Tópicos | presídio

A equipe de transição do governo eleito de Raquel Lyra (PSDB), representada pela coordenadora e vice-governadora eleita, Priscila Krause (Cidadania), encaminhou, nesta quarta-feira (23), ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), um pedido de medida cautelar a respeito da contratação emergencial da obra de ampliação do Presídio Frei Damião Bozzano, que integra o Complexo do Curado, localizado na Zona Oeste do Recife. 

A equipe alega que as informações disponibilizadas apontam para a infração do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal por não haver, para o primeiro ano da administração de Raquel, garantia de saldo orçamentário para a execução do serviço. Contratada via inexigibilidade de licitação, a obra já teve a sua ordem de serviço assinada no último dia 11.

##RECOMENDA##

“O governo atual está contratando uma obra de grande porte que será realizada pela próxima gestão. Estamos preocupados em garantir que todas as contratações dessa reta final estejam de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, para que não exista o perigo de uma obra começar e parar por falta de planejamento. Pernambuco não admite mais ser um canteiro de obras inacabadas, com alto custo para a população”, registrou Priscila.

A equipe detalha que o valor total do contrato é de R$ 84,1 milhões, dos quais R$ 7 milhões estão programados para a execução ainda este ano, e R$ 77,1 milhões precisarão ser executados e pagos no primeiro ano da administração Raquel Lyra, quando a obra tem previsão para ser concluída. O questionamento principal da equipe de transição se relaciona com a ausência de dotação no projeto de lei orçamentária para Pernambuco em 2023. 

Também foi protocolado nesta quarta um ofício solicitando ao governo estadual o detalhamento das ações e medidas adotadas para atenuar os graves problemas enfrentados pelo sistema penitenciário de Pernambuco. Até o momento, já foram encaminhados 23 ofícios para o Governo do Estado e três para o TCE.

Três agentes penitenciários foram condenados a pedido do Ministério Público de Santa Catarina por associação criminosa, corrupção passiva, concussão, tortura e prevaricação, após investigações constatarem que eles exigiam favores sexuais de detentas do Presídio Regional de Caçador. As penas podem variar de 8 a 34 anos.

Os fatos aconteceram entre dezembro de 2012 e janeiro de 2016, conforme a denúncia feita pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Caçador.

##RECOMENDA##

"Os denunciados, valendo-se do cargo que ocupavam no Presídio Regional de Caçador, exigiam vantagens de cunho sexual de detentas, em troca de privilégios na unidade prisional", apontou a denúncia.

Ainda de acordo com o texto, "ao que tudo indica, eles utilizavam-se da instabilidade do cargo ocupado pelas vigilantes, constrangendo-as a manter relações sexuais, ou ainda sugerindo a possibilidade de relacionamentos, deixando-as, por certo, extremamente constrangidas em seu local de trabalho".

Os autos do processo relatam 44 episódios em que o gerente do presídio e dois chefes de segurança utilizaram-se das funções públicas de forma inapropriada para obter benefícios de cunho sexual ou praticar atos de violência física e mental, como torturas e humilhações. Eles foram afastados dos cargos no decorrer do processo. Cabem recursos das condenações.

O ex-vereador carioca Gabriel Monteiro foi transferido, nesta quarta-feira (9), do presídio José Frederico Marques, em Benfica, para o Complexo Penitenciário de Gericinó (Complexo de Bangu). Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap), ele deu entrada na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, uma das unidades do complexo.

Monteiro foi preso preventivamente na última segunda-feira (7) depois de se apresentar à 77ª Delegacia Policial (DP), em Icaraí, Niterói, região metropolitana do Rio. Ele havia sido denunciado pelo estupro de uma jovem e, por isso, responde a processo na 34ª Vara Criminal. A ação corre sob sigilo.    

##RECOMENDA##

Prisão mantida

Gabriel foi encaminhado a Benfica e, ontem, foi submetido a uma audiência de custódia, na qual a Justiça manteve a prisão do ex-vereador.

