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Além de ser a companheira diária de muitos ouvintes, a música também pode ser utilizada em tratamentos psicoterapêuticos. É neste cenário que atuam os profissionais especializados em musicoterapia, acompanhamento clínico que faz sons musicais virarem combustíveis para modificar o metabolismo cerebral e o estado emocional dos pacientes.

De acordo com a psicóloga Maria Luzinete de Macedo, embora a música seja utilizada em outros tipos de acompanhamentos clínicos, a musicoterapia é a única vertente do segmento que emprega técnicas direcionadas aos tratamentos psicoterapêuticos, e pode ser aplicada em diversos públicos. "As técnicas usadas variam conforme a proposta e o que se pretende alcançar no processo, podendo ser indicada para vários casos e públicos variados. É um trabalho que exige do profissional bastante criatividade e conhecimento da área que deseja trabalhar", afirma.

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Há três anos, a profissional criou um grupo na clínica Espaço S. E. R. e coloca a estratégia em prática para um conjunto de pessoas. "O mais comum é musicoterapia em grupo. Particularmente prefiro, pois fortalece o vínculo fundamental para estabelecer elos de harmonia e segurança. O apoio que o grupo oferece pela identificação com a música facilita e fomenta o objetivo da proposta", explica a musicoterapeuta, que manteve os atendimentos virtuais em meio ao período de pandemia.

Uma das participantes das reuniões é a empreendedora do ramo alimentício Roseli Moreno, 56 anos. Segundo ela, que participa dos encontros desde o ano de 2017, o acompanhamento foi crucial para se libertar de algumas amarras emocionais e obter maior autoconhecimento. "Ali pude perceber como faz sentido a música que ouvimos e como ela reflete nos sentimentos. Tudo é muito natural e conduzido com tanta delicadeza, transforma e ameniza os traumas, as aflições escondidas", comenta.

A diferença entre ouvir música e praticar musicoterapia

Outra especialista que oferece a musicoterapia como opção aos pacientes é a psicóloga Rosangela Sampaio. Segundo ela, embora a Portaria nº 849 do Ministério da Saúde tenha incluído o tratamento entre as regulamentações da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (Pnpic), é indispensável que o paciente procure profissionais qualificados para a avaliação. "Estudos mostram que a musicoterapia pode ser benéfica no tratamento de deficiências de desenvolvimento e aprendizagem, Alzheimer e outras condições relacionadas com o envelhecimento, doenças cardiopulmonares, câncer, autismo e muitos outros. Em todos os casos se faz necessária uma avaliação com profissional qualificado para a definição de estratégia terapêutica", aponta.

Ainda de acordo com a especialista, um ponto a ser esclarecido é a diferenciação entre ouvir música e o tratamento musicoterapêutico. "A musicoterapia é uma técnica aplicada em sessão com começo, meio e fim desenhada para a necessidade do paciente em questão. O ouvir e tocar música reduz o nível de cortisol, o hormônio responsável pelo estresse, mas não podemos comparar a uma sessão de musicoterapia com um especialista", enfatiza Rosângela, que também teve que se adaptar ao modelo de sessões online durante a crise sanitária do coronavírus.

Segundo ela, a utilização do acompanhamento clínico com o recurso musical pode auxiliar de modo considerável no decorrer do período em que se recomenda o isolamento social. "Além de auxiliar a pessoa a orientar-se e a restabelecer as coordenadas de tempo/espaço, ajuda a relaxar nos casos de insegurança ou ansiedade. A musicoterapia potencializa as funções físicas e mentais, além de reforçar a autonomia pessoal", afirma.

A aposentada Maria Aparecida Torres, 63 anos, fazia acompanhamento com a psicóloga e aderiu à musicoterapia como um complemento das sessões semanais. De acordo com a idosa, o método a fez aprender a exercitar o cérebro para se concentrar melhor nos afazeres diários. "Eu não acreditava que fosse conseguir meditar ou me concentrar para isso, porque sou uma pessoa agitada, mas a musicoterapia está me ajudando muito. Principalmente para eu trabalhar concentração e memória, por conta da idade", comenta.

Ainda segundo Maria, a música sempre fez parte da vida em um contexto emocional, mas a possibilidade de manter a mente ativa por meio do recurso terapêutico é mais viável. "Antes eu assistia a um seriado e, às vezes, no final já não me lembrava mais do começo, hoje isso não acontece mais. Quando a gente para de trabalhar, fica apenas com o serviço de casa, o cérebro relaxa mesmo. Eu estava com a mente preguiçosa e, quando sinto isso, ligo o rádio”, complementa.

Os irmãos Sandy e Junior Lima relembraram os momentos difíceis que tiveram que encarar como dupla durante bate-papo com André Curvello, do Encontro com Fátima Bernardes. Ao falarem sobre como foi gravar o documentário sobre a história da dupla, eles também confessaram que as polêmicas e passagem delicadas da carreira, quando ainda eram mais jovens, não foram fáceis de superar.

"Para mim, o mais difícil foi depois de encerrado, quando tudo começou a vir à tona. Foi o momento que dei uma amadurecida e as coisas começaram a bater em mim. Teve um período que fiquei mais zoado da cabeça mesmo. Precisei de muita terapia para conseguir me firmar. Fiquei muito desestabilizado nessa fase", confessou Junior.

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Já Sandy acredita que ter vivido o auge da carreira ao mesmo tempo que encarava a adolescência e o processo de amadurecimento foi complicado, mas importante na vida dela:

"É controverso, porque também foi o mais importante e marcante para a carreira, quando a gente estava em maior destaque. Foi de 1998 a 2003. Quando a gente mais trabalhou, a gente estava muito realizado com o resultado da nossa carreira, com tudo que a gente estava plantando. Mas também por a gente estar mais exposto, vira uma vidraça, com muito mais especulação na nossa vida. Eu estava na adolescência, então, crescer já é uma coisa já é difícil, imaginar viver isso exposto para o Brasil inteiro que está te julgando, observando e comentando sobre a sua vida".

E passada toda a euforia por causa das comemorações em torno do marco histórico da dupla, os irmãos já planejam continuar tocando as carreiras solo:

"Quero retomar minha carreira solo. Estava com uma turnê marcada para o segundo semestre, mas fui interrompida pela pandemia. Quem sabe ano que vem posso retomar. Talvez vir com algum projeto, não um disco inteiro, mas algum projetinho de estúdio. Depois, vou fazer uma turnê, quando a pandemia permitir", explicou Sandy.

Junior também pretende ficar mais longe dos holofotes depois que os dois terminarem o projeto Nossa História:

"Passando tudo isso, vou entrar em uma fase de criação, vou aproveitar para me resguardar por um período, mas não vou sair da música".

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Pacientes oncológicos podem ter a dança como aliada no tratamento da doença. É que esse tipo de terapia contribui para diversos estímulos e traz benefícios físicos e emocionais.

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Mesmo em tempo de isolamento social, os exercícios devem ser feitos em casa. Pesquisa comprova cientificamente a garantia da qualidade de vida, diminuição nas dores, da ansiedade e da fadiga (veja o vídeo acima, com imagens gravadas antes da pandemia). 

