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Uma mensagem do astrofísico britânico Stephen Hawking será transmitida para o buraco negro mais próximo da Terra durante o enterro de suas cinzas, nesta sexta-feira, na Abadia de Westminster, em Londres, junto ao túmulo de Isaac Newton.

A mensagem - com sua conhecida voz sintetizada e especialmente escrita para a ocasião - será transmitida pela Agência Espacial Europeia.

"É um gesto bonito e simbólico que cria um vínculo entre a presença do nosso pai neste planeta, seu desejo de ir ao espaço e a exploração do universo em sua mente", disse sua filha Lucy Hawking.

O professor, que dedicou sua vida a desvendar os mistérios do universo, será enterrado ao lado de outros dois grandes cientistas: Isaac Newton e Charles Darwin.

A mensagem de Hawking será enviada "ao buraco negro mais próximo, o 1A 0620-00, em um sistema binário com uma estrela anã laranja bastante ordinária", revelou a filha de Hawking.

O sistema está a 3.500 anos-luz da Terra, o tempo que tardará para chegar a mensagem.

"É uma mensagem de paz e esperança, sobre a unidade e a necessidade de vivermos juntos e em harmonia neste planeta".

Hawking, que capturou a imaginação de milhões de pessoas no mundo, faleceu em 14 de março, aos 76 anos.

O astrofísico desafiou as previsões dos médicos que, em 1964, afirmaram que ele teria poucos anos de vida após o diagnóstico de uma forma atípica de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença que ataca os neurônios motores responsáveis por controlar os movimentos voluntários e que o condenou durante décadas a uma cadeira de rodas.

O auge do rock no Pará foi nos anos 1980 e 90, período que foi apelidado de “anos de ouro do rock”. Nessa época, os “camisas pretas” (como eram chamados os fãs de rock) reuniam-se na Praça da República para balançar a cabeça ao som de Stress, DNA e Delinquentes, entre outras bandas que estavam surgindo na época. O Teatro Waldemar Henrique abriu as portas para que essas bandas tivessem a oportunidade de tocar em um local com boa estrutura. “Virou um templo do rock”, de acordo com os músicos. Naquela altura, o heavy metal e o punk rock eram os gêneros mais fortes no cenário paraense.

A banda Stress ficou conhecida por ser a primeira banda a fazer um álbum de heavy metal no Brasil. O documentário “Lado B: o rock paraense dos anos 90” mostra o cenário do rock regional nesse período. Festivais como “24 horas de Rock” são lembrados até hoje por quem presenciou o evento. Infelizmente, o evento não é lembrado apenas positivamente. O terceiro dia do evento terminou em uma confusão causada por briga entre gangues que não tinham nada a ver com os shows, fato que acabou marginalizando de certa forma o rock na capital paraense naquele momento. Em 1992, o Mosaico de Ravena lança o disco que continha a música “Belém-Pará-Brasil”, adotada como um hino por vários paraenses.

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O rock ficou em baixa até os anos 2000, quando surgiram novas bandas com um estilo diferente. Eram mais pop, com uma pegada mais sentimental. Essas bandas tocavam em lugares como Se Rasgum, Café com Arte e ganharam um público fiel.

Várias bandas do gênero continuam surgindo, mas não é um consenso que o rock vai voltar a ser tão escutado como em outras épocas. Há divergências sobre o atual cenário.

Roosevelt Bala, vocalista da banda Zona Rural, acredita que há muitas bandas boas, e diz que os eventos estão fervilhando. Porém, não tem boas perspectivas para o futuro do rock. “As perspectivas não são boas para o futuro. Mas o rock é forte e imortal, se reinventa a cada década. O negócio é não desistir nunca”, diz.

 Danilo Rosa, da equipe do festival de música Rock Rio Guamá, percebe que o rock vem perdendo espaço depois da descoberta da Nova Música Paraense. “Não falo isso fazendo uma crítica à música regional. Acho ótimo ela tomar o seu espaço de direito, mas o Rock perdeu espaço”, afirma.

Nas rádios mais populares, as músicas do gênero são minoria. Das 50 mais ouvidas no aplicativo de música Spotify, quase nenhum rock aparece. A ascensão de outros gêneros no Brasil, como o sertanejo e o funk, talvez tenha deixado esse gênero tão popular desde os anos 50, quando surgiu nos Estados Unidos, um pouco de lado.

Agenor Neto, proprietário do Studio Pub, comenta que a demanda de shows de rock é realmente menor em relação a outros gêneros como pagode e sertanejo. Amanda Coelho, guitarrista da banda Zeit, formada por quatro amigos, tem uma visão mais otimista do cenário paraense. Para ela, o cenário do rock vem crescendo, com bandas novas e boas surgindo.

A Zeit toca em pubs como Speakeasy Pub e já tocou no Centro Histórico. A guitarrista percebe que cada banda está conseguindo um público fiel. “Bandas novas estão surgindo, fazendo o que realmente gostam e o que realmente acreditam, isso é muito importante para o nosso cenário. Temos um futuro promissor e temos bandas maravilhosas de forma independente”, comenta.

 O proprietário do Old School GastroPub pensa de forma parecida. Para Artur Bestene, o panorama está ótimo. Ele considera que as bandas são muito boas e não devem nada para bandas de fora do Estado. “São pessoas de várias gerações que vão ao pub para acompanhar os shows. A frequência de público está muito boa.”

Por Nicksson Melo.

 

A última teoria do físico Stephen Hawking, morto no último dia 14 de março, cogita que o universo é finito e mais simples que o previsto.

Além disso, o cientista aponta a existência de "multiversos", em vez de somente um, no estudo publicado nesta semana no "Journal of High-Energy Physics".

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Tal hipótese iria contra a teoria original do Big Bang, pois os autores acreditam que os "multiversos" não somente foram criados poucos segundos após a "explosão", mas continuam sua "inflação" (expansão) até hoje.

O artigo de título "A Smooth Exit from Eternal Inflation?" ("Uma saída suave para a inflação eterna?") também é assinado pelo físico Thomas Hertog, da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.

Hawking, no entanto, criticou a teoria da "inflação eterna" em uma entrevista antes de morrer, além de demonstrar que não era "fã" desse conceito pela sua imprevisibilidade.

Stephen Hawking foi físico e matemático, e suas pesquisas contribuíram para aumentar o conhecimento sobre buracos negros e o Big Bang, além de integrar a teoria da relatividade de Albert Einstein e a mecânica quântica.

Ele, que era britânico, sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma rara doença degenerativa que o imobilizara e o fazia se comunicar por sintetizador de voz.

Da Ansa

O programa Globalizando fala sobre "Homem no espaço: perspectivas para a ciência espacial e para a hegemonia dos Estados". Tem como convidada a professora Mayane Bento, graduada em Relações Internacionais pela Universidade da Amazônia (Unama), mestre pelo Núcleo de Meio Ambiente (Numa) da Universidade Federal do Pará (UFPA), doutoranda em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UnB). Além de professora do curso de Relações Internacionais da Unama.