Gabriel Monteiro teve seu mandato cassado em agosto deste ano, depois de um processo ético-disciplinar. Entre as acusações que constavam no processo, figuram a filmagem de cena de sexo com adolescente, agressão e ameaça à pessoa em situação de rua, edição e manipulação de vídeos monetizados e exposição vexatória de crianças.

A defesa da ex-deputada federal Flordelis, que está presa pela morte do seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019, afirma que a pastora foi torturada e extorquida por agentes penitenciários. Os advogados apontam que as chantagens começaram após ela ser flagrada usando celular na cela em maio deste ano.

Cinco meses depois, a ex-deputada foi flagrada com dinheiro escondido na genitália e ainda confrontado a direção do presídio sobre a falta de segurança na unidade, denunciando dois agentes penitenciários. A defesa alega que, após o registro, Flordelis teria sido agredida na cadeia. 

##RECOMENDA##

"Ela foi flagrada com um dinheiro na genitália para dar aos guardas que a chantageavam. Quando foi levada à direção, ela questiona a falta de segurança e informa quem estava a extorquindo. Fomos no dia seguinte entender o que estava acontecendo e vimos ela andando torta, fazendo cara de dor. Ao nos encontrar ela começa a chorar e quando pedimos para ela levantar a camisa vimos que ela estava com várias marcas roxas, hematomas e queimaduras de cigarro", diz Janira Rocha, uma das advogadas da ex-deputada.

A defesa da acusada alega que um procedimento interno foi instaurado para apurar os fatos e os dois agentes foram transferidos para outra unidade prisional. Flordelis e outros três réus irão a julgamento pelo assassinato de Anderson nesta segunda-feira (7).

Uma organização criminosa com atuação dentro e fora do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) é alvo da terceira fase da Operação Queda da Bastilha, da Polícia Federal (PF).

As ações deflagradas, na manhã desta segunda-feira (3), contam com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (Gaeco).

##RECOMENDA##

De acordo com a PF, o grupo criminoso é responsável por diversos crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica, prevaricação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Os policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão no Iapen contra um detento. As investigações identificaram que um dos investigados, apesar de preso, continuou utilizando aparelho celular dentro do presídio para a prática de diversos crimes.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes negou nesta quarta-feira (24) habeas corpus em que a defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, questionava seu retorno ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. Monique foi denunciada por homicídio qualificado, fraude processual, tortura, falsidade ideológica e coação no curso do processo e está presa preventivamente pela morte do filho de 4 anos, em 8 de março de 2021.

Prisão

##RECOMENDA##

Em abril, o juízo de origem havia concedido prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, mas a medida foi revogada em junho. No pedido de habeas corpus, a defesa alegava que, em sua passagem anterior pela Unidade Prisional de Bangu, Monique havia sofrido ameaça à integridade física. Por esse motivo, requeria que, caso a decisão fosse mantida, a custódia ocorresse no quartel prisional do Corpo de Bombeiros. A medida impetrada anteriormente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi indeferida liminarmente.

Intimidação

Na decisão, Gilmar Mendes afirmou que a prisão se justifica, sobretudo diante da gravidade concreta dos delitos praticados e, também, para garantir a aplicação da lei penal e para conveniência da instrução criminal. O ministro escreveu que, “há, nos autos, notícia de que Monique, enquanto esteve em prisão domiciliar, teria coagido a babá de seu filho a apagar mensagens de WhatsApp que mostravam que tinha ciência das agressões de seu companheiro, o então vereador do Rio de Janeiro Jairo Santos Souza Júnior, o Dr.Jairinho, ao menino”.

O ministro escreveu ainda, que “a seu ver, a suposta tentativa de intimidação de uma testemunha importante, a fim de prejudicar a elucidação dos fatos e a produção de provas, representa um risco concreto ao bom andamento processual surgido no gozo de um benefício que havia sido concedido pela justiça”.

