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Sian Phillips, irmã do jornalista britânico Dom Phillips, que está desaparecido na região do Vale do Javari, no Amazonas, fez novo apelo às autoridades brasileiras para que ele e o indigenista Bruno Pereira sejam encontrados rapidamente. Em vídeo publicado nas redes sociais na noite desta segunda-feira (6), ela afirmou que sua família está "desesperadamente preocupada" e pediu que as missões de buscas empreguem todos os recursos possíveis para localizar a dupla.

"Ele ama esse país (Brasil) e se importa profundamente com a Amazônia e com as pessoas de lá", disse Sian, emocionada. "Nós sabíamos que era um lugar perigoso, mas Dom acredita que é possível proteger a natureza e o meio de vida dos povos indígenas. Ele é um jornalista talentoso e estava pesquisando para um livro quando desapareceu".

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Sian prosseguiu: "estamos realmente preocupados com ele e imploramos às autoridades que façam tudo o que puderem, que procurem no caminho pelo qual ele seguia. Se alguém puder ajudar a aumentar os recursos disponíveis para as buscas seria ótimo, porque tempo é crucial. Aqui no Reino Unido, meu outro irmão e eu estamos desesperadamente preocupados, nós amamos nosso irmão e queremos que ele e seu guia brasileiro, Bruno Pereira, sejam encontrados. Cada minuto conta".

Antes de desaparecer, Dom Phillips percorria a região fazendo entrevistas acompanhado do indigenista Bruno Pereira, que é servidor da Funai. No último domingo (5), a dupla voltava da comunidade São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte, percurso que deveria demorar não mais do que duas horas.

Há cerca de um mês e meio, o advogado de Pereira recebeu um bilhete anônimo com ameaças ao indigenista. Na noite desta segunda-feira, o perfil oficial do Ministério da Defesa no Twitter informou que a pasta está "prestando todo o apoio necessário" nas buscas aos desaparecidos. Segundo o ministério, um helicóptero do 1° Esquadrão de Emprego Geral do Noroeste deve entrar na força-tarefa nesta terça-feira (7), além de duas embarcações e uma moto aquática.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nessa segunda-feira (6) que está monitorando as providências que estão sendo tomadas para localizar o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil. 

Segundo a coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), região localizada no oeste do Amazonas, eles estão desaparecidos há mais de 24 horas. 

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"A informação repassada ao MPF é que os agentes ligados a essas forças estão fazendo varreduras no trecho entre a comunidade São Rafael e o município de Atalaia do Norte (AM), onde teria ocorrido o desaparecimento", informou a PGR. 

Na tarde de hoje, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, se reuniram em Brasília para tratar de providências sobre o caso. 

Além da PGR, o Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas abriu um procedimento administrativo para acompanhar a questão e acionou a Marinha, a Polícia Federal (PF) e demais autoridades. 

Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas. Segundo a Unijava, ontem os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte por volta de 9h da manhã, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No início da tarde, uma primeira equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca dos desaparecidos, mas não os encontrou.

A PF informou que também está acompanhando e trabalhando no caso. “As diligências estão sendo empreendidas e serão divulgadas oportunamente”, diz nota da instituição.

A Marinha emitiu uma nota oficial em que informa que enviou, na manhã desta segunda-feira,  uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) da Capitania Fluvial de Tabatinga para o município de Atalaia do Norte (AM) para auxiliar nas buscas pela embarcação em que estavam o jornalista  e o indigenista. As buscas, com a participação de sete militares, seguiram ao longo da tarde e foram feitas ações nos rios Javari, Itaquaí e Ituí, no interior do Amazonas. 

A Marinha também informou que, na manhã desta terça-feira, um helicóptero do 1º Esquadrão de Emprego Geral do Noroeste também será utilizado nas buscas, além de duas embarcações e uma moto aquática.

O servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno da Cunha Araújo Pereira está licenciado do órgão para trabalhar em um projeto voltado a melhorar a vigilância em territórios indígenas contra narcotraficantes, garimpeiros e madeireiros que atuam no Vale do Javari, Estado do Amazonas. A missão, conferida a ele por uma organização que representa povos isolados e de recente contato da região, vem desafiando o poder econômico de criminosos brasileiros, colombianos e peruanos que usam aldeias e comunidades ribeirinhas para exploração da floresta e para rota de tráfico.

Pereira está desaparecido desde a manhã do último domingo (5), quando deixou a comunidade São Rafael em direção à cidade de Atalaia do Norte (AM), num percurso que deveria durar duas horas. Experiente, ele atua na região desde 2010 e estava na companhia do jornalista inglês, Dom Phillips, do jornal britânico The Guardian. Ainda não se sabe qual o paradeiro da dupla. O caso ganhou repercussão internacional e mobiliza Polícia Federal, Exército, Marinha, Força Nacional e Ministério Público Federal. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça, Anderson Torres, ainda não se manifestaram.

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A expedição por São Rafael é considerada extremamente perigosa. Especialistas na dinâmica do crime nas imediações da Terra Indígena (TI) do Vale do Javari não recomendam a passagem pela comunidade em grupos pequenos por causa da movimentação de criminosos estrangeiros e nacionais. Bruno Pereira e Dom Phillips estavam sozinhos numa embarcação de 40 HP, nova, e com combustível suficiente para o retorno.

Segundo experientes indigenistas ouvidos pelo Estadão, a comunidade de São Rafael tem forte influência financeira de criminosos e é usada como base de partida de exploradores para dentro dos territórios protegidos. É um dos motivos para a existência de uma base da Funai, na confluência dos rios Ituí e Itacoaí. A instalação, erguida há décadas, constantemente é alvo de ataques a tiros.

A fiscalização de órgãos ambientais prejudica atividades criminosas praticadas por não indígenas. Uma simples malhadeira usada na pesca predatória pode custar R$ 5 mil e fazer parte de investimentos maiores para a estrutura necessária à exploração. Além disso, segundo indigenistas, os crimes costumam ser sobrepostos. Diferentes organizações atuam tanto no desmatamento, quanto no garimpeiro e no tráfico de drogas.

Ameaças contra servidores e membros de organizações não governamentais são comuns. A reportagem colheu relatos de funcionários da Funai que preferiam dormir com a família em um único cômodo para tentar se proteger das ameaças de incêndio contra as habitações de madeira.

