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Deborah Secco iniciou cedo na carreira artística, aos 12 anos de idade. Aos 18, a atriz precisou fazer sua primeira cena completamente nua. Durante uma entrevista, ela relembrou o momento e contou como isso a marcou.

Secco contou que sentiu muito medo, de início, mas que não se negou a acatar a ordem do seu diretor à época. “Eu nem sei reproduzir em palavras o pavor que senti. Mas fui, né? Porque sou atriz mirim, e atriz mirim aprende que não pode dizer não, que não pode reclamar, que sempre tem outra atriz mirim pra entrar no seu lugar. Eu não reclamo de nada até hoje, eu sou uma atriz muito fácil."

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Passado o tempo e após ganhar experiência, Deborah desmistificou a nudez e hoje encara com naturalidade. É muito constrangedor porque é algo que a gente escuta a vida inteira [que é errado], e eu fui desmistificando isso em mim. Hoje acho que até sou um pouco errada, porque eu não tenho mais... Venci todas as barreiras que eu tinha com a nudez. Posso ficar nua em qualquer lugar. Esqueço que estou nua. Abro a porta do hotel e 'ah, desculpa' e fecho a porta."

A Defensoria Pública da União (DPU) enviou ofício, nesta quarta-feira, 16, ao INSS cobrando 'providências imediatas' em relação à limitação de novos requerimentos administrativos após indeferimentos automáticos, os chamados "robôs do INSS" - em caso de negativas automáticas, o interessado tem que esperar cerca de 30 dias para novo requerimento no INSS.

Em agosto de 2022, em reunião do Comitê Executivo do Pacto da Desjudicialização da Previdência Social, o INSS já havia atendido ao pedido da DPU para suprimir a trava para novo requerimento.

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Decorrido um ano, a Defensoria se 'surpreendeu' com o retorno do obstáculo e enviou ofício ao INSS cobrando o cumprimento do acordo firmado.

A questão tem sido motivo de preocupação da Câmara de Coordenação e Revisão Previdenciária da DPU 'em razão dos efeitos negativos que essa trava de 30 dias tem causado' - principalmente para grupos mais vulneráveis, como indígenas, povos tradicionais e pessoas excluídas digitalmente.

"A Defensoria Pública da União, em razão de sua atuação voltada aos grupos mais vulneráveis, em especial indígenas, povos tradicionais e excluídos digitais, destaca especial preocupação com a 'trava' para novos requerimentos nos casos de BPC idoso e de salário-maternidade, em que um erro simples de preenchimento acarreta o indeferimento automático do benefício", alerta a Defensoria.

Judicialização. A DPU aponta ainda, em documento, que, com a inserção dos 'robôs do INSS', a análise de pedidos de benefícios feita pela inteligência artificial 'gerou uma quantidade significativa de indeferimentos desnecessários'.

"Essa situação potencialmente amplia o cenário de judicialização dos pedidos", adverte a Defensoria."O indeferimento recorrente praticado de forma equivocada pela inteligência artificial é preocupante e causa de judicialização, sobretudo porque o INSS não vem permitindo a reabertura de tarefa à necessária correção", assinala a DPU.

Segundo o documento, 'novo requerimento só pode ser apresentado após 30 dias do indeferimento automático do pedido de benefício'. Subscrevem o ofício as defensoras públicas federais Carolina Botelho, Patrícia Bettin e Luaní Melo e os defensores públicos federais Eraldo Silva Júnior e Gilmar Menezes da Silva.

A DPU concedeu prazo de 15 dias para que sejam fornecidas informações sobre medidas adotadas para remover a restrição de novo requerimento nos casos de indeferimento automático por inteligência artificial.

COM A PALAVRA, O INSS

A reportagem entrou em contato com o INSS e ainda aguardava uma resposta até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.

O conselho de administração da Petrobras decidiu nesta quarta (29) que as vendas de ativos com contratos já assinados e à espera do fechamento (closing) serão respeitadas e mantidas, apurou o Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). A decisão vai em linha com o que o presidente da estatal, Jean Paul Prates, já havia dito na semana passada.

O colegiado considerou cada um dos processos de venda desses ativos como "ato jurídico perfeito", que não precisariam ser revisitados pela nova diretoria executiva - que assumiu seus cargos ontem.

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Mais cedo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, enviou ofícios para a diretoria executiva da Petrobras e para o conselho solicitando que todas as vendas de ativos, inclusive as assinadas, fossem reavaliadas pela nova diretoria e o assunto devolvido ao conselho para apreciação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade de Pernambuco (UPE) também disponibilizou equipe para a recuperação de patrimônio quebrado por golpistas em Brasília, no dia 8 de janeiro. Por meio de ofício, enviado na última terça-feira (17), a reitora, Profa. Dra. Maria do Socorro de Mendonça Cavalcanti, oferta serviços técnico e intelectual da UPE para colaborar, de maneira voluntária, no processo de reconstrução e restauro do patrimônio público danificado.

“Temos o objetivo de contribuir com a reconstrução do patrimônio público e cultural após os ataques terroristas em Brasília. Devemos demonstrar que estamos resistentes a qualquer ação contrária à democracia, de ataques às instituições e ao Estado de direito”, destacou a reitora através da assessoria.

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Ela ainda destacou que é necessário "ter atenção especial aos integrantes das forças de segurança que resistiram às invasões e impediram o pior. Por isso, também disponibilizamos psicólogos da nossa instituição para colaborar com o acompanhamento destes profissionais”, disse também por meio da comunicação. 

