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Após a França ordenar a suspensão da venda do iPhone 12 por ultrapassar o limite de radiação permitido, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirmou na quinta-feira (14) que vai apurar o nível de radiação emitido pelo celular, lançado em 2020.

Em uma nota enviada ao g1, a Anatel não revelou se pretende suspender a comercialização do iPhone 12 no Brasil, mas afirmou que a área responsável está fazendo uma apuração e que consultará a Agência Nacional de Frequências (ANFR) para obter mais detalhes.

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“A área responsável está se reunindo com os organismos de certificação e laboratórios e organizando uma supervisão de mercado”, disse a Anatel. A gerência entrará em contato com o órgão regulador francês para saber mais informações e acionar a fiscalização. A Anatel se encontra em fase de conversações”, afirmou.

Em nota enviada à agência Reuters na sexta-feira (15), a Apple disse que vai atualizar o iPhone 12 na França.

“Vamos enviar uma atualização de software para os usuários na França para acomodar o protocolo usado pelos reguladores franceses. Estamos ansiosos para que o iPhone 12 continue disponível na França”, disse a Apple, além de também contestar a medida da França e afirmar que o aparelho foi certificado por vários organismos internacionais e aprovado globalmente.

A agência reguladora de energia nuclear da Ucrânia disse ter detectado níveis de radiação gama mais altos do que o normal na área perto da usina nuclear desativada de Chernobyl, depois de ela ter sido apreendida pelos militares russos. A Inspetoria Reguladora Nuclear do Estado não deu mais detalhes, e atribuiu o aumento a uma "perturbação do solo superficial devido ao movimento de uma grande quantidade de equipamentos militares pesados através da zona de exclusão e à liberação de poeira radioativa contaminada no ar".

O porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov, disse que as tropas aerotransportadas russas estavam protegendo a usina para evitar possíveis "provocações". Ele insistiu que os níveis de radiação na área permaneceram normais.

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A Agência Internacional de Energia Atômica, com sede em Viena, disse que foi informada pela Ucrânia sobre o aumento, acrescentando que "não houve vítimas ou destruição no local industrial".

O desastre na usina nuclear de Chernobyl aconteceu em 1986, quando um reator nuclear na usina a 130 quilômetros ao norte de Kiev explodiu, enviando uma nuvem radioativa por toda a Europa. O reator danificado foi posteriormente coberto por uma concha protetora para evitar vazamentos.

Autoridades ucranianas disseram que a Rússia tomou a usina e sua zona de exclusão ao redor após uma batalha nesta quinta-feira, 24, no primeiro dia da invasão russa ao país. As tropas entraram pela fronteira de Belarus, onde estavam concentradas há semanas para a realização de exercícios militares conjuntos, segundo justificou a Rússia na época.

Cerco à Kiev

A invasão começou na madrugada, depois de o presidente Vladimir Putin ordenar uma operação especial no leste do país, controlado por separatistas pró-Rússia. Tropas russas confirmaram que entraram em território ucraniano a partir da Península da Crimeia, anexada pelo Kremlin em 2014.

A partir de então, as forças começaram a montar um cerco à capital, Kiev. Nesta sexta-feira, 25, o Ministério da Defesa da Ucrânia afirmou que as forças russas entraram no distrito de Obolon, a menos de 9 quilômetros do centro de Kiev e os bombardeios aumentaram nas últimas horas.

Explosões soaram antes do amanhecer em Kiev e tiros foram relatados em várias áreas, enquanto os líderes ocidentais agendavam uma reunião de emergência e o presidente da Ucrânia pedia ajuda internacional para afastar um ataque que poderia derrubar seu governo democraticamente eleito, causar baixas em massa e causar danos ao país e à economia global.

Entre os sinais de que a capital ucraniana está cada vez mais ameaçada, os militares disseram na sexta-feira que um grupo de espiões e sabotadores russos foi visto em um bairro nos arredores de Kiev, e a polícia disse às pessoas que não saíssem de uma estação de metrô no centro da cidade porque havia tiroteio na região.

Em outras partes da capital, os soldados estabeleceram posições defensivas nas pontes e veículos blindados circulavam pelas ruas, enquanto muitos moradores olhavam inquietos nas portas de seus prédios de apartamentos.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que Kiev "pode estar sitiada" no que autoridades norte-americanas acreditam ser uma tentativa do presidente russo, Vladimir Putin, de instalar seu próprio regime.

O ataque, previsto há semanas pelos EUA e aliados ocidentais , equivale à maior guerra terrestre na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Depois de negar repetidamente os planos de invasão, Putin lançou seu ataque ao país, que tem se inclinado cada vez mais para o Ocidente e para longe da influência de Moscou.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski, cujo controle do poder era cada vez mais tênue, apelou aos líderes globais por sanções ainda mais severas do que as impostas pelos aliados ocidentais e por assistência de defesa. (Com agências internacionais).

Os reflexos do coronavírus, sobretudo na economia americana, estão levando o presidente Donald Trump à declarações cada vez mais polêmicas. Pressionado pela ala republicana, que almeja a reabertura definitiva dos Estados, nessa quinta-feira (23), o mandatário sugeriu a possibilidade de injeções de desinfetante para o tratamento da pandemia.

"E aí eu vejo o desinfetante, que derruba [a Covid-19] em um minuto. Um minuto! E tem um jeito de a gente fazer algo, uma injeção dentro ou quase uma limpeza? Porque, veja bem, ele entra nos pulmões e faz um trabalho tremendo nos pulmões, então seria interessante checar isso. Então, será preciso ver com os médicos, mas soa interessante para mim", declarou em uma coletiva da Casa Branca.

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Na busca incessante pela cura que ponha a população na rua e reverta a paralisação do comércio, Trump também indicou dar uma chance ao tratamento com radiação ultravioleta. "Talvez seja possível, talvez não seja. Eu não sou médico. Mas eu sou, tipo, uma pessoa que tem um bom você sabe o quê", complementou, mesmo sem estudos científicos que garantam a eficácia da terapia com luz.

Vale destacar que, tanto o consumo de desinfetante, quanto a exposição à radiação ultravioleta podem acarretar em sérios riscos à saúde. Procurado pela CNN, um funcionário da agência de vigilância sanitária americana reagiu às declarações do presidente. "Eu certamente não recomendaria a ingestão interna de desinfetante", pontuou o especialista Stephen Hahn.

O smartphone que está ao seu lado dia e noite, seja no bolso da calça ou descansando no criado mudo na hora de dormir, pode estar prejudicando a sua saúde. Embora não exista uma pesquisa conclusiva sobre o impacto da radiação do celular em nossas vidas, um órgão federal alemão resolveu tornar pública a lista dos modelos vendidos no país que mais emitem estas ondas perigosas.

A lista do órgão Bundesamt für Strahlenschutz, divulgada pela revista Forbes, é composta principalmente por modelos chineses e foi alimentada por um extenso banco de dados, publicamente acessível, de smartphones vendidos oficialmente no país e a radiação emitida por eles.

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Embora não exista uma diretriz universal para um nível de emissão considerado prejudicial, o órgão alemão considera apenas os telefones com uma taxa de absorção específica inferior a 0,60 watts por quilograma. Esse número expressa quanto de radiação eletromagnética é absorvido a cada quilo do corpo humano.

Atualmente, o smartphone com os mais altos níveis de radiação é o Mi A1 da empresa chinesa Xiaomi. Logo em seguida aparecem os modelos OnePlus 5T, Huawei Mate 9, Nokia Lumia 630, Huawei P9 Plus e Huawei GX8, respectivamente.

Em geral, o ranking é composto por modelos chineses, com 10 dos 16 telefones listados originados do país. Além da Xiaomi, Huawei, OnePlus e ZTE são citadas no ranking. Bem conhecidos, os iPhones também aparecem na lista, com três versões presentes - iPhone 7, iPhone 8 e iPhone 7 Plus. Apesar de ser a maior fabricante de celulares do mundo, a Samsung não foi citada no ranking.

A tableta completa pode ser conferida aqui.

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Os ratos machos expostos a níveis muito elevados do tipo de radiação emitida pelos celulares desenvolveram tumores nos tecidos ao redor de seus corações, de acordo com um relatório preliminar de pesquisadores do governo dos EUA.

Conforme a pesquisa, 6% dos ratos machos expostos ao mesmo tipo de radiação que os celulares emitem - embora em quantidades muito maiores - desenvolveram um tipo de câncer chamado neuroma em seus corações.

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Em seu estudo de vários milhões de dólares, os pesquisadores expuseram ratos a altos níveis de radiação ao longo de 18 horas por dia. Esse tipo de energia é gerado quando os telefones celulares estão tentando se conectar a sinais de rede fracos ou transmitir grandes quantidades de informações.

Ratos machos e fêmeas expostos da mesma forma não desenvolveram tumores, de acordo com o relatório. Apesar de intrigantes, as descobertas não podem ser refletidas diretamente para os seres humanos, disseram os cientistas norte-americanos.

Segundo os cientistas, a radiação do celular se dissipa rapidamente, então o risco, se realmente existir, seria para as áreas do corpo próximas do dispositivo que emite essa energia.

Os autores advertem que, embora sejam necessárias mais pesquisas para descobrir se as formas como as pessoas usam telefones celulares podem aumentar os riscos de câncer, as descobertas evidenciam uma área de preocupação.

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"Fomos abandonados. Não há mais médicos nem hospitais. E logo não haverá mais medicamentos". Aos 70 anos, Anna Vendarenko se preocupa com os cortes orçamentários do Estado russo nas ajudas às vítimas das radiações de Chernobyl, 30 anos depois do acidente.

O povoado onde mora Anna, Starye Bobovichi, que seus habitantes se negaram a abandonar, era até agora considerado "zona proibida", mas viu seu nível de radioatividade reduzir após um decreto presidencial.

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Com a mudança, a ajuda financeira do Estado, que consiste em subvenções para gastos médicos, estadia em sanatórios para crianças e programas sócio-econômicos, diminuirá drasticamente.

Especialistas afirmam, no entanto, que houve apenas uma leve redução no nível de radioatividade no local desde a explosão da central nuclear de Chernobyl, no dia 26 de abril de 1986.

Alexei Kiselev e Rachid Alimov, especialistas em radioatividade de ONG Greenpeace, usam um aparelho para medir o nível de partículas radioativas na praça principal da cidade.

