Na região Norte, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de pulmão é o terceiro mais frequente entre os homens e o quinto entre as mulheres. Uma pesquisa do Datafolha, encomendada pela biofarmacêutica Bristol-Myers Squibb, mostrou que 3 em cada 10 brasileiros conhecem alguém que tem ou já teve câncer de pulmão. Ainda assim, há uma desinformação grande em relação à doença: 76% dos brasileiros nunca conversaram com um médico sobre câncer de pulmão e apenas 39% se consideram bem informados sobre a doença.
Cerca de 4.720 substâncias estão presentes na fumaça dos derivados do tabaco e tornam o hábito de fumar o mais importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão e outros tipos de tumores. O risco de infarto é 24% maior para o fumante (comparando com quem não fuma e não está exposto à fumaça).
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A especialista em oncologia clínica, Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico (CTO), explica que a incidência da doença é proporcional ao tempo de exposição aos fatores de risco. “Por isso, pessoas que fumam ou estão expostas à fumaça do cigarro durante muitos anos correm um risco maior de ter câncer de pulmão”, diz ela. Paula Sampaio lembra que, "comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver a doença".
As crianças que vivem próximas a fumantes têm resfriados e infecções do ouvido médio com maior frequência, um risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exacerbação da asma. Em bebês, a possibilidade de morrer subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil) é 5 vezes maior e o risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade também é maior, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.
Questionados se sabem que a chance de cura no caso do diagnóstico da doença em estágio inicial é maior, 95% dos entrevistados pelo Datafolha disseram que sim. Sobre as chances de contrair o câncer de pulmão, os entrevistados disseram:
- 83% concordaram que os fumantes são mais propensos;
- 95% concordaram que os fumantes passivos têm chances de ter câncer de pulmão;
- 85% concordaram que os não fumantes também podem contrair a doença. Apesar disso, 39% dos entrevistados afirmaram que não se preocupam com a doença porque não são fumantes.
Cerca de 50 doenças diferentes estão diretamente relacionadas ao consumo de derivados do tabaco (cigarro, charuto, narguillé). Além do câncer de pulmão, o cigarro também é fator de risco para tumores no colo do útero, cavidade oral, esôfago, bexiga, laringe, ovário e de cólon e reto. É causa dos problemas cardiovasculares (infarto, angina), doenças respiratórias obstrutivas crônicas (enfisema e bronquite), hipertensão arterial, aneurismas arteriais, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias, trombose vascular, osteoporose, catarata, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, menopausa precoce e complicações na gravidez.
Estudos mostram que o tabagismo é responsável por:
- 200 mil mortes por ano, no Brasil (23 pessoas por hora);
- 25% das mortes causadas por doença coronariana;
- 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa abaixo dos 60 anos;
- 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa abaixo de 65 anos;
- 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
- 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer tabaco-relacionados (boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo do útero);
- 25% das doenças vasculares (derrame cerebral, trombose).
Médicos indicam que, ao parar de fumar, o indivíduo tem ganhos significativos em qualidade de vida. Tais como:
- Após 20 minutos sua pressão sanguínea e pulsação voltam ao normal;
- Em 2 horas não tem mais nicotina no seu sangue;
- Em 8 horas sem cigarro, o nível de oxigênio no sangue se normaliza;
- Após 2 dias, o olfato já percebe melhor os cheiros e o paladar readquire a capacidade de identificar sabores;
- Em apenas 3 semanas, a respiração fica mais fácil e a circulação melhora.
Com informações da assessoria de comunicação do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).