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O Senado entregou nesta quarta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o Diploma Bertha Lutz para sete mulheres que deram uma contribuição relevante à defesa dos direitos e das questões de gênero no Brasil. Os nomes foram indicados pela bancada feminina do Senado.

As agraciadas foram a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber; a socióloga e primeira-dama, Rosangela da Silva, a Janja; a diretora-geral do Senado, Ilana Trombka; a cientista política Ilona Szabó, presidente do instituto Igarapé; a jornalista Nilza Zacarias, coordenadora da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito. Também receberam a premiação in memoriam a jornalista Glória Maria e a líder indígena Clara Camarão.

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, considera que a efetivação da bancada feminina no Colégio de Líderes foi o maior avanço da gestão passada, também coordenada por ele. Para Pacheco, a sociedade tem o desafio de combater o aumento do feminicídio e outras formas de violência generalizada e estrutural contra as mulheres no Brasil.

"Uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revela que todas as formas de violência contra a mulher aumentaram em 2022. A pesquisa apresenta um cenário trágico, em que uma média superior a 50 mil mulheres diariamente são vítimas de diversas violências. E uma mulher a cada seis horas no Brasil sendo morta por ser mulher. Ainda há grandes obstáculos que persistem no atingimento da igualdade de gênero, como a diminuição da sub-representação na política, a redução das desigualdades no mercado de trabalho e o combate às violências, com dados alarmantes, uma quantidade inaceitável de feminicídios", afirmou Pacheco.

O presidente do Senado ressaltou também o papel vanguardista da cientista e ativista Bertha Lutz, cuja luta feminista teve impactos não só no Brasil, mas mundialmente.

"Lutz foi uma das poucas mulheres a participar da elaboração da Carta da Organização das Nações Unidas, em 1945. Em evento dominado por homens, a brasileira liderou a luta para que os direitos das mulheres estivessem contemplados. Lutz incluiu no preâmbulo e no artigo 8 da Carta uma referência específica à igualdade de direitos de homens e mulheres. Foi graças à sua luta que se garantiu a igualdade na participação de homens e mulheres nos diversos órgãos da ONU", disse.

Rosa Weber também destacou os avanços da representação feminina nas últimas décadas, a despeito das muitas dificuldades provocadas pelo machismo estrutural.

"A historiadora Mary Del Priore ressalta que a questão feminina no Brasil permaneceu excluída da própria História como disciplina até a década de 1970. O espaço era demarcado pelas representações masculinas dos historiadores que produziam com exclusividade a reconstituição da história, o longo evoluir das conquistas femininas no tocante à igualdade de gênero e à luta e resistência das mulheres, sobretudo sob a ótica das relações de poder.Mesmo no espaço forense, condutas e atos discriminatórios são indicativo seguro de que sequer o Judiciário, em seus campos de atuação, está imune à cultura da subjugação e desqualificação do feminino que impregna a sociedade na qual se vê, nos dias atuais, recrudescer de forma alarmante a violência contra a mulher", afirmou a ministra.

Já Rosangela da Silva disse que a sociedade brasileira também precisa estar alerta contra a cultura do ódio às mulheres nas redes sociais. Janja lembrou que é vítima de inúmeras fake news nas redes sociais, "mais até do que o presidente Lula", devido à sua atuação político-social.

*Da Agência Senado

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, afirmou nesta quarta-feira (8) que há uma "sub-representação feminina" no Congresso Nacional, destacando como um "projeto em permanente construção" a batalha pelo fim da discriminação de gênero. A fala ocorreu no Senado, onde a ministra recebeu o diploma Bertha Lutz, importante ativista do feminismo no século XX.

"A igualdade fez-se assim e continua a se fazer a sub-representação feminina também nesse Parlamento a partir da perspectiva masculina a respeito da mulher. Vale dizer, igualdade formal, na lei, e não igualdade substancial, efetiva", disse.

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Segundo Rosa Weber, a sociedade brasileira é marcada por um "machismo estrutural" em torno do qual "se edificaram as estruturas procedimentais e de tomada de decisão de modo a não considerar a mulher como ator político institucional relevante no projeto democrático constitucional".

"Por isso, reafirmar o direito das mulheres à igualdade de tratamento e de acesso aos espaços decisórios públicos como forma de luta à discriminação de gênero não se trata de projeto realizado, mas, sim, de projeto em permanente construção", reiterou a presidente do Supremo.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu na tarde desta segunda-feira, 27, reitores de universidades e representantes de instituições da área da educação para apresentar o programa STF na Escola. A iniciativa tem como objetivo aproximar o Supremo à sociedade por meio de visitas a escolas do Distrito Federal.

"Só se pode criticar de forma construtiva se se conhece a instituição", afirmou Rosa na abertura do evento. A ministra destacou que os atos golpistas de 8 de janeiro deixaram "evidente quão prejudicial à sociedade brasileira é a desinformação e propagação do discurso de ódio".

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Para Rosa, as pessoas que participaram da depredação das sedes dos três Poderes - das quais o alvo mais violentado foi o STF - "sequer conhecem o papel desempenhado pelo Supremo".

As visitas serão feitas por servidores da própria Corte, de forma voluntária. Os servidores farão palestras com informações sobre o Supremo, a Constituição e a democracia. Depois, as escolas do DF serão convidadas a visitar a sede do STF.

Depois da fala de Rosa na abertura, professores de universidades parceiras se reuniram para fazer um balanço das demais ações do Programa de Combate à Desinformação, lançado em 2021 pelo ministro Luiz Fux, então presidente da Corte. As ações em curso incluem educação midiática, treinamento de servidores e projetos de extensão.

O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), tentou tranquilizar os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, antes dos bolsonaristas depredarem as sedes dos Poderes.

Na véspera dos protestos golpistas, Rodrigo Pacheco pediu ajuda ao governador e alertou sobre o risco de invasão ao Congresso. A informação teria sido reportada pelo setor de inteligência da Polícia Legislativa. "Estimado governador, boa noite! Polícia do Senado está um tanto apreensiva pelas notícias de mobilização e invasão ao Congresso. Pode nos ajudar nisso?", escreveu o senador.

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Ibaneis repondeu que todo o efetivo de segurança havia sido mobilizado e estava nas ruas: "Não teremos problemas", garantiu.

No dia seguinte, quando radicais já haviam avançado sobre o Congresso Nacional, a presidente do STF foi uma das primeiras a fazer contato com o governador: "Já entraram no Congresso!", alerta a ministra. Ele deu uma resposta parecida, sobre o volume de agentes mobilizados, e assegurou: "Estamos cuidando".

No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou afastar o governador do cargo pelo prazo inicial de 90 dias. A decisão afirma que o governador foi conivente com os extremistas e ignorou apelos de autoridades para reforçar a segurança na Praça dos Três Poderes.

As mensagens foram extraídas do celular do governador e periciadas pela Polícia Federal (PF) na investigação sobre o papel de autoridades nas manifestações golpistas. Ele entregou o aparelho voluntariamente aos policiais.

Ibaneis já prestou depoimento no inquérito. Ele declarou que os órgãos de segurança do Distrito Federal estavam cientes da manifestação e prepararam um protocolo integrado de ações, que na avaliação dele foi 'sabotado'. O plano teria sido debatido com representantes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do STF, afirmou o governador, que disse ainda não saber do risco de violência.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) disse, ao abrir a sessão plenária de hoje - dia em que se completa um mês dos atos golpistas de 8 de janeiro -, que a Corte continuará vigilante em 2023 "na incondicional defesa da supremacia da Constituição e da integridade da ordem democrática".

"A manutenção dos trabalhos institucionais nesta mesma sede histórica, neste mesmo plenário reconstituído, a despeito da agressão desprezível de 8 de janeiro, paralelamente às ações destinadas a reparar os danos causados ao patrimônio público e a promover a responsabilização dos seus agentes, é a resposta fundamental que se impunha, sem qualquer hesitação, aos atos de violência contra as instituições democráticas, e essa resposta está dada", reforçou a ministra.

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A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, destacou que cabe ao Poder Judiciário a guarda da Constituição. De acordo com ela, em 2023, a Corte Suprema continuará "vigilante na integridade da ordem democrática".

"A participação do Judiciário nesta cerimônia reveste-se de especial significado nax medida em que a interação sadia e harmônica entre os Poderes", declarou Rosa.

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A ministra classificou como "ataque ignóbil" as manifestações golpistas que ocorreram em 8 de janeiro em Brasília. Segundo ela, "longe de enfraquecer" a democracia, a data conferiu maior intensidade ao convívio harmonioso entre os Poderes.

De acordo com Rosa, "longe do pretendido aviltamento das instituições", a comunhão nacional se retomou fortalecida. "Que prossigamos firmes no contínuo aperfeiçoamento da nossa democracia", declarou.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), fez dura fala contra discurso de ódio e intolerância, na abertura do ano Judiciário. A ministra chamou os atos que resultaram na depredação das sedes dos três Poderes de "invasão criminosa de turba insana" e advertiu que, apesar de os três pilares da democracia terem sido alvo de "ataque golpista e ignóbil", os vândalos "não destruíram o espírito da democracia".

"Que os inimigos da liberdade saibam que no solo sagrado deste Tribunal o regime democrático, permanentemente cultuado, permanece inabalável. Frustrado restou o real objetivo dos que assaltaram as instituições democráticas: o ultraje só poderia resultar, como resultou, no enaltecimento da dignidade da Justiça, e no fortalecimento do valor insubstituível do princípio democrático, jamais no aviltamento do Poder Judiciário", afirmou.

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Ela ainda ressaltou que "nem pela barbárie" os juízes serão intimidados e reiterou que o estado democrático "nunca é uma obra completa". De acordo com a ministra, a democracia, por ser plural, pressupõe "diálogo constante" e "tolerância com diferenças".

Ainda em meio ao impacto dos atos golpistas do dia 8, a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, divulgou a pauta do Plenário até junho, sem previsão de julgamentos polêmicos. Ações sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas, a descriminalização do aborto, a graça concedida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira e juiz de garantias ficaram de fora da pauta do STF nesse primeiro semestre.

A primeira sessão plenária do Supremo ocorre na próxima quarta-feira, 1º, e marca a abertura do ano Judiciário de 2023. Até lá, a Corte está tecnicamente em recesso - apesar de o período ter sido turbulento em razão da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, o que levou inclusive à abertura de uma sessão extraordinária do Plenário virtual, onde os ministros chancelaram decisões de Alexandre de Moraes fechando o cerco aos golpistas.

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O tema a ser enfrentado pelos ministros no primeiro julgamento após o recesso é da área tributária, envolvendo os 'limites da coisa julgada'. Os magistrados vão discutir se decisões que já autorizaram o contribuinte a deixar de pagar determinado tributo perdem efeito quando a Corte toma nova decisão que considere a cobrança constitucional. Ou seja, se a quebra do efeito é automática ou não.

O rol de atividades do STF no primeiro semestre também prevê discussões relativas à esfera ambiental e penal. Em março, os ministros vão julgar a regulamentação da visita íntima em presídios federais. Em junho, a Corte deve analisar ação movida pelo governo Bolsonaro que pede a nulidade de dispositivos do Código Florestal, para que o conjunto de normativas estabeleça as regras de proteção da Mata Atlântica. Ainda em junho, pode ocorrer julgamento de ações que questionam o bloqueio, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, de usuários nas redes sociais.

Parte dos processos mais polêmicos, que ainda não tem data para serem enfrentados pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, tramitam sob relatoria da presidente da Corte. Em setembro, logo depois de assumir a gestão do STF, Rosa evocou dispositivo do Regimento Interno do Tribunal e manteve sob sua relatoria as ações sobre o indulto concedido pelo ex-chefe do Executivo a Daniel Silveira e a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação.

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu trecho do decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que concedeu, no final do ano passado, indulto natalino a policiais condenados pelo massacre do Carandiru, ocorrido em 1992.

A decisão atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que argumentou que o indulto é inconstitucional porque é proibida sua concessão a presos que cometeram crimes hediondos. O argumento do decreto é que, na época em que os crimes foram cometidos, eles não se encaixavam nessa categoria. Para a PGR, cuja sustentação foi acolhida pela Corte, a aferição sobre a definição do crime como hediondo deve ser feita no momento da edição do decreto.

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A medida é liminar e foi tomada por Rosa porque ela está no regime de plantão da Corte. A decisão ainda será analisada pelo relator do caso Luiz Fux.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, convocou sessão virtual extraordinária do Plenário até fim do recesso. A medida permitirá que o colegiado julgue ações urgentes, como a decisão cautelar do ministro Alexandre de Moraes que determinou o afastamento do governador Ibaneis Rocha (MDB).

A sessão ficará aberta das 18h desta segunda-feira, 9, até as 23h50 do dia 31 de janeiro. Ainda não há processos pautados para esse período, mas a expectativa é que as decisões recentes de Moraes sejam submetidas ao Plenário. Isso porque, em dezembro, a Corte aprovou mudança regimental que submete medidas cautelares monocráticas imediatamente ao Plenário para validação dos demais colegas.

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Em nota divulgada neste domingo, 8, a ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a Corte "não se deixará intimidar por atos criminosos e de delinquentes infensos ao Estado Democrático de Direito" e que o STF atuará "para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos".

A magistrada apontou que o prédio da Corte foi "severamente destruído por criminosos, vândalos e antidemocratas", assim como as sedes dos outros dois poderes, e será reconstruído.

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"O Brasil viveu neste domingo - 8 de janeiro de 2023 - uma página triste e lamentável de sua história, fruto do inconformismo de quem se recusa a aceitar a democracia", lamentou a ministra.

Rosa afirma, ainda, que manteve contato com autoridades de segurança pública, do Ministério da Justiça e do Governo do Distrito Federal.

"Os agentes do STF garantiram a segurança dos ministros da Corte, que acompanharam os episódios com imensa preocupação", destacou a ministra.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, agradeceu o ministro da Justiça, Flávio Dino, por ter colocado a Polícia Federal (PF) à disposição para investigar ataques e ameaças aos membros da Corte.

No ofício enviado a Dino, a presidente do STF afirma que a mensagem será transmitida aos demais ministros do tribunal.

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O gesto do ministro da Justiça aconteceu depois que o ministro Luís Roberto Barroso, vice-presidente do STF, foi hostilizado em um aeroporto nos Estados Unidos.

Em novembro, quando uma comitiva de ministros do STF viajou a Nova York para participar de um evento organizado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, bolsonaristas chegaram a cercar o hotel em que eles estavam hospedados.

Dino chamou de "extremistas antidemocráticos" os manifestantes que "perseguem" ministros do STF.

Em seu discurso de posse, o ministro da Justiça já havia indicado uma mudança de tom em relação ao STF. O tribunal se tornou um dos alvos preferenciais do bolsonarismo durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro (PL). O novo governo pretende uma reaproximação com o tribunal.

"Ficaram no passado as palavras acintosas, agressões e tentativas de intimidação do Poder Judiciário, substituídas por harmonia e diálogo", disse Dino.

A ministra Rosa Weber, relatora de ações em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que contestam a constitucionalidade do orçamento secreto, disse que as chamadas "emendas Pix" são um "verdadeiro cheque em branco". O mecanismo permite a transferência direta de recursos federais aos Estados e municípios.

"A transferência das titularidades desses valores realizada sem as condicionantes próprias, sem vinculação a qualquer programa governamental, caracteriza verdadeiro cheque em branco, expondo esses recursos à manipulação política", criticou.

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Intervalo

Rosa suspendeu a sessão de julgamento de ações que contestam a constitucionalidade do orçamento secreto. A ministra, que é relatora das ações, fez uma longa leitura do seu voto, mas ainda não proferiu seu posicionamento final, que deve ser anunciado após o intervalo. Ela foi a única a votar e a sessão encerra às 18h.

Rosa fez, no entanto, duras críticas à falta de transparência e desigualdade na distribuição das emendas de relator. Ela disse que o Executivo abriu mão do orçamento em troca de apoio parlamentar e que a crise entre Executivo e Legislativo "tornou ainda mais caro e dispendioso" a manutenção da base no Congresso.

A aposentadoria da ministra Rosa Weber e do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023 proporcionará ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) as indicações de dois nomes para ocupar as vagas. O Supremo foi um órgão bastante afetado durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), sendo centro da crise política no Brasil. 

Em conversa com a sua equipe técnica, os nomes cotados pelo petista para ocupar a cadeira deixada por Lewandowski são: o advogado Pedro Serrano, o jurista Lenio Streck, o advogado pessoal do petista, Cristiano Zanin e o advogado, filósofo e escritor Silvio de Almeida. Já entre as mulheres, estão cotados os nomes das advogadas criminalistas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal para ficar no lugar de Weber, que se aposenta em 2 de outubro e Lewandowski, em 11 de maio, datas que completam 75 anos, idade que a aposentadoria dos ministros se torna compulsória. 

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Atualmente o STF tem três ministros indicados por Lula: Dias Toffoli (2009), Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski (2006). Bolsonaro, por sua vez, indicou dois ministros: Nunes Marques (2020) e André Mendonça  (2021), com 50 e 49 anos, respectivamente.

O presidente eleito ainda não bateu o martelo sobre a decisão; ele vai esperar os conselhos da equipe técnica. Segundo o Correio Braziliense, o objetivo é indicar pelo menos um magistrado com o perfil de Lewandowski, que foi indicado pelo próprio petista em 2006. 

A ministra Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal, afirmou nesta quarta-feira, 16, Dia Internacional da Tolerância, que liberdade de expressão não abriga agressões e manifestações que incitem ao ódio e à violência, inclusive moral. A magistrada ainda destacou que o exercício da tolerância é 'premissa fundamental para a concretização dos fundamentos' da República, em especial 'a dignidade da pessoa humana e o significado da noção de pluralismo, que compõem o conceito de Estado Democrático de Direito'.

As declarações se deram na abertura da sessão plenária da Corte máxima, dois dias após magistrados que integram o colegiado serem hostilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em Nova Iorque. Rosa Weber fez referência ao episódio, ressaltando que ele o levou a reafirmar que 'a democracia, fundada no pluralismo de ideias e opiniões, a legitimar o dissenso, se mostra absolutamente incompatível com atos de intolerância e violência, inclusive moral, contra qualquer cidadão'.

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Em breve discurso, a magistrada lembrou da Declaração de Princípios aprovada em Conferência Geral da Unesco, em 1995, quando o Dia Internacional da Tolerância foi aprovado. Segundo o texto, tolerância é 'não é apenas um dever moral, como também uma exigência política'. "É a responsabilidade que dá sustentação aos direitos humanos, ao pluralismo, à democracia e ao Estado de Direito", assinalou a ministra, rememorando o texto da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura.

De outro lado, a ministra também evocou a argumentação de Karl Popper, filósofo responsável pelo conceito de paradoxo da tolerância. "A tolerância ilimitada leva ao desaparecimento da tolerância. Se estendermos a tolerância ilimitada mesmo aos intolerantes, e se não estivermos preparados para defender a sociedade tolerante do assalto da intolerância, então, os tolerantes serão destruídos e a tolerância com eles (…)", escudados os intolerantes, acresço, em pretensa liberdade de expressão", ressaltou Rosa, parafraseando o austríaco.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, evitou comentar sobre as denúncias de operações ilegais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que estariam atrapalhando os deslocamentos de eleitores neste domingo, 30. Após votar na Asa Sul, em Brasília, a ministra foi questionada por jornalistas sobre o tema, mas disse apenas que a "Justiça Eleitoral está tratando adequadamente deste tema".

Por volta das 15h20, o diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, estava no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prestando depoimento sobre as operações, que foram proibidas no sábado pelo presidente da corte eleitoral, ministro Alexandre de Moraes. Rosa ainda disse que este domingo de votação em segundo turno é um dia que a democracia se reafirma. "Cada vez que o povo se dirige às urnas para escolher os nossos dirigentes nós reafirmamos a nossa democracia e o Estado Democrático de Direito", afirmou.

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A ministra ainda disse que "é muito bom ver a votação acontecendo de forma serena" e desejou que a situação continue tranquila até o fim do dia. "E que nós todos possamos juntos celebrar a democracia."

Mais tarde, Rosa Weber deve ir ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para acompanhar a apuração com os ministros da corte eleitoral e outros membros do STF, além de autoridades de outros Poderes, em uma forma de blindar a instituição dos ataques que tem sofrido, como já ocorreu no primeiro turno.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, destacou neste domingo, 2, após votar na Escola Parque, em Brasília (DF), que espera que, no futuro, a sociedade brasileira possa olhar para o dia de hoje e concluir que foi a reafirmação da democracia no País. Desde que assumiu a presidência do STF, no meio de setembro, a ministra tem feito uma forte defesa da lisura do processo eleitoral brasileiro em meio aos ataques reiterados do presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, às urnas.

"Desejo sinceramente que no futuro possamos olhar para esse 2 de outubro de 2022 e concluir que foi a reafirmação do nosso Estado Democrático de Direito", disse Rosa Weber, em rápida declaração à imprensa.

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A ministra também disse esperar que a tarde deste dia de votação transcorra com "a mais absoluta normalidade" e "na paz que a sociedade brasileira merece", destacando que tem ocorrido dessa forma até o momento.

"Hoje é um dia muito importante para todos nós, brasileiros e brasileiras, porque estamos celebrando a democracia, essa democracia que nos une nas nossas diferenças e que assegura que o povo, de forma consciente e independente, defina os destinos do nosso País via a afirmação de sua vontade soberana", completou Rosa Weber.

A presidente do STF esperou pacientemente, por cerca de 40 minutos, na fila da sua seção de votação, que ela chamou de democrática, para registrar suas escolhas na urna, embora tivesse prioridade. Rosa completa 74 anos hoje.

"Nada como uma fila republicana e democrática. Prefiro esperar a minha vez", respondeu à juíza eleitoral Thaissa de Moura Guimarães, responsável pela sua seção eleitoral, que a recepcionou.

Rosa Weber vai aguardar os resultados da votação em primeiro turno no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao lado de ministros da corte eleitoral e de outros membros do STF, além de autoridades como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, chamou as principais autoridades do País para acompanhar a apuração in loco, em meio aos reiterados ataques de Bolsonaro à lisura das urnas e do processo eleitoral.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, chegou na tarde deste domingo para votar na Escola Parque, em Brasília. A expectativa é de que a ministra dê uma declaração curta à imprensa após registrar seu voto na urna.

Rosa Weber vai aguardar os resultados da votação em primeiro turno no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao lado de ministros da corte eleitoral e de outros membros do STF, além de autoridades como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas.

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O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, chamou as principais autoridades do País para acompanhar a apuração in loco, em meio aos reiterados ataques à lisura das urnas e do processo eleitoral do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, reiterou, nesta quinta-feira (29), sua confiança na Justiça Eleitoral e na certeza de que as eleições do próximo domingo (2) serão íntegras, seguras e em paz, como a sociedade merece. Ela participou da abertura do programa de observadores e convidados internacionais para as eleições gerais deste ano, promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

“Em tempos turbulentos como os atuais, mais do que nunca se há de proclamar a irrestrita confiança que devotamos à Justiça Eleitoral quanto à integridade das eleições e à legitimidade dos resultados eleitorais. Estamos certos da atuação sempre firme do TSE a assegurar que nada tumultue a escolha livre e consciente dos cidadãos brasileiros do que entendam ser o melhor para o país, em absoluto respeito ao processo democrático, tal como ocorreu em 2018, quando, na presidência do TSE, diplomei os candidatos vencedores nas urnas”, afirmou. 

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Sistema confiável

De acordo com a presidente do STF, a Justiça Eleitoral é patrimônio do povo brasileiro, e a urna eletrônica, o melhor exemplo da obra coletiva dos que sucessivamente, há décadas, se dedicam no TSE ao fortalecimento da democracia, proporcionando sistema eleitoral confiável, seguro e auditável, que serve de modelo para todos. 

Tolerância

A ministra Rosa Weber reforçou que a democracia é conquista diária e permanente e pressupõe diálogo, tolerância, convivência pacífica com os defensores de ideias antagônicas, que são adversários, e não inimigos. “A democracia exige observância às regras do jogo. Nela não se faculta à vontade da maioria, cuja legitimidade não se contesta, suprimir ou abafar a opinião dos grupos minoritários, muito menos tolher-lhes os direitos constitucionalmente assegurados”, disse. 

Respeito à imprensa A presidente do Supremo cobrou respeito ao trabalho da imprensa na cobertura eleitoral, lembrando que a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) noticiou o aumento dos casos de agressão contra profissionais da mídia. “Considerando que a liberdade de imprensa é, assim como a liberdade de expressão, premissa da democracia, enfatizo que cabe aos poderes constituídos atuar para a garantia da segurança dos jornalistas, para que se mantenham firmes na missão de informar a sociedade”, destacou. 

Colaboração Na avaliação da ministra Rosa Weber, a presença de convidados internacionais nas eleições é importante para testemunhar o trabalho do TSE e colaborar para o constante aperfeiçoamento do processo eleitoral brasileiro.  Autoridades Entre as demais autoridades presentes no evento estavam o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, e o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Beto Simonetti. 

Leia a íntegra do discurso

*Do STF

 

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, assumiu a presidência do órgão no início de setembro, sendo a terceira mulher a ocupar o cargo na história da Corte. Ela sucedeu o ministro Luiz Fux, que completou o mandato de dois anos no comando do Supremo. 

Weber, que vai se aposentar compulsoriamente em outubro de 2023 e terá o mandato interrompido após completar 75 anos, também vai chefiar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), tendo o ministro Luís Roberto Barroso como vice-presidente. 

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Rosa Weber nasceu em Porto Alegre e se formou em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atuou na magistratura trabalhista antes de chegar ao STF, em 2011, quando foi nomeada pela ex-presidente Dilma Rousseff. Foi juíza do trabalho, passou pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e o Tribunal Superior do Trabalho (TST). Após tomar posse no Supremo, a ministra também presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entre 2018 e 2020. 

No discurso de posse, a ministra repudiou a intolerância e o discurso de ódio, defendeu a democracia e o Estado de Direito. Ela também observou que o Brasil vive “tempos perturbadores”, defendeu o sistema eleitoral e criticou os ataques ao STF, realizados, sobretudo, pelo atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). 

“De respeito ao dogma fundamental da separação de poderes, de rejeição do discurso de ódio, de repúdio à prática de intolerância enquanto expressões constitucionalmente incompatíveis com a liberdade de manifestação do pensamento”, disse, com relação ao discurso de ódio propagado e legitimado no País nos últimos anos. 

Sobre os ataques sofridos pelo STF, a ministra ressaltou que o órgão “não pode desconhecer esta realidade”. “Vivemos tempos particularmente difíceis da vida institucional do país. Tempos verdadeiramente perturbadores, de maniqueísmos indesejáveis. Até porque tem sido alvo de ataques injustos e reiterados, inclusive, sob a pecha de um mal compreendido ativismo judicial por parte de quem, a mais das vezes, desconhece o texto constitucional e ignora as atribuições cometidas a essa Suprema Corte pela Constituição. Constituição que nós, juízes e juízas, juramos obedecer”, declarou. 

Como vota Rosa Weber

A ministra costuma proferir votos técnicos aderentes à Jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Além de ser contrária à condenação em segunda instância, ela votou pela suspensão integral e imediata das emendas do orçamento secreto por defender a transparência. Na ocasião, ela enalteceu a “fidelidade aos postulados republicanos e a transparência necessária à garantia de acesso de todos às informações de interesse público”. 

Anos atrás ela também votou pela constitucionalidade das cotas raciais, instituídas pela Universidade de Brasília (UnB). À época, ela rejeitou todos os argumentos apresentados pelo DEM, contrários às cotas, que alegavam a violação de preceitos da Constituição Federal com a instituição das cotas raciais. 

Com a regulamentação do piso salarial da enfermagem em pauta, o setor da saúde aguarda o posicionamento da ministra, que ainda não se sabe para qual lado ela vai, tendo em vista o seu perfil formal e discreto. 

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