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Popularmente conhecida como uma doença que provoca tremores nas mãos, o Parkinson vai além deste sintoma. É uma doença que afeta o sistema nervoso central, que deixa de produzir dopamina, substância responsável pela movimentação do corpo, e ocasiona rigidez nos movimentos, lentidão, queda na percepção olfativa e tremores, afetando, principalmente, a execução dos movimentos rotineiros de um indivíduo.

“Essa pessoa vai precisar, daí em diante, ter sempre junto a si um acompanhante, uma pessoa que a auxilie a se trocar, a partir a comida, a dar remédio. Além disso, a primeira batalha é o próprio indivíduo aceitar que tem o Parkinson”, revela Terezinha Veloso, presidente da Associação Pernambucana de Parkinson (ASP-PE), e responsável por cuidar do marido, José, que possui a doença há anos.

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Ao todo, quase 300 pessoas frequentam o local, que promove palestras semanais, atividades de lazer e passeios turísticos com o grupo. “A socialização dessas pessoas é muito importante, pois eles podem desenvolver depressão, e muitos chegam aqui com este quadro, e toando medicamentos. Eles não podem se abalarem”, explica Terezinha Veloso.

No local, há espaço para palestras, sala de convivência, cozinha, espaço para lazer com jogos como dominó, bazar e loja com produtos feitos pelos associados para serem vendidos. Na associação, a maioria dos frequentadores são homens com idade acima de 60 anos, embora o Parkinson que possa afetar qualquer faixa etária e sexo, e seu tratamento é feito com remédios, distribuídos no local.

O diagnóstico deve ser feito por um neurologista, que, a partir dos sintomas apresentados pelo paciente, vai descartar outras doenças. “Não existe um exame para identificar a doença, o médico só vai conseguir identificar através do exame clínico e do histórico familiar”, explica.

Nesta sexta-feira (11), Dia Nacional do Portador de Parkinson, a ASP fará uma programação especial de lazer com os frequentadores. Uma palestra sobre Direitos dos Idosos com Parkinson também foi feita. “Eles possuem os mesmos direitos dos idosos, previstos no estatuto deste público. Para terem garantidos estes direitos, minha recomendação é que tenham sempre o laudo médico consigo, pois eles são isentos de tributos e, ao se aposentarem pelo INSS comprovando a doença, tem acréscimo de 25% no valor a ser recebido, para que possam custear seu acompanhante”, explica Luciana Dantas, promotora de justiça da pessoa idosa no Recife.

Outra dificuldade relatada pelos frequentadores da ASP é a falta de médicos nas unidades de saúde e a demora para a marcação de consultas. “De que adianta abrir mais postos e unidades se não há médicos?”, questiona Severino Joaquim de Souza, 73 anos, conhecido como “Seu Biu”, que há quatro meses teve o diagnóstico de Parkinson confirmado, e começou a frequentar a ASP. “Percebi que podia ter o Parkinson porque minhas mãos começaram a tremer, mas agora está mais controlado porque tomo remédio e frequento o centro. Aqui assisto a palestras e participo dos eventos, assim como também participo das atividades de um movimento cristão”, conta.

“Eu já tinha tremores desde pequeno, quando foi diagnosticada uma neuroplastia, e tive uma série de problemas que contribuíram para que o Parkinson aparecesse”, afirma Laércio Cruz, 77 anos. Ele relata que sente rigidez nos músculos, estalos em articulações, tremores e desequilíbrio para andar, mas não desanimou com a doença. “Para pegar ônibus é complicado quando você usa muletas e não pode correr, mas temos que seguir. Já trabalhei muito, gosto de ler, baixo livros na internet, busco temas que tenho interesse em conhecer, como o próprio Parkinson”, revela Cruz, que já foi balconista, representante comercial e dono de loja de livros no centro da cidade. Para ele, o mais importante no tratamento é se comunicar com os outros. “Isso é qualidade de vida, a pessoa sai do claustro e se mistura aos demais”, acredita. 

Apelo por uma sede

A associação funciona no segundo andar de um edifício no bairro de Santo Antônio e foi criada há 13 anos, por três médicos que buscavam garantir os direitos das pessoas que tinham essa doença. Atualmente, a associação se mantém com auxílio de voluntários e enfrenta uma batalha para conseguir sua sede.

“Conseguimos um imóvel na Rua da Aurora, cedido pelo Estado, para montarmos a associação no local. Acontece que o imóvel está ocupado, então tivemos que buscar outra opção, pagamos aluguel, condomínio e outras taxas”, diz a presidente da ASP-PE. O grupo foi orientado a buscar a Defensoria Pública e a Procuradoria, ou mesmo um advogado que se sensibilize com a causa. “Não podemos desistir, temos nosso espaço garantido, mas precisamos de pessoas possam agilizar o processo”, finaliza Terezinha Veloso.

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No programa Vencer dessa semana o jornalista James Alcides conversa com profissionais e parentes que trabalham no tratamento de pessoas com autismo. Uma delas é a presidente da Associação de Famílias para o Bem-Estar e Tratamento da Pessoa com Autismo (Afeto), Maria Angela, que ressalta a importância de se instituir um dia para conscientização do autismo, principalmente por parte dos governantes. De acordo com ela, a iniciativa ajuda para que se conheça a doença e, consequentemente, acabe com o preconceito. Há quatro anos, no dia 02 de abril, a Afeto promove uma caminhada que reúne familiares e portadores da síndrome. "Começamos a fazer essa caminhada e, hoje, ela virou um encontro dos pais", comenta. 

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Mãe de uma filha autista de 15 anos, a Presidente da associação também fala sobre como o debate a respeito do tema ajuda as próprias famílias a encontrarem uma forma mais adequada de tratamento. "A caminhada mostra aos pais que os seus filhos podem seguir, sim, os seus próprios caminhos, mesmo com a deficiência", ressalta.

Concordando com a presidente, Iremar Júnior, chefe da Divisão da Pessoa com deficiência da Prefeitura do Recife, também aborda a importância do conhecimento da síndrome para o fim do preconceito. Ainda sobre o tema, o educador Víctor Eustáquio tira algumas dúvidas e ajuda os pais a identificarem os sinais do autismo. Confira as entrevistas completas no vídeo.

O Vencer é exibido toda semana aqui no Portal LeiaJá.

Com o objetivo de sensibilizar a população para doarem seus cabelos às mulheres vítimas do câncer que perderam as madeixas durante o tratamento, o Shopping Recife, em Boa Viagem, promoveu o projeto “Força na Peruca”. Toda cabeleira doada será transformada em perucas para quem sofre com as mudanças físicas impostas pela doença.

A iniciativa foi criada pelos estudantes do curso de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e contou com o apoio do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) e o Salão SET, onde as doadoras puderam cortar os fios. Durante a ação, realizada nesta sexta-feira (28) e sábado (29), mais de 90 pessoas colaboraram com a campanha. 

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De acordo com uma das coordenadoras da ação, o “Força na Peruca” foi além das expectativas. “Fiquei impressionada com a quantidade de pessoas que querem ajudar na campanha. Ontem, uma menina de apenas sete anos gostou tanto da iniciativa que cortou os cabelos sem pena nenhuma”, conta Ana Cláudia Conrado, de 21 anos. A organizadora lembra que menores de idade que quiserem contribuir com o projeto precisam da autorização dos pais ou responsáveis. 

Outra organizadora do evento, Priscila Cristina, 23, disse que o projeto deu tão certo que pretende expandir a ação. “A sensibilidade nas pessoas é tão grande que o grupo está sendo chamado para realizar o ‘Força na Peruca’ em escolas do Recife. Em breve, muitos poderão doar seus cabelos em outros pontos da cidade”, garantiu a jovem. 

Apesar de o evento ser voltado para mulheres vítimas do câncer, os homens também podem contribuir. Ontem, inclusive, uma pessoa do sexo masculino ajudou o projeto. “Ele (homem que doou o cabelo) não cortava a cabeleira há oito anos. O cabelo dele chegava na cintura. Era enorme”, conta, impressionado, o organizador da ação, Francisco Mateus, 22. 

Segundo a organização do evento, a doação só é permitida a partir de 10 cm de cabelo. Os organizadores ainda contam que todo o tipo de madeixa pode ser doado: cacheado, liso, crespo e até com produtos químicos. Depois de arrecadado, todo cabelo recolhido vai para as mãos de um peruqueiro, que descolore os fios e separa o tipo de cabelo por fibra, a fim de formar uma boa peruca. O projeto também recebe doações através dos Correios. 

Quando viu o anúncio do projeto na internet, a bancária Girlene Rodrigues, 26, não pensou duas vezes e foi até o local fazer sua contribuição. “Sempre deixei meus cabelos abaixo da altura dos ombros. Mas, sinceramente, não foi sacrifício nenhum cortá-los acima. Cabelo cresce de novo. O que vale a pena mesmo é ajudar as essas mulheres que já sofreram tanto”, declarou em entrevista ao LeiaJá.

Além de receber um corte de sua preferência, quem ajudou na campanha também ganhou uma lavagem especial do Salão SET e ainda teve suas madeixas devidamente escovadas.  

 

 

Foi inaugurada nesta sexta-feira (28), a nova sede da Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. No espaço, funcionará o Centro Especializado em Reabilitação de Pacientes com deficiência visual ou mental. A expectativa é realizar mais de 140 mil procedimentos por mês. 

O centro atenderá adultos e crianças com deficiências visuais como catarata, glaucoma, miopia alta. A Fundação também disponibilizará tratamentos com pessoas que tenham problemas de aprendizagem relacionados à visão e dislexia. Atualmente, a instituição atende 44 mil pacientes e realiza duas mil cirurgias por mês. 

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O projeto da nova Fundação Altino Ventura está dividido em cinco módulos, onde funcionarão a Emergência 24horas, um bloco cirúrgico, ambulatórios e o Centro de Reabilitação e ou Múltiplas Deficiências, chamado ‘Menina dos Olhos’.

Sede na Boa Vista - Credenciada pelo Ministério da Saúde (MS) como Centro Nacional de Referência para o atendimento de alta complexidade em oftalmologia, a sede da Fundação Altino Ventura funciona há mais de 20 anos, na Rua do Progresso, 170, no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

A justiça concedeu a um homem, dependente químico, o direito de ter sua internação em uma clínica de tratamento custeada pelo plano de saúde Sul América. O plano terá 24 horas, a partir da decisão judicial, para cumprir a decisão, sob pena de multa diária de R$ 1 mil, e ainda poderá recorrer.

De acordo com a decisão, a Sul América terá que autorizar, arcar a assumir a cobertura de todas as despesas referentes à internação do homem, com acompanhamento psiquiátrico e psicológico por seis meses, contando do dia 15 de fevereiro, quando ele se internou. O autor da ação disse que a cobertura para o tratamento de sua dependência química ao uso de múltiplas drogas havia sido negada pelo plano de saúde, que havia alegado que o contrato não cobria este tipo de tratamento.

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A justiça considerou como prova a prescrição médica apresentada aos autos, que afirmava ser necessária e urgente a internação do paciente. Na liminar proferida no dia 17 de março, o juiz Cláudio Malta de Sá Barretto Sampaio destacou lei que regula os planos e seguros privados de assistência à saúde. “O fato de o contrato excluir a cobertura para o tratamento da dependência química não pode ser sustentado pela ré para se eximir da obrigação, posto que, após a vigência da lei 9656/98, passou a ser obrigatório o atendimento a portadores de transtornos mentais, inclusive nos casos de intoxicação ou abstinência provocadas por alcoolismo, drogas ou outras formas de dependência química”, argumentou.

Ele salientou regulamentação que garante internação sem limite de tempo para o contratante. "De acordo com a ANS, a internação, sem limite de tempo, é um direito de quem contrata um plano de saúde, desde que seja uma prescrição médica”, completou. Deste modo, o juiz entendeu como desrespeito e deslealdade o ato contra o autor, não justificando os argumentos da empresa.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de suspensão do Governo para interromper o medicamento de um paciente portador de HIV com depressão e transtorno de ansiedade. Como multa, a juíza da 2ª Vara da fazenda Pública de Olinda, Eliane Ferraz Guimarães Novaes, fixou o valor de R$ 1 mil por dia pelo descumprimento da medida.

No processo, o autor apresentou laudo e prescrição médica comprovando sua condição de saúde, cujo quadro vem evoluindo há anos com o surgimento de transtornos comportamentais, e necessidade de uso de vários medicamentos para o controle do transtorno de ansiedade, angústia, medo e ideação suicida. O paciente acrescentou nos autos que o uso dos medicamentos servirá para que ele continue vivendo dignamente e afirma não ter condições de arcar com os custos do tratamento.

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O estado, por sua parte, alegou que os medicamentos listados pelos pacientes não fazem parte da lista de remédios fornecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e recomendou tratamento terapêutico alternativo ao paciente. Também acrescentou que o poder judiciário não possui legitimidade para determinar o cumprimento de atos de caráter administrativo, cabendo aos poderes legislativo e executivo ponderar o caso.

O desembargador Rafael Machado, responsável pela negação do pedido do estado, alegou a garantia da saúde e à vida ampla e irrestrita está acima dos parâmetros administrativos. “Não cabe à administração erguer barreiras burocráticas impedindo o tratamento adequado, notadamente na hipótese do cidadão ser portador de moléstia grave, sendo estritamente necessário procedimento prescrito", explicou Machado.

Sobre a legitimidade do poder judiciário, o magistrado registrou que não se pode esquecer a importante missão do judiciário em implementar a efetividade das normas constitucionais. “Este poder não pode ficar apático diante da inconstitucional omissão estatal em não conferir concretização aos preceitos constitucionais. É indispensável a ingerência do Poder Judiciário, para resguardar o direito público subjetivo à saúde previsto na Constituição Cidadã de 1988", completou o desembargador, cuja decisão foi publicada na terça-feira (11), no Diário da Justiça Eletrônico. O Estado ainda pode recorrer da decisão.

Nesta segunda-feira (10), começa a campanha de vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV), em Pernambuco, para meninas de 11 a 13 anos de idade. A meta é imunizar 253,3 mil garotas. A estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras de HPV. A doença é uma das principais causas do câncer de útero.

O HPV é um grupo de vírus transmitido na maioria das vezes através de relações sexuais, mas também pode ser passado de mãe para filho durante o parto. Apesar das mulheres serem mais vulneráveis às complicações relacionadas ao vírus, os homens também têm HPV. “Nos homens é comum o aparecimento de verrugas na cabeça do pênis e na região do ânus. Nas mulheres, as regiões mais atingidas são colo do útero, ânus, vulva, paredes internas na vagina, além da cavidade oral, orofaringe e laringe, em ambos os sexos. Além de verrugas genitais, nas mulheres os vírus podem causar diversos graus de transformação celular no colo do útero, que podem se transformar em um câncer”, relata o oncologista Alexandre Sales. 

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Atualmente existem mais de 150 tipos de HPV, sendo que 90% dos casos são totalmente inofensivos e somem naturalmente. Muitas vezes a pessoa nem chega a saber que estava infectada. Mas para evitar os riscos, o importante é se proteger. Assim como a vacina, o uso do preservativo reduz as taxas de transmissão. Entretanto, ainda é possível a transmissão da doença através do contato com a pele e mucosa ao redor do pênis, mesmo usando a camisinha, pois ela não age contra todos os tipos de vírus do HPV.  A recomendação para as mulheres é fazer regularmente o exame de prevenção, o papanicolau. Para os homens, a única forma de descobrir a presença da enfermidade é quando eles apresentam verrugas, pois só há testes de detecção precoce para as mulheres.

O tratamento do HPV é feito através de medicamentos ou de intervenção cirúrgica, dependendo do caso. O oncologista Alexandre ressalta que o número de casos tem aumentado entre homossexuais e mulheres cada vez mais jovens. “É importante esclarecer a população sobre o HPV. Campanhas de vacinação e informativas, palestras, etc. Orientar as pessoas sobre os riscos, os sintomas, o tratamento e a prevenção, é a melhor saída para diminuir o número de pessoas infectadas”, conclui o médico. 

Um menor portador de hiperinsulinismo congênito venceu o Estado numa batalha para o recebimento de um remédio essencial no tratamento da doença. A decisão foi dada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que deu prazo de 48h para fornecer o remédio Diazóxido ao paciente, sob multa diária de R$ 200,00. A decisão foi publicada no Diário Oficial na quarta-feira (12), mas o estado pode recorrer. A mãe do paciente, Jucenir Gomes da Silva, é a responsável pelo filho na representação, alegou necessidade urgente do fornecimento da medicação, devido ao agravamento do problema de saúde do filho e comprometimento do funcionamento do seu organismo.

O hiperinsulinismo ou hiperinsulinemismo é o excesso de produção de insulina pelo pâncreas, que serve para transportar para as células a glicose formada pela quebra dos açúcares e carboidratos contidos nos alimentos. O hiperinsulinismo congênito é a causa mais comum de hipoglicemia persistente na infância, que compromete o funcionamento do organismo. Para embasar a decisão, foi citado o artigo 196 da Constituição Federal de 1988, que diz: "A saúde é direito do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação".

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Por meio de nota, A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que, desde o momento em que recebeu a notificação judicial, adotou todas as medidas para a obtenção Diazóxido, no menor tempo possível, mas não obteve sucesso. Segundo a SES, o medicamento, em sua forma oral, conforme solicitação feita pelo juiz Erik Simões, não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que torna proibida a sua comercialização em território nacional.

Ainda de acordo com SES, desde o dia 17 de dezembro de 2013, 200 fornecedores de medicamentos em todo o Brasil foram contactados, mas nenhum dispunha do produto ou apresentou uma proposta de venda. Essas negativas estão documentadas e serão apresentadas à Justiça.

A nota também diz que "o hiperinsulinismo congênito tem tratamento mais eficaz por meio da retirada parcial ou total do pâncreas, regulando, assim, a liberação do hormônio", e que a secretaria está à disposição da Justiça, do paciente, familiares e médico assistente, para encontrar uma melhor forma de cuidar da saúde do doente.

Assim como muitas outras mulheres brasileiras, que lutaram contra o câncer de mama, Dayse Morais, de 56 anos, conseguiu superar as dificuldades graças ao apoio de sua família. Especialistas afirmam que a presença de parentes durante o tratamento é de extrema importância. Nesta quarta-feira (5), é celebrado o Dia Nacional da Mamografia - exame que detecta a doença, que segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), é a 2ª enfermidade mais frequente no Brasil.

A mastologista Marina Ávila, afirma que devido às altas taxas de mortalidade, as mulheres tem medo e não realizam os exames periodicamente. “É necessário fazer os exames de prevenção com certa frequência para que não aconteça nada. O autoexame da mama é muito recomendado e assim que a mulher perceber uma diferença, ela deve ir imediatamente ao médico”.

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Dayse Morais relata que descobriu uma pequena diferença, durante um autoexame. "Lembro-me como se fosse hoje, foi no ano de 2003. Estava tomando banho e percebi uma coisa diferente, como se tivesse uma pequena cartilagem no seio direito. Na hora não desconfiei que fosse algo sério, não dei importância. Os dias se passaram e notei que aquilo não tinha se desfeito e comentei com minha irmã. Como estava com muito medo, não quis ir ao médico ver o que era”, contou.

Segundo a mastologista, além dos exames de rotina, é preciso estar atento a alguns fatores de risco, como: ter mais de 40 anos, casos da doença na família, primeira menstruação precoce, menopausa tardia (após os 50 anos), primeira gravidez após os 30 anos, dieta rica em gorduras, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas em quantidades acima dos limites e reposição hormonal.

Ao detectar um nódulo na mama, a paciente deve procurar um especialista para identificar se o nódulo é maligno ou benigno. Nos casos suspeitos, o mastologista então realizará exame físico e de imagem e a partir daí, solicitará a biópsia, que identificará o câncer. Desta forma poderá indicar o melhor tratamento para aquele caso.

Dayse Morais conta que ficou chocada ao confirmar o diagnóstico, e só pensou em sua família. "Só me preocupava com minha família. Minha filha, na época pensou até em raspar sua cabeça, pra me apoiar durante o processo de quimioterapia. Foram seis sessões de químio e 21 de radioterapia pra diminuir o tumor e ser autorizada para retirar a mama”.

Emocionada, Dayse comentou que ler sobre o assunto ajudou ela a entender melhor a doença, os procedimentos do tratamento e narrou seus momentos mais difíceis. “Busquei tudo que podia sobre a doença e as formas de tratamento. Foram momentos muito difíceis. Mas graças a Deus e minha família, tive forças pra enfrentar tudo isso e sem nenhum trauma, apesar de sentir medo algumas vezes. A única vez que chorei foi na minha primeira sessão de quimioterapia. A solidão da sala e ver os rostos daquelas mulheres, que transpareciam dor e sofrimento, me abalaram psicologicamente.”

A especialista explica que atualmente, os médicos aconselham aos pacientes que tiveram um diagnóstico positivo, a irem aos consultórios com algum acompanhante. “Tornou-se uma prática comum, os médicos aconselharem seus pacientes a não irem sozinhos aos consultórios, inclusive as sessões de quimioterapia. Sabemos que existem diversos estudos que mostram uma notável diferença entre as pessoas que tem o apoio da família e aqueles que não têm. Outra prática é indicar um psicólogo ou um psiquiatra, dependendo do quadro clínico do paciente.”

Na manhã desta terça-feira (4) o Hospital do Câncer de Pernambuco (HCP) realizou uma campanha para o Dia Mundial do Câncer. O hospital  montou um dia de atividades especiais em alusão à data. Esteve presente, realizando uma palestra,  a ex-BBB e atriz Maria Melilo que se tratou de um câncer no fígado no final do ano passado.

Após depoimento, Maria, acompanhada do amigo e ex-BBB Daniel Rolim, fizeram uma visitação pelas dependências do Hospital. A artista conheceu os setores de ambulatório, pediatria, câncer de mama, quimioterapia, refeitório e prótese, posando para fotos com pacientes e funcionários e motivando os enfermos. “A motivação é essencial na cura. Eu quero passar alguma coisa positiva, um abraço, um carinho, uma palavra de fé”, conta Maria. “Hoje eu dou valor às coisas simples da vida como acordar e estar viva. Felicidade é isso: estar aqui hoje, viva, respirando. Não tem coisa melhor no mundo”, clonclui.

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Para o Dr. José Peixoto, Médico e Diretor de Ensino e Pesquisa do HCP, a presença de uma celebridade é fundamental. “Os pacientes veem que um famoso estava doente mas se curou e isso acaba levando as pessoas a perderem o medo do tratamento”, comenta. O médico também destaca a importância da prevenção. “A prevenção ainda é o melhor remédio, principalmente no combate ao câncer. Mudança nos hábitos de vida, por exemplo parar de fumar, impedem câncer de pulmão, boca, bexiga e laringe. Evitar o uso do álcool, a vida de sedentária e fazer exames como mamografia são outras medidas que trazem resultados”, explica. 

A campanha do HCP é uma parceria com a Faculdade dos Guararapes (FG) que doou todo o dinheiro arrecadado com as inscrições para o vestibular ao hospital. Além da presença dos ex-BBBs, foram realizadas quatro palestras discutindo os mitos da doença, e as crianças tiveram atividades recreativas, peça de teatro e um lounge tecnológico. 

O Hospital do Câncer de Pernambuco tem 68 anos e atende 45% da população do estado que tem câncer, com cerca de, diariamente, mil atendimentos e 40 cirurgias.   

Depressão, medo de rejeição e isolamento. Apesar de não fazerem parte dos sintomas da Hanseníase - enfermidade que afeta os nervos e a pele- tais sentimentos estão presentes na vida das pessoas como, Mauricélia que ainda sofre preconceito por ser portadora da doença. Sensibilizado com o problema de sua esposa, Marcos Antônio, de 33 anos, tornou-se voluntário do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).

“Ela me contou que tinha Hanseníase quando éramos apenas namorados. No começo, ela escondeu que tinha a doença, por medo que eu a rejeitasse e acabasse nosso relacionamento. Mas superamos isso e já estamos juntos há quatro anos. Foi difícil passar por isso, pois o caso dela se agravou, causando o que eles chamam de garra fixa, que é uma atrofia os dedos das mãos e dos pés”, comentou Marcos Antônio.

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Emocionado, o rapaz contou que tem medo que a esposa e a filha, de apenas dois anos, sofram preconceito na rua. “As pessoas tinham medo de serem contaminadas por minha esposa. Às vezes saímos na rua e eu percebo que as pessoas olham diferente para ela. Já penso em preparar minha filhinha, com ajuda de um psicólogo, para que ela entenda que a mãe dela é normal. Meu medo é que ela sofra algum preconceito na escola por conta disso”.

O coordenador do Morhan e amigo do casal, Gildo Bernardo, falou sobre como lidou com o fato de ter tido hanseníase e sobre o preconceito enfrentado. “Aconteceu em 1994, e na época não sabia absolutamente nada sobre a doença. Ao contrário do comum, não desenvolvi as manchas, só perdi a sensibilidade. Quando descobri, a doença já estava bem avançada. Incrivelmente, a primeira pessoa que demonstrou ter ‘medo’ de mim, foi meu penúltimo médico, que desconfiou que eu tivesse Hanseníase e durante toda a consulta não chegou perto de mim”, contou. 

“Fiz todo meu tratamento na Policlínica Lessa de Andrade, com a médica Rosa Lapenda, que me ajudou bastante. Tomei os remédios durante dois anos e hoje estou curado da doença. Infelizmente meu quadro se agravou, por falta de diagnóstico, e minha mão esquerda teve atrofia. O objetivo do Morhan é divulgar informação sobre a doença em escolas, eventos e outros, para que outras pessoas não sofram o mesmo preconceito”, comentou Gildo.

Para marcar o Dia Mundial de combate à Hanseníase, celebrado nesta quinta-feira (30), foi feita uma ação que disponibilizava exames gratuitos e atividades preventivas, realizados no Praça do Carmo, área Central do Recife. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, Pernambuco é o décimo Estado com maior coeficiente de detecção no Brasil. A cada grupo de 100 mil pernambucanos, 36 são diagnosticados com a doença e podem sofrer algum tipo de incapacidade no futuro. 

O Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia Sergio Palma, explica a necessidade de realizar o diagnóstico com antecedência. “Quanto mais rápido for feito o diagnóstico, que é algo bem elaborado e demora pra ser feito, mais fácil e rápido será o tratamento do paciente. O problema é que muitas vezes, as pessoas não percebem os sintomas”, pontuou.  

Entre os principais sintomas estão manchas esbranquiçadas ou avermelhadas e até caroços na pele, alterações de sensibilidade à dor, frio, calor e tato. Deve procurar o atendimento quem identificar algum tipo de dormência ou formigamento nas mãos ou nos pés, ausência ou diminuição de suor na área atingida e perda de pelos no local.

O dermatologista comenta que após começar o tratamento, não existe risco de contaminação. “É importante deixar claro, que quando a pessoa inicia o tratamento, composto por um coquetel de comprimidos, não há possibilidade de contágio. O tratamento dura, dependendo da gravidade do caso, de seis meses a um ano”. 

O paciente que for diagnosticado com a enfermidade será encaminhado para a unidade de saúde mais próxima à sua residência, já que os casos de rotina de hanseníase são tratados na rede municipal. Apenas os casos mais graves e com complicações deverão ser atendidos em unidades de referência. O Hospital Otávio de Freitas (HOF), no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife e o Hospital Geral da Mirueira, em Paulista, são referência secundárias estaduais no atendimento aos pacientes de hanseníase em Pernambuco e o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) referência terciária.

A combinação entre chuva e calor pode aumentar os casos de dengue. Apesar desses fatores, segundo a coordenadora do Programa Estadual de Combate à Dengue – Claudenice Ponte – nas últimas semanas não houve crescimento significativo de ocorrências da doença em Pernambuco. 

Em contrapartida, alguns municípios estão com índice de infestação elevado. “Isso significa que existem muitos mosquitos nessas regiões. As chuvas seguidas de forte sol têm favorecido para esse aumento”, explicou a coordenadora.

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Outro fator que preocupa o Programa Estadual é que os casos ocorrem em municípios da Zona da Mata, Agreste, Sertão. “Está bem espalhado e diversificado. Assim fica complica conter. Isso é bem preocupante”, disse. Por isso, a melhor forma de combate é a prevenção.

O plano de combate à dengue do Estado foi lançado em outubro de 2013. Todos os municípios também elaboraram seus planos de contingências, com ações específicas que serão desenvolvidas em várias fases. As atividades são colocadas em prática e a coordenação estadual faz o controle.

Segundo Claudenice Ponte, em 2013 foram reduzidos os números de casos de dengue em Pernambuco. “Intensificamos as ações nos municípios que registraram aumento nas ocorrências da doença”. Mesmo assim, a dengue hemorrágica ainda preocupa. 

“Diferente dos outros estados, Pernambuco tem um tipo de sorotipo que eleva a forma grave. Isso chama atenção para esse nível da doença. É preciso ficar atento aos sinais de alarme desse tipo de dengue. Depois da febre o paciente pode ter dores abdominais, calafrios, vômitos persistentes”, argumentou. 

A coordenadora também comentou sobre como é simples evitar e tratar a doença em caso menos graves. “No tratamento o remédio é a água e a outra forma de combate é a prevenção. Muita gente ainda não faz e deixa baldes com focos do mosquito”.

Surgem novos avanços para o tratamento da doença de Parkinson graças a uma terapia genética experimental que permitiu melhorar a motricidade e a qualidade de vida de 15 pacientes com uma forma avançada da doença.

"Os sintomas motores da doença melhoraram até 12 meses após a administração do tratamento em todos os pacientes, mesmo até 4 anos nos primeiros que receberam os cuidados", declarou o professor Stéphane Palfi, neurocirurgião francês que liderou um estudo clínico cujos resultados foram publicados na revista médica britânica The Lancet.

O Parkinson é uma doença neurodegenerativa mais comum depois do Mal de Alzheimer. Ela afeta cerca de 5 milhões de pessoas em todo o mundo e 120 mil na França.

Conduzido por uma equipe de pesquisadores franceses e britânicos, o estudo clínico em sua fase 1 e 2 traz os resultados apresentados por 12 pacientes tratados desde 2008 pelo professor Palfi no hospital Henri-Mondor de Créteil e de 3 do hospital Addenbrookes de Cambridge (Reino Unido).

A terapia genética ProSavin consiste em injetar diretamente no cérebro um vírus de cavalo inofensivo para os seres humanos, e que pertence à família dos lentivírus, esvaziado de seu conteúdo e "preenchido" com três genes (AADC, TH, CH1), essencial para a produção da dopamina, uma substância que é carente em pessoas com Parkinson.

Com um período de quatro anos de análises, os pesquisadores acreditam que demonstraram com "segurança" a longo prazo este método inovador para introduzir genes no cérebro dos pacientes. Graças a esta terapia genética, os 15 pacientes que receberam o tratamento voltaram a fabricar e secretar pequenas doses de dopamina continuamente.

Três níveis de doses foram testadas, a mais forte se mostrou mais eficaz , segundo Palfi, que acredita que seu trabalho "abrirá novas perspectivas terapêuticas para doenças cerebrais". Mas ele reconheceu que ao longo desses 4 anos, os progressos motores se atenuaram devido à progressão da doença.

Outras abordagens da terapia genética utilizam adenovírus (muitas vezes responsáveis por infecções respiratórias) e não os lentivírus, que são injetados diretamente em uma região do cérebro chamada striatum e atualmente sendo desenvolvida nos Estados Unidos e testada em pacientes com formas moderadas e graves da doença.

Dopamina continuamente

A terapia genética ProSavin deve ser alvo de novos testes clínicos a partir do final do ano, indica o prof. Palfi, acrescentando que sua equipe estava tentando melhorar o desempenho do vetor para que ele possa produzir mais dopamina.

Em um comentário anexado ao artigo da Lancet, Jon Stoessl da University of British Columbia, em Vancouver, destacou o lado inovador da abordagem franco-britânica.

Mas ele também lamenta que o tratamento só ataque os sintomas motores e não demais distúrbios (alucinações, mudanças de caráter, distúrbios cognitivos), não relacionados com a produção de dopamina, mas que podem tornar-se cada vez mais difíceis de lidas com o avanço da doença.

O Parkinson é causado pela degeneração dos neurônios que produzem a dopamina, um neurotransmissor relacionado com o controle motor e se traduz em sintomas que pioram progressivamente, como tremores, rigidez dos membros e diminuição dos movimentos corporais.

O principal tratamento consiste em tomar drogas que imitam a ação da dopamina no cérebro (levodopa ou L-dopa), mas que ao longo do tempo causam efeitos colaterais importantes, tais como movimentos involuntários.

Outro tratamento é a técnica de "estimulação cerebral profunda", que envolve eletrodos implantados em estruturas cerebrais profundas, mas exige, posteriormente, "configurações".

O Ministério da Saúde (MS) ampliou recentemente o uso do medicamento Rituximabe utilizada por pacientes com linfoma não-Hodgkin folicular em tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Secretaria de Saúde de Pernambuco, 17 pessoas estão cadastradas no estado para receber o remédio. Atualmente, seu uso está restrito ao tipo mais agressivo deste tipo de câncer. 

Com esta iniciativa, o SUS também atenderá aos pedidos de usuários que buscam os medicamentos por meio judicial. O rituximabe está entre os dez medicamentos mais solicitados na justiça. O custo anual na compra deste medicamento será de R$ 28 milhões. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 10 mil pessoas vão desenvolver este tipo de câncer no próximo ano.

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Em 2011, morreram em decorrência do linfoma 3.737 pessoas, 115 delas pelo tipo folicular. E, no ano passado, houve 12.461 internações (custo de R$ 18,1 milhões) para tratamento da doença, das quais, 1.537 (custo de R$ 1,6 milhão) foram ocasionadas por linfoma não-Hodgkin folicular.

O Linfoma é uma doença que provoca a multiplicação e o acúmulo de linfócitos (muitos deles defeituosos), principalmente nos gânglios linfáticos, causando dores, inchaços e febre. A incidência de linfoma não-Hodgkin aumenta com a idade e o diagnóstico ocorre em geral, por volta dos 65 anos, porém pode manifestar-se em jovens e até em crianças. 

OUTROS MEDICAMENTOS - Também houve expansão no rol de medicamentos de alto custo ofertados gratuitamente pelo SUS, com a inclusão de drogas biológicas modernas como o mesilato de imatinibe (contra leucemia) e o trastuzumabe (contra o câncer de mama). A ampliação veio acompanhada de aperfeiçoamento na gestão dos insumos, que passaram a ser comprados de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde, reduzindo custos com o ganho da escala de compras.

Com informações da assessoria

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No Programa Opinião Brasil desta segunda-feira (09) o jornalista Alvaro Duarte entrevista dermatologista do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Mecciene Mendes. Dados do Instituto Nacional do Câncer apontam o tumor tipo não-melalona como o mais frequente registrado no Brasil e que corresponde a 25% de todos os tumores malignos existentes. Segundo levantamento do Instituto, esse tipo de câncer também apresenta alto índice de percentual de cura, se for detectado precocemente.

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"Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. Geralmente aparece em pessoas com mais de 40 anos, sendo raro em crianças e negros", explica a Médica.

O tipo mais agressivo é o Melanoma Maligno, já que suas lesões podem "enraizar", espalhando-se para outras partes do corpo através do sangue e da linfa, atingindo órgãos vitais. "O sintoma mais comum é uma mancha preta na pele. É como uma ferida que nunca cicatriza. O local sangra e a pessoa precisa ir logo a um médico", informa Macciene. A dermatologista ainda esclarece que o tempo é um fato determinante para a cura e que existem formas de evitar o surgimento do câncer. "A prevenção de um câncer de pele começa logo cedo. É preciso passar protetor solar em todas as ocasiões, não só na praia", finaliza a Médica.

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJá.

O chileno César Barriga se tornou a sétima pessoa no mundo a sobreviver à raiva, após ter sido contaminado pela mordida de um cachorro doente, indicou nesta segunda-feira (25), um boletim médico.

"O Chile se soma às instâncias mais elevadas no tratamento destes casos. Este é o sétimo caso (de alguém) que sobreviveu, o primeiro no nosso país", afirmou Luis Castillo, vice-secretário de redes Assistenciais do Ministério da Saúde, depois que Barriga recebeu alta.

César Barriga, 25 anos, contaminou-se com o vírus após ser mordido por um cão, em julho passado, quando dirigia uma caminhonete na cidade de Quilpué, 133 km a noroeste de Santiago. Doze dias depois do ataque do animal, Barriga foi internado em estado grave no hospital Gustavo Fricke de Viña del Mar com sintomas de raiva: alterações neurológicas, paralisia do sistema nervoso, dificuldades para respirar e falar, segundo o diagnóstico médico.

O jovem foi tratado por uma equipe de médicos locais e também pelo especialista americano em raiva, Rodney Willoughby, em meio à expectativa da população chilena por se tratar do primeiro caso registrado em 17 anos no país.

Após 16 semanas, Barriga recebeu alta depois de recuperar as funções neurológicas e a fala e terá um período de reabilitação de seis meses para recuperar a mobilidade dos pés. "Penso que foi uma experiência difícil porque de uma hora para outra estar em casa e depois acordar sem poder me mexer em um hospital, sem saber o que está acontecendo foi terrível", disse Barriga após deixar o hospital.

O último caso de raiva no Chile remontava a 1996, quando um menino foi contaminado por um morcego na cidade de Rancagua (centro). Ele faleceu. O Chile é um país considerado livre de raiva canina, uma doença que é letal em 95% dos casos.

A presidente Dilma Rousseff sancionou, recentemente, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), um projeto de lei que obriga planos de saúde a incluir na cobertura o pagamento de despesas com medicamentos orais usados no tratamento contra o câncer e procedimentos radioterápicos para tratamento de câncer e hemoterapia, desde que estejam relacionados à continuidade da assistência prestada por meio de internação hospitalar.

A medida amplia decisão recente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que determinou a inclusão de 37 medicamentos orais para tratamento domiciliar de câncer nas coberturas obrigatórias dos planos de saúde a partir de 2014.

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O texto da lei ainda obriga os planos a cobrirem despesas com medicamentos usados no controle de efeitos adversos de outros remédios.Também foram incluídas na lista de procedimentos obrigatoriamente cobertos pelos planos de saúde 28 cirurgias por videolaparoscopia e o fornecimento de bolsas coletoras intestinais ou urinárias.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou nesta sexta-feira (1º) a compra de 80 aceleradores lineares, que serão distribuídos em 63 municípios de 22 estados e o Distrito Federal. De acordo com as estimativas do ministério, os equipamentos aumentarão em 25% a oferta de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Pernambuco receberá dois equipamentos que serão instalados no Hospital do Câncer de Pernambuco e no Instituto Materno Infantil (IMIP), no Recife, para ampliação dos serviços já existentes. A perspectiva é de que com os novos aparelhos, o número de sessões de radioterapia suba de 383,9 mil ao ano para 469,9 mil/ano. O edital também prevê a instalação de uma fábrica no país, que produzirá equipamentos para abastecer o mercado nacional.

O ministro disse que esta será a maior expansão de centros de tratamento do câncer com radioterapia. “Nós tivemos este ano 14 novos centros. A partir de 2014, começam a ser entregues os equipamentos e feitas as obras para receber os centros”. Ele completou que, por ter sido a vencedora da licitação, a empresa americana será obrigada a construir uma fábrica para atender a demanda nacional. O prazo para a construção é cinco anos.

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Os aceleradores lineares são equipamentos de alta tecnologia usados para o tratamento de pacientes com câncer. Comprando os aparelhos da empresa americana Varian Medical Systems, vencedora da licitação, o ministério economizou R$ 176 milhões, segundo Padilha. Os critérios para escolha dos lugares que receberão os equipamentos foram a necessidade global de radioterapia, número estimado de novos casos anuais de câncer, oferta de serviços existentes e percentuais estaduais de cobertura do sistema de saúde suplementar.

De acordo com o Ministério da Saúde, o SUS opera 248 equipamentos de radioterapia que fazem 9,6 milhões de sessões de radioterapia por ano. Com os novos equipamentos o número passa para 328, com capacidade para 13 milhões de sessões por ano.

Com informações da Agência Brasil

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No Opinião Brasil desta segunda-feira (28), o jornalista Alvaro Duarte recebe as médicas Isabel Pereira e Cláudia Pereira, especialistas em mastologia, que discutem sobre o Câncer de mama, doença que mata cerca de 8 milhões de mulheres no mundo.

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No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer INCA, 53 mil novos casos surgem a cada ano, número considerado assustador pelas médicas.''É preciso que as mulheres percam o medo, consultem um médico e se previnam do câncer de mama. Prevenção que deve ser feita logo cedo, aos 17 anos'', explica Isabel Pereira.

Nossa equipe também conversou com a mastologista Marina Ávila, que falou sobre a importância do autoexame e como deve ser o procedimento correto. Fomos as ruas para saber das mulheres, quais as principais dúvidas em relação ao tema, que ainda é motivo de incerteza e receio por parte das entrevistadas.

Uma menininha, tratada contra a infecção por HIV logo após o nascimento, permanece sem qualquer sinal de infecção aos 3 anos de idade, sugerindo que sua cura aparente não foi sorte, anunciaram cientistas americanos esta quarta-feira.

A história da primeira criança de que se tem notícia curada do HIV graças ao tratamento precoce baseado em doses elevadas de medicamentos antirretrovirais - o que os cientistas preferem chamar de "remissão sustentada" no lugar de cura - foi anunciada em março, quando ela tinha dois anos e meio.

Um punhado de adultos infectados com o vírus da Aids ao redor do mundo já foi identificado na literatura médica como recém libertos da doença, sendo o mais famoso deles Timothy Brown, também conhecido como "o paciente de Berlim". Ele recebeu um transplante de medula para tratar leucemia e, de quebra, se livrou do HIV.

Mas nenhum método fácil emergiu para erradicar o vírus da imunodeficiência humana adquirida, que tem 34 milhões de pessoas em todo o mundo e é responsável por 1,8 milhão de mortes anualmente.

A notícia com a atualização do caso da menina, publicado no New England Journal of Medicine, também buscou responder a perguntas feitas por especialistas, como se ela realmente estaria infectada, ao descrever que os testes e DNA e RNA deram positivo para HIV um dia após o nascimento.

A criança recebeu medicamentos antirretrovirais até os 18 meses e, depois de um ano e meio sem tratamento, nenhum sinal da doença voltou, descreveu o artigo.

"Nossas descobertas sugerem que a remissão desta criança não é mera sorte, mas provavelmente resultou da terapia agressiva e precoce que pode ter evitado que o vírus tomasse conta das células imunológicas da menina", afirmou a principal autora do artigo, Deborah Persaud, virologista e especialista em HIV pediátrico do Centro Infantil do Hospital Johns Hopkins.

A mãe da menina deu à luz prematuramente, cerca de um mês antes do previsto, e não recebeu qualquer cuidado pré-natal. Ela não sabia que tinha HIV até fazer exames no hospital de Mississippi, onde a criança nasceu.

A recém-nascida também teve exames positivos para o HIV e o alto nível encontrado em seu sangue sugeriu que ela se infectou no útero, afirmaram os pesquisadores.

Ela também apresentou sinais de HIV aos 19 dias de vida, um dado que "sustenta a perspectiva dos autores de que a criança realmente estava infectada" com o vírus da Aids, escreveu em editorial que acompanhou o artigo Scott Hammer, respeitado especialista em HIV do Centro Médico da Universidade de Columbia.

"A grande pergunta, claro, é: 'A criança está curada da infecção por HIV?' E a melhor resposta no momento é um definitivo 'talvez'", escreveu.

Segundo o especialista, é necessário um acompanhamento de longo prazo da criança, alertando que seu caso pode ser "único".

A menina recebeu medicamentos antirretrovirais nos primeiros 15 a 18 meses de vida, quando deixou de ser acompanhada.

Sua mãe a levou de volta aos médicos aos 23 meses de vida, afirmando que ela tinha recebido sua última medicação anti-HIV aos 18 meses.

"Aconteceu quase por acaso", contou Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas.

"Não aconteceu de o médico dizer, 'vamos parar com o tratamento'", declarou à AFP.

Segundo o estudo, exames feitos na menina aos 23 meses deram negativo para HIV e quando ela chegou aos 30 meses de idade, os exames continuaram sem apresentar qualquer sinal de HIV ou anticorpos de HIV.

"Estamos animados em ver que a menina continua sem medicação e não tem replicação detectável do vírus", declarou a pediatra Hannah Gay, do Centro Médico da Universidade do Mississippi.

"Continuamos a acompanhar a criança, obviamente, e ela continua muito bem", disse Gay, que foi a primeira médica a tratá-la.

"Não há sinais de retorno do HIV e nós continuaremos a acompanhá-la no longo prazo", prosseguiu.

A equipe médica que atendeu a menina acredita que a razão para o sucesso do tratamento seja a intervenção precoce e espera investigar se tratar outras crianças infectadas algumas horas após o nascimento poderia ter resultados similares.

Segundo Fauci, um estudo financiado pelo governo americano deve começar em países de renda baixa e média em 2014 e está previsto testar o médico com recém-nascidos soropositivos em uma escala maior.

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