"1,7 microsieverts por hora... é mais de 30 vezes a dose máxima recomendada", alerta Rachid. "É melhor não demorarmos. E pensar que há pessoas que vivem aqui...", lamenta Alexei.

Das 4.413 localidades russas afetadas pelo acidente de Chernobyl, 383 verão suas subvenções diminuírem por cortes orçamentários, como o povoado de Starye Bobovitchi. Outras 558 cidades serão simplesmente retiradas da lista.

"Com este decreto, o Estado se nega a reconhecer que são necessários 2.000 anos, e não 30, para descontaminar uma zona", denuncia Anton Korsakov, biólogo e especialista nas consequências de Chernobyl para a região de Briansk.

"Mesmo que consigamos descontaminá-la, terão que se passar várias gerações até que as crianças voltem a nascer saudáveis", afirma, lembrando que o índice de mortalidade infantil na região é cinco vezes maior que a média nacional.

Quando as crianças sobrevivem, 80% delas desenvolvem uma ou várias doenças crônicas, de acordo com estatísticas oficiais, citadas pelo especialista.

Ir embora da região

Em Novozybkov, cidade a 180 km de Chernobyl cujos 30.000 habitantes nunca chegaram a ser retirados como era previsto, os corredores do hospital estão cheios de crianças e idosos que esperam durante várias horas.

O cirurgião Viktor Janaiev estima que um terço dos seus pacientes vem ao hospital por doenças causadas ou pioradas pela radiações.

"Muitos não podem se cuidar, visto que os medicamentos subvencionados não são os mais eficazes", e seriam necessários outros remédios, mais caros, explica. O salário mínimo russo é de 6.204 rublos (81 euros).

A partir de julho, Novozybkov passará de "zona a ser evacuada" para "zona habitável", e as ajudas econômicas serão reduzidas.

"É uma má notícia", lamenta Janaiev. "As pessoas terão que pagar pelos seus medicamentos, que até agora eram gratuitos. E as crianças não poderão ir ao sanatório no verão", afirma, lembrando que sair da cidade na estação mais quente do ano, quando as radiações são mais fortes, é uma necessidade.

Aleksander, seu paciente, confirma a observação: "Tenho a saúde boa? Depende. Quando estou em outra região, estou ótimo. Aqui, noto as radiações todos os dias", conta. Esse homem de 30 anos, pai de uma menina, gostaria de "ir embora da região". "Mas com que dinheiro? Ninguém nos ajuda", diz com tristeza.

Viver com as radiações

Viver em uma zona contaminada pelas radiações de Chernobyl tem consequências na saúde; porém, é possível limitá-las sempre e quando "se esteja informado", afirma Liudmila Komorgotseva, da ONG russa União pela Segurança Radioativa.

"Mas o governo não faz nada e as pessoas colhem frutas e cogumelos no bosque contaminado", alerta.

Em 2011, os controles de radioatividade de grande parte dos alimentos e líquidos russos foram suprimidos, e hoje se pode comprar muitos produtos radioativos da região de Briansk nos mercados de todo o país, segundo o Greenpeace.

Nas casas, há inclusive móveis radioativos: as empresas utilizam madeira das florestas russas situadas em "zona proibida", garante o advogado Aleksander Govorovski, que interpôs uma demanda ao departamento florestal da região.

Com uma média de idade de 75 anos, ainda vive na zona de exclusão de Chernobyl uma centena de pessoas, que, em sua maioria, retornou depois da catástrofe, apesar da radiação e da oposição das autoridades ucranianas.

"Na realidade não sei porque existem pessoas que desejam viver em Chernobyl. Qual é o seu objetivo? Seguem o que diz o coração? A nostalgia? Quem sabe?", questiona Evgueni Markevitch, de 78 anos. "Mas eu só quero viver em Chernobyl", completa.

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Evgueni tinha 8 anos quando sua família se mudou para a cidade, na época soviética. "Isto nos salvou da fome, podíamos plantar e fazer a colheita dos nossos alimentos", recorda, justificando de algum modo seu apego pela região. "Nunca quis sair daqui".

Quando o reator número 4 da central nuclear soviética explodiu em 26 de abril de 1986 durante um teste de segurança, Evgueni estava no colégio com seus alunos. "Era um sábado e logo depois do acidente não sabíamos nada sobre o que havia acontecido. Suspeitávamos de algo porque observamos os ônibus e veículos militares que seguiam para Pripyat", uma cidade de 48.000 habitantes - incluindo funcionários da central - que fica a três quilômetros de Chernobyl. "Ninguém nos disse nada. Era o silêncio total", relata.

Evgueni foi finalmente retirado da cidade, mas pouco depois já desejava retornar. Ele inventou todo tipo de estratégias para poder entrar na zona proibida. Se passou por marinheiro e por policial responsável por monitorar a entrega de produtos petrolíferos.

Conseguiu ser recebido pelo diretor do serviço de vigilância de radiações da estação e pediu um emprego, que conseguiu. Desde então nunca mais saiu da área contaminada. Contra todas as expectativas, nunca teve problemas de saúde. Ele admite que planta legumes em seu jardim e consome os produtos. "Há uma parte de risco", resume.

