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A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou, nesta terça-feira (14), o projeto de crédito suplementar que libera verba para universidades e instituições federais brasileiras. Além disso, bolsas de pesquisa científica também terão dinheiro bloqueado pelo contingenciamento promovido pelo Governo Bolsonaro "devolvido". Agora, a medida seguirá para deputados e senadores em sessão conjunta no Congresso.

Serão assegurados, às instituições federais de ensino superior, R$ 1 bilhão para término das atividades anuais. Já as bolsas de pesquisas científicas terão retorno de R$ 330 milhões ainda este ano. Nas redes sociais, a União Nacional dos Estudantes (UNE) comemorou o feito. "Derrota do governo Bolsonaro! Agora, serão obrigados a recuar dos cortes em educação e ciência. Na votação dos créditos suplementares da comissão do Orçamento, serão devolvidos 1bi para educação e 330 mi para bolsas de estudos. Viva a luta dos estudantes! Todos às ruas dia 14/06!", afirmou a UNE em publicação Twitter.

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O contingenciamento nas universidades e instituições de ensino superior foram anunciados em abril deste ano. Por conta do déficit nas verbas, diversas universidades alegaram que as atividades seriam suspensas antes do término do ano letivo, como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), admitiu a possibilidade de não ofertar vagas no segundo semestre do ano.

Também foram cortadas verbas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que culminou com o cancelamento de várias bolsas de pós-graduação no Brasil. Recentemente, a UFPE anunciou o corte de 78 delas.

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A Justiça Federal acolheu pedido da força-tarefa da Operação Lava Jato e autorizou que sejam transferidos R$ 681.043.425,20 que estavam depositados em conta judicial, decorrentes de acordo de leniência celebrado com a empresa Braskem. Do total, R$ 416.523.412,77 serão destinados à União e R$ 264.520.012,43 retornam para os cofres da Petrobras.

A informação foi publicada pelo Ministério Público Federal nesta sexta-feira, 7. As decisões são da juíza substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal, e foram tomadas hoje e em 28 de maio.

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De acordo com o Ministério Público Federal, no Paraná, a destinação dos valores à União foi solicitada pela força-tarefa após a celebração de um novo acordo de leniência pela empresa com a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) na última semana.

O instrumento firmado pelos órgãos reconhece o termo de leniência da Braskem com o Ministério Público Federal, homologado pela 13ª Vara Federal de Curitiba e pela 5ª Câmara de Coordenação e Revisão da Procuradoria. Paralelamente, o Ministério Público Federal reconhece o acordo firmado na esfera administrativa e se valeu dos cálculos efetuados pela CGU/AGU para propor a divisão dos valores entre as entidades públicas vitimadas, União Federal e Petrobras.

Em nota, a Procuradoria registrou que, "desta forma, o acordo com a CGU e AGU consolida um modelo de leniências paralelas e complementares: a do Ministério Público Federal, que já tinha sido celebrada com a empresa, e a dos órgãos do Poder Executivo federal". Segundo a Lava Jato, neste modelo, cada acordo respeita e complementa os efeitos do outro, conferindo a necessária segurança jurídica.

"Cria-se ainda um ambiente atraente para novos proponentes, incentivando novas empresas a revelarem outras situações de corrupção de que tenham participado", informa a nota.

Na decisão, Gabriela Hardt afirma que "para dar maior segurança às empresas que pretendem celebrar acordos de leniência, reputo extremamente louvável constatar que nos presentes autos há convergências significativas entre o Ministério Público Federal, a Controladoria Geral da União e a Advocacia Geral da União para definição dos valores devidos aos entes federais lesados".

Do valor integral autorizado a ser transferido pela Justiça, serão destinados para a Petrobras R$ 264.520.012,43. Com mais esta quantia, chega a R$ 828.749.693,08 o total já pago pela Braskem S.A dentro de seu acordo de leniência com o Ministério Público Federal e que foi devolvido à estatal petrolífera. Uma das devoluções de recursos da empresa, pela Justiça, em favor da Petrobras, ocorreu em 2017 (R$ 362.949.960,81), e outra em 2018 (R$ 201.279.719,84).

"A celebração de acordos de leniência sobre sanções de improbidade administrativa foi uma inovação promovida pela força-tarefa da operação Lava Jato. Tanto os acordos de leniência como os de colaboração premiada firmados ao longo dos últimos anos pela força-tarefa da operação Lava Jato foram essenciais para a expansão das investigações e o desvelamento do maior esquema de corrupção já investigado no Brasil e um dos maiores do globo", registra a nota da Lava Jato.

"Possibilitaram ainda o ressarcimento de prejuízos causados aos cofres públicos em cifras recordes, que se encontram dentre as maiores em acordos da espécie no mundo."

Segundo a Procuradoria, a destinação aos entes públicos lesados, seja a título de multa, seja a título de ressarcimento, é a regra para os acordos de leniência celebrados pelo Ministério Público. A Lava Jato aponta que, no âmbito da operação, já foram devolvidos valores para a Petrobras e para outras vítimas.

O Ministério Público Federal afirma que o total de valores devolvidos pela Lava Jato por meio de acordos de leniência, colaboração premiada, um termo de ajustamento de conduta e uma devolução voluntária chega a R$ 3.184.422.462,96.

