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A história da política pernambucana vivenciou um novo capítulo nesta quinta-feira (12). Isto porque, em 184 anos de existência, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) tem pela primeira vez uma mulher ocupando o cargo de presidente da Casa: a deputada Simone Santana (PSB). A pessebista foi eleita vice-presidente da Mesa Diretora e assumiu o cargo depois que o presidente, Eriberto Medeiros (PP), foi convocado para ser interinamente o governador do Estado. 

Mesmo que por um breve período, o fato dela ter alçado ao cargo significou um marco para a história do Poder Legislativo estadual, principalmente no contexto atual de representação feminina na Alepe que, nesta legislatura, tem o maior número de mandatos do gênero, um total de dez, acrescido das codeputadas que formam o mandato coletivo Juntas (PSOL). 

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O LeiaJá acompanhou as atividades do primeiro dia de Simone como presidente da Alepe. Passava das 9h30 quando ela chegou ao seu gabinete, o de número 103, e começou a se preparar para presidir a sessão legislativa que iniciaria por volta das 10h30. 

Ao conversar com a nossa equipe, antes da reunião ordinária, a deputada disse que o momento era significativo porque mudava a história de Pernambuco e, mais ainda, incentiva inserção das mulheres nos espaços públicos de poder. 

“Do ponto de vista prático, [neste período] vamos desenvolver os trabalhos de rotina, mas entendemos que isso, desprovida de qualquer vaidade, é importante para todas as mulheres que começam a ver a história mudar. Houve uma mudança na história. Nunca houve antes uma presidente do Poder Legislativo Estadual. Há uma outra referência para as mulheres, elas se veem nesse espaço de poder”, considerou.

A ampliação do espaço feminino na Alepe, para Simone Santana, quebra tabus e mostra que “a voz da mulher precisa ser ouvida em todas as instâncias, não podemos delegar isso para ninguém”. 

“Fizemos uma estatística, o ano passado, de primeiro de fevereiro até 12 de setembro, apenas sete sessões plenárias haviam sido presididas por uma deputada. Este ano isso subiu para 35. Foram 400% de aumento do número de vezes que a sessão plenária era presidida por uma deputada. Isso já mostra a mudança de postura. A mulher está mais presente na Alepe e isso tende a crescer ainda mais”, observou. 

Como muitas mulheres que são eleitas, Simone Santana é esposa do ex-prefeito de Ipojuca, Carlos Santana, e chegou à política por via de indicação e apoio do marido. Questionada sobre o estereótipo de ser parente de político tradicional, que na maioria das vezes pesa sobre as mulheres que escolhem trilhar o caminho dos mandatos eletivos, a presidente disse que o importante é a presença da mulher no setor.

“Tem sentido pensar assim [que a mulher ascendeu por conta de um parente político]. O acesso da mulher na política muitas vezes passa por isso sim, mas veja temos as Juntas, nenhuma das cinco tinha vinculação política familiar”, disse. 

“Com as mudanças que estão acontecendo nas estruturas partidárias cada vez mais mulheres de todos os segmentos vão ter acesso, a partir da atuação você se desvincula ou não, vai depender do seu perfil, desse parente que de certa forma facilitou o acesso. Independente de como vão ter esse acesso, precisamos ter mais mulheres na política. Se tiver que ser assim, que seja”, emendou Simone, deixando claro que sempre encarou seu mandato com muita responsabilidade, apesar de antes nunca ter cogitado ter tal protagonismo.

Depois da conversa com a nossa reportagem, Simone seguiu para comandar a sessão legislativa. Ao chegar no plenário, ela foi recebida com afagos dos seus pares que celebravam o fato histórico. 

“Lugar de mulher é onde ela quiser”

A frase acima pode até ser corriqueira, mas por trás dela existe uma luta constante para firmar espaços. A presença de Simone Santana no comando da Alepe representou isso para outras deputadas.  

“Para nós hoje o dia é histórico. É temporário nessa legislatura, mas isso significa que esse espaço é nosso. Esse lugar é possível e necessário para toda a população. Nós conquistamos esse local, mas muitas mulheres precisam enxergar que podemos ocupar não só esse espaço, mas muitos outros”, ressaltou a deputada Gleide Ângelo (PSB), que ainda explicou que as mulheres não querem ser maiores do que os homens ou ocuparem os lugares deles, mas buscam por igualdade de espaços e direitos. 

Outra mulher que ocupa a Mesa Diretora da Alepe, a deputada Teresa Leitão (PT) também enalteceu o momento e observou que desde as mulheres de Tejucupapo, o gênero em Pernambuco se mostra altivo e resistente.  

“Nossa vida na política, a vida das mulheres na política, não é fácil. Para o homem é naturalizado, porque a política é o espaço mais público que existe. Para nós, culturalmente, o que foi reservado foi o espaço privado, do lar. Queremos estar nos espaços de poder que decidem nossas vidas. Mesmo em episódios anteriores, as mulheres foram determinantes. Como por exemplo, o primeiro a desenhar o sentido  de nação na articulação para expulsar os holandeses daqui, com as mulheres de Tejucupapo. E finalmente nós, 10 mandatos. Estamos conseguindo fazer o debate dos direitos das mulheres, do feminismo e daquilo que representamos para a sociedade de maneira suprapartidária”, frisou. 

Além delas, deputados estaduais salientaram a necessidade de mais mulheres na política e ocupando lideranças nos espaços de Poder.

“Por trás deste momento político para Pernambuco tem toda uma história de mulheres que lutaram pela emancipação, de mulheres donas de casas, mães que assumiram a responsabilidade de criar filhos sozinhas. No ponto de vista político e histórico da luta das mulheres e dos homens comprometidos com ela, digo que a luta não parou por aqui. É uma luta grande e que vai continuar por muito tempo ainda para firmar a participação e protagonismo das mulheres”, avaliou o deputado João Paulo (PCdoB). 