A professora Mariela Maneschy, do curso de Educação Física da Faculdade UNINASSAU Belém, doutoranda em Ciência do Movimento Humano, estuda a importância da dança com mulheres vítimas de câncer há mais de 12 anos. Ela fez parte do primeiro grupo de pesquisa em exercício físico para pacientes oncológicos do Brasil, desenvolvido no Rio de Janeiro, em 2008. O resultado das observações - em mais de uma década - mostrou que as pacientes que tinham a terapia por meio de ritmos dançantes apresentaram melhora imunológica e, consequentemente, resposta positiva ao tratamento.

"Temos registrado em várias pesquisas de como a dança melhora a condição clínica geral da paciente. Essa terapia ajuda no desconforto, limitações e efeitos adversos da doença e do tratamento. Por exemplo, a dor, a fadiga, o inchaço, a ansiedade, dentre outros. E neste período de isolamento social a importância só aumenta, pois essas pacientes estão ainda em fase de tratamento e sem poder frequentar academias, já que estão fechadas", disse Mariela.

Por Rayanne Bulhões/Ascom UNINASSAU.

Na manhã deste sábado (4), o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, foi flagrado correndo com sua esposa em Brasília, mesmo em meio à pandemia de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus (SARS-COV-2), ainda sem tratamento e que, para contenção dos contágios, exige isolamento e distanciamento social. Gabbardo, que defende as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo próprio Ministério da Saúde do Brasil no exercício de seu cargo, foi criticado após o flagra e se defendeu afirmando que precisa correr. 

“Eu corro todos os dias há 40 anos, nunca fiquei uma semana sem correr. Eu não faço terapia, minha terapia é ir para a rua correr”, afirmou o secretário durante entrevista coletiva concedida diariamente pelo ministério para atualização dos números de casos da doença no país. “Não acho que infringi nenhuma regra. Eu corri num lugar isolado. As pessoas têm que ter bom senso”, completou ele, queixando-se das críticas recebidas pela internet após a divulgação das fotos feitas pelo jornal Poder360. 

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Até este sábado, de acordo com dados oficiais do Ministério da Saúde, o Brasil tem cerca de 10.278 casos confirmados de COVID-19 e 432 pessoas morreram em decorrência da doença. Os números, no entanto, podem ser maiores devido à escassez de testes para identificar todos os doentes.

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Um grupo de pesquisadores do Brasil, Reino Unido e Itália, coordenado por um professor brasileiro, desenvolveu um composto com ação potente e seletiva contra o câncer de ovário. O estudo realizado com o novo composto à base de paládio - metal raro de alto valor comercial - demonstrou sua eficácia contra células de tumor de ovário sem afetar o tecido saudável. Além disso, testes em células tumorais indicaram que o composto age contra tumores resistentes ao tratamento mais utilizado atualmente no combate ao câncer de ovário, que é feito com um fármaco chamado cisplatina.

O trabalho foi conduzido durante a pesquisa de doutorado da professora Carolina Gonçalves Oliveira, atualmente no Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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A cisplatina é um quimioterápico eficiente para tumores no ovário, mas o tratamento pode causar efeitos colaterais severos aos pacientes, afetando rins, sistema nervoso e audição. Segundo o pesquisador do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP) Victor Marcelo Deflon, que coordenou o estudo, isso acontece porque a molécula não é muito seletiva, ou seja, afeta também células saudáveis.

“[O novo composto] tem alta seletividade para células de câncer, isso traz uma expectativa de menos efeitos colaterais. E ele é ativo em células de câncer resistentes à cisplatina, isso é ótimo porque é uma alternativa para tratar câncer nesses casos que são resistentes à cisplatina”, disse Deflon. “Algumas células de câncer aprendem a se defender da cisplatina, então ficam resistentes”, complementou.

Os pesquisadores identificaram o mecanismo de ação do novo composto e concluíram que há diferenças em relação à cisplatina. “O fato de ele [novo composto] atuar em células resistentes à cisplatina mostra que o mecanismo de ação dele é diferente, então a gente foi estudar qual era o mecanismo e acabou encontrando que o potencial alvo dele é uma enzima, não o DNA”, disse.

O composto à base de paládio teve ação na topoisomerase, uma enzima presente em tumores e que participa do processo de replicação do DNA, sendo um alvo potencial para quimioterápicos. “Essa enzima tem altas concentrações em células de câncer porque são células que se reproduzem muito rápido e ela está relacionada com metabolismo celular para replicação das células”, disse.

Já a cisplatina age diretamente no DNA, causando mudanças estruturais nele, impedindo a célula tumoral de copiá-lo. Deflon explicou que são alvos diferentes, mas tanto a cisplatina como o composto de paládio inibem o processo de divisão celular do tumor. 

A partir dessa descoberta, os pesquisadores devem buscar o desenvolvimento de versões ainda mais eficientes do composto para obter uma molécula que possa ser testada em animais com boas chances de sucesso. Depois de testes bem-sucedidos em animais, a molécula pode ser levada para testes clínicos.

“É uma tentativa de desenvolver um fármaco que tenha menos efeitos colaterais que a cisplatina e, nesse caso, ele é mais seletivo tanto para célula que é sensível à cisplatina quanto para célula que é resistente à substância”, acrescentou.

Quem tem um animal de estimação sabe o quanto a companhia, o contato físico e a atenção recíproca fazem bem para a vida. Cada vez mais estudos comprovam os benefícios de atividades e terapias assistidas por animais para promover bem-estar e facilitar tratamentos de saúde.

Por meio do tato e da interação com o humano, geram vantagens físicas, emocionais e aceleram processos de recuperação. Estudos já mostraram resultados da chamada pet terapia em casos de demência, acidente vascular cerebral e em crianças com autismo.

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A técnica deve fazer parte de uma abordagem interdisciplinar, não sendo o único agente transformador. "É um tratamento complementar, e isso não é só com a psicologia, mas também na fisioterapia. Animais dentro de um consultório tendo interação com os pacientes desencadeiam um monte de neurotransmissores e hormônios maravilhosos: endorfina, dopamina, ocitocina", explica a psicóloga Karina Schutz.

Ela é fundadora do Pet Terapeuta, organização de Porto Alegre (RS) que leva animais para casas de permanência de idosos, hospitais e outros espaços onde os bichos podem ser benéficos. Em outubro, a reportagem acompanhou a visita das cadelas Maria e Valentina à casa para idosos Casa Ondina Lobo, na zona sul de São Paulo, em uma ação promovida pela Bayer.

"Alguns idosos são resistentes a fazer exercício, por exemplo. Com o animal, eles deitam, levantam, se movimentam naturalmente. A adesão é mais fácil com o pet", conta Mariana Yamagushi, gerente da Casa Ondina Lobo. "É mais fácil tirar o idoso de dentro do quarto para participar da atividade porque terá um bichinho para ele fazer carinho", complementa Karina.

