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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) prorrogou até o próximo 30 de junho o prazo para renovação semestral dos contratos assinados com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

A prorrogação do prazo de aditamento consta da Portaria nº 191, publicada nessa segunda-feira (26) no Diário Oficial da União. A medida vale para contratos simplificados e não simplificados.

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Assinada por Marcelo Lopes da Ponte, presidente da autarquia responsável pela execução de políticas educacionais do Ministério da Educação (MEC), a portaria também estabelece a prorrogação, para 30 de junho, do prazo para os estudantes interessados pedirem transferência de curso ou de instituição de ensino, com dilatação do período de utilização do financiamento estudantil referente ao primeiro semestre do ano.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Ministério da Educação (MEC) prorrogaram o prazo para inscrições – que, anteriormente, seria até esta sexta-feira (25) - para a edição 2021 do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD 2021). Agora, os editores interessados em participar terão até o dia 30 de setembro para inscrever obras do 'Objeto 2 – Obras por Área do Conhecimento'.

O PNLD 2021 visa a aquisição de livros didáticos, literários e recursos digitais voltados a alunos, docentes e gestores escolares do ensino médio da rede pública. Em relação ao Objeto 2, serão analisados livros em quatro áreas do conhecimento: Linguagens e suas ecnologias; matemática e suas tecnologias; Ciências da Natureza e suas tecnologias; e Ciências Humanas e Sociais aplicadas.

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Voltadas a docentes e alunos no ensino médio, as coleções conterão obras impressas e materiais digitais. Também podem ser inscritos livros específicos de língua portuguesa, de língua inglesa e de Ciências Humanas e Sociais aplicadas com interação com a matemática.

No caso de língua portuguesa, a inscrição está ligada, obrigatoriamente, à participação no campo de Linguagens e suas tecnologias. Depois de passarem pelas fases de avaliação das obras e das empresas produtoras dos materiais, os livros aprovados ficarão à disposição para serem escolhidos por docentes, coordenadores pedagógicos e gestores escolares.

Os materiais selecionados e contratados serão entregues paras as escolas públicas de ensino médio de todo o Brasil. Para mais informações, acesse o edital do PNLD 2021.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) está recebendo candidaturas para seu terceiro webinar, que tem o objetivo de sanar dúvidas sobre obras de infraestrutura escolar. A ação integra o projeto FNDE em Rede, que capacita gestores e técnicos da educação com intuito de ajudá-los na execução de programas e ações administrados pela entidade. O webinar será realizado no dia 3 de setembro, às 15h, no canal do FNDE no YouTube.

“Neste momento em que muitas reuniões presenciais estão suspensas e as escolas estão fechadas por conta da pandemia de Covid-19, o webinar torna-se uma ferramenta fundamental, que proporciona interação em tempo real. Isso garante a continuidade das nossas ações de assistência técnica aos agentes educacionais. Serão abordados todos os pontos relacionados a obras, desde o Plano de Ações Articuladas até o monitoramento e prestação de contas. Nossa equipe está empenhada para reforçar a proposta de aprimorar a gestão educacional em todas as regiões brasileiras”, conta o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, de acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC).

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As pessoas que tiverem interesse em participar devem acessar este link. No formulário de inscrição há um espaço destinado ao preenchimento das principais dúvidas e assuntos a serem abordados no evento.

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou, nesta segunda-feira (10), por meio do Diário Oficial da União (DOU) uma Portaria que define quais estados da federação receberão recursos financeiros referentes à segunda parcela de 2020 do Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral, pagos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 

Ao todo, 24 estados e o Distrito Federal foram considerados aptos pelo MEC (apenas Minas Gerais e Santa Catarina não estão na lista). O Ceará é o estado com o maior número de alunos matriculados, de acordo com o Censo Escolar 2019, base utilizada para determinar o investimento, e portanto o que recebe o maior aporte, de R$ 16.020.598 ao total, seguido por Pernambuco, com 21.876 estudantes e R$ 9.254.679. Confira a lista completa acessando a Portaria na íntegra

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O ex-prefeito de Araripina, no Sertão de Pernambuco, Luiz Wilson Ulisses Sampaio, conhecido como Lula Sampaio, foi condenado na Justiça Federal por irregularidades na gestão de recursos recebidos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvido da Educação (FNDE). A ação do Ministério Público Federal (MPF) aponta que o ex-prefeito deixou de prestar contas dos R$ 28,5 mil recebidos do FNDE em 2010.

O valor repassado deveria ser usado na execução do programa Brasil Alfabetizado. Na condenação, Lula Sampaio foi proibido de contratar com o poder público por três anos e a pagar multa civil de R$ 10 mil, a ser revertida ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.

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O ex-gestor também foi condenado à perda de eventual função pública atualmente exercida e à suspensão dos direitos políticos por três anos. Essas últimas sanções só terão eficácia após o trânsito em julgado da sentença.

Lula Sampaio é réu em mais duas ações de improbidade ajuizadas pelo MPF, sendo uma por irregularidades na gestão de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb) e outra também referente a verbas recebidas por meio do FNDE, somando um prejuúzo de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos. Os dois processos estão em fase de recursos e tramitam no Tribunal Regional Federal da 5ª Região, após condenação em primeira instância.

O ex-prefeito foi eleito em 2008 após se candidatar pela quarta vez. Ele conseguiu mais de 22 mil votos. 

O Comitê Gestor do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) publicou, nesta terça-feira (28), os criterios e procedimentos para quem deseja pedir a suspensão dos pagamentos do programa até o dia 31 de dezembro, quando encerra o estado de calamidade pública no Brasil. 

Quem estava com as prestações em dia até o dia 20 março, com parcelas em atrasos que não sejam superior a 180 dias e adimplentes no momento da solicitação de cancelamento poderá ser beneficiado. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cerca de 1,5 milhões de alunos terão direito ao beneficio previsto na  Lei nº 14.024/2020, publicada no último dia 10 de julho.

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A suspensão vale para os pagamentos em fase de utilização, carência ou amortização e, para solicitar, é necessário procurar os agentes financeiros (Banco do Brasil e Caixa) nos canais de atendimento que ainda serão disponibilizados pelos bancos.

Os beneficios dos contratos feitos em 2017 e 2018 vão incidir sobre a amortização. O ano de 2017 também abrange o pagamento de multas e de parcelas de condições especiais. Para 2018, também vale para multa, gastos operacionais e parcelas de renegociação.

O novo ministro da Educação nomeado nesta quinta-feira (25), Carlos Alberto Decotelli, declarou em entrevista ao jornal O Globo que diferentemente de seus antecessores Ricardo Vélez e Abraham Weintraub, não pretende fazer uma gestão pautada em discussões de cunho ideológico na pasta da educação. 

“Eu sou uma pessoa que sou professor da FGV há muito tempo e a minha questão é o trabalho. Eu não tenho nem preparação para fazer discussão ideológica. Vou conversar, dialogar. Minha visão é transformar o ambiente da política educacional em ambiente de sala de aula, e na sala de aula conversamos. A minha função é técnica”, afirmou o novo ministro.

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Militar da reserva da marinha, ex-presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com formação na área econômica, Decotelli comentou outros assuntos como a pretensão de tocar adiante temas como a continuidade do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) como uma de suas prioridades no ministério. 

“São três as prioridades: a primeira é ampliar o diálogo e interlocução para que haja divulgação correta em relação às políticas do MEC; atualizar o cronograma dos compromissos que estão estabelecidos; as ponderações em relação ao novo Fundeb; as políticas envolvendo a covid-19  e a parte de biossegurança. Queremos fazer um trabalho de gestão interna integradora, com diálogo mais forte entre FNDE e a Capes, e a estrutura operacional que é a estrutura estratégica no gabinete. A preocupação com a biossegurança para reativação das aulas e o Fundeb (são as principais questões)”, disse o novo comandante do MEC. 

No que diz respeito ao combate à Covid-19, Carlos Alberto Decotelli destaca o desejo de se aproximar do Conselho de Secretários de Educação (Consed) para discutir e viabilizar o retorno dos estudantes às aulas presenciais junto aos secretários estaduais de educação. 

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O presidente da República Jair Messias Bolsonaro (sem partido) nomeou nesta quinta-feira (25) o professor Carlos Alberto Decotelli para o cargo de ministro da Educação, substituindo Antônio Paulo Vogel de Medeiros, que ocupava o posto interinamente desde a saída de Abraham Weintraub após 14 meses à frente da pasta. Mas o que se sabe sobre o novo ministro? 

Carlos Alberto Decotelli é militar. Oficial da reserva da Marinha, professor da Escola de Guerra Naval, no Centro de Jogos de Guerra, e presidiu o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre fevereiro e agosto de 2019, durante a gestão de Weintraub no Ministério da Educação (MEC). 

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Na época em que Decotelli esteve no comando, o FNDE ficou no centro de uma polêmica devido à contratação da empresa Brink Mobil, cujo dono, Valdemar Ábila, foi preso preventivamente pela Polícia Federal na Operação Calvário em dezembro de 2019 acusado de envolvimento em um esquema de desvio de dinheiro público na Paraíba. Em fevereiro de 2019, o FNDE e a Brink preencheram a ata de registro de preços com valor total de R$ 374 milhões em um contrato assinado por Ábila e Decotelli. 

No que diz respeito ao currículo, Decotelli é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha.

Repercussão 

Entre as entidades representativas dos estudantes, a nomeação do novo ministro não pareceu ter sido bem recebida. Através de seu perfil no Twitter, a União Nacional dos Estudantes (UNE) apontou para o fato de que, apesar de ser professor, a formação acadêmica de Decotelli não é voltada para a educação

Por sua vez, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas questionou como deverá ser a gestão de Decotelli, diante do apoio que ele tem por parte do governo e dos militares, por ser ele próprio um militar da reserva. “O QUE ESPERAR? Decotelli comandou o FNDE de fevereiro de 2019 até agosto do ano passado. Ele tem o apoio na ala militar do governo, principalmente de almirantes”, escreveu a entidade.

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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passou por uma grande reformulação em seus principais quadros desde o início deste mês, quando começou a ser comandado por nomes ligados ao Centrão. Em menos de 15 dias, as nomeações já avançaram para a diretoria financeira, que é o caixa do Fundo, e até para áreas estratégicas, como a parceria do Ministério da Educação com a Unesco.

Na terça-feira (16), o FNDE teve mais uma de suas diretorias cedidas para partidos ligados ao Centrão. Candidata a deputada distrital em 2018 pelo PP (hoje Progressistas) do Distrito Federal, Renata D’Aguiar foi nomeada para comandar a direção de gestão de fundos e benefícios do FNDE.

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A escolha foi publicada no Diário Oficial da União e assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Educação, Antonio Paulo Vogel.

A entrega do fundo a um nome indicado pelo Centrão - bloco informal da Câmara formado por Progressistas, PL, Republicanos, PTB, Solidariedade, PSD e parte do DEM - faz parte da estratégia do presidente Jair Bolsonaro para ganhar apoio no Congresso.

O objetivo do Palácio do Planalto é ter uma base consolidada para aprovar projetos e, principalmente, barrar eventual processo de impeachment. Vinculado ao Ministério da Educação, o FNDE é um dos espaços mais cobiçados por políticos. É responsável tanto pela contratação de livros escolares como pelo programa federal de financiamento estudantil.

O governo já havia nomeado, no último dia 1.º, o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), Marcelo Lopes da Ponte, para a presidência do fundo.

O órgão tem um orçamento de R$ 54 bilhões neste ano. Desde o início do mês, o próprio Marcelo já assinou a nomeação de outros sete servidores para cargos estratégicos, segundo levantamento feito pelo Estadão. No dia 12, ele designou, por exemplo, Antônio Rodrigues Santos Filho para o cargo de chefe do serviço de apoio administrativo do FNDE. Antes, em 2 de junho, o aliado de Ciro Nogueira - que comanda o Progressistas - já havia conseguido emplacar José Carlos Lopes para atuar em seu gabinete, em função comissionada.

No mesmo dia, Marcelo também nomeou Sara Regina Souto Lopes para o cargo de substituta eventual na coordenação de planejamento orçamentário. Já Lucia Borba da Silveira Pereira foi escolhida, na mesma data, para diretora financeira do FNDE.

O cargo é responsável pelo caixa bilionário do órgão. Foram feitas, ainda, nomeações na área de auditoria e até mesmo no setor de representação do Ministério da Educação no Projeto de Cooperação Técnica Internacional da Unesco.

No início do mês, o próprio Marcelo ficou responsável por cuidar da ordenação de despesas, que "abrange a concessão de suprimentos de fundos de diárias e passagens, dentro ou fora do território nacional, nos termos da legislação vigente".

O governo nomeou o chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), Marcelo Lopes da Ponte, para a presidência do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem um orçamento de R$ 29,4 bilhões neste ano. A nomeação foi publicada na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União (DOU). Ponte vai substituir Karine Silva dos Santos, que ocupava o cargo desde dezembro e é alinhada ao ministro da Educação, Abraham Weintraub.

A entrega do fundo a um nome indicado pelo Centrão - bloco informal da Câmara formado por Progressistas, PL, Republicanos, PTB, Solidariedade, DEM e PSD - faz parte da estratégia do presidente Jair Bolsonaro para ganhar apoio no Congresso. O objetivo do governo é ter uma base consolidada para aprovar projetos e, principalmente, barrar um eventual processo de impeachment de Bolsonaro.

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Vinculado ao Ministério da Educação, o FNDE é um dos espaços mais cobiçados por políticos. O órgão é responsável por atribuições que vão desde a contratação de livros escolares, transporte de alunos até o programa federal de financiamento estudantil, o Fies. Foi por meio do órgão que a pasta contratou uma empresa para fornecer kits escolares a estudantes que, segundo o Ministério Público, está envolvida em um esquema, revelado em março pelo Estadão, que desviou R$ 134,2 milhões de dinheiro público da saúde e da educação na Paraíba.

O governo já havia nomeado na Diretoria de Ações Educacionais do fundo um indicado do PL, sigla do ex-deputado Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão. Garigham Amarante Pinto, assessor do partido na Câmara, assumiu o cargo no dia 18 de abril.

Inicialmente, Weintraub chegou a reclamar com o presidente por retomar a prática do "toma lá, dá cá", pela qual o governo distribui cargos em troca de votos no Congresso. Mas teve que "engolir seco". O presidente se irritou com o subordinado, inclusive o acusando de ter vazado informações sobre a negociação.

No ano passado, o órgão foi alvo de uma disputa entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro. Um indicado pelo deputado, Rodrigo Sérgio Dias, foi exonerado da presidência do fundo em dezembro.

Ao entregar para o Centrão uma diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão com orçamento previsto para este ano de R$ 29,4 bilhões, o presidente Jair Bolsonaro deu sinal claro do enfraquecimento do ministro da Educação, Abraham Weintraub, um dos pilares da chamada ala ideológica do seu governo. A avaliação foi feita por aliados do próprio ministro, que o veem no momento mais frágil desde que assumiu o posto, em abril do ano passado, mesmo tendo o apoio dos filhos do presidente.

Desta vez, porém, Weintraub bateu de frente com Bolsonaro ao questionar a nomeação de indicados pela "velha política". Contrariado, o ministro da Educação, segundo interlocutores, foi reclamar com o presidente por retomar a prática do "toma lá, dá cá", no qual o governo distribui cargos em troca de votos no Congresso. Mas teve que "engolir seco". O presidente se irritou com o subordinado, inclusive o acusando de ter vazado informações sobre a negociação.

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Sob pressão de aliados e após sofrer sucessivas derrotas políticas, Bolsonaro passou nas últimas semanas a distribuir cargos a políticos do Centrão para evitar um possível processo de impeachment. Progressistas e Republicanos já haviam sido contemplados com cargos.

Nesta segunda-feira, a diretoria de Ações Educacionais do FNDE, uma das mais importantes do órgão, foi entregue ao PL, sigla do ex-deputado Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão. Garigham Amarante Pinto, ex-assessor do gabinete do partido na Câmara, vai ocupar o posto.

Weintraub delegou ao seu secretário executivo, Antonio Vogel, assinar o ato de nomeação no Diário Oficial da União. Procurado, o MEC não esclareceu o motivo. A expectativa é de que nos próximos dias a presidência do FNDE seja entregue a um nome indicado pelo Progressistas, do senador Ciro Nogueira (PI). Há ainda promessa de uma chefia no órgão ao Republicanos, do deputado Marcos Pereira (SP). Os dois políticos são alvo da Lava Jato e já ganharam cargos no governo.

Militares

Mas a fragilidade do ministro não está relacionada apenas à recusa em lotear seu ministério. As falas de Weintraub contra integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) na reunião do dia 22 de abril, a última com o ex-ministro Sérgio Moro, e o impasse sobre o adiamento do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) contribuem para o desgaste.

A interlocutores, o ministro da Educação confidencia estar na mira dos militares do governo, com quem sempre travou disputas e a quem atribuiu a aproximação de Bolsonaro com o Centrão. O entorno do presidente, porém, não enxerga a possibilidade de uma troca no ministério ocorrer em meio à pandemia do coronavírus.

Para pessoas próximas a Weintraub, o grupo ligado às Forças Armadas e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, teriam convencido Bolsonaro a entregar os cargos no FNDE ao Centrão. A justificativa seria que eles estavam com o DEM, legenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), até dezembro passado. Portanto, não faria diferença entregá-los a outras siglas.

Redes

Em outro revés, o ministro vem sendo pressionado nas redes sociais pelo adiamento do Enem por causa da pandemia do coronavírus.

O argumento é de que a suspensão das aulas prejudica parcela dos alunos mais pobres, que não tem acesso à internet e, com isso, não poderão fazer as provas - marcadas para novembro - nas mesmas condições de estudantes que estão fazendo aulas online. Nesta segunda, a Defensoria Pública da União (DPU) entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 3.ª Região pedindo que a decisão de manter o calendário do exame seja revista.

Monitoramento feito pela AP Exata, empresa que analisa o comportamento de internautas nas redes sociais, indica um desgaste do ministro nas últimas semanas. Inicialmente, a perda de apoio se deu pela pressão para o adiamento do Enem. Na semana passada, uma desastrosa entrevista para a CNN Brasil, na qual destratou a âncora do telejornal, contribuiu para menções negativas. Na segunda, as críticas cresceram pelo fato de não ter impedido o governo de entregar cargo no FNDE ao Centrão. Perfis mais alinhados ao bolsonarismo deixaram de defendê-lo. Na internet, a avaliação é que o ministro não aceitará o acordo com o bloco e deixará o governo.

Programas de educação

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). O órgão é responsável pela execução da maioria das ações e programas voltados para educação básica no País, como a alimentação, transporte escolar, compra e distribuição de livros didáticos. Atua também nas áreas de educação profissional, tecnológica e no Ensino Superior, sendo o responsável pelo programa de financiamento estudantil do governo federal, o Fies. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em uma tentativa de reaproximação com partidos do Centrão, o presidente Jair Bolsonaro entregou a Diretoria de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) ao PL, sigla do ex-deputado Valdemar da Costa Neto, condenado no mensalão. A nomeação de Garigham Amarante Pinto, assessor do partido na Câmara, foi publicada nesta segunda-feira (18), no Diário Oficial da União (DOU).

Vinculado ao Ministério da Educação (MEC), o FNDE é um dos espaços mais cobiçados, com orçamento de R$ 29,4 bilhões neste ano. Foi por meio do órgão que a pasta contratou uma empresa para fornecer kits escolares a estudantes que, segundo o Ministério Público, está envolvida em um esquema que desviou R$ 134,2 milhões de dinheiro público da saúde e da educação na Paraíba.

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No ano passado, o órgão foi alvo de uma disputa entre o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Um indicado pelo deputado, Rodrigo Sérgio Dias, foi exonerado da presidência do fundo em dezembro.

Sob pressão de aliados e após sofrer sucessivas derrotas políticas, Bolsonaro passou nas últimas semanas a distribuir cargos aos partidos do Centrão, em troca de votos no Congresso, ressuscitando a velha prática do "toma lá, dá cá". No casamento de papel passado, Progressistas e Republicanos já foram contemplados.

A primeira legenda, presidida pelo senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI), alvo da Lava Jato, conseguiu emplacar um nome no comando do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), autarquia com orçamento de R$ 1 bilhão neste ano. O Republicanos, que tem o deputado Marcos Pereira (SP) à frente - também alvo da Lava Jato -, ficou com a secretaria de Mobilidade Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Segundo líderes do Centrão, mais nomeações de nomes ligados aos partidos estão previstas para os próximos dias. Ao menos nove órgãos, departamentos e empresas públicas surgem nas conversas de integrantes das grupo, que ainda tem Solidariedade, PSD e PTB.

O governo passou a negociar com o Centrão em troca de apoio diante da escalada da crise política, acentuada pela demissão do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. As acusações feitas pelo ex-juiz levaram a oposição a falar em CPIs e processo de impeachment contra Bolsonaro. Até então despreocupado com a manutenção de uma base sólida no Congresso Nacional, o presidente passou a recorrer ao Centrão em busca de "blindagem".

Um repasse de R$ 364 milhões foi adiantado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O valor é a corresponde à quarta parcela de pagamentos em 2020, que somou uma cifra de R$ 1,4 bilhão destinado a estados e municípios neste ano.

Pernambuco recebeu R$ 25.384.784,00 de verba estadual, mais R$ 43.077.300,36 para os municípios, totalizando um repasse de R$ 68.462.084,36. Apesar da suspensão das aulas presenciais em decorrência da pandemia de Covid-19, os alimentos adquiridos pelas escolas têm sido entregues pelas escolas às famílias dos estudantes.

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De acordo com as orientações do FNDE, a entrega da comida deve ser feita em forma de kits alimentares definidos pela equipe de nutrição local, considerando o período de estudos e a idade de cada aluno.

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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia ligada ao Ministério da Educação (MEC), fará uma audiência pública on-line para discutir as especificações técnicas do edital do Programa Nacional do Livro e do Material Didático – PNLD 2022. O encontro está agendado para 23 de abril, às 14h30. 

Para cumprir o isolamento, todas as audiências serão realizadas apenas via internet, em plataforma digital que será divulgada no dia 15 de abril. O edital irá delimitar as regras do processo de inscrição e avaliação dos livros didáticos e literários que serão utilizados por estudantes e professores da educação infantil a partir do ano letivo 2022. 

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Nesta semana também será disponibilizado, no portal do FNDE, a minuta do edital e orientações para a participação a audiência programada. Gestores e técnicos da autarquia e do MEC vão apresentar as principais diretrizes do documento e debater com representantes do setor produtivo e da sociedade em geral a construção do edital.

O caminho para chegar à escola não é simples para crianças e jovens que vivem em lugares remotos e têm dificuldades de deslocamento, precisando enfrentar grandes distâncias e obstáculos no caminho para chegar até a instituição de ensino. Mesmo em situações em que há transporte escolar gratuito, ainda pode haver dificuldades para os alunos, quando suas residências ficam distantes dos pontos de ônibus. 

Dados de um estudo realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) apontam que há estudantes que chegam a percorrer a pé, diariamente, de três a 15 quilômetros para chegar à escola ou ao ponto onde passa o ônibus escolar. Nesse cenário, o uso de bicicletas escolares, utilizadas especificamente para ajudar estudantes que vivem longe das escolas e dos pontos de parada do transporte escolar motorizado, se apresentam como uma alternativa possível. 

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De acordo com informações do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), foi iniciado o processo para a compra de 7.636 bicicletas escolares, depois de nove anos sem realizar aquisições desse tipo de equipamento.

O objetivo, de acordo com o ministério, é reduzir a evasão escolar, principalmente para populações que vivem em áreas ribeirinhas e zonas rurais. As bicicletas, que têm dois tamanhos - em aro 20 e 26 - serão adquiridas por meio do programa Caminho da Escola, que desde o ano de 2010 utiliza bicicletas para ajudar alunos no trajeto de casa para a escola e vice-versa. 

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A presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Karine dos Santos, assinou portaria criando comissão para fazer o levantamento e avaliação de livros didáticos nunca utilizados pelos alunos da rede pública que poderão ser descartados. A portaria foi publicada nesta quarta-feira, 15, no Diário Oficial da União (DOU).

No sábado, dia 11, o jornal O Estado de S. Paulo adiantou que o órgão, ligado ao Ministério da Educação (MEC), estuda desde o ano passado o descarte dos materiais que estão armazenados em um galpão dos Correios, em Cajamar, cidade da Grande São Paulo. O FNDE não sabe ao certo quantos livros estão guardados no local e uma análise preliminar encontrou ao menos 2,9 milhões de exemplares, que "venceram" entre 2005 e 2019.

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Segundo a portaria, a comissão vai levantar quantos livros podem ser considerados "bens inservíveis" e "recomendar a retirada e o descarte dos livros desatualizados, obsoletos, ociosos, irrecuperáveis, antieconômicos ou em desuso".

O Estado apurou que esses livros, de todas as disciplinas e de todas as séries (do ensino fundamental e do médio), estão ainda embalados e nunca foram abertos. Há ainda uma quantidade desconhecida de exemplares, que chegaram a ser entregues nas escolas antes de 2012, e depois foram levados ao local.

Contando só os 2,9 milhões de livros nunca usados, o gasto estimado é de mais de R$ 20,3 milhões - em média, a compra de cada unidade custa R$ 7. Segundo o jornal apurou, servidores calculam que o estoque possa ser até três vezes maior.

Os exemplares foram comprados pelo MEC no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), que distribui obras a todas as escolas públicas municipais e estaduais. Para evitar que alunos fiquem sem livro no caso de abertura de turmas ou colégios, sempre é adquirida uma reserva técnica. Há ainda escolas que rejeitam exemplares recebidos muito tempo após iniciar o ano letivo. Essas unidades vão para o depósito.

Na segunda-feira, 13, o ministro Abraham Weintraub disse que "muita bobagem tem sido dita e veiculada" sobre o descarte dos livros, já que sempre vai "sobrar um pouquinho" de exemplares. Segundo ele, no ano passado, o governo Jair Bolsonaro melhorou a redistribuição dos materiais para reduzir o desperdício. No entanto, ele não informou quais mudanças foram feitas no programa. Questionado, o MEC também não informou quais foram as alterações.

Neste mês, o presidente Jair Bolsonaro classificou os livros didáticos como "péssimos" e com "muita coisa escrita". Dias depois, Weintraub reforçou a crítica e disse que já havia dado "boa limpada" no material.

A necessidade de descarte de livros "inservíveis" foi apresentada a ele no fim do ano, pouco antes da troca do comando do FNDE. No dia 24, Karine dos Santos, que já chefiou a área responsável pelo PNLD, foi nomeada para a presidência do órgão.

Em nota, o FNDE disse que "não há efetivamente nenhum prejuízo" com a reserva de livros e defende ter cota extra para atender "as escolas novas criadas a cada ano, os alunos que ingressam no sistema de ensino e a eventual falta de livros em determinada unidade". Também afirmou ter controle de "quais e quantos exemplares estão armazenados e disponibilizados para solicitações das escolas". Mas não comentou sobre o estudo de descarte.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou neste sábado, 11, um vídeo em que defende a distribuição de livros didáticos para estudantes da escolas públicas. Na publicação, veiculada em sua conta no Twitter, ele destaca, contudo, que o material não deve ter "ideologia". "É para ensinar a ler, escrever, ciências, matemática, não é para doutrinar", afirma.

Segundo Weintraub, o governo federal tem um custo anual de aproximadamente R$ 2 bilhões para 165 milhões de livros didáticos.

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Em mensagem publicada junto com a gravação, escreveu: "livro didático no governo Jair Bolsonaro: mais barato e sem ideologia política ou de gênero".

"Todo esse dinheiro compensa a gente gastar? Compensa, porque, se as famílias forem comprar individualmente os livros, vai sair muito mais caro. O mesmo livro que nós distribuímos ao custo para o contribuinte de R$ 10, se nós formos comprar individualmente em uma livraria, vai sair R$ 100. O mesmo livro. Então, para todos nós, para a sociedade, gera economia", afirmou o ministro no vídeo.

Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo publicada neste sábado mostra que o governo federal aluga um depósito na Grande São Paulo para armazenar exemplares nunca utilizados e que estuda descartar R$ 2,9 milhões de livros nunca utilizados.

O MEC avalia agora qual destino dar a esse material, comprado em gestões anteriores. Neste estoque, há obras desatualizadas desde 2005, que não podem ser entregues aos alunos.

Este mês, o presidente Jair Bolsonaro classificou os livros didáticos como "péssimos" e com "muita coisa escrita". Dias depois, o ministro Abraham Weintraub reforçou a crítica e disse que já deu "boa limpada" no material.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), quer descartar livros didáticos considerados sem utilidade, que nunca foram entregues a alunos das escolas públicas do País. Com isso, ao menos 2,9 milhões de exemplares, comprados em gestões anteriores, podem ser descartados.

O processo para "desfazimento dos livros inservíveis" começou no fim de 2019, quando a área de logística e distribuição do FNDE alertou, em documento, para a necessidade de reduzir o estoque armazenado em depósito alugado dos Correios, em Cajamar, Grande São Paulo. O documento, obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo, aponta que o total de exemplares no local não é nem mesmo conhecido pelo órgão, por isso, indica a necessidade de se montar uma comissão para levantar o número de livros e sua "validade".

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Levantamento preliminar do estoque feito em dezembro apontou que a reserva técnica tinha 4,2 milhões de livros didáticos, sendo que 2,9 milhões "venceram" entre 2005 e 2019. O Estado apurou que esses livros, de todas as disciplinas e de todas as séries (do ensino fundamental e do médio), estão ainda embalados e nunca foram abertos. Há ainda uma quantidade desconhecida de exemplares, que chegaram a ser entregues nas escolas antes de 2012, e depois foram levados ao local.

Contando só os 2,9 milhões de livros nunca usados, o gasto estimado é de mais de R$ 20,3 milhões - em média, a compra de cada unidade custa R$ 7. Segundo o Estado apurou, servidores calculam que o estoque possa ser até três vezes maior.

Os exemplares foram comprados pelo MEC no Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), que distribui obras a todas as escolas públicas municipais e estaduais. Para evitar que alunos fiquem sem livro no caso de abertura de turmas ou colégios, sempre é adquirida uma reserva técnica. Há ainda escolas que rejeitam exemplares recebidos muito tempo após iniciar o ano letivo. Essas unidades vão para o depósito.

A minuta da portaria para formar a comissão que vai levantar o tamanho do estoque foi feita, mas ainda não foi publicada. No documento a que o Estado teve acesso, o grupo deverá listar os livros "desatualizados, obsoletos, ociosos, irrecuperáveis, antieconômicos ou em desuso" para serem descartados. A expectativa é de concluir o mapeamento até o fim de abril.

O desafio é dar um destino para esses livros, que trazem gasto, uma vez que há custo para manter o estoque. Mas exemplares desatualizados não podem ser entregues aos alunos. Outra saídas, como doar parte do material, também são complexas, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.

Este mês, o presidente Jair Bolsonaro classificou os livros didáticos como "péssimos" e com "muita coisa escrita". Dias depois, o ministro Abraham Weintraub reforçou a crítica e disse que já deu "boa limpada" no material. A necessidade de descarte de livros "inservíveis" foi apresentada a ele no fim do ano, pouco antes da troca do comando do FNDE. No dia 24, a servidora Karine dos Santos, que já chefiou a área responsável pelo PNLD, foi nomeada para a presidência do órgão.

Em nota, o FNDE disse que "não há efetivamente nenhum prejuízo" com a reserva de livros e defende ter cota extra para atender "as escolas novas criadas a cada ano, os alunos que ingressam no sistema de ensino e a eventual falta de livros em determinada unidade". Também afirmou ter controle de "quais e quantos exemplares estão armazenados e disponibilizados para solicitações das escolas". Mas não comentou sobre o estudo de descarte.

Problema

Ex-dirigentes dizem que, quando estavam no MEC, não tiveram conhecimento de número tão alto de livros parados e cobram transparência na avaliação de exemplares. "Quando presidi o FNDE, o número de livros comprados era para o número de alunos matriculados. É preciso apurar essa sobra e qual foi de fato o prejuízo", disse o deputado Idilvan Alencar (PDT-CE), que foi da gestão Dilma Rousseff em 2015.

Secretária-executiva do MEC na gestão Michel Temer, Maria Helena de Castro também disse desconhecer o estoque, mas afirmou que, se existe, não pode ser aproveitado. "Um livro de 2005 não atende mais aos editais do PNLD. Nesse período tivemos mudanças de diretrizes curriculares; agora temos a Base Nacional Comum Curricular. Não dá para o livro defasado chegar às escolas."

O excedente reforça mudança defendida pelo governo federal de descentralizar o salário-educação - contribuição paga por empresas, que foi de R$ 9,75 bilhões em 2018. O recurso é usado em programas como o do livro didático e merenda. A ideia é repassar a verba diretamente às prefeituras para que elas próprias comprem livros e alimentos. Para o governo, centralizar leva a erros, como estoque excessivo, mas há ressalvas. "A compra em escala faz cair o preço, garante que não haverá economia que faça com que o aluno tenha de usar livro em mau estado ou não o receba", diz Priscila Cruz, do Todos pela Educação. 

O Ministério da Educação trocou o titular do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em edição extra do Diário Oficial da União que circulou na segunda-feira, 23, o governo exonerou o presidente da FNDE, Rodrigo Sérgio Dias, do cargo e nomeou para a função Karine Silva dos Santos.

Em nota, o Ministério da Educação informou que a escolha do nome da nova presidente do FNDE se deu pelo perfil técnico.

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Segundo o MEC, Karine é servidora pública concursada do próprio FNDE e já atuou em diversos cargos de chefia importantes no órgão, desde 2009, como, por exemplo, na coordenação do Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Nos últimos seis meses, Karine estava à frente da Diretoria de Ações Educacionais (Dirae).

Também estão deixando os cargos, segundo informou o MEC, o chefe de gabinete do FNDE, Guilherme Arthur Botelho Victorio Cerioni; e o diretor financeiro Gilvan Silva Batista.

O ministro da Educação, Rossieli Soares, voltou a criticar o projeto "Escola sem Partido" no momento em que o procurador regional da República do Distrito Federal, Guilherme Schelb, defensor da proposta, é cotado para a Pasta pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Após cerimônia de comemoração dos 50 anos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o atual ministro não quis opinar sobre o nome de Schelb, mas disse esperar que Bolsonaro escolha alguém que "ame a educação" e se colocou à disposição para fazer uma transição no ministério.

Durante seu discurso na cerimônia, que ocorreu no Palácio do Planalto, Soares afirmou que o setor "perde tempo" quando discute "coisas laterais" além do que ele considera fundamental para a educação, que é a melhora da aprendizagem dos estudantes. Em entrevista a jornalistas, o ministro disse que o Brasil não precisa de uma lei como a "Escola sem Partido", em discussão no Congresso. "O Brasil não precisa de um projeto de lei desses. Não pode ter ideologização e partidarização dentro da escola nem de um lado, nem de outro. Precisa ter ideologia da aprendizagem", declarou o ministro, para quem o País precisa ter foco.

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Além de manifestar uma opinião diferente da de seu possível sucessor em relação ao projeto, Soares enfrenta ainda outra opinião divergente: a do seu futuro chefe, o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB). O ministro foi escolhido pelo tucano como secretário estadual de Educação no próximo governo. Doria já se posicionou favorável à bandeira da proposta, cuja discussão enfrenta forte divergência entre parlamentares na Câmara dos Deputados. "Vou precisar de sorte", disse Soares à reportagem em referência à gestão no Estado.

Transição

O MEC recebeu uma comitiva da equipe de transição do presidente eleito na última terça-feira, 20. A atual gestão vai deixar pronta uma proposta de formação de professores e já está encaminhando outras medidas que ficarão a cargo do próximo governo. O ministério estendeu para até 29 de março o prazo, que terminaria em dezembro deste ano, para que Estados e municípios solicitem a retomada de obras.

Além disso, o FNDE firmou um acordo com o Banco do Brasil para emissão de cartões destinados a Estados e municípios e voltados à aquisição de alimentos para merenda escolar. Os primeiros foram entregues nesta tarde aos Estados da Bahia e de São Paulo. O modelo promete eliminar a necessidade de escolas emitirem folhas de cheque para fazer o pagamento de merenda escolar.

"Espero que ele (Bolsonaro) escolha uma pessoa que ame a educação, que toque a educação brasileira. Não podemos deixar de avançar na educação brasileira e eu desejo muita sorte ao presidente eleito nessa busca, nessa escolha", declarou o ministro, dizendo que não iria opinar sobre de Schelb por não ter "intimidade" com ele.

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