Acompanhe esse e outros temas no programa Globalizando, na Rádio Unama FM 105.5, produzido pelos alunos do curso de Relações Internacionais da Universidade da Amazônia (Unama). Clique no ícone abaixo para ouvir o Globalizando.

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De cocar exuberante e rosto pintado, o guerreiro Thafkhêa aparece como online no whatsapp. Poucos minutos após o convite da reportagem, a jovem liderança Fulni-Ô, de apenas 29 anos, se dispõe a ceder entrevista sobre a realidade dos povos indígenas brasileiros neste 19 de abril, instituído pelo Governo Vargas como o “Dia do Índio”. Em “mês de caçada”, como os guerreiros da tribo chamam abril, período em que saem para divulgar sua cultura e seus costumes em escolas de todo o país, Thafhkêa nos recebe entre as atividades da “Semana dos Povos Indígenas”. O evento é promovido por ele, em conjunto com outros seis guerreiros Fulni-ô e pelo Espaço Ciência, museu interativo de ciências de Pernambuco, em Olinda. Eles palestram, dançam e cantam para as caravanas de estudantes visitantes.

“Esse é Thafkhêa, um guerreiro Fulni-Ô. Ele vai falar um pouco sobre os costumes do povo dele para a gente”, apresenta uma professora empolgada. As crianças, espalhadas pela recepção do museu, ouvem atônitas às imponentes palavras de Thafkhêa, que carrega um sotaque arrastado, cheio de erres fortes, ao se comunicar em português. “Nosso povo preservou seu idioma, mas as escolas da aldeia também nos ensinam o português”, explica. Para Thafkhêa, alguns dos principais papéis do índio na contemporaneidade são levar conhecimento e educação ambiental aos outros povos. “Sem natureza, não existe humanidade. A gente tenta fortalecer esses pequenos guerreiros, que vivem na selva de pedra, com outra visão da terra”, comenta o Fulni-Ô, que se mostra bastante incomodado com a poluição do canal da avenida Agamenon Magalhães. “Muito bonito, mas muito sujo. Mesmo com toda essa sujeira, é importante para todos os seres humanos”, completa.

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"A gente usa essa tecnologia para nosso fortalecimento", diz Thafkhêa sobre redes sociais. (Marília Parente/LeiaJá Imagens)

Ativo nas redes sociais, Thafkhêa publica constantemente em seu instagram divulgações de suas palestras, registros de familiares e do artesanato Fulni-Ô, que, segundo ele, é a maior meio de sobrevivência da tribo. “A gente usa essa tecnologia para nosso fortalecimento, para nos manifestarmos numa rede social e divulgar nossa cultura. Por que os brancos podem evoluir e nós não? Só que a gente evolui mantendo nossa essência, nossa cultura viva”, afirma. Para o guerreiro, ainda existe forte influência de estereótipos do índio na televisão e na grande imprensa, que formam a opinião do país a respeito dos povos indígenas. “Eles mostram muitos mitos, nossa realidade é diferente. Muitas pessoas da aldeia são médicos, advogados e enfermeiros. Temos carros, usamos roupas e telefones. Mas não esquecemos do principal, que é: quem eu sou? Sou um índio fulni-ô”, coloca. 


Thafkhêa e guerreiros Fulni-ô recebem crianças no Espaço Ciência. (Paulo Uchôa/LeiaJá Imagens)

De acordo com relatório da ONG Front Line Defenders de 2017, Brasil e Colômbia são os países que mais matam ativistas nas Américas. Na época da publicação dos resultados, o Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras dos Ativistas garantiu que, das 58 mortes registradas, a maioria era composta por pessoas envolvidas com questões ligadas ao meio ambiente e às disputas de terras, como indígenas e trabalhadores rurais sem terra. O guerreiro Thafkhêa concorda com a afirmativa de que a maioria da população brasileira ainda não empatiza com as vidas indígenas. “Esse preconceito, digo logo assim, é algo que não existe para nós. Se você tem preconceito comigo por eu ser índio, vou rir de você, porque você tem preconceito consigo mesmo. Todo brasileiro tem um pouco de sangue indígena. Se você tem preconceito com isso, você ignora sua linhagem, seus próprios ancestrais”, conclui.

Thafkhêa fala sobre o índio contemporâneo, Governo Temer e luta pelas demarcações:

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A Nasa prevê lançar nesta segunda-feira seu novo telescópio espacial para buscar planetas do tamanho da Terra que podem ser suscetíveis a abrigar alguma forma de vida.

O lançamento do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) está programado para as 22H32 GMT (19H32 horário de Brasília) pelo foguete Falcon 9 da Space X de Cape Canaveral, na Flórida, caso as condições meteorológicas sejam favoráveis.

Nos próximos dois anos, a missão dessa máquina de 337 milhões de dólares será escanear mais de 200.000 estrelas brilhantes além do nosso sistema solar, em busca de sinais de planetas que circulem ao redor dos astros.

Como Kepler, o primeiro telescópio do gênero lançado em 2009 pela agência espacial americana, que será substituído, o TESS utiliza o método de trânsito, que pode detectar planetas quando eles passam em frente às suas estrelas e diminuem sua iluminação de maneira momentânea. Isso permite, entre outras coisas, deduzir o tamanho, a massa e a órbita.

Segundo a Nasa, o TESS poderá descobrir 20.000 exoplanetas - ou planetas que estão fora do sistema solar - incluídos cerca de 50 do tamanho da Terra e mais de 500 duas vezes maiores do que o nosso planeta.

"Podemos inclive encontrar planetas ao redor de estrelas que podemos ver a olho nu", disse neste domingo à imprensa Elisa Quintana, cientista do TESS, no Goddard Spaceflight Center da Nasa.

Nos próximos anos "poderemos sair para caminhar e apontar para uma estrela e saber que tem um planeta", acrescentou.

A missão Kepler permitiu descobrir 2.300 novos exoplanetas confirmados por outros telescópios. O TESS, com suas quatro câmeras avançadas, escaneará uma área que é 350 vezes maior.

A etapa seguinte será para que os telescópios terrestres e espaciais observem mais de perto os planetas assim detectados.

O telescópio James Webb Space Telescope, que sucederá o Hubble, está programado para ser lançado em 2020, e deverá ser capaz de revelar mais sobre a massa dos planetas, a densidade e o aspecto de sua atmosfera.

"TESS é uma ponte entre o que aprendemos dos exoplanetas e para onde nos dirigimos no futuro", disse Jeff Volosin, diretor do projeto no Goddard Spaceflight Center da Nasa.

Volosin disse ter a "esperança de que algum dia nas próximas décadas sejamos capazes de identificar as condições potenciais da existência de vida fora do sistema solar".

O primeiro hotel de luxo no espaço está prestes a decolar no ano de 2021, mas só irá receber seus primeiro hóspedes no ano seguinte, com apenas dois membros na embarcação para acompanhar cada excursão.  Orlon Span, com sede em Houston, é a empresa responsável.

Com certeza, o passeio não será como sair e voltar depois de algumas horas.  A plataforma orbitaria terá uns 320 quilômetros sobre a Terra e ofereceria aos hóspedes 384 amanheceres e entardeceres, enquanto dá uma volta ao redor do planeta, durante 12 dias, a velocidades incrivelmente altas.

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Frank Bunger, fundador da empresa, diz: "Queremos levar as pessoas para o espaço porque ele é a última fronteira para nossa civilização".  Frank fala que muitas pessoas estão dispostas a pagar para ter a experiência, porém o lançamento e o retorno não são aptos para cardíacos

A hospedagem de 12 dias custa a partir de US$ 9,5 milhões por pessoa, cerca de US$ 792.000 por noite.  A empresa exige um depósito de US$ 80.000, que é completamente reembolsável e já começou a aceitar pagamentos. A Orion Span está avaliando possíveis fontes para financiamento.  Antes do financiamento 

Antes do lançamento, os passageiros da Aurora Station teriam três meses de treinamento, começando com cursos on-line para entender "os fundamentos básicos dos vôos espaciais, a mecânica orbital e os ambientes pressurizados no espaço

*por David Barros

Três astronautas decolaram, nesta quarta-feira (21), do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, para um voo de dois dias para a Estação Espacial Internacional (ISS), levando uma bola que será utilizada na Copa do Mundo de futebol da Rússia-2018.

Os americanos Drew Feustel e Richard Arnold partiram às 17H44 GMT (14H44 em Brasília) a bordo do Soyuz MS-08 para uma missão de cinco meses na estação orbital junto com o russo Oleg Artemiev, comandante do voo.

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No último sábado (10), foi inaugurado na Arena de Pernambuco o espaço Pernambuco Imortal, um 'Hall da Fama' no qual serão eternizado atletas do Estado que se destacaram. Dez competidores de diferentes modalidades receberam a homenagem e ganharam um lugar especial na área. Yane Marques (pentatlo), Roseane Ferreira dos Santos (paratletismo), Adriana Salazar (natação), Jemima Alves (judô), José João da Silva (atletismo), Felipe Nascimento (pentatlo), Suely Guimarães (paratletismo), Ted Monteiro (vela), Cláudio Cardoso (vela) e Cisiane Dutra (marcha atlética) foram os primeiros homenageados.

"Todos os pernambucanos que fizeram história no Estado merecem estar aqui. Agora foram dez, mas muitos outros atletas serão imortalizados na Arena de Pernambuco. Pelo menos mais 50 virão por aí. É um equipamento que é patrimônio do povo pernambucano e todos os atletas e paratletas merecem ser homenageados, principalmente para que sejam exemplos na formação de novos esportistas e cidadãos", afirmou Felipe Carreras.

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O espaço Pernambuco Imortal foi inaugurado antes da partida entre Náutico e Bahia pela Copa do Nordeste. O local agora fará parte do Tour da Arena de Pernambuco.

O Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta-feira (8), é uma data simbólica de comemoração, mas reflete principalmente um momento de reflexão pela extensa estrada que ainda deve ser percorrida para que as mulheres obtenham um espaço de mais igualdade em relação aos homens em diversas áreas.   

Para se ter uma ideia, na política, o cenário é desalentador. Em 2016, apenas 31% do total de candidatos eram mulheres mesmo o voto feminino no país sendo maioria equivalente a 52% dos votantes. Se especificarmos para Pernambuco, o cenário é ainda mais alarmante. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, dos 25 parlamentares que compõe a bancada pernambucana, só há uma mulher: a deputada Luciana Santos (PCdoB). 

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Na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), dos 49 deputados, cinco são mulheres. Por sua vez, no Recife, dos 39 vereadores eleitos em 2016, apenas há seis mulheres, o que mostra a necessidade do debate acerca do tema. 

Nessa discussão sobre a importância do papel da mulher na sociedade e sobre o empoderamento, uma nova geração na política pede espaço e promete representar e se aprofundar sobre o assunto a iniciar pela vereadora do Recife Marília Arraes (PT). Apesar de não ter galgado outro espaço além da Câmara, ela não pensou duas vezes em alçar um voo mais alto e até hoje não alcançado em Pernambuco: uma mulher ocupando o cargo de governadora do estado. 

A neta de Miguel Arraes, nesta data simbólica, pediu por respeito, oportunidades e salários iguais aos dos homens. “Queremos a mesma liberdade de ir e vir. Hoje, 8 de março, e todos os dias, continuaremos por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres para ser quem queremos ser”, ressaltou a petista. 

Na mesma linha de pensamento, a pré-candidata a governadora Danielle Portela (PSOL) já afirmou que o lugar da mulher é, também, na política. “Foi dito que nós seriamos peças de xadrez nas mãos dos homens do partido, mas estamos aqui para fazer uma verdadeira revolução”, avisou. 

Na eleição deste ano, a chapa majoritária do PSOL será composta por mulheres concorrendo não somente ao Governo do Estado, como também ao Senado. São pré-candidaturas “femininas e feministas”. De acordo com o presidente estadual da legenda, Severino Alves, a decisão foi tomada a partir de que “a opressão de gênero é uma das maiores injustiças que já tivemos”. 

Uma outra nova cara na política é a vereadora do Recife Natália de Menudo (PSB). A parlamentar, em entrevista ao LeiaJá, também destacou a importância do protagonismo da mulher no sentido de reduzir a desigualdade de gênero. “É preciso conscientizar também que as mulheres são aptas ao exercício da política”, ressaltou. 

Menudo também falou que a mulher tem a capacidade de ser o que quiser. “Sabemos que ainda temos uma longa batalha pela frente mostrando a cada dia o nosso real valor. Eu costumo sempre dizer que a mulher pode ser o quiser seja uma dona de casa, uma advogada, uma juíza, uma professora, mas ela pode ser o que ela quiser. Tem capacidade de ser o que quiser, desde que seja um desejo dela, que a faça feliz. A nossa luta não para e vamos continuar buscando mais espaço dentro da sociedade porque a mulher merece”. 

A pré-candidata a presidente Manuela D´ Ávila (PCdoB) também falou sobre a data afirmando que a desigualdade econômica e social no Brasil atinge de forma muito “mais cruel às mulheres”. A presidenciável também pediu que as mulheres se rebelassem contra o machismo. “Não estamos sozinhas na opressão, na vivência cotidiana do machismo. Não precisamos estar sozinhas no enfrentamento radical a ele”, pontuou. 

“O feminismo nos faz ver que todas somos submetidas ao machismo e que apenas juntas teremos forças para enfrentá-lo. O feminismo é o contrário da solidão porque ele nos une, une nossa rebeldia contra as injustiças, nos faz solidárias umas com as outras, nos faz irmãs na luta por nossos direitos e pelos direitos de nossas irmãs”, destacou em seu facebook.

Com apenas dois anos de idade, Eron Guerreiro entrou pela primeira vez naquele ambiente de ficção científica no colo dos pais. O garoto, fascinado pelas estrelas e universo desde muito cedo, teve a oportunidade de conhecer o Centro de Ciências e Planetário do Pará, da Universidade do Estado do Pará (Uepa) na programação “Planetário de portas abertas”, realizada aos sábados para o público em geral.