A tensão na localidade existe há décadas e, de acordo com profissionais que trabalham na localidade, só vem piorando. Eles se queixam de falta de respostas das autoridades ao assassinato de Maxciel Pereira dos Santos, colaborador da Funai, morto em setembro de 2019. Ele trabalhava em uma base do órgão no Vale do Javari.

Últimos passos

O relato mais detalhado sobre os últimos passos de Bruno Pereira e Dom Phillips foi feito em conjunto pela União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), para a qual o indigenista fazia a coordenação técnica de um trabalho de vigilância, e pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (Opi).

Primeiro, eles visitaram a equipe de vigilância indígena na localidade de Lago do Jaburu, próximo à base da Funai, e Phillips pôde fazer uma série de entrevistas, na sexta-feira (3). Segundo o relato, ambos partiram na manhã de domingo, 5, de volta para a cidade de Atalaia do Norte. No caminho, porém, eles pararam em São Rafael porque Bruno Pereira tinha uma reunião marcada com um líder local identificado como "Churrasco" para tratar do projeto de vigilância nas terras indígenas.

O equipamento de GPS registrou que ambos chegaram na comunidade por volta das 6 horas de domingo. "Churrasco" não estava no local, apesar do encontro agendado e, segundo o informe, Pereira conversou com a esposa do líder antes de continuar o caminho de volta para Atalaia.

A pauta do encontro era o projeto da Univaja, coordenado por Pereira, que visa "treinar e equipar" indígenas para que eles defendam os próprios territórios com estratégias de monitoramento presencial e remoto de atividades ilegais. O Vale do Javari é 80 vezes maior do que a cidade de São Paulo e tem acessos a partir do Peru e da Colômbia.

Em uma entrevista publicada pela WWF-Brasil em dezembro, Bruno Pereira afirmava que o cenário era dramático. Por meio do projeto, os indígenas formaram equipes para que fossem treinadas, por exemplo, na operação de drones e computadores. "Trabalho lá há 11 anos e nunca vi uma situação tão difícil. Os indígenas dizem que hoje a quantidade de invasões é comparável à do período anterior à demarcação. Por isso é absolutamente necessário que os indígenas busquem suas formas de organização, montando um esquema de monitoramento capaz de frear conflitos violentos", afirmou.

Em nota, a Funai informou que Bruno Pereira "não estava na região em missão institucional" e que "está em contato com as forças de segurança que atuam na região".

O presidente Jair Bolsonaro escolheu para o comando da Funai o delegado e pastor evangélico Marcelo Xavier. Pela primeira vez desde a ditadura, nenhuma nova terra indígena foi demarcada. Xavier tem ligação com ruralistas e chegou a se tornar réu por descumprir decisão da Justiça que o obrigava a dar andamento à demarcação de um território Munduruku.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Humberto Costa (PT-PE), encaminhou três ofícios pedindo informações sobre as buscas ao indigenista Bruno Araújo Pereira e ao jornalista Dom Phillips, que foram dados como desaparecidos na Floresta Amazônica nesta segunda-feira (6). 

O senador também quer apurações sobre as denúncias de que Araújo vinha recebendo ameaças em função do seu trabalho com líderes comunitários na região do município de Atalaia do Norte (AM), na fronteira com o Peru. Os ofícios foram enviados para a superintendência da Polícia Federal no Amazonas, para a Polícia Civil do estado e para a Fundação Nacional do Índio (Funai). 

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“As informações recebidas dão conta de que na mesma semana do desaparecimento a equipe havia recebido nova ameaça, conforme relatos oficializados para a Polícia Federal, para o Ministério Público Federal, para o Conselho Nacional de Direitos Humanos e para o Indigenous Peoples Rights International. Bruno Araújo era alvo de constantes ameaças em função do trabalho que vinha fazendo junto aos indígenas contra invasores na região”, explica Humberto.

O desaparecimento foi comunicado na tarde desta segunda-feira pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Segundo a entidade, Araújo e Phillips foram vistos pela última vez na véspera, deixando uma comunidade ribeirinha chamada São Rafael em direção a Atalaia do Norte. 

Bruno Araújo Pereira é servidor da Funai, especializado em trabalho com povos isolados. Entre 2018 e 2019, foi o coordenador-geral de Índios Isolados e de Recém Contatados da fundação.

O jornalista Dom Phillips é inglês, reside no Brasil há 15 anos e faz coberturas sobre meio ambiente para diversos veículos — atualmente, é colaborador do jornal britânico The Guardian. 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se manifestou sobre o caso pelas redes sociais. Ele afirmou que recebeu “com grande preocupação” a notícia do desaparecimento da dupla. 

“Seguirei acompanhando as operações de busca com apreensão, na expectativa de que serão envidados todos os esforços para a pronta elucidação do caso”, disse Pacheco. 

Outros senadores também exigiram apuração. Jean Paul Prates (PT-RN) lembrou que o fato acontece na véspera do Dia Nacional da Liberdade de Imprensa. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) comunicou que também enviará ofícios para os ministérios da Justiça e da Defesa e afirmou que “a indiferença não é uma opção”, lembrando da denúncia de ameaças contra Bruno Araújo Pereira. Já Paulo Rocha (PT-PA) classificou o caso como “muito grave” e pediu a ação das forças de segurança pública. 

Fake news

Humberto Costa também encaminhou ofícios à Procuradoria-Geral da República e à Polícia Federal sobre o caso das ameaças de morte dirigidas ao jornalista Lucas Neiva, do site Congresso em Foco. Neiva foi alvo de ameaças e teve dados pessoais vazados após publicar uma reportagem sobre um fórum anônimo que produz fake news em favor do presidente Jair Bolsonaro. A CDH discutiu o assunto nesta segunda-feira.  Humberto afirma que a comissão vai acompanhar as investigações e quer saber quais medidas policiais e judiciais serão adotadas. 

*Da Agência Senado

Após a notícia do desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira, neste domingo, 5, no Amazonas, a família do jornalista implorou às autoridades brasileiras que iniciem as buscas na região o mais rápido possível.

O Ministério Público Federal (MPF) afirma que já acionou a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Força Nacional, a Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari e a Marinha do Brasil para encontrar o jornalista e o indigenista. Ainda segundo o MPF, quem conduzirá as buscas é a Marinha do Brasil pelo Comando de Operações Navais.

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"Imploramos às autoridades brasileiras que enviem a Força Nacional, a Polícia Federal e todos os poderes à sua disposição para encontrar nosso querido Dom", disse o cunhado do jornalista Dom Phillips, Paul Sherwood, em rede social. "Ele ama o Brasil e dedicou sua vida à cobertura da Floresta Amazônica".

"Entendemos que o tempo é essencial, então por favor encontrem nosso Dom o mais rápido possível", continuou.

Área remota

Segundo um funcionário do Ibama, que preferiu não se identificar, a região do Vale do Javarí faz fronteira com a Colômbia e o Peru, é de difícil acesso, conflituosa e concentra muitos pontos de garimpo ilegal. Além disso, a área também é uma rota de tráfico de cocaína.

Em nota, o Ministério Público Federal (MPF) afirma que instaurou um procedimento administrativo para apurar o caso e acionou as autoridades para buscar os dois homens desaparecidos entre a comunidade de São Rafael e o município de Atalaia do Norte (AM).

O desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira foi confirmado hoje, 6, pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari - Univaja e do Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato. Eles desapareceram na manhã de domingo, 5, enquanto faziam o trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até o município de Atalaia do Norte, no Amazonas.

Ainda no domingo uma equipe saiu de Atalaia do Norte em busca dos dois, percorrendo de barco o mesmo caminho feito por eles, mas até agora ninguém foi encontrado.

O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, estão desaparecidos há mais de 24 horas, de acordo com nota divulgada pela coordenação da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja).

Eles estavam no Vale do Javari, no Amazonas, e teriam recebido ameaças. O desaparecimento ocorreu no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael até a cidade de Atalaia do Norte. Bruno Pereira e Dom Phillips chegaram na sexta-feira no Lago do Jaburu, nas proximidades do rio Ituí, para que o jornalista visitasse o local e fizesse entrevistas com indígenas.

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Segundo a Unijava, ontem os dois deveriam retornar para a cidade de Atalaia do Norte por volta de 9h da manhã, após parada na comunidade São Rafael, para que o indigenista fizesse uma reunião com uma pessoa da comunidade apelidado de Churrasco. No início da tarde, uma primeira equipe de busca da Unijava saiu de Atalaia do Norte em busca dos desaparecidos, mas não os encontrou. 

“A última informação de avistamento deles é da comunidade São Gabriel – que fica abaixo da São Rafael – com relatos de que avistaram o barco passando em direção a Atalaia do Norte. Às 16h, outra equipe de busca saiu de Tabatinga, em uma embarcação maior, retornando ao mesmo local, mas novamente nenhum vestígio foi localizado”, diz a nota. 

Conforme a organização, Pereira, que faz parte do quadro da da Fundação Nacional do Índio (Funai), é pessoa “experiente e profundo conhecedor da região” e os dois viajavam com uma embarcação nova, com combustível suficiente para a viagem.

Investigações

A Polícia Federal (PF)  disse, nesta segunda-feira (6), que já está acompanhando e trabalhando no caso. “As diligências estão sendo empreendidas e serão divulgadas oportunamente”, diz nota da instituição. 

Já a Funai informou que acompanha o caso, está em contato com as forças de segurança que atuam na região e colabora com as buscas.

Em nota a instituição comentou que, embora o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira integre o quadro de servidores da Funai, ele não estava na região em missão institucional, pois se encontrava de licença para tratar de interesses particulares. 

A Marinha do Brasil disse que tomou conhecimento, no fim da manhã desta segunda, do desaparecimento de uma embarcação de pequeno porte, em Atalaia do Norte (AM), próximo à comunidade São Rafael. Segundo o órgão, uma equipe de Busca e Salvamento (SAR), subordinada à Capitania Fluvial de Tabatinga foi direcionada ao local da ocorrência. 

Repercussão

O porta-voz do jornal The Guardian disse que está acompanhando a situação e em contato com as embaixadas brasileira e britânica. “O Guardian está muito preocupado e busca urgentemente informações sobre o paradeiro e a condição de Phillips. Estamos em contato com a embaixada britânica no Brasil e com as autoridades locais e nacionais para tentar apurar os fatos o mais rápido possível”. 

A Human Rights Watch divulgou nota em que diz que está muito preocupada com o desaparecimento. “É extremamente importante que as autoridades brasileiras dediquem todos os recursos disponíveis e necessários para a realização imediata das buscas, a fim de garantir, o quanto antes, a segurança dos dois”, diz a nota assinada pela diretora do escritório da Human Rights Watch no Brasil, Maria Laura Canineu.

O Ministério Público Federal no Amazonas abriu um procedimento administrativo para investigar o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo e do jornalista Dom Phillips na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Estado.

A Procuradoria acionou a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Força Nacional, a Frente de Proteção Etnoambiental Vale do Javari, e a Marinha para acompanhamento do caso.

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A Marinha informou ao órgão que vai conduzir as atividades de busca na região, por meio do Comando de Operações Navais.

Os procuradores vão intermediar as ações de buscas, "mobilizando as forças para assegurar a atuação integrada e articulada das autoridades".

Em nota, a superintendência da Polícia Federal no Amazonas diz que está "acompanhando e trabalhando" no caso. Segundo a corporação, as "diligências estão sendo empreendidas e serão divulgadas oportunamente".

A Procuradoria da República no Amazonas foi acionada pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari na manhã desta segunda-feira, 6.

De acordo com as informações iniciais, o desaparecimento ocorreu no trecho entre a comunidade São Rafael e o município de Atalaia do Norte, informou o MPF.

Segundo a Univaja, Bruno Araújo e Dom Philips estão desaparecidos há mais de 24 horas, tendo se deslocado para visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próximo ao chamado Lago do Jaburu. A União diz que a dupla saiu da comunidade de São Rafael por volta das seis horas da manhã, rumo a Atalaia do Note, em uma viagem que dura cerca de duas horas, mas não chegaram à cidade no horário previsto.

Uma equipe da Univaja, formada por indígenas "extremamente conhecedores da região", saiu em busca do indigenista e do jornalista, percorrendo o mesmo trecho que Bruno Pereira e Dom Phillips supostamente teriam percorrido, mas não encontraram vestígios da dupla.

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari ressaltou ainda que, na semana do desaparecimento, a equipe recebeu ameaças em campo. "A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da UNIVAJA, além de outros relatos já oficializados para a Policia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International", registrou a entidade em nota.

Quinze anos depois do desaparecimento da britânica Madeleine McCann em Portugal, seus pais ainda consideram “essencial” saber “a verdade” sobre este caso que levou ao recente pedido de indiciamento de um suspeito na Alemanha.

"Seja qual for o resultado, Madeleine sempre será nossa filha, e um crime realmente horrível foi cometido", escreveram Kate e Gerry McCann, na segunda-feira (2), em uma página do Facebook dedicada à busca por Madeleine, desaparecida desde 3 de maio de 2007.

“É verdade que a incerteza gera fraqueza. O conhecimento e a certeza dão força e, por isso, nossa necessidade de respostas, da verdade, é essencial”, acrescentaram.

Para eles, este 15º aniversário não foi "mais difícil do que outros, mas também não foi mais fácil".

Madeleine McCann, ou "Maddie", como é chamada pela imprensa britânica, desapareceu em 2007, pouco antes de seu quarto aniversário, na Praia da Luz, um balneário da região do Algarve, onde passava férias com a família.

Seu desaparecimento desencadeou uma extraordinária campanha internacional de seus pais para tentarem encontrá-la. As fotos da pequena Maddie, com seu cabelo castanho e seus grandes olhos claros, deram a volta ao mundo.

"Agradecemos pelo trabalho e pelo empenho constante das autoridades britânicas, portuguesas e alemãs, porque são estes esforços policiais conjuntos que vão dar resultados e nos trarão as respostas", afirmaram os pais de Maddie.

Em 22 de abril passado, o Ministério Público português anunciou ter pedido a acusação de um suspeito na Alemanha, sem especificar sua identidade, ou a natureza das suspeitas contra ele. A solicitação foi feita no âmbito de uma investigação sobre o desaparecimento de Maddie realizada "em cooperação com a autoridades inglesas e alemãs".

As reações coletadas pela AFP da Promotoria de Brunswick e do advogado de um suspeito alemão identificado como "Christian B.", um pedófilo reincidente identificado pelos investigadores alemães em 2020 como o principal suspeito do assassinato, não deixam dúvidas de que ele também se tornou o suspeito número 1 da Justiça portuguesa.

Após seis dias de buscas, foi encerrada na noite desta segunda-feira (11) a força-tarefa montada para procurar o avião desaparecido com três brasileiros a bordo, no último dia 6, na região da Patagônia, sul da Argentina. Conforme comunicado da Empresa de Navegação Aérea Argentina (Eana), responsável pelo tráfego aeronáutico no país, apesar de todos os esforços realizados, não foi possível encontrar nenhum vestígio da aeronave e dos seus passageiros. A nota informa que o centro operacional da Eana, em Comodoro Rivadavia, se mantém em alerta.

No avião que desapareceu estavam o empresário Antônio Carlos Castro Ramos, dono de uma construtora em Florianópolis, o advogado Mário Pinho e o médico ginecologista Gian Carlos Nercolini. Parentes dos desaparecidos, que haviam se deslocado para Comodoro Rivadavia para acompanhar as buscas "in loco", já retornaram para o Brasil e seguem em contato com as autoridades argentinas.

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Desde que o avião desapareceu, após fazer o último contato com a torre de controle de Comodoro Rivadavia, as buscas mobilizaram aeronaves, embarcações e veículos da Força Aérea Argentina, Marinha, Exército e Defesa Civil. Cerca de 300 pessoas participaram das tentativas de encontrar o avião.

A aeronave de pequeno porte PP-ZRT desapareceu na tarde do dia 6, após decolar do aeroporto de El Calafate, a caminho do aeroporto de Trelew, na mesma região do sul argentino. Após perder contato com os tripulantes, o serviço de salvamento aéreo foi acionado e as buscas tiveram início ainda no fim da tarde. Os três amigos brasileiros tinham participado da festa de comemoração do aniversário de um aeroclube na região de Comodoro Rivadavia e iniciavam a viagem de regresso.

Um avião de pequeno porte com três brasileiros a bordo desapareceu após decolar de El Calafate, na região gelada da Patagônia, no sul da Argentina, no fim da tarde desta quarta-feira, 6. Os ocupantes, o empresário Antonio Carlos Castro Ramos, o advogado Mário Pinho e o médico Gian Carlos Nercolini, tinham participado de um show aéreo em Comodoro Rivadavia, na Província de Chubut, a 1,7 mil quilômetros de Buenos Aires. O avião deveria pousar em Trelew, na mesma região, mas não chegou a esse destino.

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A Defesa Civil da região mobilizou equipes e as buscas continuavam na manhã desta quinta-feira, 7. Conforme a Defesa Civil argentina, quando houve a perda de contato com a aeronave, chovia com bastante intensidade na região, mas isso não chegava a ser impedimento para o voo. O avião sobrevoava uma região entre o mar e a costa. O último contato foi registrado no Centro de Controle da Área Comodoro Rivadavia (ACC). Após várias tentativas de comunicação com a tripulação, o órgão comunicou o alerta ao Serviço de Busca e Salvamento.

As buscas foram iniciadas mesmo com condições meteorológicas desfavoráveis pela Prefeitura Naval Argentina, que mobilizou o destacamento marítimo da Guarda Costeira para procurar vestígios no mar. A Força Aérea Argentina e a Defesa Civil de Chubut mobilizaram aeronaves e equipes para as buscas terrestres. Interrompidas durante a noite, as buscas foram retomadas na manhã desta quinta. Havia esperança de que, devido à falta de condições ideais de navegabilidade, o avião pudesse ter pousado em alguma pista da região.

Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil brasileira, o avião de prefixo PP-ZRT, modelo RV-10 não estava apto a voar por instrumentos, apenas com o campo visual. A região de Chubut estava em alerta amarelo emitido pelo Serviço Meteorológico Nacional da Argentina, devido às condições climáticas, com previsão de chuvas fortes combinadas com rajadas de vento. A aeronave, fabricada em 2016, está registrada em nome de Antonio Carlos de Castro Ramos e se encontra em situação normal de operação.

O empresário é dono de uma construtora em Florianópolis (SC). Seu avô, Celso Ramos, foi governador de Santa Catarina entre 1961 e 1966. Familiares disseram que os três ocupantes da aeronave são amigos de longa data, têm seus próprios aviões e são pilotos experientes. A reportagem entrou em contato com a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e aguarda retorno.

Equipes do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMAR) de Pernambuco encontraram, na madrugada deste sábado (5), o corpo de um jovem de 21 anos, que teria se afogado na praia de Boa Viagem, no Recife, durante um banho de mar na tarde da sexta-feira (4). A ocorrência de afogamento foi registrada à ocasião, mas as equipes de busca não conseguiram localizar a vítima em alto mar.

Uma aeronave do Grupamento Tático Aéreo ajudou a realizar a varredura no local do desaparecimento. Próximo à área, foram encontrados objetos pessoais e documentos que a corporação acredita pertencer ao banhista. O caso ocorreu nas imediações do 1º Jardim, entre as praias de Boa Viagem e Pina.

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Neste sábado, o Plantão do Corpo de Bombeiros informou que “por volta das 03h da madrugada de hoje, Grupamento Marítimo foi acionado para retirar o corpo do mar nas imediações do posto 08 e deixou aos cuidados da Polícia Militar de Pernambuco”.

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O corpo de Manoel Lauriano da Silva, de 30 anos, foi encontrado em estado avançado de decomposição na manhã da quarta-feira (2), próximo à rodovia estadual PI-142, entre as cidades de Marcolândia e Simões, no Sul do Piauí. O homem, que é pernambucano, estava desaparecido há sete dias, após suposto sequestro na cidade de Araripina, no Sertão de Pernambuco, e não foi mais visto desde então. 

Após notar um mau cheiro próximo à via, um local foi verificar e encontrou a vítima, já sem vida. A região é de mata e difícil acesso e, segundo a Polícia Civil de Simões, pode ter sido apenas utilizado para a desova do corpo, e não para a realização do crime. As polícias Militar, Civil e Científica foram acionadas e estiveram no local. O corpo de Manoel foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML). 

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Segundo informou o delegado Ramon Brito, titular da região, ao blog G1, os indícios são de que a vítima foi morta ainda em Araripina, sua cidade natal, e que os autores também sejam munícipes da mesma cidade. A causa da morte não pôde ser identificada pelo estágio avançado de decomposição do corpo, mas Brito acredita que o caso pode ter ligação com o tráfico de drogas. O corpo foi encontrado amarrado com uma corda. 

Manoel Lauriano era morador do bairro de Cavalete I, em Araripina, e teria sido sequestrado por dois homens armados em um veículo modelo Volkswagen Gol, de cor branca, há cerca de uma semana. A dupla teria se aproximado de Manoel e ordenado que o mesmo entrasse no carro. Nenhuma informação foi passada à polícia ou familiares a partir do desaparecimento.

Nego do Borel teria sido visto na tarde da última segunda-feira, dia 4, em Itacuruçá, um distrito do município de Mangaratiba, segundo fontes da colunista Fábia Oliveira, do jornal O Dia. Após a mãe do cantor, Roseli Viana, registrar em delegacia que ele havia desaparecido, fontes alegam que viram Nego visivelmente triste em sua lancha apenas acompanhado do marinheiro.

A assessoria de imprensa do cantor afirmou não ter notícia oficial sobre o paradeiro dele.

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Segundo o Extra, em mensagem para o assessor, Anderson Faria da Silva, Nego disse antes de sumir:

"Obrigado por tudo, você é f***a, foi f***a, mas eu não estou aguentando a pressão, estou com depressão".

Dias antes do sumiço, ele havia feito uma postagem afirmando que iria morar com os peixes. Ele também publicou sobre se sentir depressivo em meio à polêmica causada por conta da expulsão de A Fazenda 13.

"Família, infelizmente estou tentando não deixar isso que aconteceu me abater, mas infelizmente tô aqui pra falar pra vocês que hoje a depressão me tomou. Acabei de chegar de uma festa muito depressivo. Não estou me vitimizando, mas quando vejo que tentei dar o meu melhor em um jogo que mexe com o nosso psicológico, e eu saio envergonhando a minha família e meus amigos, eu me quebro. Em todos os lugares que vou as pessoas só falam de A Fazenda, que estavam torcendo por mim, que parou de assistir porque eu saí... Mãe, eu te amo e te peço perdão por mais uma vez ser um idiota. Fui burro de ter ido para esse reality, mas eu achei que ali eu ia conseguir mostrar o filho, o amigo, o neto, o Leno Maycon que eu sou! Prometo que vou tentar melhorar, mas mãe... dessa vez eu estou tentando entender o que aconteceu. Eu não fiz nada e fui jogado para fora igual a um lixo", escreveu.

No Instagram, Roseli disparou contra os internautas:

"Os juízes da internet estão matando as pessoas. Instagrams e páginas de fofoca também são responsáveis diretamente por isso, promovem o ódio gratuito com textos tendenciosos atacando indiretamente as pessoas. (...) Depois quando acontece o pior, querem ficar fazendo mil postagens falando da pessoa para ganhar biscoito, igual aconteceu com o MC Kevin".

A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma ter esclarecido o desaparecimento das três crianças que moravam em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e estão sumidas desde 27 de dezembro. Segundo o secretário estadual de Polícia Civil, Allan Turnowski, Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, foram mortos por traficantes da facção criminosa Comando Vermelho devido ao suposto envolvimento em um furto de passarinhos.

O responsável por ordenar os assassinatos foi morto, meses depois, porque, ao pedir aos próprios chefes autorização para os crimes, não informou que as vítimas eram crianças. Os chefes temeram que a repercussão do caso prejudicasse o tráfico no bairro em que as crianças moravam.

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As três crianças eram amigas, moravam com suas famílias na favela do Castelar, em Belford Roxo, e na manhã de 27 de dezembro saíram de casa para brincar juntos no campo de futebol vizinho ao condomínio onde moravam. Como eles não voltaram para o almoço, seus familiares estranharam, foram procurá-los no campo e constataram o desaparecimento. Passaram a tarde e a noite procurando os meninos em hospitais, delegacias e até no Instituto Médico Legal, sem sucesso. No dia seguinte eles registraram o caso na Polícia Civil, que iniciou as investigações.

A última imagem dos meninos mostra o trio caminhando juntos pela rua Malopia, no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, no próprio dia 27. Essas imagens só foram localizadas em março - três meses após o desaparecimento deles, portanto.

Em janeiro, familiares das crianças levaram um homem à Polícia Civil e o acusaram de estar envolvido no desaparecimento. Mas os investigadores concluíram que o homem era inocente. Em maio, a polícia fez uma operação na favela do Castelar e prendeu 17 suspeitos, mas não foi divulgada nenhuma ligação entre as prisões e o caso do sumiço.

Em julho, um homem afirmou que os corpos das crianças haviam sido jogados em um rio, acondicionados em um saco preto. A polícia fez buscas e achou um saco com restos mortais, mas exames de DNA indicaram se tratar de animais e não das crianças.

Desde o início das investigações, uma das hipóteses era de que as crianças haviam sido mortas por traficantes do próprio bairro onde moravam, depois de furtar uma gaiola com passarinhos de um parente de um dos traficantes. Segundo Turnowski, essa linha de investigação se confirmou. "Os traficantes do Castelar mataram essas crianças autorizados pela cúpula da facção criminosa. O que a gente tem é que, quando pediu autorização para as chefias do tráfico que estavam presas para punir aquelas crianças, não foi falado que eram crianças", disse à TV Globo o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski.

O responsável pela morte teria sido Willer da Silva, conhecido como Estala, um dos chefes do tráfico na região do Castelar. Ele havia pedido autorização a chefes que estavam presos, sem dizer que as vítimas dos assassinatos eram três crianças. Por isso, depois do crime, Silva foi morto por traficantes do mesmo grupo no complexo da Penha, na zona norte do Rio.

O mandante dessa morte seria Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, que estava preso na penitenciária Vicente Piragibe, no complexo de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio), e no dia 27 de julho conseguiu sair da prisão, mesmo tendo ordens de prisão em vigor, por um esquema de corrupção na secretaria estadual de Administração Penitenciária - em agosto o então secretário Raphael Montenegro foi exonerado e preso.

O inquérito sobre o desaparecimento das crianças ainda não foi concluído, mas deve ser nas próximas semanas, segundo a polícia.

Angustiado com o 'desaparecimento' do filho de 10 anos, após mais de 11h de buscas cansativas, na madrugada deste sábado (21), o eletricista Ataildes da Mata Santos achou o menino quando sentou no sofá de casa, em Blumenau, Santa Catarina. O garoto havia deixado um bilhete de despedida, mas passou as horas escondido dentro do estofado.

Antes do sumiço, Yan Lucas escreveu um comunicado apontando a 'fuga'. "O dia foi bem tenso. Meu filho deixou um bilhete dizendo que tinha fugido, mas me amava", disse o pai ao Uol.

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Ele acredita que a cobrança por mais participação na escola tenha motivado a atitude de Yan. "Cobro muito ele na questão da escola, nas tarefas. Meu filho não tinha feito uma tarefa e a professora mandou um bilhete pedindo explicação. Acho que, por medo, ele ficou acuado", considera.

O desaparecimento

A mãe mora em Brasília e ele costuma ir sozinho às aulas de manhã. À tarde, fica com uma vizinha. No dia do susto, o menino faltou e a direção ligou para Ataildes, que ficou desesperou por não saber o paradeiro do filho.

"O tempo vai passando, fica aquele conflito de sentimento dentro de você, aquela luta interna 'vai dar certo, não vai dar certo', só pensa coisa negativa. A outra pessoa que estava comigo tentava me incentivar", lembra.

O eletricista procurou a Polícia Militar, que auxiliou nas buscas. Ele ganhou um reforço com a ajuda de amigos e vizinhos, que foram às ruas e compartilharam a foto de Yan nas redes sociais.

O encontro

Exausto psicológica e fisicamente, Ataildes chegou em casa às 4h30, ainda com esperança de alguém ter encontrado o garoto e o levado para casa. Ele sentou no sofá-cama e começou a ouvir um barulho estranho.

"Sentei no sofá para pensar o que ia fazer e ouvi um gemido [de sono]. Olhei para a janela e não vi nada. Tive a ideia de puxar a parte do sofá e meu filho estava deitado dentro do sofá-cama. Ele fez um furo no forro, colocou uns panos e lençóis, deitou e fechou. Jamais imaginaria que ele estaria ali dentro", revelou o pai.

Feliz por encontrá-lo e surpreso com a engenhosidade da criança, ele garante que não ia deixar de procurar Yan. "Foi um alívio. A minha outra alternativa era ver as câmeras do comércio da rua para ver para onde ele tinha fugido", indicou.

Uma ossada foi encontrada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) enquanto a corporação fazia buscas em uma área próxima a uma ponte em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, município da região metropolitana do Rio de Janeiro (RJ), local onde teriam sido deixados sacos com corpos de três meninos desaparecidos.

De acordo com informações do G1, os ossos estavam dentro de um saco preto e se assemelham a costelas. O material foi encaminhado para a perícia e deve demorar pelo menos sete dias para análise.

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As informações sobre o caso vieram através de uma denúncia feita nessa quarta-feira (28), quando um homem se apresentou à Polícia Militar acusando o irmão de ter participado da ocultação dos corpos. O fato ocorre após sete meses de investigação.

Ele foi até o 39° BPM (Belford Roxo) e relatou que as três crianças teriam sido espancadas e mortas a mando de José Carlos dos Prazeres Silva, conhecido como “Piranha”, e que os corpos foram levados para uma estrada próxima, culminando em uma ponte.

Após a denúncia, o outro irmão também se apresentou à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense e negou as acusações.

O desaparecimento

Os meninos Lucas Matheus, 9 anos, Alexandre Silva, 11, e Fernando Henrique, 12, desapareceram no dia 27 de dezembro de 2020, após saírem para brincar em um campo de futebol ao lado do condomínio onde moram, no bairro Castelar, em Belford Roxo.

As crianças costumavam voltar para a casa depois das brincadeiras e, naquele dia, as famílias estranharam a demora e começaram as buscas por conta própria. Familiares percorreram hospitais, IML e delegacias, além de também postarem nas redes sociais fotos das crianças.

Sem pistas, as mães dos meninos foram, no dia seguinte, à Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense. As investigações, no entanto, só iniciaram uma semana após o crime, mesmo com a pouca idade dos desaparecidos.

A investigação

A polícia iniciou a busca por imagens de câmeras de segurança que tivessem registrado os passos dos meninos, mas nada foi encontrado. Seguindo uma lógica apontada como negligente pelos familiares das crianças e por entidades antirracistas, as primeiras testemunhas também só foram ouvidas uma semana depois do desaparecimento.

Mais de dois meses depois do sumiço, em março, os promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) analisaram o material recolhido pela polícia e encontraram imagens de câmeras de segurança mostrando os meninos passando por uma rua em um bairro vizinho ao que moravam.

Os suspeitos

No dia 20 de julho, a PM prendeu um homem que, de acordo com a corporação, teria envolvimento com o caso. Apesar da detenção, o homem conhecido como “Rabicó” não consta nas investigações da Polícia Civil sobre o caso. Ele seria um traficante na comunidade Castelar, região de onde eram os meninos, e seu celular foi encaminhado para análise.

Outros dez suspeitos tornaram-se réus por torturar um homem acusado injustamente pelo sumiço dos meninos. Segundo a polícia, o rapaz é inocente e foi espancado a mando de traficantes de uma organização criminosa.

Entre os denunciados, está o tio de Lucas e Alexandre, que teria atraído o homem para uma emboscada. Além dele, está também Wiler Castro da Silva, conhecido como “Estala”, gerente do tráfico de drogas do Castelar e apontado como suspeito do desaparecimento dos menores.

Até agora, contudo, ninguém sabe o que de fato aconteceu com Lucas, Alexandre e Fernando.

Cinco casos por dia antes da pandemia, oito durante a quarentena de 2020, e 16 agora: o Peru registra um aumento silencioso e alarmante do desaparecimento de mulheres.

As famílias afetadas asseguram que a polícia e o Ministério Público não se preocupam muito em investigar estes casos, porque presumem que as vítimas saíram voluntariamente, sem considerar que o Peru tem altos números de feminicídio e que existem redes de tráfico de pessoas e de prostituição forçada.

"Não há investigação séria. Pensávamos que a polícia nos ajudaria, mas não é o caso", diz à AFP Patricia Acosta, que procura há cinco anos sua filha de 23 anos e suas duas netas, desaparecidas depois de uma festa infantil em Lima.

- Problema endêmico -

O desaparecimento de mulheres é um problema endêmico no Peru, mas os cidadãos parecem estar mais preocupados com a pandemia e com a crise econômica.

No primeiro semestre, foram denunciados 2.891 desaparecimentos de mulheres, uma média de 16 por dia, segundo a Ouvidoria. Quase dois terços são menores (1.819).

Durante a quarentena de mais de 100 dias devido à pandemia em 2020, entre março e junho, ocorreram em média oito desaparecimentos por dia, e cinco em 2019, segundo dados oficiais.

"Esse aumento é preocupante, porque estamos falando de mulheres que, em sua maioria, são meninas e adolescentes", diz a vice-diretora de Direitos da Mulher da Ouvidoria, Eliana Revollar, à AFP.

"Há organizações [criminosas] que estão por trás disso, e essa é uma questão que preocupa a Ouvidoria", afirma.

"É um número alarmante, e tão alarmante que, por exemplo, também existe uma associação para o desaparecimento de mulheres com os feminicídios", acrescenta.

Em 2019, um décimo dos 166 feminicídios foram inicialmente classificados como desaparecimentos, de acordo com a Ouvidoria. No primeiro semestre deste ano ocorreram 76 feminicídios, número semelhante a 2020.

"Temos casos em que os cônjuges, depois de matarem as esposas, denunciam o desaparecimento e fingem que procuram suas parceiras", relata Revollar.

- "Busca sem prazo de validade" -

Patricia Acosta conta que sua filha Estefhany Díaz, de 23 anos, levou as filhas Tatiana, 5, e Yamile, 7 meses, para uma festa infantil no domingo de 24 de abril de 2016. Elas nunca mais voltaram.

"É como se a terra as tivesse engolido. Minha filha não desapareceu, desapareceram com ela. Ainda estamos procurando por elas, não tem prazo de validade", lamenta a mulher de 49 anos.

Norma Rivera, de 56, procura por sua filha Shirley Villanueva há mais de quatro anos.

Shirley desapareceu depois de ir com três colegas da faculdade de Geografia para um local, onde assistiria a uma partida entre as seleções do Peru e da Venezuela, em 23 de março de 2017.

"Até hoje, apesar das circunstâncias, apesar da pandemia, continuo procurando", declara Rivera, que percorre as praias e outros lugares de Lima em busca de pistas para encontrar sua filha de 24 anos.

Dias depois, seus colegas contaram à polícia que, depois da partida, foram para a praia de Marbella, beberam álcool, Shirley entrou no mar e se afogou. Não há cadáver, nem outra evidência que apoie essa versão. A mãe continua, então, a procurar pela filha desaparecida.

"Enquanto eu tiver vida e força, continuarei na luta para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com minha filha", diz Rivera.

Em fevereiro de 2020, gerou grande comoção a descoberta em Lima do corpo mutilado de Solsiret Rodríguez, uma estudante universitária e ativista contra a violência de gênero de 23 anos, desaparecida quatro anos antes.

Seu desaparecimento mobilizou organizações femininas, mas a polícia garantiu que Solsiret havia partido para o norte do país com uma amiga. O então ministro do Interior, Carlos Basombrío, declarou o mesmo perante o Congresso.

Após a descoberta, o ex-ministro se desculpou e afirmou que o trabalho de investigação policial foi "terrível e até frívolo".

Pelo crime contra a universitária, foram presos seu cunhado e a companheira dele.

Desde o dia 1º julho deste ano, amigos e familiares de Natanael Wagner, de 24 anos, estão em busca do jovem na cidade do Recife. Natan, como é conhecido, é natural de São José do Belmonte, Sertão pernambucano, e veio para a capital acompanhado de um primo para realizar uma obra em um apartamento, localizado no bairro da Madalena, Zona Oeste da cidade.

Na ocasião, Natan, que é pessoa com deficiência mental, saiu do imóvel por volta das 5h da manhã. De acordo com Isabel Sousa Rodrigues, esposa do primo do jovem, a ação foi confirmada pelo porteiro do prédio.

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"Por volta das 7h, o porteiro avisou ao primo dele (de Natan), que saiu para procurar no entorno do bairro da madalena. Sem sucesso, foi feito um B.O em algumas delegacias como a DHPP, no Cordeiro, e da Madalena, e foi solicitado a confecção de cartazes para distribuir pela cidade para tentar divulgar de alguma forma o desaparecimento", contou em entrevista ao LeiaJá.

Agressão

Durante as buscas, os familiares receberam algumas informações sobre a localização do rapaz. Uma delas chegou por meio de fotografias em que mostravam Natanael com alguns ferimentos.

"No dia 3, ele foi visto bastante transtornado em um restaurante. Ele chegou a ser colocado para fora e, por estar muito nervoso, acabou quebrando os vidros de alguns carros. Algumas pessoas queriam linchar ele, chegaram a bater nele e, pelo que contaram, o segurança do restaurante não permitiu", relatou Isabel.

A mãe do jovem, Sônia Maria Pereira de Sousa, confirmou a afirmação e acrescentou que o estabelecimento é localizado na Avenida Recife,. A presença de Natan no local foi registrada pelas câmeras de segunrança do restaurante.

Durante a confusão, o rapaz acabou sendo detido e conduzido até a Delagacia da Boa Vista, localizada no centro do Recife. "Meu filho não estava bem e, por isso, fez o que fez. Ele foi liberado no domingo (4), mas isso não pode ter acontecido. A polícia já tinha tudo, B.O, o nome dele, era só checar, bater as informações", desabafa Sônia.

O LeiaJá entrou em contato com a Polícia Civil, no entanto, até o fechamento da matéria, não tivemos retorno.

Trote

Mesmo diante da angústia, a familia de Natanael é vítima de trote. Sônia contou que, recentemente, recebeu ligações de pessoas que dizem estar com o filho. "A gente colocou os número de telefone para ajudar na busca, mas a gente recebeu um trote. Uma pessoa ligou dizendo que estavam com ele, com armas, falando que vão matar, pedindo dinheiro", relata.

De acordo com a mãe de Natan, a situação já foi relatada à delegada responsável pelo caso e a familia aguarda um posicionamento sobre o ocorrido.

Ausência de informações 

Desde os primeiros dias do desaparecimento do jovem, os familiares realizam distribuição de cartazes e rondas pelos bairros do Recife na tentativa de encontrar Natanael. Para a reportagem, a mãe relatou que a ausência de notícias do filho, até mesmo pela polícia, é angustiante. 

"Estamos fazendo tudo. Onde tem morador de rua, a gente vai. Hoje, a gente foi bater em Boa Viagem. A gente não recebe informações da polícia, se não fosse a gente...", desabafa.

Sônia aproveitou para fazer um apelo: "Eu gostaria de pedir que se a população visse ou a polícia que faz ronda à noite encontrasse ele, avisasse a gente, ligasse para qualquer informação verdadeira".

As informações sobre a localização de Natanael Wagner podem ser passadas por meio dos números: (81) 99225-6075 e (87) 99118-2506.

Familiares da adolescente Emilly Mendes da Silva, de 14 anos, desaparecida desde a primeira semana de junho, realizaram novo protesto cobrando resposta das autoridades na tarde de hoje (21). O ato teve concentração na Avenida Cleto Campêlo, no Centro, em Moreno, Região Metropolitana do Recife, e foi organizado pela família. A jovem desapareceu há 17 dias e desde então, pais e familiares têm rotina de angústia e incertezas, pela ausência de informações sobre o paradeiro da menina.

Emilly foi vista pela última vez no dia 5, quando saiu para trabalhar junto à irmã, mas apenas a irmã retornou. Após perder benefícios de programas sociais durante a pandemia, a família se viu sem recursos e todos passaram a contribuir com as despesas em casa. A adolescente vendia cocadas pelas ruas de Moreno e conhece bem as redondezas. Segundo a amiga da família e co-organizadora do protesto, Ana Claudia, Emilly é esperta, lê e escreve bem e saberia voltar para casa, caso estivesse por perto.

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Claudia diz ainda que a família tomou conhecimento, através de quatro diferentes ligações telefônicas, por canais próprios, de que Emilly tinha sido vista nas ruas de Olinda, no Grande Recife. As informações ainda serão levadas para a Polícia Civil, que toma conta do caso. O Conselho Tutelar de Moreno também já está ciente, mas segundo a fonte, não presta assessoria direta ao caso. O LeiaJá tentou entrar em contato com o Conselho, mas não obteve sucesso. Até o momento da publicação, a Polícia Civil ainda não havia respondido.

Segundo relatos dos familiares nas redes sociais, onde a hashtag “OndeEstáEmily” ganha popularidade, a investigação está estagnada há dias. Toda a mobilização e troca de informações que podem ser relevantes têm sido promovidas por parentes e amigos.

Caso possua alguma informação sobre o paradeiro de Emilly, entre em contato:

Josivaldo (tio): 81 9 8570-8573

Ana Claudia (amiga): 81 9 8529-0675

Cristiane Gomes (amiga): 81 9 9345-3586

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Uma família de Sorocaba, São Paulo, está na procura pelo corpo de Noel José de Almeida Gomes, 51 anos, que morreu de Covid-19 no fim de semana e teve o corpo liberado para sepultamento no lugar de outra pessoa. O caso aconteceu na Santa Casa de Sorocaba.

Os familiares apontam que iriam enterrar Noel na última segunda-feira (14), mas até a manhã desta terça-feira (15) ainda não sabiam onde estava o cadáver. Roberta Gomes, esposa de Noel José, informou à TV Tem que o homem deu entrada em um hospital da Zona Oeste de Sorocaba no dia 3 de junho com os pulmões comprometidos por conta da doença.

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Ele ficou internado até o último sábado (12), quando o seu quadro de saúde piorou e ele foi transferido para a Santa Casa de Misericórdia, vindo a óbito no domingo (13). 

Ainda em depoimento à TV, Roberta salientou que os familiares contrataram uma funerária de Pilar do Sul para fazer a retirada do corpo, mas a funerária encontrou no necrotério do hospital o corpo de uma mulher.

A família vai pedir na Justiça para desenterrar o corpo levado para o cemitério Santo Antônio para ver se é o de Noel. Uma sindicância para apurar os eventuais enganos foi aberta pela Santa Casa, que disse lamentar o ocorrido.

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