Tópicos | ameaça

A Polícia Federal intimou o ex-candidato a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL-SP), para prestar depoimento em um inquérito aberto, no qual ele está sendo investigado com base na Lei de Segurança Nacional. O motivo foi uma publicação feita no Twitter, em 2020, e já excluída da rede social. Boulos havia feito uma analogia entre o presidente Jair Bolsonaro e o rei francês Luís XIV, guilhotinado durante a Revolução Francesa. A mensagem veio em razão da declaração de Bolsonaro “Eu sou a Constituição”.

No microblog, Boulos escreveu: "’O Estado sou eu’ (Luís XIV, rei absolutista no século 17). ‘Eu sou a Constituição’ (Jair Bolsonaro, hoje de manhã). Entendeu onde ele quer levar o Brasil?”, e em seguida “um lembrete para Bolsonaro: a dinastia de Luís XIV terminou na guilhotina”, o que teria sido entendido pelas autoridades como uma ameaça.

##RECOMENDA##

Ele terá que se apresentar na superintendência da PF em São Paulo no dia 29, às 16 horas. Nas redes sociais, Guilherme Boulos diz ter tomado ciência da intimação nesta quarta-feira (21) e, mais uma vez, diz estar sendo perseguido por Bolsonaro, opositor direta e ideologicamente.

“Fui intimado pela PF na Lei de Segurança Nacional por um tuíte sobre Bolsonaro. A perseguição deste governo não tem limites. Não vão nos intimidar!”, tuitou o psolista.

No mês passado, uma situação parecida foi formalizada com o youtuber e empresário Felipe Neto, intimado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro a depor em uma investigação de "crime contra a segurança nacional", após chamar o presidente de “genocida”. A investigação foi interrompida, com a conclusão de que a intimação foi feita sob mal uso da LSN.

Um médico de 47 anos foi preso suspeito de chamar a cozinheira de um hotel de "vagabunda, macaca, preta e gorda" em Rondonópolis-MT na terça-feira (13). O nome do médico não foi divulgado pela polícia. 

A equipe do hotel informou aos policiais militares que o hóspede ofendeu a cozinheira com palavras preconceituosas. Em seguida, ele quebrou garrafas de cerveja, entrou no quarto de outro hóspede e se recusou a sair. O médico ainda teria xingado uma hóspede e oferecido dinheiro a outra funcionária para manter relações sexuais com ele.

##RECOMENDA##

Ao ser detido, o acusado também ofendeu os policiais. Em tom de ameaça, ele disse que era casado com uma juíza. Foi necessário o uso de algemas devido à resistência. 

Testemunhas contaram que o médico já apresentava comportamento ofensivo há dias. Ele deve prestar depoimento nesta quarta-feira (14).

Equipes do 17º Batalhão da Polícia Militar (BPM), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para conter um policial militar que, segundo a PM, estava de posse de arma de fogo "em um momento de surto psicológico" dentro de um estabelecimento comercial. O caso ocorreu em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR), na tarde deste sábado (10).

A Avenida A, onde fica o estabelecimento comercial, foi interditada durante a ocorrência. A grande quantidade de viaturas atraiu muitos curiosos, que acompanharam a ocorrência. Segundo os bombeiros, o caso foi classificado como "ameaça".

##RECOMENDA##

Após negociações, o policial se entregou. "A ação exitosa resultou na entrega da arma de fogo e munições por parte do policial militar envolvido. Ele foi conduzido para o Hospital da Polícia Militar para receber os cuidados médicos necessários", disse a PM em nota. Ninguém ficou ferido.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou uma carta, nesta quarta-feira (7), data em que se celebra o Dia Mundial da Saúde. No texto, o petista diz que não há o que comemorar quando uma “pandemia sem controle” já matou quase 3 milhões de pessoas no mundo e sugere uma governança global contra a Covid-19.

##RECOMENDA##

Além disso, Lula pontua que o Brasil é considerado uma ameaça ao resto do mundo por conta da doença e culpa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por “fazer pouco caso”.

“Hoje, Dia Mundial da Saúde, é dia de luta contra o genocídio. Contra o negacionismo de um governo que trata a maior crise sanitária da nossa história como uma gripezinha, e que diz ‘E daí?’ para os nossos mortos. O mesmo governo que, ainda em 2020, no início da pandemia, deixou de contratar até 700 milhões de doses de vacina que lhe foram oferecidas. Uma irresponsabilidade criminosa que já custou e seguirá custando vidas e mais vidas”, escreve o petista.

Lula destaca também que saúde não é um bem de luxo e ponderaa necessidade de união global. “Nas duas batalhas urgentes do nosso tempo, contra a fome e contra o Covid-19, o mundo precisa de união e de urgência. Os governantes do mundo precisam trabalhar juntos para estender a todos as vacinas que os cientistas desenvolveram... Não podemos cogitar viver em um mundo onde parte do planeta esteja vacinada e parte abandonada e isolada para ser um campo livre para mutações do vírus”, frisa o ex-presidente.

Veja a carta na íntegra:

Carta do ex-presidente Lula pelo Dia Mundial da Saúde

Hoje é o dia Mundial da Saúde mais triste da história do Brasil, com o país como epicentro da pandemia mundial de covid19. O que eu mais queria é que este fosse um dia de celebração. Um dia em que cada brasileiro e cada brasileira pudesse comemorar a conquista do direito à saúde e, portanto, à vida.

Não há o que se comemorar, quando uma pandemia sem controle já matou quase 3 milhões de pessoas ao redor do mundo, 330 mil delas só no Brasil. E continua matando.

Infelizmente, nosso país é considerado hoje uma ameaça global, pela circulação descontrolada do vírus e o surgimento de novas mutações. É preciso que se diga que essa ameaça ao planeta tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro, um presidente da República que nega sistematicamente a ciência e que faz pouco caso do sofrimento do povo que jurou defender.

Hoje no Brasil, profissionais da área da saúde têm que lutar ao mesmo tempo contra um vírus mortal e contra o descaso do governo, que deixa faltar desde equipamentos de proteção individual, como as máscaras, até medicamentos para intubação e oxigênio.

Ao mesmo tempo, os principais instrumentos de combate ao vírus – a vacinação em massa, o distanciamento social e o uso de máscaras – são criminosamente boicotados pelo governo.

Por isso, hoje é também um dia de luto. Dia de compartilhar a dor de milhões de brasileiros e brasileiras que perderam mães, pais, filhos, filhas, amigos, amores. Dia de voltarmos nossos corações e nossas orações para todas as pessoas que neste exato momento lutam pela vida nas UTIs ou mesmo nos corredores dos hospitais superlotados, porque não foram vacinadas a tempo.

Hoje, mais do que nunca, é dia de renovarmos a luta em defesa do Sistema Único de Saúde, o nosso SUS, vítima de ataques criminosos por parte desse governo que, em plena pandemia, quer retirar nada menos que R$ 35 bilhões do seu orçamento para 2021.

Hoje é dia de lembrar que o Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que possui um sistema de saúde público, gratuito e universal. E que o SUS é fruto da luta do povo, das mobilizações intensas do movimento sanitário brasileiro, e é construído diariamente por seus milhões de trabalhadores.

Sem o SUS, sem seus profissionais de saúde, sem os demais profissionais que dão suporte à vida, como as equipes da limpeza, segurança e transporte, sem o SAMU, sem as UPAS 24h, sem a Fiocruz, sem o Instituto Butantan, nossa tragédia humanitária teria proporções ainda mais devastadoras.

Hoje, Dia Mundial da Saúde, é dia de luta contra o genocídio. Contra o negacionismo de um governo que trata a maior crise sanitária da nossa história como uma gripezinha, e que diz “E daí?” para os nossos mortos.

O mesmo governo que, ainda em 2020, no início da pandemia, deixou de contratar até 700 milhões de doses de vacina que lhe foram oferecidas. Uma irresponsabilidade criminosa que já custou e seguirá custando vidas e mais vidas.

O Brasil tinha um Programa Nacional de Imunizações reconhecido em todo o mundo. No meu governo, fomos capazes de vacinar 80 milhões de pessoas contra a gripe H1N1 em apenas três meses.

Bolsonaro, ao contrário, já em seu primeiro ano do governo, descumpriu a meta de vacinação das nossas crianças pela primeira vez neste século. E só agora, depois de milhares de brasileiros mortos e da intensa pressão de governadores, prefeitos e da sociedade em geral, aceitou vacinar nosso povo, ainda assim numa lentidão que custa 4 mil vidas a cada dia.

Sob esse atual governo, o Brasil abandonou seu histórico posicionamento, junto a outros países emergentes, de lutar contra o monopólio dos produtos essenciais à garantia da vida.

Numa decisão indefensável e irresponsável, o governo Bolsonaro se posicionou contra a quebra das patentes das vacinas, que contribuiria de forma significativa para o enfrentamento à Covid-19.

Em vez de defender os imunizantes como um bem público para a humanidade, esse governo defende a comercialização privada das vacinas e sua concentração em poucas empresas e países.

Se mantivéssemos nosso posicionamento histórico, mais empresas públicas e privadas poderiam contribuir com a cadeia de produção de vacinas. E como consequência, mais pessoas estariam imunizadas, milhares de vidas seriam salvas e a recuperação econômica estaria mais próxima.

Saúde não é um bem de luxo. A vida não é um produto supérfluo, disponível apenas para quem pode pagar por ela.

Por isso, hoje é o dia de reafirmarmos nosso compromisso em defesa da vida. Num país de 14,3 milhões de desempregados e 19 milhões de famintos, defender a vida é também garantir apoio financeiro e segurança aos pequenos e médios empresários, e pagar o auxílio emergencial de R$ 600, que permita às pessoas ficarem em casa, em vez de se aglomerarem no transporte público superlotado, feito gado a caminho do matadouro.

Hoje é dia de dizer em alto e bom som que todo ser humano tem o direito de viver, de ter o que comer, de ter um emprego digno, de viver num mundo mais justo.