'Como guerrilheiros'

Para Maria Urupa, no entanto, os sorrisos são raros. As condições de vida rudimentares na zona de exclusão de 30 km ao redor da central começaram a pesar sobre a octogenária, em particular porque tem problemas para caminhar desde que sofreu um acidente.

No total, 158 "samosely", como são chamados, vivem na região, de acordo com um diretor da central, em pequenas casas de campo, a maioria de madeira.

Eles vivem com que conseguem cultivar em suas hortas, além de alguns mantimentos entregues pelos funcionários da central nuclear e visitantes. Em caso de necessidade, viajam até a cidade de Ivankiv, fora da zona exclusão, para comprar o necessário no mercado local.

Os "samosely" nunca aceitaram o êxodo forçado. Desta maneira, mais de mil deles retornaram depois da catástrofe para a zona altamente contaminada e vetada à população. As autoridades terminaram por aceitar a situação.

No momento da catástrofe, Maria propôs ao marido que se escondessem no porão para escapar da evacuação. Mas a ideia não deu certo.

"Foi triste. Havia lágrimas e lamentos", recorda. Depois de passar dois meses em um centro para desabrigados, ela decidiu retornar "com um grupo de seis pessoas, através da floresta, como se nós fôssemos guerrilheiros". "Mas hoje é duro viver sozinha", admite. Seu marido faleceu em 2011.

Aos 77 anos, Valentina Kujarenko lamenta os obstáculos que seus parentes precisam superar para poder visitá-la e que, além disso, só podem permanecer por três dias. Ao mesmo tempo, não se arrepende de ter retornado a Chernobyl. "Dizem que os níveis de radiação são altos. Não sei. Talvez a radiação faça algo aos mais nove, aos que nunca viveram aqui. Mas nós, os velhos, o que teríamos a temer?", questiona com simplicidade. "Quando saio de Chernobyl, mesmo em Ivankiv, tudo é estrangeiro. Não sou nacionalista, mas amo muito a minha pequena pátria", afirma.

Ela espera que "um dia Chernobyl volte a viver", que "os sorrisos das crianças voltem a ser ouvidos". Mas Valentina sabe que será necessário esperar muitos anos.

Em 1999, uma pequena Maria nasceu na zona de exclusão, o primeiro bebê desde 1986 na cidade "morta". Anêmica após o parto, a pequena abandonou Chernobyl com sua família um ano depois. Hoje deve ter 17 anos.

Um grupo de jovens mosquitos machos vive tranquilamente em um laboratório nos arredores de Viena, totalmente inconscientes do destino que lhes espera: serão esterilizados em massa com o uso de radiação para diminuir a quantidade de insetos que transmitem doenças como o vírus do zika.

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), mas conhecida por seu papel na diplomacia internacional, é o organismo que trabalha nesta técnica de esterilização de insetos em seu laboratório da localidade de Seibersdorf, 35 quilômetros ao sul de Viena.

A ideia parece simples. Os machos esterilizados, mas ainda ávidos de sexo, são soltos em zonas específicas com a missão de seduzir as fêmeas. A cópula, infértil, leva então a um processo natural de extinção.

Contudo, a implementação do plano é mais complexa, já que requer primeiro isolar os machos das fêmeas, para poder esterilizá-los com o uso da radiação quando estão em um estado larvário. Para consegui-lo, os especialistas da AIEA trabalham em um processo há vários anos utilizando cobalto 60 ou raios X. "É como uma forma de planejamento familiar para insetos", explicou Jorge Heindrich, chefe da divisão para o controle de insetos parasitas do organismo, que lidera um grupo de cientistas de vários países.

Esta técnica permitiu erradicar insetos como a mosca da fruta em algumas regiões da Argentina e da África do Sul e a mosca do melão em Okinawa, no Japão. O vírus do zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também contagia a dengue e a chikungunya, está agora no alvo destes esterilizadores de insetos.

Uma mudança na escala - Milhares de mosquitos zumbem em caixas quadradas cobertas por um isolante, sob uma luz neon amplificada. O calor lembra as zonas tropicais e o odor do cultivo de insetos é nauseante. Quando um dos insetos sobrevoa a sala e zumbe perto dos jornalistas que visitam o laboratório, um pânico irracional se apodera dos presentes.

O zika, descoberto em Uganda em 1947, provoca sintomas leves como febre, dor de cabeça e articular e erupções. Mas suspeita-se que em grávidas pode causar microcefalia, uma doença congênita que provoca danos neurológicos irreparáveis no desenvolvimento do bebê.

Com mais de 1,5 milhões de doentes no Brasil, a América do Sul é a região do mundo mais afetada pelo zika. O vírus é transmitido pelas fêmeas. "São elas que necessitam de sangue para alimentar seus ovos. Os machos se alimentam do açúcar das flores e de néctar", explica Rosemary Lees, uma das pesquisadoras.

Segundo conta, uma das principais dificuldades é separar as fêmeas dos machos. Atrás da especialista há caixas etiquetadas com mosquitos provenientes de Brasil, Indonésia e Tailândia.

Competir com os machos selvagens - Um dos problemas possíveis na aplicação é que os machos "tratados" não sejam suficientemente fortes para competir com os insetos selvagens. Mas no terreno, este desafio toma outra dimensão. "Temos demonstrado que a técnica é eficaz em pequena escala: podemos atuar na periferia de uma cidade, quiçá até em uma localidade de 250.000 pessoas. Agora temos que ampliar a escala" para estes mosquitos, declarou a entomologista.