Um estudo feito em uma casa de repouso em Vila Velha (ES) observou melhor controle dos níveis de pressão arterial dos idosos que tiveram contato com os pets após quatro meses de intervenção. "Quando as pessoas interagem com os animais, falando com eles, acariciando ou manuseando, há diminuição da frequência cardíaca e pressão arterial", dizem os pesquisadores.

"Eu passei a mãozinha nele e já recebi sua energia. O cachorrinho emite uma energia que muita gente não sabe", disse Antônio Tomás, de 104 anos, o mais velho morador da Ondina Lobo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

James Middleton, irmão mais novo de Kate Middleton é muito grato pelo apoio que tem recebido de sua família desde a revelação de sua depressão no início deste ano. O empresário, que recentemente anunciou o noivado com Alizee Thevenet, uma analista financeira francesa, continua muito aberto sobre seus problemas e abriu o jogo sobre a importância dos membros familiares em sua recuperação.

Em entrevista para o The Telegraph, James, que tem 32 anos de idade, afirmou que ele não conseguia fazer nada antes de procurar tratamento.

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"Eu não conseguia dormir, não conseguia ler um livro, ver um filme, comer", declarou ele, completando que também tinha muita dificuldade em falar com a família na época.

"O fato é que, não importa a experiência que alguém possa ter, os membros de sua família são as pessoas mais difíceis [de conversar]... Você também tem uma maneira muito diferente de interagir com sua família do que com seus amigos. Eu sou o filho mais novo, então acho que isso é normal. E eles estão tão sintonizados com você que podem ver o que as outras pessoas não conseguem".

Depois de visitar um hospital psiquiátrico particular para uma consulta, James passou quase um ano em terapia cognitivo-comportamental, às vezes participando de sessões com sua família, incluindo a Duquesa de Cambridge.

"Isso foi muito importante porque os ajudou a me entender e como minha mente estava funcionando. E acho que a maneira como a terapia me ajudou foi que eu não precisava que minha família dissesse: O que podemos fazer?. A única coisa que eles podiam fazer era chegar a algumas sessões de terapia para começar a entender".

James acrescentou que está consciente de que ainda não se livrou de sua depressão, mas que está muito satisfeito por tudo que passou.

"Era um lugar escuro e miserável, mas o fato é que há esperança no final. Exige esforço e energia, mas o outro lado é... A grama pode ser mais verde do que era antes. Para mim, agora, há uma sensação de que posso enfrentar qualquer coisa, da maneira mais agradável possível. Não de uma maneira [combativa]. Porque se eu posso falar sobre minha saúde mental e as coisas pelas quais sou apaixonado e a maneira como realmente me sinto... Bem, então não estou fingindo ser alguém. Esse é quem eu sou".

Um homem que por duas décadas liderou um programa de terapia de conversão baseado na fé, ou a "cura gay", se revelou homossexual. McKrae Game, de 51 anos, integrava o Hope for Wholeness, no norte da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Agora, o ex-líder da "cura gay" está tentando consertar os danos causados na comunidade que atacou durante maior parte de sua vida. 

Ao site Postand Courier, Game revelou que era gay quando recebeu aconselhamento de um terapeuta que garantiu que ele poderia superar as atrações que sentia por outros homens; era gay quando casou com uma mulher e quando milhares de pessoas o procuravam para receber conselhos "baseados na fé em Cristo". 

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Por muitos anos, McKrae tentou matar os seus reais sentimentos afetivos e sua identidade de gênero, como salienta. Só depois de ter sido demitido da clínica de reabilitação que trabalhava em novembro de 2017, que criou coragem para, em junho deste ano, revelar a sua condição sexual publicamente. 

"Como ex-líderes ex-gays, testemunhando o incrível dano causado àqueles que tentaram mudar sua orientação sexual ou identidade de gênero, nos unimos pedindo a proibição da terapia de conversão", afirma Game. Ele diz acreditar que a "terapia de conversão não é apenas uma mentira, mas é muito prejudicial". 

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a ação popular na qual o juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, concedeu liminar que abriu brecha para que psicólogos oferecessem terapia de reversão sexual, conhecida como "cura gay", tratamento proibido pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1999. A decisão de Cármen foi tomada no dia 9 de abril e publicada no Diário de Justiça nesta quarta-feira (24).

Em setembro de 2017, o juiz acolheu um pedido da psicóloga Rozangela Alves Justino. Segundo ela e outros psicólogos que apoiam a prática, a Resolução do Conselho Federal de Psicologia restringia a liberdade científica.

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A Resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia, estabelece que "os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados". A norma aponta que "os psicólogos não exercerão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades".

Em sua decisão, Cármen afirmou que "parece haver usurpação da competência deste Supremo Tribunal prevista na al. a do inciso I do artigo 102 da Constituição da República a justificar a suspensão da tramitação da Ação Popular n. 1011189-79.2017.4.01.3400".

A legislação estabelece que cabe à Corte máxima processar e julgar "a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal".

"Sem prejuízo da reapreciação da matéria no julgamento do mérito, defiro a medida liminar requerida para suspender a tramitação da Ação Popular n. 1011189-79.2017.4.01.3400 e todos os efeitos de atos judiciais nela praticados, mantendo-se íntegra e eficaz a Resolução n. 1 do Conselho Federal de Psicologia", afirmou a ministra.

Relembre o caso

Em ata de audiência no dia 15 de setembro de 2017, o juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho não considerou como inconstitucional a norma do Conselho que proíbe a cura gay, mas disse entender que os profissionais não poderiam se ser censurados por fornecer o atendimento.

Segundo o magistrado, "apenas alguns de seus dispositivos, quando e se mal interpretados, podem levar à equivocada hermenêutica no sentido de se considerar vedado ao psicólogo realizar qualquer estudo ou atendimento relacionados à orientação ou reorientação sexual".

"Digo isso porque a Constituição, por meio dos já citados princípios constitucionais, garante a liberdade científica bem como a plena realização da dignidade da pessoa humana, inclusive sob o aspecto de sua sexualidade, valores esses que não podem ser desrespeitados por um ato normativo infraconstitucional, no caso, uma resolução editada pelo C.F.P.", justificou o juiz.

"A fim de interpretar a citada regra em conformidade com a Constituição, a melhor hermenêutica a ser conferida àquela resolução deve ser aquela no sentido de não provar o psicólogo de estudar ou atender àqueles que, voluntariamente, venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade, sem qualquer forma de censura preconceito ou discriminação. Até porque o tema é complexo e exige aprofundamento científico necessário."

Ao conceder a liminar o magistrado permitiu que os psicólogos autores da ação voltassem a oferecer a terapia de (re) orientação sexual. "O perigo da demora também se faz presente, uma vez que, não obstante o ato impugnado datar da década de 90, os autores encontram-se impedidos de clinicar ou promover estudos científicos acerca da (re) orientação sexual, o que afeta sobremaneira os eventuais interessados nesse tipo de assistência psicológica".