Por isso, este Dia Mundial da Saúde é também um dia de luta contra a ganância. É inaceitável que 76% das vacinas aplicadas até agora no mundo estejam concentradas em apenas 10 países, enquanto milhões de seres humanos morrem pelo planeta afora.

Desde o início da pandemia, a falta de solidariedade internacional e a ausência de medidas fortes e coordenadas dos governos acentuaram a desigualdade.

Tenho sugerido aos líderes mundiais a convocação de uma reunião de emergência do G-20, com o objetivo de encontrar mecanismos para que as vacinas estejam ao alcance de toda a humanidade.

Nas duas batalhas urgentes do nosso tempo, contra a fome e contra o covid19, o mundo precisa de união e de urgência.

Os governantes do mundo precisam trabalhar juntos para estender a todos as vacinas que os cientistas desenvolveram. As Nações Unidas, o G-20, as instituições multilaterais precisam trabalhar juntas contra o coronavírus. Não há saída individual possível para cada país.

Não podemos cogitar viver em um mundo onde parte do planeta esteja vacinada e parte abandonada e isolada para ser um campo livre para mutações do vírus. O epicentro da pandemia não pode ser ontem a Europa, hoje o Brasil, amanhã a África, com novas variantes reiniciando o ciclo de morte e tristeza pelo mundo.

Igrejas, sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais precisam olhar além das suas fronteiras para o fato que compartilhamos um planeta comum, somos a mesma espécie e hoje enfrentamos a mesma ameaça.

Se fisicamente nunca precisamos estar tão isolados, nesse Dia Mundial da Saúde quero lembrar que nunca precisamos estar, na política e na solidariedade, tão juntos quanto hoje, para superarmos o desafio da covid19, e para toda a humanidade ter direito à saúde e a uma vida plena.

Luiz Inácio Lula da Silva
7 de abril de 2021, São Bernardo do Campo

 

Um homem de 43 anos foi preso pela Polícia Militar por suspeita de ameaçar outras pessoas com arma de fogo, no último domingo (4), em Tamandaré, no litoral Sul de Pernambuco. A confusão começou depois que o carro em que o suspeito estava colidiu com uma motoneta.

De acordo com a Polícia Militar, acionada para uma ocorrência na avenida José Bezerra Sobrinho, no momento da abordagem, o filho de 14 anos do suspeito estava dirigindo o veículo. No local do acidente, um homem relatou que ele e a esposa, que trafegavam em uma motoneta, foram atingidos pelo carro do suspeito.

##RECOMENDA##

Segundo o motociclista, logo após o ocorrido, o homem saiu do veículo com uma arma de fogo em punho. Os policiais iniciaram as buscas pelo carro, localizado na saída de Tamandaré. No porta-luvas, encontraram uma pistola calibre 9 milímetros e 12 munições.

O suspeito e suas armas foram encaminhados para a Delegacia de Plantão de Tamandaré. Segundo a Polícia Civil, o homem foi autuado pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal e ameaça.

A Polícia do Capitólio divulgou a identidade do policial morto após incidente no Capitólio, em Washington, na tarde desta sexta-feira (2). Segundo comunicado, o agente se chamava William Evans e era conhecido pelo apelido Billy. Ele estava na corporação há 18 anos, desde 7 de março de 2003. "Por favor, mantenham o policial Billy e sua família em suas orações e pensamentos", pediu a chefe interina da polícia, Yogananda Pittman.

Evans patrulhava a região por volta das 14h (horário de Brasília), quando um homem em um sedam azul invadiu a área cercada e atropelou o agente e um colega. O suspeito foi baleado e também morreu depois de sair do carro carregando uma faca.

##RECOMENDA##

De acordo com vários veículos da imprensa americana, o homem se chamava Noah Green, tinha 25 anos e era de Indiana, mas sua identidade não foi confirmada pelas autoridades de segurança.

Heroísmo

A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, afirmou, em comunicado, que o Congresso está preparado para ajudar autoridades de segurança nas investigações sobre o incidente no Capitólio, em Washington, nesta tarde, que acarretou na morte do policial Willians Evans.

Na nota, a deputada chamou o agente de "mártir da nossa democracia" e expressou gratidão pelo trabalho da polícia. "Hoje, mais uma vez, esses heróis arriscaram suas vidas para proteger o nosso Capitólio e nosso país, com a mesmo altruísmo visto em 6 de janeiro", destacou, em referência à invasão da sede do legislativo americano durante sessão que certificou a vitória de Joe Biden nas eleições de 2020.

Pelosi pediu para que nunca se esqueça do "heroísmo" daqueles que trabalharam para defender a democracia. "Que sirva de conforto para a família do policial Evans que o fato de tantas pessoas estarem de luto com eles e por eles neste triste momento", concluiu.

A Polícia do Capitólio (USCP, na sigla em inglês), em Washington, informou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (2) que um dos policiais envolvidos no incidente ocorrido hoje próximo da sede do legislativo americano morreu. Segundo a USCP, o caso ainda está sendo investigado, mas não há evidências de que tenha sido um ato de terrorismo ou de que haja ameaça a membros do Congresso.

As autoridades de segurança informaram que, por volta das 14h02 (horário de Brasília), um motorista atropelou dois policiais e atingiu uma barreira. O suspeito, então, saiu do carro com uma faca e foi em direção aos dois agentes, que atiraram no homem. Encaminhado ao hospital, o motorista também morreu.

##RECOMENDA##

A polícia acrescentou que não pode divulgar detalhes adicionais para não prejudicar as investigações.

O isolamento na região do Capitólio, em Washington, foi retirado informou a polícia local, nesta sexta-feira (2). A área havia sido isolada logo após um motorista bater em uma barricada e ferir dois policiais. Um dos agentes e o suspeito morreram no incidente.

O local exato em que o crime ocorreu, contudo, seguirá com acesso restrito.

##RECOMENDA##

Um homem foi preso nesta sexta-feira (2) por agredir e ameaça a ex-esposa, uma adolescente. A prisão ocorreu no Sítio Baixo do Boi, na zona rural de São José do Belmonte, no Sertão de Pernambuco.

De acordo com a polícia, o efetivo foi acionado para verificar uma denúncia de violência doméstica. Chegando ao local, a vítima informou que o ex-marido havia lhe agredido com tapas no rosto e usou uma faca para ameaça-la.

##RECOMENDA##

A jovem ainda disse que o agressor não aceitava o fim do relacionamento e a brutalidade estava ocorrendo frequentemente. O suspeito foi abordado e a faca usada para intimidar a garota ainda estava com ele.

A ocorrência foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil da cidade para a tomada das medidas legais previstas na Lei Maria da Penha.

Com informações da assessoria

Três anos após a morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL-RJ, mulheres ligadas a ela ou à investigação do crime vivem sob ameaça. Os casos vão de ataques virtuais a planos concretos (segundo a polícia) de assassinato. Para especialistas, ativistas e parlamentares, a situação realça o crescente aumento da violência política no País.

Marielle, o quinto nome mais votado da Câmara do Rio de Janeiro em 2016, e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros em um 14 de março, como hoje, em 2018. Dois acusados estão presos, mas o mandante e os motivos do crime ainda não são conhecidos.

##RECOMENDA##

A história mais simbólica é a da deputada federal Talíria Petrone, amiga e companheira de PSOL de Marielle. Em junho do ano passado, Talíria foi oficialmente informada pela Polícia Civil do Rio de que mais de cinco gravações planejando a sua morte haviam sido interceptadas. Depois disso, a parlamentar se mudou para outro Estado e não voltou mais ao Rio. Talíria já fora ameaçada antes da morte de Marielle, quando era vereadora em Niterói.

"Como se as ameaças anteriores à minha vida não fossem suficientes, alguns dias após o nascimento da minha filha recebi novas intimidações", contou a deputada. "Em junho, o Disque Denúncia informou à Câmara dos Deputados que havia mais de cinco gravações de pessoas falando sobre a minha morte."

A parlamentar denunciou as ameaças à relatora da Organização das Nações Unidas (ONU) para execuções sumárias, Agnes Callamard. Também pediu que a organização cobre do governo brasileiro respostas sobre o seu caso e o de Marielle.

"Não tenho a menor dúvida de que a execução da Marielle é a expressão de uma democracia incompleta no Brasil, cada vez mais fraturada", disse. "Não é só a questão de uma parlamentar executada; a não resolução do crime escracha o domínio da milícia. A milícia está dentro do Estado, elege parlamentares. Ela junta três esferas: política, econômica e braço armado. Não é exagero dizer que a milícia governa o Rio."

Além dos planos que chegam às autoridades, outro tipo de ameaça perturba essas mulheres. São os ataques públicos virtuais, feitos no anonimato da internet. Foi o que aconteceu com a deputada estadual Renata Souza, ex-chefe de gabinete de Marielle na Câmara Municipal. No Facebook, um usuário disse que ela "falava demais" e iria "perder a linguinha".

"As ameaças vêm em diferentes sentidos e fazem parte de uma política do ódio acrescida de uma insatisfação por estarmos ocupando esse lugar de poder. Esse é um aspecto muito característico dessas ameaças", diz Renata, que também já teve endereço exposto nas redes por protestar contra Jair Bolsonaro. "O assassinato da Marielle abriu uma porteira de naturalização da violência política", afirma.

Anielle Franco, irmã de Marielle e criadora do instituto que leva o nome da irmã, também recebeu ameaças. "Foram ameaças bem pesadas por e-mail e no Instagram; duas no fim do ano passado e uma este ano", contou Anielle. Ela pretende voltar à ONU e à Comissão Interamericana. "Eu não prestei queixa ainda, por isso não posso revelar o conteúdo das mensagens."

Em alta. Pesquisa das organizações Terra de Direitos e Justiça Global divulgada no ano passado já indicava um aumento da violência política no País de 37% em relação a 2016. O estudo mostrou também que as mulheres são vítimas de 76% das ofensas registradas. Outro levantamento, do Instituto Igarapé, entre as candidatas que concorreram em 2020, revelou que 78% das candidatas negras contaram ter sofrido ataques. "O Brasil é um lugar perigoso para ativistas de direitos humanos há muito tempo", afirmou a diretora executiva da Anistia Internacional, Jurema Werneck. "A diferença agora é que pessoas como Marielle, que vêm dos movimentos sociais, estão ocupando cada vez mais espaços. E as autoridades não cumprem o dever de condenar o racismo e o sexismo. Pelo contrário, advogam em favor de uma sociedade armada."