Atualmente, há dois experimentos em desenvolvimento. Um no Sudão, em uma região agrícola afetada endemicamente pela malária, e outro na ilha francesa de La Reunión, após a forte epidemia de chikungunya entre 2005 e 2006. Lançado em 2009, o projeto de La Reunión está em sua fase piloto, e a produção em série de mosquitos estéreis ainda não começou.

Uma vez que esteja finalizado o estudo ecológico da biologia específica do mosquito, ainda é necessário que "os Estados tenham a vontade de produzir insetos modificados, investir nas instalações e ter uma fonte de raios eficaz", explica Marc Vreysen, chefe do laboratório especializado em insetos nocivos de uma divisão mista da AIEA e da FAO.

Esta técnica é eficaz sobretudo combinada com outros métodos, incluindo a utilização de inseticida para reduzir a população de mosquitos. Em fevereiro, será realizada uma reunião no Brasil com estados-membros da AIEA, especificamente países da América Latina, para estudar as possíveis aplicações do processo para lutar contra o vírus do zika.

Em até seis meses, pesquisadores terão um balanço da viabilidade do novo método de controle do mosquito Aedes aegypti. Desenvolvida pela Fiocruz Pernambuco e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), esta é a primeira técnica brasileira a utilizar energia nuclear para esterilizar os machos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. 

A pesquisa está sendo realizada na Vila da Praia da Conceição, no Arquipélago de Fernando de Noronha. Em laboratório, os pesquisadores conseguiram reduzir em 70% o número de ovos férteis.

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De dezembro de 2015 até a primeira quinzena de fevereiro já foram feitas nove liberações de mosquitos estéreis, cada liberação com três mil machos. Fernando de Noronha foi escolhido como local de testes devido ao isolamento geográfico natural do arquipélago.

Através de uma dose de radiação gama, os insetos machos, ainda na fase de pupa – última antes da fase adulta/alada – são esterilizados. “As fêmeas podem acasalar durante apenas uma fase e costuma ser com um único mosquito”, comenta a coordenadora do projeto e pesquisadora da Fiocruz Pernambuco Alice Varjal, explicando por que a pesquisa diminuiria a população do Aedes.  

Para o projeto funcionar, entretanto, será necessária uma produção em massa de mosquitos. Os pesquisadores precisam fazer uma triagem, para que os mosquitos cultivados no insetário sejam apenas machos, que não precisam de sangue e não transmitem as doenças. Para uma seleção bem executada é preciso uma triagem mecânica. O aparelho está em fase de aquisição e não é vendido no Brasil, mas Varjal garante que não é de alto custo. 

Apesar dos 70% de redução de ovos férteis, o método terá dificuldades para fazer o controle em grandes cidades como Recife. “Recife é uma megalópole e isso traz muitas dificuldades, como a questão do aumento de imóveis e da falta de condições de saneamento em algumas localidades”, cita a pesquisadora. Ela não descarta, porém, a utilização dos mosquitos estéreis em pequenos bairros ou cidades menores. “Não se pode pensar que apenas uma técnica vai resolver o problema”, diz.  Varjal lembra  que na Itália, a técnica de mosquitos estéreis foi utilizada em pequenas cidades e conseguiu reduzir o Aedes albopictus em 80%.

Fernando de Noronha não tem escapado da epidemia de arboviroses e tem registrado um aumento significativo de casos notificados. Em 2014, o arquipélago teve 11 casos de dengue notificados, com nove confirmados. No ano passado, o número subiu para 463 notificações e 102 confirmações. Em 2016, já foram 62 notificações de arboviroses, ou seja, além de dengue, chikungunya e zika, com duas confirmações para chikungunya. “Temos uma quantidade muito grande de turistas que já vêm adoentados, mas estamos com uma vigilância permanente”, afirma a coordenadora de saúde de Noronha Fátima Souza.

Em até seis meses, os pesquisadores devem ter um resultado do estudo em campo para analisar se o método precisa de ajustes ou se já pode ser ampliado. Não há previsão para os mosquitos estéreis por energia nuclear serem utilizados em outra região.

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O Japão informou nesta quinta-feira (7) que não detectou mudanças nos níveis de radiação em seu território, depois do anúncio da Coreia do Norte de que testou com sucesso uma bomba de hidrogênio. O resultado foi o mesmo após os três testes nucleares anteriores da Coreia do Norte, em 2006, 2009 e 2013.

Os testes nucleares e os lançamentos de mísseis de Pyongyang expõem o Japão a um risco de contaminação radioativa, consequência dos ventos que seguem da península coreana para o arquipélago. "Não aconteceu nenhuma mudança particular até o momento nos níveis de radiação", afirma um comunicado da Autoridade Nuclear Reguladora do Japão.

Três aviões da Força Aérea nipônica recolheram mostras no ar e 300 centros de controle participaram nas tarefas de verificação em todo o país. Novos voos devem acontecer nesta quinta-feira. Os resultados serão anunciados na sexta-feira (8).

