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O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu nesta quinta-feira a autoridades da Nicarágua e à sociedade o fim da "violência sexual e do assassinato" de crianças e adolescentes, que deixou este ano 11 vítimas no país.

O Unicef expressou "preocupação profunda com os crimes e a violação sexual de crianças e adolescentes registrados no país". O órgão lamentou, especialmente, o assassinato de duas meninas, de 10 e 12 anos - uma das quais teria sido estuprada - no último sábado, quando banhavam-se em um rio próximo à sua residência, no município de Mulukuku, a 245 km de Manágua.

Outras duas crianças, de 2 e 4 anos, sofreram abusos nos últimos cinco dias, segundo denúncias de parentes à imprensa local. A Federação da Coordenadoria Nicaraguense de ONGs que trabalham com crianças e adolescentes (Codeni) contabiliza 11 crianças e adolescentes vítimas de assassinato em 2020.

"O Unicef faz um chamado com sentido de urgência e alarme" para que as autoridades competentes e a sociedade em geral empreendam ações para deter todo tipo de abuso e violação envolvendo crianças e adolescentes, diz a declaração, que também defende que as instâncias competentes "atuem para que todos os crimes cometidos sejam investigados, processados e condenados oportunamente".

O presidente Daniel Ortega, no contexto das festas nacionais e da consternação com o assassinato das meninas em Mulukuku, anunciou que irá impulsionar uma reforma polêmica das leis, para estabelecer a prisão perpétua como pena máxima para crimes que a legislação atual pune com 30 anos de prisão. Segundo o presidente, serão punidos os que cometerem crimes contra menores e crimes de ódio.

Opositores alertaram que Ortega pretende usar um fato que consternou os nicaraguenses para punir quem protestar contra seu governo com a prisão perpétua.

Os crimes violentos e contra a propriedade privada diminuíram drasticamente em todos os Estados Unidos durante os primeiros seis meses de 2020, enquanto o surto do novo coronavírus assolava o país, informou nesta terça-feira (15) o FBI.

Os assassinatos diminuíram 14,8% com relação ao ano anterior e as violências sexuais tiveram quede de 17,8%, segundo dados preliminares reunidos pelo FBI nos Estados Unidos, país mais atingido no mundo pela pandemia, com mais de 195.000 mortes e 6,5 milhões de casos.

O país colocou em prática o confinamento para evitar a propagação da covid-19 de maneira inconsistente em seu território e até inexistente em algumas regiões. Apesar disso, os roubos violentos diminuíram 7,1%.

Por outro lado, o número de incêndios criminosos aumentou na primeira metade do ano, principalmente nas grandes cidades e no oeste do país.

Nas cidades com população superior a um milhão de habitantes, os casos de incêndios criminosos aumentaram em mais de 52%, contra 28% na parte ocidental do país.

O FBI não explicou o motivo da diminuição na delinquência em geral, ou do aumento no número de incêndios criminosos.

O período estudado pelo relatório, porém, coincide com a resposta do país à pandemia, com direito à declaração de emergência nacional, em 13 de março, e às ordens de confinamento na Califórnia e Nova York poucos dias depois.

Os crimes violentos de todo o tipo diminuíram 4,8% no nordeste do país e em níveis menores no oeste e centro-oeste.

Contudo, no sul os crimes violentos aumentaram 2,5% em comparação com 2019. No geral, os estados do sul não adotaram medidas tão rigorosas para prevenir a propagação do coronavírus.

Em sua campanha para a reeleição, o presidente republicano Donald Trump alegou repetidamente que a delinquência aumentou nas cidades governadas pelos adversários democratas, incluindo grandes cidades como Nova York e Chicago.

Recentemente, o caso de uma cadela que sobreviveu após ter sido jogada num rio com uma pedra no pescoço na Inglaterra chocou muitas pessoas. No Brasil, crimes praticados contra animais de estimação, que costumam causar comoção e revolta, infelizmente têm sofrido mais crimes durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com dados da Delegacia Eletrônica de Proteção Animal, houve uma alta de 10% nesse tipo de ocorrência durante o primeiro semestre de 2020 (4524 registros em 2020), em comparação com o mesmo período do ano passado (4108 crimes). 

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Há um projeto de lei de 2019 que visa mudar ampliar de um para quatro anos “quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. 

A proposta aguarda apreciação do plenário e vem sendo defendida por diversos protetores de animais, entre eles Alexandre Soares, filantropo que comanda a associação "Patas Para Você” e adotou Sansão, cão da raça pittbull que teve as patas traseiras decepadas por vizinhos da empresa onde ficava o pet, na cidade de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.

 O caso aconteceu no início de julho, após Sansão pular um muro e brigar com o cão de um dos dois suspeitos pelo crime, punido apenas com uma multa. Caso seja aprovada, a proposta de aumento da pena contra maus tratos poderá ser chamada de Lei Sansão. Há expectativa de que o projeto seja votado pelo Senado Federal na próxima terça-feira, 8 de setembro.

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Embora o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega tenha morrido há seis meses, crimes atribuídos a ele continuam no radar da polícia e do Ministério Público (MP). Ao menos quatro frentes de investigação ainda podem atingir amigos, aliados e familiares de Nóbrega.

Acusado de ter sido um dos milicianos mais poderosos, influentes e perigosos do Rio, Nóbrega era suspeito em homicídios, extorsão, agressão e lavagem de dinheiro.

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A investigação mais sensível é a que apura um suposto esquema de "rachadinha" (apropriação do salário de assessores) e nomeações de funcionários fantasmas no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) entre 2007 a 2018. Nóbrega empregou a mãe, Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher, Danielle Mendonça da Nóbrega, por 11 anos na Alerj, contratadas como assessoras no gabinete do então deputado Flávio.

Raimunda e Danielle receberam R$ 1 milhão em salários da Alerj e devolveram pelo menos R$ 202 mil, por meio de transferências para a conta de Queiroz, e outros R$ 200 mil ainda não identificados. Promotores acreditam que Queiroz e capitão Adriano, que serviram juntos na PM, agiram, desde o início das investigações, para atrapalhar o MP e a Justiça, pedindo, por exemplo, para testemunhas não prestarem depoimento.

Outra investigação é sobre a relação de Nóbrega com contraventores. O capitão da PM foi preso em 2011 numa operação contra o jogo do bicho, acusado de homicídio. O crime estaria ligado com a disputa entre herdeiros do bicheiro pelo controle de pontos do jogo do bicho e, em especial, de exploração de máquinas caça-níquel.

Pelo menos seis assassinatos, entre 2005 e 2010, são atribuídos a capitão Adriano e outros policiais, a mando dos contraventores. A ligação com contraventores e as prisões resultaram na expulsão de Adriano da PM em 2014.

O terceiro inquérito versa sobre a participação de Nóbrega no comando do grupo que controla Rio das Pedras. Isso levou capitão Adriano e outros policiais e ex-policiais a serem alvos das operações Intocáveis I e II, em janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Nóbrega fugiu em 22 de janeiro de 2019.

A última investigação é sobre a participação dele no Escritório do Crime, grupo especializado em mortes por encomenda que cobrava até R$ 1,5 milhão por homicídio.

Em fevereiro de 2020, na semana em que Nóbrega morreu na Bahia, seu advogado, Paulo Emilio Catta Preta, entregou à Justiça do Rio a defesa do processo da Operação Intocáveis. Os defensores pediram a "absolvição" do cliente, negaram todas as acusações do Ministério Público, apontaram falta de provas e ilegalidades e cerceamento de direitos, nas investigações e no processo.

Capitão Adriano considerava sua expulsão da PM, em 2014, injusta e tinha entrado com processo, contra a demissão. Rechaçou todas as acusações que o vinculavam aos crimes narrados e com a suposta "milícia de Rio de Pedras". Ele não teve nenhuma pena transitada em julgado, segundo a defesa.

Suspeito de cometer "crimes de lesa-humanidade" e tortura em uma prisão do governo sírio, o médico Alaa M. foi preso em 19 de junho na Alemanha, país onde vive desde 2015 - informou o gabinete do Ministério Público federal nesta segunda-feira (22).

Alaa M. é acusado de "crimes contra a humanidade" no caso de um manifestante torturado até a morte em 2011, em uma prisão dos serviços de Inteligência do governo Bashar al-Assad, em Homs, no centro da Síria, de acordo com a declaração do Ministério Público de Karlsruhe.

No momento provisoriamente detido sob um mandado de prisão assinado por um juiz de instrução, Alaa M. trabalhava como médico em uma prisão, onde é suspeito de torturar, em 23 de outubro de 2011, um homem preso por ter participado de uma manifestação contra o regime de Damasco.

"Depois de torturado, o detido sofreu uma crise de epilepsia, após a qual outro prisioneiro pediu a um guarda que avisasse um médico", relata a Promotoria.

"Quando ele chegou, o acusado, que foi ao local por ser médico, agrediu A. com um tubo de plástico", acrescenta.

"Mesmo depois de vê-lo no chão, ele continuou a bater na vítima e a chutá-la. No dia seguinte, o estado de saúde de A. se deteriorou de maneira considerável", completou a Promotoria.

"Os colegas de cela novamente pediram atendimento médico, e os acusados apareceram novamente, desta vez acompanhados por outro médico da prisão. Ambos, armados com tubos de plástico, agrediram A., que estava muito fraco e não conseguia mais andar sozinho, até que ele perdeu a consciência", descreve a acusação.

Segundo essas fontes, a vítima "foi enrolada em um cobertor e transferida por vários guardas".

"Ele morreu mais tarde", diz a Promotoria.

Alaa M. deixou a Síria em meados de 2015 e se estabeleceu na Alemanha, assim como outras centenas de milhares de sírios. Continuava atuando na Medicina.

Dois ex-membros dos serviços de Inteligência da Síria estão sendo julgados na Alemanha por crimes de lesa-humanidade e por cumplicidade em crimes contra a humanidade pela morte de dezenas de pessoas em um centro de detenção, assim como pela tortura de milhares de outras.

Um dos homens mais procurados pelas autoridades do Reino Unido foi preso pela Polícia Federal, na manhã desta sexta-feira (19), em um apartamento de luxo em Fortaleza, no Ceará. Ele é acusado de cometer diversos crimes em seu país de origem e já estava na mira da Interpol.

Dentre a lista de delitos, o britânico, de 42 anos, é acusado de tráfico de drogas, armas e explosivos, sequestro, lavagem de dinheiro, homicídio e formação de quadrilha. Ele foi capturado após um pedido da Interpol ao Supremo Tribunal Federal, que autorizou a prisão preventiva e o mandado de busca e apreensão.

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O estrangeiro já está à disposição da Justiça. A expectativa é que ele seja extraditado para que seja julgado no Reino Unido. 

 Nesta quinta (28), a Polícia Civil de Pernambuco deflagrou a Operação de Intervenção Policial Tática “xeque-mate”, vinculada à 3ª Divisão de Homicídios do Agreste, sob a presidência dos Delegados da 19ª e 20ª Delegacia de Homicídios de Caruaru. Visando combater os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) ocorridos no ano de 2020, a operação resultou na prisão de três homens maiores de idade e na apreensão de um adolescente em conflito com a lei. Um dos alvos está foragido.

Em termos gerais, a investigação resultou na identificação dos autores dos crimes, tendo sido expedidos quatro mandados de prisão e um mandado de busca e apreensão de menor infrator, além de três mandados de busca e apreensão domiciliar. Vinte profissionais atuaram na operação, entre policiais, delegados, comissários, agentes e escrivães.

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O ex-ministro da justiça, Sergio Moro,  já está prestando depoimento na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba neste sábado (2). Sua convocação se deu após instauração de inquérito por parte do Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência das acusações feitas pelo próprio ex-ministro na ocasião de sua demissão do governo Bolsonaro. Moro garante ter provas contra o Chefe do Executivo do país, no entanto, seu depoimento implica em risco de autoincriminação a depender do que for apresentado. 

O ex-ministro da justiça é ouvido sobre crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, obstrução da Justiça, corrupção passiva, privilegiada, prevaricação, denunciação caluniosa e crimes contra a honra. No pedido de abertura do inquérito, o procurador geral da República, Augusto Aras, afirmou que em tese, esses três últimos delitos poderiam ter sido cometidos  pelo próprio Sergio Moro. 

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Sendo assim, os depoimentos do ex-ministro acabam representando um risco de autoincriminação para ele. Já Bolsonaro pode ser enquadrado nos outros cinco delitos e também no de prevaricação. O delito de prevaricação (agir contra a lei em interesse pessoal), é considerado de menor potencial ofensivo e costuma ter sua pena revertida em prestação de serviços comunitários e/ou multa, já o de denunciação caluniosa incorre em pena de dois a oito anos de reclusão e multa.  

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) usou dinheiro público para investir em prédios ilegais associados a milícias. De acordo com documentos do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), divulgados pelo The Intercept Brasil, o montante para o financiamento das construções é proveniente da coleta de 'rachadinha', no seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Em um esquema com o suposto envolvimento de 86 pessoas, o inquérito investiga os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Sem laudo técnico ou permissão para a construção, os imóveis foram levantados na região Rio das Pedras e Muzema, localizada em Jacarepaguá, Zona Norte do município. Em abril do ano passado, dois prédios irregulares desabaram no local e deixaram 24 mortos.

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A investigação aponta que o filho 01 do presidente da República recebia sua fatia dos lucros por meio de repasses feitos pelo ex-assessor Fabrício Queiroz - identificado como autor de 438 transferências e depósitos nas contas de Flávio e na da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Outro responsável pelo pagamento era o ex-capitão do Bope Adriano Nóbrega, executado em fevereiro pela polícia baiana na cidade de Esplanada. Ele é considerado o chefe do 'Escritório do Crime', uma milícia que matava por encomenda.

Além da venda dos apartamentos, a organização criminosa cobrava taxas de segurança e acesso ao sinal clandestino de TV, bem como vendia botijões de gás e garrafões d'água. O dinheiro chegava para Adriano através das contas bancárias da mãe e da esposa. Ambas nomeadas por Queiroz para ocupar cargos comissionados no antigo gabinete de Flávio, entre 2016 e 2017.

Mesmo com nove pedidos de suspensão do processo por parte da defesa do senador, o MPRJ identificou que os repasses também eram feitos para dois restaurantes, uma loja de material de construção, e entre as construtoras São Felipe Construção Civil Eireli, São Jorge Construção Civil Eireli e ConstruRioMZ, que teriam sido registradas em nome de 'laranjas' da milícia.

Com apenas um carro popular, declarado por cerca de R$ 25 mil, Flávio Bolsonaro entrou na política em 2002. No entanto apresentou uma evolução patrimonial atípica e, conforme indicou na última declaração feita em 2018, possui um patrimônio de R$ 1,74 milhão.

Além de sócio de uma rede de franquia de chocolates, entre 2015 e 2017 ele adquiriu dois apartamentos na Zona Sul da cidade. O prosseguimento das investigações é um dos motivos que o ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi pressionado pela troca da direção da Polícia Federal do Rio de Janeiro.

O número de crimes discriminatórios nos estádios de futebol do Brasil cresceram 70% de acordo com o novo levantamento feito pelo Observatório da Discriminação Racial no Futebol. Os números mostram que apesar do protocolo adotado pela Fifa e pela CBF, em 2018, prever punição aos clubes diante dessas ações, as medidas não têm mostrado efeito diante dos torcedores.

O levantamento inclui casos de racismo, machismo e homofobia nos estádios do País. O salto entre 2018 e 2019 é de 62 casos. Apenas na temporada passada foram 150 ocorrências, contra 88 do ano anterior. O relatório ainda informa que o crescimento maior é de racismo.

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No caso dessas ações, os clubes podem ser multados e até perder pontos em competições. O protocolo da CBF se baseia no artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que determina punições para "práticas ou ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".

De acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, os casos estão espalhados por 16 estados brasileiros, sendo o Rio Grande do Sul com o maior número de ocorrências, 17. Na sequência estão São Paulo e Rio de Janeiro.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta quarta-feira (8) quatro integrantes de uma quadrilha acusada de furtar insumos hospitalares na capital. Ao todo, nove pessoas já foram detidas, em operação que começou na tarde da terça-feira (7) e investiga o desvio de 50 mil máscaras do Hospital e Maternidade Salvalus, na Mooca.

De acordo com o delegado seccional Roberto Monteiro, a quadrilha furtava luvas, máscaras, curativos, cateteres e outros insumos hospitalares do Salvalus há pelo menos dois anos. Duas semanas atrás, o hospital oficializou uma ocorrência após o roubo das 50 mil máscaras ter comprometido todo o estoque da instituição.

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"Com a pandemia do coronavírus, eles aumentaram a atividade criminosa. A unidade da máscara podia ser repassada a até R$ 8, e depois era revendida inclusive para empresas que vendem insumos hospitalares", afirmou o delegado. Ao todo, foram expedidos nove mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão.

De acordo com o delegado Monteiro, todos os furtos foram praticados por funcionários do almoxarifado do próprio Hospital Salvalus, onde foram realizadas as apreensões desta terça. Na semana passada, duas pessoas já tinham sido detidas por envolvimento no crime. Elas responderam por furto, formação de quadrilha e receptação. A investigação do inquérito segue pela Delegacia Seccional do Centro e a 4ª D. P.

As ruas esvaziadas pela quarentena do coronavírus têm dado muito menos dor de cabeça para a polícia na cidade de São Paulo. Desde que o isolamento começou, há cerca de duas semanas, as ocorrências criminais, principalmente as de roubo, vêm caindo num ritmo acelerado. Como consequência, a Polícia Militar tem redirecionado patrulhas para oferecer proteção a estabelecimentos considerados essenciais, que continuam em funcionamento.

Apesar de as estatísticas oficiais ainda não terem sido oficialmente contabilizadas, a PM já fala em uma estimativa de 50% de redução dos casos de crimes contra o patrimônio, categoria que inclui desde o roubo de celular até o assalto a comércios. Mas ainda se trata de um dado preliminar. Em março do ano passado, a capital registrou 393 roubos por dia. Se a estimativa da polícia estiver certa, esse crime pode ter caído para menos de 200 casos diários.

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Com a mudança drástica no fluxo de pessoas, a corporação já tem adotado mudanças em seus patrulhamentos. Só na capital, há mais de mil viaturas voltadas ao atendimento da ronda escolar. Com a suspensão das aulas, agentes e veículos agora circulam por outras áreas. "Eles estão na proximidade de supermercados, padarias, farmácias, hospitais e, no período da noite, com mais intensidade nos bairros residenciais", explica o tenente-coronel Emerson Massera, porta-voz da PM.

Por outro lado, o esvaziamento das ruas pode representar uma oportunidade para o criminoso diante de uma vítima indefesa. Esse é o receio da administradora de empresas Daniela Cerri Seibel. "Você fica mais apreensivo porque não existe movimento. Então, quando ouço uma moto vindo, já fico gelada porque já fui assaltada várias vezes", diz. Ela, que é presidente da Associação de Moradores dos Jardins (AME Jardins), conta que levou a preocupação ao capitão da área e ouviu dele a mesma estimativa tranquilizadora de queda de ocorrências.

"A percepção da pessoa que sai de casa e vê a rua vazia é que qualquer bandido vai ter facilidade para roubá-la. Na prática, o criminoso também se sente numa situação desconfortável porque pode ser facilmente visualizado", diz Massera.

O oficial conta que até os chamados ao 190 têm mudado de característica. "Há menos chamado para crime e mais reclamação da postura de alguma pessoa que deveria estar isolada, de algum comércio que deveria estar fechado. Há mudança no perfil das ocorrências."

De qualquer forma, quando a quarentena começou o empresário Rodrigo Salles, que está à frente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da região da Avenida Paulista e dos Jardins, aconselhou os comerciantes da área. "Disse para as pessoas se prevenirem, reforçar o fechamento de portas e janelas porque não se sabe até quando vai se estender isso."

A diminuição geral de ocorrências não significa que o trabalho policial contra crimes comuns tenha parado. Na tarde de ontem, o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, que está à frente do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), estava apresentando o resultado de uma ação que resultou na prisão de suspeitos de cometerem sequestros-relâmpago.

"Prendemos quatro que faziam sequestros, pegavam quem estava mais vulnerável e ficavam cinco, seis horas gastando com o cartão de crédito. De um mês para cá, eles continuavam fazendo isso", diz.

Ainda assim, o que tem ocupado mais a rotina do delegado Nico são atividades relativas ao coronavírus. A Polícia Civil tem atuado para coibir a venda de álcool em gel adulterado e, até a semana passada, 32 pessoas já tinham sido presas no Estado em casos ligados ao produto. Além disso, os agentes têm se dedicado a apoiar ações da secretaria de Saúde, como escolta a recolhimento e transporte de máscaras para os hospitais.

Na rua

Comerciantes que trabalham em áreas mais movimentadas têm visto a fiscalização aumentar. Edilson Fernandes, gerente de um açougue na Lapa, conta que a presença de agentes da Prefeitura vem se intensificando. Nas regiões com menos estabelecimentos, os vendedores dizem não ter mudado muita coisa. Para Eduardo Nicolas, gerente de uma hamburgueria na Barra Funda, a fiscalização não aumentou. "O movimento de policiais e guarda civis permanece o mesmo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os criminosos buscam maneiras de se beneficiar da pandemia de coronavírus na Europa. Eles se adaptam à medida que a pandemia avança: tráfico de máscaras, vacinas falsas, fraudes contra idosos e abusos na internet de menores de idade confinados.

Milhões de pessoas estão em suas casas, o que reduz o número de roubos. Os confinamentos deixam os assaltantes sem vítimas e o fechamento das fronteiras impõe obstáculos ao narcotráfico, o que provoca tensões entre os traficantes e provoca escassez de drogas.

Mas a propagação da COVID-19 no Velho Continente, atual epicentro da pandemia, criou uma nova espécie de criminosos, que se adaptaram rapidamente e mudaram as regras do jogo.

"Os criminosos aproveitaram rapidamente as oportunidades para explorar a crise, adaptando seus métodos de funcionamento ou partindo para novas atividades ilegais", afirma a Agência Europeia de Polícia (Europol) em um relatório publicado na sexta-feira.

"Os golpistas rapidamente adaptaram seus sistemas de fraude para capitalizar a angústia e o medo dos cidadãos europeus", analisa a agência.

Catherine De Bolle, diretora executiva da Europol, destaca que "os criminosos estão interessados em uma única pergunta: 'Como ganhar mais dinheiro?'".

"Por isto, neste momento abusam da pandemia", declarou à AFP.

Em muitos países europeus, as forças de segurança registraram uma queda nos crimes 'tradicionais'.

O outro lado da moeda é a explosão registrada em outros setores da economia, com o aumento de novos tipos de fraude e do cibercrime devido à pandemia.

A crise do novo coronavírus também pode "revelar o pior da humanidade", afirmou o comando da polícia britânica, ao comentar o roubo de cilindros de oxigênio em um hospital de Manchester.

Em toda a Europa, as fraudes on-line dispararam nas últimas semanas.

A Agência Britânica de Luta contra o Crime Organizado (NCA), afirmou que os "criminosos tomam como alvo pessoas que tentam comprar material médico na internet, enviam e-mails que oferecem falso apoio médico e enganam as pessoas mais vulneráveis ou cada vez mais isoladas em casa".

- Falsos motoristas de ambulâncias -

Na Alemanha, por exemplo, "os cibercriminosos se aproveitam das preocupações com a COVID-19 para enviar e-mails para captar dados pessoais ou que tem conteúdos mal-intencionados ou para usar o medo das pessoas com intenções fraudulentas", afirmou a polícia.

Na Dinamarca, o governo se comprometeu a impor penas duras aos ladrões de álcool gel e aos que se fazem passar por funcionários da área da saúde ou motoristas de ambulâncias.

Alguns, vestidos com máscaras e jalecos, afirmam que pretendem fazer exames de detecção do coronavírus para entrar em residências, geralmente de pessoas mais velhas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu para um forte aumento do 'phishing' (captação de dados pessoais) por e-mail, assim como para as tentativas de fraude que utilizam o nome do organismo.

A pandemia também provocou um aumento da atividade dos pedófilos na internet, advertiu a polícia da Suécia.

Na Itália, país mais afetado pelo novo coronavírus, alguns temem que os pequenos empresários com problemas de dinheiro recorram à máfia para salvar seus negócios.

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Além do isolamento obrigatório na Itália estar protegendo a população de novos contágios do novo coronavírus (Sars-CoV-2), a medida também provocou uma outra redução: uma queda drástica no número de delitos.

De acordo com um relatório publicado pelo Ministério do Interior nesta quinta-feira (26), de 1º a 22 de março de 2020, foram 52.596 crimes em todo o território contra 146.762 registrados no mesmo período de 2019, uma retração de 64% nos dados.

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Segundo o documento, que foi elaborado pela Direção Central da Polícia Criminal do Departamento de Segurança Pública da Itália, as maiores quedas foram registradas nas taxas de exploração da prostituição (-77%), nos crimes de violência sexual (-69%), nos roubos de todos os tipos (-67,4%), nos roubos às residências (-72,5%), nos roubos com destreza (-75,8%) e nos assaltos aos correios (-73,7%).

Com quedas menores, aparecem os assaltos (-54,4%) e os diversos crimes relacionados às drogas (-46%). Além disso, no período considerado, foram registrados -43,6% menos casos de violência familiar.

Por outro lado, foram verificados aumentos consideráveis nos crimes de agiotagem, com alta de 22,2%, nos sequestros para extorsão (+83,3%) e nos sequestros de pessoas para fins sexuais (+66,7%). Válido em todo o território nacional desde o dia 10 de março, o isolamento social obrigatório permite que os italianos só saiam de casa por motivos essenciais, como a compra de alimentos e medicamentos, a busca por ajuda médica ou por razões de trabalho.

Entre as regiões, a Lombardia é a que mais registra delitos cometidos no período, com 8.541 casos. No entanto, o número é 70% menor do que o registrado no ano passado, quando 28.476 crimes foram registrados. A região é também a mais afetada pelo novo coronavírus, com 32.346 contágios dos 74.386 contabilizados em toda a Itália e com 4.178 das 7.503 vítimas fatais da Covid-19.

Da Ansa

Segundo a pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurana Pública, publicada na revista Época dessa semana, o feminicídio deixa cerca de 2 mil crianças órfãs por ano no Brasil. Ainda segundo o levantamento, a maioria dos crimes contra as mulheres é cometida pelo atual ou ex-companheiro.

Outro estudo do Ministério Público de São Paulo revelou que a partir da análise de 364 denúncias, a cada quatro feminicídios, um foi cometido na frente de familiares ou de terceiros. Dessas testemunhas, 57% eram os filhos da mulher vítima da violência. A punição para o crime varia entre 12 e 30 anos e as circunstâncias podem mudar de acordo com a situação em que o crime foi cometido, como se ocorrer durante a gestação, nos três meses após o parto ou na frente dos pais ou filhos da vítima.

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Apesar da complexidade do assunto, no Brasil não há uma rede de proteção que facilite a vida das famílias da vítima que se tornam responsáveis pela criança órfã. "Depois que a mãe é morta, o problema da violência doméstica é riscado e esquecido e as consequências passam a ser da família, que assumirá a criação das crianças", disse José Raimundo Carvalho, pesquisador do tema e professor da Universidade Federal do Ceará, em entrevista concedida à Época.

O ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira, passaram a segunda noite presos em uma cela especial da Agrupação Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, Paraguai. O Ministério Público do Paraguai pede ampliação das investigações para saber se o ex-jogador teria cometido outros crimes como lavagem de dinheiro.

Ronaldinho e Assis estão presos em caráter preventivo, a pedido do Ministério Público paraguaio, que temia que os dois deixassem o país antes das autoridades esclareceram porque os dois ingressaram no Paraguai usando documentos paraguaios com dados falsos. Caso não seja revertida, a prisão preventiva pode durar até seis meses.

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O ex-atleta e seu irmão chegaram ao Paraguai na manhã da última quarta-feira (4). Embora cidadãos brasileiros possam ingressar no país vizinho apenas apresentando o documento de identidade brasileiro, Ronaldinho e Assis entregaram aos agentes da imigração um passaporte paraguaio preenchido com seus dados pessoais, como se fossem cidadãos naturalizados paraguaios.

Apesar de estranharem o fato, os agentes autorizaram o ingresso da dupla. Horas mais tarde, os dois foram alvos de uma operação que levou promotores do Ministério Público e policiais a vasculharem os quartos do resort em que Ronaldinho e Assis estavam hospedados e apreenderem os passaportes e as cédulas de identidade paraguaias que os dois portavam.

Segundo o promotor Federico Delfino, do MP paraguaio, Ronaldinho e Assis disseram ter viajado a convite do dono do cassino Il Palazzo, o brasileiro Nelson Belotti, e que, já no país, foram procurados por representantes de uma fundação de assistência, a Fraternidade Angelical, para participar de eventos beneficentes. Ainda de acordo com o promotor, os documentos são autênticos, mas foram preenchidos com informações falsas.

Na quinta-feira (5), promotores da Unidade Especializada em Crime Organizado, do MP paraguaio, propuseram que o ex-jogador de futebol e seu empresário fossem liberados por colaborarem com as investigações. Com base nisto, Ronaldinho e Assis prestaram novos depoimentos na sexta-feira (6) à tarde, já preparados a deixar o país. Mas após cerca de seis horas de audiência, o juiz Mirko Valinotti indeferiu o argumento do MP, estabelecendo um prazo de dez dias para que os promotores responsáveis pelo caso reavaliassem a situação.

O MP, então, voltou atrás em sua manifestação. Um novo promotor, Osmar Legal, da Unidade Especializada em Delitos Econômicos, foi designado para o caso, sugerindo que as autoridades locais investigam também a hipótese de lavagem de dinheiro. Ainda na sexta-feira, o MP recomendou que Ronaldinho e Assis fossem presos em caráter preventivo.

Detidos, os dois brasileiros foram conduzidos para a cela especial da Polícia Nacional, onde passaram a noite de sexta para sábado, quando se apresentaram perante a juíza Penal de Garantias, Clara Ruiz Díaz, que manteve a prisão preventiva por considerar graves os fatos investigados. Segundo o MP, a defesa de Ronaldinho e de Assis ainda tentaram converter a medida em prisão domiciliar, mas o pedido foi negado. “Os advogados pediram a prisão domiciliar, mas [Ronaldinho e seu irmão] não tem endereço fixo [no Paraguai]”, comentou o promotor.

Além de Ronaldinho e de Assis, também estão presos por suposto envolvimento no caso o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, apontado como representante legal do ex-jogador no Paraguai, e as paraguaias María Isabel Gayoso e Esperanza Apolonia Caballero. O MP pediu também determinou a prisão da empresária Dalia López Troche.

De acordo com informações divulgadas pelo MP paraguaio, Ronaldinho e seu irmão afirmam que após viajarem à convite de Belotti, receberam o convite de Dalia participar de eventos beneficentes. O ex-jogador e seu irmão também afirmam ter recebido os documentos falsificados do empresário Wilmondes Sousa Lira – que, por sua vez, responsabiliza a Dalia.

Já María Isabel e Esperanza Apolonia são investigadas porque, segundo a Polícia Nacional, os documentos encontrados com os brasileiros foram emitidos para as duas, que os solicitaram em janeiro deste ano.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, comemorou, via Twitter, nesta segunda-feira (25), a redução do índice de mortes violentas no Brasil em nove meses. De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 30.864 assassinatos, enquanto que em 2018, 39.527 pessoas mortas violentamente. De acordo com o levantamento, essa é maior queda da taxa de homicídios dos últimos 11 anos.

Os dados são com base no índice nacional de homicídios que faz parte do Monitor da Violência, criado pelo G1, o qual mostrou que houve redução de crimes nos 26 estados analisados. Na rede social, Moro dedicou o resultado às forças de segurança estaduais, distritais e federais  e ao governo de Jair Bolsonaro. 

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"Crimes caem em todo o país, 22% de assassinatos a menos nos 9 primeiros meses do ano em comparação com 2018. 8.663 vidas poupadas. Mérito das forças de segurança estaduais, distritais e federais e da maior integração durante o governo de Jair Bolsonaro", disse.

Embora haja uma "progressão" na queda das mortes por violência, os número ainda continua altos. O mesmo estudo estima que em média, são quase 5 mortes por hora no Brasil. 

O ministro salientou que os números são animadores, mas que em função da pouca diferença entre 2018 e 2019, será preciso agir com mais "eficiência nas investigações". 

"Isso nos anima a prosseguir ainda mais. Os números remanescentes ainda são muito altos, infelizmente. Precisamos de mais eficiência da investigação e de maior rigor e certeza da punição para coibir a criminalidade, entre outras medidas", ressaltou. 

Um pastor evangélico acusado de ter estuprado e torturado a enteada de 11 anos teve a prisão preventiva decretada pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (22), em Belém (PA). As denúncias contra o suspeito foram recebidas há cerca de dois meses pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca).

O líder religioso estava foragido e só foi localizado pela polícia através de uma denúncia de que ele teria dado entrada na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, em Belém. De acordo com a polícia, o padrasto cometeu os crimes usando objetos de tortura para amarrar a vítima.

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Um dia após a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da prisão em Curitiba, onde estava desde 7 de abril do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro criticou o petista ao deixar o Palácio do Alvorada, neste sábado (9), para comparecer a um churrasco no setor militar de Brasília. "Lula está solto, mas continua com todos os crimes dele nas costas", disse Bolsonaro. "A grande maioria do povo brasileiro é honesto e trabalhador, não vamos dar espaço e nem contemporizar para um presidiário", afirmou ainda.

Mais cedo, pelas redes sociais, Bolsonaro já havia atacado Lula, mas indiretamente, sem mencionar o nome do ex-presidente nem de nenhum adversário político. "Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros", disse no Twitter. "Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num (sic) bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa", afirma.

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Em um segundo tuíte, o presidente da República escreve: "Iniciamos a (sic) poucos meses a nova fase de recuperação do Brasil e não é um processo rápido, mas avançamos com fatos". E repete: "Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa".

Nos dois posts, Bolsonaro evita qualquer menção direta a adversários políticos que ganharam liberdade após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de derrubar a prisão após a condenação em segunda instância. Porém, ao deixar o Alvorada, ele deixou claro de que as postagens eram sobre Lula. "Já fiz um comentário nas minhas mídias sociais hoje e vai ter outro à tarde", disse quando foi perguntado sobre a soltura do ex-presidente da República.

Mais cedo, Bolsonaro tinha recebido a visita do seu filho o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e também do ministro de Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

Brasil e México aparecem entre os 13 países do mundo com maior impunidade em relação a crimes contra jornalistas, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira pelo Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ), que este ano não incluiu a Colômbia.

Corrupção, instituições ineficazes e falta de vontade política para investigar minuciosamente são fatores que estão por trás da impunidade, disse o CPJ, uma ONG de Nova York que promove a liberdade de expressão no mundo.

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O "Índice Global de Impunidade 2019" do CPJ abrange a última década e não inclui mortes violentas de jornalistas durante conflitos armados ou cobertura de eventos potencialmente perigosos, como protestos violentos.

O ranking, baseado no número de assassinatos não resolvidos de jornalistas em relação à população total do país, coloca a Somália como o pior país pelo quinto ano consecutivo, seguido pela Síria e Iraque. O México aparece em sétimo, enquanto o Brasil é o nono.

Mas em termos do total de assassinatos de jornalistas não resolvidos desde 2009, o México está em segundo, com 30 casos, depois das Filipinas, com 41. O Brasil, com 15, é o nono.

O México "viu seu índice de impunidade piorar quase todos os anos desde 2008, quando cartéis criminosos lançaram uma campanha de terror contra a mídia", afirmou o CPJ.

"De pelo menos 31 assassinatos de jornalistas ocorridos no México durante o período do índice, as autoridades conseguiram apenas uma condenação", acrescentou.

No período de 10 anos que terminou em 31 de agosto de 2019, 318 jornalistas foram mortos por seu trabalho em todo o mundo e em 86% dos casos, nenhum dos autores foi processado com êxito, disse o CPJ.

O relatório observou que, na última década, grupos armados como Al-Shabaab, Boko Haram e Estado Islâmico realizaram ataques "com total impunidade" contra repórteres. E enfatizou que as organizações criminosas "se tornaram uma grande ameaça, matando um grande número de jornalistas e escapando rotineiramente da justiça".

O CPJ destacou o fato de a Colômbia estar fora da lista no último ano.

"Em dezembro, o presidente Iván Duque anunciou que o líder de um grupo de narcotraficantes acusado de matar dois jornalistas e seu motorista foi morto em uma operação conjunta policial e militar, próximo à fronteira com o Equador", afirmou.

Sudão do Sul, Afeganistão, Paquistão, Bangladesh, Rússia, Nigéria e Índia completam a lista dos 13 piores países em relação à impunidade pelo assassinato de jornalistas.

Esses países apareceram várias vezes desde que o CPJ compilou o índice pela primeira vez em 2008, e sete foram incluídos a cada ano.

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