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O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, negou nesta segunda-feira (27), por meio de seu porta-voz, ter amenizado, sob pressão de Pequim, um relatório sobre as campanhas de desinformação lideradas pela China.

"Eu refuto e contesto absolutamente qualquer alegação de que, em nosso relatório, nos submetemos a uma pressão externa", declarou seu porta-voz, Peter Stano, durante uma coletiva de imprensa.

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O grupo do Partido Popular Europeu (PPE, direita) no Parlamento Europeu disse estar "revoltado" com relatos da imprensa, alegando que o Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE) cedeu à pressão chinesa e modificou suas conclusões sobre a campanha de desinformação chinesa a respeito da COVID-19.

"Peço ao alto representante Josep Borrell que explique em detalhes e sem demora que ele tomou conhecimento do relatório", disse a eurodeputada letã Sandra Kalniete, vice-presidente da grupo do PPE encarregado dos assuntos externos.

O grupo Renew (liberais) também pediu "esclarecimentos" ao diplomata-chefe da UE.

"Se isso for verdade, é um problema muito sério", disse o eurodeputado holandês Bart Groothuis.

O relatório publicado no site do Serviço Europeu para a Ação Externa difere de um documento que vazou na imprensa, do qual a AFP obteve uma cópia.

Referências a investigações em Taiwan e um incidente com a França não são mais mencionadas.

"Deixe-me dizer uma coisa com muita clareza: não houve alterações e não houve várias versões desses documentos", sustentou Peter Stano.

"Temos dois processos separados. Existe um interno, concebido para diferentes propósitos. Depois, existem documentos a serem publicados que são processados em paralelo porque eles têm objetivos e conteúdo diferentes", afirmou.

"O fato é que existem dois relatórios: um interno, para uso interno; e outro, para uso público, preparados de acordo com um processo diferente", reconheceu.

"Dois procedimentos, dois documentos. Um documento não é necessariamente um reflexo verdadeiro do outro. Enquanto isso, há coisas diferentes que podem entrar em jogo", disse ele.

Questionado sobre e-mails internos citados pelo jornal americano The New York Times sobre ameaças de reação das autoridades chinesas, "se o relatório for publicado", Peter Stano se recusou a comentar.

No sábado, porém, pelo Twitter, lamentou o uso de "comunicações internas fora de contexto".

O porta-voz da Comissão, Eric Mamer, alertou contra a publicação de tais documentos com nomes, porque, "infelizmente, isso pode ter consequências".

As ameaças feitas pelo embaixador chinês na Austrália na segunda-feira confirmaram, no entanto, a pressão exercida por Pequim para neutralizar as investigações sobre a maneira como as autoridades lidaram com a pandemia de coronavírus.

Com 928 mortes confirmadas, o governo de São Paulo prorrogou a quarentena no Estado para retardar a propagação do novo coronavírus, que venceria na próxima quarta-feira. Agora, a medida vale até o dia 10 de maio. A quarentena está em vigor no Estado desde o dia 24 de março e já havia sido ampliada uma vez. Na contramão, porém, prefeitos de pelo menos seis cidades já relaxam restrições no interior e no litoral. Outras, apesar de estudarem flexibilização, recuaram.

O decreto estadual prevê o fechamento do comércio e serviços não essenciais, o que inclui bares, restaurantes e cafés, que só podem funcionar com delivery. Já os serviços considerados essenciais, como farmácias e supermercados, podem abrir as portas. Havia a discussão se a ampliação valeria em todo os 645 municípios, uma vez que dirigentes vêm recebendo pressões de prefeitos do interior. Mas o governador João Doria (PSDB) determinou que a medida vale para todas as cidades. "Não temos nenhum prazer em ampliar o período da quarentena, mas temos de respeitar a ciência. E esse período vai passar e depois vamos agir para recuperar a economia.'

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O infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, afirmou que a decisão de prolongar a quarentena foi unânime. "Esta manutenção é absolutamente fundamental tanto do ponto de vista da área metropolitana de São Paulo, como da Baixada e do interior", afirmou.

Na contramão

Ontem a prefeitura do Guarujá publicou decreto autorizando o comércio a reabrir a partir de terça, apenas com a adoção de cuidados sanitários. As praias vão continuar fechadas. O controle de acesso à cidade com barreiras sanitárias foi mantido.

Ainda no litoral, a prefeitura de Praia Grande estuda um sistema de rodízio de pessoas para liberar o comércio. De acordo com o prefeito Alberto Mourão (PSDB) a ideia seria adotar um sistema semelhante ao rodízio de veículos na capital, permitindo a entrada de grupos de pessoas no comércio conforme o número final da cédula de identidade.

No interior, a prefeitura de Indaiatuba publicou decreto flexibilizando o funcionamento do comércio. Nesta sexta, porém, Nilson Gaspar (MDB) já recebeu ofício assinado pelo secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vignoli, recomendando a revisão da medida. São José do Rio Preto também iniciou a flexibilização gradual do comércio anteontem, mas foi exigido o uso de máscara no interior dos estabelecimentos.

A quarentena foi suspensa também em Mirandópolis, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que fosse retomada. Conforme decisão do desembargador Claudio Godoy, medidas que flexibilizam a quarentena não podem ser tomadas isoladamente pelo município.

Já a prefeitura de Sertãozinho permitiu a reabertura de parte do comércio para atendimento com hora marcada e o comércio geral foi liberado no sistema drive-thru. Em Jales, o decreto que reabre o comércio determina que as filas não podem ter mais que dez pessoas. As lojas de Piraju, por sua vez, vão adotar drive-thru..

Mais isolamento

Em contrapartida, em São Sebastião, a prefeitura reforçou o isolamento com bloqueios sanitários nos limites com Caraguatatuba e Bertioga. Já a prefeitura de Ribeirão Preto suspendeu o passe gratuito para idosos em ônibus e tornou obrigatório o uso de máscaras. Quem desrespeitar será multado em R$ 270. Em Pirassununga, a prefeitura revogou um decreto editado anteontem que permitia a reabertura do comércio. Conchal e Pirajuí também haviam liberado o comércio para funcionar, mas recuaram.

De acordo com o governo do Estado, a taxa de isolamento voltou a cair e ficou em 49% nesta quinta-feira - o ideal é 70%. Ontem, a reportagem flagrou uma "feira do rolo" na Praça da Sé, com pessoas aglomeradas, comprando e vendendo. A Prefeitura informou que faz abordagens no local.

Quando a Casa Branca apresentou o plano para afrouxar as medidas de isolamento nos EUA, na quinta-feira (16), Donald Trump parecia estar dando um passo atrás. Apesar de propor um cronograma de retomada, ele abriu mão do discurso de que teria "autoridade total" e disse a governadores que caberia a eles decidir quando retomar as atividades. Ontem, porém, Trump partiu de novo para o confronto e passou a apoiar protestos contra o isolamento que foi imposto pelos Estados.

"Liberem Minnesota!", escreveu Trump no Twitter, emendando duas postagens com o mesmo tom sobre Michigan e Virgínia. As publicações são um apoio do presidente a manifestantes dos três Estados que pedem o fim das medidas de distanciamento social.

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Pouco antes, a emissora Fox News, com linha editorial favorável ao governo, mostrou cenas de protestos em frente à residência do governador de Minnesota e de moradores de Michigan contestando as ordens estaduais de reclusão.

O apoio contradiz o que o próprio presidente vem pedindo há um mês: que a sociedade obedeça as medidas de distanciamento. Em Michigan, não há sinal de que a situação permita a retomada das atividades neste momento, segundo especialistas. Com 30 mil casos, é o quarto Estado dos EUA com mais infectados e o terceiro com mais mortes, com relatos de pacientes que morreram nos corredores de hospitais superlotados de Detroit.

Dos 50 Estados americanos, 43 têm ordens restritivas, mas Trump criticou três Estados chefiados por governadores democratas e relevantes na contagem de votos do colégio eleitoral - que decide a eleição presidencial de novembro. Vencer em Michigan e Minnesota é crucial para uma vitória.

Com uma plataforma política calcada no bom desempenho econômico, Trump se vê pressionado pela recessão causada pela pandemia. Ao menos 22 milhões de novos desempregados foram registrados nos EUA nas últimas quatro semanas.

Além disso, o presidente vem sendo responsabilizado por não ter respondido rapidamente à pandemia. Depois de ter recuperado bastante sua popularidade, em meados de março, sua aprovação passou a cair na última semana, de acordo com pesquisas.

Nesta sexta-feira (1º), o apresentador Geraldo Luís teve que deixar às pressas o comando do Balanço Geral - SP. Os internautas ficaram sem entender após o comentarista Renato Lombardi assumir inesperadamente o lugar de Geraldo.

Segundo o site Notícias da TV, do colunista Daniel Castro, Geraldo Luís sofreu uma queda súbita de pressão, enquanto estava ao vivo, e precisou se ausentar da atração jornalística por quase 43 minutos. Apesar do improviso de Lombardi, Geraldo voltou ao comando do Balanço Geral sem tocar no assunto.

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A reação na internet foi rápida. "O Renato Lombardi apresenta bem melhor do que o Geraldo Luís. Falando nisso, o que aconteceu com Geraldo que sumiu do ar do nada?", questionou uma pessoa no Twitter. Geraldo Luís não tá apresentando o Balanço Geral? Só tô vendo o Renato Lombardi chamar as reportagens", disparou outra.

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A Marinha emitiu um alerta de mal tempo entre esta sexta-feira (16) e sábado (17). Ventos com intensidade de 61 km/h, decorrentes de uma alta na pressão atmosférica, proporcionarão ondas de até 2,5 metros no litoral de Recife, em Pernambuco.

"A Capitania dos Portos de Pernambuco (CPPE) recomenda que embarcações de pequeno e médio porte evitem navegar no mar estes dias, e que as demais embarcações redobrem a atenção", assinala o comunicado.

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De acordo com o boletim meteorológico emitido pela Agência Pernambucana de Águas e Climas (Apac), a previsão para os dias 16 e 17 é de um tempo parcialmente nublado com chuvas rápidas, fracas e moderadas.

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) questionou, nesta quinta-feira (18), as críticas em torno da indicação do filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ), para assumir a embaixada do Brasil nos Estados Unidos. Na avaliação do presidente há muita pressão em cima de Eduardo.

Segundo Bolsonaro, a indicação é legal e está confirmada, porém ainda não foi oficializada. 

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"Por que essa pressão em cima de um filho meu? Ele é competente ou não é competente? Dentro do quadro de indicações políticas, que vários países fazem isso, e é legal fazer no Brasil também, tá certo", disse à imprensa ao deixar o Palácio da Alvorada.

O Brasil está sem embaixador em Washington desde abril. E, na avaliação de Bolsonaro, Eduardo tem um bom relacionamento com o presidente Donald Trump, o que também atende as necessidades para representar o país no exterior.

"Você tem que ver o seguinte: é legal? É. Tem algum impedimento? Não tem impedimento. Atende ao interesse público? Qual o grande papel do embaixador? Não é o bom relacionamento com o chefe de Estado daquele outro país? Atende isso? Atende. É simples o negócio", argumentou o presidente.

Uma paciente que sofre de hipertensão estava enfrentando dificuldades para tomar as medicações de forma correta. O motivo? Analfabetismo. A senhora, de quase 60 anos, precisava conter a pressão para fazer a extração de um dente. Observando a dificuldade da paciente, o cirurgião dentista Ricardo Cayres fez uma ilustração para auxiliar a mulher. Essa atitude postada pelo profissional bombou nas redes sociais.

Da primeira vez que a paciente procurou o dentista, ele recomendou que ela procurasse um médico para avaliar o seu quadro de saúde - já que ela era hipertensa e precisava estar com sua condição normalizada.

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"Ao retornar ao consultório ela trouxe algumas embalagens de dois tipos diferentes de remédios para pressão, prescrita pelo médico do posto de saúde", revela Ricardo Cayres. Ele complementa dizendo que ao examinar a paciente, ela ainda estava com a pressão alta.

Ao lembrar que a idosa não havia assinado um prontuário, revelando ser analfabeta, Ricardo criou a ilustração para auxiliar a paciente. "Um pouco de boa vontade, criatividade e humanização foram suficientes para eu criar esse esqueminha. Montei na mesma hora, imprimi, e a fiz entender, repetir, garantir que de fato ela entendeu, e só então ela foi liberada. Em breve, ela retornará para continuarmos os nossos procedimento (sic)", pontua.

Vitor Henrique Xavier Silva Santos, 19 anos, foi fuzilado por policiais militares no bairro Ingleses, em Florianópolis, Santa Catarina. O jovem estava brincando de atirar em latinhas com uma arma de pressão quando foi surpreendido pelos PMs. A sua irmã, Vivian Silva Santos, de 22 anos, estava em casa no momento do ocorrido.

Ao site ND+, Vivian relatou que os policiais tomaram o seu celular, o que impediu que ela chamasse seus pais. Parentes e amigos confirmam que Vitor costumava brincar com a arma de pressão e com o cachorro no quintal de casa. A família aponta que a morte aconteceu por conta da cor da vítima. "Negro já nasce bandido para eles (polícia)", falou uma mulher que não quis se identificar.

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Ainda de acordo com os moradores que viram a ação, os policiais chegaram fardados e com o rosto coberto. Ao site, o delegado Ênio Matos disse que os PMs envolvidos relataram que receberam uma informação de que um rapaz estaria apontando uma arma para as pessoas na rua.

Os policiais alegaram que ao anunciar a abordagem, o jovem teria apontado a arma de pressão na direção deles e, por não saberem que a arma era de brinquedo, deram 5 tiros contra a vítima. Vitor foi enterrado nesta sexta-feira (19).

A polícia venezuelana utilizou gás lacrimogêneo para dispersar a manifestação convocada para este sábado (9), em Caracas, pelo líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

Os manifestantes recuaram, mas optaram por permanecer nas imediações do local marcado para a realização da concentração, na Avenida Victoria.

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Anteriormente, a equipe de Guaidó havia denunciado que não tiveram permissão para instalar um palanque na área, e que três pessoas que transportavam as estruturas foram detidas e o material confiscado.

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Guaidó reagiu no Twitter afirmando que o governo de Nicolás Maduro terá "uma surpresa", já que os opositores continuarão na rua.

"Pretendem gerar desgaste, mas já não têm como conter um povo que está decidido a acabar com a usurpação. E hoje o vamos demonstrar nas ruas", acrescentou o opositor no Twitter.

A manifestação, convocada em todo o país, faz parte da pressão cada vez maior para forçar Maduro a deixar o poder, que ocupa desde 2013. Além disso, ela acontece depois de um apagão que deixou a maioria dos venezuelanos sem luz.

A eletricidade foi restabelecida na madrugada deste sábado em algumas áreas de Caracas, porém, alguns bairros da capital venezuelana e mais de metade do país continuam sem energia há mais de 40 horas.

Governo

Maduro também convocou para este sábado uma concentração na capital venezuelana. Vários apoiadores do presidente em exercício ocuparam as ruas de Caracas, vestidos de vermelho, cor associada à revolução. 

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino e declarou que assumiria os poderes executivos de Nicolás Maduro.

Guaidó contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos, prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres. Cerca de 50 países, incluindo o Brasil e a maioria dos países da União Europeia, reconheceram Guaidó como presidente interino encarregado de organizar eleições livres e transparentes.

União Europeia

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, afirmou neste sábado que a União Europeia (UE) está disposta, caso necessário, a endurecer as sanções contra o governo de Nicolás Maduro.

"Na União Europeia estamos dispostos a impor sanções adicionais se for necessário", disse o ministro em entrevista ao jornal berlinense Tagesspiegel.

Maas acrescentou que "é importante que a pressão internacional se mantenha elevada" e afirmou que a UE não participará da tática dilatória usada por Maduro. O apoio da UE ao líder da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, é "irrefutável", assegurou.

Guaidó havia exigido um endurecimento das sanções contra Maduro, depois que este declarou "persona non grata" o embaixador da Alemanha na Venezuela, Daniel Kriener.

Sem mencionar o retorno de seu opositor Juan Guaidó, autodeclarado presidente interino da Venezuela, o presidente Nicolás Maduro sinalizou, nas redes sociais, que se manterá no poder. Ele criticou indiretamente o apoio ao opositor, informando que a Venezuela é alvo de agressões.

“O mundo é testemunha excepcional de uma Venezuela que enfrenta as agressões imperiais e segue em frente com dignidade. Continuaremos a manter a bandeira dos povos livres que levantam suas vozes contra a interferência imperial”, disse Maduro, em sua conta pessoal do Twitter.

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Guaidó retornou nessa segunda-feira (4) à Venezuela, depois de visitar cinco países da América do Sul – Colômbia, Brasil, Paraguai, Argentina e Equador. Ameaçado de prisão e sanções, o interino liderou uma manifestação contra Maduro.

O governo Maduro lembra nesta terça-feira (5) o aniversário de seis anos de morte do presidente Hugo Chávez. O local onde está enterrado o corpo dele será aberto à visitação pública, em Caracas. Haverá homenagens, com exibição de vídeos e atividades musicais e esportivas.

Chávez  assumiu a Presidência da Venezuela em fevereiro de 1999, governando o país por 14 anos até sua morte em 2013. O líder morreu em conseqüência de um câncer. Maduro foi seu último vice-presidente. As propostas e ideias de Chávez foram compiladas em  livros e documentários.

*Com informações da Telesur, emissora multiestatal de televisão com sede em Caracas

A atriz Fernanda Montenegro, uma das estrelas da próxima novela da Globo, "A Dona do Pedaço", deu um susto nos colegas de trabalho nesta terça-feira (19). Enquanto gravava algumas cenas da trama de Walcyr Carrasco, Fernanda teve que ser levada a um hospital de Jaguari, no Rio Grande do Sul, após ter uma queda de pressão.

Segundo informações do Uol, a atriz de 89 anos não chegou a desmaiar e recebeu alta no mesmo dia. "Ela almoçou muito bem, foi gravar e estava muito sol. Sentiu uma leve tontura, se sentou e esperou passar. Ela estava com o pessoal da novela", explicou a assessora de Fernanda, em um comunicado ao site do Uol.

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Previsto para estrear em maio, substituindo "O Sétimo Guardião", o novo folhetim de Walcyr Carrasco terá Fernanda Montengro como a avó da protagonista Juliana Paes. A última novela que Fernanda participou foi "O Outro Lado do Paraíso", em 2017, interpretando a personagem Mercedes.

O presidente americano, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (15) que vai decretar "emergência nacional", um procedimento excepcional que lhe permitirá evitar o Congresso dos Estados Unidos para desbloquear recursos e construir seu prometido muro na fronteira com o México, abrindo uma batalha com seus opositores.

"Todo mundo sabe que os muros funcionam", afirmou o presidente americano em coletiva de imprensa nos jardins da Casa Branca, na qual evocou uma "invasão" de imigrantes em situação ilegal, assim como a entrada constante de drogas e criminosos.

O procedimento teoricamente lhe permite eludir o Congresso para desbloquear recursos - principalmente destinados para a defesa - para construir o muro com o que pretende frear a migração a partir da América Central.

Trump reconheceu que agora espera que se interponham medidas judiciais contra sua declaração. E, de imediato, a procuradora-geral de Nova York, Letitia James, disse que a decisão vai gerar "uma nova crise constitucional" e por isso vai recorrer.

Este é o ponto de partida de lutas políticas e judiciais, já que a vontade do presidente de colocar este "magnífico muro" acima de tudo, inclusive da separação de poderes, segundo seus adversários, está gerando duras críticas.

Os líderes democratas no Congresso Nancy Pelosi - presidente da Câmara de Representantes - e Chuck Schumer - líder do partido no Senado - reagiram em seguida contra o anúncio de Trump.

"A declaração ilegal do presidente sobre uma crise que não existe violenta gravemente nossa Constituição e torna os Estados Unidos um país menos seguro, ao roubar recursos urgentemente necessários de Defesa destinados à segurança dos nossos militares e da nossa nação", disseram em um comunicado conjunto.

- "Um erro" -

Em fileiras democratas considera-se que Trump incorre em um grave abuso de poder e veem nesta decisão uma manobra política baixa de um presidente fragilizado com a perda da Câmara de Representantes nas eleições de novembro e sua retirada no fim de janeiro do confronto no qual se envolveu com o Congresso pelo tema da imigração.

No entanto, a Casa Branca afirma que esta iniciativa é a marca de um homem que não esquece de suas promessas após chegar ao poder. Trump, que agora tem os olhos fixos na eleição presidencial de 2020, espera que isto lhe permita, uma vez mais, impulsionar sua base eleitoral.

Mas inclusive no campo republicano, a iniciativa não recebeu apoio unânime: "Declarar a emergência nacional neste caso seria um erro", advertiu a senadora republicana Susan Collins.

Trump fez o anúncio antes de voar à tarde para passar o fim de semana em seu luxuoso clube de Mar-a-Lago, na Flórida (sudeste).

Sua decisão vai acompanhada da assinatura de um compromisso orçamentário alcançado no Congresso, que marca o final de longas negociações entre democratas e republicanos para financiar os serviços públicos federais e evitar uma nova paralisação parcial do governo federal. Os recursos para o muro sempre estiveram no centro da negociação.

- "Escandaloso" -

"Que vergonha para qualquer membro do Congresso que não se oponha clara e vigorosamente a esta invocação ilegítima" de uma emergência nacional, manifestou-se a poderosa União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU).

Vários presidentes dos Estados Unidos lançaram mão deste procedimento no passado, mas em circunstâncias muito diferentes e muito menos controversas.

Jimmy Carter invocou a urgência depois da tomada de reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerã, Irã, em 1979. Depois, George W. Bush o fez após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 e anos depois, Barack Obama recorreu a ela durante a epidemia de gripe H1N1.

Peter Schuck, professor emérito de direito na Universidade de Yale, disse que "o fato de que o presidente possa ter o poder de desperdiçar bilhões de dólares em uma promessa de campanha boba é, por si só, revoltante".

Em uma coluna do jornal New York Times, Schuck avaliou que o Congresso deveria definir com mais rigor as condições sob as quais o presidente pode usar a Lei Nacional de Emergências, aprovada em 1976.

"A longo prazo, este tema é mais crucial para a vitalidade da nossa democracia que se presidente Trump finalmente conseguir seu muro", disse.

Antes de voar para a Flórida, espera-se que o presidente americano assine a lei de financiamento aprovada na quinta-feira pela maioria no Senado, controlado pelos republicanos, e a Câmara de Representantes, sob domínio dos democratas.

O orçamento aprovado só inclui um quarto dos recursos que Trump demandou durante meses para a construção do muro na fronteira com o México (1,4 bilhão de dólares contra os 5,7 bilhões de dólares solicitados). E também implica uma luta política que está carregada de simbolismos, pois não menciona a palavra "muro", preferindo a utilização de "barreira" ou "cerca".

A Estação Santo André, na Linha 10-Turquesa, em São Paulo, terá ação sobre os riscos da hipertensão hoje (29), das 15h às 18h. Os usuários poderão aferir a pressão arterial gratuitamente e tirar dúvidas sobre o uso correto de medicamentos com um farmacêutico.

A hipertensão é uma doença crônica que atinge 25% dos brasileiros e causa cerca de 300 mil mortes anualmente no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde, e ocorre quando os níveis da pressão sanguínea nas artérias estão elevados, fazendo com que o coração tenha que realizar um esforço maior para distribuir o sangue pelo corpo.

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Cerca de 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência real terminal são decorrentes da hipertensão. A doença não tem cura, mas existem tratamentos para controle. O único jeito de diagnosticá-la é por meio de aferição da pressão regularmente.

Serviço

Ação de saúde

Local: Estação “Prefeito Celso Daniel” Santo André (Linha 10-Turquesa)

Data: quinta-feira, 29/11

Horário: das 15h às 18h

A Estação Santo André, na Linha 10-Turquesa, em São Paulo, oferece aferição de pressão arterial gratuitamente hoje (22), até às 17h. A ação também terá a presença de um farmacêutico que irá esclarecer dúvidas e orientar os usuários sobre o uso correto de medicamentos.

A hipertensão é uma doença crônica que atinge 25% dos brasileiros e causa cerca de 300 mil mortes anualmente no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde, e ocorre quando os níveis da pressão sanguínea nas artérias estão elevados, fazendo com que o coração tenha que realizar um esforço maior para distribuir o sangue pelo corpo.

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serviço

Ação de saúde

Local: Estação “Prefeito Celso Daniel” Santo André (Linha 10-Turquesa)

Data: quinta-feira, 22/11

Horário: das 14h às 17h

O técnico Eduardo Baptista foi cauteloso após a vitória do Sport sobre o Paraná neste domingo (2), por 1×0, na Ilha do Retiro, pela 22ª rodada do Brasileirão. O time rubro-negro voltou a vencer no torneio, quebrando um jejum de 11 partidas. Apesar do resultado positivo, o comandante rubro-negro ressaltou que a equipe leonina ainda precisa melhorar em alguns aspectos.

Mesmo concordando que o triunfo dá mais tranquilidade para o elenco, Baptista foca nos próximos desafios da Série A, que serão, segundo ele, “16 decisões”.

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“Continuamos numa situação difícil e conseguimos o resultado com muita entrega. Tem muita coisa para fazer. É claro que uma vitória traz uma leveza maior e tranquilidade. A confiança começa a voltar, mas temos um longo caminho. Temos 16 decisões pela frente. Cada partida é uma final”, enfatizou o treinador.

“Tem muita coisa para ajustar ainda, como na parte ofensiva, na criação… Ainda devemos nesses aspectos. Tivemos uma semana para trabalhar, muita conversa e muita entrega. É bom ter o resultado (positivo), traz uma tranquilidade maior para nós”, completou.

Eduardo também falou sobre o jogo contra a equipe paranaense, que veio aliado a uma grande pressão por conta da ausência de vitórias. “Sabíamos que hoje enfrentaríamos muito mais do que o Paraná. Enfrentamos também uma carga de 86 dias (sem vencer). Sentíamos esse peso. Estava sobre os atletas. Nosso início do jogo não foi legal, tivemos alguns erros, mas alguns jogadores que observamos responderam bem, como Rogério, Andrigo… E no segundo tempo tivemos chance de ampliar”, pontuou.

Entrega e luta

Eduardo Baptista também ressaltou a entrega dos jogadores em campo. “Se não foi no futebol brilhante, foi na entrega, na luta… Nossa preocupação não era jogar bonito. Era olhar que tínhamos que vencer. Teremos mais tranquilidade para trabalhar. Vamos ter os jogares de cabeça leve para focar no próximo jogo”, concluiu.

Do site oficial do Sport

Os telespectadores que assistiam à Rede Nova TBC, de Goiás, ficaram sem entender quando de repente a transmissão do debate com os candidatos ao governo do Estado foi interrompido. Enquanto uma candidata falava das suas propostas, algumas pessoas da plateia correram para o centro do palco.

Após a movimentação, foi constatado que o jornalista Enzo de Lisita teve que ser socorrido às pressas. Através de um vídeo publicado no Facebook, Enzo tranquilizou todos que estavam acompanhando as propostas dos políticos na TV:

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"Melhorando. Mais branco do que o normal ainda. Estou recuperando. Tive aparentemente uma queda de pressão, estava muito calor", disse. É possível ver no vídeo que Enzo de Lisita queria dar continuidade à mediação, mas não o deixaram seguir adiante. 

Confira o vídeo:

Simaria, da dupla sertaneja com Simone, mais uma vez fez um desabafo sobre a tuberculose que a afastou dos palcos. Em entrevista à Luciana Gimenez, exibida na noite da última terça-feira, dia 28, a cantora falou, ao lado da irmã, sobre a doença, revelando que já havia tido o mesmo diagnóstico em outro momento de sua vida:

- Não é a primeira vez que tenho tuberculose, a primeira [vez] foi pior, porque a primeira o gânglio saia pra fora e saia secreção, então todo dia eu tinha que ir para o hospital, colocar agulha e puxar, disse ela.

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A cantora explicou que por falta de orientação, a doença voltou:

- Nessa primeira fez foi pior. Não me disseram você precisa se afastar por mais tempo. Fiquei um mês afastada e voltei para a estrada, doente, sabendo que o tratamento levaria seis meses, sendo que se estendeu para um ano e três meses, porque não me curei da primeira vez. O ser humano é um bicho complicado, você esquece das coisas que você passa. Foi passando, me esqueci que tive essa doença e os profissionais naquela época não me disseram: se você continuar, você vai ter uma reativação da doença. Eu não tive essa orientação e aí a doença me pegou de novo.

Em tom de desabafo, Simaria ainda disse que muitas vezes o público tem a impressão de que os artistas não enfrentam dificuldades como todas as pessoas:

- Pra você ver, porque às vezes as pessoas acham que porque a gente é artista, não passa por essas coisas, mas a gente fica doente igual, a gente comete erros como todo mundo porque somos pessoas.

Simone ainda falou sobre a rotina puxada das duas:

- É uma desgraça isso, é um vício tão miserável, que se você não tiver cuidado você não desgruda disso. Hoje em dia, com essa era de internet, ficou ainda pior para os artistas. Você sai do palco, chega no hotel e ao invés de desligar de tudo aquilo, vai olhar o que está acontecendo no Instagram, se tem foto sua, se estão falando de você...Não desliga. Se a gente não tomar cuidado com isso vêm as doenças.

Para Simaria, o cansaço envolve outros fatores:

- Não é só culpa da internet. É uma mistura de coisas, uma pressão que você sofre do mercado. De tudo o que vêm acontecendo. O meu pensamento sempre foi: Simone, estamos num momento que nós já podemos diminuir os shows, fazer uma seleção boa. Já aconteceram [dois shows no mesmo dia] e toda vez a gente se estressava, ficava cansada, se olhava e falava 'não vamos permitir mais'. Quando menos esperava, já estava marcado na agenda e não tinha como simplesmente não ir.

Simaria ainda avisa que dupla apresentará apenas um show por dia e manda recado para os fãs, aos risos:

- Marcaram dois shows, se a gente não aparecer, é porque a gente não pode, estamos nos preservando.

A vida de um estudante do ensino médio se resume a uma rotina pesada, focada na preparação visando a conquista de uma vaga em Instituições de Ensino Superior (IES). Esse jovem, ainda no tempo escolar, é submetido a uma série de obrigações e escolhas ligadas à carreira profissional que podem, com o tempo, construir uma realidade de exaustão. Nesse ponto, conciliar a vida social com os estudos se torna um dos maiores desafios. Entender essa dinâmica e as pressões atreladas a eles pode contribuir para uma melhoria na saúde mental e física do vestibulando.

Nos anos finais do ensino médio, os estudantes acabam vivenciando uma rotina muito parecida: sair de casa logo cedo, encarar um trânsito intenso em direção à escola e conciliar com outras atividades como estágio, cursinhos pré-vestibular e revisão dos conteúdos. Com as obrigações, a volta à casa se estende para a noite, que ainda deve ser administrada com um sono regular.

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Eduardo Mota, 17 anos, tem seu dia a dia repleto de atividades. Estudante de uma escola integral na Região Metropolitana do Recife, o aluno passa a manhã e tarde na instituição. À noite, o pré-vestibular complementa a preparação do vestibulando para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Passo o dia fora de casa, mas quando retorno tenho que revisar todos os assuntos discutidos no dia. Preparo uma xícara de café e fico acordado até a hora que consigo resolver todas as questões pendentes. No outro dia, tenho que acordar cedo para ir à escola. É cansativo”, explica o estudante que ainda relembra as brincadeiras tiradas por seus amigos, por estar sempre cochilando durante os intervalos das aulas.

Dados do Censo da Educação Básica de 2017, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apontam a média de horas-aula que estudantes do ensino médio têm diariamente nas escolas. De acordo com os números, alunos da rede privada passam mais tempo dentro do espaço escolar totalizando 5,5 horas. Já na rede pública, a média é de 4,9. “Para passar nos exames, é necessária uma preparação que vai além da escola. Há uma cobrança de conteúdos muito grande. Para isso, acabamos entrando em pré-vestibulares e ainda desenvolvendo uma rotina de estudos em casa”, pontua Eduardo. O jovem nos finais de semana se divide entre o trabalho em um lava-jato e a revisão de conteúdos.

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Com a rotina pesada, a exaustão física e psicológica é uma consequência para esses jovens que passam o dia fora de casa. Os fatores ainda podem contribuir no desenvolvimento outros problemas como a falta de preocupação com a alimentação correta e equilíbrio do sono. De acordo com a doutora em Neuropsiquiatria e Ciências do Comportamento, Tatiana de Paula, o estresse dessa fase pode ser um grande fator de predisposição de comportamentos de risco. “Esse jovem sobrecarregado poderá reagir de forma negativa à essa pressão, com o desenvolvimento de depressão, ansiedade e outros problemas a exemplo da automutilação”, alerta Tatiana.

Essa realidade de sobrecarga é presente, também, no dia a dia do jovem David Nattan, 17 anos. “O que ocasiona isso são diversos fatores, entre eles a necessidade de uma boa colocação na sala de aula, a escolha de uma profissão e carreira de sucesso, além de, claro, conquistar a vaga numa boa universidade. Com toda essa situação, este ano tem sido um dos mais difíceis em minha vida. É muita pressão, tanto pela escola quanto pela família”, lamenta o estudante.

“O que você vai ser quando crescer?”

A pergunta é instituída desde os primeiros anos da escola. Seja a família, amigos e professores, esses atores sociais têm colocado em pauta a carreira profissional diariamente como uma necessidade de definição logo cedo. Essa pressão, quem vem da infância, acaba sendo intensificada nos anos finais do ciclo escolar. Supostamente, o jovem deve estar preparado para encarar as responsabilidades do ensino superior.

“Eu ainda não sei o que vou fazer profissionalmente. Fico numa cobrança muito grande, pensando muito na minha família. Ficar parado depois do ensino médio não é uma coisa bem vista socialmente. É esperada uma aprovação grande logo depois do terceiro ano. Não sei se estou preparado para isso. Essa situação me deixa muito desconfortável”, explica Victor Matheus, estudante de 16 anos de uma escola pública em Paulista, município da RMR. Ele ainda lembra que os amigos de classe, em sua maioria, já escolheram uma carreira a seguir.

Para Tatiana, esse processo de escolha logo na juventude pode deixar o estudante em uma situação que pode sobrecarregar as escolhas, tendo em vista a grande pressão que poderá ser instituída nesse processo precoce. “Ele poderá escolher erroneamente um curso, muito pela pressão do momento. É necessário que essa escolha seja realizada com calma. Uma boa alternativa é ir tentando entender a dinâmica de cada área e buscando conhecer os espaços de aprendizagem de cada uma delas”, acrescenta.

A especialista ainda traça como esse fato influencia negativamente na figura do jovem, que atrelado à pressão cotidiana dos estudos pode ter um agravamento da sobrecarga. “É costume da família cobrar desse estudante a escolha da profissão, ainda cedo. Essa relação é atribuída até a questão de status de determinada função. Hoje, o estudante além de estar preocupado com a sua formação na escola, deve estar atento às questões profissionais desde cedo”, explica.

Além da rotina e pressão por escolha de carreira, esse estudante tem as avaliações bimestrais que formam a sua nota no ano escolar. “É tanta cobrança em relação às notas que é impossível não se preocupar ou não se sentir mal quando não atende a determinada expectativa. Acho que a pressão ela ocorre independentemente de qualquer coisa. Mas acredito que no terceiro ano é algo muito pior. A direção espera sempre resultados melhores e melhores... Os professores, por vezes, terminam estimulando isso também”, afirma Laryssa Geovanna, de 17 anos.

Todos esses problemas encarados pelo dia a dia de um estudante podem ser contornados. O cansaço provocado pela rotina esbarra em uma problemática que preocupa profissionais da saúde. Tatiana explica que o processo pode ser revertido: é preciso, além de tudo, manter uma calma e não ir "com muita sede ao pote".

A especialista ainda afirma que todo o processo deve ser acompanhado pela família, que precisa oferecer ao estudante apoio e respiro, além de investir na promoção de outras atividades que possam, com o tempo, auxiliá-lo na ocupação da mente e no processo de retirada de sobrecarga emocional.

Dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC), através do Censo de Educação Superior, mostram que a maioria dos estudantes universitários, cerca de 56%, não se forma no curso em que ingressaram originalmente, seja por mudança de instituição de ensino, dificuldades financeiras, falta de identificação com a área de estudos e mercado de trabalho ou desistência da graduação. São números que refletem uma dificuldade de definir o futuro profissional.

No meio do caminho entre o início dos estudos e o surgimento dos primeiros indícios de que talvez a primeira escolha não tenha sido correta ou que a universidade é diferente do que o estudante imaginava a princípio, muitos sentimentos como frustração de expectativas, pressão e medo podem aparecer.  Com eles, a sensação de infelicidade, vazio e problemas como ansiedade e a depressão podem piorar ainda mais o cenário de desestímulo aos estudos e trabalho dos universitários. O surgimento de problemas ligados à vida universitária e profissional é um problema muito recorrente, atingindo vários estudantes em diferentes universidades, regiões, países, cursos e áreas do conhecimento. 

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De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em 2016, 30% dos alunos de graduação em instituições federais no Brasil procuraram atendimento psicológico e mais de 10% fizeram uso de algum medicamento psiquiátrico.  Já o Health Science Center da Universidade do Texas, em San Antônio (EUA), fez uma pesquisa abrangendo mais de 2 mil pessoas e constatou que acadêmicos têm seis vezes mais chance de desenvolver ansiedade e depressão.

Na tentativa de reduzir esses índices e inspirado em experiências de sucesso realizadas em universidades estrangeiras renomadas como Harvard e Yale, o professor Wander Cleber Maria Pereira, da Universidade de Brasília (UnB), decidiu criar e ofertar a partir deste semestre (2018.2) uma disciplina eletiva chama “Felicidade”.  Wander é professor de engenharia no campus Gama da instituição de ensino, que concentra cursos da área das ciências exatas. Lá se observava um número ainda mais elevado de evasão, abandono, ansiedade e depressão grave, a ponto de chegarem cartas de pais de alunos solicitando que a instituição tomasse uma atitude para melhorar a experiência acadêmica dos estudantes. 

“Não será um curso teórico sobre felicidade, não vai ter provas, trabalhos, palestras de auto-ajuda. Vão haver algumas leituras, diálogos, compartilhamento de vivências. No primeiro momento, vamos na fundamentação da psicologia positiva sobre o que é a felicidade e características de pessoas felizes e autoconhecimento e depois vamos trabalhar estratégias de enfrentamento aos problemas, aumento de resiliência, como se expressar, conter e prevenir ansiedade, diferença de tristeza e depressão, tudo coletivamente. Ao final da disciplina, os grupos produzirão uma ação que traga mais felicidade ao campus e, fazendo isso, já estão aprovados”, explicou o professor. 

Leonardo Barbosa é estudante de engenharia civil e explica que escolheu esse curso pois sentia desde criança o desejo de trabalhar com áreas ligadas à construção. “Eu não sabia nem o que era um engenheiro civil. Depois que descobri, fiquei encantado”, contou. Ele decidiu investir a graduação em uma universidade que, em sua visão, tinha professores bem capacitados, bons laboratórios e apresentava inovações no método de ensino. 

Ele começou o curso no ano de 2015 e apesar de saber que seria um curso difícil e com “muita correria”, o estudante estava disposto a seguir carreira na área com a qual havia sonhado desde a infância. Tudo ia bem, tanto a nível acadêmico quanto profissiona,l com os estágios e perspectivas de mercado de trabalho para empregos efetivos. Os problemas começaram quando a área de estudos escolhida por Leonardo entrou em crise.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, a construção civil está entre os setores que mais eliminaram postos de trabalho no ano passado e continua apresentando a mesma tendência em 2018.

Ao todo, 2.110 vagas formais para engenheiros civis foram fechadas no Brasil nos 12 meses encerrados em junho, o que significa uma queda de 3,2% de ocupação na profissão em relação aos 12 meses anteriores, até junho de 2017.  A retração do mercado não foi sentida apenas entre os profissionais formados, atingindo também Leonardo, que já estagiava e passou por um longo período de dificuldades. 

“Procurei pesquisar bastante a respeito do curso para saber como era, e sim, o mercado de trabalho era promissor na época, não sabia que o baque ia ser gigante como foi. Sofri na pele por isso. Passei por três estágios até a crise afetar uma empresa que trabalhava no final de 2015”, contou o estudante. 

Entre medos, frustrações, dificuldades financeiras e sofrimento emocional, era preciso encontrar algo para permanecer firme no propósito de se formar e seguir a carreira que havia sido escolhida. Ter em mente o tamanho da sua vontade de dedicar a vida profissional à engenharia civil foi o que manteve (e ainda mantém) Leonardo focado e otimista quanto ao trabalho. “O que me faz continuar é amor pelo que faço. Sempre enfrentar desafios diferentes. A busca por conhecimento diverso para solucionar os problemas que sempre aparecem”, afirmou o estudante.

Ele também destaca a importância da especialização em um cenário profissional muito competitivo. “Procure conversar com pessoas de outras áreas. Se tem desestímulo do mercado, se especialize. O mercado exige muito e a internet nos dispõe de um acervo absurdo de conhecimento”, aconselhou Leonardo.

Questionado se teria feito algo diferente em sua trajetória pelo ensino superior visando uma melhor preparação para o mercado de trabalho que o espera, Leonardo afirma que certamente mudaria a maneira como ele encarou a universidade e o futuro profissional assim que começou os estudos no nível superior. “Teria me dedicado mais no começo do curso, visto que entrei na faculdade aos 17 anos e ainda não pensava muito profissionalmente”, contou ele.

Às vezes é preciso recomeçar 

A solução encontrada pela jovem Kalu Gouveia seguiu uma linha diferente: o recomeço. Em 2012, logo que saiu do ensino médio, a estudante, que também é surfista e sempre adorou a praia, o mar e os animais marinhos, decidiu estudar oceanografia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “Eu era muito nova, não tinha ainda muita noção ainda do que eu queria e no começo eu estava curtindo o momento, mas o curso é muito Exatas e a gente paga o básico das cadeiras de engenharia e isso me desestimulou muito porque era matemática e física pura, não era voltado para o nosso curso”’, contou Kalu, que ao descobrir que o mercado de oceanografia é voltado à pesquisa e ao ensino, também não se agradou. 

Perto do sexto período, veio a desistência da graduação. Kalu passou a fazer cursinhos pré-vestibular para tentar entrar em medicina, porém, após dois anos de estudos sem obter a nota necessária no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ser aprovada no curso, pressionada pelos pais, ela permanecia “sem rumo”. 

Por gostar muito tanto dos animais que estudou durante o período em que cursou oceanografia, quanto dos cães de sua família, Kalu decidiu que prestaria vestibular para o curso de medicina veterinária e foi aprovada na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), onde está estudando no momento. 

“É uma coisa bem prática, estou gostando muito, aprendendo muita coisa interessante e se tiver um animal precisando eu vou lá e posso ajudar. No final do curso de oceanografia eu fiquei bem depressiva, pensando que não tinha mais nada para mim e tinha perdido muito tempo da minha vida em um curso que não terminei, que estava velha vendo todas as minhas amigas quase se formando e eu saindo de uma faculdade e tendo que estudar para outra, começando tudo de novo”, contou a estudante.

As soluções para o problema  

De acordo com a psicóloga especializada em Gestão de Pessoas, professora e analista de RH do Grupo Ser Educacional, Juliana Paiva, quando um jovem entra na universidade, há muita ansiedade, pressão e expectativas em relação ao futuro profissional, além de se deparar com uma realidade diferente do colégio com o qual estava acostumado e, muitas vezes, com uma imagem de que na faculdade tudo será festivo. Tudo isso somado a um jovem que é diferente de uma pessoa mais velha e madura e à falta de autoconhecimento, segundo Juliana, pode levar a frustração, sentimentos ruins como o medo e a incerteza, estresse e, em casos mais graves, o adoecimento por sofrimento psicológico. 

Ela também coloca a alta competitividade do mercado de trabalho e a falta de identificação com a área de estudos e atuação profissional como fatores frustrantes que podem, a longo prazo, prejudicar a saúde mental dos estudantes universitários. “O aluno mais jovem não se conhece tanto, está envolvido de muita ansiedade de descoberta pelo novo, por uma nova rotina, novo círculo social, é muita emoção e isso pode ser frustrado”, conta a psicóloga. 

“Tudo começa com uma ansiedade porque se está em um mundo novo, com novas cobranças, e pode se intensificar, gerar adoecimento, estresse ou até a depressão”, explicou Juliana. A psicóloga lembra que é importante saber diferenciar momentos de tensão, tristeza e nervosismo passageiros de um problema persistente ou uma doença psicológica. De acordo com ela, quando o estudante percebe que está, de forma recorrente, sofrendo com altos níveis de estresse, irritabilidade, distúrbios alimentares e problemas do sono a ponto de afetar a vida social, os relacionamentos sociais e familiares, é hora de procurar apoio terapêutico e, caso necessário, psiquiátrico também. 

“É preciso que o estudante se situe, se imagine na área escolhida e pense se esse é o futuro que está esperando para si. Pensar no curso, na sua identificação, no mercado e nas áreas de atuação para definir se a atividade vai gerar prazer, se conhecer e avaliar o que a instituição de ensino lhe oferece”, explicou Juliana. 

Ela também afirma que, diante da constatação de que a escolha da graduação não foi acertada, o melhor a fazer é refletir para decidir, desta vez de forma mais consciente e cuidadosa, um novo caminho que seja mais satisfatório, além de recomeçar, seja retomando o mesmo curso em outro momento ou mudando a área de estudos e atuação profissional.

Juliana destaca também a importância de buscar informações e autoconhecimento antes de escolher a que curso se dedicar, se possível com aconselhamento junto a um profissional de psicologia, buscando identificar quais são as áreas de maior identificação. Também é importante prestar atenção às ferramentas de aprendizado prático e empregabilidade oferecidas pela instituição de ensino. 

“A universidade tem que se preocupar com esse problema e buscar diminuir a frustração do estudante, através de núcleos de carreiras onde a instituição faz a ponte entre o estudante e o mercado. Também é preciso ter uma estrutura que proporcione experiências práticas e um setor que apoie o estudante, psicológica e pedagogicamente”, pontuou a especialista. 

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As pessoas que passarem pela Estação Lapa, na Linha 8 - Diamante da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), nesta quarta-feira (11), das 9h às 16h, poderão medir a pressão arterial e fazer testes de glicemia e diabetes gratuitamente.

De acordo com o governo do estado, com o auxílio do Instituto de Medicina Avançada (IMA Brasil) serão realizados 450 testes de glicemia para medir a taxa de glicose no sangue. Não é necessário estar em jejum e o resultado pode ser conferido na hora. Os passageiros também poderão tirar dúvidas sobre enfermidades e receber informações sobre os pontos de retirada de medicamentos gratuitos.

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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o controle da pressão arterial é essencial porque a hipertensão se manifesta em 25% da população brasileira e é a causa de muitas complicações, como infartos, derrames e insuficiência renal. Assim como o teste de glicemia é importante para diagnosticar e monitorar a diabetes, doença que não tem cura mas que é possível tratar.

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