Com exibição de filmes e exposições no espaço experimental, o Centro este ano tem o objetivo de agregar e alcançar o maior número de visitantes externos, principalmente crianças. Todos os sábados, de 15 até 18 horas, o espaço é aberto para qualquer pessoa, de todas as idades. “O 'Planetário de portas abertas' é uma programação que vai ao encontro de uma das nossas metas esse ano, que é expandir o nosso público espontâneo. A gente sente que existe uma divulgação maior para que as pessoas conheçam e tenham acesso a esse espaço”, explicou a diretora do Centro de Ciências e Planetário, Sinaida Vasconcelos.

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Josimeire Guerreiro é mãe de Eron, e conta que resolveu levar o filho ao Planetário por causa do interesse que ele demonstra por assuntos relacionados a planetas. “Trouxe ele aqui pra conhecer os planetas. Ele gosta muito das estrelas e da lua, lá em casa ele sempre fica olhando”, contou Josimeire.

A programação não atrai apenas as crianças. O estudante de engenharia Alef Renan diz que a visita sempre rende bons conhecimentos. “Eu vim aqui quando eu era criança, com 10 anos, e eu sempre me interessei por física e astronomia, mas eu nunca mais tinha vindo aqui. É sempre bom voltar pelo conhecimento, aprender um pouco mais sobre o universo e o mundo”, contou Alef.

Além das exibições dentro do planetário, o Público pode visitar o espaço experimental de física e astronomia. “Nesse espaço a gente apresenta experimentos alternativos voltados para o ensino de física. Todo aquele conteúdo da escola é trazido pra cá de forma experimental para o público”, explicou o professor e responsável pelo espaço de física e astronomia, Vitor Takeshi.

O Planetário fica na rodovia Augusto Montenegro, km 3, próximo ao Mangueirão.

Por Ariela Motizuki.

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Há quem diga que religião e política não se misturam, principalmente pela instituição da laicidade do Estado. Porém, posturas recentes do Papa Francisco, líder mundial da igreja católica, têm instigado diversos movimentos religiosos brasileiros justamente ao contrário. Em Pernambuco, aproveitando as eleições gerais deste ano, grupos que integram uma iniciativa católica chamada “Fé e Compromisso” querem ampliar a participação de leigos, como são intitulados os fiéis sem cargos religiosos, na política local. 

O grupo surgiu há 10 anos e tem, segundo a deputada estadual Terezinha Nunes (PSDB), o aval do arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. A tucana, que é católica praticante, foi eleita em 2014 com o apoio dos movimentos que compõem a iniciativa e espera voltar à Assembleia Legislativa (Alepe) após encarar as urnas novamente em outubro. Mas a novidade é que os católicos pernambucanos também querem emplacar uma vaga na Câmara Federal, com a candidatura do fundador da Comunidade Boa Nova, Hamilton Apolônio. 

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A prova viva de que a igreja está querendo ir além dos discursos nas missas e aumentar o espaço político está na postura do papa. Considerado revolucionário em algumas questões, Francisco vem surpreendendo a alta corte do clero e os fiéis com suas atitudes e discursos. 

Em certa ocasião, o papa chegou a dizer que os católicos devem se envolver na política porque ela  “é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que procura o bem comum” e completou: “os leigos cristãos devem trabalhar na política. Dirão-me que não é fácil. Mas também não o é tornar-se padre. A política é demasiado suja, mas é suja porque os cristãos não se implicaram com o espírito evangélico. É fácil atirar culpas... mas eu, que faço? Trabalhar para o bem comum é dever de cristão”. 

No Brasil, o envolvimento da igreja nas questões políticas ficou latente em 2017, quando a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tomou partido diante da conjuntura. O alto clero brasileiro se colocou contrário à medidas adotadas pelo presidente Michel Temer (MDB) e passou a convocar a igreja para lutar contra, por exemplo, as reformas trabalhista [já em vigor] e previdenciária [em tramitação na Câmara dos Deputados]. 

Dom Fernando Saburido foi um dos que encabeçou a luta, convocando “o povo de boa vontade” para participar de atos públicos e pressionar os políticos a não aprovar tais medidas que, segundo ele, “merecem imediato repúdio”. Além das reformas, diante da conjuntura vivida no ano passado, Saburido também chegou a defender eleições indiretas caso Temer fosse destituído do cargo e fez ponderações sobre o cenário político. “É um momento muito difícil. Nós temos que nos unir. É a força da unidade que vai resolver as coisas. O governo está numa situação difícil, insustentável”, disse. 

Diante da manifestação dos líderes, o que evoca uma participação mais ativa dos fiéis, faz com que os católicos sintam-se autorizados a ingressar na vida política. “A conjuntura nacional é bem complicada e não oferece opções. É necessário agir como cristão na política e a igreja católica precisa adentrar com mais força. Resisti bastante a fazer isso, mas chega um momento que você pensa ou eu faço ou fico calado, não reclamo de mais nada. Os discursos do papa Francisco me motivou bastante”, declarou Hamilton, que ainda não definiu a qual partido se filiará. 

O combate a política suja

Sob a ótica do pré-candidato a deputado federal, mesmo sendo “um instrumento fantástico”, a política “se tornou muito manchada pelo volume de corrupção que o Brasil está passando”, mas apesar disso ele aceitou encarar o desafio sob a justificativa de que “quando aqueles que são chamados por Deus não atendem, outros que não são chamados, para cumprir funções tão importantes, acabam chegando e não realizando o necessário”. 

“Resisti por causa dessa realidade, você tem medo de entrar em um ambiente que está totalmente sujo, mas tem muita gente boa neste ambiente, que arrisca a vida. Então vamos arriscar também”, salientou. 

Esse cenário, envolto por investigações e acusações de corrupção, pode ser favorável na busca do crescimento da representatividade católica. Para Terezinha Nunes, a conjuntura fará com que “as pessoas sejam mais seletivas no voto”. 

“Os católicos não tem a mesma tradição que os evangélicos tem na política, esse interesse dos católicos é mais recente. Acreditamos que este ano, pelo desgaste todos da política, e esse movimento de buscar alguém com ficha limpa para votar, isso cresça. Temos notado maior interesse em discutir política e escolher pessoas que tenham mais haver com a doutrina cristã e as defesas deles”, destrinchou a deputada estadual. 

Para ampliar o número de votos direcionados aos políticos católicos, o movimento Fé e Compromisso tem promovido oficinas e palestras nas igrejas pautando, segundo Terezinha, “a necessidade de aprender a votar e escolher os candidatos”. Indagada se desejam imitar os métodos evangélicos de doutrinação, ela negou.  

Mesmo sendo 66% dos pernambucanos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, os católicos não tem uma bancada formada, ao contrário do que acontece com os evangélicos, que crescem exponencialmente as bancadas nas casas legislativas. 

Defesas dos mandatos

Hamilton é responsável por uma comunidade conhecida por trabalhar a recuperação de dependentes químicos, pauta bem comum entre os políticos evangélicos. Entretanto, ele disse que vai ampliar sua defesa, caso seja eleito. 

“Vou procurar levar as necessidades do estado para a Câmara Federal, claro, mas a defesa da família e dos valores cristãos estão impregnados em mim. Tenho o desejo de ser alguém que faz a interlocução entre o poder e as necessidades de todas as regiões do estado, a partir de diálogos com os bispos”, assegurou, pontuando que não deixará de lado questões como saúde e segurança, que estão diretamente ligadas ao combate às drogas. 

Hamilton também disse já ter tratado do assunto com Dom Fernando e os bispos de outras unidades regionais como Dom Henrique Soares, responsável pela Diocese de Palmares, e Dom Paulo Jackson, da Diocese de Garanhuns. “É um tipo de atividade que não sei como alguém pode querer entrar nela sozinho. Sozinho ninguém pode. Tenho a adesão de todos os bispos da província de Pernambuco e quero, junto com eles, pleitear pelas necessidades do estado”, reforçou.

Na Região Metropolitana do Recife, o Fé e Compromisso concorrerá com a dobradinha Terezinha Nunes e Hamilton Apolônio, mas também estuda lançar nomes de outras regiões do estado. Atualmente, na bancada pernambucana, nenhum deputado federal atua como representante da igreja católica. 

*Foto 1 [Papa Francisco] - ALBERTO PIZZOLI / AFP

*Foto 2 [Terezinha Nunes e Hamilton Apolônio] - Reprodução do Facebook/Hamilton Apolônio

No coração do Recife, há um lugar onde a arte é pano de fundo para um movimento de resistência. No sobrado amarelo de esquina, de número 529, em plena Rua da Aurora, o espaço O Poste figura como local de manutenção e preservação da arte negra. Atuando como um verdadeiro "quilombo urbano", o espaço luta, agora, para permanecer de portas abertas e luzes acesas.

Gerido por Naná Sodré, Samuel Santos e Agrinês Melo, o espaço surgiu da necessidade do grupo teatral O Poste ter um lugar seu. Ali, eles desenvolvem projetos próprios, como peças, oficinas e debates, mas, também de convidados. Funcionando desde 2014, o espaço já recebeu atividades de festivais importantes como o Janeiro de Grandes Espetáculos, o Trema! e o Luz Negra.

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Porém, manter o lugar em pleno funcionamento não tem sido fácil. Em meados de 2017, o trio que mantém O Poste chegou a pensar em fechá-lo: "Todos os anos a gente fica numa dificuldade de manter financeiramente o espaço", diz Naná. Samuel complementa: "A gente ia entregar o espaço no meio de 2017, já estava tudo certo, a gente não tinha mais condições de manter". O Poste se mantém através de editais como o 4° Prêmio Afro, que possibilitou sua permanência no segundo semestre do último ano, e com dinheiro dos próprios sócios que o gerem. Para 2018, algumas ações estão sendo pensadas para manter as portas abertas.  

Quilombo urbano

O espaço O Poste tem sido palco para "formação, fruição e circulação" de espetáculos que discutem temáticas bastante necessárias na sociedade, como empoderamento da população negra. "Esse espaço vem movimentando a cidade, trazendo coisas lindíssimas. A galera que vem pra cá sabe que aqui tem algo interessante para se ver, seja na temática ou como ela é posta em cena", diz Samuel. Assim sendo, o lugar acabou se transformando em um verdadeiro equipamento de resistência e, porque não dizer, um "quilombo urbano", trazendo as pessoas para refletirem e, sobretudo, dialogarem.  

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Resistência

Para manter as atividades d'O Poste, em 2018, Naná, Agrinês e Samuel já idealizaram algumas ações. Uma delas, já em funcionamento, é o Sócio Iluminado, na qual qualquer pessoa pode associar-se pelo valor de R$ 10 mensais. Os sócios têm acesso às peças do espaço, descontos em oficinas e brindes. Para associar-se basta enviar um e-mail para oposte.oposte@gmail.com. As outras ações serão a escola de formação, que deve iniciar em abril, e uma campanha de financiamento coletivo que será lançada em breve.

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Ela foi catalogada como a "estrela mais misteriosa do universo", é maior do que o Sol e tem uma estranha forma de se iluminar e escurecer que, para alguns, sugeria que uma megaestrutura alienígena pudesse estar rondando-a. Mas um estudo divulgado nesta quarta-feira (3), compilado por mais de 100 cientistas que têm observado a estrela KIC 8462852, desconsidera os boatos sobre os extraterrestres.

"A poeira é provavelmente a razão pela qual a luz da estrela parece se atenuar e intensificar", disse a autora principal do estudo, Tabetha Boyajian, professora assistente de Física e Astronomia na Universidade do Estado da Luisiana, a quem o corpo luminoso deve o apelido de "a estrela de Tabby".

"Os novos dados mostram que diferentes cores da luz estão sendo bloqueados em diferentes intensidades. Por isso, o que quer que seja que passe entre nós e a estrela não é opaco, como se esperaria de um planeta, ou de uma megaestrutura alienígena".

A descoberta inicial da estrela - que se situa a mais de mil anos luz de distância e é aproximadamente 50% maior e mil graus mais quente que o Sol - foi realizada com a ajuda do telescópio Kepler, um poderoso instrumento de busca de planetas da Nasa. Kepler detecta planetas ao registrar momentos em que a luz de uma estrela se atenua quando um objeto passa na frente dela.

As incomuns variações de brilho da estrela de Tabby, sem um padrão determinado, despertaram o interesse mundial. Mais de 1.700 pessoas doaram cerca de 100 mil dólares por meio de uma campanha da Kickstarter para estudar o fenômeno mais a fundo. Os astrônomos do observatório Las Cumbres, localizado na Califórnia, o estudaram de perto de março de 2016 até dezembro de 2017.

"Esperávamos que uma vez que captássemos uma atenuação em tempo real, poderíamos ver se as diminuições de brilho tinham a mesma profundidade em todas as longitudes de onda", disse o coautor, Jason Wright, professor assistente do Departamento de Astronomia e Astrofísica da Pensilvânia. "Se fossem quase iguais, isso sugeriria que a causa é algo opaco, como um disco, um planeta, ou uma estrela que está orbitando-a, e até grandes estruturas no Espaço".

Apesar da equipe ter descartado qualquer construção extraterrestre gigante como a causa da diminuição do brilho, "aumenta a possibilidade de que outros fenômenos estejam por trás", disse Wright. "Há modelos que envolvem material circunstelar, como os exocometas, que foram a hipótese original da equipe de Boyajian e parecem ser consistentes com os dados que temos", acrescentou. O relatório foi publicado no The Astrophysical Journal Letters.

A época da escola é um momento marcante e que influencia em vários aspectos importantes da vida, desde a infância e até a vida adulta. Por isso, é muito importante a decisão pela melhor instituição para a criança ou o jovem. O processo de escolha da escola envolve várias variáveis que precisam ser consideradas pela família para que o resultado seja o melhor possível para cada estudante. 

Apoio, proximidade e disciplina

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Angela Cavalcanti é mãe de Davi, que tem sete anos, e de Maria Luísa, de treze. As crianças já passaram por duas escolas, uma no município de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, onde a família reside, e depois em outra na zona oeste da capital pernambucana. Na decisão pela primeira escola, em Moreno, a proximidade de casa, boas referências fornecidas por outras mães e também um fator afetivo: era a escola onde havia estudado quando ela era criança. 

No momento de escolher o segundo colégio, quando apenas Maria Luísa mudou de escola sendo acompanhada pelo irmão menor apenas no ano passado, Angela conta que observou outros fatores para se assegurar de que era uma boa escola. 

A mãe explica que preferiu deixar o filho pequeno mais perto dela em uma escola menor onde ele fosse melhor acolhido e no momento de transferir o menino pensou “na estrutura física do colégio, no nível de formação dos professores, no apoio pedagógico com fonoaudiologia e psicologia” e também em outros pontos como, segundo ela, “atividades esportivas oferecidas pelo colégio, aulas-campo, momentos de celebração das etapas concluídas, simulados periódicos e gincanas”. 

Angela também explica que, por ser uma escola privada, levou o valor das mensalidades em consideração e já tinha uma ideia do custo antes de escolher, não sendo um fator determinante. Ela também buscou um colégio que tivesse uma atenção especial à disciplina com horários, uniforme e cumprimento das tarefas. 

Mesmo não seguindo alguma religião, a mãe optou por uma escola de orientação católica confessional pois achava importante que seus filhos tivessem “algum ‘amparo’ e conhecimento religioso” pois para ela a escola influencia nos valores em casa e que “não são tão rígidos em impor padrões”, o que é visto por Angela de modo positivo. 

Segurança, valores e dinâmica da rotina 

Para a psicóloga clínica e educacional Raquel Lacerda, a escolha da escola deve levar em conta a faixa etária e questões próprias de cada idade. Segundo ela, crianças menores exigem atenção a alguns pontos como, por exemplo, a sala de aula e a segurança do espaço. “É preciso saber se a escola é segura, observar a disposição das salas de aula, ver se o parque tem algo que possa ser inseguro, como é o banho, o lanche e a higiene pois é uma rotina diferente da criança grande e do adolescente”, explica Raquel, que recomenda visitar as escolas para ver o espaço de preferência com a escola funcionando. 

Outro ponto que a psicóloga aponta é a necessidade de alinhar os valores da família com a filosofia, a missão e a visão da escola para que não haja um choque cultural que prejudique a socialização e o aprendizado do estudante. Para Raquel a principal orientação é estudar o perfil da escola para saber se ela tem a ver com o que eles acreditam e depois ir ao local conhecer e tirar dúvidas com professores, coordenação e setor de psicologia pois, na opinião dela, “a escola precisa estar em sintonia com os valores, saber se a visão da escola sobre a educação e sobre relações sociais estão coerentes com o que os responsáveis ou pais querem para o filho para que não haja um choque que pode trazer dificuldades para a criança e na relação dos pais com a escola”, diz ela. Um erro comum apontado pela psicóloga é a atitude de alguns pais que colocam as filhos em escolas com um perfil diferente do deles buscando compensar coisas na educação das crianças ou jovens. 

Raquel conta que “Tem pais que são muito rígidos e colocam os filhos em escolas que não têm tanto rigor, ou o contrário, pais que têm dificuldades em impor limites e colocam os filhos em escolas muito rígidas pensando em compensar isso”. Para ela, esse é um pensamento errado, pois “a escola precisa estar em sintonia com o que os pais e responsáveis acreditam”. 

A psicóloga também atenta que pais que tenham filhos com necessidades específicas ou com deficiência precisam ter ainda mais atenção em como a escola cuida da inclusão da criança ou do jovem. “É uma questão extremamente séria, tem uma lei que garante a matrícula mas vai só colocar na turma e pronto? É preciso saber como é o trabalho de atenção especial e adaptação às necessidades por parte da escola”, destacou Raquel.

Adaptação 

Tão importante quanto tentar fazer uma boa escolha, segundo a psicóloga educacional Raquel Lacerda, é observar se a criança ou jovem está de fato bem adaptada à escola e passar segurança da escolha para que a própria criança se sinta menos travada e insegura.

Ela explica que se a criança sentir insegurança dos pais ao deixá-la na aula, isso poderá levar a um sofrimento e a uma retração da criança. “Se os pais estão tranquilos nesse processo de adaptação isso passa para a criança e isso tende a colaborar a minimizar as inseguranças e dúvidas para os pais e também para a criança”. 

Opinião do estudante

Questionada sobre como a família deve proceder quando a criança grande ou o adolescente pedem para estudar em uma escola diferente da que os pais ou responsáveis tinham em mente, Raquel explica que é importante ouvir e avaliar se é ou não possível atender ao pedido do estudante. Para ela, “é importante ver porque ele quer aquela escola e se é possível ou não conciliar o desejo do estudante com o que os pais desejam e acreditam ser o melhor”. 

A psicóloga destaca que apesar de ser importante ouvir, a palavra final deve ser sempre dos pais pois, para ela, “se não for possível conciliar o desejo da criança com o dos pais, a mudança não é indicada porque são os pais que são responsáveis por essa decisão, porque às vezes os estudantes querem determinada escola porque um amigo está lá, por exemplo, mas não tem nada a ver com o que os pais acreditam, então é preciso ter cuidado para não haver nenhuma contradição”. 

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Existe no imaginário de muitas pessoas aquela dúvida de como os astronautas conseguem cozinhar, comer, e realizar sua rotina em um local onde a gravidade é bastante diferente da habitual aqui em terra firme. O astronauta italiano Paolo Nespoli ficou famoso pelos vídeos e fotos que compartilha nas redes sociais, mostrando um pouco do seu dia a dia.

Dessa vez, o astronauta - que integra a ESA (Agência Espacial Europeia), compartilhou um vídeo no Twitter mostrando as dificuldades enfrentadas na hora de preparar uma pizza a bordo da estação com a gravidade baixa. 

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"Pedi a ela que nos perdoasse e chorei ao acariciá-la pela última vez", recorda a bióloga Adilia Kotovskaya. No dia seguinte, a cadela Laika decolava em uma viagem sem volta e se convertia no primeiro ser vivo enviado ao espaço.

Há 60 anos, em 3 de novembro de 1957, apenas um mês depois da colocação em órbita do primeiro Sputnik soviético, o segundo satélite artificial da História decolou com destino ao espaço com o animal a bordo, uma cadela resgatada das ruas de Moscou. Ela sobreviveu apenas algumas horas.

Para o número um soviético da época, Nikita Khruschov, o objetivo era demonstrar a superioridade da União Soviética sobre os Estados Unidos, um pouco antes da comemoração do 40º aniversário da Revolução bolchevique, em 7 de novembro.

"Suas nove voltas ao redor da Terra transformaram Laika no primeiro cosmonauta do planeta, sacrificado em nome do sucesso das futuras missões espaciais", destaca Adilia Kotovskaya, que atualmente tem 90 anos e continua orgulhosa de ter ajudado a treinar os animais para as missões espaciais.

Recorda que anteriormente foram enviados outros cachorros a altitudes suborbitais pelo período de alguns minutos para verificar se era possível viver em um ambiente sem gravidade.

"Então chegou a hora de enviar um ser vivo ao espaço", afirmou à AFP em Moscou.

Para se acostumar ao voo espacial em uma cápsula pressurizada de 80 centímetros de extensão, os cachorros eram colocados em jaulas cada vez menores, recorda a cientista.

Eles eram colocados em uma centrifugadora que simulava a aceleração de um foguete no momento decolagem, submetidos a ruídos que imitavam o interior de uma nave espacial e alimentados com comida espacial a base de gelatina.

Laika, uma vira-lata de cerca de três anos e seis quilos, foi recolhida das ruas de Moscou, assim como outros "candidatos".

"Foram escolhidas cadelas porque não precisavam levantar a pata para urinar e, portanto, precisavam de menos espaço que os machos, e sem pedigree porque são mais espertas e menos exigentes", explicou a especialista que atualmente dirige um laboratório do Instituto de Problemas Médico-Biológicos de Moscou.

As candidatas também precisavam ser fotogênicas e a escolha de seu nome deveria ter o máximo impacto na população.

- Calor e desidratação -

Laika - nome derivado do verbo ladrar em russo - foi escolhida entre seis candidatas por seu caráter esperto, dócil e um olhar curioso.

"Claro que sabíamos que ia morrer no voo já que não havia meios de resgatá-la, inexistentes naquela época", acrescentou a experiente cientista.

"Na véspera, pedi a ela que nos perdoasse e chorei ao acariciá-la pela última vez", recordou.

O lançamento do Sputnik com Laika a bordo aconteceu em 3 de novembro de 1957, às 05H30 (hora de Moscou), no Cazaquistão.

"Obviamente, quando o foguete subiu, o ritmo cardíaco de Laika aumentou consideravelmente", recordou Adilia Kotovskaya. Ao final de três horas, a cachorrinha recuperou seu ritmo normal.

De repente, depois da nona rotação ao redor da Terra, a temperatura no interior da cápsula de Laika começou a aumentar e superou os 40 ºC, com a falta de proteção suficiente contra a radiação solar.

O resultado foi que Laika, que deveria ter sobrevivido entre oito e dez dias, morreu ao final de algumas horas por excesso de calor e desidratação.

A rádio soviética continuou, no entanto, informando cotidianamente sobre a "boa saúde de Laika", que virou heroína planetária.

Segundo a versão oficial mantida por muito tempo por Moscou, Laika morreu por causa de um veneno colocado em sua comida para evitar uma morte dolorosa no retorno da nave à atmosfera.

O Sputnik se desintegrou na atmosfera em 14 de abril de 1958 sobre as ilhas Antilhas, com sua passageira morta há cinco meses.

Em 19 de agosto de 1960, um voo espacial trouxe vivas de volta à Terra duas cadelas enviadas ao espaço, Belka e Strelka, abrindo caminho para o primeiro voo habitado do soviético Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961.

As comemorações do Halloween, nesta terça-feira (31), chegaram ao espaço. O astronauta italiano Paolo Nespoli se vestiu de Homem-Aranha para celebrar o Dia das Bruxas ao lado dos outros tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS).

"Agora que posso andar 'no teto', finalmente chegou minha chance de me tornar o Homem-Aranha! Feliz Halloween!", postou Nespoli no Twitter, junto com uma imagem na qual ele aparece flutuando no teto.

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A foto mostra que todos os tripulantes da ISS entraram na brincadeira, com astronautas vestidos de Wolverine e Minion, entre outros. Aos 60 anos, Nespoli habita a Estação Espacial Internacional com cinco astronautas: os norte-americanos Randy Bresnik, Joseph Acaba e Mark Vande Hei e os russos Alexander Misurkin e Sergey Ryazanskiy.

Da Ansa

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Três, seis ou onze anos. Seja qual for a faixa etária, os pequenos empreendedores estão se tornando cada vez mais comuns na sociedade. Apesar de ainda estarem na escola, algumas crianças já sabem empreender como gente grande e mostram o quanto são capazes de conquistar seu espaço e fazer o seu próprio negócio.

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Para homenagear os pequenos pelo seu dia, comemorado nesta quinta-feira (12), o LeiaJá foi procurar algumas histórias de “Crianças Empreendedoras”, que além de venderem os produtos que elas mesmas produzem, aprenderam desde cedo a se relacionar com a educação financeira e possuem certa autonomia para conseguir passar o troco aos clientes.

“Eu comecei a vender na escola. Desde pequena gostava de fazer coisas e surgiu a ideia de vender bijuterias durante os intervalos das aulas. Com as primeiras vendas eu consegui arrecadar R$ 120, só de lucro”, comenta a estudante Clara Maia de 11 anos, que começou a vender suas criações aos três anos de idade.

Segundo sua mãe Conceição Simões, tudo teve início quando ela incentivou a pequena a vender produtos artesanais como cartões decorativos. Juntando tintas coloridas, muito papel, recortes de fita decorativa e colagens, a pequena Clara pôde contar com a ajuda da mãe para colocar preço nos seus produtos, vender aos clientes (amigos e familiares) e ainda teve apoio de Conceição quando as vendas foram feitas. 

“Orientei-a sobre como lidar com dinheiro em uma idade precoce, aos 3 anos, e incuti uma base financeira que as escolas muitas vezes não conseguem ensinar. Eduquei ela sobre como investir e como o dinheiro poderá ser usado para criar mais dinheiro no futuro. Ajudei-a a poupar toda moedinha que ganhava no cofrinho”, relembra a mãe. 

De acordo com Conceição, a pequena sempre teve muita curiosidade para as coisas em sua volta e talvez também por isso, e pelo incentivo dos pais, ela goste tanto desse lado empreendedor. ”Ela é muito criativa e gosta do que faz. Quando menos espero, chega com uma novidade, a ideia já pronta só precisando de uns ajustes ou liberação”, revela. Para explicar melhor como foi todo o processo das vendas, Clara Maia aproveitou nossa entrevista para contar um pouco mais dessa história. Confira:

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Incentivo das escolas

Por conta da aplicação cada vez mais forte do empreendedorismo na sociedade, algumas escolas, por exemplo, já estão introduzindo e trabalhando com metodologias que auxiliem na construção e no estímulo ao empreendimento desde a infância.

Um exemplo que conhecemos foi um projeto educativo do Colégio de Boa Viagem (CBV), na Zona Sul do Recife. Com muita praticidade e organização, as turmas dos ensinos fundamental e médio da escola trabalham todos os anos em cima de um tema que envolva a organização social do todo e que, de certa forma, tenha relação com o empreendedorismo. Os alunos no primeiro ano do ensino fundamental estão trabalhando desde abril no estudo das abelhas. As crianças estudaram toda a vida do animal, como elas trabalham e no final usaram a matéria prima que a abelha produz, o mel, para fazer alguns produtos e vendê-los na escola.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

“Nossa intenção era estimular neles, que possuem apenas seis anos, o consumo do mel. Às vezes a gente não se dá conta do que chega a nossa prateleira e queríamos mostrar para eles como é produzido tudo aquilo que a gente consume. A ideia também era os fazer pensar no que poderíamos produzir a partir daquela matéria prima, e foi assim que começamos a trabalhar nisso”, detalha Juliana de Melo, que é coordenadora da Educação Infantil do CBV.