Bruno Krupp atropelou um jovem de 16 anos de idade no Rio de Janeiro no dia 30 de julho. No último sábado, dia 6, ele deixou o Hospital Marcos Moraes, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde estava recebendo tratamento médico e seguiu para um presídio.

De acordo com a coluna da Fábia Oliveira, a ida de Bruno à unidade prisional é contraditória, já que o laudo do Hospital liberou o influenciador para cumprir prisão preventiva, mas o parecer de seu médico particular, Bruno Nogueira Teixeira, recomendava que ele fosse levado a uma UTI para continuar com tratamento hospitalar.

##RECOMENDA##

Por causa disso, o doutor Bruno Nogueira Teixeira será investigado pro fraude ideológica e fraude processual.

Recentemente, o modelo falou sobre o ocorrido:

- Gente, pelo amor de Deus, eu sou a última pessoa que queria que isso tivesse acontecido, pode ter certeza que eu queria que o pior tivesse acontecido comigo.

O Presídio de Vitória de Santos Antão (PVSA) inaugurou uma escola prisional nesta sexta-feira (29). A unidade disponibiliza 272 vagas para novos alunos, divididos em turmas dos ensinos fundamental e médio.

O espaço utilizado passou por uma requalificação e funcionava como anexo da Escola Estadual ASP Aldo José da Silva. A ação vem da parceria da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), através da Executiva de Ressocialização (Seres), junto com a Secretaria Estadual de Educação e Esportes (SEE-PE).

##RECOMENDA##

“O estudo é um dos pilares da ressocialização, é o meio que oportuniza as pessoas privadas de liberdade a pensarem e projetarem suas vidas além do ambiente carcerário. É através do estudo que se desenvolve o espírito crítico diante do que se apresenta na vida e a sociabilidade tão necessários ao exercício da cidadania”, pontuou Cloves Benevides, secretário de Justiça e Direitos Humanos.

Pelo menos 43 detentos morreram em um motim em um presídio no centro do Equador, país afetado pelo aumento vertiginoso do tráfico de drogas e da criminalidade. Há mais de cem foragidos, conforme informações divulgadas por agências internacionais no início da noite da segunda-feira (9). O ministro do Interior, Patricio Carrillo, anunciou que "todos os pavilhões estão sob controle" das autoridades da penitenciária Bellavista, em Santo Domingo los Tsáchilas (Colorados, a 80 km de Quito).

Segundo o comandante-geral da Polícia do Equador, Fausto Salinas, 108 presos ainda estavam foragidos após o motim. O ministro do Interior disse que 112 detentos haviam sido capturados.

##RECOMENDA##

As autoridades asseguram que confrontos entre gangues estão por trás da violência em Bellavista. O grupo Los Lobos "atacou e eliminou 41 pessoas de outra organização", disse Carrillo, referindo-se à facção conhecida como R7. Os feridos foram levados a hospitais, enquanto parentes se aglomeravam nos arredores da penitenciária.

O massacre é o maior deste ano, superando o anterior, ocorrido há um mês na prisão da cidade andina de Cuenca, onde 20 presos morreram e pelo menos outros 10 ficaram feridos. O massacre de Cuenca também envolveu as gangues Los Lobos e R7.

Apesar das múltiplas medidas adotadas - que incluem alocação de verba, transferência dos presos mais perigosos a um centro específico e a criação de uma comissão de pacificação - o governo do presidente Guillermo Lasso não tem conseguido conter as mais graves rebeliões penitenciárias da América Latina.

Desde fevereiro de 2021, 350 detentos morreram brutalmente nas prisões equatorianas, em meio a uma violência atribuída pelo governo ao confronto entre os grupos criminosos ligados ao narcotráfico.

Violência

Além dos massacres nas prisões, o Equador enfrenta um aumento da violência atribuído às gangues do narcotráfico motivada pela disputa pelo controle das operações e da exportação de cocaína, principalmente para Estados Unidos e Europa.

Após cenas de terror como o aparecimento de vários corpos decapitados e a atividade cada vez mais evidente e frequente de pistoleiros, o governo decretou estado de exceção por uma semana e meia nas províncias costeiras de Guayas, Manabí e Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia.

Recentemente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) divulgou um relatório sobre a crise carcerária no Equador, no qual insta o governo a retomar o controle interno das prisões, proporcionar condições dignas aos detentos e desenvolver políticas de prevenção ao crime que não priorizem o encarceramento.

Até o fim de 2021 havia mais de 36 mil detentos no Equador, quase 40% deles sem sentença, em 36 centros com capacidade para 30 mil pessoas, embora a superlotação tenha chegado a 62% em prisões como a de Guayaquil, a mais populosa do país, cenário dos episódios mais sangrentos vividos no ano passado.

Para resolver a crise carcerária, o governo do Equador está contratando 1.400 novos agentes penitenciários, concedendo cerca de 5 mil indultos a condenados por crimes menores e desenvolvendo a primeira política de direitos humanos do país para a população carcerária. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou nesta quinta-feira, 5, que o ex-governador Sérgio Cabral seja transferido para o Grupamento Especial Prisional do Corpo de Bombeiros. A corte atendeu a um pedido da defesa do ex-governador, que tinha sido transferido para o presídio Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio. Os advogados de Cabral argumentaram não haver prova de que seu cliente tivesse ligações com supostas regalias detectadas na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, onde estava anteriormente.

Foi o desembargador Olindo Herculano de Menezes que atendeu ao pedido da defesa de Cabral. O magistrado, que atua na Corte por ter sido convocado em março do Tribunal Regional Federal da 1ª Região para a vaga aberta pela aposentadoria do ministro Nefi Cordeiro, entendeu não ser "prudente a manutenção do ex-governador" em Bangu 1.

##RECOMENDA##

"A remoção dos penitentes, mui especialmente do paciente (Cabral), não deixou de ocorrer sob os auspícios de uma certa culpa coletiva, sem nenhuma individualização, ao arrepio do devido processo legal, sem falar que muito do que se constatou na inspeção ocorria mais por ação e/ou omissão da Direção e menos pela ação individual dos presos", escreveu o magistrado.

Cabral e outros presos tinham sido transferidos para o Complexo de Gericinó na terça-feira,3. Foram acusados de ter obtido, no cárcere, regalias ilegais - entre elas, comidas pedidas por aplicativo e anabolizantes.

A transferência ocorreu por ordem judicial. Foi decidida depois que, em 27 de abril, uma equipe de fiscalização da Vara de Execuções Penais encontrou indícios das supostas regalias no presídio de Niterói. Cabral estava preso lá desde setembro de 2021. Por causa dos mesmos indícios de favorecimento, também foi transferido para Bangu o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira. Ele foi condenado a 36 anos de prisão pela morte da juíza Patrícia Acioli, em 2011. Os outros três presos foram levados para Bangu, na mesma transferência.

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, o ex-governador, em Bangu, ficaria os dez primeiros dias isolado em uma cela de pouco mais de cinco metros quadrados. Também não teria direito a banho de sol.

A defesa de Cabral diz em nota que a "justiça mais uma vez imperou já que: foi reconhecido que a decisão de sua transferência, para além de estar pautada em mera presunção e achismos, fora determinada sem qualquer processo que a respaldasse, ou seja, inverteu-se o devido processo legal".

"A defesa também destaca que, em relação ao ex-governador, a própria decisão do juízo da execução não relaciona e não descreve nenhum achado na cela nº 18 - que é a do Ex-Governador", afirmou a nota.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deve voltar ao Complexo  Penitenciário de Gericinó, em Bangu, nesta segunda-feira (2). Uma vistoria na Unidade Prisional da Polícia Militar encontrou celulares, anabolizantes, maconha e indícios de regalias na ala em que ele cumpre pena.

A transferência de Cabral e dos oito detentos da ala dos oficiais foi determinada pelo juiz Marcelo Rubioli após a fiscalização da Vara de Execuções Penais encontrar objetos proibidos na unidade prisional. A vistoria contou com apoio do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Militar.

##RECOMENDA##

Banquete árabe e toalhas bordadas

Celulares, anabolizantes, cigarros eletrônicos, maconha e R$ 4 mil estavam escondidos em vasos sanitários e dentro de pranchas de madeira. Toalhas bordadas com o nome "Sérgio" também foram apreendidas junto com um caderno de pagamentos e uma lista de encomendas por aplicativo de R$ 1.508 em um restaurante árabe.

O Fantástico teve acesso às imagens da vistoria. “Nesse momento que os fiscais entraram na galeria, eu vi que havia uma porta ao lado e, antes de eu entrar, eu vi esse policial que é preso recebendo uma sacola verde. Quando ele me viu, ele ficou sem ação e jogou a sacola por cima da cerca. Mas acho que ele se assustou e não jogou com tanta força. Ela caiu dentro da unidade. E ao lado dessa área onde se encontrava esse policial, nós vimos, nas filmagens, que só se encontravam o senhor Sergio Cabral e o coronel Claudio. Então há um indício de que esse material fosse deles”, relatou o juiz. 

O companheiro de Cabral citado pelo magistrado é o tenente-coronel Claudio Luiz de Oliveira, condenado a 36 anos pela morte da juíza Patricia Acioli, em 2011. Os dois devem ser transferidos para o presídio de segurança máxima. 

Um projeto implantado em agosto de 2019 pela Justiça de São Paulo está gerando conforto aos reeducandos do regime semiaberto da Penitenciária 1 Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, em Tremembé (SP), e para cachorros e gatos abandonados e abrigados por entidades de proteção aos animais. Eles esperam por uma família que os adote.

Os animais vivem em um canil e um gatil e os detentos são responsáveis pela alimentação, banho, tosa, limpeza e carinho nos bichinhos. Os cuidados são temporários até que os cães sejam adotados em uma feira, promovida por Organizações Não Governamentais (ONGs) de cuidado animal responsáveis pelos pets.

##RECOMENDA##

Segundo a diretora de Trabalho e Educação da Penitenciária 1 de Tremembé, Silvana Carvalho, nesta unidade há um canil com 64 animais cujos cuidados ficam por conta de cinco detentos. Já o gatil situa-se em Taubaté e dois sentenciados tomam conta dele.

Exigências

"Para trabalhar no canil e no gatil o preso deve ser do regime semiaberto, ter bom comportamento e demonstrar interesse e habilidade para lidar com os animais. Três dias de trabalho reduzem a pena e eles [detentos] ganham remuneração de três quartos de um salário mínimo pago pela prefeitura", explicou Silvana.

A ideia foi da juíza Sueli Zeraide de Oliveira Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, Conselho da Comunidade e prefeitura, visando dar ocupação para os presos ociosos.

"Esse contato tem resultados tanto para os sentenciados, trazendo afeto que eles não têm, quanto para os cachorros que também precisam de cuidados e carinho. É uma troca que gera para o detento mais calma, outra visão das coisas e mudança de comportamento no coletivo dentro do pavilhão. É uma terapia para quem está no processo de ressocialização", explicou.

Para a Claudia Segalla, integrante do Conselho da Comunidade, a ideia visa a integração dos animais com os presos, o que deu certo porque, por meio do amor natural dos animais, é estabelecida uma comunhão com aqueles que estão privados de liberdade, havendo uma integração entre eles.

“Esse projeto é maravilhoso, porque atende dois excluídos pela sociedade. No caso dos presos, muitos deles podem ser reeducados e reintegrados, e esse projeto colabora com isso”, afirmou.

Convívio

Segundo Claudia, além disso, outro ponto positivo é o aprendizado adquirido com essa atividade, porque ao voltarem para o convívio na sociedade, os detentos podem até montar um negócio, porque, ao serem selecionados para o trabalho, passam por treinamento e cursos de cuidados com os animais. “Eles fazem curso de banho e tosa, por exemplo, o que os ajuda a trabalhar em qualquer lugar”, explicou.

Ela destacou que o canil é de primeira linha, com baias, local para armazenar ração, banho e tosa. No gatil foi feito uma espécie de playgroud para os gatos. “No ano passado o espaço foi aumentado para que os gatos tenham área para tomar sol”, detalhou.

Os detentos do Presídio de Itaquitinga (PIT), na Mata Norte de Pernambuco, e do Centro de Observação e Triagem Criminológica (Cotel), no Grande Recife, voltam a receber visitas familiares a partir deste sábado (5). Outras 12 unidades prisionais estão com os encontros suspensos por conta da pandemia.

A Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) informou que avalia as unidades semanalmente para identificar a situação epidemiológica causada pelo aumento de casos da Covid-19 e da Influenza H3N2. A pasta reforçou que o acesso de familiares exige as regras de convivência com o coronavírus, como apresentação do passaporte vacinal, uso obrigatório de máscara e de álcool em gel. O Centro de Saúde Penitenciário (CSP), em Abreu e Lima, foi inserido na lista de presídios com visita suspensa.

Confira todas as unidades em que as visitas ainda não estão autorizadas:

- PJALLB (Presídio Juiz Antonio Luis Lins de Barros) – Complexo do Curado;

- PAMFA (Presídio Marcelo Francisco de Araújo) – Complexo do Curado;

- PFDB (Presídio Frei Damião de Bozzano) – Complexo do Curado;

- PIG (Presídio de Igarassu);

- CPFAL (Colônia Penal Feminina de Abreu e Lima);

- CPFR (Colônia Penal Feminina do Recife);

- PPBC (Penitenciária Professor Barreto Campelo);

- PAISJ (Penitenciária Agroindustrial São João);

- PVSA (Presídio de Vitória de Santo Antão);

- PRRL (Presídio Rorinildo da Rocha Leão) – Palmares;

- PDEPG (Penitenciária Doutor Ênio Pessoa Guerra) – Limoeiro;

- CSP - Centro de Saúde Penitenciário

A esposa do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) pediu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) atue para transferir o marido do presídio de Bangu 8 para a um hospital. No vídeo publicado nas redes sociais, Ana Lúcia ressaltou que ele possui comorbidades e corre risco de vida.

"Não tem como ficar naquele presídio, ele precisa ser transferido para o hospital com urgência. Ele tá correndo risco de vida", afirmou a companheira do presidente nacional do PTB.

##RECOMENDA##

Em lágrimas, Ana Lúcia relatou que a médica do marido informou que seu d-dímero estava "altíssimo". O exame é um indicativo para o diagnóstico de trombose e problemas na coagulação sanguínea.

 [@#video#@]

Preso desde agosto do ano passado por uma determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, Roberto Jefferson fez vídeos armado em ameaça direta contra as instituições e autoridades. Ele é apontado como um dos integrantes da milícia digital que apoia Jair Bolsonaro.

Nesta quarta-feira (5), uma revista feita no Presídio Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife, resultou na apreensão de 44 celulares, 4 balanças de precisão, 18 carregadores de celulares, 25 facas, além de 16 latas de cervejas.

A ação contou com a equipe de policiais penais da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) e policiais militares integrantes da Companhia Independente de Policiamento com Cães (CIPCães) e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

##RECOMENDA##

A Seres confirma que intensificou as revistas nas unidades prisionais do Estado a fim de evitar a entrada de ilícitos, bem como, instalou equipamentos de segurança como scanners corporais e detectores de metal (portais e manuais). 

A secretaria salienta que presos foram transferidos para outras unidades prisionais por conta dos materiais ilícitos apreendidos, mas não detalhou a quantidade de detentos envolvidos.

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), por meio de sua Executiva de Ressocialização (Seres), iniciará, nesta segunda-feira (27), a ocupação do novo espaço do Presídio Rorinildo da Rocha Leão (PRRL), em Palmares, na Mata Sul de Pernambuco. A unidade prisional do regime fechado aumentou de 74 para 532 vagas disponíveis.     

Inicialmente a transferência de presos contemplará a população da própria unidade prisional com 774 pessoas privadas de liberdade (PPLs). O investimento na obra foi de R$ 13.235.799,28, recursos do Fundo Penitenciário Nacional, do Ministério da Justiça (Funpen/MJ). Em uma área construída de 4.745,63 m² o presídio é distribuído em três módulos de vivência, sendo, as vivências coletivas 01 e 02, compostas de 24 celas; e a 03 formada por 20 celas, totalizando 532 novas vagas. A ampliação possui área de distribuição de alimentos, sala de policiais penais, pátio para banho de sol, sanitários para visitantes, refeitório coletivo, além da estação de tratamento de esgoto. 

##RECOMENDA##

 “A ampliação do Presídio de Palmares faz parte do projeto do Governo de Pernambuco para desafogar o sistema prisional oferecendo maior segurança aos servidores e pessoas privadas de liberdade”, ressalta o secretário interino de Justiça e Direitos Humanos, Eduardo Figueiredo. Está em andamento a criação de mais 4.406 vagas, tendo em vista a construção do Presídio de Araçoiaba com 2.754 vagas; Unidade II do Presídio de Itaquitinga, 1.000 vagas; além de 300 na Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, e 352 no Presídio de Igarassu. Somadas às vagas já criadas durante esta gestão, totalizam 7.664. O presídio de Palmares fica na Avenida José Américo de Miranda, PE 96 - Km 01. 

*Da assessoria 

  Nesta terça-feira (14), o novo secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Eduardo Figueiredo, teria impedido membros do Comitê Estadual de Prevenção e Combate a Tortura (CECPT) e do Conselho Estadual de Direitos Humanos de acessar a unidade prisional de Itaquitinga, no interior do estado. É o que denuncia uma nota de repúdio publicada pelo Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop), instituição que atua há 40 anos na Defesa dos Direitos Humanos e compõe o CECPT.

De acordo com o Gajop, ambas as instituições fariam uma inspeção na referida unidade prisional com o objetivo de apurar graves denúncias referentes a violações de direitos humanos como prática de tortura e maus tratos, revista vexatória de familiares, ameaças de morte, esquema de corrupção e extorsão, circulação de armas de fogo e facas na posse de presidiários. O CEPCT é um organismo autônomo, deliberativo e consultivo, ligado à Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Estado de Pernambuco, criado com a finalidade de erradicar e prevenir a tortura, outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradantes, no estado.

##RECOMENDA##

“Infelizmente, diante desta situação, Eduardo Figueiredo demonstra que está dando continuidade às práticas do seu antecessor, o sr. Pedro Eurico, ao tentar impedir a atuação de representantes do Comitê de Prevenção e Combate à Tortura e dos conselheiros de Direitos Humanos, assumindo uma postura de inviabilizar o controle social realizado pela sociedade civil. Pedimos ao Governo do Estado de Pernambuco que reveja a condução dos gestores da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, entendendo a importância dessa pasta para toda a sociedade Pernambucana. Enquanto organização da sociedade civil, não iremos admitir que posturas como essa desrespeitem o papel fundamental de controle social realizado com tanto compromisso e responsabilidade. Não iremos admitir que a postura dessa pasta seja ‘mais do mesmo’”, diz trecho da nota de repúdio.