A Coreia do Norte realizou na quarta-feira seu quarto teste nuclear. O regime comunista anunciou que este foi o primeiro teste com uma bomba de hidrogênio, muito mais potente que a atômica, mas a informação foi recebida com ceticismo por especialistas.

O Conselho de Segurança da ONU anunciou na quarta-feira (6) a intenção de preparar sanções adicionais contra Pyongyang.

Muito acima da atmosfera da Terra - a cerca de 11 mil quilômetros de altitude -, um campo de força invisível protege o planeta de um perigoso bombardeio de radiação concentrada. A descoberta, publicada nesta quinta-feira, 27, na revista Nature, foi feita por um grupo internacional de pesquisadores com base em dados de dois satélites da Nasa.

Em torno Equador, a milhares de quilômetros da superfície da Terra, na região conhecida como "cinturão Van Allen", dois anéis de radiação são formados pela interação entre o campo magnético da Terra e a chuva de partículas de alta energia que jorra constantemente do Sol.

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Na parte externa do cinturão - que foi a primeira descoberta da era espacial, feita em 1958 pela sonda americana Explorer 1 -, uma grande quantidade de elétrons viaja em velocidade próxima à da luz e poderia chegar à Terra em minutos. A exposição a essa radiação de alta energia pode causar estragos em equipamentos eletrônicos de satélites e representar sérios riscos à saúde de astronautas.

Agora, o grupo liderado por pesquisadores do MIT e da Universidade do Colorado (Estados Unidos) descobriu que os perigosos elétrons ultravelozes, apesar de sua intensa energia, não chegam a menos de 11 mil quilômetros da superfície da Terra: as partículas são bloqueadas por uma barreira invisível e impenetrável, aparentemente rígida.

Com a descoberta, os cientistas descartaram as hipóteses de que os elétrons ultravelozes seriam bloqueados pelo campo magnético da Terra ou por ondas de rádio de longo alcance. De acordo com os autores do estudo, o "campo de força" que protege o planeta é o fenômeno batizado de "assobio plasmasférico": ondas eletromagnéticas de frequência muito baixa na camada mais alta da atmosfera terrestre.

Com base em cálculos feitos com dados dos satélites, os pesquisadores acreditam que essas ondas desviam os elétrons, fazendo com que eles se choquem com átomos de gás neutro na atmosfera superior da Terra, desaparecendo.

"É um fenômeno muito raro, extraordinário. Ele indica que, se colocarmos um satélite ou uma estação espacial em órbita do lado de dentro dessa barreira impenetrável, podemos esperar que eles tenham vida útil muito maior", declarou John Foster, diretor do Observatório Haystack do MIT.

Satélites gêmeos

Para fazer a descoberta, os cientistas utilizaram dados dos satélites gêmeos Van Allen Probes, da Nasa, que estão em órbita na agressiva região do cinturão. As duas sondas são projetadas para suportar o bombardeio constante de radiação, a fim de medir o comportamento dos elétrons de alta energia. Depois de analisar os dados coletados nos primeiros 20 meses pelas sondas, os cientistas observaram a existência da dura barreira contra os elétrons ultravelozes.

De acordo com Dan Baker, cientista da Universidade do Colorado e autor principal do artigo, a barreira de elétrons é uma característica notável do cinturão Van Allen. "Agora pudemos estudar pela primeira vez esse fenômeno, porque nunca antes tivemos medidas tão precisas desses elétrons de alta energia", explicou.

A partir da segunda quinzena de novembro, um chip, que promete reduzir os problemas causados ao corpo humano em detrimento da radiação provocada pelos aparelhos celulares, chega ao mercado Pernambucano. O chip, que na realidade é um adeviso, chama-se Waveex e funciona fixado na parte posterior do aparelho mobile. O produto, que é produzido na Áustria custará no mercado brasileiro cerca de R$ 60.

O Wavexx vem ao Brasil por meio do grupo Herbst Importação e Exportação LTDA. Segundo o executivo do grupo, Andreas Herbst, há aproximadamente um ano estão tentando trazer o chip para o Brasil, todavia algumas especificações burocráticas precisavam ser feitas, como homologação no país e certificação internacional (CE - selo padrão de tecnologia mundial). “Há estudos científicos que associam a radiação de eletrônicos a doenças como câncer, Mal de Alzheimer e até má formação cerebral em crianças, mas com o Waveex a exposição não acontece”, afirmou.

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De acordo com Herbst o principal benefício do uso está na redução de problemas causados pela radiação como câncer, estresse e dores de cabeça. O segredo do chip está na composição. São sete camadas que formam uma sequência quântica em prata, que quando colada ao aparelho inibe as radiações.

A limpeza de algumas das cidades mais contaminadas pela radiação nas redondezas da usina nuclear de Fukushima está bastante atrasada em relação ao cronograma planejado, por isso muitos moradores ainda terão de esperar alguns anos para voltarem a região, disseram autoridades japonesas nesta segunda-feira (21).

Oficiais do Ministério do Meio Ambiente disseram que estão analisando o cronograma de limpeza de seis de 11 municípios de uma área de exclusão, da qual os moradores foram retirados. A medida foi tomada depois que o terremoto e o tsunami de 2011 prejudicaram o funcionamento de três reatores da usina nuclear de Fukushima Dai-ichi. O plano original criado para toda a descontaminação previa o fim dos trabalhos até março do ano que vem.

