos que possam indicar rumos produtivos para seu futuro mediato e imediato. Cabe destacar, como elementos relevantes, em termos de agravamento da crise:

· Intensificação do debate sobre o impeachment da Presidente da República no âmbito da Câmara dos Deputados, com reflexos no Supremo Tribunal Federal que decidiu conceder liminares sobre as regras constitucionais e legais que devem ser obedecidas no inicio e na tramitação de um possível processo de impedimento presidencial;

· Ampliação da crise federativa, em que se evidencia o fato de que muitos estados e municípios apresentam dificuldades orçamentárias relevantes, para dar cumprimento a suas obrigações elementares;

· Aprofundamento da recessão, com um enorme custo social, o qual pode ser avaliado de forma bastante precisa pela perda de aproximadamente 1 milhão de empregos formais, segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese);

· Efeitos devastadores sobre a economia nacional, como consequência do rebaixamento da qualidade de risco de nossa dívida soberana, por parte das empresas de rating Standard & Poor's e Moody’s, com impactos imediatos sobre o câmbio – aumentando a pressão sobre a inflação – e ambiente geral de negócios. A degradação de expectativas tem tido efeitos perversos sobre a atividade econômica e investimentos, o que faz prever conservadoramente uma queda do PIB da ordem de 3% em 2015;

· Proposta de rejeição das contas do Governo Federal, relativas ao ano de 2014, por parte do Tribunal de Contas da União, o que desde 1937 não ocorria.

· Autorização do Tribunal Superior Eleitoral para abertura de investigação das contas de campanha da chapa governista no certame de 2014, que pode produzir o afastamento tanto da Presidente, quanto de seu Vice.

O Governo tem reagido a este cenário de ampliação da crise de forma errática, pois se ocupa essencialmente da salvação do mandato presidencial e de forma apenas mediata, da criação das condições para superação da crise política que compromete a governabilidade, ou ainda, da superação da recessão, que a esta altura preocupa cada um dos brasileiros, independentemente de sua condição socioeconômica.

Essa apreciação se demonstra de modo claro tão logo se vislumbre com que ordens de iniciativas o Governo pretende enfrentar o quadro que se descreveu acima. Em primeiro lugar, observa-se a realização de uma reforma ministerial que pouco ou quase nada tem a ver com uma reengenharia do Estado, no sentido de aumentar sua produtividade e diminuir as despesas de custeio, criando espaço para investimentos em áreas estratégicas, ou para a preservação dos programas sociais.

Bem ao contrário, o Governo reproduz em suas iniciativas os velhos arranjos da política brasileira, ao dar curso a um enorme “toma lá, dá cá”.

Os resultados, apesar da enorme ginástica em termos de articulação política, são pouco expressivos para fins de ampliação da governabilidade, particularmente porque se subordinam à lógica da concessão de postos e cargos, para os quais sempre há uma demanda muito maior do que a oferta, especialmente em tempos de restrições orçamentárias. Assiste-se, portanto, o pior dos mundos: a governabilidade não melhora – visto que não se dá uma pacificação da base governista, que deseja mais do que há para oferecer – e o Governo se vê entregue a forças conservadoras e antipopulares, com as quais negocia sua sobrevivência.

Em segundo lugar, é preciso caracterizar o conservadorismo das respostas do Governo para fazer face ao elemento econômico da crise. A reforma fiscal que vem sendo apresentada ao povo brasileiro se fundamenta, no essencial, cortes de investimentos, em aumentos de impostos, redução de despesas em programas sociais, limitações de benefícios da seguridade social, que se somam ao aumento de juros, neste último caso, fazendo explodir a dívida pública que já alcançou 2 trilhões, seiscentos e oitenta bilhões de reais.

Esse programa, que se propõe ao País como tábua de salvação, repete práticas antigas, que fundamentalmente se baseiam em produzir recessão, para debelar inflação e resolver as demandas redistributivas contrariamente aos interesses dos segmentos populares. É também antinacional, na justa medida em que penaliza o capital investido na produção, na economia real, em benefício de interesses rentistas, que têm escala global – ainda que digam respeito, também e de forma muito relevante, à banca privada nacional.

Os efeitos dessas práticas têm um roteiro conhecido. A recessão compromete a capacidade de investimentos do conjunto da economia, produz desemprego, amplia a pobreza e fragiliza a execução orçamentária do setor público, visto que com a queda de atividade econômica cai a arrecadação, cuja inflexão não pode ser correspondida, na mesma velocidade e intensidade, pelo corte de despesas públicas.

O País se vê, então, na iminência de uma crise fiscal de grandes proporções, que atinge as três esferas da Federação para a qual, como regra, segundo a ortodoxia que o Governo abraça, se propõe nova rodada de aumento de juros. Retoma-se, então, o começo do ciclo, produzindo-se mais recessão, até que se chegue praticamente à insolvência, o que abre o espaço para as medidas heroicas do conservadorismo, que de um modo geral implicam reformas trabalhistas regressivas, cortes dramáticos em direitos previdenciários, entre outras limitações a direitos sociais. Roteiro de horrores a que se sujeitaram recentemente, Países europeus em crise.

