Chega ao terceiro dia a ocupação da Reitoria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizada no bairro da Cidade Universitária, no Recife, realizada por estudantes que exigem a homologação imediata do novo estatuto da instituição. Neste domingo (4), os ocupantes seguem acampados em frente ao local para continuar a pressão sobre o reitor Anísio Brasileiro.
Na manhã de sábado (4), um mandado de reintegração de posse foi expedido pela Justiça Federal. Até então, a Polícia Militar não foi ao local e os universitários garantem que não recuarão. Entre as reivindicações previstas pelo estatuto estão medidas para coibir a falta de segurança no campus e arredores. Os ocupantes, através de rede social, pedem a doação de suplementos como água e comida, para permanecerem no local.
##RECOMENDA##A reitoria da UFPE ainda não se posicionou sobre o assunto neste domingo, mas na noite deste sábado (3) emitiu mais uma nota oficial em relação à ocupação. Confira na íntegra:
Nota oficial sobre a ocupação da Reitoria da UFPE
Sobre a continuidade da ocupação da Reitoria, a UFPE vem a público afirmar que, na tarde deste sábado, dia 3 de outubro, e pela terceira vez consecutiva, a Administração Central procurou estabelecer negociações com as pessoas que estão ocupando o prédio. Infelizmente, como nas tentativas anteriores, os ocupantes afirmaram que não desejam dialogar.
Os manifestantes criaram um clima de instabilidade e de ameaça ao patrimônio público. Eles permanecem no local contrariando a ordem de reintegração de posse definida pela Justiça Federal na sexta-feira, 2 de outubro.
O grupo que ocupa o prédio da Reitoria alega que a proposta do novo Estatuto da UFPE deveria ser aprovada sem discussão por parte do Conselho Universitário, na forma como ficou estabelecido desde o início do processo.
O processo Estatuinte prevê explicitamente que o documento deve ser apreciado pelo Conselho Universitário e cabe ao reitor encaminhar o documento para sua apreciação.
Diante desses fatos, a Administração Central da UFPE vem a público assegurar o papel institucional do Conselho Universitário. Insiste também que o novo Estatuto deve, necessariamente, respeitar o quadro legal e constitucional do Brasil.
Finalmente, é preciso realçar a permanente disposição de diálogo da gestão da UFPE com todos os segmentos da comunidade acadêmica.