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Em coletiva de imprensa, a Polícia Federal detalhou a Operação Manager, deflagrada nesta segunda-feira (12) contra uma organização criminosa envolvida com a concessão fraudulenta de aposentadorias rurais. A suspeita é que uma das pessoas presas, o vereador e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Cabo, Amaro Honorato da Silva, estaria conseguindo o benefício em troca de votos – desde 2004, ele tem se elegido como vereador do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

Além de Amaro do Sindicato, como é conhecido, também foi preso Abelardo Severino das Chagas, gerente da agência da Previdência Social de São Lourenço da Mata, na RMR.  Abelardo seria responsável por conceder os benefícios mesmo tendo conhecimento de que a documentação era falsa.

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No total, 1.065 benefícios possuem indícios de irregularidade. O rombo aos cofres públicos inicialmente havia sido divulgado como girando em torno de R$ 11 milhões. A PF atualizou o número. Desde 2013, quando há os primeiros indícios da fraude, o esquema teria causado um prejuízo de R$ 34 milhões ao INSS. 

Segundo as investigações, o esquema funcionava da seguinte forma: funcionários do sindicato aliciavam trabalhadores rurais para tirar seus benefícios previdenciários – essas pessoas não teriam direito ao benefício, geralmente, por não possuírem idade suficiente ou não haver de fato trabalhado na área rural. A documentação falsa era aprovada por Abelardo, quando, na verdade, deveria ser aprovada por analistas da previdência. “Um processo como, para entrar no sistema, demora cerca de uma hora, uma hora e meia. Mas nesses casos duravam cerca de sete minutos”, conta a delegada Carla Patrícia, da Delegacia de Repressão aos Crimes Previdenciários. 

Após conseguir o benefício, um agente financeiro que ainda está sendo investigado conseguia que os beneficiários obtivessem crédito consignado no valor de dez vezes o salário mínimo. Cerca de R$ 5 mil desse valor seria repassado às cabeças da organização e o restante ficava com o trabalhador.

Outros pontos que chamaram a atenção do INSS e da Polícia Federal foram o fato de que trabalhadores do Cabo estavam se cadastrando em São Lourenço da Mata e não no próprio município; e a disparidade no número de benefícios autorizados. De junho de 2013 a abril de 2016, a agência de São Lourenço deferiu os 1065 benefícios, enquanto no mesmo período a agência do município de Goiana, que possui o mesmo porte, autorizou 171 benefícios. 

Quatro pessoas do sindicato, suspeitas de realizarem os aliciamentos, foram conduzidas coercitivamente à Polícia Federal para esclarecimentos. A Justiça já autorizou o bloqueio das aposentadorias. Cada um dos 1065 casos será analisado e se houver comprovação que o trabalhador sabia da irregularidade ele também poderá ser preso por estelionato contra a Previdência Social.  

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) avisa as entidades da Administração Pública que irá alienar cinco imóveis do Fundo do Regime Geral de Previdência Social em Brasília. São cinco apartamentos, com preços mínimos entre R$ 570 mil e R$ 780 mil. Os interessados têm 15 dias para se manifestar.

O aviso está publicado no Diário Oficial da União (DOU).

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O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) divulgou o resultado do concurso público que realizou o provimento de 950 vagas para os cargos de Analista do Seguro Social e de Técnico do Seguro Social. 

A relação com os aprovados está disponível no Diário Oficial da União desta sexta-feira (5) e foi divulgada na seguinte ordem: cargo, número de inscrição, nome do candidato em ordem de classificação, nota final e classificação final no concurso.

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A lista também contém os resultados dos candidatos que concorreram ao certame por meio de cotas, como as vagas reservadas aos participantes negros e com deficiência. Os nomes dos aprovados estão divididos por local de atuação.

O concurso público ofereceu salários de R$ 4.886,87 e R$ 7. 496,09, de acordo com o cargo, por 40 horas de trabalho semanais. Outras informações podem ser obtidas no site da banca organizadora da seleção.

Confira esta e outras oportunidades na nossa página especial de concursos públicos.

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Uma decisão da Justiça obriga o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Garanhuns, no Agreste, a realizar a avaliação de incapacidade dos beneficiários em até 45 dias. A medida beneficia moradores de 23 municípios pernambucanos.

A avaliação de incapacidade é realizada para a concessão dos benefícios de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte a incapazes e benefício de prestação continuada às pessoas com deficiência. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), responsável pela ação civil pública para reduzir a demora das perícias, várias dessas avaliações ultrapassavam os seis meses para conclusão.

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A exigência da Justiça é que seja implantando o denominado Projeto PP – Modelo Simplificado de Reconhecimento do Direito à Prorrogação do Auxílio Doença. O projeto foi proposto pelo próprio INSS no decorrer do processo judicial, mas não estaria sendo colocado em prática.

