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Para ajudar a tirar dúvidas dos eleitores, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou um assistente virtual que funciona pelo aplicativo do WhatsApp. Chamado de “Tira-Dúvidas Eleitoral no WhatsApp”, o recurso foi lançado com o objetivo de facilitar o acesso do eleitor a informações relevantes sobre as eleições municipais de 2020 e reforçar o combate à desinformação durante o período eleitoral.

O tira-dúvidas funciona por meio de um chatbot ou bot (assistente virtual), como também é chamado, que traz informações sobre diferentes temas de interesse do eleitor, desde cuidados com a saúde para votar, informações sobre dia, horário e local de votação até dicas para mesários e informações sobre candidatura, entre outros temas.

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Para interagir com o assistente virtual, basta acessar a câmera do seu celular e apontá-la para o QR Code, ou adicionar o telefone +55 61 9637-1078 à sua lista de contatos, ou por meio do link wa.me/556196371078.

A cada tema apresentado, o chatbot  oferece uma série de tópicos para o eleitor escolher. Após digitar o número do tópico escolhido, o assistente virtual apresenta as informações solicitadas.

Segundo o TSE, o assistente virtual oferece ainda um serviço voltado exclusivamente ao esclarecimento de notícias falsas, as chamadas fake news, envolvendo o processo eleitoral brasileiro. O tópico, chamado de “Fato ou Boato?” disponibiliza ao usuário alguns conteúdos desmentidos por agências de checagem de fatos.

Por meio dele é possível desmistificar "os principais boatos sobre a urna eletrônica ou assistir a vídeos do biólogo e divulgador científico Átila Iamarino, com dicas de como identificar conteúdos enganosos disseminados por meio da internet durante a pandemia de Covid-19, informou o TSE.

Além disso, o TSE firmou acordo com representante do setor de telecomunicações no Brasil, para garantir que usuários possam acessar conteúdos do site da Justiça Eleitoral sem gastar seu pacote de dados entre setembro e novembro, no período que vai desde a campanha eleitoral até o fim do segundo turno.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disponibilizou uma página, em seu portal oficial, com respostas para as perguntas frequentes sobre o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2020. Os interessados podem conferir os questionamentos mais comuns e os respectivos esclarecimentos a respeito do exame.

A série é dividida em tópicos de fácil acesso e leitura, em que são abordados temas como as opções de processos para revalidar diplomas de medicina expedidos por universidades estrangeiras, os requisitos mínimos para participar do Revalida, documentação necessária e cronograma detalhado da primeira etapa do exame, com as principais datas, desde a inscrição até a divulgação dos resultados finais.

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Questões relacionadas a cadastro no Sistema Revalida, solicitação de atendimento especializado, estrutura da prova e outras orientações sobre a aplicação também estão disponíveis no espaço de Perguntas Frequentes. Além disso, o período de inscrições para o Revalida seguem abertas até o dia 2 de outubro. O valor da taxa de inscrição da primeira etapa é de R$ 330 (trezentos e trinta reais).

A prova escrita será aplicada no dia 6 de dezembro. O exame subsidia o reconhecimento, pelas universidades parceiras, dos diplomas de médicos que se formaram no exterior e querem atuar no Brasil. O exame é direcionado tanto a profissionais brasileiros quanto estrangeiros.

Vale lembrar que a segunda etapa do Revalida só poderá ser feita pelos participantes aprovados nas provas teóricas. No entanto, uma novidade será implementada nesta edição do exame: quem reprovar na segunda fase poderá se reinscrever diretamente nesta etapa, nas próximas duas edições consecutivas, anteriormente, era necessário realizar todo o processo desde o início. Diretrizes, procedimentos e prazos da segunda etapa serão publicados, posteriormente, em edital próprio.

A Covid-19 já faz parte de nossas vidas, seis meses após ser considerada uma pandemia pela OMS. Um inimigo íntimo do qual aprendemos muito, embora ninguém possa responder a esta pergunta: o que nos espera futuramente?

- O que ainda ignoramos

- A epidemia recomeçará?

Depois de uma temporada de verão sem o respeito das medidas de precaução, as contaminações têm aumentado drasticamente na Europa. É o caso da França, Espanha ou Grã-Bretanha, ainda que estejamos bem abaixo do nível atingido no pico da epidemia, em março/abril.

"Milhares de casos por dia é muito (...) É necessariamente preocupante", avaliou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, na rádio France Inter.

Se esta tendência continuar, o Reino Unido viverá "um período turbulento nos próximos meses", acrescentou à BBC Jonathan Van-Tam, um dos chefes dos serviços de saúde britânicos.

Um aumento no número de pessoas infectadas levará "mecanicamente" a um aumento de casos graves, com algumas semanas de atraso, alertou Véran. Mas em que proporções? Este é o ponto principal.

Escaldados pela primeira onda, muitos médicos temem que os hospitais e unidades de terapia intensiva acabem sendo sobrecarregados novamente nos próximos meses, como em março.

Atualmente, o vírus circula principalmente entre os jovens, uma população de baixo risco, mas os idosos e aqueles com saúde precária serão inexoravelmente afetados, alertam.

Menos pessimistas, outros argumentam que o risco de saturação dos hospitais é menor, em particular porque as pessoas em risco respeitam melhor os gestos de barreira.

Os mais otimistas, por fim, contam com a existência de uma imunidade adquirida durante a primeira onda, que bloquearia a segunda e evitaria a repetição do desastre de março.

Mas isso é apenas um palpite. Por outro lado, todos insistem na importância dos gestos de barreira e do uso de máscara.

- Reinfecções e imunidade

Alguns casos de pacientes curados e infectados novamente foram identificados nas últimas semanas em todo o mundo, relançando a incômoda questão da imunidade.

O primeiro caso confirmado de reinfecção, um homem de 30 e poucos anos de Hong Kong, adoeceu mais na primeira vez do que na segunda. Os especialistas veem isso como um motivo de esperança e um sinal de que seu sistema imunológico aprendeu a se defender após a primeira infecção.

Acima de tudo, eles insistem que não se pode tirar uma conclusão com base em apenas alguns casos.

Finalmente, enfatizam que a verdadeira questão não é se é possível ser infectado duas vezes, mas o quão contagioso é a segunda.

De forma mais ampla, a imunidade contra a covid-19 continua mal compreendida.

Tem havido muito foco nos anticorpos, mas os pesquisadores esperam que outro tipo de resposta imunológica baseada em células, as células T, possa conter a epidemia. No entanto, isso ainda é apenas uma teoria.

- O que é incerto

- O papel das crianças

Com o início do novo ano escolar em muitos países, ainda não está claro exatamente qual é o papel das crianças na epidemia. Uma coisa é certa: raramente ficam gravemente doentes com a Covid-19.

A maioria desenvolve apenas uma forma leve, ou não apresenta nenhum sintoma.

No entanto, não se sabe se são tão contagiosas quanto os adultos.

"Quando apresentam sintomas, as crianças liberam a mesma quantidade de vírus que os adultos e são tão contaminantes quanto eles. Não se sabe em que medida as crianças assintomáticas podem infectar outras pessoas", resume o Centro Europeu de Prevenção e controle de doenças (ECDC).

Vários estudos demonstraram que as crianças parecem transmitir pouco a doença, talvez porque tenham menos sintomas (já que tossir ou espirrar aumenta o risco de transmitir o vírus a alguém).

No entanto, muitos especialistas preconizam uma distinção entre crianças e adolescentes, cujo nível de contagiosidade é mais semelhante ao dos adultos.

- Vacina: rápida e eficaz, é possível?

Encontrar uma vacina eficaz e segura é considerada a melhor forma de acabar com a pandemia. Mas não sabemos quando isso acontecerá, apesar dos inúmeros anúncios em uma competição planetária com enormes apostas financeiras.

Em seu último ponto datado de terça-feira, a OMS identificou 34 "vacinas candidatas" avaliadas em ensaios clínicos em humanos ao redor do mundo.

Nove já estão na última etapa, ou se preparam para entrar. Esta é a "fase 3", onde a eficácia é medida em grande escala em milhares de voluntários.

Estados Unidos, Rússia e China travam uma batalha à distância e agilizam procedimentos na esperança de serem os primeiros a ter uma vacina, ainda antes do final do ano.

Mas os especialistas pedem para não confundir velocidade e precipitação, porque pular etapas pode representar problemas de segurança.

Ilustração dessa cautela essencial: um dos projetos mais avançados, liderado pelo laboratório AstraZeneca e pela universidade britânica de Oxford, foi suspenso na terça-feira. A causa: uma "doença potencialmente inexplicada", possivelmente um efeito colateral sério, em um participante.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) estima "que pode demorar pelo menos até o início de 2021 para uma vacina contra a Covid-19 estar pronta para aprovação e disponível em quantidade suficiente" para uso global.

- O que aprendemos

- Máscaras e aerossóis

A reviravolta foi espetacular: considerada desnecessária para a população em março, a máscara agora é recomendada pela maioria das autoridades de saúde mundiais, incluindo a OMS.

Nesse ínterim, foi descoberto que a Covid-19 é provavelmente transmitida por gotículas finas suspensas no ar exaladas pelos pacientes (os "aerossóis"), e não apenas através dos postilhões maiores ou das mãos sujas.

Ainda não sabemos exatamente o papel desse modo de transmissão na dinâmica da epidemia, mas muitos estudos tendem a dizer que é substancial.

Nessa hipótese, respeitar uma distância de segurança não é suficiente e a máscara é imprescindível, principalmente em se tratando de um local fechado, densamente povoado e mal ventilado.

É este tipo de local que é hoje considerado o de maior risco, ainda que alguns países também tenham tornado obrigatórias as máscaras nas ruas.

- Medicamentos

Sabemos mais hoje, graças aos ensaios clínicos. Foi demonstrado que apenas um tipo de medicamento reduz a mortalidade: os corticoides, que combatem a inflamação. Mas são indicados apenas para "formas graves ou críticas" da doença, insiste a OMS.

Um antiviral, o remdesivir, reduz o tempo de internação hospitalar, mas seu benefício é relativamente modesto.

Por outro lado, a cloroquina, defendida pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, não demonstrou eficácia.

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta quinta-feira (20) em queda, com temores sobre a demanda novamente pesando, após os Estados Unidos informarem alta nos pedidos de auxílio-desemprego no país.

O petróleo WTI para outubro, contrato mais líquido, fechou em baixa de 0,67%, a US$ 42,82 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês caiu 1,03%, a US$ 44,90 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

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A cautela já predominada na maioria dos mercados pela manhã, após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ter reforçado, na tarde da quarta-feira, 19, a percepção de cautela dos dirigentes sobre o quadro econômico e os riscos representados pela covid-19.

Na manhã desta quinta, o Departamento do Trabalho informou que os novos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiram 135 mil na semana, a 1,106 milhão, o que contrariou a previsão de 923 mil dos analistas ouvidos pelo Wall Street Journal.

Segundo relatório do Commerzbank, a visão do Fed conteve o apetite pelo petróleo nesta quinta.

Entre as notícias do setor, a Reuters apontou que alguns integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) precisam cortar sua produção, para compensar o excesso de oferta de meses anteriores, no âmbito do acordo comum.

O ministro da Saúde da Rússia, Mikhail Murashko, definiu como "absolutamente infundadas" as dúvidas sobre a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) aprovada no país na última terça-feira (11).

    A candidata "Sputnik V" (em referência ao primeiro satélite artificial da Terra) obteve registro na Rússia antes mesmo de iniciar a terceira e última fase de estudos clínicos, considerada a mais importante e na qual se avalia sua eficácia para imunizar seres humanos.

    "Parece que os colegas estrangeiros estão sentindo as vantagens competitivas do medicamento russo e estão tentando expressar certas opiniões absolutamente infundadas", declarou Murashko.

    Vacinas que já estão na fase 3 dos testes em humanos, como a de Oxford, ainda não obtiveram registro em nenhum país.

    Essa etapa costuma ser mais demorada, já que, para comprovar a imunização, é preciso acompanhar os voluntários por um longo período - um ano, no caso da vacina de Oxford. Apesar disso, a Rússia pretende iniciar a produção em massa da Sputnik V já em setembro.

    O primeiro lote, de acordo com Murashko, deve estar disponível daqui duas semanas e será aplicado prioritariamente em profissionais da saúde. A candidata utiliza cepas adaptadas de um adenovírus para estimular a resposta imune no corpo humano.

    "A Rússia não compartilhou dados, então é impossível fazer um juízo. Não é assim que funciona a ciência", disse o imunologista italiano Alberto Mantovani, diretor científico do Instituto Humanitas, em Rozzano, nos arredores de Milão, em entrevista ao jornal La Repubblica.

Da Ansa

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A retirada da plataforma de vídeo viral TikTok de Hong Kong é uma iniciativa comercial que lhe permite se defender das acusações de conluio com a China, mas falha em dissipar completamente as dúvidas, estimam analistas.

A plataforma, de propriedade do grupo chinês Bytedance, anunciou na terça-feira (7) a suspensão do aplicativo na ex-colônia britânica, dias depois de Pequim promulgar uma nova lei de segurança nacional que dá mais poderes à polícia, especialmente em termos de vigilância.

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Algumas horas antes, Facebook, Google e Twitter anunciaram que não responderiam mais aos pedidos de informações sobre seus usuários enviados pelo governo e pelas autoridades de Hong Kong.

A decisão de se retirar de Hong Kong deve ajudar o TikTok a se livrar "do rótulo de uma empresa controlada pela China e que compartilha dados com o governo chinês", diz Zhu Zhiqun, professor de Ciências Políticas da Universidade Bucknell, nos Estados Unidos.

Permite melhorar sua reputação, sem perder muitos usuários, já que tem "relativamente poucos em Hong Kong", segundo Severine Arsene, da Universidade Chinesa de Hong Kong.

Também permitirá manter o foco no mercado americano, que lhe traz cada vez mais renda. "(O TikTok está) preocupado principalmente com a sobrevivência nos Estados Unidos", explica o especialista Elliott Zaagman, que colabora com o think tank Lowy Institute, na Austrália.

O aplicativo Douyin, também desenvolvido pela Bytedance e presente principalmente na China continental, deve recuperar, segundo acredita, uma parte dos usuários do TikTok.

Douyin - que compartilha dados do usuário com o governo chinês - não está oficialmente disponível em Hong Kong, mas a Bytedance apoia seu uso nesta cidade de sete milhões de habitantes.

"A empresa não pretende disponibilizar o Douyin na App Store de Hong Kong, mas Douyin tem usuários locais de Hong Kong que o baixaram na China continental", declarou à AFP um porta-voz da ByteDance.

O TikTok e o Douyin estão entre os aplicativos mais populares do mundo, com mais de 2,2 bilhões de downloads, de acordo com a agência de pesquisa americana SensorTower.

Oferecem grande quantidade de vídeos de 15 a 60 segundos, geralmente divertidos e bem-humorados, além de tutoriais de maquiagem e coreografia.

- Alvo dos Estados Unidos -

O governo americano monitora de perto o TikTok devido à sua crescente popularidade no país.

Em um contexto de grande tensão com a China pela maneira como o gigante asiático lidou com a pandemia de Covid-19, o presidente Donald Trump declarou esta semana que planeja proibi-lo.

O secretário de Estado Mike Pompeo também disse que Washington está considerando proibir vários aplicativos chineses, incluindo o TikTok, em meio a suspeitas de espionagem.

A Índia - onde o TikTok é muito popular - bloqueou recentemente a plataforma por motivos de segurança nacional após um conflito na fronteira entre seus soldados e militares chineses.

O TikTok nega categoricamente as acusações de espionagem. "Nunca fornecemos dados sobre nossos usuários ao governo chinês, e não forneceríamos se isso nos pedisse", disse um porta-voz na quarta-feira.

O TikTok também é suspeito de ter banido algumas imagens dos protestos em Hong Kong, na tentativa de apaziguar o governo chinês.

Pesquisas nesta semana no TikTok com as hashtags #democracy e #independence em Hong Kong não conectavam a nenhum vídeo, segundo a AFP. Outras, como #nationalsecuritylaw e #HongKongindependence, renderam resultados.

Um porta-voz do Tiktok negou a censura. "Não aplicamos nenhuma restrição ao conteúdo político, a menos que violem as normas da comunidade, como o discurso de ódio", disse ele à AFP.

Monitorado e investigado por cientistas de todo mundo, o novo coronavírus continua apresentando muitas incógnitas, três meses após seu aparecimento na China.

- Por que é benigno para alguns e muito sério para outros? -

A extrema variabilidade de seu impacto entre os pacientes não é surpreendente. Por que a COVID-19 causa nenhum ou poucos sintomas em 80% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto em outros provoca febre alta e até pneumonia fatal?

"As pesquisas desde fevereiro de 2020 mostram que o espectro clínico desta doença pode ser muito heterogêneo", confirma Leo Poon, da Faculdade de Medicina de Hong Kong.

Durante o auge da epidemia na China, Poon comparou com uma equipe chinesa da Universidade de Nanchang, no centro do país, um grupo de pacientes pouco afetados com doentes em estado grave.

Os resultados publicados na revista médica britânica The Lancet mostraram que os pacientes mais graves eram "muito mais velhos", com uma concentração de vírus "cerca de 60% maior" do que entre os pacientes menos afetados.

Isso se deve a uma reação imune insuficiente, devido à idade ou à exposição a doses mais altas do vírus?

Estudos sobre o sarampo mostraram que a gravidade estava relacionada à dose de exposição inicial ao vírus. A resposta para a COVID-19 é desconhecida.

- Suspenso no ar? -

Foi estabelecido que o coronavírus é transmitido por contato físico e pela via respiratória. Por exemplo, por meio das gotículas de saliva expelidas quando um paciente tosse.

Ele pode circular em suspensão no ar como a gripe?

Um estudo americano publicado no New England Journal of Medecine mostra que o novo coronavírus pode sobreviver até três horas em laboratório na forma de partículas no ar. Ainda não se sabe, porém, se essa faculdade se reproduz na vida real e se desempenha um papel importante na transmissão da doença.

"Não sabemos se o vírus está presente no ambiente, se persiste muito tempo no ar, ou em superfícies inertes. Sabemos que ele pode ser encontrado nessas condições, mas não se, dessa forma, é infeccioso", afirma a dra. Karine Lacombe, chefe do serviço de doenças infecciosas no hospital parisiense de Saint-Antoine.

- Quantos infectados? -

Quantas pessoas estão infectadas? Os números são muito aproximativos, exceto em países como Coreia do Sul e Alemanha, que aplicaram estratégias de detecção em massa.

O governo britânico, por exemplo, estimou em 17 de março que havia 55.000 casos no país, enquanto menos de 2.000 haviam sido oficialmente diagnosticados.

Ter uma ideia precisa da escala da epidemia é crucial para isolar os portadores do vírus e tratá-los melhor. Também será crucial, mais tarde, saber quem contraiu o vírus para determinar se já está imunizado a priori. Para isso, a ciência está desenvolvendo um novo teste.

- Vírus sensível ao tempo? -

A COVID-19 diminuirá com a chegada da primavera no hemisfério norte? É uma possibilidade, mas não uma certeza, respondem os especialistas.

Os vírus respiratórios, como o da gripe, são mais estáveis com um clima frio e seco, por isso são transmitidos principalmente no inverno.

Um estudo realizado por estudantes universitários de Hong Kong mostrou que o vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que atingiu a Ásia em 2002-2003 e é parente do coronavírus atual, resiste melhor a baixas temperaturas e à baixa umidade.

Um estudo americano recente da Harvard Medical School ressalta, no entanto, que "as mudanças meteorológicas por si só não levarão necessariamente a um declínio nos casos da COVID-19, se medidas sanitárias importantes não forem aplicadas ao mesmo tempo".

- Por que quase não afeta as crianças? -

As crianças praticamente não são afetadas pela COVID-19 e, salvo poucas exceções, quando desenvolvem sintomas, geralmente são leves.

Um estudo chinês publicado na revista Nature entre 10 crianças infectadas constatou que nenhuma delas ficou gravemente doente, com sintomas limitados a dor de garganta, tosse e febre baixa.

Segundo o mesmo relatório, as crianças que vivem com pessoas doentes têm duas a três vezes menos chances de serem infectadas do que os adultos. A razão é desconhecida, mas o mesmo fenômeno aconteceu com a epidemia de SARS.

Investigação que surgiu para chacoalhar o modo de fazer política arraigado no país, a Lava Jato completa, nesta terça-feira (17), seis anos. A operação mudou a percepção do brasileiro sobre impunidade política, prendeu empresários e grandes nomes do setor público, mas também foi alvo de críticas e deixou algumas dúvidas nesse período. 

De acordo com um balanço apresentado no último dia 10 pela equipe do Paraná, em Curitiba, onde funciona o berço da Lava Jato, nos últimos seis anos 293 pessoas foram presas, sendo 130 de maneira preventiva e 163 em caráter temporário. Além disso, mais de R$ 4 bilhões foram devolvidos aos cofres públicos por meio 185 acordos de colaboração e 14 de leniência. 

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Ainda neste período, aconteceram 70 fases da operação, foram efetuadas 1.343 buscas e apreensões, 118 denúncias, 500 pessoas acusadas, 52 sentenças e 253 condenações. Já as penas aplicadas somam 2.286 anos e sete meses de punições de diversos tipos. 

Os números contabilizados no balanço são realmente de tirar o fôlego e nos levam a analisar: restou algum político diante daquele que é o maior escândalo de corrupção já visto no país? Qual foi o impacto das denúncias e condenações? Como o país tem superado as práticas de corrupção política? 

O impacto político 

A imagem passada desde o início era de que a Lava Jato puniria políticos corruptos independente dos seus cargos e partidos, já que na sociedade a sensação era de impunidade para quem se favorecia ilicitamente de qualquer verba. E assim foi, tanto que quando a Lava Jato ganhou corpo e atingiu as grandes raposas políticas do país, era visível o desconforto da classe quando surgiam rumores de que uma nova fase daquela operação viria à tona. PT, PMDB, PP, DEM, PSB e outros partidos foram enquadrados pela operação. 

Além das legendas, nomes como o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ex-deputado Pedro Corrêa, do ex-presidente do PT José Dirceu, do ex-ministro Antônio Palocci, do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha - juntamente com tantos outros senadores, deputados e empresários - foram colocados em xeque pela investigação. 

“O Brasil, com a Lava Jato, experimentou um modelo de atuação das instituições que até então não tínhamos experimentado. O que assistimos era uma certa sensação de conivência de todos os Poderes para o que acontecia com o sistema político. Foi a primeira vez que vimos a orquestração das instituições com o propósito de combater o crime do sistema político doa a quem doer, seja quem for o ator político”, observou a cientista política Priscila Lapa, ao fazer uma análise da atuação da operação durante esses seis anos. 

Segundo Lapa, para isso dar certo, a força-tarefa se atribuiu de mecanismos externos para evitar que as punições acontecessem de forma tardia, como era visto até então, e adotou a delação premiada, por exemplo, como forma base para sustentar denúncias e condenações. A prática é hoje alvo de contestações, mas surtiu efeitos balísticos na Lava Jato e no meio político.  

Efeitos esses que levaram o PT, no poder nos dois primeiros anos da Lava Jato, a decrescer e acentuaram a criminalização da política. 

“Não tem muito como a gente pensar em ações envolvendo atores políticos que sejam dotadas de ampla neutralidade, mas ela foi vendida dessa forma e isso criou uma narrativa de que existia uma atuação apolítica. Mais ao mesmo tempo, viviamos um contexto político de negação da política, criminalização da política, por parte da sociedade e de outras instituições que começaram a dar respostas à sociedade que a política em si não dava. A Lava Jato alimentou a criminalização do partido que estava no poder e os atores da investigação [juízes e procuradores] se consolidaram como atores políticos”, analisa a cientista política.

Entre tantos, os investigadores que mais ficaram conhecidos pelo povo foram o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, o procurador Deltan Dallagnol e o ex-juiz Sérgio Moro. 

Contaminação política e as tratativas de bastidores 

Apesar da tentativa constante de driblar a contaminação política, alguns nomes da investigação colocaram à prova a imagem de isenção passada por anos ao aceitar cargos públicos e com a divulgação de conversas de bastidores. 

Um deles foi o ex-juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública do governo do presidente Jair Bolsonaro -  um homem eleito com a bandeira de combate à corrupção, mas que ascendeu eleitoralmente após Lula ser preso e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, estando impedido de concorrer a algum cargo público. 

Na visão da cientista política Priscila Lapa, com Moro indo para o governo do presidente Jair Bolsonaro, o discurso de neutralidade da Lava Jato foi contestado uma vez que o ex-presidente foi condenado em primeira instância pelo então juiz da Lava Jato. 

“O discurso político começou a se coincidir com a narrativa da Lava Jato para justificar uma avaliação negativa do governo e se havia algum sentimento que isso não acontecia, que ela não favorecia nenhum grupo político, quando Sérgio Moro aceita e passa a ser um integrante do governo, o discurso de que a operação aconteceu na neutralidade política, passa a não ser mais sustentado. Sergio Moro deixou de ser um ator neutro e passou ser visto como um ator político que milita e tem lado, que é o do governo”, disse. 

Já as tratativas de bastidores vieram à tona depois que o site The Intercept Brasil divulgou uma série de conversas de Moro, Deltan Dallagnol e outros membros da força-tarefa através de um aplicativo de trocas de mensagens. A chamada ‘Vaza Jato’ deixou muitos de orelhas em pé, entretanto, na análise do cientista político Antônio Henrique não manchou a Lava Jato. 

“Não acredito que a Lava Jato tenha ficado manchada por causa das articulações de bastidores porque é uma prática comum do judiciário. Claro que não era o ideal que acontecesse, mas o que podemos perceber é que as reportagens não tiveram efeito de barrar as decisões da Lava Jato. A operação continuou, mas sofreu uma redução dos seus efeitos. Isso pode ter atingido a imagem de alguns procuradores, mas não tiveram um efeito deletério da operação em si”, considerou o estudioso.

Ainda assim, houve no último ano, uma redução das sentenças e da frequência de fases da operação Lava Jato. “Houve uma diminuição das atividades em virtude da saída de Sérgio Moro, o que terminava tendo uma atuação bastante relevante nesse sentido. Ele se tornou um juiz muito popular e a saída dele fez com que mídia também não focasse tanto mais na operação”, concluiu Antônio Henrique.

Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens/Arquivo e Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

É fato que não existe um manual pronto para ajudar pessoas na escolha de suas profissões, mas há profissionais que auxiliam os estudantes a saberem quais cursos podem ser feitos para ter uma carreira de sucesso. Mesmo assim, pessoas, muitas vezes ainda jovens, se questionam sobre qual profissão devem seguir.

De acordo com Carolina de Jesus Pontes Pereira, 44, psicopedagoga no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), essa dúvida é comum entre os jovens, principalmente quando se sentem pressionados. “É natural o candidato ter dúvidas, na maioria das vezes, ele se vê cobrado pelos pais, colegas, sociedade, e, até por ele mesmo, a fazer uma escolha assim que termina o ensino médio”, fala a psicopedagoga.

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A especialista ainda pontua as angústias e conflitos que esses estudantes passam para decidir qual profissão seguir e aconselha as pessoas a fazerem um teste vocacional. Além disso, ela esclarece quem deve ser procurado quando o candidato se encontra com essas dúvidas. “Normalmente, oriento as pessoas que têm dúvidas em relação a escolha da profissão a procurarem um psicólogo para trabalhar essa questão”, explica Carolina Pereira.

Simone Perinotto Bellan, 36, psicóloga e orientadora profissional no colégio Poliedro informa que o processo de escolher uma profissão está muito baseada na reflexão e nas informações que o jovem faz - o que muitas vezes requer um certo tempo para ser realizado. 

“O ideal é que esse processo seja feito gradativamente durante o ensino médio. Porém, se o aluno ainda não fez uma opção de carreira, ele ainda pode pensar em alguns pontos importantes para auxiliá-lo nesse processo”, explica Simone Bellan. A psicóloga elenca, também, algumas dicas para quem está em dúvidas em qual profissão seguir:

Autoconhecimento - Procurar refletir sobre quem você é, suas características, interesses, habilidades, preferências, comportamentos e atividades que gosta de realizar. Fazer listas ajuda a pessoa a organizar as ideias.

Pesquisar sobre as profissões e seus respectivos cursos - Pode-se obter mais dados fazendo pesquisas nos sites das faculdades, manuais de vestibular, redes sociais ou guias de profissões, para entender quais aspectos do curso mais gosta, principais disciplinas contempladas na grade curricular.

Conversar com um profissional - Saber o que o profissional faz no seu dia a dia, qual a sua área de atuação, como está o mercado de trabalho e como é o curso daquela área.

“Quanto melhor conhecer do universo da futura profissão e sobre si mesmo, mais saberá se tem afinidade com a área que pretende atuar. De certo que, quanto mais informações acumular, mais segurança terá para se decidir”, conclui Simone Bellan.

Medo de escolher a profissão errada

É comum os jovens se sentirem em dúvida sobre qual profissão escolher, pois ainda existe o peso da “escolha para toda a vida”. Do mesmo modo que esta decisão é importante, deve-se considerar a possibilidade de trilhar outros caminhos que não sejam o escolhido hoje. 

A psicopedagoga Carolina Pereira explica que o medo de ter escolhido a profissão errada vai acontecer quando o candidato não escolhe por ele mesmo a profissão que deseja seguir, ou, quando cede às pressões de fazer um curso superior que não tem afinidade somente para estar cursando.

“Reforço a importância de fazer um curso que tenha interesse, pois cursar apenas porque sua nota deu não vale a pena. Isso pode gerar frustração e desmotivação, e, até mesmo, a desistência durante o curso”, explica a especialista em psicopedagogia.

A psicóloga Simone Bellan orienta os alunos a buscarem o maior número de informações possíveis para tomarem a melhor decisão que pode ser feita, dentro dos recursos e possibilidades que a pessoa tem no presente momento. 

“Oriento os alunos a buscarem o maior número de informações sobre sua área de interesse. Pois, assim como estamos em permanente construção, assimilando novas ideias, desenvolvendo novos interesses, pode ser que a escolha profissional de hoje, não seja mais a mesma no futuro. Assim como somos afetados a cada dia com novas opções de profissões que são criadas, talvez ocorra a opção por mudar de carreira”, conclui a orientadora profissional do Colégio Poliedro.

Faltando dois dias para entrar em vigor, a lei apelidada de "pacote anticrime" e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro traz dúvidas sobre as consequências de seus efeitos tanto a promotores e procuradores quanto a advogados - os dois polos de um processo criminal -, e contém exigências que ambos dizem ser inconstitucionais ou inexequíveis.

Além do polêmico ponto sobre o juiz de garantias - incluído à revelia do ministro da Justiça Sérgio Moro e que teve sua implementação restrita e adiada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Dias Toffoli - procuradores se queixam de mudanças na delação premiada, dos novos procedimentos para lidar com vestígios materiais de crimes e da previsão de troca de juízes que entrarem em contato com uma prova que for depois considerada ilícita.

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Já os advogados questionam um dispositivo da nova lei que permitirá que o juiz, em alguns casos, decrete a perda de patrimônio incompatível com a renda do réu. Esse ponto, inclusive, se tornou alvo de ação direta de inconstitucionalidade ajuizada no STF pela Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) na segunda-feira, 20.

Entre as maiores reclamações dos agentes da lei está a adoção de procedimentos complexos sem o devido tempo para implementação das novidades, já que a lei determinou que entraria em vigor apenas 30 dias depois de sua publicação.

"A cadeia de custódia da prova é uma boa ideia, mas mal implementada, com prazos impraticáveis", afirmou Vladimir Aras, procurador regional da República em Brasília, sobre os novos procedimentos para lidar com provas materiais de crimes. As novas regras preservam a cena do crime até que os peritos cheguem, registrem e empacotem os vestígios, como em filmes americanos.

"É possível fazer em 30 dias? Tem que treinar os policiais. Os institutos de criminalística têm que estar preparados, ter salas, ter recipientes para coletar as provas. Tem que ter um sistema de computador para registrar todas as pessoas que tiveram acesso às provas", argumentou. "É inexequível", concluiu.

Para o procurador Roberson Pozzobon, da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba, as novas exigências, por ignorar a realidade brasileira, resultarão em descumprimento das formalidades e abrirão a possibilidade anulação de processos. "Logo, em breve, muito provavelmente pipocarão em diversas ações penais, dos crimes mais simples aos mais complexos, dos menos graves aos de homicídio, diversos pedidos de anulação", escreveu ao Estado.

"São poucos, se é que existem, os Estados brasileiros que possuem estrutura para que todos os vestígios de todos os crimes sejam coletados por peritos, acondicionados em recipientes selados com lacres e com numeração individualizada", explicou.

Já para advogados, a inovação vai evitar "manipulação indevida" dos vestígios de crimes. "A criação da cadeia de custódia é um grande avanço da nova legislação, ao exigir um procedimento com regras claras e objetivas de preservação e de condição de validação das provas colhidas, aperfeiçoando e oferecendo mais qualidade e precisão científica às investigações", afirmou Juliano Breda, conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Outro ponto que desagradou investigadores - e que teve sua aplicação suspensa por Toffoli - é o que prevê que o juiz de um processo seja substituído se ele tomar conhecimento de uma prova que for, depois, considerada ilícita. "É um problema seríssimo", disse Aras. O procurador explica que, no caso de impugnação da prova em um tribunal, a prova considerada ilícita terá sido conhecida por todo o colegiado. "Eles todos ficaram impedidos de julgar esse processo depois? É impraticável", argumentou.

Delação

Procuradores também reclamam que a mudança das regras da delação premiada traz insegurança. "Alguns dispositivos têm compreensão bastante complicada", disse Aras. Ele cita um parágrafo que trata da análise da denúncia e dosagem da pena do réu - pelo texto, não está claro se essa etapa acontece na homologação do acordo de delação ou na condenação.

Investigadores também condenam de forma unânime a nova restrição segundo a qual o colaborador só deve tratar, na delação, de crimes que tenham relação direta com os fatos investigados. "O que o novo dispositivo legal faz é restringir indevidamente a utilidade dos acordos de colaboração, deixando o colaborador numa posição muito confortável para revelar apenas parte dos crimes que praticou ou parte dos integrantes de sua organização criminosa, justamente a parte sobre a qual o Estado já tem algum conhecimento, pois já está investigando", respondeu Pozzobon.

"Se a Lava Jato tivesse limitado seus acordos de colaboração premiada apenas às informações diretamente relacionadas com os fatos que já estava investigando, não teria recuperado para os cofres públicos nem metade dos valores que recuperou, não teria responsabilizados diversos dos agentes políticos, empresariais e públicos que hoje já estão condenados pela Justiça, tampouco teria compartilhado centenas de provas de crimes gravíssimos com autoridades em quase todos os estados do Brasil e, ainda, em dezenas de outros países", concluiu.

Advogados

Para criminalistas, o saldo da nova lei é positivo, mas a categoria se queixa alguns pontos. "A nova lei aprovada coloca o processo penal nos trilhos de um autêntico processo acusatório, ou seja, de respeito às tarefas e ônus da prova que deve sempre pertencer à acusação", afirmou o advogado Hugo Leonardo, presidente do IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa).

"Olhamos, contudo, com desconfiança para as regras que dizem respeito à captação ambiental, pois têm potencial de criar um estado de vigilância permanente sobre o cidadão, dentre outros retrocessos e pontos inconstitucionais contidos na nova lei", acrescentou. Investigadores poderão solicitar e juízes poderão autorizar a instalação de aparelhos de gravação.

Outro ponto que advogados questionam é o que permite que o juiz, em alguns casos, decrete a perda de patrimônio incompatível com a renda do réu - algo que Moro chamava de confisco alargado. "É um absurdo porque grande parte da população brasileira vive na informalidade", defendeu Leonardo. "E o juiz não tem como comprovar o que efetivamente faz parte do patrimônio do acusado - isso pode gerar decisões absolutamente injustas".

Debate sobre cotas gerou polêmica e protestos de alunos da rede particular brasileira

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Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Polêmico nas redes sociais, o debate sobre cotas universitárias costuma render comentários extremos na internet. Diante do mundo virtual, local no qual opiniões podem ser confundidas com fatos, é importante saber distinguir os mitos e verdades sobre as políticas inclusivas dentro de universidades. 

Perguntamos aos seguidores do Vai Cair no Enem, página do Instagram com mais de 350 mil seguidores, a opinião deles sobre as cotas nas universidades. Em cerca de 250 comentários, selecionamos aqueles que mais se repetiram ou causaram polêmica para serem respondidos pelo professor Ocimar Munhoz, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

O docente é especialista na área de educação e já realizou pesquisas envolvendo igualdade de resultados dentro do ensino e desigualdade no sistema educacional brasileiro. Confira o currículo Lattes do profissional clicando aqui.

A seguir, veja perguntas, afirmações e respostas selecionadas pelo LeiaJa.com

“Pessoas mais capacitadas para curso ficam de fora porque tem muito mais vagas para diversas cotas do que para ampla concorrência”

Sim. Pessoas capacitadas ficam de fora, mas isso é um fator sem ligação com as cotas. Segundo o professor, o conceito de “pessoas capacitadas” precisa ser redefinido na situação apontada por este internauta. “O que acontece com os processos seletivos em geral? Com cota ou sem cota, você ordena os respondentes com base no desempenho que a gente tem em provas. Nós temos muitas vezes a seleção de indivíduos com resultados muito próximos, mas que não entram quando eu faço a seleção até uma determinada posição”, afirma Ocimar. 

Um exemplo pode ser dado para elucidar a mente de quem ainda tem dúvida: “Vamos admitir que haja uma pontuação desejável [para entrar em uma universidade]. Todo mundo que esteja acima dessa pontuação desejável entra? Não. São aceitos os primeiros. Na lista de espera, com exceções, tem muita gente ‘capacitada’. Por que elas não são selecionadas? Porque não tem vagas para elas”, lembra. Até mesmo dentro das cotas, há quem fique do lado de fora. “Pensa comigo: se eu tenho dez vagas para negros, vai ter o negro que ficou em 11ª posição. Ele também ficou de fora porque ele é o 11º e só seriam chamados 10”, explica. 

Em alguns casos, o candidato autoidentificado como negro e classificado no vestibular pode ter uma pontuação menor em relação à de um candidato na lista de espera da ampla concorrência. A “desigualdade” apontada por alguns é encarada como forma de reparação pelo especialista. “As cotas justamente apareceram para atenuar injustiças e uma delas é essa: reconhece-se que uma população composta por indivíduos negros tem as piores condições para se preparar”, lembra o docente. No caso da raça, o reconhecimento da desigualdade, por sua vez, pode ser embasado em dados. Segundo levantamento de 2016 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 78,5% da população pobre do Brasil se declara negra. 

“Cotas não ensinam ninguém a ler nem a escrever”

É verdade. A frase acima foi creditada ao deputado federal Kim Kataguiri, do partido Democratas. Apesar de ser correta, ela demonstra pouca intimidade do parlamentar com a educação, afinal, aprender a ler e escrever não é tarefa da universidade. “As cotas não foram feitas para isso. Não sei por que alguém falou isso. Embora ler e escrever se possa aprender fora da escola, em geral, ensinar a ler e escrever é uma tarefa da escolarização”, lembra o professor da USP. 

“A cota para cor ou etnia é uma forma de racismo, pois trata negros como ‘inferiores’ e que não conseguem chegar no mesmo estágio de uma pessoa ‘branca’ sem ajuda” 

Os candidatos precisam entender que, segundo especialistas na área de educação, a cota não é racismo. Ela é um atenuante para desigualdades sociais e só foi implementada quando constatou-se que candidatos que se autoidentificavam como negros, pardos ou indígenas tinham menor representação após o processo seletivo. “Ao que se deve isso? Porque nasceram assim e já são naturalmente inferiores? Não. Considera-se que processos sociais fazem com que essa população tivesse uma subrepresentação. As cotas fazem esse ajuste. Não é racismo, não é uma questão de inferiores, é uma questão de tentar atenuar uma desigualdade”, conta.

“Cotas são injustas porque não sabemos os critérios que eles usam para definir quem é pardo ou não”

A cota pode até ser imprecisa, mas não é injusta. O critério utilizado no Brasil hoje é a autoidentificação. “Quando falo que ela pode ser imprecisa, é porque pode ter oportunismo. Alguém que nunca se identificou como um negro vai lá e se identifica, ou como um pardo ou indígena. Por isso que em muitos lugares há uma comissão para se apurar isso”, lembra o professor. Você pode conferir como funciona uma comissão de verificação de cotas clicando aqui. 

Para pensar em critérios de definição de raça é importante também lembrar da diferença entre o fenótipo (representado pelas características físicas do indivíduo) e o genótipo (representado pelas características genéticas do indivíduo). “No Brasil, sentir preconceito é mais uma coisa de fenótipo. Ou seja, uma pessoa que tem a pele mais negra tende a estar exposta a situações de racismo mais do que quem tem a pele branca”, lembra Ocimar. 

Quando alguém com descendência negra, mas tom de pele claro, se sente prejudicado por uma comissão julgadora de fenótipos, podemos considerar a cota como imprecisa. “É bom lembrar que os estudos nos quais se basearam as cotas foram feitos em um momento que não tinha nenhuma cota em questão. Agora, como tem vagas que estão sendo distribuídas, podem aparecer oportunistas”, aponta o professor. A autoidentificação realizada nas universidades, na maioria das vezes, é feita com o preenchimento de um formulário. 

“Cotas não são necessárias pois todas as pessoas são iguais”

“Iguais em quê? Nós estamos falando de desempenho escolar. De onde vem o desempenho escolar? Vem das condições que as pessoas tiveram antes para exibir um desempenho”, conta Munhoz. O docente lembra que podemos listar três fatores essenciais para determinar o desempenho escolar de um aluno: a escola na qual estudou, o esforço que aquele aluno fez para apreender o conteúdo e as condições socioeconômicas nas quais ele está inserido.

Encarando esses fatores, é possível perceber que a igualdade, no que se diz respeito à educação, não existe. “As pessoas são iguais genericamente como seres humanos, mas as cotas não discutem isso. Elas discutem a diferença de desempenho. Descobriu-se que dependendo da cor da pele você tem acesso a escolas piores, a condições sociais piores, portanto, seu esforço, mesmo que gigantesco, pode não ser suficiente para ter um bom desempenho”, lembra o professor. Para ajudar a compreender, exemplificaremos: imagine duas pessoas disputando uma corrida. Uma de tênis em uma pista de material emborrachado e outra descalça na areia. Nas mesmas condições, mas com os materiais diferentes, qual delas chegará primeiro?

“A adoção de medidas dessa natureza é necessária como uma forma de combate à desigualdade tão significativa em nosso País”

Sim. A adoção dessas medidas é necessária para combater a desigualdade, mas qual é o conceito de desigualdade? “Ninguém escolhe antes de nascer onde vai nascer. Onde nós nascemos e as condições em que vivemos pesam no desenvolvimento dos nossos esforços. Isso cria o que nós chamamos de desigualdade, uma diferença no nosso desempenho que está associada a uma condição que pode ser de sexo, pode ser de raça, de cor ou de condições econômicas”, detalha Ocimar. Diante da desigualdade, é errado afirmar que alguém vai mal na escola porque “nasceu assim”.

“As cotas hoje em dia estão tornando a solução do problema escola pública/privada muito mais tardias, servindo apenas como paliativo”

Para responder a essa pergunta, é necessário ir por partes. Quando falamos de escolas de ensino médio, segundo o docente, apenas 12% das matrículas são privadas. Todo o resto (88%) é feito nas escolas públicas. “O que acontece é que essa imensa maioria de alunos em geral estuda em condições mais precárias do que as privadas, não bastando a condição da família. O ideal seria que essas diferenças não existissem e que talvez nem fosse necessárias escolas privadas”, lembra o professor. Enquanto não houver essa igualdade, porém, as cotas podem ser consideradas um “paliativo pela justiça”. 

“A curto prazo, as cotas não mudaram nada. O negro e pardo e entraram nas universidades, mas continuam sendo discriminados da mesma forma” 

Falso. As cotas mudaram o cenário da educação superior no Brasil. Principalmente, dentro das universidades públicas. “Isso acontece mais ainda naqueles cursos que em quase toda a sua existência não tinham a presença de estudantes negros, pardos ou indígenas”, lembra. A discriminação no País pode continuar, mas enquanto a igualdade não for garantida na educação básica as cotas continuarão a fazer o seu trabalho paliativo. 

Reportagem faz parte do especial "Para que servem as cotas?", produzido pelo LeiaJá. O trabalho jornalístico explica a importância das cotas para a equidade e democratização dos espaços de educação brasileiros. Confira as demais reportagens:

1 - Cotas: sanção da lei marca o ensino superior

2 - A perspectiva social que explica a criação das cotas

3 - Cotas raciais valorizam diversidade no ensino superior

4 - Saiba como funciona as Comissões de Verificação de Cotas

5 - Inclusão de pessoas com deficiência marca Lei de Cotas

6 - Cotas rurais garantem ensino ao povo do campo

7 - A aldeia no campus: cotas e reparação histórica aos índios

8 - Cotas para trans esbarram em preconceito no ensino básico

9 - ProUni: inclusão social no ensino superior particular

11 - Como seria um mundo sem cotas? 

O Ministério da Saúde recomendou que Estados e municípios estendam a vacinação contra o vírus da gripe para toda a população. A vacinação seguirá enquanto durarem os estoques.

"Mesmo abrindo para a toda população, é fundamental que os grupos prioritários continuem procurando o posto de vacinação", enfatiza Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. As vacinas são destinadas a um grupo prioritário, mais suscetível ao agravamento de doenças respiratórias. Pertencem a esse segmento crianças, gestantes, idosos, pacientes crônicos, profissionais de saúde e professores, entre outros.

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Há muitas dúvidas sobre a vacinação e casos de contraindicação. Confira abaixo alguns esclarecimentos sobre a imunização contra o vírus Influenza:

Quem não pode tomar a vacina da gripe?

Hoje, não há contraindicação para a vacina da gripe, porque o imunizante contra o vírus Influenza é uma vacina morta e inativada, afirma Helena. "De modo geral, vacinas que temos contraindicação são vacinas como a do sarampo, que usa partes do vírus vivo."

O Ministério da Saúde afirma que a vacina é contraindicada apenas para crianças menores de seis meses. No caso de pessoas com alergia severa a ovo, é preciso tomar a vacina em ambiente hospitalar com oferta de tratamento de emergência e urgência.

Do que é feita a vacina da gripe?

Ela é composta de fragmentos do vírus Influenza, o vírus que causa a gripe. A vacina possui os vírus H1N1, H3N2 e B.

A vacina da gripe tem um vírus vivo?

Não. A vacina contra o vírus Influenza é feita somente de partes do vírus Influenza. Por sua vez, vacinas contra outras doenças podem conter o vírus vivo, porém atenuado. "A vacina contra o sarampo é um exemplo de vacina com vírus atenuado. Ele não é forte o bastante para causar doença, mas é o suficiente para estimular a resposta imunológica e produzir anticorpos", explica a diretora de imunização.

Por que a vacina da gripe deve ser tomada todo ano?

A vacina da gripe é anual porque é feita sob medida com os principais vírus Influenza que estão em circulação no hemisfério sul naquele ano. "Muitas vezes, a vacina do hemisfério norte é diferente da nossa. Isso porque o inverno ocorre em períodos diferentes do ano", explica Helena.

A vacina pode causar gripe?

Isso é um mito. A vacina da gripe protege contra o vírus Influenza. Já o resfriado, muito comum no inverno, é um quadro leve de tosse e coriza nasal. Ele é causado pelo Rinovírus, que ainda não possui vacina.

"Quem se infecta pelo vírus da gripe, o vírus Influenza, pode evoluir com complicações para pneumonia e internação hospitalar", diz Helena. "E os grupos prioritários têm risco maior de desenvolver as complicações. Por isso, devem se vacinar."

Quem amamenta pode tomar a vacina da gripe?

Sim. A contraindicação para grávidas ocorre apenas no caso de vacinas com o vírus vivo, pois ele pode ser passado de mãe para filho. O mesmo ocorre para mães lactantes. No caso da gripe, porém, isso não ocorre, uma vez que a vacina contém apenas partes do vírus.

Quem toma vacina pode comer ovo?

Não há restrição ao consumo de ovo para quem tomar a vacina da gripe. Até então, as equipes de saúde afirmavam que a alergia a ovo era uma contraindicação à vacina, uma vez que o processo de fabricação da vacina utiliza ovos.

Hoje, no entanto, até mesmo pessoas que apresentaram reação alérgica leve, como urticárias, podem procurar o posto de vacinação. Há casos atípicos de alergia grave, com falta de ar e vômitos. Nesses casos, a pessoa deve tomar a vacina em ambiente hospitalar. "Por isso, é bom avisar à equipe de vacinação se você já teve uma reação alérgica muito forte, e ela tomará as providências."

Quem toma a vacina da gripe pode tomar corticoide?

Não há contraindicação para pessoas que tomam remédios com corticoide.

Quem toma a vacina da gripe pode tomar antibiótico?

Não há contraindicação para pessoas que tomam antibióticos.

Quem toma vacina da gripe pode beber álcool?

Não há contraindicação para pessoas que ingerem bebidas alcoólicas.

Por que não pode tomar a vacina da gripe gripado?

Não há essa contraindicação. A vacina da gripe está liberada.

Quem está no grupo prioritário do governo?

Segundo o Ministério da Saúde, o público-alvo é formado por gestantes, puérperas, crianças entre 6 meses e 6 anos, idosos, indígenas, professores, trabalhadores de saúde, pessoas com comorbidades, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade, além de profissionais de segurança e salvamento.

O governo vai utilizar um site e um call center para ajudar na simulação de cálculos da aposentadoria conforme a proposta da reforma da Previdência, como forma de ajudar a esclarecer dúvidas da sociedade. Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, os dois instrumentos devem entrar em operação depois do carnaval.

O secretário negou que o governo esteja perdendo a batalha da comunicação para alcançar o apoio da sociedade e de parlamentares. Durante um debate no Rio de Janeiro, o secretário lembrou que tem experiência parlamentar em duas legislaturas como deputado federal, tendo completado o último mandato no fim de janeiro.

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Ele disse que que tem se reunido com bancadas parlamentares para explicar as medidas, e que conta com as articulações políticas dos líderes do governo e dos partidos no Congresso, além da atuação dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, David Alcolumbre DEM), e da interlocução dos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Secretaria de Governo, Santos Cruz.

“Rodrigo [Maia] é um liberal, é um reformista, e vai ajudar muito. A liderança que ele exerce na Casa - se elegeu com mais do que um quorum de PEC [proposta de emenda à Constituição], teve 340 e tantos votos - demonstra que ele tem toda condição e capacidade de exercer esse papel de liderança em relação à reforma. Mas também como presidente de um Parlamento que tem pensamentos plurais, tem que dar condição para aqueles que pensam diferente possam se manifestar, participar do processo de discussão. O papel que Rodrigo está fazendo é um papel que a gente espera do Parlamento, que apresente os pensamentos de forma cristalina”, disse. Ele também fez elogios ao desempenho do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

Disposição

O secretário assegurou que nunca viu entre os parlamentares uma disposição tão grande em aprovar a reforma da Previdência. “Nunca vi tanta vontade e disposição de aprovar um projeto como estou vendo agora. As bancadas que percorri, mesmo com os reparos e indagações, com os argumentos sobre este ou aquele texto, de uma forma geral todos reconhecem a necessidade de mudar o nosso sistema previdenciário. Nossa tarefa é tentar costurar um apoio que permita ter, pelo menos, dois terços dos votos, em torno de uma proposta que minimamente contemple as necessidades de deem uma resposta à sociedade brasileira. O Brasil não pode mais esperar”.

Marinho disse que o Estado brasileiro, incluindo a União, estados e municípios, faliu e não se sustentará sem as mudanças na área previdenciária. Ele lembrou que hoje está no Rio de Janeiro e é do Rio Grande do Norte, dois estados que enfrentam problemas para o pagamento de aposentados. “Tenho familiares que são aposentados e estão há quatro meses sem receber os salários. O que acontece no meu estado, aconteceu no Rio de Janeiro, acontece no Rio Grande do Sul, em Minas Gerais, em Goiás, por isso, a mudança de percepção da população brasileira”, observou.

Pesquisas

De acordo com o secretário, pesquisas mais recentes mostram a mudança de apoio da população. Segundo ele, uma enquete feita no ano passado apontava a desaprovação de mais de 70% dos entrevistados à reforma do sistema previdenciário, e em uma outra pesquisa realizada esta semana, empatou em 45% entre os a favor e os contra. “Nossa tarefa é traduzir a narrativa. É muito fácil pegar um ou outro ponto do projeto e sair gritando como mantra ‘isso aqui está sendo contra os pobres’”, disse.

Marinho acrescentou que corporações, que não revelou quais, não reclamam claramente sobre a perda de regalias que têm nas aposentadorias, mas fazem críticas a outros pontos da proposta. “Eles estão dizendo publicamente o seguinte: estamos preocupados com o BPC [Benefício de Prestação Continuada pago a idosos e pessoas com deficiência], estamos preocupados com o aposentado rural. Essa tem sido a cantilena. Isso tem sido o mantra e vem principalmente das corporações que estão se aproveitando desses pontos para dizer que a reforma é contra o pobre. Não, pelo contrário, [a reforma] faz com que a maioria da população, dos contribuintes, que hoje são mais de 20 milhões pagando uma alíquota de 8% passem a pagar 7,5%, e quem recebe acima do teto, porque teve uma sentença judicial que contradisse, inclusive, a constituição brasileira que impede que se ganhe acima do teto do STF, pague 22%”, disse.

“Quem tem mais, paga mais, quem tem menos paga menos”, concluiu.

Alunos que colocaram apenas uma opção de curso no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) com medo das novas mudanças que não dariam oportunidade de lista de espera para os aprovados na segunda opção se depararam com uma surpresa na manhã desta terça-feira (29). Quem não foi convocado na chamada regular relatou não ter conseguido se inscrever na lista de espera, que segue aberta até a próxima terça-feira (5).

Desde as primeiras horas da madrugada era possível ver os relatos dos estudantes nas redes sociais. A maioria deles afirmava que, como estratégia, colocou apenas uma opção de curso (a única que gostariam de cursar). Todos afirmavam que não tinham conhecimento de que deveriam obrigatoriamente se inscrever nas duas opções para participar da lista.

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A estudante Martha Leal foi uma das que utilizou as redes sociais para relatar problemas com a lista de espera. A decisão de colocar apenas uma opção de curso foi estratégica. "É meu sonho cursar psicologia, por isso, quando vi a nova atualização do Sisu sobre toda aquela coisa de que se eu fosse aprovada em qualquer uma das opções eu não teria direito de entrar na lista de espera, decidir ficar apenas na primeira opção", afirma. 

Para garantir o lugar na lista de espera, ela entrou no sistema por volta das 00h (horário de Brasília) e não achou em nenhum lugar a opção de se inscrever. "Quando eu vi que a opção não tava lá, me assustei, mas desconsiderei, achei que era porque o site não tinha atualizado ainda", conta. Ao acordar, ela tentou novamente e não conseguiu. Entrou em contato com o Ministério da Educação (MEC) via e-mail, mas ainda aguarda o retorno do órgão. 

 O LeiaJa.com entou em contato com o MEC, responsável pela plataforma do Sisu e aguarda respostas sobre o assunto.

Amada por uns e não tão benquista por outros, a matemática divide opiniões dos alunos que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cobrado dentro do caderno de Matemática e suas Tecnologias, a disciplina pede que o estudante tenha conhecimento teórico e prático. Ela também pede que o aluno conheça e saiba aplicar as fórmulas pedidas por determinados assuntos.

Para isso, é necessário decorar algumas dessas fórmulas requisitadas pela disciplina. Seja dentro do assunto de juros ou até mesmo em geometria, os modelos de como obter os resultados devem ser memorizados com antecedência. Para ajudar o fera que vai fazer a segunda parte do Enem neste domingo (11), o LeiaJa.com trouxe as fórmulas que o fera precisa saber para o nem, por meio das dicas do professor Ricardo Rocha.

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Juros simples 

j = c.i.t 

j = juros

c = capital

i = taxa

t = tempo

Juros compostos

M = C.(1+i)n

M = C + J J = M - C

M = montante

C = capital aplicado

i = taxa de juros compostos

n = tempo de aplicação

J = juros compostos

Arranjo

 An,p = n!/(n - p)!

n = quantidade de elementos de um conjunto

p = número natural menor ou igual a n, que representa a quantidade de elementos que irão formar agrupamentos

! = fatoração paragrafo

Combinação

Cn,p = n!/p!(n - p)!

n = quantidade de elementos de um conjunto

p = número natural menor ou igual a n, que representa a quantidade de elementos que irão formar agrupamentos

! = fatoração paragrafo

Progressão aritmética

An = A1 + (n - 1).r ou Sn = n.(A1 + An)/2

An = último elemento da progressão aritmética

A1 = primeiro elemento da progressão aritmética

N = número de elementos

Sn = soma dos elementos da progressão aritmética parágrafo

Progressão geométrica

An = A1.q (elevado a n-1) ou Sn = A1(q elevado a n - 1)/q-1

An = último elemento da progressão aritmética

A1 = primeiro elemento da progressão aritmética

N = número de elementos

Sn = soma dos elementos da progressão aritmética

Q = razão

Neste domingo (11), os alunos terão cinco horas para responder as 90 questões de matemática, química, física e biologia. É importante que os candidatos se mantenham atentos para o horário de verão, já que os portões dos locais de prova fecham às 13h de acordo com o horário de Brasília. O Exame será aplicado às 13h30 e os participantes só poderão levar o caderno de questões com meia hora para o final do tempo estipulado. Nesta edição, mais de 5,5 milhões de estudantes se inscreveram para o Enem. Até agora, a prova está em seu menor índice de abstenção desde 2009, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) informou que o serviço Disque Eleitor, oferecido através do número 3194-9400, terá seu atendimento ampliado a partir de quarta-feira (3) com o intuito de tirar dúvidas dos cidadãos sobre as eleições. Os 6,5 milhões de pernambucanos aptos a votar vão às urnas no próximo domingo (7) para escolher presidente, governador, senador, deputado federal e estadual. 

De hoje até a sexta (5), o Disque Eleitor funciona das 10h às 19h, já no sábado (6) e domingo (7) das 8h às 17h.

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Nos últimos dias, as principais dúvidas dos eleitores têm sido referente a justificativa, voto em trânsito, perda do título, documento para identificação, locais e seções de votação. Com a ampliação, o TRE disse que o serviço funcionará com 20 servidores atendendo exclusivamente por telefone.

Nos dias 8 e 9 de outubro a EF Education First, empresa internacional de intercâmbio de idiomas, promove a Feira de Intercâmbio Virtual. O evento, gratuito, é destinado a interessados em tirar dúvidas sobre temas como planejamento para estudar fora, graduação no exterior, intercâmbio de longa duração, como economizar com a alta do câmbio, intercâmbio nas férias e intercâmbio para profissionais e executivos.

As palestras têm inicío às 12h e seguem até às 18h nos dois dias de evento. As transmissões das palestras podem ser acompanhadas por meio de qualquer dispositivo móvel e de forma gratuita. Para mais informações, acesse o site.

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Programação Completa

8 de outubro

12h - Como economizar com a alta do câmbio.

16h - Saiba como se preparar para fazer uma universidade no exterior

18h - Idiomas no exterior para profissionais e executivos

19h - Intercâmbio nas férias: melhores opções para alunos de 12 a 17 anos

9 de outubro

12h - Gap Year: porque esse programa de intercâmbio virou tendência em todo o mundo

13h30 - Depoimento: Cape Town - o melhor destino para quem quer economizar

16h - High School Particular no Exterior

 

18h - Work and Travel: descubra como estudar e trabalhar no exterior

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Boletim epidemiológico divulgado hoje (2) pelo Ministério da Saúde revela que o país já registra 1.053 casos confirmados de sarampo, sendo 742 no Amazonas e 280 em Roraima. Há ainda casos considerados isolados em São Paulo (1), no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Rondônia (1) e no Pará (2).

De acordo com a pasta, pelo menos 4.470 casos permanecem em investigação no Amazonas e 106 em Roraima. “O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário ao estado. Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados”, informou.

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Campanha

A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite e Sarampo começa na próxima segunda-feira (6) e segue até 31 de agosto. O Dia D de mobilização nacional acontece no dia 18, sábado, quando mais de 36 mil postos de saúde estarão abertos no país. No total, 11,2 milhões de crianças devem ser vacinadas.

A meta é imunizar pelo menos 95% do público-alvo, numa tentativa de reduzir a possibilidade de retorno da pólio e a chamada reemergência do sarampo, doenças já eliminadas no Brasil. Em 2017, dados preliminares apontam que a cobertura no Brasil foi de 85,2% na primeira dose contra o sarampo (tríplice viral) e de 69,9% na segunda dose (tetra viral).

Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de vacinação, independentemente da situação vacinal.

A seguir algumas das principais perguntas e respostas relacionadas à campanha, com base em informações divulgadas pelo Ministério da Saúde:

Quando e onde ocorre a campanha?

Entre 6 e 31 de agosto, com o Dia D agendado para 18 de agosto, em postos de saúde de todo o país.

Qual o foco da campanha?

Crianças com idade entre 1 ano e 5 anos incompletos (4 anos e 11 meses).

Crianças que já foram vacinadas anteriormente devem ser levadas aos postos?

Sim. Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem comparecer aos postos. Quem estiver com o esquema vacinal incompleto receberá as doses necessárias para atualização e quem estiver com o esquema vacinal completo receberá outro reforço.

Qual a vacina usada contra a pólio?

Crianças que nunca foram imunizadas contra a pólio vão receber a Vacina Inativada Poliomielite (VIP), na forma injetável. Crianças que já receberam uma ou mais doses contra a pólio vão receber a Vacina Oral Poliomielite (VOP), na forma de gotinha.

Qual a vacina usada contra o sarampo?

A vacina contra o sarampo usada na campanha é a Tríplice Viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba. Todas as crianças na faixa etária estabelecida vão receber uma dose da Tríplice Viral, independentemente de sua situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos 30 dias.

Adultos participam da campanha?

Não. A campanha tem como foco crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos.

Mesmo não sendo foco da campanha, adultos precisam de alguma das duas doses?

Sim. Conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação, adultos com até 29 anos que não tiverem completado o esquema na infância devem receber duas doses da Tríplice Viral e adultos com idade entre 30 e 49 anos devem receber uma dose da Tríplice Viral. O adulto que não souber sua situação vacinal deve procurar o posto de saúde mais próximo para tomar as doses previstas para sua faixa etária.

Anualmente, os brasileiros acertam as contas com o Leão, ou melhor, com a Receita Federal. Devido à ocasião, será realizado na tarde deste sábado (7), das 13h às 17h, no bairro do IPSEP, Zona Sul do Recife, um atendimento específico e gratuito coordenado pelo professor do UniFBV/Wyden, Gilmar Moura.

O objetivo da ação proposta é a de sanar dúvidas pendentes da população sobre a declaração do imposto de renda 2018 e ajudar os que deixaram para a última hora o processo de atualização de recadastramento, já que o prazo final se encerra no dia 30 de abril. Para participar, o contribuinte deve levar uma declaração anterior constando seus dados cadastrais pelo sistema, comprovante de residencial atual, documento do cônjuge (caso tenha), documento dos dependentes, comprovantes de gastos com saúde e educação para titular, endereço de e-mail, bens e direitos e dados bancários do titular. 

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Neste ano, por exigências da Receita, serão exigidos CPF para dependentes incluídos na declaração com oito anos ou mais, diferente da declaração de 2017, quando só era obrigatório para crianças a partir de 12 anos. O contribuinte que não fizer a declaração ou entregá-la fora do prazo fica sujeito ao pagamento de multa de, no mínimo, R$ 165,74. O valor máximo corresponde a 20% do imposto devido, e o contribuinte ainda pode ser privado de determinadas atividades. 

Por André Cabral

Dor de cabeça, dor no corpo, febre… Com certeza você já sentiu pelo menos um desses sintomas e tomou um remédio para aliviá-los, não é mesmo? Usar medicamentos já está no consenso da sociedade para tratar sintomas e doenças diversas. Você sabe o que faria se não existisse paracetamol, dipirona, nimesulida, entre outros princípios ativos?

Para começar, é preciso entender que os remédios surgiram no período pré-histórico, mas não da forma como conhecemos. Eles eram substâncias extraídas das folhas por meio da mastigação. Quem estava doente mastigava folhas de certos tipos de plantas, que tinham poder de cura. Com o passar o tempo, houve a invenção da cerâmica, que permitia a realização de chás e preparos mais elaborados, fazendo assim com quem houvesse mais facilidade na hora de guardar os líquidos medicamentosos.

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Com a modernização da química, houve a possibilidade da retirada do princípio ativo das substâncias presentes em plantas. Com a ciência ainda mais avançada, não era mais necessário retirar o princípio ativo de componentes da natureza, mas se criou a possibilidade de produzi-los sinteticamente.

E nessa produção sintética de medicamentos, surgiram três tipos: de referência (conhecido popularmente como de “marca”), genérico e similar. Segundo uma pesquisa divulgada em 2013 pelo Instituto Datafolha, 68% das pessoas optam por comprar medicamentos genéricos. Mas você sabe a diferença entre cada um deles?

Referência

Como já dito, o medicamento de referência é conhecido como o de “marca”. O que o diferencia dos outros é basicamente a patente. Por exemplo, uma empresa passa anos produzindo um medicamento com um princípio ativo inovador no mercado, e assim gasta milhares de dólares nas pesquisas. Quando esse produto fica pronto, no Brasil, as indústrias farmacêuticas devem registrá-lo no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), para que possam produzi-lo exclusivamente por 20 anos. Após esse período, outras indústrias têm o direito de obter as informações sobre a fórmula do remédio, antes superprotegida pela empresa fabricante original.

Genérico

E após todo esse processo de revelação da fórmula do remédio que uma outra empresa pode fabricar o medicamento genérico. Ele é genérico porque não pode ter logomarca tem nome fantasia; é via de regra ter uma tarja amarela com a palavra “genérico” escrita. O que precisa ser desmistificado é que esse medicamento não tem absolutamente nenhuma diferença do original, a não ser coisas estéticas da embalagem. Concentração, princípio ativo, composição… todas essas partes do remédio são idênticas ao medicamento original. O produto, assim como seu concorrente, também precisa ter aprovação da Anvisa. Além disso, o preço é, pelo menos, 35% mais barato, após o órgão decretar uma resolução que obriga as indústrias a fazerem essa redução de preço.

Similar

O remédio similar, por sua vez, também não possui diferença alguma em relação ao de referência, em questão de princípio ativo, concentração, via de administração, posologia, forma farmacêutica, e indicação terapêutica. Entretanto, essa classe possui a menor credibilidade entre as três porque, até 2003, a Anvisa não exigia que esse grupo apresentasse pesquisas comprovando que eram cópias verdadeiras dos medicamentos de referência. Desde que foi implantada a Resolução nº 134/2003, porém, os fabricantes de similares precisam apresentar estudos que garantem a bioequivalência em relação ao de “marca”. Esse tipo de remédio, geralmente, é mais barato do que o de referência.

Cuidado com as comparações

Mesmo o genérico e o similar sendo cópias do medicamento de referência, é preciso tomar cuidado em relação às comparações entre os medicamentos. Os estudos são apenas relacionados aos remédios de referência, portanto não se deve comparar um genérico com um similar.

Publicado originalmente em uninassau.edu.br

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