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Ninguém recebeu autorização para voltar a viver na área ainda, embora o governo tenha permitido visitas diárias a residências e empresas em alguns locais após uma descontaminação inicial, disse Sato, autoridade do Ministério do Meio Ambiente encarregada do processo de descontaminação.

"Vamos ter de estender o processo de limpeza por um, dois ou três anos, ainda não decidimos exatamente ainda", disse ele. Sato citou várias razões para o atraso, incluindo a falta de espaço para o lixo a partir do trabalho de descontaminação. Alguns moradores se opuseram a despejar o lixo em seus bairros.

O jornal Asahi informou neste sábado (19) que o governo está planejando uma extensão de até três anos em áreas como Iitate, uma aldeia a noroeste da usina, onde uma nuvem altamente radioativa se espalhou nos primeiros dias da crise. Fonte: Associated Press.

A Tokyo Electric Power (Tepco), operador do complexo nuclear Fukushima Daiichi, no Japão, afirmou que seus esforços para controlar a água altamente radioativa da usina sofreu novos reveses. Pontos contaminados foram descobertos em novas partes dos tanques onde a água está armazenada, ao mesmo tempo que os níveis de radiação subiram para patamares altamente perigosos em outra área.

Segundo a Tepco, altos níveis de radiação foram encontrados em quatro locais perto dos tanques de armazenagem instalados para coletar as 400 toneladas de água contaminada bombeadas por dia das instalações do reator radioativo, indicando a possibilidade de novos vazamentos nos tanques ou alguma dificuldade ainda não explicada na contenção da água.

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Dois dos pontos medidos estavam em áreas onde a contaminação não havia sido detectada anteriormente e dois outros registraram um forte aumento no nível de radiação. Em um deles ela chegou a 1,8 MSV (milésimos de Sievert, unidade que mede os efeitos biológicos da radiação) - um dos níveis mais altos de radiação registrados na usina desde os primeiros dias do terremoto seguido de tsunami que afetou o complexo em março de 2011.

A Tepco aumentou a supervisão e a quantidade de leituras que faz sobre a radiação depois de descobrir no mês passado que 300 toneladas de água altamente radioativa estava vazando de um dos tanques de armazenagem. O governo do Japão recentemente interveio no problema para ter um papel mais direto na contenção da crise nuclear. Fonte: Dow Jones Newswires.

Astronautas que viajassem de e para Marte poderiam ser bombardeados com muito mais radiação do que seu corpo receberia durante um ano inteiro de tomografias semanais, segundo apontaram especialistas nesta quinta-feira (30). De acordo com o estudo, a quantidade seria suficiente para aumentar o risco de desenvolvimento de um câncer em cerca de 3%, mas a pesquisa alerta que ainda há muitas incertezas acerca dos efeitos da exposição humana a ambiente espacial.

A Agência Espacial Americana (Nasa) tem o objetivo de enviar, em meados de 2030, um voo tripulado para orbitar o planeta vermelho. Grifes de vestuário, como Inspiration Mars, criada pelo engenheiro da Nasa que se tornou turista espacial, Dennis Tito, já está recrutando voluntários.

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Existem esforços prévios para aferir os riscos de radiação para os futuros viajantes de Marte, mas a melhor estimativa vem da missão espacial Curiosity, promovida pela Nasa. Em 2011, um sensor de radiação foi inserido no interior de uma nave com o objetivo de fazer leituras da radiação durante os oito meses e meio da cruzada ao planeta.

Por meio dos dados colhidos pelo sensor, cientistas calcularam o quanto viajantes espaciais se expõem à radiação durante uma rápida viagem de seis meses em uma nave em condições similares. Ida e volta: cerca de 662 milisieverts (unidade que mede doses de radiação). Esse é um montante considerável, tendo em vista que muitas agências espaciais internacionais limitam a dosagem de radiação acumulada no espaço a 1.000 milisieverts. A estimativa não inclui o tempo gasto na superfície de Marte.

O número é similar àquele conseguido por meio de uma tomografia de corpo inteiro realizada a cada cinco ou seis dias, informa o líder da pesquisa, Cary Zeitlin, do Southwest Research Institute, do Colorado.

A análise integra a edição de sexta-feira da revista Science. A quantidade de radiação não parece mudar a não ser que seja possível acelerar a viagem interplanetária, explicam os especialistas.

As doses de radiação em uma viagem a Marte seriam mais altas do que as enfrentadas normalmente pelos membros da tripulação da Estação Especial Internacional, algo em torno de 200 milisieverts por ano. Em contrapartida, as pessoas na Terra são comumente expostas a cerca de 3 milisieverts por ano.

A missão Curiosity voou por Marte durante o período de baixa a moderada atividade solar. Desde que pousou no planeta vermelho, no ano passado, a missão rastreou a radiação ao longo da superfície. A nave mostrou as mais claras evidências de que já existiu água em Marte. As informações são da Associated Press.

Trinta funcionários foram expostos a radiações por um acidente em um laboratório de física nuclear no Japão, informou a Agência Japonesa de Energia Atômico (JAEA), que revisou o balanço inicial de quatro pessoas afetadas.