Fazem parte deste total os R$ 2.767.899.050,19 devolvidos para a Petrobras, os R$ 416.523.412,77 que agora serão depositados junto à União, além de outros R$ 59 milhões provenientes de um acordo de leniência pelo Ministério Público Federal que foram transferidos para o juízo da 11ª Vara da Seção Judiciária de Goiás, referentes ao Caso Valec Engenharia.

Os recursos que empresas e colaboradores já se comprometeram a restituir a entes públicos na Lava Jato ultrapassam R$ 13 bilhões, segundo a operação.

"A recuperação de todo este dinheiro é resultado de um trabalho técnico e esforçado, alavancado pela eficiência trazida pelos acordos de colaboração premiada e de leniência do Ministério Público Federal, em parceria com equipes da Polícia Federal e Receita Federal", destaca a Lava Jato.

A Procuradoria informou que iniciou tratativas com a Caixa Econômica Federal para permitir que as contas judiciais abertas para receber pagamentos decorrentes de acordos de leniência e colaboração premiada possam ser corrigidos por índices que mantenham seu valor real.

Na terça-feira, 4, a Coordenadora da 5ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF (5CCR), Subprocuradora-Geral da República Maria Iraneide Olinda Santoro Facchini, acompanhada de membros da Comissão Permanente de Assessoramento para Acordos de Leniência e Colaboração Premiada, reuniu-se com a diretoria jurídica da Caixa Econômica Federal para tratar do assunto.

Na ocasião, o banco público apresentou os fundamentos legais para a aplicação do índice atualmente utilizado (TR - Taxa Referencial calculada pelo Banco Central), assim como as possibilidades jurídicas aventadas para a utilização de outras fórmulas de correção.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reprovou, nesta quinta-feira (11), a prestação de contas do Partido dos Trabalhadores (PT) de 2013. A decisão, por unanimidade, determinou que o PT devolva R$ 5,2 milhões aos cofres públicos.

Segundo o TSE, o valor corresponde a 8,9% do total recebido do fundo partidário naquele ano. O montante foi aplicado irregularmente pela legenda e não foi esclarecido, de acordo com a Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do tribunal.

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Entre as irregularidades, está o fretamento de aeronaves com recursos do Fundo Partidário sem a comprovação de quem eram os passageiros e ausência de documentos que comprovassem a vinculação das viagens com atividades partidárias.

O relator do caso no TSE foi o ministro Luís Roberto Barroso. De acordo com ele, somadas as irregularidades atingem 11% dos recursos recebidos pelo partido naquele ano. “Esse valor expressivo em termos absolutos e percentuais acarreta a desaprovação das contas, uma vez que compromete a sua regularidade e transparência”, afirmou Barroso.

Na ótica de Barroso, a falta de informações, mesmo que haja boa fé, impede a fiscalização. “Não se trata de questionar a boa fé da agremiação quanto às informações inseridas na planilha, mas de assegurar à Justiça Eleitoral meios de aferição da veracidade das informações prestadas, sem as quais fica esvaziado o controle por ela exercido”, disse ao proferir seu voto.

As autoridades de fronteira dos Estados Unidos têm como objetivo quadruplicar o número de solicitantes de asilo que são devolvidos a cada dia ao México, em meio a esforços do presidente Donald Trump para evitar o crescente número de cidadãos centro-americanos que chegam ao país. A informação foi revelada por um funcionário do governo, que falou sob condição de anonimato à Associated Press.

Este seria o projeto mais recente para aliviar um sistema de imigração que se encontra com dificuldades internas. Centenas de agentes que antes inspecionavam cargas e veículos na entrada do país foram deslocados para ajudar a transportar os imigrantes.

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A secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, pediu voluntários a agências migratórias dentro de seu departamento e enviou uma carta ao Congresso no fim da semana passada solicitando recursos e maior autoridades para deportar famílias mais rapidamente, além de se reunir com autoridades do México e da América Central.

Estes esforços ocorrem ao mesmo tempo em que Trump ameaça fechar completamente a fronteira com o México, uma medida que teria repercussões econômicas graves para ambos os países. No fim da tarde deste sábado, o presidente americano voltou a tocar no assunto via Twitter e a pedir que o governo do mexicano seja mais eficiente em suas políticas imigratórias.

O governo Trump também anunciou que estava suspendendo a ajuda a países centro-americanos, de onde partem os maiores contingentes de imigrantes.

Cerca de 60 pessoas em busca de asilo são devolvidas a cada dia ao México por meio dos portos internacionais de San Ysidro, Calexico e El Paso, de acordo com a fonte. Só são permitidos a eles voltar aos Estados Unidos na data em que têm de comparecer ao tribunal de imigração. Fonte: Associated Press.

O ex-policial militar Fabrício Queiroz recebeu irregularmente R$ 16,8 mil como auxílio-educação para uma das filhas entre 2007 e 2011, quando trabalhava como assessor do então deputado estadual do Rio, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL). As informações são do portal G1 e foram confirmadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O montante foi recebido como auxílio-educação para a personal trainer Nathália de Melo Queiroz. A filha do ex-assessor não tinha direito ao benefício porque, na época, trabalhava na própria Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). De acordo com as regras, a verba só pode ser concedida para dependentes que não estejam empregados. Assim como Fabrício, Nathália trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro.

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A Alerj confirmou que Fabrício Queiroz recebeu os valores irregulares em três períodos: de 20 de setembro de 2007 a 4 de março de 2008; de 11 de março de 2008 a 1º de fevereiro de 2011; e de 1º de abril de 2011 a 1º de agosto de 2011.

De acordo com a Assembleia, o ex-assessor devolveu os valores em 36 parcelas. O auxílio teria sido renovado depois do caso conhecido como "bolsa fraude", em 2008. Na ocasião, todas as bolsas foram cortadas e, para conseguir uma renovação, os funcionários precisavam assinar uma declaração que estavam cientes das regras para concessão. Queiroz assinou o documento.

Segundo o G1, a situação teria sido descoberta em 2011 quando, ao tentar renovar o benefício, Queiroz forneceu o número de matrícula da filha. Por causa disso, o departamento pessoal teria percebido que Nathália era nomeada na Casa e, como tal, não teria direito ao auxílio.

A Comissão Permanente de Processo Administrativo da Assembleia analisou o caso e recomendou a devolução dos valores. A sugestão foi acatada pelo então primeiro-secretário da Casa, deputado Wagner Montes.

Em sua defesa no processo administrativo, Queiroz declarou que "não prestou atenção no documento que assinou".

Investigações suspensas

Na última quinta-feira, dia 17, o vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, atendeu a um pedido da defesa de Flávio Bolsonaro e determinou a suspensão da investigação sobre movimentações financeiras atípicas de Fabrício Queiroz.

A decisão de Fux vale até o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo no Supremo, analisar o caso depois que o tribunal retomar as suas atividades, no dia 1.º de fevereiro.

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), revelado pelo Estado em dezembro do ano passado, apontou movimentações atípicas de servidores da Alerj. O órgão constatou que, de janeiro de 2016 a 31 de janeiro de 2017, Queiroz movimentou mais de R$ 1,2 milhão em uma conta bancária.

Clientes que desistirem da compra de um imóvel negociado na planta terão de pagar até 50% do valor já dado à construtora como multa para desfazer o negócio, de acordo com projeto aprovado nesta quarta-feira (5) na Câmara dos Deputados que regulamenta o chamado "distrato imobiliário". A proposta segue para sanção do presidente Michel Temer.

Casos julgados na Justiça nos últimos anos previam retenção de 10% a 25% do valor já pago como multa. O projeto já tinha sido aprovado na Câmara, foi para o Senado e teve de ser apreciado novamente pelos deputados porque os senadores modificaram o texto.

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A multa de metade das parcelas já pagas será aplicada à maioria dos imóveis construídos atualmente no Brasil que usam o chamado regime de afetação - o empreendimento tem CNPJ e contabilidades próprios, separado legalmente da construtora.

Esses sistema, que protege o patrimônio de cada projeto, foi adotado nos anos 2000 após problemas que afetaram milhares de clientes em efeito cascata, como na Encol. Caso o imóvel não esteja nesse regime, a multa máxima será de 25%.

O projeto também legaliza a tolerância de seis meses de atraso para as construtoras entregarem os imóveis sem pagar multa para o comprador.

No Senado, foram incluídas alterações no texto para que os contratos de compra de imóveis apresentem um quadro-resumo com as principais informações de aquisição, como preço total a ser pago, taxas de corretagem e formas de pagamento. Os deputados concordaram com essa mudança.

Além da multa que poderá chegar a 50%, também serão descontados do consumidor a comissão de corretagem, impostos, taxas de condomínio e, caso a desistência ocorrer após o comprador começar a morar no local, poderá ser cobrado valor como uma espécie de aluguel a ser decidido pela Justiça.

Substituto. Só haverá uma possibilidade de desistir do negócio e fugir da multa: caso o comprador encontre um novo interessado em assumir a dívida e o imóvel. O cliente substituto ficará com todos os direitos e obrigações do original e precisa ser aprovado pela construtora.

Se o cliente apenas devolver as chaves, será preciso ter paciência para reaver o dinheiro de volta. Caso o imóvel seja construído no regime de afetação, o cliente será reembolsado em uma única parcela em até 30 dias após o habite-se, autorização para que os compradores possam ocupar o imóvel. Portanto, o cliente terá de esperar a conclusão do empreendimento. Caso o projeto não seja nesse regime, a devolução do dinheiro ocorrerá em até 180 dias após a assinatura do distrato.

As discussões no Congresso em torno dos distratos começaram em janeiro do ano passado. Os empresários do setor, que acompanharam de perto a tramitação, dizem que a medida dará segurança para ampliar investimentos (lei mais ao lado).

Consumidor

O advogado Dori Boucault, especialista em direitos do consumidor e que atuou por 25 anos no Procon, considera desproporcional a multa de até 50% em caso de distrato. Se o projeto for sancionado pelo presidente e virar lei, a saída para os consumidores que se sentirem prejudicados é acionar órgãos de defesa, diz ele. Esses órgãos poderão entrar na Justiça com ações coletivas de inconstitucionalidade para reverter a lei. Do ponto de vista do mercado imobiliário, o advogado acredita que os consumidores ficarão mais cautelosos. Com isso, as vendas poderão recuar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Militar (PM) do Distrito Federal foi acionada para uma ocorrência incomum na última segunda-feira (8). Um homem que havia acabado de ter o pedido de empréstimo recusado em um banco procurou os policiais para devolver uma carteira de R$ 3,4 mil encontrada na rua.

Walter Hudson dos Santos, de 47 anos, motorista desempregado, havia tentando um empréstimo de R$ 250 em uma agência bancária. Quando deixou o local, viu no chão uma carteira com notas de R$ 100 para fora.

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Coincidentemente, ao procurar a PM para pedir ajuda, descobriu que a carteira pertencia a um PM aposentado, o sargento José Pedro da Silva, de 50 anos. O sargento tinha ido à agência para pagar as contas da família.

O desempregado contou ao G1 que em nenhum momento pensou em ficar com dinheiro. Após o ocorrido, a própria PM do Distrito Federal propôs um encontrou entre Walter e o sargento. O policial aposentado presenteou o homem com R$ 500. O valor será usado para comprar alimentos, gás de cozinha e remédios para a mãe.

Além do rombo nas contas públicas que se estenderá pelos próximos anos, um esqueleto de mais de R$ 250 bilhões pode cair nas mãos do próximo presidente da República. Embora o Supremo Tribunal Federal (STF) tenha decidido em março de 2017 que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado pelos governos estaduais não pode ser considerado na base de cálculo do PIS/Cofins cobrado pelo governo federal, a corte mais alta do País ainda não determinou se a União terá de devolver aos contribuintes o imposto recolhido a mais.

O acórdão da decisão de março de 2017 foi publicado em outubro e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) imediatamente ingressou com recurso no STF, que ainda não foi julgado. O órgão pediu que o tribunal modulasse a decisão, ou seja, determinasse que seus efeitos só tivessem validade a partir de determinado momento.

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A equipe econômica defende que o passivo máximo que poderia ser considerado é de R$ 100 bilhões, valor correspondente ao impacto de cinco anos antes da decisão do STF. As perdas, porém, chegariam a R$ 250,3 bilhões se o período considerado fosse de 2003 a 2014 e todos os contribuintes cobrassem na Justiça. No entanto, a PGFN luta para evitar a cobrança retroativa de qualquer valor.

A relatora do recurso é a ministra Cármen Lúcia, que deixará o comando do tribunal em setembro sem levar o tema ao plenário. Procurado, o gabinete da ministra não respondeu sobre a previsão de liberar os embargos para julgamento. Embora não seja incomum que recursos levem um ano ou mais para voltarem a ser apreciados pelo colegiado, especialistas no tema esperavam que Cármen Lúcia apresentasse seu voto durante seu tempo na presidência da corte.

"Havia grande expectativa de que o recurso fosse votado no primeiro semestre. Em termos econômicos, esse é o maior caso pendente no Supremo. Dada a sua relevância, o tema deveria já ter sido analisado há mais tempo", considera Bruno Teixeira, advogado do escritório Tozzini Freire.

Enquanto o recurso não é julgado, o governo não devolve os valores ao setor produtivo, que vem brigando na Justiça para começar a compensar esses créditos tributários com base na repercussão geral da decisão do ano passado. A jurisprudência do STF já define que embargos de declaração não dão efeito suspensivo e muitas empresas vêm conseguindo vitórias em tribunais de instâncias inferiores.

Insegurança

A sócia do escritório Mattos Filho, Glaucia Lauletta Frascino, avalia que a demora do Supremo traz imprevisibilidade para os contribuintes. "A matéria já foi apreciada e não vejo motivo para a modulação dos efeitos. Mas apenas após o trânsito em julgado do caso os recursos individuais poderão ser encerrados. Até lá, os contribuintes continuarão dependendo das decisões dos tribunais regionais em casos específicos", afirma. "É lamentável essa insegurança."

A advogada explica que os R$ 250,3 bilhões que o governo alega que teria de devolver caso o STF não module a decisão não seriam uma "bomba fiscal" imediata. "Não há esse efeito catastrófico alegado pela PGFN, porque a devolução se daria gradualmente na forma de créditos tributários, que seriam abatidos ao longo do tempo pelas empresas", explica.

Além do efeito retroativo, a Receita Federal calcula que a retirada do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins tenha impacto anual de R$ 45,8 bilhões na arrecadação, considerando valores de 2018. O Fisco ainda considera um impacto de R$ 6,54 bilhões com a retirada do Imposto sobre Serviços (ISS) municipal da base do tributo federal.

"Os efeitos da decisão reduzirão a arrecadação do PIS/Cofins, cujo movimento está sendo monitorado, mas no momento não há informações que permitam avaliar com precisão o comportamento do contribuinte em relação a esta parcela do tributo", afirma a Receita, em nota.

Para o gerente de Políticas Fiscal e Tributária da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mario Sergio Carraro Telles, a indefinição jurídica prejudica a concorrência entre empresas. "Grandes companhias têm conseguido decisões favoráveis à compensação de créditos, enquanto outras não conseguem o benefício. Isso causa um desequilíbrio importante na concorrência entre elas porque se tratam de valores significativos. Essa corrida ao Judiciário é extremamente ruim para o ambiente econômico", alerta.

Para o diretor executivo da CBPI Produtividade Institucional, Emerson Casali, a resolução da questão implode o atual modelo de cobrança de impostos sobre impostos e obriga o governo a discutir uma reforma tributária. Ele lembra, no entanto, que o governo deve ajustar as alíquotas do PIS/Cofins para compensar a perda de arrecadação com a saída do ICMS e outros tributos da base de cálculo.

"O ICMS hoje é em média 27% da base de cálculo do PIS/Cofins, enquanto o ISS tem participação pequena. Por isso, o setor de serviços não irá aceitar que uma reforma no PIS/Cofins venha com calibragem linear das alíquotas que acabe afetando todos da mesma maneira", adianta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Achar dinheiro na rua é um sonho para muita gente, principalmente nesse momento de crise que os brasileiros estão vivendo. O taxista Wilson Benício, de 62 anos, não só teve essa sorte, como o valor encontrado ultrapassava a quantia de mil reais. Mas ele não quis saber de levar o dinheiro para casa e prontamente procurou a dona. Esse fato, que aconteceu na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, chamou a atenção pela a honestidade do taxista que fez questão de entregar o valor nas mãos da mulher.

Conforme divulgado pelo Portal OP9, o homem confirmou que o dinheiro foi encontrado no chão do centro de Mossoró, preso a uma fatura de cartão de crédito - o que facilitou para que ele encontrasse a dona dos R$ 1.050. Jackeline Morais, que trabalha como vendedora, disse ter ficado surpresa e ainda ofereceu R$ 200 ao Wilson, que só aceitou R$ 20 para ajudar na gasolina.

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"Minha alegria em devolver foi maior do que a dela de receber", afirmou Wilson. Jackeline já não tinha mais esperança de reaver o valor que correspondia a quase todo o seu salário. "Eu achei que não ia mais encontrar o dinheiro porque é difícil encontrar uma pessoa honesta nos dias de hoje", falou a vendedora ao site.  

O ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Jonas Lopes Junior, e seu filho, Jonas Lopes Neto, terão que devolver R$ 13,3 milhões aos cofres públicos, de acordo com determinação do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A decisão segue o que havia sido combinado no acordo de colaboração premiada de Lopes, que forneceu informações que levaram a prisões de outros conselheiros do TCE-RJ e de empresários do transporte público, nas operações Quinto do Ouro e Ponto Final.

O esquema descoberto pelas investigações previa a concessão de decisões favoráveis no Tribunal de Contas em troca de pagamentos mensais de ao menos R$ 50 mil e funcionou entre 1999 e 2016. O Ministério Público Federal (MPF) apontou que os crimes cometidos foram corrupção, evasão de divisas, organização criminosa e lavagem de ativos.

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Jonas Lopes foi condenado ainda a sete anos de prisão, sendo um ano e meio de prisão domiciliar em um imóvel rural em Além Paraíba, Minas Gerais, sob monitoramento eletrônico. Depois desse período, ele vai prestar dois anos e seis meses de serviços comunitários na mesma cidade, durante 15 horas semanais, passando fins de semana e feriados em casa. Ao fim, ele terá três anos de regime aberto, com comprovação mensal de atividades.

O advogado Jonas Lopes Neto terá  que cumprir três anos de prestação de serviços à comunidade, também por 15 horas semanais.

A mesma sentença também traz punições para o empresário Álvaro Novis, que terá que devolver R$ 17 milhões aos cofres públicos, em dez parcelas de R$ 1,7 milhão. O doleiro terá que cumprir ainda cinco anos e seis meses de prisão, sendo seis meses em regime fechado, que já foram cumpridos no período de prisão preventiva. Além disso, ele terá um ano e seis meses de prisão domiciliar e prestação de serviços à comunidade por 40 horas semanais durante mais três anos e seis meses.

Já Jorge Luiz Mendes foi condenado a pagar R$ 460 mil e cumprir cinco anos de reclusão em regime semiaberto. Outro réu no mesmo processo era Edimar Moreira Dantas, que recebeu perdão judicial. Segundo a decisão, sua participação no crime teve menor importância e sua colaboração foi relevante para o esclarecimento dos fatos.

O dinheiro devolvido será depositado em uma conta judicial e ficará sob guarda da Justiça Federal até ter outra destinação.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é possível trocar ou devolver medicamentos às farmáciais. 

O Código de Defesa do Consumidor determina que a devolução seja feita caso o remédio apresente risco ao indivíduo e que é de responsabilidade da farmácia receber o item, permitir que o comprador troque o produto pelo mesmo de outra marca ou devolver o dinheiro ao consumidor. Alguns desvios de qualidade observados em medicamentos são: alterações de aspecto, cor, odor, sabor, número errado de comprimidos na embalagem ou validade do produto. 

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Se o estabelecimento não aceitar o produto que esteja dentro das exigências corretas, é necessário que a pessoa entre em contato com a Defesa do Consumidor ou com a Anvisa. Caso o cliente opte em devolver o medicamento por não querer mais o produto ou por necessidade de interrupção do tratamento, a farmácia não tem a obrigação de aceitar a devolução.

O Tribunal Regional Federal da 1.ª Região determinou nesta sexta-feira, 2, a devolução do passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento foi entregue à Polícia Federal pela defesa do petista em 26 de janeiro.

A Corte considerou que a medida que confiscou documento não tem base de sustentação.

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A ordem para apreensão do passaporte havia sido dada pelo juiz substituto da 10.ª Vara do Distrito Federal, Ricardo Leite, no âmbito da Operação Zelotes. O ex-presidente estava proibido de deixar o Brasil.

A decisão do magistrado impediu uma viagem do petista para a Etiópia. Lula embarcaria às 2h30 de sexta-feira, 26, para Adis Abeba, capital etíope, com a volta programada para o dia 29. Ele participaria de um encontro da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a convite da União Africana, que reúne 54 países.

O pedido de recolhimento do passaporte havia sido feito pelos procuradores Anselmo Lopes e Hebert Mesquita. Na solicitação, os procuradores afirmaram que a execução provisória da pena do petista no caso do triplex "pode ocorrer em questão de semanas". Segundo eles, era "possível afirmar que passou a existir risco concreto" e citaram uma "possível fuga do País".

No dia 24 de janeiro o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, confirmou a condenação imposta a Lula pelo juiz Sérgio Moro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex no Guarujá (SP), no âmbito da Operação Lava Jato. A pena foi elevada de 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês de prisão e será cumprida após a análise dos embargos de declaração, único recurso cabível, mas que não altera a decisão.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) divulgou, nesta terça-feira (9), que de 2010 a 2017 devolveu R$  1.291.395,52 dos R$ 3.017.034,68 a que teve direito na cota parlamentar. A contabilidade foi exposta dois dias depois de o presidenciável e seus três filhos Flávio, Eduardo e Carlos - respectivamente, deputado estadual do Rio de Janeiro, deputado federal e vereador do Rio - serem questionados sobre o crescimento exponencial do patrimônio depois do ingresso na política

De acordo com uma reportagem da Folha de São Paulo, a família Bolsonaro é dona de 13 imóveis com um preço de mercado orçado em pelo menos R$ 15 milhões. Os bens de Bolsonaro incluem, ainda, carros que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão, como consta na Justiça Eleitoral e cartórios.

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Para rebater as insinuações de que os bens podem ter sido conquistados de maneira ilícita, Bolsonaro, que sempre ressalta em seu discurso o fato de não ser investigado por atos de corrupção na Lava Jato, expôs uma tabela com os valores que ele teve direito desde 2010 na cota parlamentar, pontuando o que foi utilizado e o que, segundo ele, devolvido aos cofres públicos. 

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Bolsonaro quando entrou na política, em 1988, tinha declarado apenas um Fiat Panorama, uma morto e dois lotes de pequeno valor no interior do Rio, os dois hoje contabilizariam R$ 10 mil. De lá para cá, tendo apenas a política como profissão e já no sétimo mandato, conseguiu acumular os bens. Até 2008, somando as declarações de Bolsonaro e os três filhos, eles tinham R$ 1 milhão. 

Nessa segunda (8), os filhos do presidenciável criticaram o levantamento feito pelo jornal. Flávio Bolsonaro chegou a pedir para que fossem atrás dos corruptos. “O problema não é quem declara o patrimônio alcançado licitamente, mas sim quem esconde o seu em nome de laranjas ou em malas de dinheiro. Vão atrás dos corruptos, p...”, disparou. 

A Petrobras quer que a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) seja condenada a devolver, com seu marido, o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, o valor de R$ 1 milhão aos cofres da empresa. O empresário Ernesto Klueger também é alvo da cobrança.

O pedido foi encaminhado ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal em que a senadora foi denunciada por corrupção e lavagem de dinheiro.

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Nas alegações finais sobre o caso, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu que os três réus, além de condenados, fossem obrigados a pagar R$ 4 milhões em indenização aos cofres públicos, quatro vezes mais do que o R$ 1 milhão que teriam sido desviados da Petrobras para irrigar a campanha de Gleisi ao Senado em 2010.

Segundo a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Bernardo teria solicitado a quantia ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que teria providenciado o pagamento por meio do doleiro Alberto Yousseff.

Na condição de auxiliar de acusação, a Petrobras pediu que, a partir dessa indenização, seja ressarcida em, ao menos, R$ 1 milhão, valor “inequivocamente, desviado dos cofres da requerente [Petrobras], através de estratagemas acuradamente analisados e reconhecidos pela acusação em suas considerações finais”.

No requerimento, a Petrobras volta a afirmar ter sido a maior vítima dos esquemas de corrupção revelado pela Operação Lava Jato desde 2014.

Até a publicação da reportagem, a Agência Brasil não conseguiu contato com os acusados. A senadora Gleisi Hoffmann e o ex-ministro Paulo Bernardo sempre negaram qualquer irregularidade.

“A requerida [senadora] jamais praticou qualquer ato que pudesse ser caracterizado como ato ilícito, especialmente no bojo do pleito eleitoral ao Senado Federal no ano de 2010, na medida em que todas as suas contas de campanha foram declaradas e integralmente aprovadas pela Justiça Eleitoral”, afirmou a defesa de Gleisi Hoffmann no curso da ação penal.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou, em nota, o depósito de R$ 33 bilhões ao Tesouro Nacional, como forma de efetivar a liquidação antecipada de dívidas do banco de fomento com a União.

O pagamento foi feito com R$ 18 bilhões em moeda corrente e R$ 15 bilhões em títulos públicos federais. A operação deveria ter ocorrido na quarta-feira, 27, mas atrasou por conta de trâmites burocráticos, conforme antecipou uma fonte ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Segundo o banco, a diretoria aprovou a operação depois de levar em conta fatores como "contribuir com os esforços para conter a dívida bruta da União". Os diretores também teriam considerado questões como assegurar a capacidade do BNDES de atender à demanda por crédito necessária ao desenvolvimento do País e manter o alinhamento com as determinações do Tribunal de Contas da União (TCU).

A nota diz que a decisão de antecipar a devolução dos recursos foi tomada após entendimentos com os ministérios da Fazenda e do Planejamento, depois de uma "profunda análise das viabilidades e dos impactos financeiros inerentes".

O BNDES ressalta que a operação foi aprovada pelo Conselho de Administração do banco de fomento. O documento destaca ainda que o banco mantém todos os indicadores de prudência financeira e que o alinhamento da instituição com o TCU é absoluto.

Os R$ 33 bilhões fazem parte de um acerto do banco com o governo federal de efetivar a devolução antecipada de R$ 50 bilhões ao Tesouro este ano. Outros R$ 17 bilhões seriam repassados em novembro. O governo espera receber mais R$ 130 bilhões em 2018.

Ao recorrer por uma pena mais pesada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso triplex -, a força-tarefa da Operação Lava Jato pretende, ainda, que o petista seja obrigado a devolver R$ 87,6 milhões aos cofres públicos, e não R$ 16 milhões, como fixou o juiz Sérgio Moro, na sentença imposta ao petista.

O valor estipulado por Moro levava em consideração o suposto caixa de propinas que a OAS teria mantido em benefício de Lula e o montante pleiteado pelos procuradores é correspondente ao prejuízo causado por desvios na Petrobras em contratos com a empreiteira.

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O Ministério Público Federal entrou com apelação ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região para aumentar a pena de Lula relativa à suposta aquisição do Triplex, junto a OAS, e as supostas reformas, que oneraram ao petista a condenação por um crime de lavagem de dinheiro e um crime de corrupção passiva. Os procuradores da República também querem que Lula e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, sejam condenados pelo branqueamento de capitais no valor de R$ 1,3 milhão pelo armazenamento de bens do ex-presidente custeado pela OAS em contrato com a Granero.

O juiz federal Sérgio Moro já bloqueou R$ 660 mil em contas correntes de Lula e R$ 9 milhões de fundos em nome dele na BrasilPrev, do Banco do Brasil. O confisco de valores relacionados ao ex-presidente leva em consideração o valor de R$ 2,2 milhões referente ao triplex no Guarujá e as respectivas reformas bancadas pela empreiteira OAS. "Como já decretado o sequestro e o confisco do apartamento, o valor correspondente deve ser descontado dos dezesseis milhões, restando R$ 13.747.528,00. Cabe, portanto, a constrição de bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o montante de R$ 13.747.528,00.", afirmou Moro, em sentença.

O Ministério Público Federal sustenta, no entanto, que dos contratos da Petrobras relacionados às obras das Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná, e Abreu e Lima, em Pernambuco, com a empreiteira OAS, nos quais "se comprovou a prática de corrupção" envolvendo os ex-executivos Renato Duque e Pedro Barusco, 3% foram destinados ao pagamento de propinas, com prejuízo de R$ 87,6 milhões.

"Observado que a propina foi paga com recursos oriundos dos contratos e aditivos obtidos de forma fraudulenta junto à Petrobras, não há como fixar valor menor que o minimamente correspondente à peita para indenizá-la. Assim, imperiosa a condenação de Lula também no montante de R$ 87.624.971,26, a título de dano mínimo", argumenta o MPF.

Os procuradores da República consideram que o petista tinha responsabilidade sobre as indicações e os "atos delituosos" de Duque e Barusco enquanto estavam na estatal.

"Já no que respeita a Léo Pinheiro e Agenor Medeiros, deve o dano mínimo ser arbitrado em R$ 58.401,010,26 (vantagens pagas a agentes públicos e políticos ligados à Diretoria de Serviços), tendo em vista que o pagamento das vantagens indevidas à Diretoria de Abastecimento da Petrobras em razão da contratação dos Consórcios CONPAR e RNEST-CONEST foi anteriormente julgado pelo Juízo da 13.ª Vara Federal de Curitiba em sede da ação penal nº 5083376-05.2014.4.04.7000, oportunidade em que condenados ao pagamento de indenização aos danos causados por referida conduta delituosa à Petrobras, no valor de R$ 29.223.961,00", pediu a força-tarefa.

O deputado afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) avisou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que depositou em uma conta da Caixa Econômica Federal os R$ 35 mil que ficaram faltando para totalizar os R$ 500 mil que supostamente teria recebido em uma mala com propina da JBS.

Na segunda-feira (22) os advogados do peemedebista devolveram o dinheiro na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, mas o órgão constatou que faltavam R$ 35 mil do valor total.

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Segundo a investigação, os R$ 500 mil seriam referentes a uma propina da JBS em troca do empenho do parlamentar em um projeto de interesse do grupo.

Rocha Loures, que é um dos nomes mais próximos ao presidente Michel Temer, teve a prisão pedida pela Procuradoria-Geral da República.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou a prisão do peemedebista, mas decretou seu afastamento do mandato.

O ex-diretor da Sete Brasil Pedro Barusco terá de devolver todo o dinheiro que obteve de propinas de contratos com estaleiros e também o que recebeu de bônus como dirigente da empresa. A decisão foi tomada na sexta-feira (12)  pela juíza Maria da Penha Nobre Mauro, da 5ª Vara empresarial do Rio. A estimativa é de que os valores a serem devolvidos, atualizados, girem em torno de R$ 90 milhões.

Em sua sentença, a juíza rejeitou os pedidos dos advogados de Barusco alegando um ponto decisivo: "há confissão", disse. Barusco fez um acordo de delação premiada em que relatou o esquema de propinas na Sete Brasil, criada para gerenciar a compra de sondas para o pré-sal. Segundo Barusco relatou, os cinco estaleiros contratados e que forneceriam as 28 sondas para a empresa pagaram propinas.

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No próprio processo que corre na Justiça do Rio, Barusco confessou o recebimento das propinas. Com isso, não haveria sentido em produzir qualquer nova prova ou chamar testemunhas ou mesmo inserir o Ministério Público Federal na causa, segundo a juíza.

Barusco também tentou alegar que já devolveu todo o dinheiro a Petrobras, no âmbito do acordo de delação com o MPF. O ex-diretor da Sete havia sido anteriormente diretor da Petrobras. Mas a juíza foi taxativa em dizer que esse será um problema entre ele e a Petrobras e que a parte que foi obtida enquanto funcionário da Sete terá de ser devolvida à Sete.

A causa foi patrocinada pelo escritório de Sérgio Bermudes, contratado pela Sete Brasil. O processo tem por base um dispositivo da lei das SAs que determina que o executivo é obrigado a devolver à companhia todo benefício que receba em função do cargo que ocupa. "Não são só os mimos, as dádivas", disse a juíza entendendo que também as propinas foram obtidas pelo cargo que ocupava na empresa.

Bônus

Além disso, ficou determinado que Barusco devolva cerca de R$ 2 milhões, a serem corrigidos pela Selic, que foram pagos a título de bonificação pela sua saída da Sete. Na época, o sucesso da empresa era atribuída a Barusco, João Ferraz e Eduardo Musa, todos ex-Petrobras que implantaram o modelo de negócio da companhia. Ferraz e Musa também estão sendo processados pela Sete.

Segundo as delações, o valor total de propinas pagas pelos estaleiros chegaria a US$ 224 milhões, para fazer frente aos 28 contratos de cerca de US$ 800 milhões cada um. Os estaleiros eram o Enseada, da Odebrecht e UTC, EAS, da Camargo Corrêa, Rio Grande, da Engevix e os estrangeiros Jurong e BrasFels. Só para Barusco, teriam sido pagos US$ 24 milhões. O valor a ser ressarcido à Sete, no entanto, precisa ser apurado na liquidação do processo judicial. Ainda cabe recurso e o advogado de Barusco, Antonio Figueiredo, não quis comentar.

A Sete Brasil está hoje em recuperação judicial. Seus sócios BTG Pactual, os fundos de pensão Petros e Funcef e os bancos Santander e Bradesco já jogaram integralmente os R$ 8 bilhões investidos a prejuízo. Assim como os credores, entre eles todos os grandes bancos, que emprestaram R$ 12 bilhões à companhia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os exemplares dos livros didáticos que foram usados pelos estudantes dos anos iniciais das redes públicas de todo o país neste ano devem ser devolvidos para as escolas. A devolução faz parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e de acordo com informações do Ministério da Educação grande parte da obra é reutilizável, com durabilidade prevista para três anos.

De acordo com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao Ministério da Educação, os estudantes dos anos finais do ensino fundamental (sexto ao nono) ganharão livros de todas as disciplinas em 2017. Haverá também a reposição e complementação dos exemplares para os anos iniciais e para o ensino médio.

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Embora aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a devolução de R$ 100 bilhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao governo federal ainda enfrenta resistências.

O Conselho de Administração do banco terá de aprovar a operação, e pelo menos um conselheiro já se manifestou contra, ao passo que um dos formuladores da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ainda lança dúvidas sobre a legalidade da devolução.

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O TCU deu aval à operação na quarta-feira (23), ao aprovar o relatório do ministro Raimundo Carreiro. Horas após a sessão, o banco de fomento informou que devolverá os R$ 100 bilhões de uma só vez, e não em três parcelas anuais, desenho original da operação.

Membro eleito do Conselho de Administração do banco, William Saab declarou ao boletim interno da AFBNDES, associação que representa os funcionários, que a devolução é "equivocada", porque viola "fundamentos de naturezas jurídica e econômico-financeira".

"Sob o aspecto jurídico, o texto disposto no inciso II do Artigo 37 da Lei de Responsabilidade Fiscal é claríssimo", afirmou Saab, que é diretor da AFBNDESo, em nota publicada nesta quinta-feira (24), no boletim online da entidade.

O economista José Roberto Afonso, que atuou na formulação da LRF no fim dos anos 90, tem apontado para a ilegalidade da devolução dos R$ 100 bilhões desde que a medida foi proposta pelo Ministério da Fazenda, em maio.

O aval do TCU não mudou sua posição, disse Afonso ao jornal à reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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