Censura pública

Em 2009, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) havia punido com censura pública a psicóloga carioca Rozangela Alves Justino. Ela oferecia terapia para "curar" a homossexualidade masculina e feminina.

De acordo com o colegiado, ela infringiu resolução do Conselho Federal de Psicologia, de 22 de março de 1999, na qual a entidade afirma que a homossexualidade "não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão".

O Conselho manteve, naquele ano, a punição que tinha sido aplicada à psicóloga pelo Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro. Com a liminar da Justiça, a psicóloga havia obtido parecer favorável para oferecer sua prática.

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O Núcleo de Atendimento ao Educando Especial da UNAMA – Universidade da Amazônia e estudantes do Curso de Terapia Ocupacional da instituição realizaram durante a manhã de quinta-feira (21), no hall de entrada do Campus Alcindo Cacela, em Belém, um evento em homenagem ao Dia Internacional da Síndrome de Down - 21 de março. Segundo a pedagoga Maria do Céu, o evento tem como objetivo mobilizar a universidade e esclarecer sobre a inclusão do deficiente na comunidade.

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“A gente pensou em fazer um evento que desse informação, que leve essa conscientização da importância do reconhecimento dos processos que levem à inclusão”, disse a pedagoga e professora da UNAMA.

O evento contou com dinâmica elaborada pelos alunos de Terapia Ocupacional, que tinha como propósito mostrar o que deve e o que não deve ser dito sobre ou para um portador da deficiência.

“Tem afirmativas que a gente ouve muito, só que essas afirmativas podem ser pejorativas, podem fazer mal para a pessoa com síndrome de Down”, explicou Mylla Tamires, uma das alunas participantes da organização do evento. "Então a gente traz essa dinâmica para fomentar a reflexão”, disse a estudante.

Familiares de portadores da síndrome de Down também estiveram no evento. Socorro Paredes, mãe de jovem com a síndrome, comentou sobre a importância dessa data ser comemorada. “Muitas pessoas desconhecem o que é a síndrome de Down. Participando de palestras, passam a ter conhecimento, pra que a sociedade tenha menos discriminação”, afirmou Socorro.

Margarida Silva, mãe de outro garoto com a doença, também falou sobre o assunto. “A cada evento, projeto que surge é uma vitória para nós famílias com pessoas com síndrome de Down. Não há inclusão, nós estamos procurando isso. E com os eventos a gente procura mostrar pra sociedade que a inclusão é importante, que eles podem fazer o mesmo que outros podem fazer”, concluiu Margarida.

Por Sarah Barbosa.

Neste sábado (2), a Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico, em parceria com a Girassol Terapias Holísticas, promove o workshop “Introdução à Aromaterapia”, ministrado pela aromaterapeuta Concita Baía, idealizadora da Girassol. O evento será das 8 às 18 horas, com intervalo para almoço. As inscrições já estão abertas.

Segundo a terapeuta, o workshop pretende mergulhar durante oito horas no mundo dos aromas, aprender sobre as suas propriedades por meio dos sentidos, explorar o poder dos óleos essenciais abordando desde os conceitos fundamentais da aromaterapia até seus aspectos práticos. Ela explica que  a “terapia do olfato”, como é chamada a técnica, é um tratamento natural que utiliza as propriedades curativas presentes nas moléculas químicas dos óleos essenciais, responsáveis por produzirem o perfume das plantas aromáticas.

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Os óleos essenciais (OE) são substâncias orgânicas e naturais. Voláteis e altamente concentrados, são muito potentes e, apesar de serem chamados de óleos, não são substâncias oleosas. Na aromaterapia, os óleos essenciais são a forma mais concentrada de energia vegetal. Os OE podem ser obtidos através da destilação a vapor d’água de certas partes das plantas, tais como: flores (lavanda francesa e ylang-ylang), frutos (anis estrelado e may chang), folhas (patchouli e manjericão), raízes (vetiver), rizoma (gengibre) e madeira (sândalo, palo santo e cedro Virgínia). Também podem ser obtidos por pressão a frio da casca (frutos cítricos: laranja, limão sicilano, bergamota, mandarina, grapefruit e tangerina. A aromaterapia tem servido como um importante apoio a tratamentos tradicionais de saúde. 

Criada em 1990, a Associação Novo Encanto é uma entidade ambientalista, sem fins lucrativos, qualificada pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) desde 2010. A qualificação de OSCIP é um reconhecimento oficial dado a entidades do terceiro setor que facilita parcerias e convênios com órgãos governamentais e públicos, permitindo que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda. 

Desde 2013, a Novo Encanto está associada e tem status consultivo junto ao Conselho Econômico Social das Nações Unidas (ECOSOC-ONU), um dos seis órgãos principais do Sistema da Organização das Nações Unidas (ONU). No Pará, a Novo Encanto tem atuado nas cidades de Parauapebas, Santarém e Região Metropolitana de Belém (Benevides e Ananindeua), tendo também uma cadeira no Conselho Consultivo do Parque Estadual do Utinga e atuando e diversas ações de educação ambiental.

Concita Baía é socióloga, educadora ambiental, terapeuta holística e aromaterapeuta, capacitada pelo Vishwa Aroma. Dedica-se ao desenvolvimento da aromaterapia desde 2013. É facilitadora de cursos, oficinas e workshops.

Serviço

Workshop de Introdução à Aromaterapia.

Quando: 02 de fevereiro de 2019 – sábado.

Horário: 8h às 12h e 14h às 18h (08 horas de carga horária).

Onde: Espaço Clima Ameno – Travessa Timbó, 259, entre 25 de setembro e Almirante Barroso.

Valor: R$ 100,00 (cem reais).

Inscrições: (91) 99943 0912 – Liliana Ciuffi.

Informações para imprensa: Dani Franco (91) 98425 6171.

Da assessoria do evento.

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Com a proximidade do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado nos dias 4 e 11 de novembro, estudantes de todo o Brasil buscam métodos para controlar a ansiedade antes da prova. Especialistas alertam quanto às maneiras de estabelecer o autocontrole para a aplicação de todo conteúdo estudado no decorrer do ano. Além do preparo emocional, técnicas de relaxamento e respiração são as principais maneiras que trabalhadas por psicólogos com vestibulandos que vão encarar o Exame.    

O psicólogo Cognitivo e Comportamental Marcos Strider ressalta a importância do preparo emocional no dia da prova. Para o especialista, é necessário que o vestibulando trabalhe o a mentalidade positiva para prestar a prova com tranquilidade, aplicando todos os conteúdos estudados no decorrer do ano. “Conteúdo e estudo com mentalidade positiva vão fazer com que você no dia da prova não corra o risco de ter o ‘branco’. O ‘branco’ no dia da prova pode vir no aluno que se preparou, estudou e está nervoso, com ansiedade, medo, com pressão e mentalidade negativa. Então é preciso ter uma mentalidade positiva no dia do Exame”, pontua.

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A psicóloga Olga Miranda destaca que a ansiedade é mais comum em meninas do que em meninos. De acordo com a especialista, as mulheres estão entre aquelas que mais procuram ajuda psicológica quando se trata do problema emocional. As técnicas, segundo a especialista, são trabalhadas mediante a especificidade de cada caso.