O PSB evidentemente não pode acolher ou aceitar políticas e práticas dessa extração. Ao contrário, deve resistir de forma obstinada a essa agenda conservadora e regressiva, que compromete o futuro imediato e mediato do Brasil e que tem por propósito final nos subordinar ao sistema mundo, que nos quer essencialmente como provedores de matéria prima barata e de mão de obra de baixo custo.

Exatamente por isso, o Partido preconiza iniciativas de natureza radicalmente distintas daquelas que o Governo tem encaminhado, como solução para a crise. Entende o PSB que toda e qualquer propositura, que as medidas de políticas econômicas e sociais devem passar necessariamente pela valorização da produção, pela retomada e estímulo ao investimento, pela dignificação do trabalho e respeito aos avanços e ganhos sociais advindos das lutas seculares de cada segmento, que compõem a sociedade brasileira.

Significa dizer que, para além da reforma ministerial, é preciso atuar para que a o setor público aumente sua produtividade, economicidade e efetividade, entregando à população mais serviços e com melhor qualidade. A racionalização do custeio da máquina pública permitirá, á sua vez, que se pense nos investimentos que o Estado deve fazer, para aumentar a produtividade e competitividade do setor privado.

No âmbito do emprego, impõe-se pensar em medidas que façam frente à recessão, sendo importante elemento em tal estratégia permitir que Estados, premidos por limitações orçamentárias originadas pela União, possam ter acesso a empréstimos internacionais, que incompreensivelmente estão proibidos pelo Governo Federal.

É fundamental criar condições efetivas de governança, maioria estável no parlamento federal, para que se possa tomar as medidas necessárias à superação das crises, em tempo suficientemente curto para melhorar as expectativas dos agentes econômicos. A melhora de expectativas, a consolidação de um quadro político minimamente estável, são elementos fundamentais à retomada dos investimentos e, em um segundo passo, à superação da recessão.

Temos diante de nós o desafio imenso de premiar e recompensar aqueles que constroem o Brasil, que geram empregos e oportunidades, os gestores públicos preocupados com os brasileiros que estão em seus territórios específicos de atuação. A crise não pode ter o efeito contra pedagógico de reintroduzir a ideia, muito própria à época da hiperinflação, que mais valia especular do que produzir.

Essa percepção de Brasil, o fato de que o PSB não abra mão de um projeto nacional de desenvolvimento, obviamente o impede de acompanhar o Governo em sua orientação conservadora. Nesse sentido, reafirmamos em particular que um Partido não pode servir a si mesmo, de tal forma que o exercício do Governo não pode ser uma luta apenas por sobrevivência, que nada tenha a ver com valorese com propostas programáticas.

Nesse ato de resistência ao conservadorismo que nos assola, o Partido não deseja igualmente se irmanar àqueles que fazem oposição ao Governo, para serem à frente mais radicais em medidas e iniciativa antipopulares. O que o Partido pretende fazer valer são os aproximadamente 23 milhões de votos que obteve no certame eleitoral de 2014, ao qual se apresentou como força política que pretendia libertar o País de práticas equivocadas que àquela altura, já eram flagrantes.

Não desejávamos, como não queremos ainda hoje, um modelo econômico baseado em aumento do consumo, do crédito e do endividamento, que claramente se esgotou e que lançou o Governo Dilma aos baixíssimos índices de popularidade em que se encontra. O PSB almeja um desenvolvimento efetivamente sustentável, com ampliação de nossas infraestruturas, com uma indústria pujante, como empresariado que confie no Brasil e queira levá-lo à condição de potência industrial e tecnológica.

Para dar curso a essa visão de Brasil, a esse conceito de desenvolvimento, de relações entre Estado e sociedade civil, de governança e governabilidade, o Partido entende que a melhor estratégia é preservar sua atual condição de independência crítica e propositiva. Ao fazê-lo, e o faz, consciente que os seus eleitores já decidiram a sua posição de permanecer fora do governo, na medida em que a sua candidatura presidencial em 2014 apresentou à sociedade brasileira, programa de governo que apontava em sentido oposto as políticas que estão sendo colocadas em prática pela atual administração federal.

Defender os interesses do País, nesse momento de nossa história, requer fazer frente à agenda conservadora que se assenhorou do Governo. Essa proposição indica de forma cabal que a qualidade de nossa resistência não é de tornar um determinado Governo inviável, mas a de fazer valer, em qualquer que seja o Governo, as pautas do desenvolvimento e dos interesses populares.

Em decorrência das posições firmadas neste documento, o PSB decide lançar candidaturas próprias nas capitais e cidades pólos de todos os Estados nas eleições municipais de 2016, e também anunciar a determinação de ter candidatura própria à Presidência da República na eleição de 2018.

Brasília-DF, 14 de outubro de 2015.

CARLOS SIQUEIRA

Presidente Nacional do Partido Socialista Brasileiro-PSB

A três anos das eleições majoritárias de 2018, o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), disse nesta quarta-feira (9) que a legenda terá candidato próprio na disputa por cargos no Executivo. Durante café da manhã com jornalistas esta manhã, o deputado evitou citar nomes, mas admitiu que o ex-ministro Ciro Gomes é uma das apostas fortes do partido. O PDT anunciou, em agosto, independência em relação à base governista no Congresso.

“Temos ainda três anos e meio para o encerramento do governo. Se a gente migrar para uma oposição ferrenha a gente não vai contribuir para um Brasil administrável. Temos que continuar divergindo, por dentro, apresentando alternativas e ajudando o Brasil a não ficar no caos. Não apostamos no quanto pior melhor”, destacou.

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Ciro Gomes e o irmão Cid Gomes são os políticos que mais recentemente anunciaram a filiação ao partido, criado por Leonel Brizola. Figueiredo também citou o nome do senador Cristovam Buarque (DF). “É um nome que todos respeitamos. Além da fundamentação política em educação ele poderia fazer uma reflexão sobre a área econômica”.

André Figueiredo afirmou que o relacionamento com a presidenta Dilma Rousseff “é o melhor possível” e que o PDT não ingressará em um movimento pró-impeachment. “Não ingressaremos no movimento do impeachment. Consideramos um golpe. Não vemos fatos ou indícios para que justifique que se deflagre uma operação de crime de responsabilidade”.

Ministério do Trabalho

Ele disse que o partido ainda não deixou o Ministério do Trabalho, ocupado por Manoel Dias, em função de um pedido feito pela própria presidenta, mas que a saída de Dias poderá ocorrer quando o governo anunciar a próxima reforma ministerial.

Mesmo ao destacar as boas relações com o Planalto, o líder disse que o partido enfrenta dificuldade de relacionamento com a base na Câmara dos Deputados. Ele citou divergências em relação a matérias recentes, como a que elevou a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos para 20%. Durante votação em plenário, o PDT apresentou uma emenda para tentar aumentar a cobrança para 35%.

“Seria mais que justo os bancos, que estão auferindo lucros inéditos em termos de montantes, darem contribuição maior”, defendeu. Para o deputado, a medida indica um caminho alternativo para as previsões de déficit nas contas do próximo ano. “Quisemos na semana passada mostrar que existe um caminho para isso, que é tributar quem ganha muito”, acrescentou.

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Delegados da Polícia Federal (PF), através da Associação Nacional da categoria (ADPF), retomam o debate acerca da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 412/2009. Nesta terça (14), no Recife, representantes da entidade realizaram uma coletiva de imprensa para falar do documento que versa sobre a autonomia financeira da entidade em prol do combate à corrupção. A PEC segue em tramitação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC).

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“Não pretendemos ser uma instituição independente, muita gente interpreta errado. Continuaremos submetidos ao Ministério da Justiça, mas o que pedimos é a autonomia financeira para a própria Polícia Federal decidir as prioridades. O que acontece hoje é que o Governo libera recursos, segura, faz cortes. A restrição orçamentária impede avançar nas investigações”, afirmou Eduardo Passos, um dos representantes da Associação em Pernambuco. 

A priori, as propostas não pedem um aumento do orçamento anual da PF, que atualmente fica na casa dos R$ 4 bilhões. A PEC defendida pela categoria regulamenta que o controle do dinheiro fique com a Polícia Federal. “Óbvio que a Polícia não quer isso para fazer com o dinheiro o que bem entender. Haverá fiscalizações, internas e externas. Ter a autonomia financeira apenas nos possibilitará a independência de escolher em que setores investir mais que outros”, explicou Passos.

Exemplo pernambucano, o município de Caruaru tem uma unidade da PF que é responsável por atender, ao todo, 69 municípios da região Agreste. “Há anos pedimos uma nova unidade em Garanhuns, para aliviar a sobrecarga de Caruaru. Com a autonomia financeira, por exemplo, nós poderemos identificar que problemas como este são prioridade”, pontuou o delegado Dário Sá Leitão, ao também citar que a redução orçamentária tem refletido em falta de manutenção das aeronaves da Polícia Federal.

Outra pauta levantada pelos delegados da PF é a criação de um mandato de dois anos para o diretor geral, com escolha a partir de eleições diretas e secretas. De acordo com a Constituição, o presidente da República tem o poder de retirar o diretor da PF, sempre que julgar necessário. Com a alteração na lei, essa possibilidade inexistiria. Após a lei 13.047 de 2014, somente delegados da Polícia Federal podem assumir o cargo de diretor geral. 

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