Juliana explica que no colégio há toda uma orientação de aplicar na sala de aula assuntos que tratem da educação financeira, mesmo que de forma lúdica, para que meninos e meninas tenham uma visão de mundo maior e mais consciente de toda uma logística que tem por trás dos valores inclusos.

“Trabalhamos isso no dia a dia, em disciplinas como matemática. Aqui, nossas crianças tem a oportunidade de ter autonomia com os valores. Elas se colocam como protagonistas neste cenário e aprendendo que o dinheiro tem valor. Além disso, eles têm mais a percepção do troco. Ao olhar para uma cédula, olhar para aquele valor. Eles aprendem também sobre o dinheiro”, termina a coordenadora.

Aprendendo brincando

Apesar de tão pequenos, esses empreendedores podem desenvolver algumas características típicas de um profissional adulto, é o que explica a analista Claudia Azevedo, que é gestora do Projeto Educação Empreendedora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae): “Essa aproximação dos estudos com a prática acaba despertando o desejo no aluno em se desenvolver e isso acaba ajudando para que aquela criança gere determinadas características empreendedoras, até mesmo iguais a de um adulto”. 

Para a analista, a educação financeira auxilia no desenvolvimento de habilidades nas áreas de consumo e venda. Ela ainda diz que o processo de empreendedorismo, quando aplicado logo na infância, pode influenciar no interesse dessas crianças em qual profissão seguir quando crescer. “Se isso é trabalhado logo cedo, logo cedo vai gerando e provocando uma reflexão para uma visão sobre a área quando ela crescer”, ressalta.

A mãe de Clara também defende o incentivo da estimulação para a área do empreendedorismo. “Acho superpositivo a criança ter visão empreendedora e, com incentivo e bom estímulo a chance de ela tornar-se um adulto bem sucedido, comprometido e responsável com seu próprio negócio e/ou numa empresa é bem maior”, defende Conceição.

São através destas pequenas iniciativas que as escolas e pais estimulam que as crianças podem ter seu primeiro contato com o mundo do trabalho. Um bom exemplo que Claudia cita é a primeira relação de dinheiro que os pequenos têm é com a mesada. “O legal de ensinar já de pequeno toda essa questão do empreendedorismo é que pode despertar o desejo e desenvolver a criatividade dessas crianças”, aconselha.

“O empreendedorismo não é só para empresários. A gente precisa entender que todo mundo pode empreender, não é nada só para quem cursa o segue a carreira de administração”, complementa a gestora.

Empreendedorismo tem a idade certa

“Nossa maior preocupação hoje é como esse fazer empreendedorismo tem sido aplicado. Nos preocupamos com o trabalho infantil. Acredito que precisamos desenvolver atividades relacionadas à educação empreendedora e financeira, mas sem deixar que isso ultrapasse os limites do aprendizado e dos estudos e se torne algo levado muito a sério”, esclarece Claudia.

Segundo a analista, existe uma idade para começar a empreender de verdade. “Enquanto estamos na escola, tudo aquilo é como uma brincadeira, que deve ser levada a sério, porém tem o objetivo de contribuir para o aprendizado dessa criança”, finaliza.

Vídeo - Frutos de mais informação e estímulo ao empreendimento, crianças costumam ser criativas, não têm medo de explorar algo novo e estão sempre dispostas a transformar tudo em brincadeira. Para uma turminha do CBV, essa brincadeira tem trazido bastante aprendizado. Confira: 

Dezenas de jogadoras de futebol acompanham os comandos do treinador: a cena, que, em muitos lugares, pode parecer banal, começa a ser cada vez mais visível na Cisjordânia, apesar do repúdio de algumas pessoas.

Os mais conservadores não veem o futebol feminino com bons olhos, mas a categoria não parou de crescer desde a criação do primeiro time, em 2009.

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Agora, existem seis times de jogadores de futebol feminino ao ar livre e uma dúzia para locais fechados. No total, são aproximadamente 400 atletas com mais de 14 anos e licença para atuar.

Também surgiram times juvenis. Um deles, fundado recentemente, treina no espaço esportivo do povoado de Deir Jarir, ao norte da Cisjordânia ocupada.

As limitações são evidentes. As quarenta jogadoras entre 10 e 14 anos contam com apenas seis bolas e um chão duro para treinar. O espaço não é adaptado para o esporte e elas precisam pedir emprestado os uniformes do time masculino.

Mas apesar das dificuldades, as adolescentes se sentem orgulhosas do que fazem: praticam estratégias, dribles e jogadas de cabeça.

No meio do grupo, uma jovem mulher de 32 anos vestida com hiyab (véu islâmico) comanda o treinamento. Rajaa Hamdan sonhava em ser jogadora de futebol quando era jovem, mas o conservadorismo da sociedade palestina a impediu.

"As circunstâncias não me permitiram praticar futebol quando era mais jovem, mas a ideia não saiu da minha cabeça", explicou. "Por isso me perguntei por que meu povoado não poderia ter um time de meninas se tinha um de meninos", questionou.

Foi então que decidiu fazer uma convocação pelo Facebook. Quando viu que 30 jovens manifestaram rapidamente o interesse, se surpreendeu.

"Tinha medo que tivesse problemas com as pessoas do povoado, mas até agora não aconteceu nada sério", respirou aliviada. Há seis anos, o habitantes de Deir Jarir tinham recusado a criação de um time de futebol feminino.

- "Não é fácil" -

Salma Fares, de 12 anos, interrompe o treinamento por alguns instantes para expressar o quanto está feliz por poder estar no time. "Estou muito feliz por poder jogar futebol com outras meninas. Estou no meu direito", falou à AFP

"Me sinto muito contente por poder ajudar as meninas", destacou a treinadora Rajaa Hamdan.

Apesar do entusiasmo que rodeia seu projeto, Rajaa diz ser consciente de que é provável que as meninas tenham que abandonar o esporte quando forem mais velhas, por conta do entorno conservador em que estão imersas.

"Em nossa cultura e segundo nossas tradições, quando as meninas crescem elas precisam colocar o hiyab ou se casar. Mas vão abandonar o futebol", explico.

Presidente do clube para ambos sexos, Youssef Moussa observa o treinamento.

"Quando apareceu a ideia de formar um time, enfrentamos temores porque não é fácil existir jovens jogando em um povoado conservador. Mas até agora não tivemos problemas", insistiu.

Amal Alaa, adolescente de 13 anos, é cheia de energia e uma das jogadoras mais entusiasmadas.

"Eu amo futebol. Quando vi que iam formar um time, pedi permissão para meus pais para formar parte", afirmou. Sua maior ambição até agora já foi definida: "ser a capitã".

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