O incidente aconteceu no laboratório de física nuclear de Tokaimura, situado 120 km ao nordeste de Tóquio, quando os cientistas dirigiam um raio de prótons contra um bloco de ouro, como parte de um experimento de aceleração de partículas.

Quando o acidente aconteceu, provocado por um problema de superaquecimento, havia 55 funcionários no local.

Segundo a agência nuclear japonesa, dois cientistas foram expostos a radicações de 1,7 milisieverts, um nível um pouco superior ao de uma radiografia.

"O estado deles não é preocupante", disse um porta-voz da agência.

A JAEA explicou que o acidente provocou a emissão de uma substância radioativo "por um superaquecimento provocado aparentemente por problemas técnicos".

Parte da radioatividade se dispersou na atmosfera porque os funcionários acionaram os ventiladores do laboratório por engano, segundo a agência nuclear.

A segurança nuclear é um tema muito sensível no Japão desde o acidente da central de Fukushima Daiichi (nordeste) em março de 2011, em consequência de um terremoto e tsunami.

A Tokyo Eletric Power, conhecida como Tepco, reportou neste domingo um vazamento de até três litros de líquido radioativo de um segundo tanque de armazenamento subterrâneo da usina Fukushima Daiichi. A informação é da agência de notícias japonesa Kyodo.

Segundo a agência, a Tepco confirmou o vazamento após a companhia ter informado, na noite da última sexta-feira, que até 120 toneladas de água contaminada podem ter vazado para o solo de um dos sete tanques de armazenamento do complexo, devastado por uma série de explosões nos dias que se sucederam ao terremoto seguido de tsunami ocorrido na região, em março de 2011.

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Cerca de 10.400 toneladas de água radioativa, livre de césio, continuam armazenadas no segundo tanque, segundo a empresa. O tanque é adjacente àquele em que houve o vazamento informado inicialmente, de acordo com a Tepco. Os sete tanques foram construídos para armazenarem água usada para resfriar os reatores nucleares da usina de Fukushima.

A empresa examinou a água acumulada ao redor do segundo tanque e detectou substâncias com alta concentração radioativa. Desde o anúncio do novo vazamento, na sexta-feira, a Tepco começou a transferir toneladas da água remanescente no tanque para outro tanque subterrâneo na usina. Essa operação de transferência deverá ser concluída até quinta-feira, com um atraso de dois dias em relação aos planos iniciais da empresa.

No sábado, a Tepco disse ser improvável que água radioativa tenha vazado para o mar do primeiro vazamento no tanque localizado a 800 metros da costa. As informações são da Dow Jones.

A Tokyo Electric Power Company (Tepco) informou neste sábado (6) que estava movendo toneladas de água altamente radioativa de um tanque de armazenamento temporário para outro após detectar sinais de vazamento.

A empresa disse que cerca de 120 toneladas de água podem ter violado o revestimento interno do tanque e uma parte pode ter vazado para o solo. A Tepco está transportando a água para um tanque próximo, da planta Dai-chi, em Fukushima, um processo que pode levar vários dias.

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A companhia detectou o vazamento mais cedo nesta semana, quando os níveis de radiação subiram em amostras de água coletadas entre os forros internos do tanque e também fora do compartimento, disse Masayuki Ono, porta-voz da Tepco.

A água contaminada na usina, que sofreu múltiplos colapsos após o terremoto e subsequente tsunami, em março de 2011, que devastaram o nordeste do Japão, vazou para o mar diversas vezes durante a crise.

Especialistas suspeitam que tem havido um contínuo vazamento para o oceano por meio do sistema de água subterrâneo, citando altos níveis de contaminação entre peixes capturados nas águas ao lado da instalação.

As informações são da Associated Press.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta quinta-feira os procedimentos para a realização de ensaios de avaliação técnica de equipamentos de radiocomunicação de radiação restrita. O documento orienta laboratórios a executar esses ensaios em processos de certificação e homologação de produtos de telecomunicações. O ato da Anatel define os métodos de ensaio aplicáveis aos equipamentos que operam na faixa de 9 kHz a 40 GHz. Daqui a seis meses, o cumprimento das novas regras será obrigatório. Os novos procedimentos podem ser acessados no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira.

As autoridades chinesas estão se movendo para acalmar as temores da população sobre riscos de radiação uma semana após a Coreia do Norte ter feito um teste nuclear não muito longe da fronteira, diz matéria publicada hoje pelo jornal The Wall Street Journal.

O governo chinês divulgou leituras de radiação nos últimos três dias à população que mora na parte nordeste do país, comprovando que não há sinais de radiação em níveis elevados. Segundo o governo chinês, mesmo que vaze radiação, ela não deve afetar o país. Esses são os primeiros testes de radiação regionais feitos desde que houve vazamento radioativo da usina nuclear de Fukushima, no Japão, há dois anos.

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Mesmo que os rumores de radiação excessiva se mostrem errados, seria difícil mudar a falta de confiança do público nos oficiais do governo e a forte repugnância em relação às atividades nucleares da Coreia do Norte.

Embora o governo chinês tenha expressado "firme oposição" ao último teste nuclear feito pelo país vizinho, muitas pessoas pedem por uma mudança de atitude maior em relação aos coreanos, aliados políticos dos chineses há muito tempo. As informações são da Dow Jones.

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