“Pernambuco tem uma história de mulheres destacadas, ela assume a presidência na confirmação dessa importância das mulheres no Estado. É um exemplo em todos os seguimentos quando uma mulher se destaca, uma vez que elas ainda sofrem certos preconceitos”, corroborou o deputado estadual José Queiroz (PDT). 

Depois da reunião plenária, a presidente da Alepe concedeu entrevistas e também acompanhou mais uma edição da chamada Ação Formativa Mulheres na Tribuna – Adalgisa Cavalcanti - oriunda de um projeto de sua autoria - e que levou cerca de 30 mulheres da comunidade de Tejucupapo, em Goiana, para conhecer o funcionamento da Casa e as atividades parlamentares.

*Fotos de dentro do texto: (1) Chico Peixoto/LeiaJáImagens e (2) Roberto Soares/Alepe

Não é só em São Paulo que a bancada da bala se fortaleceu. No mês passado, a Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou projeto para destinar recursos de investigações de lavagem de dinheiro ao Fundo de Reequipamento da Polícia Civil do Estado. Apresentado pela deputada e ex-delegada Gleide Ângelo (PSB), ele foi sancionado pelo governador Paulo Câmara (PSB).

Em Brasília, um decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) editado em junho também determinou que valores obtidos em investigações de lavagem de dinheiro, cuja perda for decretada em favor do DF, devem ser investidos em fundo de manutenção e modernização da Polícia Civil.

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Em Mato Grosso, um projeto que propõe a criação de um programa de recuperação de ativos de origem ilícita, com um fundo de apoio ao combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro, chegou à Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia.

"Além do desemprego, da saúde e da educação, a segurança virou tema central. Com o cidadão inseguro, o candidato que tentar atender a esse anseio se sai bem", diz o professor emérito da Universidade de Brasília David Fleischer. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As regras de um concurso de fotografia organizado pela Secretaria da Mulher do Estado deu o que falar na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Deputados da bancada evangélica dispararam contra o edital que, na avaliação deles, privilegia um grupo específico da sociedade por apontar que a seletiva é direcionado para mulheres, “em especial lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais”.

O deputado Joel da Harpa (PP) aproveitou a sessão dessa terça-feira (23) para reforçar a crítica ao concurso e ponderar que o Governo de Pernambuco “incentiva o homossexualismo” com a iniciativa. “É inadmissível que, num concurso de fotografias, se coloque uma opção sexual como prioridade. Isso é uma política de incentivo ao homossexualismo, algo que a bancada evangélica, que defende a família, jamais pode concordar”, declarou.   

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O edital do Concurso de Fotografia Marylucia Mesquita foi divulgado pela Secretaria da Mulher no Diário Oficial do Estado no dia 13 de abril. O nome do concurso homenageia a assistente social Marylucia Mesquita, falecida em 2017, que foi conselheira do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e militante da causa LGBT.

“Apesar do respeito que temos pela secretária Sílvia Cordeiro, nós repudiamos a publicação desse edital. A política pública tem que existir para todos, e não para grupos específicos”, argumentou o Pastor Cleiton Collins (PP).

Corroborando Collins, o deputado  Adalto Santos (PSB) pediu que a secretaria cancelasse o edital. A bancada evangélica deve enviar um requerimento solicitando oficialmente a suspensão do concurso. “A Secretaria está criando um tumulto para o Estado, assim como foi feito no Festival de Inverno de Garanhuns do ano passado. Que seja suspenso esse edital e elaborado outro direcionado para toda a população”, reivindicou.

Os deputados Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB) e delegado Erick Lessa (PP) também se manifestaram contra o concurso. “Quando o Governo apresenta uma proposta dessa natureza, ele divide a sociedade ao invés de unir. Precisamos ter equilíbrio e temperança neste momento”, considerou Lessa.

Por outro lado, contudo, parlamentares saíram em defesa da iniciativa. A delegada Gleide Ângelo (PSB) disse que, “com certeza, a intenção da Secretaria da Mulher com esse certame foi incluir grupos de mulheres historicamente excluídas da sociedade”. “Eu, como mulher, não me senti discriminada em nenhum momento”, observou.

A deputada Simone Santana (PSB) também explicou o contexto em que o concurso foi idealizado. “A Secretaria da Mulher tem políticas e comitês para todos os segmentos de mulheres: deficientes, idosas, negras, rurais. Do comitê de mulheres LGBT saiu a proposta dessa seleção, que homenageia uma pessoa importante para esse público”, relatou.

“Não foi algo feito para estimular mulheres a serem lésbicas ou trans, como foi dito, mas o inverso: uma iniciativa para dar visibilidade a essas mulheres, para que elas não sejam ou se sintam excluídas”, completou a pessebista. Ela ainda registrou que o Concurso de Fotografias Marylucia Mesquita está sendo realizado em cooperação oficial entre a Secretaria da Mulher e a Assembleia Legislativa.

A delegada Gleige Ângelo (PSB), durante a posse dos parlamentares eleitos na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), que acontece na tarde desta sexta-feira (1), foi uma das figuras mais disputadas no salão repleto de autoridades. Em entrevista concedida antes da posse, Gleide falou que 100% da delegada vai continuar durante sua atuação parlamentar.

“A gente não deixa de ser nem deve deixar de ser porque delegada é aquela que busca por justiça e o deputado tem que buscar por justiça social. Então, eu tenho que aplicar as leis, o princípio da legalidade acima de tudo e, agora, a justiça também social, então delegada e deputada tem tudo a ver. Todo mundo busca ajudar as pessoas”, declarou. 

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Ângelo recordou que os políticos são servidores públicos. “Quem paga o salário da gente é o público, então a gente tem que trabalhar pensando no público”.

Sobre a atuação do governado Paulo Câmara (PSB), no combate à violência, a socialista falou que o Estado possui onze delegacias da Mulher. “Eu estava como gestora do Departamento de Polícia da Mulher. A gente sabe que precisa sempre sempre o enfrentamento precisa ser maior”.

No entanto, ela falou que é preciso avançar mais. “Porque é uma violência cultural e tudo que é cultural é difícil de você enfrentar. A gente precisa mudar a postura da sociedade. O governo e a sociedade juntos a gente chega. Eu não tenho a menor dúvida”.

O deputado estadual Joel da Harpa (PP) saiu em defesa do decreto que flexibiliza a posse de armas no Brasil, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), e rebateu argumentos da deputada estadual eleita Gleide Ângelo (PSB) que criticou a medida, ponderando que “cidadãos de bem” não estão preparados para “reagir” diante de criminosos utilizando armas de fogo. Em nota encaminhada à imprensa, Joel destacou que a população “tem o direito da legítima defesa”.

“O povo brasileiro não aguenta mais ver o cidadão de bem à mercê da criminalidade, que está muito bem armada. Sou completamente a favor da liberação de armas pois a população tem o direito da legítima defesa, especialmente se vive em área isoladas ou exerce atividades de risco”, declarou o parlamentar.

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Joel, que é policial militar e integrante da bancada evangélica, acredita que “usar uma arma para legítima defesa nem é crime, nem é pecado”. O deputado é autor de projeto que defende a isenção do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a compra de armas de fogo por agentes de segurança pública. E propôs também que guardas municipais e agentes de trânsito utilizem armamento em serviço.

Postura antagônica

Nesta semana, Gleide Ângelo, que é delegada, argumentou que a solução contra a violência é investimento em segurança pública e não flexibilização da posse de arma.

"O que soluciona o problema de violência é ter uma segurança pública que dê proteção ao cidadão. É estruturar as polícias, com policiais bem capacitados e quantidade grande de policiamento. A gente vê policiais mortos reagindo ao assalto com arma na mão. O que me preocupa é o cidadão de bem. Ele está preparado para reagir?", indagou a deputada eleita, em entrevista à Rádio Folha.

A flexibilização tem dado o que falar entre os parlamentares pernambucanos, Gleide não foi a única a se posicionar contra. Os deputados federais eleitos João Campos (PSB) e Túlio Gadêlha (PDT) também se manifestaram críticos ao decreto. O pedetista chegou a criticar o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e o pessebista argumentou que “faltou bom senso” do presidente.

Um misto de “surpresa, alegria e emoção”. Assim definiu a delegada Gleide Ângelo (PSB) o resultado das eleições que rendeu a ela o título de candidata a deputada estadual mais votada da história de Pernambuco. A pessebista, conhecida por solucionar investigações de grande repercussão - principalmente os que dizem respeito à violência contra a mulher - já chega na Assembleia Legislativa (Alepe) com o apoio de 412.636 pernambucanos, quase três vezes mais que o segundo lugar, Pastor Cleiton Collins (PP), que recebeu 106.394 votos.

“É um conjunto de emoções, mas o que deixa mais feliz é o reconhecimento das pessoas ao trabalho que a gente faz, um trabalho com dedicação. A gente sabe que trabalho de polícia não é fácil, somos muito julgados. A polícia trabalha muito e quando você vai ver o reconhecimento é sinal de que estamos no caminho certo”, comemorou a delegada.

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Como candidata, Gleide pregou que a violência contra mulher deve ser combatida por meio do Legislativo com leis e políticas públicas que protejam o gênero. Indagada sobre o que os seus eleitores podem esperar do mandato, ela reiterou o compromisso.

“Esperar tudo o que eu propus fazer durante a campanha: levantar a bandeira da segurança pública, com o enfrentamento a violência contra a mulher trabalhando a prevenção que a mulher não seja vítima de violência e não morra vítima de feminicídio”, salientou.

Além de Gleide Ângelo, outras nove mulheres foram eleitas deputadas estaduais ampliando a bancada feminina da Alepe de seis para dez representantes. Também compõem a lista as deputadas reeleitas Simone Santana (PSB) - 56.583 votos; Priscila Krause (DEM) - 46.123; Teresa Leitão (PT) - 31.530; e Roberta Arraes (PP) - 28.649. E entre as novidades estão Clarissa Tércio (PSC) - que recebeu 50.789 votos; Alessandra Vieira (PSDB) - 45.115; Fabíola Cabral (PP) - 41.857; Dulcicleide Amorim (PT) - 22.359; e Juntas (PSOL) 39.175. Esta última com uma singularidade, é o primeiro mandato coletivo composto por 5 codeputadas.

 A votação histórica da delegada Gleide Angelo, que venceu a eleição com mais de 400 mil votos, foi um dos assuntos mais comentados no comitê central do candidato derrotado Armando Monteiro (PTB) na noite deste domingo (7).

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) foi um dos que falou sobre o resultado.  O tucano, antes do pronunciamento do petebista, falou que as mulheres foram um fator fundamental para a vitória de Gleide.

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“A mulherada só queria votar nela”, afirmou.  A nova deputada estadual já avisou que vai realizar um trabalho de combate à violência contra a mulher. Ela vem ressaltando ao longo da campanha que chegou o momento de trabalhar para que “a mulher não seja morta”.   

Daniel, que foi reeleito na Câmara dos Deputados, disse que vai continuar o trabalho em defesa dos aplicativos de transporte como o Uber, bem como em prol dos animais.

Em 183 anos de história, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) teve apenas 29 deputadas, número que sequer forma uma legislatura completa [com 49 assentos parlamentares]. A cada eleição, contudo, reforça-se a expectativa de ampliar o espaço feminino na Casa e, neste ano, algumas candidaturas que se destacam buscam imprimir um novo formato para a bancada feminina a partir de 2019. 

Estreando na política, a advogada Liana Cirne concorre a uma vaga na Alepe pelo PT e disse que quer pautar o mandato, caso seja eleita, a partir de uma construção popular. A proposta dela é de ter uma atuação feminista na Casa e para a definição das prioridades pretende realizar encontros bimestrais com a população das diversas regiões do Estado. 

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“Queremos um mandato que tenha como metodologia a transparência e a participação popular, não é um mandato que vamos construir sozinhas, dentro do gabinete. Queremos estar o tempo todo dialogando com a sociedade civil, não para prestar contas do que está sendo feito, mas para que possamos discutir como dar viabilidade aos projetos e lei e saber das prioridades do povo”, explicou a petista. 

Na lista das prioridades, Liana destacou que pretende discutir segurança pública na perspectiva de gênero, uma vez que o índice de feminicídios, estupros e violência doméstica, na ótica dela, “são alarmantes”. Além disso, a candidata também frisou que a educação é um dos focos dela. 

“O Estado, em razão da legislação em vigor, não assume compromissos em relação a creches, mas temos vários precedentes de Estados que assumem isso de forma subsidiária aos municípios, e Pernambuco não assume. Nossa proposta é de uma política estadual complementar subsidiária a municipal”, argumentou Liana. 

“A defesa dos direitos da mulher é articulada com outros assuntos e temos que articular a defesa do direito da mulher com a questão da educação. É urgente a gente aprovar a lei da escola sem violência para professores e professoras, alunos e alunas. Sem violência de gênero, com uma educação voltada para os direitos humanos”, complementou, registrando ainda que outra proposta dela combate a cultura do estupro no aspecto da publicidade no Estado, “sem objetificar o corpo da mulher, empoderando e sem distribuir a cultura que favorece a violência”.

Das 209 candidatas à deputada estadual, Liana não é a única que prevê uma atuação mais popular na Alepe. Entre elas, há quem aposte em mais que isso, em um mandato coletivo, como é o caso do projeto “Juntas”, do PSOL, que resolveu inovar e unir quatro mulheres e uma trans para a disputa. 

A candidata registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) é a ambulante Jô Cavalcanti, mas ao lado dela vem as postulantes a codeputadas [como se autointitulam]: Carol Vergolino, que é produtora audiovisual; Robeyoncé Lima, advogada trans; Joelma Carla, estudante; e  Kátia Cunha, professora. Na corrida por uma cadeira na Casa, elas pretendem reproduzir no Estado uma iniciativa do PSOL que deu certo na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte com o projeto “Gabinetona”, como chamam o mandato coletivo de Cida Falabella e Áurea Carolina. 

Na Alepe, segundo Jô Cavalcanti, a pretensão do “Juntas” é “priorizar o povo” nas pautas que contemplem a defesa da mulher, moradia, direito a cidade, cultura, educação e políticas LGBT. “Como deputadas seremos trabalhadoras da sociedade. Não seria mais um projeto de ganha ganha, por isso que o nosso projeto vai ser aberto, vamos estar lá trabalhando, o gabinete não vai ficar sem deputada nunca, pois seremos cinco dividindo coletivamente o mandato. É muito poder para uma pessoa só, por isso que nosso modelo é diferente”, salientou Jô.

Itens como a criação de um centro de acolhimento para animais de grande porte no Estado, a ampliação do sistema que ofereça cuidados para a saúde da mulher e a implantação de um centro de acolhimento para as mulheres vítimas de violência fazem parte da agenda de propostas da candidatura “Juntas”. 

Com o mote “lugar de mulher é onde ela quiser”, quem também tem se destacado durante a campanha para deputada estadual é a delegada Gleide  Ângelo (PSB). A pessebista ganhou notoriedade em Pernambuco por assumir casos de grande repercussão e solucionar, principalmente, assuntos que diziam respeito à violência contra a mulher.

Como candidata, Gleide tem pregado nas redes sociais que a violência contra mulher deve ser combatida por meio do Legislativo com leis e políticas públicas que protejam o gênero e já se colocou à disposição para atuar na Casa com essa bandeira. 

“Sinto que chegou o meu momento de trabalhar para que a mulher não seja morta, porque mesmo com o assassino preso, os filhos já ficaram órfãos. Os movimentos sociais lutam muito, mas sem as Leis, não há muito o que avançar”, chegou a afirmar a delegada ao anunciar sua filiação ao PSB.

De um outro campo político e partindo mais para o Agreste de Pernambuco, quem se destaca é a candidata Lucielle Laurentino (DEM), de Bezerros. Aluna de escola pública, Lucielle é um dos quadros do projeto RenovaBR a disputar uma vaga na Alepe e vem ponderando o fato da necessidade das mulheres não serem “candidatas laranjas” dos partidos. 

“Lugar de mulher é em qualquer lugar, se ela se interessar por política vai fazer bem todas as pautas, até as fiscais, de economia e segurança que são apontadas como prioritárias para homens”, ressaltou Lucielle. 

Questionada sobre como pretende pautar o mandato ela disse que “influenciada por algumas linhas de frente” dividiu a defesa do mandato “pelo que era urgente, prioritário e importante”. 

“No primeiro item apontamos dois temas: a primeira infância e a segurança pública. A ideia é apoiar os municípios na abertura e no fortalecimento das creches para que não estejamos no futuro focados na prisão e no encarceramento. É prioritário defender temas de mulheres, acessibilidade delas na Alepe, pautas que são desconsideradas trazer a discussão com a visão de quem é mulher. Uma legislação que visa cuidar mais das mulheres na saúde e segurança. E o importante são todos os temas que a gente vive no Estado, aí atuaremos como fiscalização”, descreveu a candidata. 

Da atual para uma nova bancada

A primeira mulher eleita deputada estadual em Pernambuco foi Adalgisa Cavalcanti (PCB), eleita em 1945. De lá para cá, outras 28 conquistaram o posto e hoje a bancada feminina na Alepe tem seis políticas: Laura Gomes (PSB), Priscila Krause (DEM), Roberta Arraes (PP), Simone Santana (PSB), Socorro Pimentel (PTB) e Teresa Leitão (PT). Todas elas concorrem à reeleição e assim como as quatro candidatas citadas na matéria, terão que percorrer um longo caminho em busca do voto e da eleição no dia 7 de outubro. 

A forma como elas atuam na Casa também foi avaliada pelas postulantes que conversaram com o LeiaJá. Para Liana Cirne, por exemplo, na atual bancada feminina “existem mulheres que não ficam a sombra dos homens na Assembleia e a tendência é que de fato isso cresça [com as eleições deste ano] e que possamos falar em igualdade em breve”. 

Também do "Juntas", Carol Vergolino disse que o colegiado feminino é "muito pequeno". "Seis mulheres das 49 cadeiras, mas sabemos da dificuldade para estas mulheres estarem ali. Sabemos que sentar na Alepe é vencer uma série de violências de gênero. [...] Queremos uma bancada feminista, que por conceito e ação seja contra as opressões, lute pelo direito das mulheres por uma vida livre, digna, autônoma. Que entenda que só o enfrentamento às desigualdades estruturais permite mudar concretamente as realidades. Sem alterar as condições de privilégios mantem-se uma vida de luxo para pouquíssimas pessoas, em detrimento da exploração, indignidade e ausência de direitos para a esmagadora maioria", ponderou, citando que das seis deputadas cinco "estão em partidos alinhados à direita e que em muitas maneiras respaldam as sucessivas decisões locais e nacionais que retiram direitos das trabalhadoras".

Outro desafio também salientado pelas candidatas é por fim ao estereótipo de que ser filha ou esposa de político é o um fator dominante para o fato de ocuparem o cargo na Alepe. No atual colegiado feminino, apenas Teresa Leitão não tem o DNA conjugal ou sanguíneo enraizado na política. 

"Essa é uma mudança estrutural que exige uma transformação social e de diversos outros elementos presentes na nossa cultura política. Nossa candidatura [o Juntas] já é um movimento de mudança desse modelo. Não somos esposas ou filhas, não temos padrinhos políticos, muito menos uma campanha com muitos recursos. Fazer uma política diferente, que altere inclusive o fisiologismo é o que nos move. Não aguentamos mais viver num sistema de representação que não nos representa em nada", criticou Carol.

Em contrapartida, Lucielle Laurentino considerou que na atual bancada, apesar do DNA político, existem mulheres que combatem o estereótipo com uma atuação contundente. “Nossa pauta de renovação é por pessoa, políticas e pautas. Não demonizo políticos que sejam filhos ou esposos de fulaninho. Não é um cargo comissionado, mas é a população que vota. Isso atrapalha a renovação política, mas temos bons nomes como Priscila Krause na bancada feminina dando exemplo de que a representatividade vai além do DNA”, frisou. 

Levantando questões sociais, como feminismo e preconceito, a peça Lisbela e o Prisioneiro, adaptação do livro homônimo de Osman Lins, volta a ocupar o palco do Teatro Apolo, área central do Recife, na próxima sexta-feira (20), a partir das 19h. Os ingressos, à venda na bilheteria do equipamento cultural, custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

O espetáculo, que contará com intérprete de Libras, rememora os 40 anos da morte de Osman Lins e homenageará a delegada pernambucana Gleide Ângelo. “Estamos tratando tudo com muito respeito e humor e ao mesmo tempo aproveitando para valorizar uma pessoa que tanto vem lutando pelos direitos das mulheres”, afirma Rafaela Quintino, diretora da montagem, que é realizada pelo cineasta Adriano Portela.

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 Serviço

Lisbela e o Prisioneiro

Sexta (20)| 19h

Teatro Apolo (Rua do Apólo, 121 - Recife)

R$ 30 (inteira) R$ 15 (meia)

Em texto publicado nesta sexta-feira (6) em rede social, a delegada de Polícia, Gleide Angelo, afirmou que se filiou ao PSB-PE. Gleide justificou a filiação informando que irá se aposentar daqui a dois anos e que tem pretensão de representar as causas das mulheres no poder Legislativo. 

Gleide diz que não disputará as próximas eleições, mas não descarta possível candidatura. “Apenas me habilitei para no futuro, junto com a direção do partido analisarmos se é viável ou não uma futura candidatura, que inclusive pode não existir”, afirmou a delegada. 

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A agora socialista afirma que a violência contra mulher deve ser combatida por meio do Legislativo com leis e políticas públicas que protejam a classe e se coloca à disposição para atuar na causa. “Sinto que chegou o meu momento de trabalhar para que a mulher não seja morta, porque mesmo com o assassino preso, os filhos já ficaram órfãos. Os Movimentos Sociais lutam muito, mas sem as Leis, não há muito o que avançar”, disse Gleide. 

Por conta da desincompatibilização eleitoral, Gleide informa que deixou a Gestão do Departamento da Mulher, mas continua trabalhando como delegada de Polícia.

Por Fabio Filho 

O Diário Oficial de Pernambuco traz, nesta sexta-feira (6), a exoneração de sete secretários estaduais que vão disputar um cargo público nas eleições deste ano. Deixaram as pastas e reassumem os mandatos os deputados federais Felipe Carreras (PSB) e Sebastião Oliveira (PR) que eram responsáveis, respectivamente, pelas pastas de Turismo, Esporte e Lazer e Transportes. 

Além deles, o deputado estadual Nilton Mota (PSB) deixa o comando da Casa Civil e volta para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e os secretários de Administração, Milton Coelho (PSB), e da chefia de gabinete, João Campos (PSB), também foram exonerados. 

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Como previsto inicialmente, o governador nomeou secretários executivos para assumir as pastas. No lugar de João, interinamente responde o secretário executivo de Monitoramento, Antônio Limeira Filho; quem assume a Administração é Marília Raquel, secretaria-executiva de Pessoal e Relações Institucionais e a Casa Civil será comandada pelo secretário executivo de Relações Institucionais, José Neto. 

A pasta de Transportes passa a ser guiada pelo secretário executivo Antônio Júnior. Já a Habitação, pelo diretor presidente da Companhia Estadual de Habitação de Obras de Pernambuco, Raul Menezes. Enquanto no lugar de Felipe Carreras, assume a secretária executiva do programa de Desenvolvimento do Turismo, Manuela Coutinho. 

O vice-governador Raul Henry (MDB) que era titular da pasta de Desenvolvimento Econômico também foi exonerado do posto. Ele deve disputar o cargo de deputado federal em outubro. 

Quem também deixou a administração estadual foi o secretário-executivo da Criança e Juventude, João Suassuna (PSB), e a delegada Gleide Ângelo foi exonerada da chefia do Departamento de Polícia da Mulher. Os dois são cotado para disputar uma vaga na Alepe. Gleide Ângelo, inclusive, se filiou ao PSB nessa quinta. 

A Polícia Civil informou que a delegada especial Pollyana Neri assumirá as investigações do assassinato da menina Beatriz Mota, morta durante uma festa em uma escola de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. Pollyana substitui os delegados Gleide Ângelo, Alfredo Jorge e Marceone Ferreira, que formavam uma equipe especial de investigação.

A nova delegada responsável pelo caso foi gestora da Divisão de Homicídio norte da Região Metropolitana do Recife (RMR) e assumiu, recentemente, a Gerência de Controle Operacional do Interior 2, área onde Petrolina está inserida. De acordo com a polícia, ela foi designada especialmente devido aos bons trabalhos realizados na investigação de homicídios e por estar integralmente na região. Gleide Ângelo, que liderava a força-tarefa, não ficava na região e, em abril deste ano, assumiu o Departamento de Polícia da Mulher.

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O chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle, agradeceu os delegados anteriores. “Saímos de um retrato falado para as imagens reais do assassino. Temos o perfil genético dele. Quase 100 pessoas foram submetidas a exames para confronto de DNA. A polícia não descansou”, disse. 

Quando Gleide Ângelo assumiu o caso, já havia uma dúvida se a delegada conseguiria avançar passado tanto tempo. Quase dois anos após o crime, uma nova mudança na liderança das investigações reacende a dúvida. Entretanto, a troca de delegadas é considerado resultado de um apelo feito pelos pais da criança, Lucinha Mota e Sandro Romilton, que estiveram no Recife no último dia 13 de novembro criticando a falta de novas respostas.

MPPE – Também houve mudanças na força-tarefa criada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) em junho de 2016 para investigar o assassinato. No Diário Oficial do último dia 22, o procurador geral da Justiça Francisco Dirceu Barros, através de portaria, oficializou a saída dos promotores Rosane Moreira Cavalcanti, Júlio Cesar Soares Lira e Lauriney Reis Lopes, após pedido de dispensa. 

O trio foi substituído por Fernando Della Latta Camargo, 4º promotor de Justiça Criminal de Petrolina; Érico de Oliveira Santos, 1º promotor de justiça de defesa da cidadania de Petrolina; e Bruno de Brito Veiga, promotor de Justiça de Afrânio. Os promotores não trabalham com exclusividade no caso. 

[@#relacionadas#@]

A Secretaria de Defesa Social (SDS) promoveu uma série de mudanças de delegados por meio de portaria. No meio das mudanças, Gleide Ângelo deixará a 9ª Delegacia de Polícia e Homícidios de Olinda, onde estava desde novembro de 2015. 

Gleide, popular por investigar casos importantes em Pernambuco, reforçará o Departamento de Polícia da Mulher (DPMUL). O DPMUL ficará responsável por investigar feminicídios, tanto consumados quanto tentados.

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No Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), chegarão Diogo Melo Victor, que sai da Delegacia de Homicídios e assume a 1ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico; e João Paulo de Andrade, que era do plantão da Delegacia de Atos Infracionais e vai para a 3ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico. 

Já a Delegacia de Polícia do Meio Ambiente será comandada pela delegada Maria Elizabeth Patriota do Rêgo Barreto. Ela foi dispensada da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios.  

O delegado Paulo Berenguer foi dispensado da chefia da Delegacia de Polícia de Roubos e Furtos (DPRF), sob a justificativa de que há necessidade de mudanças de titularidade de chefias de algumas unidades do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais. Em seu lugar, assume o delegado João Gustavo Godoy, da Delegacia de Polícia do Cordeiro.

Outra mudança ocorre na Delegacia de Repressão ao Estelionato, com a saída de Rômulo Aires e a chegada de Adriana Oliveira Fonseca, que já era adjunta da referida delegacia. A 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios será liderada por Francisco Océlio. Na portaria, é dito que a mudança visa “alcançar as metas estipuladas pelo Pacto de Vida (sic), obtendo os resultados de diminuição nos números de Crimes Violentos Letais”.

A mesma justificativa é dada para a saída de Paulo Furtado e entrada de Paulo Gustavo Coelho Dias na chefia da 2ª Delegacia de Polícia de Homicídios. Por fim, a 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios será comandada por Gilberto Loyo de Meira Lins Neto, enquanto a chefia da Delegacia de Desaparecidos e Proteção à Pessoa será de Elder Bezerra Tavares da Silva. 

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Em coletiva realizada nesta quarta-feira (15), a delegada Gleide Ângelo apresentou novas imagens da pessoa que ela garante ser o assasino da menina Beatriz. Pelo comportamento do suspeito, flagrado nas câmeras da escola e redondezas, a delegada acredita que ele cometeu o crime com a ajuda de outra pessoa. 

Segundo Gleide, o homem passou cerca de duas horas fingindo ser flanelinha em frente ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde o crime aconteceu. “A gente vê ele com a faca. Ele esconde a faca quando ele chega, coloca na perna e por outras câmeras você vê que ele segue em direção à escola”, ela explica.

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Como ele passou bastante tempo em frente ao local, a Polícia Civil acredita ter sido algo premeditado e que o assassino esperava o comando de outra pessoa para entrar na escola. No momento da diplomação, quando todas as pessoas estavam na quadra, ele entrou.  

As imagens apresentadas pela Polícia Civil passaram por um novo processo de nitidez. Uma recompensa de R$ 10 mil está sendo oferecida por informações que levem à prisão do criminoso.

O caso – Beatriz foi assassinada durante a festa de formatura da sua irmã no colégio em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. Ela estava com 42 perfurações pelo corpo. 

Após um ano de caso sem solução, a delegada Gleide Ângelo, com apoio de mais dois delegados, assumiu as investigações do caso. 

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A Polícia Civil de Pernambuco informou que o suspeito preso na Bahia não tem envolvimento com o assassinato da menina Beatriz. Após o homem ter sido detido no município de Remanso, no interior baiano, a polícia local havia solicitado exames de DNA para confirmar o possível envolvimento no crime.

De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco, características físicas do homem preso já foram suficientes para descartá-lo como envolvido no assassinato. A polícia procura um homem de cerca de 1,65 metro de altura, magro, pele negra, cabelo crespos e cacheados, costas curvas e andar peculiar.

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O caso - Beatriz foi assassinada aos 7 anos durante a festa de formatura da sua irmã no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no centro de Petrolina, Sertão de Pernambuco, em dezembro de 2015. Ela foi encontrada com 42 perfurações pelo corpo. 

Até o momento ninguém foi preso. Após um ano de caso sem solução, a delegada Gleide Ângelo, com o apoio de mais dois delegados, assumiu as investigações do caso.

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Uma reviravolta no caso do latrocínio da jovem Caroline Marry de Oliveira, de 24 anos. O namorado da vítima, Jonata Roberto Verçosa de Lima, de 32 anos, foi preso por estar sendo apontado como suspeito da prática do homicídio.

Caroline morreu após sair do Festeja Recife, um evento sertanejo realizado na área externa do Centro de Convenções, em Olinda, Região Metropolitana do Recife (RMR), em outubro deste ano. As informações eram de que ela estava acompanhada do namorado quando foi abordada por dois homens. Seu companheiro teria acelerado o carro e um dos suspeitos, atirado contra o peito da jovem.

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Nesta quinta-feira (22), Jonatas, acompanhado de sua advogada, se apresentou ao Fórum de Olinda para ser recolhido ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima. 

Segundo a Polícia Civil, a prisão temporária foi decretada pela Justiça Pública após representação da delegada Gleide Ângelo, titular da 9ª Delegacia de Polícia de Homicídios de Olinda. A polícia informou que mais detalhes sobre a motivação e como aconteceu serão repassados nos próximos 15 dias, após conclusão do inquérito policial. 

Mais uma arma para ajudar na solução do assassinato da menina Beatriz de sete anos – crime que completou um ano no último sábado (10). A partir desta segunda-feira (12), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) disponibilizará um número de WhatsApp para receber denúncias referentes ao caso.

O telefone do WhatsApp é o (81) 98878-5733. A deliberação sobre o uso do aplicativo ocorreu na última sexta-feira (9) em reunião do grupo de trabalho do MPPE designado para o caso.

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Foi na última sexta-feira também que o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros, convocou a imprensa para informar sobre mudanças na equipe de investigação do caso. A coordenação agora está com a delegada Gleide Ângelo, que contará com o apoio do delegado Alfredo Jorge e Marceone Jacinto.

Na última quinta-feira (8), a família de Beatriz se reuniu com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. A mãe e o pai da criança solicitaram uma cooperação da Polícia Federal. 

O crime - Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva foi encontrada morta no depósito de material esportivo no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no centro de Petrolina, Sertão de Pernambuco. Ela tinha 42 perfurações pelo corpo e a faca estava no local. No dia do assassinato, a escola realizava uma festa de formatura. O evento contava com aproximadamente 2,5 mil pessoas, entre pais de alunos, estudantes, funcionários e convidados. 

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Três delegados serão responsáveis pela continuação das investigações da morte da menina Beatriz, de 7 anos,  após um ano sem solução do crime. Gleide Ângelo ficará com a coordenação da equipe. 

Além de Gleide Ângelo, farão parte da força-tarefa os delegados Alfredo Jorge e Marceone Jacinto - que já estava com o caso. A portaria, assinada nesta sexta-feira (9), também é uma forma de a Polícia Civil mostrar que continua trabalhando no caso, visto que, na quinta-feira (8), a família da criança se reuniu com o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para pedir cooperação da Polícia Federal. 

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Gleide Ângelo é um nome de grande aceitação na sociedade, conhecida por solucionar casos importantes em Pernambuco. Segundo o chefe da Polícia Civil, Antonio Barros, Gleide trabalhará exclusivamente com o caso de Beatriz. "Se com esse esforço não chegarmos a uma conclusão, eu mesmo vou pedir a federalização do caso", disse Antonio Barros, em alusão às informações de que a família de Beatriz estaria pedindo que o caso passasse para a Polícia Federal. 

Segundo Barros, desde o dia do crime em dezembro de 2015, 208 pessoas foram interrogadas, 137 perícias foram realizadas e quatro terabytes de imagens foram analisados. "É como se fosse um jogo de xadrez e está faltando apenas uma peça", avaliou o chefe de polícia. 

A investigação conseguiu chegar a um suspeito. Já foi divulgado retrato falado e imagens dele na cena do crime. No dia do fato, 11 pessoas visualizaram o indivíduo próximo do local em que Beatriz foi abordada. Ninguém reconheceu o homem. Sem querer dar detalhes, Barros disse que outras pessoas podem ter participado do assassinato. 

O crime - Beatriz Angélica Mota Ferreira da Silva foi encontrada morta no depósito de material esportivo no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no centro de Petrolina, Sertão de Pernambuco. Ela tinha 42 perfurações pelo corpo e a faca estava no local. No dia do fato, a escola realizava uma festa de formatura. O evento contava com aproximadamente 2,5 mil pessoas, entre pais de alunos, estudantes, funcionários e convidados. 

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Nesta quarta (24), por matéria elaborada pela vereadora Missionária Michele Collins, a delegada Gleide Ângelo irá receber a Medalha do Mérito José Mariano em reconhecimento a sua contribuição em prol da segurança pública de Pernambuco. A solenidade de entrega acontece na Câmara Municipal do Recife, às 15h.

Michelle Collins declarou que a homenagem é merecida. "A competência da delegada é inegável. Resolveu inúmeros casos de grande repercussão no estado como o do assassinato da alemã Jennifer Kloker e da jovem Maria Alice, assassinada pelo padrasto, que compõe a extensa folha de serviços prestada ao povo pernambucano. Além disso, participou de vários projetos sociais, prestando valorosa contribuição em beneficio de Organizações Não Governamentais", disse a vereadora.

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Acessibilidade

Nesta terça (23), na tribuna da Casa de José Mariano, Michelle Collins falou sobre a Lei Municipal 18.256/2016, publicada neste mês, no Diário Oficial do Recife, de sua autoria. A lei possibilita o acesso ao auxílio-moradia emergencial a pessoas com deficiência independentemente de sua renda familiar e pessoal. 

Segundo a vereadora, anteriormente, era preciso ter uma renda familiar de até dois salários mínimos para obter o benefício do auxílio-moradia emergencial.

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Nesta terça-feira (26), por volta das 12h30, a espera mais longa da vida da servidora pública Claudia Cavalcanti teve fim. A pequena Júlia Alencar, de 1 ano e 9 meses, retornou aos braços da mãe após ter sido levada pelo pai Janderson Rodrigo Salgado há 15 dias. No Aeroporto Internacional do Recife, o encontro da bebê com a mãe veio dos braços de Gleide Ângelo, delegada responsável pelo caso. De acordo com a Polícia Civil, em depoimento, Janderson não demonstrou arrependimento e afirmou que a filha era só dele.

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Na Delegacia do Turista de Pernambuco, também no Aeroporto, Gleide detalhou as investigações e contou que o pai da criança agiu muito friamente em seu depoimento e disse não se arrepender de ter levado a filha dos braços da mãe. "Ele repetiu várias vezes que é o pai da criança e que pode fazer o que quiser que ninguém tem nada com isso", relatou a delegada. Janderson tinha todos os documentos da filha e por onde passava inventava histórias de que era viúvo e que a criança não tinha mãe.

De acordo com Gleide, durante o trajeto de Macapá até o Recife, em poucas falas, ele afirmou que quando crescer a menina vai morar com ele. A delegada informou que apesar de ser pai da criança, Janderson infringiu a Legislação Brasileira no Art. 237 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que atribui como crime subtrair uma criança sem ter a guarda legal para colocar em laço substituto. Ainda nesta segunda-feira (25), Janderson será transferido para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima.

Para justificar os atos, o pai da criança afirmou que os policiais não conheciam a Claudia, mãe da criança e por isso estariam agindo dessa forma. Para Gleide, essa só foi mais uma forma de tentar justificar os atos. "Quem comete um crime geralmente faz isso. Coloca sempre a culpa no outro", contou. Gleide informou que Janderson sempre agiu com um ar de deboche e muita ironia nas conversas com a delegada.

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Criança está com a saúde debilitada

Por ter percorrido muitos quilômetros em poucos dias, a criança está muito debilidade. De acordo com Gleide, Júlia está com forte tosse, muita secreção, cansaço, boca estoura e moleza. Ela chegou a passar dois dias em um barco com a pele exposta a muitos mosquistos e deve ir ao médico ainda nesta segunda. "Ele chegou a dar fortes remédios à criança sem a autorização e prescrição médica", detalhou Gleide.

Roteiro

Em 15 dias de fuga, Janderson percorreu ao todo nove cidades do Nordeste e do Norte do país. De acordo com a Polícia Civil, Janderson pegou a criança no dia 10 de julho, em Olinda, às 9h e duas horas depois já estava em um ônibus seguindo para a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. De lá, Janderson teria ido direto para Mossoró-CE.

Em seguida, Janderson levou Júlia a Fortaleza-CE e, no mesmo dia, a São Luís-MA. De lá, Janderson seguiu para Marabá e depois Altamira, se aproximando da fronteira com a Guiana Francesa. Ainda de acordo com a Polícia Civil, Janderson seguiu para Vitória do Xingu, onde pegou um barco para o Amapá e depois foi para Santana, cidade vizinha do Amapá.

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