“Em cada estudante usa-se uma maneira diferente de se trabalhar. Até porque, existem várias abordagens que são trabalhadas de acordo com a situação de cada um. Normalmente, são utilizadas algumas técnicas de relaxamento e respiração que possam levar o aluno a manter o autocontrole, bem como, técnicas de aterramento, focando no aqui e no agora. Na vida de um adolescente não é simplesmente o fato de ter uma prova que acarreta na ansiedade, outros fatores também contribuem para essa sensação, como a cobrança dos pais por um bom resultado e até mesmo a pressão do próprio aluno que estudou durante um longo tempo e espera obter o resultado desejado, que é a aprovação”, destaca Olga.

A estudante Renata Araújo, de 17 anos, que vai prestar o Enem nos dias 4 e 11 de novembro, afirma que a ansiedade aumenta de acordo com a proximidade do Exame. A aluna do 3º ano do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual Maria José Vasconcelos (ETE) de Bezerros, pretende cursar Enfermagem ou Fisioterapia e diz que a preparação para a prova passa também por um trabalho emocional. “Essa semana que antecede o Enem eu estava bem nervosa, receosa por causa da responsabilidade dessa prova. Para que isso não me afete na hora do Enem, eu fico pensando nas coisas boas que podem acontecer comigo depois do Exame, naquilo tudo que eu desejei ao longo do ano, tento procurar a calma e ter autoconfiança, acreditar em mim, tenho certeza que durante os dos dias de aplicação vou estar focada em tudo aquilo que estudei e com mentalidade positiva em um bom resultado”, afirmou. 

Ainda segundo Olga, o tratamento com alunos que sofrem com a ansiedade antes do período da prova não deve acabar após a realização do Exame. “Não é simplesmente aquela questão, não se resume apenas em uma prova, é preciso fazer um trabalho antes e depois do Exame, porque não acaba ali. Sempre digo aos meus clientes que quando tiverem ansiedade prestem atenção em como o seu corpo reage e em o que você está sentido. Se possível, anote e veja se essas sensações se repetem, se vem por que o período de prova se aproxima ou se aparecem repetidamente”, afirma.

Confira as dicas da terapeuta Cognitivo Comportamental Jéssica Targino para aliviar a tensão antes da prova:

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Belém recebeu, na sexta-feira (24), a primeira etapa de um curso de ThetaHealing, que é uma técnica de meditação guiada desenvolvida pela professora espiritual Vianna Stibal, após ser curada de um câncer terminal.

O ThetaHealing é uma meditação que envolve ciência e espiritualidade para que a pessoa acesse o nível Theta. Segundo os estudos da física quântica, Theta é uma onda de baixa frequência registrada quando as pessoas acordam ou dormem, passando do subconsciente para o consciente ou vice-versa

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Para a terapeuta Egle Martins (36), coach e uma das organizadoras do curso, o ThetaHealing traz excelentes resultados para a vida das pessoas, como a cura de traumas. “Quando as pessoas começam a meditação em theta, elas rompem esses traumas no inconsciente”, explica.

O curso tem três módulos: no DNA Básico, a pessoa vai aprender a utilizar a técnica e como entrar em onda Tetha; no DNA Avançado será ensinado como fazer download de sentimentos novos; o Digging é um estudo avançado sobre as crenças que cada individuo possui.

O evento começou no dia 24 e vai até 2 de setembro, a partir das 18 horas, no edifício Zion Business, localizado na travessa Dom Romualdo de Seixas, 1698, Umarizal. Para mais informações, entre em contato com Egle Martins pelo telefone: (91)991850420 ou acesse aqui.

Por Thiago Maia.

O Reino Unido apresentou, nesta terça-feira (3), um "plano de ação" para acabar com a discriminação da comunidade gay, que inclui uma lei para proibir as terapias para convertê-los em heterossexuais.

O plano se baseia nos dados reunidos em uma pesquisa on-line que recebeu 108.000 respostas da comunidade LGTB.

Na sondagem, 2% disseram terem sido submetidos alguma vez a esse tipo de tentativa de cura, e outros 5% relataram terem recebido essa oferta em algum momento, mas a rejeitaram.

A organização Stonewall, que defende os direitos dos gays, define essas terapias como "qualquer forma de tratamento, ou psicoterapia, que pretende reduzir, ou acabar, com a atração por pessoas do mesmo sexo.

"Essas atividades são um erro, e não estamos dispostos a permitir que continuem", afirma o governo em seu plano.

Cerca de metade dos entrevistados submetidos a uma dessas terapias disse que havia sido dirigida por um grupo religioso; 19%, por um profissional de saúde; e 16%, por um familiar, ou conhecido.

Mais de dois terços dos entrevistados contaram terem evitado andar de mãos dadas com seus parceiros por temor de uma reação adversa.

"Me chocou quantos entrevistados disseram não poder mostrar abertamente sua orientação sexual, ou evitar ir de mãos dadas com seus parceiros por medo", disse a primeira-ministra Theresa May.

"Ninguém deveria ter de esconder quem é, ou quem ama", concluiu.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar a combinação de imunoterapia e quimioterapia para o tratamento do Câncer de Pulmão Não Pequenas Células (CPNPC), que é o tipo mais comum de câncer de pulmão. Corresponde a 85% dos casos. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para este ano é de 30 mil novos diagnósticos no Brasil.

 “Já tínhamos no Brasil a autorização do uso de imunoterapia, mas é a primeira vez que a combinação com quimioterapia é aprovada e isso é motivo para comemorar. Na prática, esperamos que nossos pacientes com câncer de pulmão metastáticos vivam mais tempo com a doença estável ou mesmo que consigamos redução da doença”, explica a oncologista clínica Amanda Gomes, do Centro de Tratamento Oncológico.

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Para a aprovação, foi utilizado como base o estudo Keynote-189, apresentado em maio, durante o encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Chicago (EUA). O ASCO é considerado o maior encontro de oncologistas do mundo e um dos maiores congressos médicos entre todas as especialidades. O tema mais discutido entre os mais de 38 mil oncologistas que participaram dessa 54ª edição foi a imunoterapia.

O trabalho apresentado mostrou os resultados do uso do medicamento pembrolizumabe associado à quimioterapia (pemetrexede e cisplatina ou carboplatina) na primeira linha de tratamento. A combinação reduziu em 51% o risco de progressão da doença ou morte, em comparação com o tratamento convencional, apenas com quimioterapia.

 Esse tipo de tratamento se baseia em medicamentos que estimulam o organismo do paciente a agir contra o câncer, com avanços notáveis. As pesquisas nesse campo cresceram muito. No momento, existem em andamento cerca de 800 estudos de combinação de imunoterapia, o triplo do que tínhamos há dois anos. “A expectativa é que, para esses pacientes, possamos melhorar a sobrevida dos doentes, com um controle prolongado da doença”, conclui a especialista.

