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Com o fim da quarentena em Pernambuco, nesta quinta-feira (1º), a retomada das atividades econômicas volta a ser condicionada por um novo plano de convivência setorial, que orienta o funcionamento do comércio. O destaque fica para o limite de funcionamento das 10h às 20h, no entanto, alguns setores ficam de fora deste prazo e só voltam dia 5.

Sem descartar uma eventual prorrogação, o governador Paulo Câmara (PSB) anunciou que o novo protocolo setorial é válido até o dia 25 de abril. Além de reforçar o distanciamento social e facilitar a higienização aos clientes, no geral, os estabelecimentos vão funcionar das 10h às 20h, de segunda à sexta, e das 9h às 17h aos sábados, domingos e feriados.

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- Serviços de alimentação, como restaurantes, bares e lanchonetes estão liberados para abrir mais cedo, às 5h, durante a semana. Delivery e pontos de coleta podem ultrapassar às 20h. O atendimento presencial foi restrito à 50% da capacidade;

- O comércio varejista segue o horário geral indicado pelo Governo do estado. Os estabelecimentos devem respeitar a capacidade de um cliente a cada cinco metros quadrados do interior da loja. Shoppings e galerias seguem a regra para o interior das lojas, mas pode receber um cliente a cada dez metros em circulação.

- Para escritórios e prestadores de serviço, a regra é atender com 50% da capacidade e garantir o distanciamento de 1,5 metro entre os pontos de trabalho.

- A atividade física individual nas praias está autorizada a partir da segunda (5). Já as academias e centros de atividade física podem abrir as portas às 5h na semana e, aos fins de semana, domingos e feriados das 5h às 17h. Igrejas e templos religiosos seguem o horário.

- As aulas da rede particular e do ensino médio da rede estadual também só voltam no dia 5, das 6h às 22h, com 50% da capacidade de estudantes. Apenas os ensinos superior, médio, fundamental e infantil estão inclusos no protocolo.

Com parte do Sertão de Pernambuco em alerta pela falta de leitos de UTI, nesse domingo (7), o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel (PSL), anunciou que não há mais como internar novos pacientes da Covid-19 na rede de saúde local. Com três pacientes enviados para hospitais em cidades vizinhas, o gestor afirmou que o limite de ocupação se repete em outros municípios da região.

"Nós não temos mais nenhuma capacidade de absorver pacientes para a internação. Se Deus o livre, um parente seu, uma mãe, um pai, um avô e até você mesmo precisar de um leito de UTI ou um leito de enfermaria, nós não temos mais leitos, não temos mais capacidade para absolver a demanda dos casos de Covid em nossa cidade", confirmou Raimundo em seu perfil oficial nas redes sociais.

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O Hospital Maternidade Santa Maria não possui sequer espaço físico para ampliar a oferta de leitos, informou Raimundo, que avaliou o reflexo da situação para os profissionais da linha de frente. "Nossos profissionais de saúde estão esgotados, já não aguentam, já não têm mais força e disposição de enfrentar a rotina dura de mortes", destacou.

Sem oferta de internação, pacientes continuam sendo confirmados com a infecção. A conta que não fecha obrigou a gestão a transferir três para Serra Talhada. O último boletim informa que 4.095 casos já foram confirmados e 63 mortes foram registradas em Araripina.

O prefeito ainda relatou que, tanto as unidades de saúde de Serra Talhada, quanto os hospitais de referência da região atingiram a capacidade máxima. Ainda no domingo (7), o prefeito Miguel Coelho (MDB), havia apontado que Petrolina também atingiu seu limite de leitos.

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 Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta (4), o secretário estadual de Saúde, André Longo, chamou atenção para o aumento do número de casos de covid-19 registrados em Pernambuco nesta semana. De acordo com Longo, a semana oito- isto é, a passada- já havia sido a pior do ano, mas os primeiros dias da atual semana nove já apontam para um agravamento do cenário epidemiológico do estado.

“Na semana oito, tivemos aumentos de 14% e 20% das notificações de casos graves, em relação às semanas anteriores, sete e seis. As solicitações por leitos, pela primeira vez em uma única semana, superaram a marca de mil em uma única semana. Ao todo, na semana passada, 1.074 pacientes com quadro respiratório precisaram de internamento”, comentou Longo.

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O secretário informou ainda que o governo do Estado abriu, desde o último sábado, mais 52 leitos de UTI e pretende inaugurar outras 40 vagas de Terapia Intensiva até a próxima sexta (5). “Mesmo assim, a velocidade da doença tem superado nossa capacidade de abrir leitos. Pode chegar o momento em que o volume de pacientes graves supere a capacidade de colocá-los nesses leitos. Não temos escolha: ou enfrentamos a pandemia junto ou ela não será superada”, alertou.

Já o secretário de Defesa Social, Humberto Freire, colocou que o estado dobrou seu esforço de fiscalização, na intenção de fiscalizar o cumprimento das normas sanitárias. “Já estamos empregando mais de 3,4 mil profissionais em postos extra de trabalho, nas fiscalizações necessárias a esse momento tão difícil. Isso representa um investimento de mais de R$ 720 mil”, afirmou.

Ainda segundo Freire, a secretaria participou, nesta quinta, de uma videoconferência com os municípios litorâneos. “Pactuamos fiscalizações específicas para a região de praias e parques que estão com sua utilização proibida nos fins de semana [...] Estaremos com equipes das Polícias Militar e Civil, Bombeiros, em conjunto com equipes municipais e secretarias, Procon-PE e Apevisa [Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária] realizando essas fiscalizações, para que as praias não sejam utilizadas a não ser para prática de atividades individuais”, completou.

A partir da próxima segunda-feira (18), os ônibus só poderão sair do Terminal de Joana Bezerra, na área central do Recife, com o limite de 20 passageiros em pé. A medida para conter a proliferação da Covid-19 foi anunciada nesta sexta (15), pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (GRCTM).

Criticado por uma rotina de aglomerações, que contrariam as regras de proteção sanitária contra o vírus, o sistema de transporte rodoviário garantiu que a decisão será estendida aos demais Terminais Integrados, porém não repassou um calendário de adequações.

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Questionado sobre o prazo para que a restrição de pessoas seja adotada em outras estações, o Grande Recife destacou que o processo iniciará nos terminais mais movimentados e, posteriormente, segue para as demais estações do sistema.

A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o mundo do futebol em 2020, provocando dificuldades financeiras para clubes e federações, deixando estádios vazios e forçando mudanças nas regras e no calendário, já que diversas competições foram canceladas ou adiadas em decorrência da emergência.

Desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia do Sars-CoV-2, em 11 de março, quase todas as ligas de futebol foram adiadas ou até canceladas. A Premier League, principal campeonato nacional do planeta, parou no dia 13 do mesmo mês e só retornou em 17 de junho, enquanto a Ligue 1 decidiu não voltar a campo e concedeu o título ao Paris Saint-Germain (PSG).