Não só figuras da política, ligadas a Marielle, tiveram de reforçar a segurança. Investigadora que mudou o rumo das apurações sobre o crime no final de 2018, a promotora Simone Sibílio entrou na mira de milicianos, segundo um alerta do Disque-Denúncia enviado ao MP em 2019. Coordenadora do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado, Simone teria despertado a ira de nomes como Adriano Magalhães da Nóbrega, miliciano que chefiava o Escritório do Crime e morreu no interior da Bahia em 2020.

Amigo e padrinho político de Marielle, o hoje deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) anda com seguranças desde que presidiu a CPI das Milícias na Alerj, em 2008, que pediu o indiciamento de 225 pessoas. Uma das hipóteses da CPI foi que o assassinato de Marielle tinha como intuito atingir indiretamente Marcelo Freixo.

Para Pedro Abramovay, diretor do programa latino-americano da Open Society Foundation, na base do problema está o discurso de ódio disseminado pelo Palácio do Planalto. "Algumas pessoas acham que a retórica violenta na política é apenas retórica. Isso não é verdade", afirmou Abramovay. "Não é que a violência política ocorra por ordem direta de um presidente autoritário. É uma cadeia de transmissão entre o discurso de ódio e a violência real lá na ponta."

‘Novo jogo’. A cientista política Ilona Szabó, do Instituto Igarapé, vive no exterior desde o fim do ano passado, quando também recebeu ameaças de morte. Para ela, as estruturas de proteção de ativistas de direitos humanos estão corroídas. "Pela primeira vez desde a época da ditadura a hostilidade ao ativismo político vem do próprio governo; isso muda totalmente o jogo", analisa.

Levantamento feito entre janeiro de 2019 e setembro de 2020 revelou que foram praticadas ao menos 449 violações de direitos contra jornalistas e comunicadores pelo presidente da República, seus ministros e por familiares dele que exercem mandatos.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Rússia anunciou nesta quarta-feira (10) que está reduzindo a velocidade de funcionamento do Twitter, ao acusar a plataforma de não apagar conteúdos "ilegais", uma primeira advertência que ilustra as crescentes tensões entre Moscou e os gigantes das redes sociais.

As autoridades russas aumentaram nas últimas semanas as críticas às empresas americanas Twitter, Facebook e YouTube, assim como à plataforma chinesa Tik Tok, denunciando sua onipotência no que diz respeito à moderação de conteúdos, especialmente políticos.

##RECOMENDA##

Desta vez, porém, o Twitter não foi acusado por este tipo de publicação, e sim por conteúdo considerado como pornografia infantil ou de apologia às drogas e ao suicídio.

"Adotamos medidas de resposta centralizadas contra o Twitter, concretamente reduzindo a velocidade do serviço", anunciou o Roskomnadzor (Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Meios de Comunicação), que tem o poder de bloquear sites na Rússia.

O Roskomnadzor afirmou que a desaceleração "já começou".

Correspondentes da AFP constataram um atraso de alguns segundos na atualização do Twitter. A rede social ainda não reagiu ao anúncio.

As autoridades russas acusam a empresa americana de não eliminar conteúdos "que incitam menores ao suicídio, que contêm pornografia infantil e informações sobre o consumo de drogas".

"Se o Twitter continuar ignorando os requisitos da lei, as respostas continuarão de acordo com as normas e podem chegar até ao bloqueio", afirmou o Roskomnadzor.

O senador russo Alexander Bashkin declarou que a medida "será uma boa ducha de água fria que fará o YouTube refletir e todos os demais".

- Controle da internet -

Moscou está com as principais redes sociais em sua mira há várias semanas, com a acusação de que permitiram publicações ilegais de apoio ao opositor detido Alexei Navalny.

Em janeiro foram divulgadas convocações de manifestações, duramente reprimidas pela polícia.

Na segunda-feira, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, acusou os gigantes da internet de "operar fora do marco legal" e de "não obedecer com frequência a nenhuma lei russa".

Um dia antes, o Facebook bloqueou textos dos meios de comunicação russos RBK e TASS sobre a detenção de supostos "extremistas" ucranianos.

As redes sociais também já bloquearam contas de várias personalidades russas, como o diretor do programa espacial Dmitry Rogozin, o líder checheno Ramzan Kadyrov e o empresário Yevgueni Prigózhin.

No fim de janeiro, o presidente Vladimir Putin afirmou no Fórum de Davos que os gigantes da internet "já competem de fato com os Estados" e citou suas "tentativas de controlar brutalmente a sociedade".

Em um país onde, ao contrário da imprensa tradicional, a internet permanece relativamente livre, muitos jovens se informam cada vez em plataformas como o YouTube.