Por Dina Santos, especialmente para o LeiaJá.

 

 

 O atendimento humanizado vem sendo nos últimos anos um dos principais enfoques do Sistema Único de Saúde (SUS) na saúde brasileira do país. Dentro dessas diretrizes, o parto humanizado é um processo que vem sendo valorizado por profissionais, em que são muito importantes para o nascimento do bebê a presença de acompanhantes, uso da água e terapias.

Durante o III Congresso Multidisciplinar de Saúde, da Universidade da Amazônia (Unama), realizado no último final de semana do mês de abril, a humanização foi a principal temática abordada. A enfermeira e professora Halessa Pimentel ministrou uma oficina sobre métodos não farmacológicos para o alívio da dor do parto. Em vez de usar remédios, os profissionais usam terapias para aliviar a dor da paciente.

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O parto humanizado costuma ser confundido como um “tipo de parto”, quando na verdade ele é um processo que é formado por detalhes que constroem o parto, mesmo se for por cesariana. “Quando falamos em parto humanizado, as pessoas pensam apenas no parto vaginal, fisiológico, mas o parto humanizado também pode ser um parto cesárea. A gente utiliza a massagem e reforça a presença do acompanhante, que é uma figura muito importante nesse processo”, explicou a enfermeira.

No Brasil, desde 2005, a Lei 11.108 incentiva esse tipo de parto como parte das ações do Ministério da Saúde para a melhora dos atendimentos às gestantes e a humanização dos partos no país. No Estado do Pará, há atualmente 11 hospitais “Amigos da Criança”, que possuem a proposta de promoção ao aleitamento materno e incentivo ao parto humanizado. “As técnicas objetivam ensinar e aprimorar os profissionais a entender um pouco dos métodos que a gente pode usar durante o trabalho de parto que não sejam invasivos. Isso qualifica o profissional para uma assistência melhor e humanizada. Então a gente vai estar abordando a utilização da bola suíça para fazer os movimentos, massagens, musicoterapias, cromoterapia”, afirmou Halessa.

No meio da correria do mundo moderno, parar por um tempo e entrar em contato com a natureza, em um espaço verde, traz vários benefícios para a mente e o corpo. Isso é o que a oficina de Horta Terapêutica, que ocorrerá neste sábado (27), organizada pelo instituto Alachaster, vai proporcionar: uma oportunidade de dar uma pausa para relaxar e se conectar aos elementos da terra.

A relação entre os seres humanos e as hortas caseiras é real. Do início da civilização às novas gerações, as hortas fascinam por vários motivos: beleza, possibilidade de cultivar seus próprios alimentos, frescor, saúde etc. Porém, com o crescimento das cidades, essa tradição, muitas vezes passada por gerações, se perdeu.

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Luciene Aviz, professora da oficina, explica os benefícios de ter um espaço verde em casa e a importância de ter um ponto onde descansar a mente e criar uma rotina saudável durante o dia. “O contato com a horta ou com o espaço verde em casa ajuda a pessoa ter um ponto onde focar, refletir e ali criar uma rotina, fora os benefícios para a sua alimentação, pois ajuda a consumir menos agrotóxico. Independente do local, a horta se adequa com facilidade, pode ser casa ou apartamento dá para cultivar hortaliças”, afirma a professora.

Soraya Costa, administradora do Instituto Alachaster, explica a importância da oficina e para quem a participação é indicada. “Bom, o objetivo da oficina é mostrar os benefícios que essa atividade de cultivo pode proporcionar, como relaxamento, contato maior com o meio ambiente, o despertar da consciência e também o exercício físico de leve impacto. A oficina é aberta ao público pra qualquer faixa etária a partir dos 12 anos”, afirma Soraya.

O Instituto é formado por empreendedores que atuam em diversas áreas da sociedade, com o objetivo de promover a conscientização e a educação ambiental através de hortas urbanas para uma nova cultura de alimentação e vida saudável. São missões do grupo, também, trabalhar para desenvolver a autonomia do indivíduo e apoiar o surgimento de um novo modelo econômico justo, através de ações colaborativas.

Serviço

Data: 27 de janeiro

Horário: 9h às 11h

Local: Empório Orgânico

Tv. Dom Romualdo Coelho, 991, 66055190 Belém. 

Valor: R$60,00

Por Maria Clara Silva.

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“Foi fantástico. Quando eu cheguei aqui estava sentindo muitas dores na parte posterior da minha coxa e na panturrilha, não conseguia sentar e nem levantar direito. Ao fazer a terapia, quando eu me levantei já senti que não estava igual, eu estava bem melhor.” O relato é do advogado Flávio Henrique, que após um longo período de fisioterapia para a reabilitação do joelho experimentou a auriculoterapia como forma de tratamento. A auriculoterapia é uma técnica desenvolvida pelos chineses na antiguidade e difundida pelos franceses a partir da década de 1950 em que profissionais fazem diagnósticos e tratamentos com o uso de agulhas e sementes na orelha.

Após machucar o joelho em uma partida de futebol, o advogado Flávio Henrique recorreu à Clínica de Fisioterapia da Universidade da Amazônia (Unama), em Belém, para o tratamento da lesão. Mesmo com toda a atenção fisioterápica, Flávio ainda sentia muitas dores ao fazer atividades diárias, como uma simples caminhada. Ao relatar a situação para uma das fisioterapeutas da clínica, Flávio passou a utilizar a auriculoterapia como terapia auxiliar. “A 'aurícolo' me ajudou muito a não sentir tantas dores na hora dos movimentos, de eu andar em casa, ou fazer minhas atividades. Eu nunca tinha feito nenhum tipo de terapia assim e agora eu recomendo”, disse Flávio.

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A fisioterapeuta Ayda Ajisaki é responsável pelo tratamento na Clínica. Ela disse que estuda a auriculoterapia há cinco anos e consegue elevar o nível de eficácia do tratamento. “A gente consegue conciliar as avaliações físicas do paciente com o que a gente consegue descobrir e ver na orelha. Muitas vezes o paciente esquece de relatar algo que para ele seja irrelevante, e a gente consegue trazer isso de volta. Podemos, sim, tratar um paciente unicamente pela orelha, mas a terapia é apenas um recurso entre vários outros”, explicou a fisioterapeuta.

A técnica é realizada com agulhas de pequeno porte, sementes de mostarda preta ou branca e sementes de vacaria, tornando assim a terapia de baixo custo. As sementes ou agulhas estimulam pontos específicos para tratar patologias que podem ser identificadas em uma pré-análise auricular. “A orelha é um microssistema, a gente tem a representação do corpo humano nela. Então podemos identificar patologias existentes ou que já foram sanadas no corpo, marcas e cicatrizes que podem dar esses indícios”, explica a fisioterapeuta Ayda.

A aplicação da técnica dura de 10 a 20 minutos. Após o tratamento, o paciente permanece com as sementes na orelha por cinco dias para um estímulo regular. “Os resultados são como mágica, como muitos pacientes relatam. O tempo de aplicabilidade é muito rápido, de 10 a 20 minutos, e as repostas são muitos rápidas. O estimular da semente em casa, que pode ser feito facilmente, permite que o tratamento seja muito mais favorável”, afirma a fisioterapeuta.

Ananda de Brito, do 7º semestre de Fisioterapia da Unama, descobriu a técnica durante o estágio na Clínica de Fisioterapia da universidade. “Eu já tinha visto vários colegas meus andando com essa semente na orelha, eu já sabia que era sobre o aurículo, mas eu ainda não tinha tido um contato mais direto. Quando eu fiz o estágio no semestre passado aqui na clínica foi quando eu tive esse contato maior. Eu lembro que eu fiz e estava com uma dor de cabeça horrível e passou na hora”, revelou a estudante.

Após o termino do estágio, Ananda pediu para voltar à clínica para ter uma experiência ainda maior com a prática. "Mesmo que o estágio tenha acabado, eu pedi para vir mais alguns dias aqui pra ter uma prática maior sobre a técnica. Ter esse contato com o paciente pode complementar no tratamento. A técnica não é cara, e com a auriculoterapia o paciente pode ter esse estímulo em casa”, afirmou Ananda. Veja vídeo abaixo.

Por Ariela Motizuki.

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A psicóloga Rozângela Alves Justino, uma das autoras de ação que pedia a suspensão de norma do Conselho Federal de Psicologia que proíbe o tratamento da homossexualidade como doença, embasou sua defesa em processo no qual foi censurada pelo colegiado por oferecer a "reversão sexual" em trechos da bíblia.

O jornal O Estado de S. Paulo obteve acesso aos autos do processo de primeira instância, no Conselho Regional do Rio de Janeiro, que correram sob sigilo e culminaram com uma primeira punição, em 2007.

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A profissional, ao lado de outros apoiadores da chamada terapia de reversão sexual, obteve liminar favorável ao tratamento. O juiz federal da 14ª Vara de Brasília Waldemar Cláudio de Carvalho acolheu parcialmente a ação dos autores e proibiu que o Conselho Federal de Psicologia "censure" a terapia de reversão sexual.

Rozângela foi censurada em 2009 pelo Conselho Federal de Psicologia por oferecer terapia para curar homossexualidade masculina e feminina.

Presbiteriana e dona de uma entidade descrita como associação de "apoio ao ser humano constituída segundo os princípios cristãos", ela foi punida pelo colegiado após representação de duas pessoas no Conselho regional de Psicologia do Rio. Atualmente, ela é assessora parlamentar do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), da bancada evangélica.

A psicóloga moveu ação para suspender a Resolução de 1999 do Conselho Federal de Psicologia, que prevê que "os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados". Ela foi punida em 2009 justamente com base nesta norma.

Um dos autores do processo, Eugênio Ibiapino, funcionário público e um dos fundadores do movimento LBGT da baixada fluminense, afirma que descobriu a atuação de Rozângela pelas entrevistas que concedia à imprensa.

"Decidi que teria que fazer alguma coisa. Já naquela época eu percebia que existia o perigo de essa proposta ter muito apoio da sociedade e da mídia e aumentar muito a discriminação. Aquelas declarações consolidavam uma cultura de extermínio da comunidade gay que já era forte. Por isso, eu denunciei. Havia um perigo da ideologia dela (Rozangela) propagar aquilo na TV e nos jornais. O apoio seria muito grande de setores homofóbicos da sociedade. Por isso, entrei com processo no conselho federal de psicologia", disse.

Em meio ao processo, Rozângela afirmou que "independente do que diz ou não certos estudos e pesquisas pessoas tem deixado a homossexualidade há séculos". Ela ainda argumentou que "as primeiras citações de pessoas que deixaram a homossexualidade encontram-se registradas na bíblia, na Carta do apóstolo Paulo, em Cor 6.9-11: "Ou não sabeis que os injustos não herdaram o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus".

Consta nos autos que ela "continua sua argumentação dizendo que os primeiros a descobrirem que pessoas poderiam deixar a homossexualidade foram os cristãos, numa época em que a ciência psicológica não existia". Diz, ainda, que os "ativistas gay" declaram que "a OMS não mais considera a homossexualidade como doença", mas, segundo ela, este parece ser "um entendimento parcial da OMS".

José Novaes, um dos conselheiros e relator do caso, afirmou, ao proferir seu voto, que "não há como negar que, fundamentada em sua confissão religiosa, a psicóloga representada considera a homossexualidade uma anormalidade que precisa ser 'reparada' - curada - através de processo terapêutico, pela "terapia reparativa ou de conversão".

"A própria análise etimológica dos termos: 'reparação' e 'conversão' o revela: repara-se (conserta-se) algo que está quebrado, escangalhado, que precisa de reparo para funcionar corretamente; quando a 'conversão' são bem claras as conotações religiosas do termo - a 'conversão dos infieis' é o melhor exemplo", anotou.

Defesa

Rozângela Alves Justino divulgou nota sobre o caso, reproduzida a seguir:

"Nota de esclarecimento à população brasileira sobre a liminar deferida em favor da ação popular que requer a suspensão e anulação da resolução 001/1999, do CFP. Brasília (DF), 20 de setembro de 2017.

Os psicólogos, autores da Ação Popular n. 1011189-79.2017.4.01.3400 TRF1-DF, vêm a público esclarecer que têm por objetivo suspender e anular a Resolução 001/1999, do Conselho Federal de Psicologia, a qual estabeleceu normas de atuação para os psicólogos em relação à Orientação Sexual, por ela ferir o patrimônio público, a liberdade científica, o livre exercício da profissão e do direito do consumidor.

O Juiz de Direito Federal, Dr. Waldemar Claudio de Carvalho, concedeu, parcialmente, a solicitação do grupo de psicólogos, para que o CFP não impeça e não puna os profissionais que atenderem pacientes em sofrimentos por orientação sexual egodistônica, uma vez que a referida resolução afronta dispositivos constitucionais, causando prejuízos aos direitos individuais e coletivos, em razão do freio que ela impôs ao desenvolvimento científico, por ser este um patrimônio público, protegido pelo Estado.

O advogado do grupo de psicólogos, Leonardo Loiola Cavalcanti, já peticionou junto à OAB Nacional e do Distrito Federal para que venham intervir, no sentido de que essa instituição cumpra a sua missão institucional (art. 44, Lei 8.906/1994), para resguardar a liberdade científica, o livre exercício da profissão, o direito do consumidor e a preservação do patrimônio público.

Medidas judiciais serão tomadas quanto à disseminação de informações distorcidas, contrárias aos intentos dos profissionais que moveram tal ação e ao que está contida na liminar do magistrado da 14ª Vara Federal, diante da descontextualização do que foi requerido e deferido. Também serão tomadas medidas judiciais no que diz respeito à ofensa a moral e a dignidade dos autores da ação popular."

A cadelinha da raça Shih-Tzu Milli passeia abanando o rabo entre os corredores do Hospital de Apoio (HAB), na Asa Norte, em Brasília. Com banho tomado e lacinhos nas orelhinhas, está pronta para proporcionar um momento de carinho e distração aos pacientes atendidos na unidade.

Quando ela passa, a mudança no clima hospitalar é evidente: funcionários e pacientes são todos sorrisos e querem brincar com Milli. A cadela de três anos foi a primeira voluntária do projeto Pet Amigo, iniciativa que promove visitas quinzenais e ajuda na recuperação de pacientes com câncer em estágio avançado e em recuperação de sequelas de acidentes.

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Uma das primeiras pacientes a ser visitada pela cachorrinha é Andreia Cristina, de 33 anos. Ela está internada há cinco meses no HAB. Há cerca de quatro anos, Andreia faz tratamento contra o câncer. “Já tirei o útero, ovário, trompas, intestino e outros órgãos. A vida segue. Me deram apenas até julho para viver, mas ainda tô aqui. Quem sabe fico até julho do ano que vem”, profetiza. Seu rosto se ilumina com a presença de Milli e outros cachorrinhos em sua maca.

Desde de 2016, os pacientes do HAB têm recebido a visita de cachorros de estimação como forma de terapia. A iniciativa foi ideia de uma veterinária, que já era voluntária no hospital e é a atual presidente da organização não governamenal (ONG) Pet Amigo, Nayara Brea. O projeto conta com 27 voluntários e 15 cães.

Andreia, que sempre gostou de animais e tinha cachorros antes de adoecer, acredita que esse tipo de terapia faz bem para o seu tratamento. “Por eu amar, por eu ter um, a visita deles e o carinho é muito bom. Durante o momento que eles estão aqui, a gente nem lembra do problema pelo qual a gente está passando, depois a gente sabe que volta, mas aquele momento com eles é sagrado”, conta emocionada.

Para a dona da cadela Milli, a assistente social Márcia Brea, a visita faz com que os pacientes evoquem memórias felizes do contato com animais. “Há uma transferência de afeto natural do cachorro. Ele não cobra, ele não julga, então ele não pergunta da doença”, explica.

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Pet Terapia

O membro do Conselho Nacional de Medicina Veterinária (CNMV) Nordman Wall conta que um dos focos da medicina veterinária é justamente trabalhar a saúde do animal na relação com o ser humano. A premissa se enquadra dentro do conceito de saúde única, defendido pelo conselho, que fundamentou o novo Código de Ética do Médico Veterinário publicado em setembro, mês em que se comemora o Dia do Médico Veterinário.

“Eu acho que essa é a maior missão que o médico veterinário tem: preservar essa boa relação entre o homem, o animal e o meio ambiente”, diz Wall.

Segundo o conselheiro, o veterinário não atua apenas para tratar doenças físicas do animal, mas preconiza também seu bem-estar psicológico, que sofre influência da relação com o ser humano. “Temos hoje diversos trabalhos apresentados sobre uma maior qualidade de vida quando você tem um animal dentro de casa, em doenças como o Alzheimer ou limitantes como paralisia cerebral”, destaca Wall.

Esse tipo de tratamento é conhecido como Terapia Assistida por Animais (TAA), ou pet terapia. Além de cães, outros animais como coelhos, tartarugas e até répteis também podem participar. “Esse projeto usa cachorros, mas existem projetos com outros animais para a melhora clínica de patologias humanas, a gente chama isso de zooterapia. Eu acredito que esse tipo de interação melhora patologias do animal também”, declara uma das veterinárias do projeto, Marcela Oliveira Marques.

De acordo Marcela, a interação dos cães com o ser humano é uma troca de energia mútua e por isso a terapia pode ser benéfica também para os animais. “Os cães aprendem a conviver, ficar mais calmos e a controlar a ansiedade. São animais que se tornam mais dóceis em casa”, explica. Para ela, todos ganham com esse tipo de ação, até os veterinários. “A gente acaba trocando essa energia fora do comum e sai com uma energia renovada”, completa.

Cão voluntário

Marcela explica que os cachorros precisam passar por alguns testes antes de se tornarem voluntários. A intenção é comprovar quesitos de saúde e de comportamento. Na lista estão pontos como: os animais devem ser sociáveis e gostar mais de gente do que de outros animais, já que as visitas são feitas em grupo (com outros cachorros); estar em dia com a vacinação e devidamente vermifugado, exigência dos hospitais e controle de zoonoses; usar coleira contra a leischmaniose; atender a alguns comandos básicos de adestramento, como senta, deita e fica; e tomar banho 24 horas antes da visita. Além disso, os donos também precisam assumir o compromisso de adestrá-los e acompanhá-los nas visitas.

Para Maria Cristina Scandiuzzi, diretora de Atenção à Saúde do HAB, os cachorros trazem alegria para os pacientes e para os funcionários. Ela explica que, na área de cuidados paliativos oncológicos, onde as pessoas estão vivendo seus últimos dias de vida, muitos enfrentam dores fortes e outros sintomas comuns ao paciente terminal. “A gente percebe que o cachorro é um facilitador da comunicação da equipe de saúde com o paciente, muitas vezes eles [os pacientes] não se abrem diante do sofrimento e da dor”, diz.

Segundo Cristina, a visita do animal é benéfica em diversas situações, além de evocar a memória afetiva. “Para os pacientes que têm grandes incapacidades, que estão em reabilitação, também tem a questão do movimento que o cachorro traz. Além da alegria, principalmente para o público mais jovem que vem de situação de vulnerabilidade social”, declara Cristina Scandiuzzi.

Outra médica veterinária que integra o projeto é Vanessa Viegas. Ela conta que existem estudos nacionais e internacionais que demonstram os benefícios do contato do cão ou de qualquer outro animal com a pessoa hospitalizada ou em asilo. “A gente tem tanto benefícios físicos imediatos – como uma baixa da frequência cardíaca e pressão arterial –, como emocionais e psicológicos. A pessoa diminui o estresse, aumenta a formação de vínculo e de confiança”, explica.

Vanessa explica que a literatura sobre terapia com animais recomenda visitas de aproximadamente uma hora e meia, com descanso a cada 40 minutos para evitar que ele se estresse.

Equoterapia

Ainda com relação à terapia com animais, a fisioterapeuta Alessandra Prieto, da Associação Nacional de Equoterapia (Ande), explica que na terapia com cavalos, os animais são usados como agente para ganhos motores, emocionais, psicológicos e comportamentais. “A gente usa aqui o termo praticantes e não pacientes. A grande maioria dos casos que atendemos aqui são os transtornos do espectro autista e os indivíduos com paralisia cerebral, mas também temos síndrome de Down, dislexia e outros”, explica.

Alessandra conta que, assim como ocorre com os cachorros, os cavalos que participam da equoterapia também se beneficiam. “Falando de transtornos como o autismo, por exemplo, a gente observa praticantes que não se vinculam com o mediador, às vezes nem com o familiar, mas a gente observa uma grande entrega ao cavalo. E isso também beneficia o animal. O cavalo te aceita do jeito que você é, independentemente de você ser marginalizado pela sociedade”, declara.

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