UFPE

Na última sexta-feira (13), o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, enviou um ofício para a Presidência da República, assim como as Presidências da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Supremo Tribunal Federal (STF) colocando a UFPE à disposição dos Poderes da República para a recuperação do patrimônio público quebrado durante o ato golpista.

No documento, o reitor disponibiliza pessoas da nas áreas de Arquitetura, Patrimônio, Museologia, História, Arte, Cultura, entre outras. Além disso, Alfredo Gomes justifica a ofreta. “A Universidade Federal de Pernambuco, como instituição pública e democrática, zela pela defesa e respeito do Estado Democrático de Direito, e, assim, reitera sua integral disponibilidade de contribuir nos esforços nacionais voltados à recuperação do patrimônio do povo brasileiro”, diz trecho do ofício.

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, enviou um ofício na madrugada deste domingo, 30, a todas as Superintendências reafirmando a continuidade das operações da corporação, apesar de o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, ter proibido no sábado qualquer ação neste sentido.

"Reafirmo o compromisso da PRF com o fortalecimento da segurança pública nacional, quer seja na promoção das vidas, na preservação dos patrimônios públicos e privados e na garantia da mobilidade nas rodovias e estradas federais e nas demais áreas de interesse da União, razão pela qual a OPERAÇÃO ELEIÇÕES 2022, nas ações não conflitantes com a decisão proferida pelo TSE, deve seguir seu curso natural até o dia 1º de novembro de 2022, com o Debriefing das ações do 2º turno", destaca o documento obtido pelo Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

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Neste domingo de eleição, há centenas de denúncias de abordagens da PRF, mas também da Polícia Federal (PF) e também da Polícia Militar (PM), que têm atrasado e até impedido eleitores de chegar às suas seções eleitorais.

A determinação de sábado que proibiu as operações da PRF atendeu a uma ação do PT que já havia recebido denúncias de articulações neste sentido. Embora no ofício às Superintendências, Vasques fale em "fiel cumprimento da aludida decisão", logo abaixo ele destaca a manutenção da Operação Eleições 2022.

Por todo o País, mas especialmente no Nordeste, onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostra força eleitoral, houve um reforço da atuação da PRF. A Folha de S.Paulo destacou que, na comparação com o primeiro turno, o número de abordagens se multiplicou e já era 70% maior até o início da tarde - até 12h35, o órgão já havia realizado 514 operações, de acordo com informações obtidas pelo jornal.

A coligação de Lula acionou o TSE contra as operações. Moraes determinou o fim imediato das atividades e também convocou Vasques a se explicar no TSE. Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O presidente Jair Bolsonaro disse que o ofício enviado ao ministério da Defesa com pedido para facilitar a auditagem de urnas eletrônicas por partidos políticas é "técnico". Ele voltou a falar que a Defesa levantou "centenas de vulnerabilidades" sobre a eleição e a criticar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Não podemos ter eleições, está lá no ofício, sob manto da desconfiança e dá tempo", afirmou. "Uma (sugestão) muito importante que foi da sugestão de uma apuração simultânea, não sei porque não aceitam isso. Se eu sou presidente do TSE, aceito todas as sugestões, discutimos e chegamos a um denominador comum", disse.

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"Tomei conhecimento agora. Quero analisar melhor na viagem. Pelo que eu sei é um ofício técnico", disse Bolsonaro, sobre o texto enviado pela defesa ao Tribunal Superior Eleitoral.

Bolsonaro afirmou que irá conversar com o Ministro da Defesa quando chegar ao Brasil. Ele viaja de Los Angeles, onde participou da Cúpula das Américas, a Orlando hoje. A previsão é que retorne ao Brasil no sábado.

Em sintonia com a proposta do presidente Jair Bolsonaro, as Forças Armadas defenderam nesta sexta-feira, 10, que seja facilitada a auditagem das urnas eletrônicas por partidos políticos. A proposta consta em ofício encaminhado pelo ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin.

Novamente, o presidente disse que as Forças Armadas encontraram vulnerabilidades no processo eleitoral. "Levantamos centenas de vulnerabilidades, oferecemos novas sugestões e, depois disso, o TSE se negou a discutir, o corpo técnico dele com o nosso dele com o nosso, buscando aí dirimir quaisquer dúvidas. Pode ser até que TSE esteja certo, mas logo depois o Fachin declarou que eleições se trata com forças desarmadas, não armadas. Por que convidaram (as Forças Armadas)?", disse.

Biden

A investida de Bolsonaro contra o sistema eleitoral era um dos temas espinhosos da passagem do brasileiro pelos Estados Unidos.

O presidente americano, Joe Biden, deixou claro para o presidente Jair Bolsonaro que os Estados Unidos esperam que o resultado da eleição brasileira seja respeitado, segundo a porta-voz em português do Departamento de Estado americano, Kristina Rosales.

Questionado sobre o teor da conversa, Bolsonaro afirmou que "conversou por alto"sobre o sistema eleitoral brasileiro. "Não estou aqui trazendo problemas do Brasil para cá. Não vou entrar nessa discussão", disse.

"Todos nós queremos, como a grande parte do TSE quer, eleições limpas, transparentes e auditáveis", acrescentou.

Diante de Biden, Bolsonaro defendeu a realização de eleições justas e "auditáveis". Bolsonaro tem feito repetidas investidas contra o sistema eleitoral brasileiro, com acusações sem prova sobre a confiabilidade do processo de voto. Quando defende que as eleições sejam auditáveis, Bolsonaro argumenta que o sistema atual não é passível de auditoria, o que é incorreto. Ele já chegou a sugerir, inclusive, que as Forças Armadas façam uma contagem paralela de votos e têm colocado em xeque a imparcialidade de ministros do Tribunal Superior Eleitoral, responsável pela realização de eleições.

Nesta sexta-feira, a diplomacia americana afirmou que o assunto foi tratado com e que os EUA esperam que Bolsonaro cumpra seu compromisso de deixar o cargo de forma democrática, se perder a eleição.

Em ofício assinado nessa segunda-feira (11) pelo diretor de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Manoel Flores, a entidade afirma que não há irregularidade na transferência de Pedro Henrique ao Sport. A posição apoia a defesa do clube pernambucano, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e pode perder pontos por escalar o zagueiro negociado com o Internacional.

Nove clubes se uniram para denunciar o Sport sob alegação de que o atleta teria extrapolado o limite de seis partidas pelo ex-clube no Campeonato Brasileiro. América-MG, Atlético-GO, Bahia, Ceará, Chapecoense, Cuiabá, Grêmio, Juventude e Santos assinam a Notícia de Infração contra o rubro-negro.

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Antes de chegar ao Sport, em agosto deste ano, Pedro Henrique disputou cinco partidas pelo Internacional ao longo da Série A. Contudo, recebeu cartão amarelo em outros dois jogos em que foi relacionado para o banco de reservas.

O Regulamento Geral de Competições (RGC) determina que o zagueiro participou oficialmente de sete partidas. Por outro lado, o Regulamento Específico da Competição (REC) considera que a atuação só é computada quando o jogador entra em campo no decorrer da partida. Vale destacar que o REC prevalece sobre o RGC.

Baseado pelo REC, o diretor de competições Manoel Flores endossa a defesa do rubro-negro, mas cabe ao entendimento do STJD uma eventual punição ao clube. "Deve ser considerada a atuação do atleta Pedro Henrique pelo Internacional/RS em cinco partidas pelo Campeonato Brasileiro da Séria A 2021, de modo que não há irregularidade em sua transferência para o Sport", escreveu no documento publicado pela Rádio Jornal.

Diante do posicionamento favorável da CBF, o presidente do Sport se mostrou confiante em relação ao julgamento. "Se quem escreve as regras diz que não há irregularidade, entendemos que, de fato, a denúncia junto ao STJD é natimorta", declarou.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), será o relator da ação movida pelo presidente Jair Bolsonaro para impedir a Corte de abrir investigações sem passar pela Procuradoria Geral da República (PGR).

A ação foi distribuída ao gabinete do ministro por prevenção. Isso porque ele já corre sob sua relatoria uma ação semelhante apresentada pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) em junho do ano passado.

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Tanto Bolsonaro quanto o PTB questionam o artigo 43 do regimento interno do Supremo, segundo o qual 'ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição'. A norma foi usada, por exemplo, para instaurar o inquérito das fake news que atingiu a rede bolsonarista e o próprio presidente.

Em dezembro, ao se manifestar sobre a ação do PTB, o procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu o não conhecimento do processo. Na ocasião, ele afirmou que o partido tenta rediscutir uma tema já enfrentado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal ao julgar a constitucionalidade do inquérito das fake news, em meados do ano passado.

"Não cabe ADPF para rediscutir a recepção de norma pré-constitucional cuja compatibilidade com a Carta de 1988 já foi afirmada pelo Supremo Tribunal Federal, notadamente quando utilizada com o nítido intuito de desconstituir acórdão prolatado antes do seu ajuizamento e quando inexistente modificação do estado de fato ou ius novum, pertinentes e relevantes, aptos a ensejar a revisão do precedente", escreveu Aras.

Em novo capítulo da briga aberta com o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro se insurgiu contra o artigo do regimento interno da Corte Suprema que permite a abertura de investigações de ofício, sem necessidade de aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). A norma foi usada, por exemplo, para instaurar o inquérito das fake news que atingiu a rede bolsonarista e o próprio chefe do Executivo.

Em ação enviada ao STF nessa quinta-feira (19), a Advocacia Geral da União (AGU) pediu a suspensão liminar do texto até o julgamento definitivo do tema no plenário do Tribunal. O documento é assinado pelo ministro-chefe da pasta e pelo próprio presidente. A AGU argumenta que o artigo viola preceitos fundamentais, como os princípios acusatório, da vedação de juízo de exceção e da segurança jurídica.

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O artigo questionado é o 43 do regimento interno da Corte, segundo o qual "ocorrendo infração à lei penal na sede ou dependência do Tribunal, o Presidente instaurará inquérito, se envolver autoridade ou pessoa sujeita à sua jurisdição". A previsão é atípica, porque a Justiça brasileira preserva o princípio acusatório, ou seja, um órgão apresenta o pedido de investigação e eventualmente uma denúncia, frequentemente o Ministério Público, e outro julga.

O governo argumenta que a norma abre brecha para o acúmulo de funções nas mãos dos ministros. "Ao inserir o Ministro designado em uma posição de juiz apurador, supervisor e curador das funções ministeriais, o artigo 43 do RISTF cria, em contraste ao juiz de garantias, a anômala figura do ‘juiz à margem das garantias'", diz um trecho da ação.

Ao longo de 49 páginas, a AGU cita especificamente o inquérito das fake news e o que chama de "excessos" cometidos durante a investigação criminal conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes. Aberta em março de 2019 para apurar notícias falsas, ofensas e ameaças dirigidas aos integrantes do Supremo Tribunal Federal, a apuração atingiu o Presidente da República, que passou a ser investigado sob o mesmo guarda-chuva que a militância bolsonarista após recorrentes ataques ao sistema eletrônico de votação.

"É preciso encontrar um ponto de equilíbrio reflexivo entre sistema acusatório, devido processo e defesa das instituições, sob pena de, no pretexto de uma legítima defesa de prerrogativas, naturalizar-se o exercício arbitrário das próprias razões", argumenta a AGU.

"A maioria dos vícios que têm sido observados deriva do fato de o Supremo Tribunal Federal ter avalizado o exercício de competência investigatória atípica para muito além da espacialidade da Corte, o que acabou implicando, por via oblíqua, a criação de um tipo ilegítimo de prerrogativa de foro por função da vítima", segue a pasta.

O governo vai até a origem do inquérito para questionar os fundamentos usados em sua abertura. A AGU afirma que não foi indicado "absolutamente nenhum fato concreto" para justificar a investigação, o que teria aberto caminho para a inclusão de novas frentes de apuração junto à linha inicialmente traçada.

"Os atos instauradores do INQ 4781 são inválidos, por não terem circunstanciado nenhum fato, mas apenas classes de fatos, ensejando, assim, que uma miríade de fatos futuros venha a ser posteriormente absorvida ou capturada para o inquérito original", diz a ação.

Outro ponto questionado pelo governo é a possibilidade do presidente do Supremo designar o ministro responsável pela relatoria das investigações abertas com base no regimento interno, sem necessidade de observar a livre distribuição entre o colegiado. Foi assim com o inquérito das fake news, em que o então presidente do STF, Dias Toffoli, escolheu Moraes para conduzir os trabalhos da Polícia Federal.

A ação foi enviada ao Supremo em meio a ameaças de pedidos de impeachment contra os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, que se tornaram alvos preferenciais do presidente desde que ele passou a ser investigado por acusar, sem provas, o sistema eleitoral do País.

O Governo Federal deve enviar a Pernambuco, nos próximos dias, parte de um estoque de mais de seis milhões de testes do tipo RT-PCR em posse do Ministério da Saúde. O envio será feito após a pasta atender ao pedido formalizado em ofício e enviado pela deputada federal Marília Arraes (PT-PE), através da Coordenação Geral de Laboratório de Saúde Pública, que já enviou nota técnica para o gabinete da parlamentar, solicitando a indicação de locais para o envio dos testes, de acordo com os pré-requisitos necessários e com a disponibilidade de testes em estoque. A quantidade de testes enviados não foi especificada.

Segundo consta no documento, de número 001/2021, a solicitação foi enviada em 5 de janeiro de 2021, ainda sob a gestão de Eduardo Pazuello, já exonerado do cargo.

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Os testes moleculares (ou RT-PCR), feitos a partir da coleta de mucosa do nariz e da garganta, permitem a detecção do vírus já nos primeiros dias da doença. A orientação é de que sejam coletados entre 3 e 7 dias após o aparecimento dos sintomas. Eles são os mais recomendados e considerados, por entidades de saúde, também os mais precisos para mapeamento da doença.

"São milhões de testes que podem salvar a vida de centenas de brasileiros. Com os testes, essas pessoas podem se prevenir da doença e passar por todos os protocolos de isolamento necessários. O envio desses testes para Pernambuco é muito importante para a luta contra a doença no nosso Estado", afirma Marília.

O Ministério da Saúde cobra algumas especificações para o envio dos testes ao local escolhido: o local deve possuir laboratório, aparelho de extração e amplificação e local de armazenagem de -20ºC.

“Ao fim do ano de 2020 foi veiculada pela imprensa a notícia de que o Governo Federal possuía um estoque de mais de seis milhões de testes de diagnóstico para COVID-19 do tipo RT-PCR prestes a perder a validade, testes parados e que poderiam estar ajudando no diagnóstico de milhares de brasileiros. As festas de fim de ano provocaram reuniões e com isso devemos começar a verificar uma crescente de novos casos [...]. Venho solicitar por meio deste o envio de parte desses testes ao estado de Pernambuco, que já possuía uma defasagem de testes anteriormente e mesmo assim foi destino de milhares de turistas de todo o Brasil. Nosso sistema de saúde encontra-se sobrecarregado e a testagem precoce permite que menos assintomáticos transitem pelas ruas, assim como dar início à medicação necessária”, argumentou Arraes em ofício.

O Ministério da Educação (MEC) admitiu em documento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a verba destinada ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021 é insuficiente para aplicar a prova em todos os participantes. Também vai faltar dinheiro para pagar bolsas de 92 mil cientistas, incluindo pesquisadores da covid-19, médicos residentes e para livros didáticos. Em ofício obtido pelo Estadão, a pasta pede dinheiro para "viabilizar projetos" e fala em impactos pedagógicos "imensos".

O documento encaminhado anteontem pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, à Economia pede o desbloqueio de R$ 2,7 bilhões e a suplementação de R$ 2,6 bilhões, sob o risco de deixar sem verba "diversas demandas essenciais à área da educação", entre elas a realização do Enem. O MEC foi a pasta mais atingida pelo bloqueio de verbas realizado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Para aplicar o Enem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao MEC e responsável pelo exame, prevê gastar R$ 794 milhões este ano. Com R$ 226,7 milhões bloqueados, o orçamento total do Inep é de R$ 1,183 bilhão, mas seria necessário quase o dobro do dinheiro para atender às necessidades da autarquia, que também realiza outras avaliações educacionais.

"Especificamente com relação ao Enem, a insuficiência orçamentária resultaria na inexecução dos serviços, tendo em vista a quantidade de participantes prevista para 2021", aponta o ofício. O Inep estima ter 6 milhões de alunos inscritos nesta edição do Enem, além de 100 mil estudantes na aplicação da prova digital. "O montante disponibilizado não atenderia a totalidade de aplicações/participantes previstas, o que de fato poderia trazer prejuízos às aplicações do Enem e ao Inep", afirma o MEC.

No mesmo documento, o MEC cita ainda os prejuízos à pesquisa brasileira, com cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação que fomenta a pós-graduação. Segundo a pasta, todos os 92.377 bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado "não poderão ser pagos" a partir de novembro. "Entre o total de bolsas, cabe destacar a interrupção do pagamento de 795 bolsistas vinculados a 109 projetos de combate à covid-19, com o envolvimento de 1.280 pesquisadores", destaca o ofício. Além do desbloqueio de verbas, a Capes precisa de R$ 121,5 milhões para garantir pagamento aos bolsistas.

Faltam ainda recursos para o programa de residência médica. O dinheiro recebido até agora será suficiente para pagamento das bolsas até setembro e o MEC já prevê reduzir o programa. Residentes têm atuado diretamente no combate à pandemia em hospitais. "O valor atual programado para a ação orçamentária contempla recursos suficientes para a manutenção de apenas 10.800 bolsas de residência, de um total de 13.883." A contratação de supervisores e tutores para o programa Mais Médicos também fica comprometida.

Sem assistência estudantil

Nas universidades federais, o ofício admite que a partir de setembro não haverá dinheiro para bolsas de permanência no ensino superior. Os recursos são destinados a estudantes de baixa renda. E o "funcionamento geral" das universidades federais também pode ficar comprometido, segundo o MEC. As instituições falam em paralisar atividades em julho.

Livros e alfabetização

Até programas considerados prioritários para a gestão Jair Bolsonaro sofrem impactos dos cortes. Na alfabetização, a previsão é de atender 16% a menos dos estudantes com cortes na formação de professores para essa área. E os livros didáticos podem não ser entregues em 2021 porque um terço da verba está comprometido. O investimento mínimo é de R$ 3 bilhões, mesmo valor do "orçamento secreto" de Bolsonaro, esquema revelado pelo Estadão.

Procurado, o MEC não se manifestou. Já a Economia disse que o bloqueio visa ao atendimento de despesas obrigatórias. "Caso novas projeções de despesas obrigatórias indiquem queda do valor projetado dessas despesas, os valores bloqueados poderão ser reavaliados", informou a pasta. "Até esta data não existe previsão para eventual desbloqueio."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após travar uma luta de quase 11 anos no Congresso Nacional, a Lei que regulamenta a profissão de Historiador no Brasil foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O projeto de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), aprovado em fevereiro, foi vetado pelo chefe do Executivo há quatro meses, mas o Senado derrubou a rejeição presidencial.

O texto, publicado na última terça-feira (18) no Diário Oficial da União (DOU), assegura que serão considerados historiadores os diplomados em curso superior, mestrado ou doutorado e pós-graduação no curso de História. A Lei 14.038 também garante o registro dos profissionais junto à autoridade trabalhista competente.

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Para a professora Isabella Fernandes e Silva Leme, 33 anos, a norma cerca o ambiente para quem se dedica de modo mais restrito ao tema. "Havia uma falta de unidade ao se contratar serviços nessa área, um leque de diversos profissionais diferentes para executá-los. A regulamentação determina que apenas habilitados na área realizem atividades competentes a isso e deixa mais espaço para os que se dedicam exclusivamente à História", declara Isabella, que ministra a disciplina há 14 anos. Segundo ela, a demora no trâmite da resolução pode ser atribuída à dispensa do imediatismo pelas autoridades. "Esses andamentos costumam demorar bastante, ainda mais quando não é um assunto de natureza que possa ser considerado, para alguns, de urgência", aponta.

Valorização da ciência

O professor de Classe Waldorf, Filipe Martins Gonçalves, 40 anos, comenta que a batalha para que a profissão fosse normalizada entra de maneira irônica no contexto histórico do país, mas estima a importância em se valorizar o conhecimento. "A regulamentação é, acima de tudo, a valorização da Ciência História. É uma luta antiga e uma ironia histórica que tenha sido promulgada por um presidente averso à História e às ciências de um modo geral", diz Gonçalves.

O professor Filipe Martins Gonçalves (de camiseta branca, à dir.) e seus alunos | Foto: Arquivo Pessoal

Formado em História, Geografia e Pedagogia, o professor acredita que a resolução entrega aos verdadeiros responsáveis a incumbência de ministrar aulas que requerem entendimento pleno. "Põe abaixo, de forma oficial, a falsa noção do senso comum de que poderia haver um acúmulo de saberes históricos para dar aula. Eu não tenho como ser químico, biólogo ou físico, embora tenha saberes acumulados nestas ciências, porque são regulamentadas", acrescenta.

De acordo com Gonçalves, embora os historiadores estivessem à frente para melhorar a condição da categoria, a desunião dos profissionais da educação e o viés político-partidário podem ter colaborado para que o andamento do projeto demorasse quase 11 anos para ser oficializado.

Ainda segundo o professor, é fundamental atentar para a não interferência de propostas elitistas ao ofício. "A taxação do livro e o corporativismo advindo da medida podem resultar na elitização da profissão, a real intenção do governo. O historiador é uma traça de livros e não se faz História sem eles. Há uma clara tentativa de elitizar, enviesar para o obscurantismo, e esses são riscos que estamos sujeitos a sofrer no futuro".

Impedimento das negações

Para o professor Cássio Luige, 27 anos, a medida é de suma importância para que erros de versões não avalizadas pela comunidade acadêmica em relação à História sejam cometidos. Para ele, algumas são meras interpretações pessoais dos autores e não respeitam o contexto histórico. "Pessoas de diversas áreas lecionam e escrevem obras de história, que são inseridas na sociedade como verdades. Mas esses erros não ocorrem por acaso. Trata-se, muitas vezes, de negacionismo ou revisionismo da História, no intuito de fundamentar discursos e opiniões políticas injustificáveis", comenta o historiador formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O professor Cássio Luige durante uma aula online | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Luige, a regulamentação tem um futuro promissor. "Este é o caminho para uma história mais próxima da verdade e livre de influências ideológicas. Para isso, é importante que os profissionais da área se mantenham comprometidos com a imparcialidade que, sabemos, é possível ser rompida de forma sutil, mas destrutiva", afirma.

Para o professor, a regulamentação também pode ser um escudo para a preservação do patrimônio histórico brasileiro, e que a esperança da valorização do ofício pode refletir de maneira positiva na absorção de cultura pelos profissionais e pela população em geral. "A esperança é de que haja historiadores presentes nos órgãos públicos, museus, arquivos e outras instâncias. Isso pode proporcionar maior cobrança para a valorização do sucateado patrimônio histórico nacional que é, em grande medida, a matéria prima dos historiadores", complementa.

O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, defendeu nesta terça-feira (9) a manutenção das datas das eleições municipais de 2020, apesar da pandemia do novo coronavírus. A informação consta em um ofício enviado aos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que sustenta a tese da adoção de protocolos de segurança associada à possível queda do número de casos da doença - apoiada por estudos estatísticos -, permitindo que as votações ocorram nos dias 4 e 25 de outubro, de acordo com o calendário da Justiça Eleitoral.

No documento, Brill de Góes também alega a impossibilidade da prorrogação dos mandatos em curso, e afirma que caso seja "inevitável a modificação das datas", o adiamento não ultrapasse 30 dias. Neste caso, a sugestão do Ministério Público Eleitoral (MPE) é para que os pleitos sejam transferidos para 25 de outubro (1º turno) e 15 de novembro (2º turno).

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Em dia 25 de maio, ele apresentou uma petição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em que listou "elementos que considera de indiscutível relevância ao debate sobre a alteração ou não das datas do pleito", mencionando que o assunto foi tema recente de reunião entre Maia e Alcolumbre. Uma cópia do pedido, ainda em análise, também foi enviada aos presidentes da Câmara e do Senado.

Com relação à pandemia, o vice-PGE afirma ainda, no ofício, que o MPE se baseia em estudos matemáticos preditivos, sendo um deles realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com a Universidade de Bordeaux, na França. Segundo a pesquisa, os números de registros da covid-19 devem se estabilizar no fim de julho, o que reforçaria a tese de que não haveria necessidade de adiamento das eleições. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em tempos de pandemia, em que boa parte das pessoas está isolada em suas residências e, até mesmo, afastada de suas atividades cotidianas, a saudade tem sido uma das maiores companheiras de cada um. Com o médico Drauzio Varella não está sendo diferente. O doutor revelou, em uma entrevista, que está sentindo muita falta de uma parte de sua rotina: a visita às cadeias. 

Participando do programa Saia Justa, na última quarta (29), Dr.c Drauzio contou como está lidando com o isolamento social. Ele disse que não se sente ocioso, uma vez que tem trabalhado muito no sistema home office, mas uma parte de sua rotina precisou ser suspensa e dessa ele sente muita falta. “Tenho saudade da cadeia. De entrar em uma cadeia. Consigo tocar a minha vida na quarentena, mas fica faltando alguma coisa, que é esse contato com as pessoas da cadeia”.

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O médico presta serviço à penitenciárias há pouco mais de 30 anos. Parte dessa trajetória deu origem a três livros, um deles ganhou até adaptação para o cinema com o filme Carandiru. Drauzio contou, na entrevista, sobre como essa experiência impacta em sua vida pessoal. “A cadeia me dá uma possibilidade de convívio com pessoas que são de um universo que não tem nada a ver com o meu. Me permite entrar em um mundo totalmente inacessível para mim por outros meios Isso é muito enriquecedor, dá lições de vida e ideias para escrever. É um contato com uma realidade que nos faz pôr os pés no chão e pensar em como somos privilegiados”. 

Diante da pandemia do coronavírus, um cartório da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro (RJ), decidiu manter os registros matrimoniais de uma maneira pouco convencial. O 15º Ofício de Notas decidiu adaptar seu serviço ao modelo “drive thru”, isto é, com o uso de carros. No último sábado (21), a instituição firmou a união entre Marcus Monteiro dos Reis, de 36 anos, e Patrícia Antunes Fernandes, de 26 anos. 

“Foi feito de maneira incomum, mas atendeu às expectativas do casal. - Foi uma experiência surpreendente. Nós estamos juntos há sete meses e queríamos formalizar nossa união há algum tempo mas nossas vidas são muito agitadas. Quando vimos que o cartório disponibilizou o serviço no sábado e tomava medidas de prevenção para realizá-lo, decidimos fazer o quanto antes”, afirmou Patrícia.

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De acordo com o cartório, houve um aumento considerável da procura por informações a respeito da oficialização da união estável. A configuração permite a inclusão do companheiro como dependente no plano de saúde. O serviço funcionará de segunda a sábado, das 9h às 14h, no estacionamento do bloco 11, correspondente ao do Shopping Downtown, onde o cartório está localizado. A modalidade de atendimento ficará vigente até a normalização do estado de calamidade declarado no Brasil.

O Ministério Público Federal em Brasília (MPF-DF) detectou erros no número de vagas reservadas para Pessoas com Deficiência (PCD) nos cursos de medicina em três universidades que selecionaram estudantes pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Em razão do problema, o órgão enviou um ofício ao Ministério da Educação (MEC), solicitando explicações ao ministro Abraham Weintraub. 

Os indícios de falhas apareceram durante ações de investigação da Procuradoria da República do Distrito Federal, que recebeu queixas de estudantes e realizou uma análise preliminar de relatórios do Sisu com as ofertas de vagas. Em caso de confirmação das falhas, o preenchimento pode ter que ser revisto e alterado. 

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“Expressivo número de cursos em todo o País tiveram vagas reservadas em número inferior ao percentual de sua população com deficiência aplicado ao número de vagas destinadas à reserva pela Lei nº 12.711, ou mesmo não tiveram NENHUMA vaga reservada para esses candidatos”, afirmou o procurador Felipe Fritz Braga no documento enviado ao ministro. 

O prazo estabelecido pelo Ministério Público para que Weintraub preste as devidas explicações é de cinco dias. O LeiaJá entrou em contato com o Ministério da Educação em busca de maiores esclarecimentos, mas até o momento ainda não obteve resposta. Confira o ofício e o despacho enviados pelo MPF ao ministro da Educação na íntegra. 

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O Ministério da Educação (MEC) enviou um ofício, na tarde desta segunda-feira (23), às instituições de ensino públicas com objetivo de "relembrar a função das escolas". Segundo o comandante do MEC, o ministro Abraham Weintraub, o documento tem como objetivo "aumentar os índices de educação e diminuir as taxas de suicídio, automutilação e depressão nas escolas".

O ofício, descrito como um "chamamento" por Weintraub durante coletiva de imprensa realizada no final da tarde desta segunda-feira (23), trata da "necessidade de desenvolver ações educacionais com base na cultura da paz". A idealização vem com o objetivo de pacificar as escolas e evitar "doutrinação", segundo palavras do ministro da Educação.

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O informativo, a princípio, só tem como base "relembrar as escolas do seu papel". Durante toda a coletiva de imprensa, Weintraub salientou que se faz necessário a isenção de opiniões partidárias nas salas de aula. "Temos que lembrar que crianças são frágeis, vulneráveis", cravou o ministro, durante conversa com jornalistas, em Brasília.

Ainda segundo Weintraub, o documento não tem como objetivo amedrontar ou fiscalizar profissionais da área de educação. "Não se trata de 'pegar' professores, se trata de pegar excessos", explicou. O ideal, de acordo com o ministro, seria que cada docente, ao iniciar uma explicação, informasse seu viés de identificação com o ideal apresentado em sala de aula. "Eu sou professor, eu dizia, nas minhas aulas, que me identificava mais com determinado pensador,as não escondia que o outro tinha, também, muitos seguidores", relembrou.

Canal para informar 'execessos'

Os excesso cometidos dentro de ambiente escolar poderão ser denuncuados, segundo o Ministério da Educação. Foi disponibilizado um canal oficial de contato das escolas com pasta, disponibilizado no documento encaminhado. Por meio dele, será possível denunciar, tirar dúvidas, informar ou questionar atitudes de escolas, docentes, estudantes, pais e comunidade escolar. 

De acordo com o ministro da Educação, o documento é uma forma de que os responsáveis pelos estudantes fiquem tranquilizados. "É um documento para os pais saberem que a Lei determina que o ambiente escolar seja sadio", salientou Weintraub.

Questionado sobre quais serão os excessos cometidos dentro de sala de aula, Weintrauba resumiu-se a informar que seriam os desrespeitosos ao ambinete de paz e pluralidade nas escolas.

O advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal, relativizou a decisão da Segunda Turma do STF de rejeitar uma liminar para libertar petista e demonstrou confiança de que, quando a discussão de mérito voltar, a suspeição do então juiz Sergio Moro na condução dos processos contra o político deverá ser reconhecida.

"A tão-só existência de dúvida deve militar em favor do acusado", disse Zanin, depois do julgamento, em que o ministro Gilmar Mendes disse ter dúvidas sobre a imparcialidade de Moro, hoje ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro. O caso não poderá voltar a ser julgado antes de agosto devido ao recesso do judiciário.

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O foco da defesa, segundo ele, continua sendo a liberdade de Lula, e não a progressão de regime. "É o único resultado compatível para uma pessoa que não cometeu crime", disse, sem adiantar se haverá algum novo habeas corpus durante o recesso.

Ressaltando que a suspeição de Moro vem sendo alegada desde o início do processo, Zanin fez referência a mensagens supostamente trocadas entre Moro e integrantes da Força Tarefa da Lava Jato, reveladas pelo site The Intercept Brazil, como argumentos adicionais para a libertação do ex-presidente.

"Agora vem sendo reforçado é que havia uma condenação pré-estabelecida, uma acusação que foi coordenada pelo próprio magistrado e isso é incompatível com o processo legal. Esperamos que a suspeição seja reconhecida e o presidente Lula tenha direito a um julgamento justo", disse.

Na avaliação do advogado, de uma linha geral, os ministros ressaltaram que não estavam fazendo uma análise definitiva, mas provisória. "Acho que não dá pra fazer uma visão de qual será o resultado, até porque novos fatos eventualmente poderão surgir."

Moro sentenciou o ex-presidente da República por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, e também atuou no andamento de outros dois casos, o do sítio de Atibaia e o da aquisição de terreno para construção do Instituto Lula. Mesmo não tendo proferido sentença nesses dois casos, a defesa alega que ambos devem ser anulados.

"Alegação da suspeição vale para todas as ações em que Moro atuou sobre Lula. Embora ele não tenha sido autor da sentença conduziu a instrução e até mesmo a fase pré-processual. A presença dele contamina todos os fatos mesmo que ele não seja o autor da sentença", disse.

O advogado disse, ainda, que o ex-presidente Lula está preso injustamente há 444 dias. "É evidente que uma pessoa presa este longo período tem expectativa que justiça possa o quanto antes reverter essa situação. Ele continua forte, mas tem expectativa de sair dessa prisão pelo fato de não ter cometido nenhum crime", comentou.

Por 3 a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta terça-feira, 25, manter preso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que cumpre pena desde abril do ano passado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá.

A maioria dos ministros rejeitou a possibilidade de Lula ficar livre até a Segunda Turma concluir o julgamento sobre a atuação do ex-juiz federal Sergio Moro. Os advogados do petista acusam Moro de "parcialidade" ao condenar Lula e assumir um cargo depois no primeiro escalão do governo Jair Bolsonaro.

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A possibilidade de a Segunda Turma construir uma "solução intermediária" para retirar Lula da cadeia mesmo sem concluir o julgamento da suspeição de Moro foi antecipada hoje pelo Estadão.

A defesa de Lula acusa o ex-juiz da Lava Jato de "parcialidade" e de agir com "motivação política" ao condená-lo no caso do triplex e assumir depois um cargo no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro.

Apesar do processo que traz essas alegações ter sido apresentado ao Supremo no ano passado, a defesa de Lula incluiu na ação conteúdo de supostas mensagens trocadas entre Moro enquanto era magistrado com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

As conversas, segundo o site, sugerem que o então juiz teria orientado investigações da operação. O ministro da Justiça de Bolsonaro, porém, tem afirmado não ser possível garantir a autenticidade das mensagens, pois não possui o aplicativo usado na época e não tem mais os registros. Ele nega também qualquer atitude contra a lei.

Parlamentares do Partido dos Trabalhadores desembarcaram em peso no STF para acompanhar presencialmente a sessão. Entre os políticos que compareceram ao Supremo estavam os senadores Jaques Wagner (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA) e Humberto Costa (PT-PE), entre outros.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta terça-feira, 25, para colocar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em liberdade. Para o ministro, o petista deve ficar solto pelo menos até que a Corte julgue definitivamente um recurso em que Lula acusa o ex-juiz federal Sergio Moro de agir com "parcialidade" ao condená-lo no caso do triplex do Guarujá. Não há previsão de quando a análise desse recurso deve ser concluída pela Segunda Turma.

O Estadão antecipou nesta terça-feira que o colegiado poderia discutir conceder um habeas corpus de ofício para tirar Lula da superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Outros quatro ministros ainda precisam votar. Relator da Lava Jato no tribunal, Edson Fachin fala agora.

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Lula está preso desde abril do ano passado, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato.

Em seu voto, Gilmar destacou que desdobramentos de fatos recentes e "notórios" ainda estão "sendo verificados" no caso de Lula. O ministro citou o vazamento de conteúdo de supostas mensagens trocadas entre Moro enquanto era magistrado com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

As conversas, segundo o site, sugerem que o então juiz teria orientado investigações da operação. O processo no qual Lula alega que Moro é suspeito para julgar seu caso foi apresentado antes do vazamento das supostas mensagens. O ministro da Justiça do governo Bolsonaro tem afirmado não ser possível garantir a autenticidade das mensagens, pois apagou o aplicativo usado na época e não tem mais os registros. Ele nega também qualquer atitude contra a lei.

Gilmar Mendes definiu o episódio como "situação de tamanha gravidade".

"Não há como negar relação do caso com fatos públicos e notórios cujos desdobramentos ainda estão sendo verificados", destacou Gilmar. "O julgamento do mérito da questão não tinha como não ser adiado."

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