Os vídeos de astros da web como Yuri Dud, conhecido por seus documentários impactantes, ou as investigações anticorrupção do opositor Alexei Navalny acumulam dezenas de milhões de 'views'.

Em resposta, nos últimos anos, as autoridades aumentaram a pressão na "runet", a internet russa, em nome da luta contra o extremismo, o terrorismo e a proteção dos menores de idade.

Conceitos que não fazem sentido, segundo os críticos do Kremlin, que os consideram como tentativas de censura.

A Rússia já bloqueia vários sites da oposição ou que se negam a cooperar com o governo, como a rede social profissional LinkedIn, que pertence à empresa americana Microsoft.

Twitter, Facebook e Google são multados regularmente, mas os valores continuam irrisórios em comparação a seus lucros.

As autoridades russas também atacaram em 2018 o popular serviço de mensagens criptografadas Telegram por sua recusa a fornecer às forças de segurança os meios para ler as mensagens de seus usuários.

Mas depois de dois anos de um bloqueio pouco efetivo, desistiram e retiraram a proibição.

Um homem de 37 anos foi preso em flagrante por ameaçar a companheira, de 43 anos, dentro da delegacia. O caso ocorreu na manhã da segunda-feira (8), Dia Internacional da Mulher, na Delegacia de Bom Conselho, no Agreste de Pernambuco.

Segundo a Polícia Civil, o suspeito estava sendo interrogado por causa de uma ameaça anterior que havia feito à esposa. Na frente dos policiais, o homem disse que, caso fosse preso, acertaria as contas com a mulher após deixar a prisão. 

##RECOMENDA##

O suspeito foi autuado pelo crime de ameaça no âmbito de violência doméstica. Ele será encaminhado à audiência de custódia.

Um sargento da Polícia Militar e um guarda municipal estão sendo procurados pela Polícia Civil de Pernambuco pelos crimes de extorsão e ameaça. A Operação Efusão, deflagrada pelo Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri) nesta quinta-feira (4), resultou na prisão de um perito papiloscopista e de um segundo suspeito.

De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa forjava ações policiais contra "pessoas que agiam na marginalidade", subtraindo das mesmas bens lícitos ou ilícitos com emprego de violência e uso de arma de fogo.

##RECOMENDA##

As investigações tiveram início em outubro de 2019, após roubo praticado contra dois mexicanos que se passavam por turistas, mas estavam traficando uma droga conhecida como óleo mexicano. O óleo seria repassado a um traficante norueguês com atuação em Pernambuco, porém os mexicanos tiveram a droga e os bens subtraídos.

Um homem de 45 anos foi preso pela Polícia Civil, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, após ameaçar matar a filha, de 4 anos, durante uma videochamada, no início da noite da última sexta-feira (26).

O contato telefônico foi feito com a mãe da criança e ex-companheira do criminoso, logo após o homem ter retirado a menina da avó materna a força. No vídeo, ele aparecia colocando uma faca no pescoço da menor.

##RECOMENDA##

Acionada de imediato pela mãe da criança, a Polícia Civil deslocou-se até o cativeiro em que a menina era mantida refém. No local, descobriu-se que o pai da criança já havia devolvido a menina aos cuidados da avó, mas que naquele momento estava no apartamento da ex-companheira ameaçando começar um incêndio. Agentes foram até a residência da vítima, onde o agressor foi preso.

Com informações da PC-RS

O Vaticano ameaçou demitir funcionários que recusarem se vacinar contra o novo coronavírus sem apresentar comprovadas razões de saúde.

Um decreto editado recentemente pelo presidente da Pontifícia Comissão do Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Giuseppe Bertello, prevê uma linha dura contra os antivacinas.

##RECOMENDA##

Segundo o documento, quem recusar a imunização contra a Covid-19 está sujeito a "consequências de diversos graus, que podem chegar até a interrupção da relação de trabalho". Já aqueles que tiverem razões de saúde para rejeitar a vacinação podem ser rebaixados de cargo, mas com a manutenção do salário.

A imunização contra a Covid-19 no Vaticano é, em teoria, voluntária, e a cidade-Estado fornece doses gratuitamente para seus funcionários.

No decreto, o cardeal Bertello afirma que tomar a vacina é uma "decisão responsável", já que recusar a imunização "pode constituir também um risco para os outros e aumentar seriamente os perigos para a saúde pública".

O texto remete a uma lei vaticana de 2011 que já previa punições, incluindo demissão, para funcionários que não se submetem a avaliações de saúde obrigatórias. Também foram estabelecidas multas de 25 euros por não usar máscaras de proteção e de 1,5 mil euros por violação da quarentena por infectados. 

Da Ansa

Apesar da chuva desta semana e a previsão de novas fortes ocorrências pela Agência Pernambuco de Águas e Clima (Apac), a Zona da Mata do estado vem apresentando duas realidades bem opostas neste quesito. A situação é verificada há meses e tem impactando na economia canavieira. Dentro da região, tem área com farto volume de chuva e outras com seca. O agricultor tem sentido a desigual distribuição pluviométrica ainda mais acentuada no período.

