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Nesta quarta-feira (14), o Ministério Público Federal (MPF) enviou à Justiça uma ação civil pública para que a União seja condenada a reparar as perdas das famílias e vítimas da Covid-19. O valor da ação, que também apresenta pedido de tutela de urgência, foi estimado em R$ 62,5 bilhões. 

O órgão pede que as famílias dos mortos pelo novo coronavírus sejam indenizadas em, pelo menos, R$ 100 mil, e as famílias de sobreviventes com sequelas graves/persistentes, em R$ 50 mil. Além dessa indenização, R$ 1 bilhão deve ser revertido ao Fundo Federal dos Direitos Difusos, como forma de reparação do dano moral coletivo, para ser aplicado obrigatoriamente em ações, programas ou projetos de desenvolvimento científico.

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No documento, assinado por cinco procuradores da República, o órgão solicita a declaração expressa de desculpas do governo brasileiro às famílias das vítimas, além da responsabilização da União pelos atos praticados, dolosa e culposamente, por diversos agentes públicos federais, na condução da pandemia do coronavírus.

Para os procuradores, os gestores federais agiram de forma omissa e injustificada na aquisição tempestiva de vacinas e na realização de campanhas informativas e educacionais. Além disso, também apontam omissão da União ao coordenar o combate à pandemia - já que se trata da gestora nacional do SUS - e ao não ampliar o número de testes para detecção da doença.

O MPF destaca condutas adotadas pelo governo federal, como a opção ilegal e anticientífica na busca pela imunidade de rebanho e a consequente adoção do chamado “tratamento precoce”. Aponta a atuação deliberada dos diversos gestores federais para dificultar o acesso da sociedade às informações essenciais sobre a pandemia.

A ação sustenta que a União divulgou informações falsas e/ou equivocadas à população, notadamente acerca das medidas não farmacológicas de contenção do vírus e da segurança e eficácia das vacinas.

“A responsabilidade da União não recai diretamente sobre as vidas e saúde perdidas, mas sobre a chance que esses indivíduos teriam de não se infectar e, portanto, de não sofrer os agravos decorrentes da doença”, destacam os procuradores.

Para o MPF, a União deve ainda elaborar, com urgência, uma política pública de busca ativa e mapeamento dos pacientes vítimas da chamada “Covid Longa” e/ou de sequelas decorrentes do agravamento da covid-19, bem como a criação de protocolos clínicos e de diretrizes terapêuticas para o atendimento desses pacientes.

*Da assessoria

O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo pediu o arquivamento da investigação contra o empresário Fábio Luis Lula da Silva, filho mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conhecido como Lulinha, sobre suspeitas de propinas da Oi/Telemar em troca de atos favoráveis do governo.

A avaliação da Procuradoria é a de que decisões do ex-juiz da e atual presidenciável, Sérgio Moro, fundamentaram a instauração e prosseguimento das investigações contra Lulinha. Assim, em razão da suspeição do ex-magistrado, declarada pelo Supremo Tribunal Federal, o MPF apontou a nulidade das medidas cautelares autorizadas no âmbito das apurações cuja fase ostensiva foi batizada de Mapa da Mina, a 69ª fase da Lava Jato.

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"Excluindo-se os elementos obtidos nos feitos diretamente anulados pelo Supremo Tribunal Federal, bem como das medidas cautelares deles diretamente derivadas, é forçoso concluir que o presente apuratório carece de elementos indiciários de prática criminosa que remanesçam hígidos a justificar o prosseguimento das investigações", ponderou a procuradora Luciana da Costa Pinto.

O documento foi apresentado à Justiça de São Paulo na segunda-feira, 13, após os advogados de Lulinha defenderem a anulação de atos que embasaram a instauração do inquérito, com o consequente arquivamento da apuração.

A investigação em questão foi aberta em 2019 pela Lava Jato em Curitiba para apurar repasses de R$ 132 milhões da OI/Telemar para as empresas do grupo Gamecorp/Gol, que têm como um de seus controladores o filho mais velho do ex-presidente.

Após a fase ostensiva do inquérito, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, entendeu que o foro competente para processar e julgar o caso seria o paulista e remeteu a investigação para a Justiça Federal de São Paulo. No entanto, a 10ª Vara Federal em São Paulo acabou entendendo que a maior parte dos crimes sob investigação teria acontecido no Rio de Janeiro e decidiu transferir mais uma vez as apurações.

Em outubro, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região fixou a competência da Justiça Federal de São Paulo para análise e processamento do caso.

Defesa

o advogado Fábio Tofic Simantob, que representa Lulinha, comentou a decisão do Ministério Público Federal. "A manifestação do MPF põe fim a uma série de ilegalidades que foram cometidas neste processo. Desde a suspeição do juiz Moro até a incompetência territorial da vara de Curitiba, as ilicitudes foram sendo praticadas com o objetivo de dar sobrevida a uma investigação natimorta, por ausência de elementos mínimos da prática de crime", disse.

O Ministério Público Federal denunciou os ex-comandante do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) Audir Santos Maciel e o médico Harry Shibata pelo homicídio de Maximino de Andrade Netto em 1975, durante a ditadura militar. Segundo a Procuradoria, Maximino tinha 62 anos, era filiado ao Partido Comunista Brasileiro e morreu em razão de infarto 'provocado pelas intensas sessões de tortura a que foi submetido'.

O MPF imputa à dupla homicídio duplamente qualificado - realizado por motivo torpe (perseguição política) e com uso de tortura. Os procuradores requerem a perda de cargo público dos denunciados e o cancelamento de suas aposentadorias.

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O procurador da República Andrey Borges de Mendonça, autor da denúncia, destaca ainda que os delitos são qualificados como crimes contra a humanidade, já que foram cometidos 'em um contexto de ataque sistemático e generalizado contra a população durante a ditadura militar'. De acordo com Mendonça, tais crimes são imprescritíveis e impassíveis de anistia.

A denúncia narra que Maximino, que era ex-integrante da extinta Força Pública do Estado de São Paulo, foi retirado de sua casa, em Campinas, e levado para a capital paulista por agentes da repressão sem qualquer mandado de busca ou de prisão. Ele foi interrogado e torturado por ordem de Audir Santos Maciel, então comandante DOI-Codi.

Ainda de acordo com a Procuradoria, o médico Harry Shibata tinha a incumbência de avaliar o estado de saúde daqueles que estavam presos órgão de repressão da ditadura e ainda avalizar a continuidade das torturas.

"Ao perceber que a vítima não sobreviveria por muito tempo, Shibata mandou que Maximino fosse retirado do DOI-Codi e abandonado em frente de sua casa, em 18 de agosto de 1975", indicam os procuradores.

Maximino chegou a ser socorrido por sua família. Na ocasião, relatou que os agentes haviam alertado para que ele 'não divulgasse o que tinha sofrido, caso contrário os seus familiares é que pagariam por isso'. Além disso, os agentes do regime disseram ao perseguido do regime que ele tinha 'sorte na vida, pois pelo fato de ser coronel da Polícia Militar iria morrer em casa'.

No mesmo dia, Maximiano foi internado em um hospital e faleceu em razão da tortura sofrida no DOI-Codi. Ainda segundo os procuradores, o enterro e o velório foram acompanhados por um sargento do Exército, encarregado de observar movimentações suspeitas e obter informações sobre outros integrantes do PCB.

Como no caso de Maximino, integrantes do PCB eram perseguidos pela ditadura militar uma vez que o grupo era visto 'como um alvo a ser dizimado'. Eles foram os principais alvos da chamada Operação Radar que, entre 1973 e 1976, resultou na morte de 11 membros do Comitê Central do partido e na prisão de 679 filiados.

Segundo o MPF, quem comandava a 'Radar' em São Paulo era Maciel, que ordenava as prisões, interrogatórios, torturas e execuções dos presos no DOI-Codi.

Relatório da Comissão Nacional da Verdade pontou que "por serem ações clandestinas e contra um grupo que se opunha à luta armada, os agentes da repressão não poderiam forjar situações de confronto, de tiroteio, de atropelamento após troca de tiros etc. para justificar as mortes. […] A solução dada pelos executores da Operação Radar foi o desaparecimento forçado dos corpos, após sessões de torturas e execuções sumárias".

As empresas GM Quality Comércio Ltda. e Fergbrás Comércio e Serviços Ltda., ambas pertencentes ao mesmo grupo familiar, empenharam notas de venda de R$ 57,14 milhões ao Governo de Pernambuco e R$ 6,88 milhões à Prefeitura do Recife através das secretarias de Educação, para a aquisição de material didático e kits escolares. Ambas as fornecedoras estão no hall de empresas investigadas na Operação Literatus, da Polícia Federal, deflagrada na manhã desta sexta-feira (10), e que investiga um suposto esquema de apropriação ilícita de recursos públicos que deveriam ser aplicados na área da educação. 

De acordo com o Blog do Magno, os números foram obtidos pelo portal Tome Contas, do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE). A reportagem menciona que as vendas feitas à secretaria municipal de Educação já foram liquidadas e pagas. Segundo os dados do sistema financeiro da Prefeitura, a gestão do secretário Fred Amâncio comprou à empresa materiais como caderno de desenho, lápis de cor, massa de modelar, caneta esferográfica, cola e tinta para pintura, por exemplo. A Secretaria foi um dos alvos de busca e apreensão. Informações extraoficiais apontam que Amâncio teve o seu celular apreendido. 

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No governo estadual, os empenhos emitidos e ainda não pagos este ano são relativos majoritariamente a uma adesão à Ata de Registro de Preços de um outro órgão para aquisição de kits de livros denominado “Acerta Brasil", com um total de R$ 32 milhões. 

O grupo empresarial investigado é formado por empresas como a Livraria Jaqueira Ltda., a GM Quality Comércio Ltda., a Fergbrás Comércio e Serviços Ltda., a Pontual Distribuidora, a Livraria Praça de Casa Forte Ltda., todas do ramo de livros e papelaria, além de outras empresas como a Clube 17 Centro de Academia. A Prefeitura do Recife foi a principal contratante desse grupo empresarial desde 2013, somando contratos de R$ 79,7 milhões, todos durante a gestão do ex-prefeito Geraldo Julio (PSB). 

Do grupo empresarial, a companhia com maior valor de recursos transacionados com a administração pública é a Pontual Distribuidora, situada na Praça de Casa Forte, no Recife, que empenhou junto à administração pública estadual e municipais em Pernambuco um total de R$ 101 milhões. Também de acordo com o Tome Conta, os dois maiores contratos firmados pela Pontual Distribuidora foram com a Secretaria de Educação de Pernambuco enquanto Fred Amâncio era secretário: o contrato 145/2016, de R$ 7,11 milhões, e o contrato 110/2019, de R$ 15,48 milhões, ambos para aquisição de material bibliográfico. 

 Operação Literatus 

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) obtiveram decisão da Justiça Federal que autorizou, nesta sexta-feira (10), o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão pela PF no âmbito de investigações de suposto esquema de apropriação ilícita de recursos públicos que deveriam ser aplicados na área da educação. No MPF, o caso é de responsabilidade dos procuradores da República Cláudio Dias e Silvia Regina Pontes Lopes. 

As apurações, em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), resultaram na deflagração da Operação Literatus, indicando possível superfaturamento na venda de livros e kits escolares a órgãos estaduais e municipais de Pernambuco, sobretudo em contratos firmados com a Prefeitura do Recife e com a Secretaria de Educação do Estado. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF no Recife, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata e Gramado (RS). 

 

O pré-candidato à Presidência da República pelo Podemos, Sérgio Moro, disse, nessa quinta-feira (9), que a prescrição da pretensão punitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no caso do tríplex do Guarujá não é um reconhecimento de inocência. Para ele, decisões relacionadas à Operação Lava Jato estão sendo anuladas por "motivos formais".

"A anulação é por motivos formais. Alguém falou que teve uma prova fraudada? Que teve algo sonegado da defesa do presidente? Não tem isso nem na decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) proferiu em relação a ele. O que tem é o reconhecimento da prescrição. Passou o tempo hábil para poder ser julgado. E o escândalo de corrupção está lá", disse Moro, durante fala no lançamento de seu livro 'Contra o sistema da corrupção' em um teatro na zona sul do Rio de Janeiro.

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O Ministério Público Federal (MPF) reconheceu recentemente a prescrição da pretensão punitiva no caso do tríplex do Guarujá , manifestando-se à Justiça Federal de Brasília pelo arquivamento da ação contra o ex-presidente. No documento, a procuradora Marcia Brandão Zollinger apontou a extinção da punibilidade do petista com relação aos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que lhe foram imputados.

Moro citou também a recente decisão do STF de anular, por 3 votos a 1, uma condenação contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral. Os ministros consideraram que não é da competência do juiz federal Marcelo Bretas conduzir o processo que condenou o ex-governador por corrupção na área da saúde.

"Então Sérgio Cabral não roubou o Estado?", questionou Moro, gerando risadas na plateia do teatro. "Não vou dizer que o Cabral é inocente porque foi anulada formalmente uma decisão, após vários anos. Da mesma forma, sobre o presidente, a anulação é por motivos formais."

O juiz Marcelo Bretas, que estava na plateia do evento no Rio, foi aplaudido pelo público do teatro. "Hoje, Bretas é um desses 'vilões', perigosos juízes sedentos de poder", ironizou o ex-ministro.

Moro afirmou que medidas do Supremo estão enfraquecendo o combate à corrupção, citando ainda decisão relacionada ao ex-deputado Eduardo Cunha. Para ele, é necessário respeitar o sistema de Justiça, magistrados e ministros. "Mas tem algo de errado quando um caso grande de corrupção não tem tratamento mais severo pelos Tribunais", afirmou.

Foi a quarta cidade em que Moro passou na agenda de lançamento do livro, após evento realizado em Curitiba (PR), Recife (PE) e São Paulo (SP). Na capital fluminense, os ingressos para acompanhar a fala de Moro custavam R$ 95 incluindo o livro autografado e um bloco de anotações. O ingresso avulso custava R$ 80 e a meia-entrada, R$ 40.

O Ministério Público Federal (MPF) reconheceu a prescrição da pretensão punitiva no caso triplex do Guarujá (SP), se manifestando à Justiça Federal de Brasília pelo arquivamento da ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em peça de 16 páginas datada desta terça-feira, 6, a procuradora Marcia Brandão Zollinger apontou a extinção da punibilidade do petista com relação aos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro que lhe foram imputados - assim ele não poderá ser acusado dos mesmos novamente.

"Quanto às imputações relacionadas ao pagamento de reforma, ocultação e dissimulação da titularidade do apartamento 164-A, triplex, e do beneficiário das reformas realizadas, verifica-se a ocorrência da extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal relativamente aos investigados septuagenários, quais sejam Luiz Inácio Lula da Silva (nascido em 06/10/1945), José Adelmário Pinheiro Filho (nascido em 29/09/1951) e Agenor Franklin Magalhães Medeiros (nascido em 08/06/1948)", registra a manifestação.

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Imparcialidade de Moro

No documento, a Procuradoria ainda lembra que o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a imparcialidade do ex-juiz Sérgio Moro - hoje pré-candidato à Presidência, assim como Lula - no julgamento das ações contra o petista. Antes, a Corte havia reconhecido a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba - base da extinta operação Lava Jato - para analisar os processos contra Lula.

O entendimento do Supremo implicou na anulação de todos os atos processuais e pré-processuais do caso, levando o mesmo à estaca zero. Entre as decisões derrubadas estão a sentença em que Moro havia condenado Lula a 12 anos e 1 mês de prisão no caso do triplex - pena que foi posteriormente reduzida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em seu parecer sobre a continuação do processo na Justiça Federal do DF, Marcia indicou que, em cumprimento à decisão do STF, as provas colhidas não podem ser aproveitadas: "Não é possível, portanto, a mera ratificação da denúncia", ponderou.

O prazo de prescrição é contado a partir da data do delito imputado ao réu e pode ser interrompido em razão de determinados ritos processuais, como o recebimento de uma denúncia pela Justiça. No entanto, para o cálculo do prazo prescricional deve-se levar ainda em consideração outros fatores, como a idade do acusado. Em tais casos, o prazo previsto no Código Penal cai pela metade.

'Conluio'

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que foi formado um "conluio" do ex-juiz Sergio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol contra o ex-chefe do Executivo para retirá-lo das eleições de 2018 e atacar sua reputação. A declaração foi dada depois de o MPF reconhecer a prescrição do caso do triplex do Guarujá.

Em nota, os advogados Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins defendem que o pedido de arquivamento deve pôr fim ao caso que "foi construído artificialmente a partir do conluio do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol". A defesa sustenta que o objetivo era "prender o ex-presidente Lula, retirá-lo das eleições de 2018 e para atacar indevidamente sua reputação".

"O pedido de arquivamento apresentado pelo MPF deve pôr fim a caso que foi construído artificialmente a partir do conluio do ex-juiz Sérgio Moro e do ex-procurador Deltan Dallagnol para prender o ex-presidente Lula, retirá-lo das eleições de 2018 e para atacar indevidamente sua reputação, tal como sempre sustentamos", declara a nota.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito civil para apurar eventual censura e conduta homofóbica da Prefeitura Municipal de Rio Branco, capital do Acre, ao solicitar o veto do projeto cultural “Papai Noel Gay” à Fundação Garibaldi Brasil (FGB), que avalia tecnicamente os projetos a serem financiados pela municipalidade.

O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Lucas Costa Almeida Dias, requisitou informações da FGB, que deverá encaminhar cópia do projeto “Papai Noel Gay” e prestar informações sobre o pedido de veto realizado pelo prefeito de Rio Branco, bem como por outras autoridades públicas.

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A FGB também deverá encaminhar ao MPF a cópia da documentação com o trâmite da aprovação do projeto.

Após a coleta de informações, o MPF estudará as medidas cabíveis para o caso, já que, em tese, a conduta homofóbica implica em censura prévia, podendo, também, configurar crime e ato de improbidade administrativa.

Entenda

No dia 26 de novembro, a Fundação de Cultura, Esporte e Lazer Garibaldi Brasil (FGB) aprovou um projeto musical voltado para o público LGBTQIA+, feito por um "Papai Noel Gay". 

No entanto, o prefeito de Rio Branco Tião Bocalom deu entrevistas na cidade afirmando que o projeto não seria aprovado, o que gerou revolta por parte da comunidade LGBTQIA+. 

Nesta sexta-feira (2), a Polícia Federal (PF) realizou busca e apreensão de celulares de duas pessoas suspeitas de fraudar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, que foi realizado nos dias 21 e 28 de novembro, no Pará. De acordo com informações divulgadas pela PF e Ministério Público Federal (MPT), o esquema foi realizado no último dia de aplicação do exame.

Na ocasião, um candidato usou o celular para se comunicar com pessoas que estavam fora do local de prova. Ainda segundo a investigação, o participante, que fazia a avaliação em uma escola do município de Benevides, localizado na Região Metropolitana do Pará, enviou fotos de questões à especialista para obter as respostas.

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Além disso, o outro suspeito ficaria responsável por realizar o pagamento aos outros envolvidos. Durante as buscas, agentes da PF encontraram um caderno com gabarito do Enem e números que, possivelmente, são de Pix de cerca de sete especialistas contratados pelo candidato.

Ainda segundo o MPT, a descoberta da fraude só foi possível porque um dos especialistas contratados denunciou o esquema. Em depoimento, ele alegou que recebeu fotos dos quesitos do exame, que deveriam ser resolvidos até às 17h. No entanto, o especialista garante que nas imagens recebidas não estava identificado o ano de aplicação da prova. Porém, o suspeito deixou escapar, em uma das fotos, informações sobre a edição 2021.

Investigações

Todo material recolhido pela Polícia Federal passarão por perícia pela equipe de investigação do caso, que também vai apurar a falha no controle de entrada de celulares na escola onde o suspeito realizou o Enem. De acordo com a PF, os envolvidos podem responder pelo crime de fraude "em certames de interesse público" e serem passíveis de até quatro anos de reclusão.

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado acionou mais uma vez o Tribunal de Contas da União visando a apuração do orçamento secreto, o esquema de sustentação do governo Jair Bolsonaro no Congresso revelado pelo Estadão, agora propondo a instauração de uma força-tarefa entre a corte de contas e o Ministério Público Federal para investigar o caso. Segundo Furtado, a execução dos repasses pode não só configurar irregularidade administrativa, mas também caracterizar crime de desobediência, o que justificaria a atuação conjunta dos órgãos de controle.

Em representação elaborada nesta terça-feira, 16, Furtado destacou ainda que a parceria entre o TCU e a Procuradoria já ocorreu 'inúmeras vezes' no âmbito da Operação Lava Jato. Apontada como uma grande ofensiva contra a corrupção no País, a operação hoje é tímida e foi perdendo espaço que tinha no discurso do presidente Jair Bolsonaro. No ano passado, o chefe do Executivo chegou a afirmar que 'acabou' com a Lava Jato porque, segundo ele, "não há mais corrupção no governo".

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A indicação de Furtado com relação ao crime de desobediência tem relação com a execução dos recursos do orçamento secreto mesmo após a decisão do Supremo Tribunal Federal que suspendeu, integral e imediatamente, a distribuição de emendas de relator até o final de 2021, e ainda determinou que o governo dê "ampla publicidade" aos ofícios encaminhados por parlamentares em 2020 e 2021 para alocação dos recursos em seus redutos eleitorais.

Como mostrou o Estadão, senadores acionaram a corte máxima para apurar suposto descumprimento decisão dada pela ministra Rosa e referendada pelo colegiado.

Na nova representação ao TCU, Furtado ainda reforça um pedido que já havia feito à corte, buscando a identificação e o afastamento dos 'responsáveis', no âmbito do Governo Federal, pela execução das emendas relator. No documento enviado na última sexta-feira, 12, ao tribunal, o subprocurador apontou 'grave falha' na execução das emendas, destacando que os responsáveis por tal processo 'deveriam ter se negado a praticar ou impedido' tais atos.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou procedimento para verificar eventual irregularidade no Censo 2022, em relação à não inclusão dos campos de identificação da 'identidade de gênero' e 'orientação sexual' nos questionários.

A apuração atende à representação feita pelo Centro de Atendimento à Vítima (CAV) do Ministério Público do Acre (MP/AC). O procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), Lucas Costa Almeida Dias, afirma que pretende corrigir "eventual erro" na metodologia censitária, que exclui importante parte da população brasileira do retrato real, que deve ser demonstrado pelo Censo.

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Além dos campos de identificação, as pessoas que não se identificam no binômio “feminino-masculino” também ficarão invisíveis e sem alcance de políticas públicas voltadas aos seus direitos fundamentais, como o direito de existir, de receber atendimento de saúde, entre outros.

A portaria de instauração do procedimento lembra ainda que a proteção a esta população deve ser efetivadas de todas as formas possíveis, diante da realidade de desigualdades e violência que coloca o Brasil no patamar dos países que mais registra crimes letais e intencionais contra a vida de pessoas LGBTQIA+.

Com informações da assessoria do MPF

A menos de um ano das eleições, o Ministério Público Federal (MPF) abriu nesta segunda-feira, 8, uma investigação formal sobre a postura das redes sociais e aplicativos de mensagem no enfrentamento de notícias falsas e violência digital. A apuração atinge as empresas responsáveis pelo Whatsapp, Telegram, Facebook, Instagram, Twitter, TikTok e YouTube.

Um dos pontos centrais do inquérito será o financiamento de fake news. "Muitas vezes carece de transparência e faz com que a viralização de posts e mensagens, de forma organizada, ultrapasse os limites da liberdade de expressão", afirma o MPF.

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Neste primeiro momento, o órgão deu dez dias para as plataformas enviarem informações sobre as providências em curso para detectar e combater a produção de conteúdos falsos, o disparo de mensagens em massa e o uso de robôs e perfis fictícios. "Terão que esclarecer como estão atuando contra práticas organizadas de desinformação que colocam em risco a saúde da população e o funcionamento das instituições democráticas", explica o Ministério Público.

Também está programado um pente-fino nos termos de uso, políticas de moderação de conteúdo, relatórios de transparência e canais de denúncia das redes sociais. O cronograma de trabalho prevê, em uma segunda etapa, consultas a especialistas no tema.

O inquérito foi instaurado pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão vinculado ao MPF, em São Paulo. Além da proximidade das eleições de 2022, em meio aos questionamentos infundados levantados sobre a segurança das urnas eletrônicas, as notícias falsas que circularam durante a pandemia da Covid-19 também motivaram a abertura da investigação.

"Estes elementos de desinformação, quando disseminados em larga escala no ecossistema da internet, engendram cenários de 'desordem informacional' ou 'caos informativo', com potenciais efeitos danosos para a compreensão de certos fatos pela população, pertinentes à eficácia de ações de saúde pública, à proteção do meio ambiente e mesmo ao funcionamento das instituições democráticas do país", destaca o procurador da República Yuri Corrêa da Luz na portaria que determinou a abertura da investigação.

O debate sobre a penalização das plataformas digitais pelos conteúdos publicados por usuários ainda é incipiente. A discussão foi aberta com a apresentação da chamada Lei das Fake News, em tramitação na Câmara dos Deputados. O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), também já defendeu a responsabilização das empresas pela publicação de fake news.

A confirmação de que vai deixar o Ministério Público Federal (MPF) feita pelo próprio Deltan Dallagnol, nessa quinta-feira (4), deu indícios do ingresso do agora ex-procurador na carreira política. Em uma publicação em tom intuitivo, nesta sexta-feira (5), mesmo sem citar nomes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, alfinetou a eventual candidatura do ex-líder da Operação Lava Jato.

O ministro do STF não poupou críticas ao que entende como uma 'receita pronta' para se aproveitar da persecução penal como estratégia política. "Demonizou-se o poder para apoderar-se dele", afirmou Mendes.

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Líderes da Lava Jato na política

Junto com o ex-juiz Sergio Moro e outros procuradores, o coordenador da Lava Jato caiu no escândalo de troca de mensagens para pavimentar a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas conversas publicadas pela ‘Vaza Jato’, o magistrado coordena as atividades do MPF.

Nesse caso, quem deveria ter por obrigação a imparcialidade no julgamento, uniu-se a acusação na busca de provas condenatórias.  

LeiaJá também: Prerrogativas: Moro e Deltan são inimigos da Constituição

Em setembro do ano passado, Deltan saiu da força-tarefa. Na ocasião, informou que sua remoção foi causada por questões de saúde familiar. O ex-coordenador da Lava Jato abandonou 18 anos no MPF e disse que pretende ajudar o combate à corrupção de outra forma.

Após sentenciar o principal adversário político do então candidato Jair Bolsonaro, Moro assumiu o Ministério da Justiça do seu governo, mas abandonou a pasta por falta de autonomia nas investigações da Polícia Federal. Em 2021, ele voltou ao centro do debate político por se filiar ao Podemos para representar partido na  disputa à Presidência do próximo ano.

O agora ex-procurador Deltan Dallagnol, que foi uma peça importante na operação Lava Jato, anunciou nesta quinta-feira (4), que está de saída do Ministério Público Federal (MPF). O anúncio foi realizado por meio de um vídeo, divulgado em sua conta no Twitter.

"Essa decisão de sair do Ministério Público não foi fácil. Eu tenho muito orgulho do Ministério Público e do trabalho que ele faz pela sociedade brasileira em diferentes áreas. Contudo, os nossos instrumentos de trabalho para alcançar a justiça vêm sendo enfraquecidos, destruídos", declarou Dallagnol.

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O procurador estava no MPF há 18 anos. Em seu pronunciamento, ele aponta que tem várias ideias para contribuir.

"Eu serei capaz de avaliar, refletir e olhar melhor sobre essas ideias depois de sair do Ministério Público", pontua.

Vaza Jato e saída da força-tarefa

Deltan também foi peça central do escândalo da Vaza Jato, quando mensagens trocadas entre ele e outros colegas da força tarefa, e até mesmo com Sergio Moro, vazaram e provaram que o ex-juiz orientava as ações do Ministério Público.

Em setembro de 2020, o Ministério Público Federal (MPF) confirmou a saída de Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, no Paraná. Dallagnol era o coordenador do grupo. De acordo com a nota, o desembarque do posto aconteceu por questões de saúde familiar.

Confira o pronunciamento na íntegra:

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A Justica Federal em São Paulo aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal e colocou José Manella Neto, que foi médico legista na ditadura militar, no banco dos réus por falsidade ideológica e ocultação de cadáver.

A decisão é da juíza Maria Isabel do Prado, da 5.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, que viu elementos suficientes para a abertura do processo. "A acusação está baseada em provas da existência de fato que, em tese, caracteriza infração penal e indícios suficientes de autoria delitiva. Assim reconheço a justa causa da ação penal", escreveu.

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A denúncia foi oferecida em abril pelo procurador Andrey Borges de Mendonça, que acusa o ex-médico de mentir no atestado de óbito do jovem soldado Carlos Roberto Zanirato, desertor do Exército e militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) morto em junho de 1969, enquanto estava sob custódia no Departamento de Ordem Pública e Social (DOPS) de São Paulo.

Na versão oficial dos militares, o preso político teria se aproveitado de um momento de 'descuido' dos policiais para se atirar, ainda algemado, na frente de um ônibus no cruzamento da rua Bresser com a avenida Celso Garcia, na região central da capital paulista, para onde havia sido escoltado em uma operação monitorada, uma emboscada, montada para prender outro militante. Não houve perícia, fotos da ocorrência ou abertura de inquérito policial. Embora tivesse identificação, Zanirato foi enterrado como indigente no Cemitério de Vila Formosa, sem aviso prévio aos familiares.

O Ministério Público Federal contesta a narrativa e sustenta que o ex-médico ocultou lesões sofridas por Zanirato em sessões de tortura e omitiu a identidade do jovem no laudo cadavérico. "A entrada no IML com o nome verdadeiro e a saída como 'desconhecido' é prova incontestável de que houve conivência do denunciado [Manella Netto], a fim de ocultar as marcas de tortura sofridas pela vítima, bem como a sua verdadeira identidade", diz um trecho da denúncia.

Manella Netto teve o registro para exercício profissional cassado ainda na década de 1990, após responder a um processo disciplinar no Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Ao longo do procedimento administrativo, admitiu que o atropelamento não poderia ter sido apontado como a causa de alguns ferimentos identificados no corpo de Zanirato e reconheceu que a vítima apresentava sinais de agressões sofridas antes do choque com o ônibus.

COM A PALAVRA, JOSÉ MANELLA NETTO

Até a publicação desta matéria, a reportagem buscou contato com o ex-médico, mas sem sucesso. O espaço permanece aberto a manifestações.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) acionou o Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira (1º), para apurar as agressões sofridas por jornalistas brasileiros que acompanhavam Jair Bolsonaro (Sem partido) durante participação no G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo, realizada na Itália, no último domingo (31). 

Randolfe compartilhou parte do protocolo enviado ao MPF, no Twitter, e escreveu: "Acabamos de acionar o MPF para que abra inquérito e proceda ao ajuizamento de Ação Civil Pública. Além disso, estamos pedindo a aplicação de multa ao Presidente da República". 

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No documento divulgado pelo parlamentar, ele alega que a agressão causou "um dano moral e ameaça à liberdade de imprensa". Em outro trecho, o senador aponta que "censura é repressão e opressão. Restringe a informação, limita o acesso ao conhecimento, obstrui o livre expressar, o pensado e o sentido".

Confira a publicação:

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, designou a subprocuradora-geral da República Célia Regina Delgado o cargo de corregedora-geral do Ministério Público Federal no biênio 2021/2023. Segunda mais votada na lista tríplice elaborada pelos integrantes do Conselho Superior do MPF, Célia Delgado é considerada próxima da subprocuradora Lindôra Araújo - que é braço direito de Aras - tendo atuado a seu lado na Operação Navalha, em 2007.

A subprocuradora que ficou no topo da lista foi Luiza Cristina Frischeisen, expoente nome da Procuradoria que já fez diferentes críticas à conduta de Aras à frente do MPF. Ela também liderou a lista tríplice elaborada para a chefia da Procuradoria-Geral da República, mas acabou preterida pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Sem uma obrigação formal para escolher um dos nomes indicados pela categoria, Bolsonaro mais uma vez ignorou a tradição da nomeação do chefe do MPF ao reconduzir Augusto Aras ao cargo máximo da instituição. O nome do aliado do presidente não constava na lista tríplice entrega ao chefe do Executivo neste ano, assim como no ano em que foi alçado a seu primeiro mandato na PGR.

A formação da lista tríplice para o cargo de corregedora geral se deu nesta terça-feira, 5, durante a 8ª Sessão Ordinária do Conselho Superior do MPF. Seis subprocuradores-gerais se candidataram ao cargo e cada conselheiro indicou três nomes.

Luiza Cristina Frischeisen pegou o primeiro lugar da lista, com 7 votos. Já Célia Delgado e José Elaeres Marques Teixeira empataram com seis votos cada um.

Como titular da Corregedoria, Célia Delgado assumirá o posto no lugar de Elizeta Maria de Paiva Ramos, que exercerá o cargo até 9 de outubro. José Elaeres e Luiza Frischeisen compõem a gestão como 1º e 2º suplentes, respectivamente.

A Corregedoria do MPF é o órgão fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos integrantes da instituição. O titular participa das reuniões do Conselho sem direito a voto, mas com direito a se pronunciar. Entre as atribuições do cargo estão a realização de correições nas unidades, instauração de inquérito e de processo administrativo contra integrantes da carreira, além de acompanhamento de estágio probatório dos membros.

De acordo com a PGR, Célia Regina Delgado completa nesta terça-feira 37 anos como integrante do Ministério Público Federal, sendo que, atualmente, é coordenadora nacional finalística do Gabinete Integrado de Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (Giac) e coordenadora da Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral (1CCR). Ela foi suplente da corregedora-geral no biênio 2019/ 2021.

O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ), informou que, junto com outros líderes da oposição na Câmara dos Deputados, irá acionar o Ministério Público Federal (MPF) para que investigue o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Os dois mantiveram empresas em paraísos fiscais depois de terem entrado para o governo do presidente Jair Bolsonaro, no início de 2019, conforme publicou neste domingo o projeto Pandora Papers, do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).

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Freixo afirmou, em publicação em suas redes sociais, que "a legislação brasileira proíbe que membros da cúpula do governo mantenham esse tipo de negócio".

Em resposta à publicação do consórcio de veículos jornalísticos, a assessoria do ministro da Economia esclarece que toda a sua atuação privada anterior à posse foi devidamente declarada à Receita Federal e à Comissão de Ética Pública.

Já a assessoria do presidente do BC disse que ele não participa da gestão ou faz qualquer investimento com recursos dessas empresas.

A Justiça Federal em Brasília voltou a rejeitar a ratificação da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia.

A decisão é da juíza Pollyanna Kelly Maciel Martins Alves, da 12.ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. Ela negou um pedido do MPF para reconsiderar o parecer anterior que barrou a abertura de uma ação penal com base nas acusações remanescentes da extinta Operação Lava Jato.

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"Por estar embasada nas provas tornadas nulas pelo STF, a denúncia originária não poderia ser ratificada de modo genérico e irrestrito, portanto. Repito, a denúncia não poderia ser recebida e nessa condição permanece pois não foram indicadas quais as provas válidas que dão sustento à acusação. Aliás, mesmo no recurso interposto, não há qualquer menção a quais provas subsistiram", escreveu.

Lula chegou a ser condenado no processo do sítio de Atibaia em fevereiro de 2019, mas a sentença foi anulada depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a Justiça de Curitiba incompetente para processar e julgar as acusações da Lava Jato contra o ex-presidente. O entendimento devolveu o processo a sua etapa inicial e resultou também na transferência para Brasília. A declaração de suspeição do ex-juiz Sérgio Moro terminou por enterrar o processo.

O Ministério Público Federal tentou salvar a investigação ao pedir que fosse aberta uma nova ação a partir de elementos que, segundo o órgão, 'permaneceram válidos e constituem justa causa'.

Ao analisar o recurso, a juíza não ficou convencida com os argumentos. "As considerações e razões lançadas pelo Ministério Público Federal no recurso em sentido estrito interposto não são suficientes para ensejar a reconsideração da decisão proferida", disse.

Acusado de receber R$ 1 milhão em propinas da OAS e Odebrecht referentes a reformas do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, Lula sempre negou veementemente as acusações, que atribui a uma perseguição política da força-tarefa da Lava Jato e de Moro.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a decisão da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), em Brasília, que trancou a investigação contra procurador da República Ângelo Goulart Villela. Acusado de aceitar promessas de propina para repassar informações sigilosas sobre apurações da Operação Greenfield de interesse do Grupo J&F, ele alega ser inocente.

Esta é mais uma tentativa do MPF de manter de pé a denúncia contra o procurador por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, violação do sigilo funcional e embaraçamento de investigação sobre organização criminosa. O órgão argumenta que a decisão do TR1 tem 'vícios' e esvazia o instituto da colaboração premiada. Isso porque o tribunal concluiu que as acusações contra o procurador tiveram como base apenas a palavra de delatores e cassou a decisão que havia autorizado a abertura de uma ação penal.

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O Ministério Público Federal pede o restabelecimento do acórdão de 2019, que recebeu integralmente a denúncia oferecida pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Villela e contra o empresário Joesley Batista, dono do Grupo J&F, o ex-vice-presidente de Assuntos Jurídicos da JBS Francisco de Assis, o publicitário André Gustavo Vieira da Silva e os advogados Juliano Costa Couto, ex-presidente da OAB-DF, e Willer Tomaz.

Em junho, ao analisar embargos de declaração da defesa, os desembargadores da Corte Especial do TRF1 concluíram que, com o advento da Lei 13.964/2019, o ordenamento jurídico passou a vedar expressamente não apenas a condenação, mas também o recebimento de denúncias fundamentadas apenas em delações premiadas. Ao STJ, o Ministério Público Federal diz que houve um erro na interpretação de lei e, com isso, o tribunal desprezou o rol de provas obtidas a partir da colaboração - como documentos, gravações, filmagens, testemunhos, laudos periciais, confissões e processos administrativos.

"Se a interpretação dada e o alcance da norma puder ser ampliado pelo julgador, como no presente caso, ao afirmar genericamente que não se teria prova autônoma dos crimes praticados pelos Recorridos, vedar-se-á, por completo, a utilização de delação premiada", argumenta a Procuradoria.

O MPF também acusa a Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região de promover um 'verdadeiro e ilegal rejulgamento' do caso ao anular a decisão que havia aceitado a denúncia.

"Não havia nenhuma omissão a ser sanada, pois os fundamentos jurídicos que ensejaram a rejeição da denúncia no Acórdão prolatado em sede de embargos declaratórios foram analisados, enfrentados e superados no julgamento do recebimento da denúncia acima referido." argumenta o órgão.

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