De acordo com o MPF, o projeto prevê que uma parte dos benefícios por incapacidade não precisariam passar por perícia médica, com seu deferimento sendo feito pelo servidor administrativo após análise de documentos e atestados médicos. 

Nos casos de incapacidade, a Justiça obriga o INSS a realizar as perícias na mesma agência previdenciária onde foi feito o requerimento. Se a perícia não for realizada no prazo de 45 dias, o INSS fica obrigado a acatar o pedido de início ou dar continuidade ao benefício, diante da apresentação de laudo médico particular, emitido por profissional credenciado ao Sistema Único de Saúde (SUS).  Os casos indeferidos deverão ser devidado justificados pelo instituto, que também deverá cadastrar, em 90 dias, médicos do SUS para subsidiar a realização das perícias. 

Municípios abrangidos pela sentença – Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Ibirajuba, Jucati, Jupi, Lagoa do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Paranatama, Quipapá, Saloá, São Bento do Una, São João e Terezinha.

Com informações da assessoria

Funcionários públicos prometem realizar um novo protesto, na próxima quinta-feira (16), contra a Reforma na Previdência e a extinção do Ministério da Previdência. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev), a mobilização será realizada em frente à Gerência Executiva do INSS, na Avenida Mário Melo, em Santo Amaro, às 9h. 

Em uma mobilização simultânea em todo o país, a categoria se reúne não só na capital pernambucana, mas também no interior de Pernambuco, no mesmo horário. O ato será realizado nas Gerências Regionais Executivas do estado (Recife, Petrolina, Caruaru e Garanhuns) e nas Agências de Previdência Social do interior. Em nota, o Sindsprev convocou todos os servidores a participar da mobilização em "defesa da Previdência Social, do SUS e dos direitos dos trabalhadores". 

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Ainda em sua primeira semana, o governo do presidente em exercício Michel Temer acabou com o Ministério da Previdência Social e os serviços foram transferidos para o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e o Ministério da Fazenda. Para a categoria, a medida fragiliza o sistema e revela a intenção de privatização da previdência no novo governo.

Uma discussão na agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Bairro Novo, na cidade de Olinda, terminou na Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (9). Após ter o pedido de extensão do benefício negado pelo médico perito, o porteiro Alexandre Guedes, de 45 anos, teria tentado agredi-lo, sendo impedido pelo vigilante do local.

Alexandre admite que tentou entrar à força no local, mas ele acabou sendo autuado por mais situações. Segundo a Polícia Federal, o porteiro responderá em liberdade por tentativa de lesão corporal e ameaça de morte. “Ele teria dito que sabia a placa do carro do médico e os horários dele”, destaca o assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro. 

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O porteiro está sem o benefício desde março. Segundo ele, sua avaliação devia ter sido feita em setembro, mas houve vários adiamentos. “Em março, o médico disse que os laudos estavam inválidos, porque eles valiam por apenas seis meses. Os especialistas renovaram meus laudos e pedi reconsideração de perícia, marcada para hoje. Fui atendido pelo médico e ele nem chegou a olhar os documentos”, acusa Guedes. 

Ao perceber que o perito havia indeferido o pedido de permanência no benefício, Alexandre teria se revoltado e precisou receber um “mata-leão” do vigilante para cessar a confusão. O porteiro está sem trabalhar desde o dia 25 de dezembro de 2014, quando sofreu um acidente de moto. Ele garante que os laudos psiquiátrico, psicológico e neurológico dizem que tem condição irreversível. O cliente trabalhava como porteiro de um hospital e o cargo não existe mais.

O médico não quis conversar com a imprensa, mas em seu depoimento à PF afirma ter analisado os exames nos quais não foram constatados problemas que comprometessem o trabalho de Alexandre. O porteiro poderá pegar de três meses a um ano de detenção. 

Recorrência -  Este é o terceiro caso em menos de 15 dias de confusão em agência do INSS envolvendo perito médico. Na última segunda-feira (6), o soldador Luís Delfino da Silva, de 45 anos, chegou a fazer um funcionário da agência de refém.

Luís Delfino dizia que o perito médico havia deixado a agência sem atendê-lo, além de denunciar ser sempre maltratado por um dos funcionários locais. Ele foi autuado por ameaça e cárcere privado.

Em Caruaru, no Agreste, no dia 31 de junho, uma vendedora autônoma de 27 anos arremessou uma pedra contra a agência após a remarcação de sua perícia. Ela foi autuada por dano contra o patrimônio da União, com penas de seis meses a três anos de detenção, pagou fiança de R$ 500 e aguarda o processo em liberdade. 

Um homem fez um funcionário do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de refém com um facão após médico perito ter deixado a agência sem atendê-lo, na segunda-feira (7), no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife (RMR). Após 40 minutos, o soldador Luís Delfino da Silva, de 45 anos, se entregou e ninguém ficou ferido.