Não por acaso, os canaviais têm se desenvolvido bastante na Mata Sul, enquanto grande parte está morrendo por déficit hídrico em várias cidades ao norte, como Carpina e circunvizinhas. Não tem chovido quase nada. No PCD da Apac em Carpina, por exemplo, só registrou 1,4 mm neste mês. Em Lagoa de Itaenga, o cenário é desolador.

##RECOMENDA##

“Já perdi cerca de 50% da minha produção. Não adianta chover mais daqui até setembro, quando começará a moagem, porque a cana morreu literalmente. Não brotou nem mesmo a cana que plantei para esta safra. Está morrendo até a que plantei na safra anterior, com apenas um corte”, desabafa Felipe Neri, fornecedor de cana em Lagoa de Itaenga, região que tem sido considerada o epicentro da seca. A planta da cana dura um ciclo de vida de até seis safras a depender dos tratos culturais e da chuva.

Para o presidente da Associação dos Fornecedores de Cana do Estado (AFCP), Alexandre Andrade Lima, a situação já é generalizada em toda a Mata Norte, tendo cidades mais afetadas que outras. Em Condado e em Glória do Goitá só choveu 1 mm e 2,2 mm este mês respectivamente, de acordo com o registro da Apac. Além dessas cidades e Lagoa de Itaenga, os canaviais mais afetados estão em Nazaré da Mata, Paudalho, Feira Nova, Buenos Aires e ainda em uma parte de Aliança e outra de Vicência.

Apesar dessa característica desigual da chuva na Zona da Mata, o que pode encobrir o problema da seca para quem é de outra região do estado, Andrade Lima garante que o impacto da estiagem nos canaviais desses municípios já é significativo. “Além da elevada mortandade dos pés de cana, sendo preocupante para economia desses locais, aquelas lavouras que sobreviverem terão uma redução do nível de produtividade, mesmo se houver um bom nível pluviométrico daqui por diante" explica o dirigente. 

*Da assessoria

O opositor russo Alexei Navalny se defendeu nesta terça-feira (2) na Justiça da acusação de ter violado um controle judicial que poderia lhe custar vários anos de prisão, um caso que provocou manifestações em massa a seu favor em toda Rússia e novas tensões entre o Kremlin e o Ocidente.

Durante a audiência em um tribunal de Moscou, a Promotoria afirmou que o opositor russo de 44 anos "violou sistematicamente" as condições de uma condenação a três anos e meio de prisão pronunciada em 2014, e estimou que a sentença deve ser cumprida.

Essas declarações provocaram tensas discussões com os advogados de Navalny.

Para os serviços penitenciários (FSIN), o interessado não compareceu diante deles conforme previsto em seu controle judicial. Por sua vez, a defesa insistiu que Navalny estava na Alemanha se recuperando de um envenenamento, do qual acusa o presidente Vladimir Putin.

Presente na audiência, Navalny afirmou ter comunicado aos FSIN seu endereço na Alemanha. "O que mais eu poderia ter feito? Precisavam que eu enviasse o vídeo da minha fisioterapia?", questionou o opositor.

Navalny cumpriu parte da pena sob prisão domiciliar, mas se expõe a cerca de dois anos e meio de prisão.

Nesta terça-feira, a polícia deteve pelo menos 100 pessoas na porta do tribunal, segundo a ONG especializada OVD-Info. A equipe que trabalha com Navalny convocou uma manifestação, o que é proibido pelas autoridades.

A audiência ocorre após dois finais de semana de manifestações em apoio ao opositor em toda a Rússia, que culminaram em milhares de prisões.

Ativista anticorrupção e inimigo do Kremlin, Navalny foi preso ao retornar da Alemanha para a Rússia em 17 de janeiro, a pedido dos serviços penitenciários.

Sua prisão provocou novas tensões entre Rússia e o Ocidente. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, planeja viajar para Moscou na sexta-feira e pediu para ver Navalny.

O governo russo afirmou nesta terça-feira acreditar que a União Europeia (UE) não vai cometer a "insensatez" de condicionar suas relações com Moscou ao destino de "um preso em um centro de detenção", segundo palavras do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

A presidente em exercício da OSCE, a ministra das Relações Exteriores sueca Ann Linde, destacou nesta terça-feira ao seu colega russo Serguei Lavrov em Moscou "a preocupação da Suécia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa com a deterioração na área da democracia e dos direitos humanos na Rússia".

O ministro da Economia francês, Bruno Le Maire, afirmou nesta segunda-feira (1°) que os bares e restaurantes que abrirem, apesar das restrições impostas para conter o coronavírus, terão as ajudas pela pandemia suspensas.

Os restaurantes que servirem os clientes na mesa terão acesso aos fundos de solidariedade "anulado por um mês" e de forma definitiva se fizerem novamente, anunciou o ministro.

Os restaurantes e outros negócios obrigados a fechar pela pandemia podem optar por ajudas de 10.000 euros (12.000 dólares) por mês ou uma indenização de 20% de sua renda, com um máximo de 200.000 euros mensais.

"Para os hoteleiros, é muito difícil economicamente e moralmente", reconheceu Bruno Le Maire na rádio RTL, "mas isso não justifica violar as normas que são sanitárias".

Em 27 de janeiro, um proprietário de restaurante de Nice (sudeste) se rebelou contra a medida que proíbe servir comida no interior dos estabelecimentos e serviu 100 pessoas ao meio-dia, o que o levou à delegacia.

Durante quinta e sexta-feira, a polícia de Paris fechou 24 restaurantes "clandestinos" que trabalhavam com as cortinas fechadas.

Na sexta, una patrulha da polícia de Paris multou dez juízes que comiam em pé em um terraço ao lado do quartel da polícia da capital.

Esses são "alguns poucos casos isolados na França", mas "não quero que se estenda e se torne um costume", alertou Le Maire.

Para o primeiro-ministro Jean Castex, esses tipos de estabelecimentos, que estão fechados desde 30 de outubro (embora possam vender comida para levar), não abrirão antes de meados de fevereiro.

Com uma média de 20.000 novos casos por dia e 75.000 mortos desde o início da pandemia, o governo francês busca a qualquer preço um novo confinamento e anunciou no sábado o fechamento dos centros comerciais não alimentícios de mais de 20.000 metros quadrados.

A vereadora Erika Hilton, primeira mulher trans a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo, registrou um boletim de ocorrência (B.O.) por ameaça após ser procurada em seu gabinete por um homem portando uma bandeira e máscara com símbolos cristãos, autodenominado "garçom reaça".

Segundo relatado à polícia, os funcionários do gabinete de Érika não permitiram sua entrada, ocasião na qual o "garçom reaça" entregou uma carta dizendo ser uma das pessoas que atacaram a parlamentar pela internet no último ano. A parlamenta registrou no B.O. que a situação a "constrangeu profundamente" e disse sentir que sua integridade física está em risco.

##RECOMENDA##

No último dia 7, a vereadora entrou com ação na Justiça para identificar cerca de 50 pessoas que a teriam atacado, ofendido e ameaçado nas redes sociais, desde o fim da campanha que a consagrou como a mulher mais votada para o Legislativo paulistano.

Na carta, o homem ainda disse que acompanhava Érika na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, quando ela era codeputada, porque era garçom no restaurante do círculo militar que fica localizado nas imediações do Palácio 9 de Julho, sede do Legislativo paulista, no Ibirapuera (zona sul da capital).

Após as ameaças, Erika passou a andar acompanhada por seguranças particulares e diz "aguardar auxílio da presidência da Câmara e do poder Executivo com a liberação de Guarda Civis Metropolitanos para ajudar em sua segurança".

A Câmara emitiu a seguinte nota. "A Câmara Municipal de São Paulo possui ambiente interno seguro com controle de acesso, identificação dos visitantes, videomonitoramento, bem como patrulhamento. Apuração interna, inclusive pelo circuito de imagens, não detectou ameaças à segurança da vereadora Erika Hilton. O material será fornecido às autoridades policiais competentes se houver a solicitação. A Assessoria da Polícia Militar da Câmara fará contato com a Secretaria de Segurança Pública para avaliar em conjunto a segurança da vereadora. Sobre o pedido de escolta feito por ela, a parlamentar tem o direito de comissionar dois servidores de outros órgãos públicos para atuação em seu gabinete e pode utilizar esses comissionamentos inclusive para a indicação de GCMs para esta função", diz o texto.

Milhares de soldados da Guarda Nacional mobilizados em Washington para a posse presidencial permanecerão na capital federal dos Estados Unidos até meados de março devido a ameaças persistentes, disseram autoridades do Pentágono nesta segunda-feira (25).

No entanto, não ofereceram informações específicas sobre as ameaças, afirmando que as informações vieram do FBI.

Há preocupação em Washington sobre possíveis novos atos de violência após o ataque de 6 de janeiro contra o Congresso por apoiadores do então presidente Donald Trump e antes do impeachment contra ele, cujo julgamento começa na semana de 8 de fevereiro.

O secretário interino do Exército, John Whitley, disse que eles foram informados sobre os possíveis riscos de "vários" eventos em Washington nas próximas semanas.

Autoridades de segurança expressaram preocupação de que eventuais protestos "sejam usados por agentes mal-intencionados ou gerem outros problemas", afirmou ele. "Estamos posicionando nossas forças para poder responder a essas ameaças, caso surjam."

O ataque ao Capitólio, que deixou cinco mortos e foi descrito como uma insurreição, levou o exército a aumentar o número de tropas da Guarda Nacional enviadas a Washington de algumas centenas de homens para 25.000 para a posse do presidente Joe Biden em 20 de janeiro.

Grande parte do centro da cidade foi bloqueado e as centenas de milhares de pessoas que normalmente comparecem à posse foram instadas a ficar em casa devido ao alto nível de segurança, além da pandemia.

Nesta segunda-feira, havia um contingente de cerca de 13.000 na capital. Cerca de 7.000 militares permanecerão até o final de janeiro, e então o número continuará a diminuir lentamente para cerca de 5.000 em meados de março, explicou Whitley.

Questionado sobre as ameaças específicas, Whitley encaminhou os repórteres ao FBI, que não respondeu aos pedidos de comentários.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando