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Durante uma blitz de rotina, uma mulher identificada como Nicole Johnson, 33 anos, foi presa em Baltimore, Estados Unidos, depois que os restos mortais de seus sobrinhos foram encontrados no porta-malas de seu carro. As investigações apontam que a mulher andava com os corpos das crianças em seu veículo desde maio do ano passado.

Os corpos das vítimas só foram encontrados porque a mulher andava com as placas do carro falsas e, na hora de rebocar o carro, os policiais sentiram o odor dos corpos em decomposição. Segundo o site americano CBS, os agentes encontraram até larvas no local. 

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As crianças foram identificadas como Joshlyn Johnson, de sete anos, e Larry O'Neal, cinco anos. Aos policiais, a suspeita disse que cuidava das crianças porque a mãe delas não conseguia, o que foi desmentido pela pela mulher, que disse que tentava resgatar os filhos, mas não encontrava Nicole.

A suspeita disse ainda que em maio de 2020, quando estava hospedada em uma pousada com as vítimas, bateu na garota de sete anos, que caiu e bateu com a cabeça. Com ela morta, Nicole alega que resolveu colocar o corpo no porta-malas do carro. 

Sobre a morte do garoto de cinco anos, a suspeita diz que seis meses depois da morte da irmã, ele teve um ferimento e nunca mais acordou. Diante disso, ela colocou o corpo do menino dentro de uma sacola plástica ao lado de sua irmã.

Uma autópsia da polícia dos Estados Unidos ainda não conseguiu desvendar as causas das mortes. Johnson permanece presa e sem direito a fiança.

O caso do desaparecimento de Madeleine McCann - menina britânica que sumiu em 2007, aos 3 anos, na Praia da Luz, em Portugal - está mais perto de ser resolvido, segundo o promotor alemão que conduz a investigação. Hans Christian Wolters afirmou que novas evidências foram encontradas e que apontam para o principal suspeito do caso, Christian Brueckner, de 44 anos. "Reunimos novas evidências que fortalecem o caso que estamos construindo contra nosso principal suspeito", disse Wolters em entrevista ao jornal inglês The Sun, publicada na última quarta-feira, 12.

O promotor afirmou que os novos indícios são circunstanciais, e não provas forenses, mas que reforçam a tese de que Brueckner é o responsável pelo desaparecimento e morte da menina. "Infelizmente, não posso dizer o que é, mas fortalece nosso trabalho."

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Na segunda-feira (17), a publicação britânica voltou ao tema, afirmando que as novas evidências seriam registros telefônicos que poderiam mostrar novos detalhes da movimentação do suspeito na época do desaparecimento de Madeleine. "Por muito tempo, os oficiais alemães disseram que muitas peças-chave do quebra-cabeça estavam faltando sobre os movimentos de Christian B no Algarve", disse uma fonte ao jornal. "Esta nova informação pode ajudar a fornecer uma dessas peças."

Madeleine McCann desapareceu de seu quarto em 3 de maio de 2007, alguns dias antes de seu aniversário de 4 anos, em um prédio de apartamentos na costa da Praia da Luz, no sul de Portugal, onde passava as férias com a família. Ela dormia no quarto com os irmãos gêmeos mais novos. Os pais da menina, Gerry e Kate McCann, chegaram a ser detidos e depois soltos durante a investigação, que terminou com a demissão do inspetor-chefe português encarregado do caso. Depois de encerrado em 2008, a polícia portuguesa reabriu o caso cinco anos mais tarde, sem sucesso.

As investigações voltaram a ter movimentações relevantes em 2020, quando a polícia alemã anunciou que estava investigando um novo suspeito no desaparecimento da menina. As suspeitas recaíram sobre Brueckner, que passou temporadas na região portuguesa do Algarve entre 1995 e 2007 e estava "conectado com a área" da Praia da Luz. Além disso, o alemão é condenado por crimes sexuais, incluindo abuso de menores.

Em 2011, Brueckner já havia sido identificado como suspeito pela Scotland Yard, mas sua relação com o caso foi afastada pois seu alvo principal eram crianças de sexo masculino. O advogado do suspeito, Friedrich Fulscher, disse que seu cliente "nega qualquer envolvimento" no caso McCann.

Sobre o caso atualmente, o promotor ainda comentou com o The Sun: "não encontramos nenhuma evidência que sugira que ele não é culpado deste crime e encontramos muitas evidências que sugerem que ele é culpado, mas estou proibido de entrar nesses detalhes".

Madeleine McCann teria completado 18 anos no último dia 12 de maio.

Foto: HANDOUT / METROPOLITAN POLICE / AFP

O Senado vai instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia nesta terça-feira (27), às 10h. Nessa reunião serão eleitos o presidente e o vice-presidente da comissão. Veja no vídeo quais serão os focos de investigação da CPI.

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*Da Agência Senado

 

Os peritos médicos concluíram a necropsia do corpo do menino Henry Borel, de apenas quatro anos, que morreu no último dia 8 em um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Segundo as equipes, foram identificados “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, “grande quantidade de sangue no abdômen", “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”, de acordo com o laudo obtido pela TV Globo. O texto resume os ferimentos ao resultado de uma “ação contundente” e autoridades descartam a hipótese de um acidente doméstico.

Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para investigar o caso, já que as motivações seguem indefinidas. Nos relatos iniciais, foi dito que o menino já havia chegado a um hospital local em estado crítico, por volta das 4h30. Na madrugada da sua morte, a criança estava acompanhada da mãe, Monique Medeiros da Costa Almeida e do namorado, o vereador Jairo Souza Santos, conhecido como Dr. Jairinho (Solidariedade-RJ).

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Na noite em questão, Henry havia ido dormir com a mãe. O pai, Leniel Borel de Almeida Jr., foi notificado sobre o estado de saúde do filho através de uma ligação da ex-mulher, que o orientou a encontrá-la no hospital, avisando que o menino precisava de socorro. Segundo o responsável, ao chegar no hospital, os médicos tentavam reanimar a vítima fatal, já morta. Monique e o namorado relataram que ouviram um barulho no quarto de Henry, e ao chegar lá, “ele estava revirando os olhos e sem conseguir respirar”. A mãe acredita que o filho levou uma queda.

O laudo do IML veio após o pai ser orientado pelos médicos a procurar a polícia científica, para que as equipes pudessem oferecer mais informações sobre as causas da morte.

Pai pede respostas 

Longe das redes sociais há nove anos, o engenheiro criou um novo perfil para compartilhar a saudade do filho e a necessidade de respostas. No Facebook, disse que só conseguirá seguir em frente quando “souber a verdade”. Leniel não acredita que a fatalidade tenha sido causada por uma queda.

“Henry era perfeito. As palavras são poucas para definir meu filho. É muito para um pai receber um laudo do IML como esse. Só quero saber o que houve com ele", escreveu.

 

A articulação do Palácio do Planalto com o Centrão para controlar o Congresso levou à cúpula da Câmara e do Senado parlamentares com extensa folha de pendências com a Justiça. Dos 14 integrantes das Mesas Diretoras de ambas as Casas (presidente, vices e secretários), oito respondem ou são investigados por crimes diversos que vão de estupro e recebimento de propina até contratação de funcionários fantasmas e fraude em licitação.

Todos foram alçados às funções pelos colegas parlamentares e com uma ajuda extra do presidente Jair Bolsonaro. Como o Estadão revelou, o governo liberou ao menos R$ 3 bilhões em recursos extras para captar parte dos votos que elegeram Arthur Lira (Progressistas-AL) presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o comando do Senado e a consolidar uma maioria governista em postos-chave do Congresso.

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As demandas judiciais, no entanto, passaram ao largo das discussões para a formação das respectivas Mesas. O único que sofreu algum desgaste por figurar no banco dos réus foi Lira, alvo da Lava Jato e de outros inquéritos. Mas, apesar do discurso anticorrupção repetido a exaustão na campanha eleitoral de 2018, o histórico do líder do Centrão não impediu Bolsonaro de abraçá-lo.

Lira é réu no chamado caso do "quadrilhão do PP", formado por parlamentares que se articularam para desviar dinheiro da Petrobrás, segundo a Procuradoria-Geral da República. Também é acusado de corrupção por indícios de ter recebido R$ 106 mil em propina para emprestar apoio político ao então presidente da Companhia Brasileira de Transportes Urbanos. Um assessor de Lira, de acordo com a denúncia, foi escalado para levar o dinheiro de São Paulo a Brasília. Foi descoberto ao camuflar cédulas pelo corpo.

Nos escaninhos do Judiciário de Alagoas, o nome de Lira também se repete. Além de órgãos de fiscalização, há litígios com pessoas comuns. Um deles se arrasta desde 2018. Fazendeiro, o deputado arrendou uma propriedade para criar 400 cabeças de gado. Pouco depois, disse que a terra só estava em condições de receber 50 e deixou de pagar o valor contratado. O proprietário faleceu e a família segue sem receber. "Ele se recuperava de um câncer e nem isso amoleceu o coração do deputado. Recuperamos a terra e continua o processo de cobrança dos débitos", contou o advogado Igor Manoel de Barros Bezerra, que representa a família.

A 2.ª Secretaria da Câmara é da deputada Marília Arraes (PT-PE). Aliada de Lira, ela impôs uma derrota ao próprio partido ao vencer a disputa interna e ficar com o cargo. O Ministério Público de Pernambuco ajuizou ação que pede a devolução de R$ 156 mil gastos, segundo o órgão, para pagar quatro assessores que não davam expediente na Câmara do Recife. O caso é de quando ela era vereadora na capital pernambucana.

Em novembro de 2020, a carreira política do senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO) sofreu um abalo. Uma modelo de 22 anos acusou o parlamentar, de 38, de a ter estuprado em um hotel, em São Paulo. O caso teve grande repercussão. Menos de três meses depois, antes de qualquer desfecho na investigação aberta pela polícia paulista, ele foi eleito pelos pares 1.º secretário do Senado, função com elevado poder político e administrativo.

No Senado, dos sete integrantes da Mesa, seis são alvo de ao menos uma investigação. O 2.º vice-presidente, Romário (Podemos-RJ), é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura indícios do uso irregular da verba de gabinete.

Gestores

Além de Irajá e Romário, os outros quatro senadores são alvo de ações resultantes de atos praticados ainda como gestores, quando eram do Poder Executivo em seus respectivos Estados. São casos que se arrastam há anos na Justiça e passam pelo chamado "elevador processual", um vaivém de instâncias e esferas competentes para cuidar dos processos.

Aliados minimizam as pendências jurídicas e confidenciam o espírito de corpo do Congresso, porque, segundo eles, parlamentares que foram ou pretendem ser gestores estão passíveis de serem processados pelo que chamam de "burocracias" da gestão pública.

É o caso de Rogério Carvalho (PT-SE), condenado em primeira instância, em 2019, por irregularidades em contratos assinados quando foi secretário de Saúde de Sergipe. Já o 4.º secretário, Weverton Rocha (PDT-MA), comandou a pasta de Esportes do Maranhão e ainda responde a ação por indícios de fraudes em um contrato de 2008.

O 1.º vice-presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e o 2.º Secretário, Elmano Ferrer (Progressistas-PI), têm pendências relacionadas aos períodos em que foram prefeitos de suas cidades, Campina Grande (PB) e Teresina (PI), respectivamente. Os casos envolvem suspeita de contratação de empresa fantasma a repasses eleitorais não declarados - caixa 2 de campanha.

Na Mesa Diretora do Senado, a exceção é Pacheco. Aos 44 anos, tem uma ascensão meteórica. Antes do atual mandato de senador, teve apenas um de deputado federal. Fez carreira na advocacia. Costumava frequentar tribunais não como réu, mas como advogado deles. Atuou em crimes variados, de homicídio a corrupção. No mensalão, defendeu o ex-diretor do Banco Rural Vinicius Samarane.

Defesas

Os integrantes das Mesas da Câmara e do Senado alegam que os processos e investigações das quais são alvos têm inconsistências ou são motivados por adversários para gerar desgastes políticos.

Por meio da assessoria, Arthur Lira disse que há uma década vem apresentando esclarecimentos à Justiça. "Ao longo desses anos, os processos que vieram a julgamento foram arquivados, em geral, porque não existiam provas. Tenho a tranquilidade de que os próximos que vierem a julgamento terão o mesmo desfecho."

Marília Arraes afirmou que a ação a que responde é fruto de sensacionalismo político. Uma ação penal chegou a ser arquivada, mas um processo na área cível foi aberto em 2020. "Novamente no período eleitoral", disse a deputada.

O senador Veneziano Vital do Rêgo chegou a ter quase 30 investigações no Supremo Tribunal Federal. Ele disse que a maioria é fruto de denúncias infundadas de seus adversários políticos e a maior parte delas já foi arquivada.

O advogado do senador Irajá Silvestre Filho, Daniel Bialski, disse não haver qualquer indício de crime e que, após a conclusão de perícia no celular da mulher que acusou o parlamentar de estupro, o caso deverá ser arquivado.

A assessoria do senador Weverton Rocha informou que o parlamentar "provará que não houve ilícito", mas uma "denúncia política". Rogério Carvalho afirmou que não cometeu qualquer ato ilegal quando secretário em Sergipe. Elmano Férrer e Veneziano Vital do Rêgo também negam irregularidades. Romário, por sua vez, não se manifestou. 

O Ministério Público do Rio pediu à Justiça a quebra de sigilo de três celulares, um tablet e um computador apreendidos no apartamento do prefeito afastado da capital fluminense, Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), após a operação que o levou à prisão na semana passada.

No requerimento, os promotores do Grupo de Atribuição Originária Criminal da Procuradoria-Geral de Justiça (Gaocrim) argumentam que há indícios de que Crivella recebeu informações privilegiadas e tentou obstruir as investigações do 'QG da Propina'.

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As suspeitas envolvem a segunda etapa da Operação Hades, em setembro, quando o endereço residencial do prefeito foi alvo de buscas. Na ocasião, Crivella entregou aos investigadores um celular desligado que, segundo o MP após a análise do conteúdo conservado no aparelho, não era dele.

"Entregou, deliberadamente, um aparelho usado por terceiros como se fosse o seu próprio, com o inequívoco intuito de perturbar e obstruir o bom andamento da investigação", afirma o MP.

Os investigadores também colocaram sob suspeita a prontidão com que os advogados de Crivella chegaram ao apartamento para acompanhar as buscas naquele dia 10 de setembro.

"Para surpresa de todos, em cerca de apenas 5 ou 10 minutos, dois advogados chegaram, o que indica que ambos já estavam 'a postos' nas imediações da casa de seu cliente e prontos para atendê-lo, circunstância deveras inusitada, dado o horário em que foram acionados", escreveram os promotores.

Os promotores acrescentam que imagens das câmeras de segurança do prédio e informações prestadas pelo porteiro do condomínio confirmam que o prefeito chegou em casa poucos minutos antes das equipes policiais.

Crivella foi preso preventivamente em uma operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio no último dia 22 sob suspeita de operar o suposto 'QG da Propina' que teria sido instalado na prefeitura do Rio. Após ser encaminhado ao Presídio de Benfica, ele foi beneficiado por uma liminar expedido pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, e colocado em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Na quarta-feira, 30, após receber autorização judicial, ele deixou o apartamento para comparecer ao velório e ao sepultamento da mãe no interior de Minas Gerais, mas voltou no mesmo dia ao cumprimento da medida cautelar.

A investigação envolvendo o prefeito afastado do Rio aponta que ao menos R$ 53 milhões teriam sido arrecadados pelo suposto esquema através de empresas de fachada em nome de laranjas. Crivella nega as acusações e se diz vítima de perseguição política.

A força-tarefa da Lava Jato no Rio pediu à 7ª Vara Federal Criminal do Estado que determine o depósito de R$ 137,5 milhões em conta judicial e ordene a venda de 33 apartamentos, casas e terrenos do Rio de Janeiro e São Paulo, com valor estimado em R$ 92,8 milhões, para restituir à União o patrimônio renunciado por réus em acordos de colaboração fechados com o Ministério Público Federal. Os bens eram de Dario Messer, o 'doleiro dos doleiros, de seus familiares Rosane e Denise Messer, e de seus operadores Rafael e Mario Libman. As informações foram divulgadas pelo MPF do Rio.

Entre os imóveis de Messer que a Procuradoria quer mandar a leilão estão uma cobertura no Leblon (Av. Delfim Moreira, nº 1130), sete apartamentos e um terreno na Barra da Tijuca e outros bens na Lagoa (casa), Copacabana (apartamento) e Leblon (duas salas comerciais).

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Já o pedido relacionado a Rosane Messer lista duas salas comerciais no Leblon e um apartamento em Ipanema. A liberação deste último para venda também precisa de aval da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, onde tramita outra ação.

Quanto a Rafael Libman, a solicitação da Lava Jato envolve oito imóveis no Recreiro, três na Barra, três em Botafogo, um em Vila Isabel e um do Leblon. Com relação ao pai de Rafael, Mario, operador ligado a Messer, os procuradores querem leiloar dois apartamentos no Itaim Bibi e um na Vila Nova Conceição, em São Paulo. Ele tem ainda uma lancha Coral 27 guardada em Angra dos Reis que terá de ser avaliada - no entanto, modelos similares são anunciados por cerca de R$ 150 mil, diz a Procuradoria.

Obras de arte e bens no Paraguai e nos EUA

Messer e seus familiares ainda possuíam outros bens aos quais renunciaram no acordo de colaboração fechado com o MPF. Com relação ao patrimônio do doleiro no Paraguai e nos EUA, por exemplo, a Procuradoria já formalizou pedido de cooperação internacional para o seu compartilhamento.

A força-tarefa da Lava Jato também se manifestou sobre dez telas de Di Cavalcanti, uma de Djanira e uma de Emeric Marcier, também já renunciadas pela família Messer. Está pendente de julgamento no Tribunal Regional Federal da 2ª Região um recurso da Procuradoria que quer tornar públicas as obras.

A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro tinha ordenado o leilão das telas, mas o MPF recorreu por considerar inestimável o valor desse patrimônio imaterial. Os procuradores sugeriram que a coletânea fosse doada ao Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e expostas a toda a sociedade.

Em relação ao patrimônio de Dario Messer no Paraguai e nos EUA, o MPF já formalizou pedido de cooperação internacional para o seu compartilhamento.

Em entrevista à revista Fórum nesta sexta-feira (4), o ex-presidente Lula comentou a saída do procurador da República Deltan Dallagnol, que abandonou a coordenação da força-tarefa da Lava Jato na última terça-feira (1). Em meio às denúncias de irregularidades durante operação em tramitação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o agora ex-coordenador justificou sua saída alegando que a filha está doente, e precisaria se afastar das suas obrigações para passar mais tempo com a família.

Durante conversa, Lula criticou a postura “covarde” de Dallagnol, apontou incongruências na justificativa e mencionou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O ex-presidente lembrou ainda das investigações contra ele e a tentativa de destruição à imagem do Partido dos Trabalhadores (PT).

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“Tem político nesse país que não submerge quando tem crítica. Eu gosto de aparecer para mostrar quem está mentindo. Hoje está provado que o [Sergio] Moro foi mentiroso, hoje está provado que o Dallagnol foi mentiroso”, disse Lula, condenando a TV Globo e a operação Lava Jato, que, segundo ele, tentaram destruir a sua imagem e a imagem do PT.

Sobre a justificativa, teceu mais comentários: “Me perdoe, mas eu acho que o Dallagnol se escondeu atrás de uma doença, da filha dele, para poder justificar a saída. [...] Se ela estiver doente, que Deus ajude porque eu tenho pela filha dele o respeito que ele não teve pelo meu neto, quando morreu com seis anos de idade, quero que ele saiba disso. Mas ele não merece respeito da minha parte. Não tem dignidade, não tem caráter. É fujão”, completou o ex-presidente.

A Polícia Federal (PF) em Sergipe realiza, nesta quinta-feira (20), a Operação Estroinas, que investiga esquema de fraude de dispensa de licitação pelo município de Carmópolis-SE envolvendo recursos para o combate à pandemia do novo coronavírus. Estão sendo cumpridos 32 mandados de busca e apreensão em Carmópolis, Aracaju-SE, Nossa Senhora do Socorro-SE, além de Pernambuco, Alagoas e Bahia.

De acordo com a PF, aproximadamente R$ 2,3 milhões provenientes do Sistema Único de Saúde (SUS) foram gastos para contratação direta de nove empresas. Entretanto, existem fortes indícios de que algumas delas são fantasmas, os sócios são laranjas, as escolhas das empresas foram arbitrárias, as cotações dos preços dos bens, insumos e serviços contratados foram fraudulentas, houve superfaturamento, alguns dos bens adquiridos não foram utilizados, não houve critério para definir quantidade e qualidade dos produtos a serem adquiridos, e uma parte não foi fornecida ao município.

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Os suspeitos são investigados por suposta prática dos crimes de dispensa indevida de licitação, corrupção passiva e corrupção ativa. A operação foi batizada 'Estroinas' em referência à forma pela qual o dinheiro público foi gerenciado em Carmópolis.

Em Pernambuco foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Cedro, no Sertão do Estado. O alvo foi a sede da empresa responsável por contratos firmados de sanitização em ruas e na frota de veículos da Prefeitura de Carmópolis e a residência do empresário. Houve apreensão de documentos na sede, que passava por reforma e foi considerada muito modesta. Os policiais perceberam que a empresa não possuía frota de veículos para exercer atividades de sanitização e não demonstrava capacidade técnica para o serviço.

O Ministério Público de São Paulo pediu a abertura de um inquérito para apurar o material pornográfico apreendido com o empresário Carlos Augusto de Moraes Afonso, conhecido 'Luciano Ayan', que é ligado ao Movimento Brasil Livre (MBL). Os investigadores suspeitam que as imagens e vídeos envolvem menores de idade e querem saber se o conteúdo foi veiculado ou comercializado por ele na internet.

Ayan foi preso temporariamente em julho na Operação Juno Moneta, que investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e sonegação fiscal de mais de R$ 400 milhões pelo MBL. Ele é apontado pela promotoria como integrante de um 'núcleo de membros/doadores assíduos' do suposto esquema e acusado de ameaçar pessoas que questionam as finanças do grupo, disseminar notícias falsas, criar ao menos quatro empresas de fachada e movimentar somas incompatíveis com seus rendimentos, segundo a investigação.

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Quando a operação foi deflagrada, a Justiça autorizou busca e apreensão no endereço do empresário. No local, de acordo com o Ministério Público paulista, foram encontradas mídias de pornografia e cenas de sexo explícito 'envolvendo, ao que parece, crianças e/ou adolescentes'.

"Foi coletada farta quantidade de material pornográfico em poder de Carlos Augusto de Moraes Afonso envolvendo adultos (conduta atípica), mas, como parte do material também contêm fotos/vídeos aparentemente de crianças e/ou adolescentes, se faz necessário aprofundamento das investigações acerca desta conduta", argumenta o promotor Marcelo Batlouni Mendroni, do Grupo Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), braço do Ministério Público de São Paulo que investiga lavagem de dinheiro e é responsável pela investigação sobre as movimentações financeiras do MBL.

Na semana passada, o promotor enviou o material para análise da 4a Delegacia de Polícia de Repressão à Pedofilia da capital. O MP pede que os arquivos sejam periciados para verificar a idade das pessoas gravadas e a origem dos registros. Além disso, Mendroni solicita que Ayan seja intimado a explicar a existência das mídias caso fique comprovado que envolvem menores de idade.

"É notório que o Carlos Augusto de Moraes Afonso, que usa seu pseudônimo Luciano Ayan inclusive na internet, se faz presente quase diariamente nas redes sociais, comunicando-se através delas com milhares de pessoas. Considerando o "estoque" de mídias pornográficas que dispõe, incontáveis (anexadas em DVD) contendo imagens (fotos) e filmes com pessoas que parecem menores de 18 anos de idade; torna-se necessário investigar se, além de armazenar, ele, de alguma forma, veiculou conteúdo dessa natureza", diz a Promotoria. "Estas circunstâncias necessitam ser aprofundadas e merecem ser melhor apuradas, especialmente para se analisar a materialidade com a verificação da real menoridade das pessoas que aparecem nos diversos filmes e imagens, mas também no tocante a eventual venda e/ou transmissão a qualquer título destes arquivos com evidências de pornografia infanto-juvenil por meio da Internet (art. 241-A ECA) para além do armazenamento", completa no documento

COM A PALAVRA, LUCIANO AYAN

Até a publicação desta matéria, a reportagem não obteve contato com o empresário. O espaço está aberto a manifestações.

Em sua conta no Twitter, Ayan disse só vai se pronunciar após ter acesso aos detalhes do caso. "Conversei com o meu advogado e só postarei qualquer coisa sobre a alegação contra mim ao ver os detalhes da acusação. Está tudo muito absurdo", escreveu.

Embora o miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega tenha morrido há seis meses, crimes atribuídos a ele continuam no radar da polícia e do Ministério Público (MP). Ao menos quatro frentes de investigação ainda podem atingir amigos, aliados e familiares de Nóbrega.

Acusado de ter sido um dos milicianos mais poderosos, influentes e perigosos do Rio, Nóbrega era suspeito em homicídios, extorsão, agressão e lavagem de dinheiro.

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A investigação mais sensível é a que apura um suposto esquema de "rachadinha" (apropriação do salário de assessores) e nomeações de funcionários fantasmas no antigo gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) entre 2007 a 2018. Nóbrega empregou a mãe, Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher, Danielle Mendonça da Nóbrega, por 11 anos na Alerj, contratadas como assessoras no gabinete do então deputado Flávio.

Raimunda e Danielle receberam R$ 1 milhão em salários da Alerj e devolveram pelo menos R$ 202 mil, por meio de transferências para a conta de Queiroz, e outros R$ 200 mil ainda não identificados. Promotores acreditam que Queiroz e capitão Adriano, que serviram juntos na PM, agiram, desde o início das investigações, para atrapalhar o MP e a Justiça, pedindo, por exemplo, para testemunhas não prestarem depoimento.

Outra investigação é sobre a relação de Nóbrega com contraventores. O capitão da PM foi preso em 2011 numa operação contra o jogo do bicho, acusado de homicídio. O crime estaria ligado com a disputa entre herdeiros do bicheiro pelo controle de pontos do jogo do bicho e, em especial, de exploração de máquinas caça-níquel.

Pelo menos seis assassinatos, entre 2005 e 2010, são atribuídos a capitão Adriano e outros policiais, a mando dos contraventores. A ligação com contraventores e as prisões resultaram na expulsão de Adriano da PM em 2014.

O terceiro inquérito versa sobre a participação de Nóbrega no comando do grupo que controla Rio das Pedras. Isso levou capitão Adriano e outros policiais e ex-policiais a serem alvos das operações Intocáveis I e II, em janeiro de 2019 e fevereiro de 2020. Nóbrega fugiu em 22 de janeiro de 2019.

A última investigação é sobre a participação dele no Escritório do Crime, grupo especializado em mortes por encomenda que cobrava até R$ 1,5 milhão por homicídio.

Em fevereiro de 2020, na semana em que Nóbrega morreu na Bahia, seu advogado, Paulo Emilio Catta Preta, entregou à Justiça do Rio a defesa do processo da Operação Intocáveis. Os defensores pediram a "absolvição" do cliente, negaram todas as acusações do Ministério Público, apontaram falta de provas e ilegalidades e cerceamento de direitos, nas investigações e no processo.

Capitão Adriano considerava sua expulsão da PM, em 2014, injusta e tinha entrado com processo, contra a demissão. Rechaçou todas as acusações que o vinculavam aos crimes narrados e com a suposta "milícia de Rio de Pedras". Ele não teve nenhuma pena transitada em julgado, segundo a defesa.

O FBI trabalhará com investigadores libaneses e internacionais para esclarecer as causas da explosão que devastou o porto de Beirute na semana passada, anunciou David Hale, número três na diplomacia americana, nesta quinta-feira na capital libanesa.

"Quero anunciar que o FBI vai juntar forças com investigadores libaneses e estrangeiros muito em breve, depois de receber um convite do Líbano" para tentar esclarecer as causas da explosão que matou mais de 171 pessoas e deixou pelo menos 6.500 feridos, anunciou o oficial, ao visitar as áreas destruídas.

As autoridades libanesas anunciaram o início de uma investigação sobre a explosão causada por toneladas de nitrato de amônio armazenadas em um armazém no porto da capital.

O presidente Michel Aoun se opôs, entretanto, a uma investigação internacional.

As autoridades francesas também abriram uma investigação devido à presença de vítimas francesas e forneceram apoio logístico ao Líbano para esclarecer as causas da deflagração.

Hale, que se encontrará com líderes libaneses e representantes da sociedade civil na sexta-feira, também lembrou que Washington apoia a formação de um governo "que responda à vontade de seu povo e esteja verdadeiramente comprometido e aja para adotar reformas".

A explosão acentuou a agitação popular em relação a uma classe política acusada de corrupção e incompetência e forçou a renúncia na segunda-feira do executivo presidido por Hassan Diab.

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A Polícia Federal (PF) em Pernambuco informou, neste domingo (9), que assumirá as investigações sobre o Cruzeiro do Alto da Sé, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). O crucifixo do monumento foi depredado nesse sábado (8) e o suspeito acabou se machucando. Ele estava ferido nas pernas e nos dedos.

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A Companhia Independente de Apoio ao Turista (Ciatur), da Polícia Militar de Pernambuco, identificou o suspeito por meio de câmeras de segurança. Como estava ferido, o acusado acabou sendo levado ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista, onde segue internado e passará por cirurgia. A PF promete ouvi-lo assim que ele receber liberação médica.

De acordo com a Polícia Federal, o caso do monumento, que “supostamente foi alvo de um ato de vandalismo”, ficará sob sua responsabilidade porque a estrutura é tombada pelo patrimônio histórico que fica em um dos principais pontos turísticos do Sítio Histórico de Olinda.

“Ao tomar conhecimento dos fatos a Polícia Federal enviou uma equipe de policiais federais para o local com o objetivo de fazer uma perícia técnica no local do crime e pegar informações sobre o caso”, informou a PF por meio da sua assessoria de comunicação. A entidade ainda reiterou que “o crime está previsto na Lei de Crimes Ambientais - Lei 9.605/98 no artigo 165 por destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela autoridade em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico”. Para esse tipo de situação, a pena pode ir de seis meses de detenção a dois anos de prisão, bem como multa poderá ser aplicada.

No que diz respeito à restauração do monumento, o trabalho ficará sob os cuidados da Secretaria de Patrimônio e Cultura de Olinda. A Polícia Federal tenta, agora, identificar o que motivou a destruição do crucifixo.

Tombamento – Desde 1968, o Sítio Histórico de Olinda é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além disso, é reconhecido como Patrimônio Mundial Cultural pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

A força-tarefa da Operação Lava Jato em São Paulo classificou como 'indevida' a suspensão da ação penal que colocou o senador José Serra (PSDB-SP) no banco dos réus por lavagem de propinas da Odebrecht. A decisão foi tomada pelo juiz Diego Paes Moreira, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, após o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, travar as investigações contra o tucano na quarta, 29.

Serra foi posto no banco dos réus uma hora depois do STF parar as investigações. Por 'cautela', o juiz de primeira instância decidiu suspender a ação penal após ser notificado da decisão de Toffoli. Segundo Paes Moreira, a liminar do ministro não especificou se a paralisação atingiria a ação penal, mas que aguardaria uma nova ordem do Supremo antes de continuar com a denúncia contra Serra.

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A Lava Jato reagiu, afirmando entender a cautela do juiz, afirmando que ela deriva da 'controvérsia' instaurada pela decisão de Toffoli. Os procuradores, porém, afirmam que travar a ação penal é 'medida indevida'.

"Em primeiro lugar, porque a decisão liminar proferida pelo ministro Dias Toffoli suspendeu, expressamente, apenas investigação pertinente à chamada operação Revoada, nada falando sobre a denúncia já oferecida, que deu origem à ação penal", explica a Lava Jato SP. "Em segundo lugar, e mais importante, porque como amplamente noticiado, a denúncia em questão foi oferecida no exato mesmo dia em que feitas as buscas questionadas pelo ministro, não tendo, portanto, se baseado em quaisquer elementos de prova cuja obtenção o ministro considerou indevida".

A decisão de Toffoli tratou 'toda a investigação' da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo. A defesa de Serra alegava que a Operação Revoada, deflagrada no mesmo dia em que o tucano foi denunciado por lavagem de propina, contou com diligências que poderiam atingir documentos e informações referentes ao atual mandato de Serra.

"Não obstante a medida cautelar tenha sido determinada pela autoridade reclamada com escopo de coletar provas referentes a tais fatos, a extrema amplitude da ordem de busca e apreensão, cujo objeto abrange agendas manuscritas, mídias digitais, computadores, telefones celulares, pendrives, entre outros dispositivos de armazenamento eletrônico, impossibilita de antemão, a delimitação de documentos e objetos que seriam diretamente ligados ao desempenho da atividade típica do atual mandato do Senador da República", afirmou Toffoli.

O presidente do Supremo suspendeu as investigações até o relator do caso, ministro Gilmar Mendes, delibere sobre o caso. O recesso do Judiciário termina nesta semana, mas não há prazo para Mendes avaliar a ação.

A Lava Jato afirmou que irá adotar 'as providências cabíveis' para retomar a ação penal contra Serra e espera que o caso seja levado com urgência 'a julgamento colegiado pelo Supremo'.

LEIA A NOTA DA LAVA JATO SÃO PAULO:

"A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal em São Paulo entende indevida a suspensão da ação penal instaurada ontem em face de José Serra e Veronica Serra. Em primeiro lugar, porque a decisão liminar proferida pelo ministro Dias Toffoli suspendeu, expressamente, apenas investigação pertinente à chamada operação Revoada, nada falando sobre a denúncia já oferecida, que deu origem à ação penal. Em segundo lugar, e mais importante, porque, como amplamente noticiado, a denúncia em questão foi oferecida no exato mesmo dia em que feitas as buscas questionadas pelo ministro, não tendo, portanto, se baseado em quaisquer elementos de prova cuja obtenção o ministro considerou indevida. A denúncia se baseou em diligências e provas anteriores, sem qualquer relação com as diligências objeto da reclamação julgada liminarmente, e está inteiramente preservada quanto a seus efeitos.

A força-tarefa informa, assim, que adotará as providências cabíveis a fim de, oportunamente, retomar a ação penal instaurada.

De qualquer modo, externa que entende a cautela do juízo, referida na decisão de suspensão, e acredita que ela deriva da grande controvérsia instalada pela liminar proferida na reclamação, a qual gerou e segue gerando dúvidas diversas, até quanto a seu alcance efetivo. Por isso, espera-se que a liminar seja levada com a urgência devida a julgamento colegiado pelo Supremo, em favor da resolução definitiva do caso, e da retomada das investigações e da ação, junto às autoridades que se mostrarem competentes".

Alexandre de Moraes dorme pouco - em média, três, quatro horas por dia, mantendo hábito da adolescência. Enquanto cumpre a quarentena em São Paulo, com rotina de trabalho madrugada adentro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) "tira o sono" de empresários, parlamentares, youtubers e extremistas bolsonaristas, que entraram na mira de investigações acompanhadas com apreensão pelo Palácio do Planalto. Uma delas, o inquérito das fake news - sobre ameaças, ofensas e notícias falsas disseminadas contra integrantes do STF e seus familiares - não vai acabar tão cedo. O Estadão apurou que o processo deve ser prorrogado por, no mínimo, 180 dias.

Um acidente trágico, duas escolhas cruciais e a "mão de Deus" colocaram o ministro "novato" do Supremo no epicentro das maiores questões jurídico-políticas da atualidade. Em 2017, o relator da Operação Lava Jato na época, Teori Zavascki, morreu em acidente aéreo, abrindo uma inesperada vaga para o STF. O então presidente Michel Temer optou por Moraes, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, que já tinha resolvido um caso envolvendo ameaças contra a então primeira-dama, Marcela Temer.

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A mesma expertise de Moraes, que mantém até hoje conexões com o Ministério Público e a Polícia Militar de São Paulo, foi decisiva para o presidente do STF, Dias Toffoli, escolher o colega como relator do controverso inquérito das fake news. A investigação fechou o cerco sobre o chamado "gabinete do ódio", grupo de assessores do Planalto comandado pelo vereador do Rio Carlos Bolsonaro (Republicanos). A existência desse núcleo foi revelada em reportagem do Estadão no ano passado.

Com o sigilo que ronda os trabalhos do inquérito das fake news, nem os integrantes da Corte sabem ao certo dos desdobramentos da apuração, conduzida por cinco delegados da Polícia Federal de confiança de Moraes. É o mesmo time que atua em outro inquérito, que se debruça sobre a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. Nesse caso, o algoritmo do STF - responsável pela distribuição eletrônica dos processos da Corte - fez com que o caso parasse no gabinete de Moraes. Para um integrante do tribunal, foi "a mão de Deus".

Moraes também foi efetivado recentemente como ministro titular do TSE, onde tramitam oito ações que investigam a campanha de Bolsonaro em 2018. As mais delicadas são as quatro que tratam do disparo de mensagens pelo WhatsApp - e que podem receber provas compartilhadas do inquérito das fake news. "É uma coincidência muito particular: ao mesmo tempo que isso dá maior visibilidade dos fatos ao ministro Alexandre, o coloca como vidraça preferencial do bolsonarismo", disse o advogado criminalista Davi Tangerino, professor da FGV-SP.

"Moraes tem casca grossa, como se diz no jargão popular. O sistema punitivo está no DNA do ministro, talvez motivo pelo qual tenha sido eleito por Toffoli para a missão. Não compra brigas desnecessárias na Corte e vota com brevidade e clareza", avaliou. "Alexandre parece ser o homem certo, no momento certo."

O próprio Moraes já disse a interlocutores que o "couro" ficou ainda mais resistente depois de sua passagem pelo Poder Executivo.

Trégua

Os riscos de uma eventual cassação da chapa Bolsonaro-Mourão preocupam o Planalto. No entorno de Bolsonaro, há quem considere Moraes, ex-filiado do PSDB, um ministro "militante" e veja com desconfiança sua proximidade com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Caberá ao ministro comandar o TSE nas próximas eleições presidenciais, em 2022.

Em meio ao clima de tensão entre o Planalto e o Supremo, Bolsonaro enviou três emissários no último dia 19 a São Paulo para tentar uma trégua com o ministro, que já havia contrariado o presidente da República ao suspender a nomeação de Alexandre Ramagem para a direção-geral da Polícia Federal. Os ministros Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), André Mendonça (Justiça e Segurança Pública) e José Levi Mello (Advocacia-Geral da União) almoçaram e ficaram cerca de três horas na casa de Moraes.

Um dos participantes do encontro disse que seria uma "loucura" discutir as investigações na ocasião, mas observou que a mera existência da conversa já é um gesto para distensionar o ambiente beligerante que ronda a Praça dos Três Poderes. Um deles lembrou que a harmonia é "essencial". Integrantes do STF avaliam que a agenda não vai mudar em nada o rumo dos inquéritos.

É em seu apartamento, no bairro Jardim Europa, que Moraes tem ficado isolado para se proteger da pandemia, ao lado de sua mulher, a advogada Viviane Barci de Moraes, com quem é casado há 28 anos. A distância, participa por videoconferência das sessões do STF. Volta e meia, beberica uma água de uma caneca do Corinthians (presente do 3.º Batalhão de Choque da PM de São Paulo), quebrando assim o tom solene dos julgamentos.

Moraes aproveita a quarentena para terminar três leituras simultâneas: Marco Aurélio: O imperador filósofo; Sermão do Mandato de Padre Antônio Vieira; e Fascismo - Um Alerta - em que a autora, a ex-secretária de Estado dos Estados Unidos Madeleine Albright, aponta que o fascismo ainda é uma ameaça à paz. Em solenidade no mês passado, Moraes deu o recado: "Não há democracia sem Poder Judiciário forte. E não há Poder Judiciário forte sem um juiz independente, altivo e seguro". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pela primeira vez desde o início das investigações sobre o gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, o Ministério Público Estadual encontrou provas de que pessoas ligadas ao senador mantinham contato com o miliciano Adriano Magalhães da Costa Nóbrega, chefe da milícia Escritório do Crime, no período em que este era procurado pela Justiça. O chefe do grupo criminoso teria participado da elaboração de um plano de fuga da família do ex-assessor Fabrício Queiroz e integrava, segundo o MP, "o núcleo executivo da organização criminosa" liderada pelo atual senador.

Até então, as relações de Adriano com o gabinete de Flávio haviam acontecido no período em que, de acordo com as investigações, ainda não era pública a associação do ex-capitão com o crime organizado. Flávio, por exemplo, havia homenageado o então policial na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Também o visitara na cadeia, quando ele respondia a um processo por homicídio. Por fim, empregou a mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a ex-mulher dele, Danielle Mendonça da Costa, como funcionárias fantasmas em seu gabinete na Alerj, segundo a investigação.

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No caso de Raimunda, o Ministério Público apresentou à Justiça provas de que ela nunca esteve na Alerj. Examinando os deslocamentos de seu telefone celular, foi possível verificar que o aparelho jamais se aproximou do prédio em que ela devia trabalhar. Raimunda é sócia de uma pizzaria com o filho. Da conta da pizzaria saíram R$ 69,2 mil para Fabrício Queiroz.

Tanto Raimunda quanto Danielle pertenceriam ao esquema de "rachadinha", na qual parte do dinheiro pago aos assessores do gabinete seria apropriado pelo então deputado estadual Flávio Bolsonaro.

No pedido de prisão de Queiroz apresentado à 27.ª Vara Criminal, o Ministério Público do Rio afirma que o capitão Adriano "se valia de parentes para integrar o núcleo executivo da ORCRIM (organização criminosa)". O documento estima que ele repassou mais de R$ 400 mil para contas administradas por Queiroz, acusado de ser o operador financeiro da organização.

Operação

As pistas que ligavam o chefe da milícia ao esquema da rachadinha surgiram em outra investigação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eram dados extraídos do telefone celular apreendido com Danielle na casa do miliciano durante a Operação Intocáveis.

No WhatsApp da ex-mulher do criminoso - que morreu em tiroteio com a polícia baiana em 9 de fevereiro deste ano - foram achadas conversas com Queiroz. Segundo os promotores, ela tinha ciência de que era funcionária fantasma e temia a origem ilícita do dinheiro. Por fim, dizem os investigadores, Queiroz e Adriano "tentaram embaraçar a investigação", mandando Danielle faltar no depoimento no MP. Eles enviaram um advogado para conversar com ela, "deixando claro que a organização criminosa, além de poder pressionar e intimidar as testemunhas dos fatos, estaria abordando as pessoas intimadas e articulando a combinação de teses defensivas fantasiosas entre os autores e partícipes dos crimes".

Tudo isso antes de Adriano ter sua prisão decretada. O caso mais grave ocorreu depois e foi descoberto com a apreensão do celular da mulher de Queiroz, Márcia Oliveira Aguiar, ocorrida em 18 de dezembro de 2019.

Naquele dia, conforme o relatório do MP, ela pretendia embarcar para São Paulo, onde ia se esconder com Queiroz, que era mantido na casa do advogado Frederick Wassef, em Atibaia. Para não ser descoberto, Queiroz desligava o celular quando entrava na região de Atibaia - Márcia era orientada pelo "Anjo", o homem que monitorava Queiroz, a fazer o mesmo.

O plano, segundo o MP, começara a ser traçado um mês antes, em reunião na cidade do interior paulista entre Queiroz, o advogado Luis Gustavo Botto Maia, que defende Flávio Bolsonaro, e o Anjo. Eles aguardavam o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal sobre o compartilhamento de dados do Coaf e temiam uma decretação de prisão. Mensagens de Queiroz à mulher mostram que o ex-assessor mandou Márcia procurar Raimunda, que estava escondida em uma casa na cidade de Astolfo Dutra, em Minas.

Era necessário conversar pessoalmente com a mãe do miliciano, que se escondia em Minas por orientação de Queiroz e de Botto Maia. O advogado do senador também participaria do encontro. Os três iam esperar a chegada da mulher de Adriano, que levaria ao miliciano um recado de Botto Maia.

Quando estavam na cidade, Márcia mandou foto dela com o advogado para Queiroz. Ele, então, segundo a promotoria, advertiu a mulher "para apagar sua localização, a fim de dificultar eventual rastreamento, o que mais uma vez ressalta a natureza clandestina do encontro e o provável caráter ilícito da proposta que estaria sendo encaminhada a Adriano". Depois, novo encontro entre os quatro ocorreu no Rio, no dia 17, quando a mulher do miliciano voltou da Bahia e transmitiu pessoalmente a reposta do foragido ao advogado do senador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Rio identificou que Luiza Souza Paes, ex-assessora de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, só compareceu ao Palácio Tiradentes em três ocasiões - e apenas para assinar o ponto. Dentro do período ao qual os investigadores tiveram acesso ao dados de seu telefone celular, entre 2014 e 2017, ela esteve nomeada por 792 dias.

O caso de Luiza ajuda a ilustrar o que a Promotoria afirma ser um amplo esquema de funcionários fantasmas empregados no antigo gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro, hoje senador. Esses servidores repassariam o dinheiro de seus salários por meio da "rachadinha".

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Como o Estadão mostrou ontem, com base na decisão do juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal da Capital, Luiza e o pai, Fausto Antunes Paes, buscaram Queiroz para ver como lidariam com a revelação do caso. O rastreamento foi possível graças à quebra de sigilo telefônico, que permitiu o monitoramento de investigados pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC). O raio considerado para avaliar se ela esteve ou não na Alerj foi de 750 metros.

Por meio das mensagens entre Luiza e o pai, a investigação também aponta que ela combinou com o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho, que trabalha no Departamento de Pessoal, de assinar o ponto retroativo no dia 24 de janeiro de 2019. Com orientações de Queiroz, o contato se deu por intermédio do advogado Luis Gustavo Botto Maia e pela assessora Alessandra Esteves Marins, funcionária de Flávio Bolsonaro.

Nas primeiras mensagens entre Luiza e Fausto, o pai explica que iria ver com Queiroz como eles deveriam agir diante da revelação do esquema de "rachadinha" pela imprensa - a história foi publicada pelo Estadão em dezembro de 2018. As conversas também mostram que havia uma preocupação do gabinete de Flávio em maquiar o suposto esquema de funcionários fantasmas e, com isso, dar respostas a jornalistas sobre a presença dos servidores na Casa legislativa.

Ao assinar pontos retroativos referentes a 2017, diz o MP, Luiza e os demais investigados "efetivamente adulteram as provas dos crimes de peculato ao inserirem informações falsas em documentos públicos", com "clara finalidade de embaraçar as investigações acerca da organização criminosa que desviava recursos públicos pelo esquema das "rachadinhas" com atuação de ‘funcionários fantasmas’."

Luiza, Botto Maia, Alessandra e Coutinho foram alvo de buscas e apreensões na manhã de ontem, quando Queiroz foi preso em Atibaia. O Estadão não conseguiu contato com as defesas dos citados.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agentes do Ministério Público do Rio de Janeiro, da Corregedoria do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil, deflagraram uma operação nesta quarta-feira (10), para prender mais um acusado de obstruir as investigações dos assassinatos da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O bombeiro Maxwell Simões Correa é alvo de mandado de prisão "por atrapalhar de maneira deliberada" as investigações, junto a outras quatro pessoas já denunciadas ao Judiciário.

Segundo as investigações, no dia 13 de março de 2019, um dia depois das prisões dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, denunciados como autores dos crimes, Maxwell e outros quatro denunciados ajudaram a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios pertencentes a Ronnie, que estavam armazenados em um apartamento no bairro do Pechincha utilizado pelo ex-policial e em locais ainda desconhecidos.

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Segundo a nota do MP-RJ, Maxwell cedeu o veículo utilizado para guardar o vasto arsenal bélico pertencente a Ronnie, entre os dias 13 e 14 de março de 2019, para que o armamento fosse, posteriormente, descartado em alto mar.

Além do mandado de prisão, a operação batizada de Submersus 2 cumpre também mandados de busca e apreensão em dez endereços na cidade do Rio de Janeiro ligados a Maxwell e aos outros quatro investigados, presos durante a operação Submersus: Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa de Ronnie; Bruno Pereira Figueiredo, cunhado de Ronnie; José Marcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas.

"A obstrução de Justiça praticada pelo denunciado, junto aos outros quatro denunciados, prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação 'Submersus', na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações. A arma de fogo utilizada nos crimes ainda não foi localizada em razão das condutas criminosas perpetradas pelos cinco denunciados, cabendo ressaltar que Maxwell ostentava vínculo de amizade com os acusados dos crimes e com os denunciados Josinaldo Lucas Freitas e José Márcio Mantovano", ressaltou a nota oficial sobre a operação.

A decisão foi proferida pelo Juízo da 19ª Vara Criminal da Comarca da Capital, informou o MP-RJ, em nota.

A ativista Mônica Tereza Benício, viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL) que foi executada a tiros junto com seu motorista, Anderson Gomes, na noite de 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro, declarou em entrevista à coluna de Jamil Chade que Jair Bolsonaro (sem partido) age como um imperador ao tentar interferir na Polícia Federal. Apesar da prisão de Ronie Lessa, apontado como atirador, e de Elcio Vieira de Queiroz, motorista do carro de onde partiram os disparos, os motivos e mandantes do crime continuam sem resposta. 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) votará, na próxima quarta-feira (27), para decidir se o caso de Marielle deve ou não ser federalizado. A possibilidade, segundo Mônica, assusta a família, que teme que as investigações passem para a Polícia Federal, diante das últimas notícias sobre possíveis tentativas de intervenção de Bolsonaro na instituição. A família, inclusive, criou o site www.federalizacaonao.org, opondo-se à federalização do caso.

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“Considerando as últimas falas do presidente que colocou publicamente que intervir na Polícia Federal, que pediu interferência no caso da Marielle, que mandou a PF interrogar o suspeito de ser atirador e que tem cópia do inquérito, a maior preocupação é que a PF, que Bolsonaro quer intervir, controlar, comande o caso da Marielle. Ele sempre desrespeitou a memória dela e as bandeiras dela. Temos, portanto, muito medo de que o caso vá para as mãos da PF e que seja conduzido para um final que não tenha compromisso com as verdades do fato. Ou que seja arquivado ou postergado”, disse a viúva da vereadora. 

Mônica afirma ainda que o temor da família não é infundado nem parte de suposições, uma vez que o próprio Bolsonaro afirmou que pediu informações e interferiu nas investigações do caso do assassinato de Marielle e Anderson. 

“Não é uma especulação. Ele declarou isso, que fez uma intervenção, que pediu para a PF fazer uma intervenção no caso. Independente de qual motivo seja, ele não poderia ter feito isso (...) Em muitos episódios já tivemos o nome da família Bolsonaro sendo mencionado nas investigações por alguns motivos. Seja pelo filho 04 ter podido namorar a filha do Roni Lessa, que é o acusado de ser o atirador, seja pelo porteiro. São muitos os fatores que mencionaram o nome da família. Se tem responsabilidade ou não, se tem envolvimento ou não, são as investigações que devem mostrar. Mas é inaceitável que o presidente se comporte como um imperador. E é o que ele tem feito”, disse Mônica. 

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Como você viu, o ex-BBB Felipe Prior está sendo acusado de estupro e tentativa de estupro por quatro mulheres diferentes. O assunto veio à tona pouco tempo depois que o arquiteto foi eliminado do reality da Rede Globo, e ele chegou a gravar um vídeo dizendo que desconhece as denúncias, datadas de 2014 à 2018, e que nunca cometeu esse tipo de crime contra nenhuma mulher. Com os depoimentos das supostas vítimas, as investigações sobre os eventuais assédios começaram na Delegacia de Defesa da Mulher, em São Paulo, sob responsabilidade da delegada Maria Valéria Pereira Novaes. E em entrevista ao jornal Extra, a policial afirmou que o inquérito está praticamente concluído.

- Nós já ouvimos uma testemunha de defesa do Prior. Eu escutaria mais três nesta segunda-feira, mas precisei desmarcar porque não estava me sentindo bem. Então, entre quinta e sexta, espero já ter colhido o depoimento de todos. Podemos dizer que a investigação já está perto do fim.

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A delegada reafirmou que não é sua responsabilidade julgar se o ex-BBB é culpado das acusações.

- Assim que terminarem as oitivas, farei um relatório final com os depoimentos das três supostas vítimas, mais o do Prior e das testemunhas de defesa. Juntaremos tudo e mandaremos para o Ministério Público. É lá que eles vão decidir se pedem o arquivamento do processo ou se denunciam o rapaz. O MP também pode pedir que sejam feitas novas oitivas, mas acredito que o que foi trazido pelas advogadas das supostas vítimas já é o suficiente para o destino do processo. Tudo isso deve ser concluído até semana que vem.

A profissional contou que a suposta quarta vítima, que se apresentou posteriormente, não será incluída nessa primeira fase do processo, já que não pode ser ouvida por atualmente morar fora do país.

- Eu expliquei às advogadas de acusação que elas poderiam acrescentar a declaração que tinham colhido dessa vítima, mas seria impossível conseguirmos interrogá-la, já que ela não mora no Brasil. Quando o caso for encaminhado ao fórum, elas podem apresentar aos promotores e, se eles entenderem que é possível ouvir essa possível quarta vítima, eles farão isso por meio de videoconferência ou de alguma outra forma.

Vale lembrar que Felipe Prior também já foi ouvido.

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