A Polícia Militar encontrou Luís Delfino no andar superior da agência com uma faca apontada para as costas do suspeito e gritando que se houvesse policiais no local ele mataria o refém. Após negociação, o suspeito liberou o refém mas levou a faca até o próprio pescoço dizendo que se alguém tentasse se aproximar ele se mataria.

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De acordo com a Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE), o homem disse que estava afastado de suas funções há um ano, que seu benefício previdenciário havia sido cortado neste mês e que por isso estava passando por dificuldades financeiras sem conseguir, inclusive, pagar o aluguel de sua casa. Apesar de criticar o fato do médico perito ter ido embora sem fazer a consulta, a perícia está marcada para o dia 17 de junho.

À Polícia Federal, Luís Delfino também contou que toma remédio controlado e que seu problema, na verdade, era com um funcionário que costuma tratá-lo mal. Segundo a PF-PE, tal funcionário fugiu ao ver o cliente fazendo ameaças, motivo pelo qual Luís utilizou outro empregado como refém.

Após entregar o facão aos policiais, o homem foi preso e autuado por ameaça e cárcere privado. A polícia arbitrou um valor de R$ 2640 de multa. Por ser primário, Luís Delfino responderá em liberdade. Na sede da Polícia Federal, ele confessou que não tinha intenção de lesionar o refém e apenas queria chamar a atenção da mídia para a situação que vinha passando. 

A Polícia Militar de Pernambuco atuou numa ação criminoso com refém, na tarde desta segunda-feira (6). Com um facão, um homem manteve ao seu alcance um funcionário da agência do INSS no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. 

De acordo com a corporação, os policiais cercaram o local e o homem se entregou pacificamente. Por ter sido realizado numa unidade do INSS, o caso foi encaminhado à Polícia Federal e o acusado já foi levado para prestação dos procedimentos necessários. 

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Ainda não foi divulgado à imprensa se caso se trata de uma tentativa de roubo. 

A Polícia Federal, em conjunto com o Ministério do Trabalho e Previdência Social, com Ministério Público Federal e com o apoio logístico do 11º Regimento de Cavalaria Mecanizada do Exército Brasileiro, deflagrou na manhã desta sexta-feira (3) a Operação Uroboros, com o objetivo de desmantelar organização criminosa especializada em fraudes para obtenção de pensão por morte. Essa organização se estruturou a partir da atuação de servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) de Amambai/MS.

Cerca de 80 policiais cumprem, nas cidades de Amambai/MS e Iguatemi/MS, 2 mandados de prisão preventiva, 14 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de condução coercitiva, expedidos pela Justiça Federal de Ponta Porã.

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A organização registrava falsamente crianças como se fossem filhos de indígenas já falecidos com o intuito de obter a pensão. Como a prescrição do benefício não corre contra os menores, o grupo conseguia se apropriar de grandes valores referentes à pensão, que retroagia até a data do óbito do indígena.

O grupo possuía esquema logístico bem estruturado de transporte dos indígenas para confecção de documentos pessoais e para expedição de registros administrativos de nascimento junto à Funai, ideologicamente falsos, os quais eram utilizados perante os cartórios para dar credibilidade aos registros civis tardios.

A organização criminosa conta com um braço jurídico, formado por advogado que, além de pleitear judicialmente benefícios negados administrativamente, patrocina pedidos de guarda de menores por parte de indígenas aliciados para a fraude, tirando a guarda de crianças de seus guardiões atuais com o único objetivo de se apropriar dos benefícios previdenciários.

Levantamentos preliminares detectaram que em apenas cinco fraudes a soma dos prejuízos evitados e causados ao INSS gira em torno de R$ 1 milhão. No entanto, durante as buscas foram apreendidos vários documentos que indicam que o montante das fraudes praticadas pelo grupo pode ultrapassar esse valor.

A operação foi batizada Uroboros em alusão à serpente mítica que é representada engolindo seu próprio rabo, a qual simboliza o caráter destrutivo da cobiça e da ganância que moveram a organização criminosa investigada e a repetição cíclica e a totalidade, elementos presentes nas fraudes que englobam diversas etapas.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi transferido do Ministério do Trabalho para o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Da parte da Previdência Social, o Ministério da Fazenda vai ficar com a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), o Conselho Nacional de Previdência Complementar e a Câmara de Recursos da Previdência Complementar para o Ministério da Fazenda.

O Conselho Nacional de Previdência Social, o Conselho de Recursos da Previdência Social e a Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev) também ficarão com a Fazenda, de acordo com Medida Provisória publicada nesta quinta-feira, 12, em edição extra do Diário Oficial.

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A MP determina ainda que o BNDES sairá do Ministério da Indústria e Comércio Exterior para o Planejamento. A Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF) também foi transferida para o Planejamento, sob o comando do ministro Romero Jucá.