Um homem, que não teve a identidade revelada, procurou os policiais militares do 26º Batalhão, em Santa Catarina, para se entregar e pedir para voltar para a prisão por estar passando fome. O fato aconteceu na manhã da terça-feira (23).

Segundo a assessoria da PM de Santa Catarina, a guarnição estava no destacamento da polícia, quando foi surpreendida pelo homem, que relatou estar foragido do presídio de Francisco Beltrão, no Paraná, desde o início da pandemia.

##RECOMENDA##

Ele relatou que havia cortado a tornozeleira eletrônica para conseguir fugir, mas em Santa Catarina, para onde seguiu, não estava conseguindo trabalho e, por isso, estava passando fome.

Os oficiais entraram em contato com a Central de Emergência de Santa Catarina, que intermediou a troca de dados com a Central de Operações Policiais do Paraná, que confirmou a veracidade dos fatos relatados pelo foragido. 

A guarnição deu voz de prisão e conduziu o homem para o presídio de Joaçaba, no Oeste de Santa Catarina, onde as devidas providências foram tomadas. 

[@#galeria#@]

Nesta segunda-feira (22), os policiais penais de Pernambuco saíram em passeata pelo Centro do Recife, protestando por melhorias salariais e pela contratação de mais agentes, já que são pouco mais de 1500 policiais penais para dar conta de mais de 34 mil presos que estão espalhados em todos os presídios pernambucanos. 

##RECOMENDA##

Alan Siqueira, diretor do Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco (Sinpolpen-PE), revela que a categoria já conversou com o Governo de Pernambuco diversas vezes e que em abril deste ano um acordo foi feito, mas está sendo protelado. 

"A dificuldade é muito grande. Existem plantões com quatro ou cinco agentes para cuidar de mais de 200 presos. Nós estamos lutando por um requadramento, qualificação profissional, melhoria no salário e outras melhorias”, salienta.

O representante do Sinpolpen avalia que o que está acontecendo com os policiais penais é desumano. “Nós somos uma categoria que temos nível superior para ingressar na área de policial penal, somos pais de família que trabalhamos nessa pandemia, enquanto outras categorias ficaram no home office, nós estávamos no enfrentamento”, pontua.

No início da noite de hoje, cinco representantes do sindicato foram recebidos pelo secretário da Casa Civil, José Francisco Cavalcanti Neto. A categoria aponta que se não houver negociação, uma assembléia geral será marcada, podendo haver - inclusive -, paralisação dos serviços dos policiais no sistema penitenciário.

Na manhã deste sábado (30), o corpo de um presidiário foi encontrado por agentes penitenciários dentro de uma cela do Presídio de Segurança Máxima de Campina Grande, na Paraíba. Pedro Adriano da Silva, de 37 anos, teria sido espancado até a morte por outro detento, com quem teria uma rixa antiga.

Detido desde o dia 16 de setembro, Pedro foi preso suspeito de ter abusado sexualmente de uma criança de 11 anos no município de Lagoa Seca. Segundo apurou o G1, ele se identificava como pastor e era natural do Rio Grande do Norte.

##RECOMENDA##

O suspeito de cometer o espancamento, Edson Valdevino, já teria impedido Pedro de abusar de outra criança, no município de Pedro Velho, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, Valdevino foi esfaqueado por Pedro. Foi assim que teve início o desentendimento dos dois.

"O autor do homicídio, que já tinha rixa com ele, espancou o falso pastor até a morte. Ele usou um pedaço de madeira para espancar o homem, deu murros, chutes, pisou várias vezes no tórax da vítima. Ele confessou todo o crime para a Polícia Civil e disse que não estava arrependido. Além do roubo, ele vai responder também por crime qualificado", declarou o delegado Ramirez São Pedro, ao G1.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando