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As duas principais empresas de transporte por aplicativo, Uber e 99 anunciam reajustes nos ganhos dos motoristas. A mudança é uma forma de compensar os impactos causados pela alta dos preços do combustível. Com esse reajuste, a tarifa da 99 terá um aumento entre 10% a 25%.

De acordo com uma publicação da CNN Brasil, a Uber afirmou que não repassará o aumento para os usuários do aplicativo. No entanto, haverá reajuste de até 35% destinado aos colaboradores que atuam na Região Metropolitana de São Paulo. Ainda é esperado que outras cidades também realizem a mesma mudança.

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Nas últimas semanas, muitos clientes dos aplicativos de mobilidade compartilharam queixas sobre cancelamentos e demora na aceitação de corridas nas redes sociais. A alta do combustível, que em algumas regiões do país chega a R$ 7 o litro, teria motivado essa reação dos motoristas. 

A corrida por gasolina desde a noite dessa quarta-feira (8) secou reservatórios dos postos de combustíveis no Recife e pegou consumidores de surpresa. Os longos engarrafamentos nas rodovias causados pelo bloqueio de caminhoneiros bolsonaristas deve atrasar o reabastecimento na capital.

"Não sabia que já tava nesse nível e aí fui pego de surpresa aqui. Vou ter que ir para um posto mais próximo, talvez com um preço um pouco mais caro para poder abastecer. Por mais que esteja 10%, 20% a mais, preciso do veículo e tenho que pagar o custo", asseverou o assessor financeiro Fábio Barbosa após a tentativa no posto BR da Avenida Conselheiro Aguiar, bairro de Boa Viagem, na Zona Sul.

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O gerente Carlos Eduardo confirmou que a disparada repentina da demanda lotou o estabelecimento até secar os tanques. "Eu recebi ontem gasolina pela manhã, tinha meu estoque para passar pelo menos três dias e, de repente, veio essa notícia da parada dos caminhoneiros e 19h começou a agonia, foi a madrugada toda até 10h e acabou meu combustível", explicou.

Sem gasolina para movimentar as caixas registradoras, ele se diz preocupado pela previsão da distribuidora, que só deve conseguir repassar o combustível por volta das 15h.

Para não se atrasar no trabalho, a cirurgiã dentista Maria Beatriz Almeida mudou o hábito e, para não enfrentar mais filas, abasteceu o carro com álcool. "Geralmente eu só coloco gasolina, mas diante dessa situação, como trabalho no interior, para não ficar em fila de posto, vou colocar álcool", apontou.

No Centro do Recife, a gasolina também se tornou artigo raro. Em dois postos da mesma franquia, localizados na Avenida Conde da Boa vista, nos cruzamentos com a Rua das Ninfas e com a Rua Oswaldo Cruz paralisaram as bombas temporariamente.

O Procon-PE realiza, nesta quinta-feira (9), fiscalizações em postos de gasolina do Grande Recife para identificar possíveis aumentos nos preços da gasolina. Ilegal, a prática de preços abusivos costuma ocorrer quando há aumento de demanda. Desde a quarta-feira (8), postos de gasolina em todo o Estado têm comportado filas de consumidores atípicas —principalmente para o período de alta no preço dos combustíveis — em função das paralisações dos caminhoneiros, que ocorreram em 15 Estados diferentes nas últimas 24h.

Segundo registrado pelas equipes do LeiaJá, unidades no Centro do Recife e na Zona Sul já apresentam desabastecimento temporário, em virtude da grande procura. Os relatos acontecem simultaneamente à operação do Procon, que deve ter fim apenas na tarde desta quarta (9). Segundo informou o órgão, os postos serão notificados e têm até 24h para apresentar notas fiscais referentes às vendas dos últimos dois dias. Caso confirmada a presença de preços abusivos, o Procon tomará as medidas cabíveis legalmente.

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As equipes seguirão para a Imbiribeira, na Zona Sul; Avenida Norte, na Zona Norte; e Avenida São Miguel, na Zona Oeste. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, acompanhará a operação na Zona Norte. Paralelamente, o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM), também associado à SJDH, realizará fiscalização de qualidade dos combustíveis nas regiões citadas.

O Procon frisa que, na operação desta quarta (8), não serão realizadas interdições, apenas notificações preliminares para uma avaliação posterior da situação de cada estabelecimento.

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Diante da disparada irregular no preço dos combustíveis no Recife, nesta quinta-feira (9), motociclistas reclamam dos reflexos do bloqueio de caminhoneiros em rodovias. Apesar do gasto menor em comparação aos carros, motos também formaram fila em postos na corrida por gasolina.

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O agente de limpeza pública, Valmerson Rodrigues, afirma que gastou R$ 100 para abastecer o tanque da moto com capacidade de aproximadamente 15 litros. "Todos os dias vou e volto do trabalho com ela, mas não tá compensando", observou.

Com os aumentos progressivos que jogaram o valor do litro da gasolina em torno de R$ 6,00 nos postos da região, ele diz que já pensou em abandonar a moto e voltar aos coletivos. Porém, a desconfiança na qualidade do serviço faz com que permaneça com o veículo, mesmo apertado em dívidas. "O transporte público também não é boa coisa para a gente depender", comentou.

Na espera pelo abastecimento entre os carros, o entregador Eryclis Teotônio aponta que houve um aumento literalmente da noite para o dia. Mesmo com ajuda de custo da empresa para o combustível, o gasto semanal de R$ 150 começa a não ser suficiente.

O medo do motociclista é que a paralisação dos caminhoneiros evolua para uma greve e gera uma situação ainda mais grave, como ocorreu em 2018. "A outra vez a gente ficou sem trabalhar também porque não conseguia colocar gasolina. Atrapalhou muito", recordou.

Após denúncias sobre o aumento abusivo, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Pernambuco (Procon-PE) começou a fiscalizar postos espalhados pelo Recife com a presença do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico.

De acordo com as instituições responsáveis pelo monitoramento de motoristas de aplicativos, os profissionais que atuam na Uber e 99 passaram a desistir de trabalhar no ofício, por conta do aumento do preço da gasolina e da falta de reajuste nas tarifas nos aplicativos, que não ocorrem desde 2015.

Segundo os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na época em questão, o preço da gasolina era em média R$ 3 e atualmente, é possível encontrar em algumas regiões do Brasil, o combustível por pouco mais de R$ 7.  

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O aumento exponencial também aconteceu em questão de meses. Em março deste ano, a ANP registrou que o preço médio da gasolina nos postos de combustíveis pelo Brasil era de R$ 4,8 cada litro.

Por conta disso, a Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), informou que desde o início da pandemia, cerca de 25% dos trabalhadores que atuavam na região paulista abandonaram o trabalho. Anteriormente eram 120 mil motoristas, hoje são aproximadamente 90 mil.

Já em outras regiões do Brasil, como o estado de Minas Gerais,  entre julho de 2020 e agosto de 2021, mais de 50% dos motoristas de aplicativo decidiram largar os carros e passaram a procurar outras formas de renda.

O que diz a Uber

Em contato com o LeiaJá, a Uber se posicionou a respeito do aumento do combustíveis e disse que vem tomando algumas medidas para reduzir o gasto dos motoristas cadastrados na plataforma.

"A Uber vem acompanhando os aumentos de preço dos combustíveis nos últimos meses, entende a insatisfação causada pelos seus impactos em todo o setor produtivo e, por isso, a empresa tem intensificado esforços para ajudar os motoristas parceiros a reduzirem seus gastos. Por meio do programa de vantagens Uber Pro, a empresa lançou em 2021 diversas iniciativas e promoções para aumentar os ganhos em todos os tipos de viagem, de curta ou longa distância.

Combustíveis

A Uber vem realizando ações especiais em 2021 nas quais o motorista ganha até 20% de cashback no abastecimento do seu carro. E de forma permanente, pagando com o app abastece-aí nos postos Ipiranga, o motorista parceiro da Uber tem direito a 4% de cashback sem que, para isso, precise gastar seus pontos do programa KM de Vantagens. Isso significa que, além de receber de volta parte do valor gasto no abastecimento, o parceiro ainda acumula mais pontos para usar, por exemplo, na manutenção do carro (troca de óleo, pneu, reparos etc.). Considerando quem abastece um carro 1.0 toda semana com gasolina, por exemplo, a economia estimada supera R$ 500 por ano."

Diferentes frentes e sindicatos que representam os rodoviários avaliam uma greve dos caminhoneiros a partir deste domingo (25), dia que celebra a atuação dos motoristas. Como pauta principal, a categoria é contra o aumento dos preços do diesel, dentre outras questões sobre segurança no trabalho e direitos trabalhistas.

A proposta é do Conselho Nacional de Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), com sede no Paraná, que solicita o fim da PPI (Política de Preço de Paridade de Importação) aplicado pela Petrobras e a garantia do piso mínimo de frete, instituído por lei após a paralisação de 2018, segundo divulgado pela Folha de S. Paulo.

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Em entrevista ao jornal 'Gazeta do Povo', o líder da grande greve em 2015, Ivar Schmidt, diz não acreditar em força interna capaz de movimentar a categoria para uma paralisação de grande porte. Para ele, o apoio que o presidente Jair Bolsonaro tem da maioria dos transportadores autônomos de carga pode comprometer uma nova greve dos caminhoneiros em âmbito nacional.

Diferentemente das greves em 2015 e 2018, Schmidt acredita que a preferência política dos transportadores é um obstáculo para a adesão de uma nova paralisação. "A categoria ainda está agarrada a 'São Bolsonaro', são muito devotos e acho muito difícil fazer greve assim", avalia o ex-colaborador do setor.

Até o momento, as entidades seguem divergentes sobre o apoio à paralisação. Junto à CNTRC, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) já decidiu apoiar a interrupção das atividades. Por outro lado, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) acredita que ainda há pouca adesão à paralisação e o posicionamento é similar ao da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), que emitiu nota pública na última sexta (23).

"Consideramos justa a ação da categoria dos caminhoneiros autônomos nessa paralisação", escreveu a entidade. "No entanto, a ABRAVA não participará dessa paralisação do dia 25/07/2021, por considerar que toda a sociedade, e não só os caminhoneiros, precisam compreender a necessidade de um ajuste social, principalmente sobre a alta do preço de combustível, que muito encarece o frete, bem como o produto que chega na casa do consumidor", afirmou o documento, assinado pelo presidente da entidade, Wallace Landim.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) suspendeu o reajuste da verba de combustíveis dos gabinetes dos vereadores de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. A lei aprovada em junho pela Câmara de Vereadores de Petrolina aumentou o valor da verba de R$ 2 mil para R$ 3 mil.

Segundo o TJPE, o juiz atendeu, na sexta-feira (16), a pedido de ação popular que trata da "suspensão do aumento da cota de combustível dos vereadores de Petrolina". Já foi expedido o mandado de intimação das partes. O magistrado também determinou a citação dos vereadores para, caso queiram, apresentar contestação no prazo de 20 dias.

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também havia recomendado que o prefeito Miguel Coelho (MDB) vetasse o projeto de lei. No entendimento do MPPE, o reajuste durante a vigência do estado de calamidade pública em virtude da pandemia de Covid-19 representava uma afronta aos princípios da administração pública.

"Em um momento que o Brasil enfrenta perda de mais de 500 mil vidas e boa parte da população sofre os impactos da crise econômica, os gestores devem priorizar a adoção de uma série de medidas orçamentárias e financeiras excepcionais de modo a otimizar o gasto público", diz o texto da promotoria.

A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, recomendou, na quinta-feira (8), que o prefeito Miguel Coelho (MDB) vete o projeto de lei que aumenta a verba de combustível dos gabinetes dos vereadores em R$ 1 mil. O projeto foi aprovado em 22 de junho, saltando o valor da verba de R$ 2 mil para R$ 3 mil.

Miguel Coelho tem até a noite desta sexta-feira (9) para informar ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) se acata ou não a recomendação, além de apresentar as medidas adotadas para dar cumprimento ao pedido. 

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O projeto, em sua justificativa, argumenta que a verba para combustível deveria ser atualizada em razão dos aumentos de preço nos anos de 2019 e 2020. No entendimento do MPPE, entretanto, tal reajuste durante a vigência do estado de calamidade pública em virtude da pandemia de Covid-19 representa uma afronta aos princípios da administração pública.

"Em um momento que o Brasil enfrenta perda de mais de 500 mil vidas e boa parte da população sofre os impactos da crise econômica, os gestores devem priorizar a adoção de uma série de medidas orçamentárias e financeiras excepcionais de modo a otimizar o gasto público", diz o texto da promotoria.

O projeto é de autoria do presidente da Câmara dos Vereadores, Aero Cruz (MDB). Foram 18 votos a zero e uma abstenção.

Vereador que se absteve de votar, Gilmar Santos (PT) criou uma petição pública para pressionar a revogação do PL. "Importa lembrar, também, a posição privilegiada em que os parlamentares do município ganham um salário bruto de 15 mil reais", diz a petição, que conta com 2.489 assinaturas. 

Em nota, a Prefeitura de Petrolina destacou que há independência entre os poderes Executivo e Legislativo e que o projeto foi promulgado nesta sexta-feira (9) pelo presidente da Câmara Municipal de Petrolina, “fora do prazo limite para sanção ou vetor por parte do Poder Executivo.” 

“A Procuradoria Geral do Município informa ainda que respeita as deliberações dos órgãos competentes, mas só recebeu a recomendação do MPPE nesta sexta-feira (9) sendo que o prazo legal para sanção ou veto já havia escoado nesta quinta-feira (8)”, completa a nota.

O presidente Jair Bolsonaro assinou decreto que obriga os postos revendedores a informar aos consumidores os preços reais e promocionais dos combustíveis. A medida foi publicada nesta terça-feira (23) no Diário Oficial da União e entra em vigor em 30 dias.

“Os consumidores têm o direito de receber informações corretas, claras, precisas, ostensivas e legíveis sobre os preços dos combustíveis automotivos no território nacional”, diz o decreto.

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As informações sobre as estimativas de tributos devem estar em painel afixado em local visível e deverá conter o valor médio regional no produtor ou no importador; o preço de referência para o ICMS, que é um imposto estadual que incide sobre mercadorias e serviços, inclusive combustíveis; o valor do ICMS; o valor das contribuições para o PIS/Pasep e da Cofins, que são impostos federais incidentes sobre os combustíveis; e o valor da Cide, outra contribuição federal sobre a importação e a comercialização de petróleo, gás natural, derivados e álcool etílico combustível.

Atualmente, a Cide está zerada para o óleo diesel. No caso do PIS/Pasep-Cofins, o governo federal anunciou que também pretender cortar temporariamente esses impostos sobre o gás de cozinha e o óleo diesel. Na última semana, o preço dos combustíveis nas refinarias teve novo reajuste. Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que a medida dará ao consumidor a “noção sobre o real motivo na variação de preços” dos combustíveis. “Como a oscilação está atrelada aos preços das commodities [produtos primários] no mercado internacional, e suas cotações variam diariamente, o consumidor muitas vezes não compreende o motivo da variação no preço final”, diz a nota.

Aplicativos de fidelização

O decreto assinado por Bolsonaro também obriga os postos a informarem os descontos vinculados ao uso de aplicativos de fidelização. Nesse caso, deverá ser divulgado o preço real, de forma destacada; o preço promocional, vinculado ao uso do aplicativo; e o valor do desconto, que poderá ser pelo valor real ou percentual.

No caso de aplicativos que fazem a devolução de dinheiro ao consumidor, o valor e a forma da devolução deverão ser informados de forma correta, clara, precisa, ostensiva e legível aos consumidores.

A edição do decreto foi proposta ao presidente pelos ministérios da Justiça e Segurança Pública e de Minas e Energia e a Advocacia-Geral da União.

A montadora de automóveis britânica Jaguar Land Rover anunciou na última segunda-feira (15) que pretende migrar toda a linha de automóveis para o modelo elétrico até 2025. A empresa também afirmou que não planeja fechar nenhuma de suas fábricas e que pretende zerar a quantidade de gás carbônico emitida pelos veículos a combustível até 2039.

De acordo com a companhia, o primeiro modelo totalmente elétrico do segmento Land Rover será lançado no mercado em 2024. Serão disponibilizadas seis opções com motores transversais (elétricos e combustível) das linhas Defender, Discovery e Range Rover.

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Por outro lado, o segmento Jaguar não pretende utilizar motores variantes, e trabalhará apenas com baterias. Segundo a montadora, os modelos movidos a combustão, que já estão disponíveis no mercado, serão adaptados para o sistema elétrico. A companhia destaca que para aplicar essa estratégia foram investidos 2,5 bilhões de libras (cerca de R$ 16 bilhões).

A fábrica da cidade de Solihull, na Inglaterra, ficará responsável pela linha 100% elétrica da Jaguar. Além disso, a montadora também anunciou que pretende trabalhar na concepção de hidrogênio, e colaborar com a transnacional indiana Tata, responsável por produzir aço, automóveis e tecnologias digitais.

O presidente Jair Bolsonaro encaminhou ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar para definir os combustíveis e lubrificantes sujeitos à incidência única do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Na prática, a medida, se aprovada como quer o governo federal, altera a forma de cobrança do ICMS, que é um imposto estadual.

Pela proposta, caberá ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) definir as alíquotas no ICMS sobre combustíveis, que deverão "ser uniformes em todo o território nacional e poderão ser diferenciadas por produto". O Confaz é formado por integrantes do Ministério da Economia, incluindo o titular da pasta, Paulo Guedes, e todos os secretários estaduais de Fazenda. Essas alíquotas também serão, segundo dispõe o texto, "específicas, por unidade de medida adotada", que pode ser quilo ou litro, por exemplo.  A proposta, na prática, torna o ICMS invariável por causa do preço do combustível ou de mudanças do câmbio. Segundo o projeto, qualquer aumento no valor do tributo só entrará em vigor 90 dias depois de anunciado, de modo a dar mais previsibilidade ao setor.

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O projeto determina que cada estado e o Distrito Federal aprovem uma lei estadual instituindo a nova forma de cobrança 90 dias após a aprovação da lei federal complementar. Atualmente, o ICMS sobre combustíveis, cujas alíquotas variam de 12% a 35%, dependendo do estado, é cobrado a partir do preço médio do litro do combustível vendido na bomba e, por isso, seu custo costuma ser repassado ao consumidor final no preço do produto. De acordo com a Petrobras, 14% do preço final do diesel, que é o combustível usado no transporte de carga, representa o custo do ICMS. Outros 9% desse custo são formados por impostos federais, como a PIS/Cofins e a Cide (atualmente zerada no caso do diesel). Já a fatia que fica com a Petrobras representa cerca de 47% do preço final do diesel. Na composição da gasolina, cerca de 29% é a realização da Petrobras e os impostos (federais e estaduais) representam cerca de 44% do preço final do litro. 

Se a proposta for aprovada na versão apresentada pelo governo, os contribuintes do ICMS sobre combustíveis serão os produtores ou importadores de combustíveis e lubrificantes. De acordo com o projeto de lei, a base do cálculo do ICMS sobre combustíveis será a unidade de medida adotada na operação multiplicada pela quantidade de unidades objeto da operação. 

Além do diesel e da gasolina, o projeto de lei complementar do Executivo federal prevê que a nova forma de cálculo do ICMS deverá ser aplicada também para o álcool combustível; querosenes combustíveis; óleos combustíveis; coques, de petróleo e de minerais betuminosos; resíduos de óleos, de petróleo e de minerais betuminosos; óleos lubrificantes, de petróleo ou de minerais betuminosos; hidrocarbonetos líquidos derivados de petróleo e hidrocarbonetos líquidos derivados de gás natural que possam ser utilizados em mistura mecânica para a produção de gasolinas ou de diesel, de acordo com as normas estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo (ANP); biodiesel; gás natural combustível; e gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha.

Ontem (11), durante sua live semanal nas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro confirmou  que entregaria o projeto e criticou a forma de cálculo do ICMS que, segundo ele, gera uma distorção na cobrança.

"O que se faz de 15 em 15 dias? Pega-se o valor médio do combustível e daí os governadores aplicam o percentual em cima daquilo. O ICMS não só incide em cima do preço do combustível na refinaria, mas incide também em cima do PIS/Cofins [imposto federal], incide em caso de existência de Cide [imposto federal], incide em cima da margem de lucro dos postos, incide em cima do custo da distribuição e incide em cima do próprio ICMS. Isso é uma loucura". 

Alta nos preços

Desde o início do ano, a Petrobras já reajustou o preço dos combustíveis cinco vezes. No caso do diesel, foram dois aumentos que acumulam alta de 11% do valor do produto nas refinarias. No caso da gasolina, a alta desde o início do ano acumula mais de 20%, com três aumentos consecutivos.

A Petrobras, estatal dominante no mercado de combustíveis, segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e a cotação do petróleo no mercado internacional. Os reajustes são realizados de forma periódica nas refinarias.

 

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Longe do protesto de 2018, que estabeleceu 11 dias de greve e uma crise de desabastecimento, a manifestação dos caminhoneiros desta segunda-feira (1º) não contou com a adesão suficiente em Pernambuco. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, nenhum ponto de retenção foi registrado nas rodovias federais e o fluxo de veículos segue tranquilo. 

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Reunidos próximo à fábrica da Vitarella, em Jaboatão dos Guararapes, os profissionais recebem apoio do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipetro PE/PB). Um café da manhã foi organizado às margens da BR- 101 para debater sobre as pautas da manifestação. A organização não informou a quantidade de condutores no local, mas confirmou que a rodovia está livre.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também confirma que não há registro de interdição no Estado e monitora o fluxo das rodovias no Brasil. Representantes da categoria já haviam garantido que nenhuma via seria fechada a princípio.

Os caminhoneiros ameaçam uma nova greve para cobrar pela redução do PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, respeito à jornada de trabalho e maior fiscalização da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), entre outras pautas.

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Um dos fatores que dificultam as viagens para o planeta Marte é a quantidade de combustível que não consegue ser suficiente para uma viagem de ida e volta. Mas, uma equipe de cientistas da Universidade da Califórnia Irvine (EUA) descobriu um procedimento com metano que pode resolver esse obstáculo.

Atualmente, empresas como a SpaceX criam combustível à base de metano por meio da água do gelo do planeta vermelho misturados à eletricidade gerada na infraestrutura solar de Marte.

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O novo processo dispensa o uso da água e utilizaria um catalisador de zinco portátil, que é capaz de converter materiais à base de dióxido de carbono (CO2) em metano. O procedimento se apresentou satisfatório e ainda está no campo da teoria. A equipe terá que fazer vários testes antes de implementá-lo.

O metano já é um objeto de estudo para combustíveis de foguetes, uma vez que os atuais modelos feitos por empresas, como Boeing e Lockheed, utilizam combustíveis à base de hidrogênio líquido. A desvantagem do atual procedimento é que ele deixa resíduos de carbono no motor do foguete e exigirá que a peça seja limpa a cada lançamento, o que seria impossível de ser feito em Marte.

A Petrobrás reajustou em 5% o valor da gasolina e em 4% o óleo diesel S10 e S500. O anúncio foi feito ontem pela estatal, com vigência a partir de hoje (29).

Com a medida, o preço médio da gasolina da Petrobras vendida para as distribuidoras aumentou R$ 0,09 e passou a R$ 1,84 por litro. No acumulado do ano, houve redução de 4,1% no preço da gasolina. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes nesse combustível, sendo 20 aumentos e 21 reduções no valor.

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Para o óleo diesel, o valor para as distribuidoras aumentou R$ 0,08, chegando a R$ 2,02 por litro. O diesel acumula queda de 13,2 % no ano, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.

 

Os preços médios do etanol hidratado subiram em 18 Estados na semana encerrada no sábado (5), ante o período anterior, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. A cotação do biocombustível caiu em outros sete Estados e no Distrito Federal, enquanto no Amapá não houve apuração.

Nos postos pesquisados pela ANP em todo o País, o preço médio do etanol subiu 1,06% na semana ante a anterior, de R$ 3,124 para R$ 3,157 o litro. Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média do hidratado ficou em R$ 3,006, alta de 0,70% ante a semana anterior (R$ 2,985).

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Na Paraíba, o biocombustível registrou a maior alta porcentual na semana, de 6,05%, de R$ 3,174 para R$ 3,366. A maior queda semanal, de 1,71%, foi verificada em Alagoas (de R$ 3,569 para R$ 3,508).

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,697 o litro, em São Paulo, e o menor preço médio estadual, de R$ 3,006, também foi registrado em São Paulo. O preço máximo individual, de R$ 5,149 o litro, foi verificado em um posto do Rio Grande do Sul. O maior preço médio estadual também foi o do Rio Grande do Sul, de R$ 4,375.

Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no País avançou 3,99%. O Estado com maior alta no período foi a Bahia, onde o litro subiu 16,56%, de R$ 3,122 para R$ 3,639. Em nenhum dos Estados onde houve apuração, o biocombustível se desvalorizou no último mês.

Segundo um estudo realizado por pesquisadores da American University (AU), de Washington (EUA), e publicado na revista ACS Omega, o espinafre tem potencial para ser um catalisador rico em carbono renovável.

Um catalisador é responsável por utilizar as células de combustíveis e gerar energia no processo. Até então, a maioria das células necessitam de catalisadores à base de platina. Contudo, os testes com espinafre podem mudar esse cenário.

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O vegetal já é estudado há mais de 40 anos devido suas propriedades fotossintéticas e eletroquímicas, e também por se tratar de um material barato, de fácil cultivo, abundante e rico em ferro e nitrogênio.

Para exemplificar as capacidades do espinafre, os cientistas da AU colocaram várias folhas de espinafres em um liquidificador e transformaram as folhas em uma espécie de purê. Na sequência, o suco daquela substância passou por um processo de desidratação e se transformou em pó.

Foram adicionados cloretos de sódio e potássio, além de uma pequena quantidade de nitrogênio que, de acordo com os cientistas, apesar do vegetal ser rico em nitrogênio, uma quantidade é perdida no processo de preparação. Os demais ingredientes são necessários para aprimorar as reações químicas.

Por fim, a mistura foi colocada em uma temperatura de 900ºC para a produção de nanofolhas ricas em carbono. Como resultado do processo, os cientistas descobriram que a partir do espinafre é possível criar catalisadores mais eficientes do que os que funcionam à base de platina.

Segundo o professor de química da universidade ShouZhong Zou, o estudo aponta a possibilidade de catalisadores sustentáveis, que podem superar os que operam à base de platina no comércio geral.

Embora o experimento tenha sido um sucesso, ainda não existem garantias de que o método funcione em escala macro. Os cientistas desejam provar que a pesquisa pode ser eficiente em qualquer cenário e pretendem construir um catalisador que funciona à base de espinafre em conjunto a células de combustíveis reais.

Um homem foi preso após jogar gasolina na ex-namorada e tentar queimá-la viva no Lago Norte, área nobre do Distrito Federal, neste sábado (3). O suspeito foi preso com mais dois amigos.

A Polícia Militar (PM) foi acionada por meio de denúncia anônima. No local indicado, os policiais encontraram quatro pessoas dentro de um carro. A vítima saiu do veículo pedindo ajuda.

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Com os suspeitos, a PM encontrou um galão de gasolina, uma faca e uma porção de maconha. O ex-namorado da vítima estava com um isqueiro na mão, que, segundo a polícia, seria usado para atear fogo na mulher, que estava com o corpo coberto de combustível.

Os suspeitos foram levados para a 6ª Delegacia de Polícia do Paranoá. O ex-namorado vai responder por tentativa de feminicídio e os dois amigos por tentativa de homicídio.  A PM não informou a motivação do crime.

Um suposto ataque contra um gasoduto provocou um corte de energia elétrica em toda Síria, anunciaram nesta segunda-feira (24) as autoridades citadas pela agência oficial SANA.

O ministério da Energia Elétrica afirmou que a explosão de um gasoduto nos arredores de Damasco no domingo (23) à noite "provocou um corte da energia elétrica em toda Síria".

O ministro do Petróleo e de Recursos Minerais, Ali Ghanem, declarou que a explosão de um gasoduto, entre Adra e Al Dhamir, foi "o resultado de um ataque terrorista", mas não revelou mais detalhes.

A SANA publicou imagens de um incêndio noturno que, segundo a agência, foi provocada pela explosão de um gasoduto. Durante a manhã, a agência divulgou fotografias que mostram o gasoduto sem um grande pedaço.

Moradores de Damasco afirmaram à AFP que acordaram sem energia elétrica em suas casas. O sistema elétrico sírio é alimentado com gás e combustível.

Algumas centrais voltaram a funcionar e o abastecimento começou a ser garantido para infraestruturas vitais, acrescentou o ministro, que também informou que várias províncias começaram a recuperar gradualmente a energia elétrica.

O incidente é o mais recente de uma série de supostos ataques contra infraestruturas do sistema de energia do país.

Em janeiro, o governo sírio afirmou que mergulhadores colocaram explosivos em oleodutos offshore no Mar Mediterrâneo perto da refinaria de Banias, mas que o dano provocado não interrompeu as operações.

A Síria é cenário desde março de 2011 de uma guerra que provocou mais de 380.000 mortes e deixou milhões de pessoas deslocadas.

Desde então, o governo perdeu o controle de reservas de petróleo importantes, o que provocou uma queda de bilhões de dólares em sua receita pela venda de combustíveis.

O Procon Recife notificou 17 postos de combustíveis da bandeira BR por propaganda enganosa aos consumidores. Segundo o órgão de fiscalização, cartazes e faixas ostentavam preços para atrair os consumidores que, ao entrar nos postos para abastecer, viam que o valor em destaque era válido apenas para quem tinha o aplicativo "AME" e estava cadastrado no "programa de fidelidade" dos postos Petrobras.

Por isso, foi determinado a retirada dos cartazes e faixas da promoção, já que o Procon considerou que as ofertas anunciadas induziam o consumidor ao erro. 

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Todas as 17 unidades fiscalizadas foram notificadas para que readequem a precificação dos seus produtos de modo que o consumidor possa identificar, de forma clara, os preços dos produtos ofertados. 

"A vistoria teve origem após a denúncia de alguns consumidores, e da própria fiscalização do Procon Recife, durante a pesquisa de preços corriqueira divulgada mensalmente. Ao abastecer no Posto, o consumidor não percebe que o valor cobrado pelo combustível é maior que o anunciado no cartaz que é o atrativo para a escolha daquele estabelecimento", explica o Procon Recife.

Além disso, o órgão de fiscalização aponta que  ausência de readequação, além de ferir o dispositivo legal supramencionado, também poderá configurar a prática abusiva de propaganda enganosa, passível de punição na forma do art. 37 e art. 56 da lei 8.078/90.

Embora tenha sido eleito como uma esperança no combate à corrupção, o discurso de idoneidade do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contrasta com seu passado de gastos excessivos no tempo em que era deputado federal. As informações foram publicadas pela agência Sportlight e resultaram em uma notícia-crime.

Em novembro de 2006, um mês após conquistar seu quinto mandato na Câmara do Deputados, pelo Progressitas (PP) de Paulo Maluf, Bolsonaro excedeu os limites dos gastos e da cota parlamentar mensal, apontam documentos. No dia 27 daquele mês, ele apresentou uma nota do posto de combustíveis Pombal, na Zona Norte do Rio de Janeiro, de 2.831,38 litros de gasolina no valor de R$ 7.075,63 - em torno de R$ 16 mil atualmente.

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No entanto, a Lei de Acesso à Informação da Câmara aponta que, no mesmo mês, o atual presidente já havia apresentado duas notas que somam R$ 4.233,54 – equivalente a R$ 9.601,36 atuais. Desse modo, só em novembro de 2006, Bolsonaro gastou R$ 11.309, 17 - o que agora significa R$ 25.648,38 - em gasolina, quando o limite da cota era de R$ 4.500 mensais.

Enquanto extrapolava com a aquisição de combustível, a lista de presença do Congresso mostra que ele esteve presente apenas em comissões no dia 8 e para votar nos dias 21, 22, 28 e 29 de novembro de 2006.

O então deputado declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a despesa de R$ 20 mil com a campanha. O próprio Bolsonaro aparece como financiador da metade do montante, enquanto os outros R$ 10 mil foram doados pelo ex-capitão do exército Jorge Francisco, falecido em 2018. Durante duas décadas, o ex-capitão foi assessor parlamentar do atual presidente e é pai do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira, que chegou a ser cotado para o Ministério da Justiça após a demissão de Sergio Moro e ainda almeja uma das vagas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Outros assessores do ex-deputado federal são citados na investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro pelo envolvimento com o gabinete do filho Flávio Bolsonaro, suspeito de manter um esquema de ‘rachadinha’ operado pelo policial militar aposentado, Fabrício Queiroz. A atual primeira-dama, Michele Bolsonaro, foi assessora de Bolsonaro e recebeu um cheque de R$ 24 mil de Queiroz.

Mesmo em recesso, mais gastos com combustível

No recesso de 2009, Bolsonaro informou que gastou R$ 2.608 com combustível em janeiro. Mesmo com as férias daquele ano ocorridas entre 22 de dezembro e 2 de fevereiro, os registros apontam que sua última participação no Congresso foi no dia 17 e depois só participou de uma votação no dia 17 de fevereiro. Mesmo sem trabalhar, durante dois meses, o deputado gastou cerca de R$ 5.000 em gasolina com dinheiro público.

Ainda de acordo com apuração da Agência Sportlight, em onze idas a dois postos do Rio, o Rocar e o Pombal, entre 7 de janeiro de 2009 e 11 de fevereiro de 2011, o deputado gastou o equivalente a R$ 45.329 atuais, o que representa a média aproximada de R$ 4.120 em cada ida.

Diante da suspeita do uso indevido da verba pública, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, encaminhou uma notícia-crime à Procuradoria Geral da União (PGR) e pede que Bolsonaro seja investigado

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