Os servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Pernambuco decidiram realizar uma paralisação de 24 horas nesta quinta-feira (14). Os segurados agendados para este dia serão atendidos, mas quem procura o Instituto sem hora marcada não será recebido. 

A mobilização integra o Dia Nacional de Luta, aderido pelos servidores da base do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social no Estado de Pernambuco (Sindsprev-PE). Além da paralisação, os profissionais também realizam um protesto.

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O ato acontece a partir das 9h, na Praça do Diário, Centro do Recife. Segundo a categoria, a manifestação é contra os ataques aos direitos dos servidores por parte do Governo Federal com a apresentação do PLP 257/2016.

Ainda conforme os servidores, o PLP institui o choque de gestão no país e ameaça uma série de direitos trabalhistas e salariais dos servidores nas três esferas da Federação: municipal, estadual e federal. 

O Dia Nacional de Luta será marcado por atividades em todas as capitais brasileiras. Em Brasília, a manifestação está prevista para as 9h, no Anexo III da Câmara dos Deputados.

Com informações da assessoria

Foi alcançada pelo Ministério Público Federal (MPF) em Garanhuns (PE), na Justiça Federal, a condenação de 12 pessoas envolvidas em fraudes previdenciárias. O crime causou um prejuízo de mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos. O líder da organização, o empresário Abdias Marcolino dos Santos Júnior, recebeu a maior pena, de 96 anos de reclusão. 

De acordo com o MPF, a denúncia foi feita ao órgão decorrente das investigações realizadas no âmbito da Operação Omni, deflagrada pela Polícia Federal em 2014. Ainda segundo o Ministério, o motivo das condenações foi dado pelo fato de os réus, entre os anos de 1998 e 2014, utilizarem documentos falsificados “para inserir dados falsos nos sistemas de informação do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para induzirem ao erro a Previdência Social e obterem benefícios indevidos, com o auxílio de servidores das agências previdenciárias de Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, e Canhotinho, no agreste pernambucano”.  

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O esquema funcionava de forma que o empresário Abdias Marcolino era o maior beneficiário das fraudes e ainda contava, na organização criminosa, com a presença de Lúcia de Fátima de Lira Ribeiro e Suzanny Veras de Santa Cruz, exercendo a parte burocrática de documentos, prestação de informações ao INSS, abertura de empresas de fechada, entre outras práticas. O MPF ainda explicou que a organização contava com "laranjas” - Daniel Silva, Álvaro Santos e Uberlúcio Vanderley de Sá Freire - que administravam o patrimônio ilicitamente obtido pela organização criminosa e que também recebiam os benefícios irregulares.

Dentro do INSS, o grupo contava com o auxílio de Manoel Firmino Pinheiro e Paulo Francisco Sampaio de Melo como responsáveis por conceder os benefícios indevidos e por atestar falsamente a regularidade dos vínculos empregatícios fraudulentos, respectivamente. O trabalho era realizado mediante propina paga diretamente pelo chefe da organização. Já os casos que eram indeferidos pelo INSS eram requeridos judicialmente pelo advogado José Josuel Florêncio.

O grupo ainda possui Maria Marliete da Silva (mãe de Abdias Marcolino), Denilson Borges do Nascimento e Ana Rafaela Rafael, pessoas que recebiam os benefícios indevidos ou forneciam documentos e dados pessoais para que eles pudessem ser obtidos.

Segundo o MPF, a Justiça Federal condenou os integrantes do grupo por vários crimes, incluindo falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, falsificação documental, estelionato previdenciário, lavagem de dinheiro, inserção de dados falsos em sistema de informação e participação em organização criminosa. 

Os crimes possuem penas que variam de cinco anos e dois meses a 96 anos e três meses de reclusão. Multas também devem ser aplicadas com variação de seis a 12960 salários mínimos, além de serem obrigados a restituir o prejuízo causado ao erário.  

A decisão da Justiça Federal ainda determinou que os bens obtidos com as atividades ilícitas por Abdias Marcolino dos Santos Júnior fossem apreendidos e alienados, além de ter decretado a perda do cargo dos servidores do INSS. Tanto o Ministério Público Federal quanto os réus recorreram da sentença. 

Desde janeiro deste ano, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) realiza o registro de mães de crianças diagnosticadas com microcefalia no Benefício de Prestação Continuada (BPC). O auxílio, normalmente concedido a idosos e pessoas com deficiência, possui o valor de um salário mínimo por mês. Em estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), encomendado pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio, a população recifense foi questionada se é favorável ao recurso. Dos entrevistados, 96,5% concordam que a ajuda de custo é justa.

Para receber o auxílio, o responsável deve comprovar a malformação da criança e que a renda mensal da família é de menos de um quarto do salário mínimo por pessoa. A ajuda de custo é paga ao responsável pelo menor de idade, geralmente um dos pais. Confira a lista de documentos necessários para requerer o BPC neste link.

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Quem precisa do auxílio deve passar por uma avaliação médica e social junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) para que seja comprovada a sua condição. Atualmente, aproximadamente 4,2 milhões de pessoas recebem o BPC, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Social e do Ministério da Saúde.

Segundo a gerente executiva do INSS no Maranhão, Miriam Araújo, o programa garante as mínimas condições para o tratamento de pessoas com alguma deficiência. “O objetivo da política de assistência é reduzir o índice de desigualdade que existe entre a população e permitir o mínimo, o básico, de dignidade para aquelas pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade social”, explicou em entrevista à Agência Brasil.

O infectologista do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), Demetrius Montenegro, discorda. “Uma criança com microcefalia precisa do auxílio de vários profissionais, incluindo fisioterapeuta, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Um salário mínimo pode até ajudar os pais que precisarão deixar de trabalhar para cuidar da criança, mas não fará diferença alguma durante um tratamento com altos custos”, avalia o médico.

Mais de 500 casos de microcefalia ou outras alterações do sistema nervoso central foram confirmados no Brasil, sendo que a maior parte delas está ligada à infecção pelo vírus da zika, segundo o Ministério da Saúde. Outras 3.935 ocorrências suspeitas da doença estão sendo investigadas. Pernambuco é o estado com maior número de casos notificados, 1.544 no total.

Apesar disso, a pesquisa realizada pelo IPMN mostra que muitos recifenses nunca tiveram contato com bebês que possuem microcefalia. Dos entrevistados, apenas 18,9% disse conhecer crianças com a deficiência.

*A pesquisa do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi encomendada pelo Portal LeiaJá, em parceria com o Jornal do Commercio. Com o objetivo de investigar a opinião dos recifenses sobre o atual cenário da saúde pública e as epidemias que o assolam, o estudo ouviu mais de 600 pessoas, durante os dias 15 e 16 de fevereiro de 2016. A amostra foi definida com base nas fontes oficiais de dados do Censo IBGE.

O retorno ao trabalho dos peritos Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta semana, após mais de quatro meses de greve está levando uma multidão de segurados aos postos. Em Fortaleza (CE), segurados chegaram a ficar até nove horas na fila. "Isso é um descaso muito grande com a saúde pública. É a terceira vez que venho a Fortaleza para resolver um auxílio-doença e não avança.

"A greve me prejudicou bastante", disse a professora Maria da Glória Silva, moradora de Paracuru, a 80 quilômetros da capital. Ela conta que chegou ao posto às 6 horas e foi atendida às 15h30.

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Maria da Glória deu entrada no pedido de auxílio-doença e vai ter de esperar o resultado da avaliação médica. A unidade do INSS no bairro de Messejana, onde ela estava, só atendeu perícias para pedido de auxílio doença. Pessoas que buscavam aposentadoria por invalidez, casos de acidente de trabalho e aposentadoria especial tiveram de voltar para casa.

"Ficou uma demanda reprimida que só será solucionada com pelo menos mais uns cinco a seis meses. Atendíamos em média 17 mil pessoas por mês antes da greve", diz a delegada da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social em Fortaleza, Ana Francisca Nogueira Martins.

Após várias tentativas no período da greve, o ex-carreteiro Osmair Batista de Oliveira, de 61 anos, não conseguiu agendar ontem uma nova perícia na agência central de Sorocaba (SP). Ele foi informado que seu processo não estava disponível e tem de voltar à agência na próxima semana.

Oliveira tenta uma revisão em sua aposentadoria de um salário mínimo, conseguida após 30 anos como motorista de carreta. Em 2002, ele foi rendido por criminosos. Além de assaltá-lo, os bandidos o agrediram na cabeça com uma chave inglesa. O carreteiro ficou quatro meses em coma e, quando se recuperou, estava inválido. O afundamento no crânio, ainda visível, afetou o sistema nervoso central e ele tem dificuldade nos movimentos e na fala.

Inconformado com o valor da aposentadoria por invalidez, ele entrou com ação e fez várias perícias, mas o processo não terminou. Quando faria aquele que seria o último exame, em setembro, os peritos estavam em greve. Oliveira conta que o dinheiro mal dá para os remédios. "Tomo três para a cabeça, um para a pressão e outro para o estômago e é difícil conseguir todos na farmácia pública."

Na agência Centro de Porto Alegre (RS), o pintor Nelson Cardoso Rodrigues, de 55 anos, aguardou cerca de uma hora para reiniciar um processo. Ele tem um glaucoma derivado da diabetes e está com a visão comprometida. "O patrão me mandou embora, mas o INSS diz que tenho condições de trabalhar. Talvez quando eu perder totalmente a vista, eles me darão o benefício", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (4), tiveram início as inscrições para dois concursos: Instituto nacional de Seguro Social (INSS) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo oprimeiro para niveis médio e superior e o segundo apenas para nível médio. As remunerações vão de R$ 4 mil a R$ 7 mil reais. 