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O novo coronavírus também adiou a Eurocopa, a Copa América e a Copa Africana de Nações, todas reagendadas para 2021. A Liga dos Campeões e a Liga Europa foram paralisadas, mas conseguiram chegar ao fim sem público nos estádios e com um formato modificado para minimizar o risco de contágios.

Apesar da retomada das partidas no segundo semestre, os clubes e federações sentiram os reflexos negativos da pandemia em suas finanças. A Fifa, entidade máxima do futebol, calculou que a crise sanitária pode causar prejuízos de até US$ 14 bilhões e disponibilizou US$ 1,5 bilhão para ajudar federações.

Apenas o futebol europeu pode perder até 4 bilhões de euros (cerca de US$ 4,9 bilhões) nos próximos dois anos, segundo estimativa do presidente da Associação Europeia de Clubes (ECA), Andrea Agnelli.

O Wigan, da rica Inglaterra, já entrou em processo de falência em decorrência da pandemia. O Tottenham, que convive com um estádio novo em folha e sem torcedores, fez um empréstimo de 175 milhões de libras (por volta de US$ 236 milhões) para enfrentar os efeitos da pandemia.

"Houve uma urgência na redução de custos como forma de acompanhar a forte queda nas receitas. Com perda de receitas comerciais e bilheteria, os clubes tiveram de recorrer a fortes ajustes de custos para diminuir os prejuízos. Ainda assim, a capacidade de ajuste é limitada, porque os contratos com os atletas, que representam a maior parte dos custos, são de longo prazo", explica o economista Cesar Grafietti, em entrevista à ANSA.

Por conta da crise, os clubes das cinco principais ligas da Europa desembolsaram 2,2 bilhões de euros a menos em novas contratações na última janela de transferências de meio de ano em relação ao recorde de 5,5 bilhões de euros registrado em 2019, segundo o site Transfermarkt.

Já pensando no pós-pandemia, o CEO da Inter de Milão, Alessandro Antonello, declarou recentemente que será "fundamental" a introdução de um teto salarial para jogadores para garantir a "sobrevivência" e a "continuidade" do sistema.

Fora da elite

Se clubes poderosos como Inter e Tottenham já sentiram os impactos da crise, times de divisões inferiores têm de se desdobrar para seguir de pé.

Massimiliano Calzolari, diretor esportivo do Mezzolara, clube da Série D da Itália, diz que a gestão tem sido "muito complicada" nos últimos meses, principalmente por causa dos jogos sem público, e que é difícil enxergar um futuro promissor no horizonte.

"Tenho dificuldades em ver um futuro próspero em curto prazo para o futebol amador, pois os recursos são cada vez menores e não vemos ajudas de instituições federais ou governamentais no horizonte. Esperamos que, pelo menos do ponto de vista da saúde, em breve tenhamos uma vacina para todos para o futebol recomeçar com mais confiança e segurança", afirma Calzolari.

Os jogadores e membros de comissões técnicas também sentiram de perto as mudanças causadas pela Covid-19. Além de precisar atuar em estádios vazios, os atletas passam por diversas baterias de exames, enquanto treinadores muitas vezes enfrentam dificuldades para escalar os times durante surtos do novo coronavírus.

Na Itália, mais de 120 jogadores da elite já testaram positivo, e somente um clube da Série A, a Udinese não registrou nenhum caso.

O goleiro brasileiro Gabriel, do Lecce, que disputa a segunda divisão, afirma que o futuro da categoria é "incerto" e admite sentir falta do público nos estádios.

"Mudaram várias coisas, como a falta dos torcedores, porque a atmosfera do estádio ficou diferente. O futuro é incerto, porque os times podem estar inseguros em investir e gastar por não saber como vai ser o amanhã. Mas acredito que, assim que as coisas voltarem ao normal, a tendência é que volte tudo a ser como antes", conclui.

Da Ansa

Quase 37 mil americanos morreram de Covid-19 em novembro, o que tem colocado hospitais e necrotérios no limite da saturação. Em meio a uma nova onda de contaminação, os Estados começaram a reabrir hospitais de campanha e as funerárias têm feito a cerimônia de despedida pela internet - tanto por causa da alta demanda, quanto para evitar que a infecção se espalhe.

Autoridades de saúde temem que a crise seja ainda pior nas próximas semanas, depois que muitos americanos ignoraram os apelos para ficarem casa durante o feriado de Ação de Graças.

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"Não tenho dúvidas de que veremos um número crescente de mortos", disse Josh Michaud, diretor de políticas globais de saúde da Fundação da Família Kaiser. "Serão semanas muito sombrias."

O número de mortos em novembro foi menor do que os 60.699 registrados em abril, mas está perto dos quase 42 mil de maio, o segundo mês mais letal da pandemia, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.

As mortes caíram para pouco mais de 20 mil em junho, depois que os Estados fecharam o comércio e ordenaram que as pessoas ficassem em casa. A deterioração rápida é frustrante, pois a distribuição da vacina pode começar dentro de semanas, disse Michaud.

No Hospital Mercy Springfield, em Missouri, um necrotério móvel - adquirido em 2011 depois que um tornado atingiu as proximidades da cidade de Joplin e matou 160 pessoas - foi colocado em uso novamente. No domingo, ele manteve dois corpos até que os funcionários da funerária pudessem chegar.

No Cemitério Bellefontaine, em St. Louis, os enterros aumentaram cerca de um terço neste ano em comparação com o ano passado, e os restos mortais cremados de cerca de 20 pessoas estão guardados, enquanto suas famílias esperam por um momento mais seguro para realizar os serviços fúnebres.

O jornal Star Tribune, em Minneapolis, registrou um aumento de 40% no número de páginas dedicadas a obituários pagos em novembro, principalmente em razão da covid-19, segundo um porta-voz. Em 29 de novembro, o jornal tinha 11 páginas de obituários, em comparação com a metade em um domingo normal.

"Hospitais de todo o país estão preocupados com sua capacidade. Não estamos nem no inverno e ainda não sentimos o impacto das viagens e dos encontros de Ação de Graças", disse Amesh Adalja, pesquisador do Centro Johns Hopkins para Segurança Sanitária.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com o aumento do número de profissionais realizando as atividades do trabalho em casa, em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus, muitas dúvidas surgem a respeito do limite de disponibilidade para demandas da empresa. Devo responder alguma questão do trabalho fora do meu expediente? Para esclarecer esse e outros pontos importantes, o LeiaJá entrevistou o consultor em Recursos Humanos Jessé Barbosa e a procuradora do Trabalho Melícia Carvalho.

Para o consultor em Recursos Humanos, existe um limite de disponibilidade. “O home office embora tenha alterado o formato do trabalho, o mesmo não deve ser encarado como uma atividade sem fim. O indivíduo deve cumprir o seu horário como se estivesse na empresa, não digo que em caso de necessidade não se possa abrir uma exceção, mas que de fato a mesma não se torne hábito e vire uma regra”, esclarece Jessé. A procuradora do trabalho Melícia Carvalho seguiu a mesma linha de raciocínio do consultor de RH quando questionada se existe um limite para atender demandas da empresa. “O trabalho home office é um trabalho como é exercido na empresa. Nele também precisam ser observadas todas as normas legais, toda a regulação do trabalho referente à jornada, intervalos de descanso e alimentação, e repouso semanal remunerado”, exemplifica.

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“O fato do trabalhador estar trabalhando em casa não quer dizer que o trabalho dele deixou de ser regulamentado ou deixou de observar todos os limites e garantias que são estabelecidos para o trabalho presencial”, acrescenta Melícia. A procuradora também comentou que o trabalhador tem a mesma jornada que teria se estivesse trabalhando na empresa; caso elabore jornada extra, é preciso receber pelas horas extras trabalhadas e essas horas precisam respeitar o máximo legal que são duas horas por dia.

Para solicitações da empresa fora do horário de trabalho, o consultor de RH Jessé comentou que se é uma demanda esporádica à qual pede-se uma certa flexibilidade para atendimento da mesma, pode-se abrir um exceção, mas que isso não se transforme em uma regra. “Caso venha se tornar corriqueiro, tenha uma conversa franca com a gestão, apresentando limites no atendimento das demandas. Outra coisa que ajuda a se livrar desses pedidos constantes é evitar ficar atento depois do expediente a e-mail e telefone corporativos, grupos de WhatsApp da empresa e outras formas de comunicação corporativa; isso ajudará os outros entenderem que você não encontra-se disponível para aquele momento”, diz.

Já de acordo com a procuradora do trabalho, “se eu estou fora do expediente e o líder liga solicitando alguma demanda, antes devo observar se é algo urgente". "Caso seja inadiável, e o trabalhador podendo atender, é indicado que atenda, e se aquilo me gerou alguma hora extra, deve-se receber por isso”, explica Melícia. “Se é um caso habitual e constante de terminar o expediente e o chefe continuar pedindo novas tarefas e solicitando demandas fora do expediente, daí cabe ao trabalhador deixar claro que não tem disponibilidade, que há outros compromissos ou que a jornada já foi cumprda”, acrescenta.

A procuradora do trabalho também comentou que “o fato de o serviço ser home office não impede que as pessoas continuem tendo seus outros compromissos, é preciso ter o momento de trabalhar, mas também é necessário se dedicar aos projetos pessoais, à família e ao lazer”, diz Melícia.

De acordo com o consultor em RH, a ideia do home office não deve ser deturpada pelo simples fato de o colaborador não ter se deslocado para a empresa e por isso ele deve estar disponível full time. Compete também ao colaborador que encontra-se nesta modalidade a capacidade de entregar resultado, não permitindo que essa liberalidade do home office o engesse na entrega de resultados.

“Se eventualmente o trabalhador observa que a empresa não está tendo a compreensão da regulamentação e que há demanda a qualquer tempo, a qualquer hora, por achar que está em casa é sinal de estar disponível, é preciso deixar claro que as obrigações serão cumpridas, mas dentro de todo o contexto legal”, reforça a procuradora do Trabalho.

Além disso, se o profissional tem uma jornada de trabalho de oito horas, por exemplo, ele está durante aquelas oito horas disponível para a empresa, nos canais estabelecidos para a comunicação. É necessário imaginar que o trabalho remoto deve ser exercido com os mesmos deveres, direitos e garantias que ele era exercido no ambiente físico da empresa.

“É preciso lembrar que tudo passa por uma questão de bom senso e sensibilidade. O fato de o trabalhador estar remotamente, não quer dizer que estar emocionalmente e humanamente longe da empresa. É importante também que mesmo distante de forma física, sejam mantidas as boas relações, as boas práticas e a solidariedade, para que as pessoas possam manter os laços que já foram construídos, pois, a base ética, solidária e empática é que faz um local de trabalho bacana, construtivo e bom para todos”, finaliza a procuradora do Trabalho Melícia Carvalho.

A campanha do presidente Donald Trump divulgou três vídeos nas redes sociais sobre seu rival democrata. Em um, o ex-vice-presidente parece adormecido, em outro "escondido" -e sozinho- em um sótão e em um terceiro diz: "você não estará seguro" nos Estados Unidos de Joe Biden.

Todos foram classificados pelas grandes redes sociais e verificadores de informação como conteúdo falso ou manipulado.

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Embora as campanhas difamatórias são praticamente uma tradição na política americana, o uso de imagens adulteradas digitalmente pelas equipes de Trump e outros candidatos em 2020 preocupa as gigantes da tecnologia.

O Twitter tomou medidas drásticas, apagando ou alertando sobre várias mensagens do presidente.

O Facebook, citando o risco de distúrbios civis, anunciou na quinta-feira que não permitirá novos anúncios políticos em sua plataforma na última semana antes das eleições presidenciais, marcadas para 3 de novembro.

Restam dúvidas sobre se estas mensagens, quase impossíveis de deter após viralizarem, estão influenciando os eleitores, mas é certo que um limite já foi ultrapassado.

"Existe uma longa tradição de que os políticos que se enfrentam apresentam palavras ou crenças de seus oponentes de maneira editada. Isso faz parte da política", lembra à AFP Ethan Porter, professor de comunicação e assuntos públicos da Universidade George Washington.

"Por outro lado, os partidários de Trump colocaram em prática uma campanha completamente alheia à realidade, de uma maneira com pouco ou nenhum precedente na história política americana", continua.

A campanha de Biden ainda não recebeu o mesmo tipo de censura que a de Trump.

Resta saber se a manipulação de anúncios e vídeos políticos de maneira tão evidente pode produzir resultados.

Os números divulgados pela Real Clear Politics praticamente não mudaram após a convenção republicana, durante a qual Trump intensificou seus ataques contra Biden, que está sete pontos percentuais à frente do presidente nas pesquisas a nível nacional.

Mas, nos chamados "swing states" (estados indecisivos que podem definir a eleição), tudo ainda é uma incógnita.

"Unilateral"

"A maioria da informação manipulada foi usada pela campanha de Trump para tentar ter mais 'provas aparentemente tangíveis' das afirmações que fazem, porque eles não têm provas reais", analisou Shannon McGregor, professora da Escola de Jornalismo Hussman da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.

Um método similar foi usado em 2016, mas a tecnologia fez com que as manipulações sejam agora mais acessíveis e sofisticadas.

A campanha de Trump acusou as empresas de tecnologia de usarem dois pesos e duas medidas quando o assunto são vídeos contra Biden.

"As elites costeiras liberais do Vale do Silício são descaradamente unilaterais quando se trata de definir quais são os meios manipulados", critica à AFP Samantha Zager, subsecretária de imprensa da administração Trump.

Contudo, McGregor garante que, ao invés de tentar atrair novos eleitores, "a retórica de Trump é realmente polarizante".

Um exemplo foi uma publicação no Facebook em 30 de agosto de Donald Trump Jr., depois da morte a tiros de Aaron Danielson em Portland.

"ALERTA, HORROR: Antifa aponta e executa partidário de Trump", afirmou o filho mais velho do presidente na publicação, que incluía um vídeo que foi visto mais de 780.000 vezes e que recebeu cerca de 50.000 'likes'.

Um suspeito de pertencer ao movimento antifascista Antifa foi assassinado a tiros na quinta-feira quando a polícia tentava prendê-lo.

"Cartas marcadas"

Os atos de violência em Portland aconteceram logo antes do CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciar restrições para anúncios políticos em sua rede social, justificadas pelas dúvidas sem fundamento plantadas pela campanha de Trump sobre o voto à distância.

Porter disse que a equipe de Trump está convencida de estar jogando com cartas marcadas.

"Acreditam que sua estratégia para as redes sociais em 2016 fez eles vencerem a eleição", garante.

"Não se pode dizer que não será eficaz, mas se Trump vencer não posso imaginar que isso seja um dos principais motivos ou os mais prováveis de sua eventual vitória", completa Porter, reafirmando a importância da verificação de dados e informações.

Cyrus Krohn, que comandou a campanha digital para o Comitê Nacional Republicano para as eleições de 2008, pensa que a disputa deste ano "parece estar apertada" e que isso seria atribuível "ao fator do medo que está sendo criado na internet".

Isso significa, segundo o especialista, que a manipulação midiática está funcionando para a equipe de Trump.

"Há facções da esquerda que gostariam de ver a campanha de Biden usando as mesmas táticas que a campanha oficial de Trump", afirma.

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta segunda-feira, 17, para impor limites à política de segurança pública do governador Wilson Witzel (PSC) de forma permanente, mesmo após a pandemia do novo coronavírus. O julgamento, que ocorre no plenário virtual da Corte, deve ser concluído até as 23h59 desta segunda-feira. A ferramenta permite que os ministros decidam sobre casos a distância, com apenas um clique, sem a necessidade de se reunirem pessoalmente ou por videoconferência.

O relator do caso, Edson Fachin, votou para limitar o uso de helicópteros nas ações policiais apenas para os casos de extrema necessidade. Fachin também quer que o Estado do Rio oriente seus agentes de segurança e profissionais de saúde a preservar todos os vestígios de crimes cometidos em operações policiais, com o objetivo de evitar a remoção indevida de cadáveres e o descarte de peças e objetos importantes para investigações. "A violação generalizada (aos direitos humanos) é a consequência da omissão estrutural do cumprimento de deveres constitucionais por parte de todos os poderes", observou Fachin, em um voto escrito de 81 páginas.

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O voto do relator ainda proíbe que as polícias civil e militar do Rio utilizem qualquer instalação educacional ou de saúde - como escolas, creches, hospitais ou postos de saúde - como base operacional para suas ações. Segundo o entendimento do ministro, a realização de operações policiais em regiões onde estejam localizadas escolas e hospitais deve ser absolutamente excepcional, especialmente no período de entrada e saída de estudantes das escolas. Em manifestação enviada ao STF, Witzel alegou que a política de segurança pública tem se mostrado eficiente e que obteve resultados relevantes como a redução do número geral de homicídios.

Até agora, os ministros Alexandre de Moraes, Marco Aurélio, Cármen Lúcia e Rosa Weber acompanharam integralmente o voto de Fachin. "Ressalto a plena razoabilidade na determinação de restrições às operações policiais em perímetros nos quais estejam localizados escolas, creches, hospitais ou postos de saúde, de maneira a evitar-se uma desproporcional e inadequada exposição da vida, saúde e integridade física daqueles que procuram esses serviços públicos essenciais. Por fim, também me parece adequado a necessidade de manutenção e previsão de novos mecanismos que visem a redução da letalidade da atuação dos agentes de segurança, não havendo razoabilidade na exclusão, do cálculo das gratificações dos integrantes de batalhões e delegacias, os indicadores de redução de homicídios decorrentes de oposição à intervenção policial", observou Moraes, que já atuou como ministro da Justiça do governo Temer e secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

O ministro Ricardo Lewandowski, por sua vez, acompanhou os colegas nesses pontos, mas abriu uma divergência pontual, ao votar para que o Estado do Rio de Janeiro seja obrigado também a elaborar, em um prazo máximo de 90 dias, um plano visando à redução da letalidade policial e ao controle de violações de direitos humanos.

Lewandowski quer que o plano contenha "medidas objetivas, cronogramas específicos e previsão dos recursos necessários para a sua implementação".

A desembargadora federal Mônica Nobre, da Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), rejeitou pedido do governo Jair Bolsonaro para retomar uma portaria que aumentava em três vezes o limite de compra de munição para quem tem arma de fogo registrada.

O governo havia aumentado para 600 unidades a quantidade por pessoa, mas a portaria que autorizou o limite foi suspensa pela Justiça Federal de São Paulo, no dia 11, após reportagem do Estadão revelar que a portaria foi fundamentada em pareceres de três linhas. Um deles assinado pelo general Eugênio Pacelli, que já estava exonerado do cargo de diretor de Fiscalização de Produtos Controlados.

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Segundo a desembargadora, é indiscutível a competência dos Ministros da Defesa e da Justiça e Segurança Pública para a edição da norma que disciplina a comercialização de munições. No entanto, destaca, para a adoção da medida é necessário parecer técnico do Comando do Exército, por meio de seu órgão técnico de controle e fiscalização de armas e demais produtos controlados, aquele que era comandado por Pacelli.

"Não há dúvidas sobre a necessidade do referido parecer, ainda mais quando se trata um tema tão controvertido, o qual demanda, dentre outras coisas, a análise técnica de especialistas da área", afirmou Mônica Nobre.

No recurso apresentado à Justiça, a União chegou a admitir que Pacelli não fazia mais parte da diretoria de produtos controlados, mas alegou que, para ter efeito, a portaria não precisava, necessariamente, de um parecer da diretoria. A Justiça discordou.

A ação popular que suspendeu a norma foi proposta pelo deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP).

A portaria foi publicada em 23 de abril, um dia após a reunião ministerial no Palácio do Planalto. Na encontro, Bolsonaro cobrou do ministro da Defesa, Fernando de Azevedo e Silva, e do então ministro da Justiça, Sérgio Moro, providências para armar população contra ditadura de prefeitos de governadores.

Em entrevista ao Estadão, Moro admitiu ter sofrido pressão de Bolsonaro para aprovar a medida e revelou que não se opôs ao presidente para não abrir um novo 'flanco' de conflito no momento em que tentava evitar a troca no comando da Polícia Federal.

Com a medida, o limite para a compra de balas passou de 200 para 600, por registro de arma de fogo. No País, 379.471 armas estão nas mãos da população, segundo a Polícia Federal. Dessa forma, o novo decreto poderia possibilitar a compra de 227.682.600 balas (600 munições por arma).

Em abril, o Exército já havia revogado três portarias que aprimoravam o rastreamento e a marcação das balas e armas de fogo. As normas eram exigências do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União e, na prática, dificultavam o acesso do crime organizado a munições e armamentos extraviados das forças policiais do País. A revogação das três portarias está sendo investigada como possível ato de interferência de Bolsonaro no Exército.

A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pretende apresentar, nesta quarta-feira (22), uma proposta de redução de salários com o objetivo de reverter a verba para o combate à pandemia do novo coronavírus. O impacto da medida deve ser limitado, já que os vencimentos da maior parte do funcionalismo público estão juridicamente protegidos de cortes.

Projetos de lei propostos por deputados estaduais não podem alterar direitos previstos na Constituição estadual e, portanto, não conseguem interferir nas remunerações de outros Poderes, onde estão as maiores folhas de pagamento.

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O Legislativo paulista possui cerca de 3,1 mil servidores ativos, sendo cerca de 2,5 mil comissionados. Já o Poder Judiciário tem mais de 40 mil servidores, enquanto o Poder Executivo do Estado de São Paulo, contando apenas a administração direta, tem 360 mil servidores. Eventuais reduções em verba do Executivo e da Justiça dependem de projetos de iniciativa dos chefes desses Poderes.

A proposta da Alesp para cortar gastos durante a pandemia conta com dezenas de sugestões individuais de parlamentares que estão sendo reunidas pelo deputado Vinícius Camarinha (PSB) em um único projeto de lei (PL) com a assinatura de todos. O texto deve tramitar em regime de urgência.

Por causa das limitações legais, não deve constar no PL da covid-19 uma sugestão do deputado Daniel José (Novo) que prevê cortes escalonados de remunerações para servidores que ganham mais de R$ 6.101,07, exceto aqueles que atuam nas áreas de Saúde e Segurança Pública. "Não vai ser acatada porque é (uma mudança que só da para fazer por) PEC (proposta de emenda constitucional). Sem entrar no mérito, mas na técnica jurídica, não vai dar para incluir", disse Camarinha.

Reduções de despesas da própria Alesp também não entrarão nesse projeto, já que elas têm de ser aprovadas na forma de Projeto de Resolução, que cabe à Mesa Diretora. Segundo Camarinha, isso já está sendo negociado pelo presidente da Casa, Cauê Macris (PSDB).

"Fala-se em reduzir 20%, 30% ou até 50% do salário dos deputados e (servidores) comissionados", afirmou o deputado Enio Tatto (PT), que integra a Mesa.

O impacto fiscal de se cortar pela metade os salários de deputados seria um pouco maior que R$ 1,1 milhão por mês. Foram propostas medidas internas que teriam impacto maior que a redução de salários, como a destinação à covid-19 da verba de um fundo de R$ 68 milhões - o chamado Fundo de Despesa, com receitas próprias, como taxas por serviços, aluguel pago por bancos para manter pontos de atendimento na Alesp e venda da folha de pagamento para o Bradesco. Desse montante, R$ 40 milhões estão prestes a ser empenhados em gastos de comunicação da Casa.

Questionado pela reportagem sobre essa proposta, Camarinha afirmou que, segundo a procuradoria da Alesp, essa iniciativa também seria da alçada da Mesa Diretora. Procurada, a Mesa informou que todas propostas são estudadas, mas que ainda não há nada decidido. 

A Assembleia Legislativa de São Paulo discutiu nesta terça-feira (11) o projeto de lei 346/2019, de autoria do deputado estadual Altair Moraes (Republicanos), que estabelece que "o sexo biológico será considerado como critério definidor do gênero de competidores em partidas esportivas oficiais no Estado de São Paulo". Após um longo debate, a votação foi adiada por falta de quórum.

"Nós não estamos falando de comportamento ou opção sexual, estamos falando de biologia e fisiologia", disse Altair Moraes, defendendo-se das críticas de que seu projeto é excludente. O deputado Tenente Coimbra (PSL) falou sobre o projeto durante a Sessão Extraordinária. "Estamos falando de mulheres que estão sendo prejudicadas no esporte", disse.

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Pouco depois, ele foi rebatido pela deputada Erica Malunguinho (PSOL). "À medida que projetos excludentes avançam, projetos afirmativos não avançam aqui. É um recado político de que pessoas trans não são bem-vindas nesse lugar, pois é uma população que não está no esporte. Cerca de 90% está na prostituição", afirmou.

Jorge Caruso (MDB) lamentou a opção da Casa por esse projeto. "Não dá orgulho para essa Casa votar esse projeto. Temos de deixar para quem entende e a decisão deve ser das federações esportivas. É inadmissível que a gente entre em uma seara tão delicada e tão perigosa. Esse projeto instiga as diferenças e maltrata pessoas", lamentou.

Duas deputadas também se manifestaram sobre o PL 346/2019. A primeira foi Beth Sahão (PT). "Isso é um retrocesso para uma Assembleia Legislativa que se diz a mais importante da América Latina", comentou. A Professora Bebel (PT) foi na mesma linha. "Não pode haver restrição para a prática esportiva, ainda mais se está dentro das normas. Não pode tratar a comunidade trans de maneira segregada. Tem de valer o respeito à diversidade."

Caso seja aprovado e sancionado pelo governador João Doria, atletas transexuais não poderão mais competir em São Paulo. Isso vai tirar a jogadora transexual Tifanny Abreu, do Sesi Vôlei Bauru, de algumas partidas da Superliga feminina de vôlei, por exemplo. A atleta só poderia disputar os jogos fora do Estado de São Paulo e não poderia atuar nem diante de sua torcida em Bauru.

Para Floriano de Azevedo Marques Neto, professor titular da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, o projeto é "sem pé nem cabeça" e, caso não seja vetado pelo governador João Doria, a lei será questionada no Supremo Tribunal Federal. "Se as entidades esportivas, e nossa Constituição fixa a autonomia da Justiça Desportiva, admitem essa participação, não cabe à lei mudar. Essa matéria é reserva de competência nacional", avisou o jurista.

NOVAS REGRAS - A discussão na Assembleia Legislativa de São Paulo ocorreu no mesmo dia que a União Ciclística Internacional (UCI) divulgou suas novas regras de elegibilidade para atletas trans, encorajando-os a participar do esporte. Quem quiser competir na categoria feminina, entre outras coisas, terá de ter os níveis de testosterona abaixo de 5 nanomol por litro de sangue. Na masculina é livre.

O documento da UCI surge após uma reunião que foi realizada em Lausanne, em 19 de outubro, com a participação de diversas federações esportivas internacionais junto com especialistas e representantes de atletas transgêneros e cisgêneros. O intuito foi garantir condições de igualdade nas competições organizadas pela entidade.

A norma entrará em vigor em 1º de março e, além da taxa de testosterona no corpo, a atleta trans deve provar que está abaixo dessa taxa durante 12 meses antes de sua participação esportiva. Se não mantiver os níveis de testosterona, a esportista estará sujeita a sanções que vão desde punições até multas ou desqualificação.

Modalidade de crédito com taxas que quadruplicam uma dívida em 12 meses, o cheque especial terá juros limitados a partir desta segunda-feira (6). Os bancos não poderão cobrar taxas superiores a 8% ao mês, o equivalente a 151,8% ao ano.

A limitação dos juros do cheque especial foi decidida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) no fim de novembro. Os juros do cheque especial encerraram novembro em 12,4% ao mês, o que equivale a 306,6% ao ano.

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Ao divulgar a medida, o Banco Central (BC) explicou que o teto de juros pretende tornar o cheque especial mais eficiente e menos regressivo (menos prejudicial para a população mais pobre). Para a autoridade monetária, as mudanças no cheque especial corrigirão falhas de mercado nessa modalidade de crédito.

Conforme o BC, a regulamentação de linhas emergenciais de crédito existe tanto em economias avançadas como em outros países emergentes. Segundo a autoridade monetária, o sistema antigo do cheque especial, com taxas livres, não favorecia a competição entre os bancos. Isso porque a modalidade é pouco sensível aos juros, sem mudar o comportamento dos clientes mesmo quando as taxas cobradas sobem.

Tarifa

Para financiar em parte a queda dos juros do cheque especial, o CMN autorizou as instituições financeiras a cobrar, a partir de 1º de junho, tarifa de quem tem limite do cheque especial maior que R$ 500 por mês. Equivalente a 0,25% do limite que exceder R$ 500, a tarifa será descontada do valor devido em juros do cheque especial.

Cada cliente terá, a princípio, um limite pré-aprovado de R$ 500 por mês para o cheque especial sem pagar tarifa. Se o cliente pedir mais que esse limite, a tarifa incidirá sobre o valor excedente. O CMN determinou que os bancos comuniquem a cobrança ao cliente com 30 dias de antecedência.

Começa a valer a partir desta quarta-feira (1º) o novo limite de compras para os freeshops. Agora, quem voltar de viagens ao exterior poderá comprar US$ 1mil em produtos ou o equivalente em outra moeda, nos aeroportos.

O limite anterior era de US$ 500. Uma portaria, publicada pelo Ministério da Economia em outubro, determinou que a medida passaria a valer a partir de 2020. Quem ultrapassar o limite está sujeito ao pagamento da tributação especial prevista em lei.

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Os free shops ou duty free shops são lojas geralmente localizadas em salas de embarque e desembarque de aeroportos onde os produtos são vendidos sem a cobrança de encargos e tributos, como o Imposto de Importação, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

A portaria manteve o limite atual de US$ 500 da cota para compras feitas fora do país e trazidas para o Brasil na bagagem. De acordo com o Ministério da Economia, o impacto fiscal estimado da medida em 2020 será de R$ 62,64 milhões. Já em 2021, o impacto fiscal previsto é de R$ 72,1 milhões.

O ano de 2020 chegará com mais cobranças para os novos clientes dos bancos brasileiros. Mesmo que não façam uso do cheque especial, todos serão obrigados a pagarem até 0,25% sobre o valor do limite do crédito disponível - algo que até então não era cobrado. Caso use o cheque especial, o cliente fica isento da taxa e pagará juros de até 8% ao mês, equivalente a cerca de 150% ao ano. 

Segundo o InfoMoney, a regra funcionará da seguinte forma: quem tiver limite de até R$ 500 no cheque especial e não fizer uso do dinheiro não paga nada. Acima disso, o banco poderá cobrar até 0,25% sobre o valor disponível que exceder os R$ 500 - isso mesmo que o cliente não use o dinheiro. 

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Para quem já tem o serviço em vigor, a cobrança do percentual passa a ser permitida a partir do dia 1º de junho de 2020. Ainda segundo publicado pelo site, o Conselho Monetário Nacional (CMN) definiu que as instituições bancárias têm a obrigação de comunicar a incidência com 30 dias de antecedência. 

A fixação de um limite para os juros do cheque especial não é uma "jabuticaba" brasileira, já que 76 países possuem algum tipo de limite de taxas de juros no crédito aos consumidores. O número consta em estudo do Banco Mundial ao qual o Banco Central (BC) recorreu para convencer o Conselho Monetário Nacional (CMN), que define a meta de inflação e regras para o setor bancário, a dar aval à medida.

Poucos deles, no entanto, estabelecem um teto único para todas as taxas de juros praticadas em seus mercados. Assim como o BC escolheu uma modalidade específica para tabelar a taxa máxima, a maior parte dos países que limitam juros optou por estabelecer tetos diferentes para variados tipos de crédito, valores emprestados ou prazos de vencimento.

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A maioria desses países (32), no entanto, estabelece tetos relativos, enquanto 24 impuseram limites absolutos de taxas de juros. No caso brasileiro, o limite para o cheque especial é absoluto, de 8% ao mês.

O documento detalha ainda que um número significativo de países costuma definir o limite máximo dos juros com base em um coeficiente de multiplicação das suas taxas básicas de juros. No caso brasileiro, porém, o teto de 8% ao mês instituído para o cheque especial não tem relação direta com o patamar da Selic, atualmente em 5% ao ano.

Outra comparação pode ser feita com relação à forma como o teto foi estabelecido. A maior parte dos países incorpora o limite de juros à legislação - em 28 deles existem as chamadas "leis de usura" e em 24 há leis específicas de taxas de juros.

Apenas nove países contam com tetos estabelecidos apenas por atos normativos de autoridades - como foi o caso do cheque especial, criado por meio de resolução do CMN.

Custo alto

Mesmo com o teto de 150% ao ano para o juro do cheque especial no Brasil, anunciado na semana passada pelo governo, o custo da modalidade para os consumidores no País ainda será cerca de dez vezes o custo que os portugueses têm na mesma modalidade de crédito. Ou ainda 20 vezes os juros espanhóis para essas operações. Esses dados também constam na exposição de motivos do BC para defender a medida.

Em Portugal, o limite foi definido em um decreto-lei de 2009 e é calculado pela média da taxa anual de encargos efetiva global (Taeg), ou seja, não tem um valor absoluto definido de antemão pela autoridade monetária.

A legislação estabelece que qualquer juro que exceda em 25% a Taeg média praticada pelos bancos no trimestre anterior ou em 50% a Taeg média dos contratos de crédito aos consumidores no mesmo período é considerado usurário.

Enquanto o teto brasileiro para o cheque especial será de 8% ao mês - ou 151,82% ao ano - no terceiro trimestre deste ano a taxa nominal de juros máxima em Portugal era de 16,1% ao ano. No quarto trimestre é de 15,7% ao ano.

'Découvert' e 'descubierto'

Na França, o teto de juros no crédito ao consumidor - em qualquer modalidade, incluindo o cheque especial - é de 133% da Taeg média praticada no trimestre imediatamente anterior. No quarto trimestre deste ano, a taxa máxima para os franceses no cheque especial - "découvert", em francês - foi de 13,81% ao ano, ainda mais baixa que a portuguesa.

No caso da Espanha, desde 2011 uma lei proíbe que os juros do cheque especial ultrapassem em duas vezes e meia o nível da taxa de juros legal, estabelecida anualmente na Lei Geral do Orçamento do Estado, que está hoje em 3% ao ano.

Por isso, neste ano, a taxa máxima para os espanhóis no cheque especial - ou "descubierto tácito", como é chamado por lá - foi de 7,5% ao ano. O teto de 151,82% ao ano agora instituído no Brasil é 20 vezes isso.

Cheque especial 'engorda' margem

Apesar de representar uma pequena parcela do volume de crédito às famílias, o cheque especial é responsável por uma fatia considerável do resultado dos bancos no Brasil.

Estudo publicado pelo Banco Central (BC) mostra que, do total de crédito para as pessoas físicas, 1,4% é por meio do cheque especial. No entanto, a modalidade contribui com 13,2% para a margem de intermediação financeira líquida dos bancos.

Essa margem é obtida depois que se desconta o custo de captação de recursos pelos bancos e as provisões obrigatórias feitas pelas instituições. Ela não chega a ser propriamente o lucro do banco, já que ainda não entra na conta o pagamento de impostos, mas é um indicador importante sobre o resultado da instituição com o produto.

Os dados do BC mostram que a margem obtida pelas instituições financeiras com o cheque especial, considerando o volume emprestado na modalidade, é bem superior a de várias outras linhas de crédito.

O crédito habitacional é um bom exemplo. Sua carteira representa 32,4% do financiamento às famílias, conforme o BC, mas a modalidade contribui com 9% para a margem de intermediação financeira dos bancos. O crédito para veículos, por sua vez, representa 9,9% do volume de financiamento às pessoas físicas, com contribuição de 10,7% para a margem dos bancos.

Os dados mais recentes do BC, relativos a outubro, mostram que o juro médio do cheque especial para as pessoas físicas está em 305,9% ao ano. Esta é uma das taxas mais altas entre todas as modalidades de crédito disponíveis nos bancos.

EUA

Um café comum de US$ 2,10 nos Estados Unidos pode custar US$ 37,10 se o consumidor estiver com a conta bancária zerada na hora de passar o cartão de débito. Isso porque os bancos no país cobram uma taxa fixa, que não varia de acordo com perfil do cliente ou valor da compra, para cada acesso ao cheque especial. As tarifas mudam de acordo com a instituição, mas giram em redor de US$ 35 - cerca de R$ 150.

Para evitar o endividamento, desde 2010 os bancos precisam perguntar expressamente se o cliente deseja permitir o acesso ao cheque especial nas transações com cartão de débito e saque de dinheiro em caixa eletrônico.

A ideia é evitar que gastos baixos e corriqueiros se tornem uma bola de neve com cobrança de taxa superior à compra. A média de gasto feito com cartão de débito que gera o pagamento da taxa do cheque especial é de US$ 24.

Na prática, no entanto, boa parte dos americanos se sente confuso sobre a imposição das taxas. Uma pesquisa feita pelo instituto Pew Research mostra que 68% dos americanos que pagaram a taxa de "overdraft", ou seja, sobre cada transação feita com a conta bancária zerada, preferiam ter tido a compra rejeitada.

A regulamentação foi emitida em 2009 pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e passou a valer no ano seguinte. Pelas diretrizes, os bancos devem tratar o cheque especial como medida de curto prazo e entrar em contato com os clientes que mais recorrem à modalidade para oferecer linhas de crédito menos penosas e cursos de educação financeira.

Reino Unido

Autoridades financeiras britânicas estão promovendo o que caracterizam como a maior revolução em mais de uma geração no segmento de cheque especial no Reino Unido e esperam que os custos caiam 96% para os correntistas.

A Autoridade de Conduta Financeira (FCA, na sigla em inglês) britânica proibiu os credores locais de cobrarem taxas fixas diárias ou mensais por saques a descoberto.

Além disso, não poderá haver mais diferença de cobrança de alíquotas entre empréstimos previstos e tomados por mais tempo e o socorro concedido automaticamente pelo banco, quando a conta fica no vermelho por um descuido do correntista.

As medidas também determinam que o juro a ser pago no caso do cheque especial local ("overdraft") deve ser simples e precisa estar claro em materiais de propaganda.

No Reino Unido, os bancos cobram tarifa de £ 100 para quem entrar no cheque especial (cerca de R$ 500). A expectativa é que o custo por dia caia de £ 5 (R$ 25) para menos de 20 centavos por libra (R$ 1).

As novas medidas do Reino Unido começam a entrar em vigor dia 18 e serão efetivadas a partir de abril. No entanto, as taxas desse conjunto de financiamentos já recuaram. Estavam acima de 19% desde 2010 e caíram para cerca de 18,5% desde o início deste ano.

Em 2017, o dado mais recente da autoridade financeira, o ganho dos bancos que operam no país com o "overdraft" foi de aproximadamente £ 2,4 bilhões - cerca de R$ 12 bilhões. Desse total, um terço foi com saldos negativos inesperados em conta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

<p>No podcast desta segunda-feira (09), o cientista político Adriano Oliveira avalia a possibilidade da quebra do teto fiscal, assunto debatido no Governo e na Câmara no final da semana passada. Há uma discussão sobre a possibilidade de rompimento da faixa limite de gasto para o Governo, que já foi atingida para 2020. Guedes e Maia são contrários ao rompimento, assim como Bolsonaro, que mudou de ideia após conversa com o Ministro da Economia.</p><p>Para Adriano, o limite é necessário, entretanto, quando houver a volta do crescimento econômico, é preciso que haja um maior investimento na saúde e na educação. O cientista afirma que o discurso de Guedes é liberalizante, sem incluir os pobres ou melhorias do serviço público para inclusão social. Apesar das reformas administrativas, que são positivas, o corte do orçamento do Minha Casa Minha Vida e das universidades atingirá, sobretudo, às classes mais baixas.</p><p>O programa &quot;Descomplicando a Política&quot; é exibido na fanpage do Leia Já, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 15h. Além disso, também é apresentado em duas edições, no formato de podcast, às segundas e sextas-feiras.</p><p>
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O governo estuda agora limitar os saques das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em R$ 500 neste ano. O valor máximo seria para contas ativas (dos contratos atuais) e inativas (de contratos inativos). Independentemente de quantas contas tiver, o trabalhador só poderia sacar no máximo esse valor para cada conta que tiver.

O limite foi discutido nesta segunda-feira em uma reunião no Ministério da Economia, segundo apurou o Estadão/Broadcast. O público-alvo da medida são 100 milhões de contas do fundo (um trabalhador pode ter mais de uma conta).

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A partir do ano que vem, a ideia é permitir que os trabalhadores tenham direito a uma nova modalidade de retirada dos recursos: o "saque aniversário". Se escolher essa opção, o trabalhador vai ter que abrir mão de resgatar a totalidade do fundo caso seja demitido sem justa causa. Nessa situação, ele continuaria a sacar a parcela dos recursos anualmente até acabar.

A ideia agora é ampliar as faixas do saque aniversário. Estão sendo estudadas faixas de limite e também um valor fixo. Por exemplo: quem tem até R$ 500, poderia sacar a metade. A partir daí, seria fixado um porcentual mais um valor fixo. Para quem tem acima de R$ 20 mil, a opção estudada é limitar em 5% mais um valor fixo de R$ 2,9 mil.

Na quarta-feira passada, o Estadão/Broadcast revelou que o governo estudava liberar até 35% das contas ativas e inativas do FGTS. A reportagem também antecipou que estava sendo estudada uma forma de limitar o saque total em caso de demissão sem justa causa, mas que haveria uma compensação ao permitir que o trabalhador sacasse uma parcela do fundo todo ano no mês de aniversário.

Depois da divulgação, o ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou os porcentuais e adiantou que a liberação teria potencial de injetar R$ 42 bilhões na economia. Em seguida, o Ministério da Economia afirmou que refez os cálculos e que deveriam ser liberados R$ 30 bilhões.

O secretário de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (22) que a liberação de recursos terá um impacto "considerável" e "substancial" na economia brasileira.

O anúncio era para ser feito na semana passada, em meio à solenidade de 200 dias de governo Bolsonaro, mas o setor da construção civil pressionou preocupado que a retirada dos recursos poderia reduzir o uso do FGTS como fonte para financiamentos para os setores imobiliário, de saneamento básico e infraestrutura a juros mais baixos. O presidente Bolsonaro disse que o anúncio deve ser feito na próxima quarta-feira.

O limite de R$ 500 para este ano seria uma forma de atender à construção civil. Um dos principais apoiadores do setor é o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. No Ministério da Economia, porém, há quem acredite que um valor tão baixo vai ter pouco efeito na atividade econômica neste ano. Na Caixa, por outro lado, há reclamações de que será preciso um grande esforço no atendimento - que deverá ser ampliado para os fins de semana - sem nenhum tipo de retorno para o banco.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, disse nesta segunda-feira (1º) que o Irã excedeu o limite autorizado de suas reservas de urânio de baixo enriquecimento, imposto pelo acordo nuclear de 2015 - informou a agência oficial de notícias Isna.

"Segundo as informações que tenho, o Irã ultrapassou o limite de 300 quilos de urânio com pouco enriquecimento", disse Zarif à Isna.

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"Nós anunciamos (o cruzamento do limite) com antecedência", acrescentou Zarif, e esses anúncios anteriores do Irã dizem "muito claramente o que faremos a seguir".

"Consideramos nosso direito fazer isso no âmbito do JCPOA (sigla para o Plano de Ação Global Comum, nome oficial do Acordo Internacional Nuclear, concluído em Viena em 2015)", completou o ministro.

A passagem deste limite autorizado de 300 quilos também foi anunciada em Viena por uma fonte diplomática. "Houve uma superação", disse a fonte da AFP, que pediu anonimato, sem poder especificar a quantidade que foi superada.

Em resposta à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de sair unilateralmente do país em maio de 2018 e reimpor sanções contra o Irã, Teerã anunciou em 8 de maio que não se sentia mais vinculada a dois limites estabelecidos pelo acordo: o imposto sobre suas reservas de água pesada (130 toneladas) e sobre seu estoque de urânio pouco enriquecido (300 quilos).

Seis anos depois da Palma de Ouro por "Azul é a cor mais quente", o diretor franco-tunisiano Abdellatif Kechiche escandalizou Cannes com um filme produzido, em grande parte, em uma boate, e com imagens pornográficas "gratuitas", de acordo com muitos críticos.

Em "Mektoub My Love: Intermezzo", na disputa pelo maior prêmio, o diretor filma um grupo de jovens em uma cidade no litoral do sul da França. Após cenas na praia, o filme se concentra em uma discoteca, com uma profusão de imagens lascivas, incluindo uma cena de 13 minutos de sexo oral.

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À margem de uma série de diálogos banais, nas três horas e meia de filme, o cineasta se dedica aos corpos das mulheres, sobretudo nádegas, que se movem sem parar ao ritmo da música. Até chegar à cena explícita de sexo oral nos banheiros - imagens "pornográficas gratuitas", segundo The Hollywood Reporter.

"Tentei mostrar o que me faz vibrar, os corpos, os ventres", justificou Kechiche, de 58 anos, na entrevista coletiva.

O projeto do filme foi "celebrar a vida, o amor, a música, o corpo e buscar uma experiência cinematográfica", completou.

Na véspera, na projeção de gala do filme, vários espectadores deixaram a sala, entre eles a atriz que protagoniza a cena de sexo oral, Ophélie Bau. Nesta sexta-feira, na sessão de fotos e na entrevista coletiva de imprensa da equipe, ela também não esteve presente.

No final da projeção, Kechiche saiu literalmente correndo da sala, embora primeiro tenha pego o microfone para dizer: "Peço desculpas por manter vocês aqui sem adverti-los e agora vou embora!".

- O 'desastre' de Cannes -

"Mektoub My Love: Intermezzo" é a segunda parte de "Mektoub my Love: canto uno", um filme com imagens muito sensuais sobre alguns destes jovens na praia, apresentado na Mostra de Veneza em 2017, onde recebeu vaias, mas também elogios por sua estética.

Em Cannes, a crítica não demorou a reagir ao filme que se tornou o mais polêmico de La Croisette.

O "desastre" de Cannes, escreve Justin Chang, crítico do Los Angeles Times, que se pergunta se o Festival de Cannes está "trolando" os espectadores, ao incluir esta produção na competição oficial, onde concorrem grandes figuras da Sétima Arte, como o britânico Ken Loach, o americano Terrence Malick, ou o espanhol Pedro Almodóvar.

O crítico do jornal espanhol El País, Carlos Boyero, admirador de "Azul é a cor mais quente", vai além em sua reação: "Que tipo de substâncias o diretor ingeriu e como afetaram seu cérebro para cometer tamanha e infinita estupidez?".

Outros apreciaram o filme, como o crítico francês Philippe Rouyer, que considerou que Kechiche "radicaliza seu método para nos fazer compartilhar uma noite louca de desejos em uma discoteca. Parabéns a todos os intérpretes que se entregaram totalmente para recriar este transe magistralmente filmado".

A forma de filmar os corpos femininos de Kechiche também incendiou as redes sociais.

"Sem créditos, sem uma verdadeira narração. Uma introdução sobre um cu, planos sobre cus, e mais. Uma discussão sobre cus. Mais cus. E acaba com um cu. Praia. Discoteca. Cunni. Discoteca. Fim. Me agrada o cinema de Kechiche mas aí não acompanho...", lamentou o diretor francês Thibaut Buccellatto no Twitter.

"Para você público, contei todos os planos que mostram cus no #MektoubMyLoveIntermezzo: tem 178. Se tirarmos isso, acho que o filme dura 20 minutos", tuitou a jornalista Anaïs Bordages.

Não é a primeira vez que Kechiche causa polêmica. As atrizes principais de "Azul é a cor mais quente", Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos, denunciaram duras condições de filmagem, pouco depois de ganhar a Palma de Ouro em 2013.

Outro escândalo persegue o cineasta. Uma mulher de 29 anos o denunciou por agressão sexual no ano passado. No início de maio, uma fonte ligada ao caso afirmou que a investigação segue seu curso. Questionado hoje sobre o assunto, Kechiche considerou a pergunta "perversa" e garantiu ter a "consciência tranquila no que diz respeito às leis".

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