O concurso para o INSS visa o provimento de vagas nos cargos de Analista do Seguro Social e de Técnico do Seguro Social. As jornadas de trabalho são de 40 horas semanais para ambas as funções e as remunerações são de R$ 4.886,87 e R$ 7. 496,09. Confira mais informações sobre o certame.

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Já o IBGE oferece 460 oportunidades para de Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas A I (90), e Tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas A I (50). As remunerações vão de R$ 3.098,85 a R$ 8.734,88. As inscrições vão até o dia 28 de janeiro e mais informações podem ser vistas AQUI

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O tão esperado concurso público do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) abriu vagas. São 950 oportunidades para cargos de nível médio e superior, cujos salários são de R$ 4.886,87 e R$ 7.496,09. As vagas abertas foram para os cargos de analista do seguro social (150) e técnico de segurança social (800). Os concursados atuarão em jornada de trabalho de 40 horas semanais. A banca organizadora pelo certame é a Cebraspe. 

Para concorrer às vagas de nível superior, os candidatos devem ter graduação em serviço social e registro de no órgão específico. Já quem pretende disputar uma das 800 vagas de nível técnico, é importante obedecer às regras de escolaridade. 

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Do total de vagas oferecidas, 5% são reservadas para pessoas com deficiência e 20% para declarados negros.

Para se inscrever no certame, os candidatos devem acessar o site da banca organizadora das 10h do dia 4 de janeiro até 22 de fevereiro de 2016. A taxa de inscrição é de R$ 80 para nível superior e R$ 65 para técnico.

As oportunidades são para os estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondônia, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins, e no Distrito Federal.

O sistema de seleção será feito mediante prova objetiva, contendo 120 questões, de caráter eliminatório de classificatório. As provas de níveis médio e superior serão aplicadas na data provável de 15 de maio de 2016, terão duração de 3 horas e meia cada, sendo uma no turno da manhã e outra no turno da tarde. 

O edital foi divulgado nesta quarta-feira (23), no Diário Oficial da União. Confira o documento para ter as informações completas do concurso público. Veja nossa página especial de certames para saber de outras importantes seleções que acontecem no Brasil.

Em janeiro deste ano, a balconista Marize da Conceição Alves, de 40 anos, sofreu um grave acidente de carro. Em junho, um laudo mostrou que a colisão provocou uma fratura na coluna e que ela precisaria se afastar do trabalho. Quase seis meses depois, ela ainda não conseguiu agendar a perícia médica no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Há 100 dias em greve, médicos peritos do INSS cobram a efetivação em lei da carga horária de 30 horas, o fim da terceirização da perícia médica e reposição das perdas salariais de 27% divididos em dois anos. Dados do próprio instituto apontam que cerca de 1 milhão de perícias deixaram de ser realizadas desde o início da paralisação.

“Primeiro, o próprio INSS estava de greve. Quando consegui ir até uma agência, marcaram a perícia para dois meses depois. Aí, os médicos peritos pararam de trabalhar”, contou. “Essa greve me atrapalhou muito. Se eu não tivesse uma reserva financeira, eu passaria dificuldade. Já tem mais de quatro meses que estou sem receber meu salário.”

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A fotógrafa Elizineide da Silva Carvalho, de 41 anos, passa por um drama similar ao da balconista Marize. Em setembro deste ano, o marido dela foi diagnosticado com um tumor no cérebro. Desde então, ela tenta agendar uma data para a perícia médica, mas, por causa da greve dos médicos peritos, o procedimento foi marcado apenas janeiro de 2016.

“Assim que ele adoeceu, nós agendamos. Mas, devido à greve, tivemos que remarcar para janeiro. Somos fotógrafos e ele fazia boa parte do trabalho. Tive que pagar algumas pessoas pra realizar nosso trabalho, o que me acarretou uma despesa não prevista. Eu mesma não estou conseguindo trabalhar para ficar com ele e dependemos da ajuda das pessoas”, conta.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Francisco Eduardo Cardoso, garantiu que 30% dos médicos peritos de cada gerência estão trabalhando. A dificuldade, segundo ele, é que muitos profissionais estão sendo mantidos nos cargos que exerciam antes do início da greve e que não envolvem a realização de perícia. “O INSS precisa colocá-los para atender à perícia e isso não está acontecendo. O perito que atendia na procuradoria, por exemplo, não está sendo deslocado para a perícia e está sendo mantido na atividade quer fazia fora da greve. O INSS não está aproveitando esses 30% para beneficiar a população e não está obedecendo ao interesse público.”

INSS

Por meio de nota, o INSS informou que, entre setembro e novembro deste ano, 1.047.239 perícias foram marcadas em todo o país, mas o órgão calcula que cerca de 730 mil pedidos de concessão de benefícios como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez estejam represados. Ainda segundo o instituto, o tempo médio de espera para o agendamento da perícia passou de 20 dias (antes do início da greve) para 63 dias.

“O INSS reconhece todas as dificuldades impostas à população pela não regularização do atendimento da perícia médica e espera que as negociações entre o Ministério do Planejamento e os servidores da carreira de perito médico previdenciário sejam concluídas com brevidade para a pronta retomada dos serviços”, informa o órgão na nota.

O comunicado destacou ainda que, para todo benefício concedido, o que vale é a data de entrada do requerimento. Isso significa que, se um segurado tinha uma perícia marcada para novembro, por exemplo, mas será atendido apenas em janeiro, se o benefício for aprovado, passa a valer, para efeitos financeiros, a data de entrada do requerimento e não a data em que ele foi concedido.

A proposta oferecida pelo governo à categoria consiste no reajuste geral dado ao funcionalismo público e a criação de um comitê de reestruturação da carreira, mas não trata da efetivação da jornada de 30 horas e do fim da discussão da terceirização das perícias. O pacote será votado amanhã (14) pela manhã durante assembleias realizadas em diversos estados.

A partir deste domingo (1°), está disponível para emissão o documento conhecido como Guia Única do Simples Doméstico, no portal eSocial, de acordo com a Receita Federal. Na guia, estão incluídos os tributos que os patrões de empregados domésticos devem pagar como a contribuição previdenciária e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O documento tem código de barras e pode ser pago em qualquer agência ou canais eletrônicos disponíveis pela rede bancária, até o dia 6 de novembro. O cadastramento do trabalhador no eSocial e o pagamento, que é relativo à competência de outubro, podem ser feitos até esta data, sem multas. O Fisco espera a adesão de 1,2 milhão de trabalhadores ao sistema. 

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Por meio do novo sistema, o patrão recolhe, em documento único, a contribuição previdenciária, que varia de 8% a 11% da remuneração do trabalhador e paga 8% de contribuição patronal para a Previdência. A guia também inclui 8% de FGTS, 0,8% de seguro contra acidentes de trabalho, 3,2% de indenização compensatória (multa do FGTS) e Imposto de Renda para quem recebe acima da faixa de isenção (R$ 1.903,98).

Para formalizar a situação do trabalhador doméstico, o empregador deve registrar seus dados e os do funcionário na página do programa. Para gerar o código de acesso ao eSocial, o patrão precisa do CPF, da data de nascimento e do número de recibo das duas últimas declarações do Imposto de Renda Pessoa Física. O empregador precisará cadastrar ainda o telefone e o e-mail dele e inserir os seguintes dados do trabalhador: CPF, data de nascimento, país de nascimento, Número de Identificação Social (NIS), dados da carteira de trabalho, raça, escolaridade, telefone, e-mail, dados do contrato e local de trabalho.

O recolhimento dos encargos está relacionado a chamada PEC das Domésticas, aprovada em abril de 2013, que garantiu uma série de direitos ao trabalhador doméstico.

A Polícia Federal e o Ministério da Previdência Social no Rio Grande do Sul deflagraram nesta terça-feira (27) a Operação Terra dos Poetas para desarticular um grupo supostamente responsável por fraudes em benefícios da Previdência Social e seguro-desemprego. Policiais federais e servidores do INSS saíram às ruas para cumprir oito mandados de busca e apreensão em escritórios e residências em Porto Alegre e Viamão.

Segundo a PF, durante as investigações foram identificadas várias empresas já desativadas há vários anos e que nos últimos tempos passaram a ser usadas para registros falsos de emprego que geraram direito a benefícios. Uma única aposentadoria irregular detectada causou à Previdência Social prejuízo em torno de R$ 500 mil. Trata-se do mesmo tipo de fraude já investigado em outras operações, como a Rafaello, em Rosário do Sul, e Mendax, em Santa Maria.

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As informações sobre Terra dos Poetas foram divulgadas pela Comunicação Social da PF no Rio Grande do Sul.

Uma das empresas foi criada na década de 1970 para atender às necessidades de segurança privada de um grupo empresarial do Estado. No final dos anos 1990 a empresa fechou as portas, mas perante a Receita Federal continuou ativa. Depois de muitos anos a empresa foi transferida para o nome de 'laranjas' e os antigos proprietários, com o auxílio de um contador, passaram a confeccionar GFIPs (Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia e Informações à Previdência Social) para a empresa informando sobre empregados que nunca existiram.

A PF a o INSS descobriram que vários desses vínculos empregatícios totalizam 30 anos. São pessoas que nunca contribuíram para a Previdência Social e que, com a fraude, obtiveram aposentadorias próximas ao teto da Previdência Social. Os beneficiários do esquema são engenheiros e advogados, segundo a PF. Alguns beneficiários são funcionários públicos do Estado do Rio Grande do Sul já aposentados. Eles recebem aposentadoria pelo Estado.

Em outros casos a Operação Terra dos Poetas constatou que, quando a empresa passava a apresentar problemas financeiros, a titularidade era transferida para o nome de 'laranjas' - alguns deles emprestavam seus nomes em troca de pequenas quantias de dinheiros - e a empresa continuava atuando no mercado sob a direção dos antigos proprietários.

Além da sonegação fiscal e previdenciária, os fraudadores lesavam instituições bancárias com a obtenção de empréstimos. Quando os credores buscavam cobrar seus créditos somente encontravam dívidas e um sócio que não possui bem algum.

A pedido da Polícia Federal, a Justiça decretou o sequestro de bens dos investigados e a suspensão cautelar do pagamento dos benefícios fraudados. Os investigados serão indiciados por estelionato contra a Previdência Social e falsidade de documento público.

Em vigor desde junho deste ano, a Lei Complementar 150, popularmente conhecida como Lei das Domésticas, regulamenta direitos dos empregados domésticos, no intuito de equipará-los aos demais trabalhadores quanto às condições para exercer suas atividades. Após atraso de um mês, o chamado Simples Doméstico, finalmente, passa a funcionar, a partir desta quinta-feira (1º). Trata-se de um guia único que juntará todos os impostos e contribuições referentes à relação trabalhista entre empregados e empregadores domésticos. A medida surgiu com o objetivo de eliminar os diversos boletos antes emitidos, que confundiam a tarefa de manter os pagamentos em dia. 

Para ingressar no regime do Simples, os patrões deverão efetuar seu cadastro e do respectivo empregado doméstico no site da Receita Federal, através do portal E-Social. No cadastramento, deverão ser incluídos dados como o número do PIS, CPF e salário do trabalhador. Realizado este procedimento, o sistema passará a atuar por conta própria, de acordo com as informações preenchidas, devendo o empregador atualizar o registro apenas em casos de férias, horas extras ou aumento de remuneração.

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Diante da novidade, o advogado trabalhista Giovanne Alves fez questão de revelar sua crítica sobre a Lei das Domésticas, mas afirmou acreditar na funcionalidade do novo modelo de recolhimento tributário. "Estamos evoluindo, porém a classe ainda segue com condições inferiores aos demais trabalhadores. Por exemplo, o Seguro Desemprego, pela Lei Complementar 150, garante apenas três meses de remuneração equivalente a um salário mínimo, enquanto os demais profissionais podem receber até cinco parcelas", alertou. E declarou: "Quanto ao Simples Doméstico, creio que poderemos ter instabilidades no sistema, mas ele está, de fato, pronto para ser usado. Essa medida realmente virá para tentar otimizar a administração de impostos entre patrões e empregados". 

Ainda em tom de esclarecimento, Giovanne Alves orientou os domésticos a se informarem sobre os direitos que possuem, para ter condições de reivindicá-los, quando necessário. "É importante incentivar os empregados do ramo a ficarem de olhos abertos, para não deixar passar irregularidades. Inclusive, com o lançamento do Simples Doméstico, eles devem cobrar dos seus patrões o cadastramento, pois é uma forma de deixar a relação trabalhista mais estável e dentro da lei", explanou o advogado.

De antemão, os envolvidos no novo regime tributário deverão ficar atentos a duas situações. Uma é que o FGTS, agora, será obrigatório e precisará ser recolhido já na primeira ‘mensalidade’ emitida pelo Simples Doméstico. O outro alerta diz respeito à quitação do novo guia. O vencimento do débito será o dia 7 de cada mês, porém, em novembro, essa data cairá num sábado e, diferente da maioria dos impostos, nesse caso, o prazo não será prorrogado para o dia útil subsequente. O valor deverá ser pago até a sexta-feira (6). Em caso de atraso, será aplicada multa de 0,33% ao dia. 

De acordo com o site da Receita Federal, o cadastramento dos trabalhadores já admitidos até setembro de 2015 estende-se por todo o mês de outubro. Aos que forem admitidos no decorrer deste mês, o cadastramento deve ocorrer até um dia antes do início das atividades. Confira abaixo mais detalhes sobre o registro e as taxas agregadas no Simples Doméstico.

Informações requeridas no cadastramento:

Número, série e UF da CTPS

Número do NIS (NIT/PIS/PASEP)

Número do CPF

Data de nascimento

Data de admissão

Data da opção pelo FGTS

Valor do salário contratual

Escolaridade

Raça/cor

Endereço residencial

Endereço do local de trabalho

Número do telefone

E-mail de contato

Impostos recolhidos e suas respectivas taxas:

8% sobre o salário para o FGTS

8% de INSS e, na responsabilidade do empregado, de 8% a 11%, que poderá ser descontado depois pelo patrão

0,8% sobre o salário para seguro contra acidente de trabalho

3,2% para pagamento da indenização por demissão sem justa causa

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