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A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), informou, através das redes sociais, que está acompanhando a deflagração da Operação Clã, aberta nesta terça-feira (24), pela Polícia Federal em Pernambuco. O foco da ação policial é encontrar evidências associadas a um suposto desvio de recursos da Saúde do estado e que deve ser superior a R$ 89 milhões. A Polícia Federal aponta superfaturamento de contratos firmados pela Fundação de Gestão Hospitalar Martiniano Fernandes (FGH) com terceirizadas.

Em sua fala, Lyra disse entender “o porquê da saúde pública de Pernambuco estar tão abandonada”. O escândalo surge após a gestão de Paulo Câmara deixar os principais hospitais do estado com enormes filas de marcação de exames e de cirurgia, como é o caso do Barão de Lucena e do Otávio de Freitas. 

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“Enquanto isso, a população nas filas de exames e cirurgias sofre muito. Nós estamos trabalhando no Governo de Pernambuco para garantir um atendimento decente à nossa população, ao tempo em que vamos auxiliar os órgãos de controle para punir os efetivos responsáveis por esse desvio e criando, dentro do Governo Estadual, mecanismos para combate à corrupção. É assim que a gente vai mudar Pernambuco. Está só começando”, declarou Raquel. 

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A operação 

A Polícia Federal (PF) cumpre 17 mandados de busca e apreensão, nesta terça-feira (24), para apurar desvios de recursos da Saúde de Pernambuco através de uma Organização Social (OS) que possui contratos com o Governo do Estado. A investigação conta com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Ministério Público Federal (MPF), e calcula que apenas uma das empresas envolvidas possui contratos acima de R$ 89 milhões. 

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- - > ‘Fundação de Saúde de PE superfaturou recursos de hospital’ 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (20), a operação “Lesa Pátria”, para identificar e prender pessoas que coordenaram e financiaram os atos terroristas contra os Três Poderes, no último dia 8 de janeiro. A ação foi classificada como “permanente” pela instituição, que fornecerá atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

Nesta primeira investida, foram emitidos oito mandados de prisão preventiva, além de 16 de busca e apreensão. As ordens são cumpridas no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, e Mato Grosso do Sul. Entre os presos - até o fim da manhã desta sexta-feira (20), quatro pessoas foram localizadas e detidas - estão bolsonaristas conhecidos, como Ramiro “Caminhoneiro” e Renan Sena.

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Os investigados devem responder pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Como denunciar

Informações sobre a identificação de pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos no dia 8, em Brasília, devem ser encaminhadas para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.

Quem são os golpistas

Ramiro Caminhoneiro

Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, de 49 anos, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, foi um dos organizadores dos atos terroristas em janeiro. Ele foi candidato a deputado federal pelo PL de São Paulo em 2022 e recebeu R$ 150,9 mil para a campanha. É filiado ao PL desde março do ano passado. Em 2018, também concorreu a deputado federal pelo PSL, sigla pela qual Jair Bolsonaro (PL) se elegeu presidente à época.

Nas redes sociais como "um patriota a serviço do transporte". Em postagens recentes em seu perfil no Instagram, com quase 70 mil seguidores, Ramiro incita a participação nos acampamentos antidemocráticos instalados nas portas de unidades militares desde a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Através de "lives", pede doações via Pix para um telefone com DDD 011 (São Paulo).

Dias após a prisão realizada no QG do Exército, em Brasília, voltou ao local e tentou realizar uma live mostrando como estava o espaço após a desmobilização, mas foi interrompido por um militar. Em outra publicação, escreveu "vencemos no domingo, perdemos na segunda", se referindo aos ataques às sedes dos Três Poderes.

Randolfo Antônio Dias

Randolfo foi detido no bairro Luxemburgo, Zona Sul de Belo Horizonte. Ele foi conduzido por agentes da PF para a sede da Superintendência na capital. Segundo as investigações, ele participava do acampamento em frente à 4ª Região Militar do Exército, na avenida Raja Gabaglia, no bairro Gutierrez, na Zona Oeste da capital, onde apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protestavam contra o resultado das eleições presidenciais.

O preso enviava áudios em grupos de mensagens desejando a morte do presidente Lula e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, além de incitar ações ilegais. Ele não possui antecedentes criminais.

Renan Silva Sena

Renan da Silva Sena foi um funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH), comandado pela ex-ministra Damares Alves. Durante a pandemia, ele protagonizou um episódio de violência contra uma enfermeira, em Brasília, em maio de 2020.

Nesse dia, profissionais da área de saúde faziam uma manifestação pacífica, silenciosa, respeitando as regras de distanciamento social em memória de 55 enfermeiros, técnicos e auxiliares que morreram vítimas do coronavírus. Ele cuspiu no rosto de uma manifestante. na atual operação, Renan é investigado por usar suas redes sociais para incitar os crimes na Esplanada dos Ministérios.

Em um vídeo publicado do QG do Exército no dia 6 de janeiro, por exemplo, ele chamava para uma “grande ação neste fim de semana”. Os agentes encontraram R$ 22 mil em espécie em sua casa.

Soraia Bacciotti

Soraia é uma linguista sulmatogrossense, suspeita de participar do ataque à Praça dos Três Poderes, em Brasília. Além de bolsonarista, ela é apoiadora do ex-candidato a governador de Mato Grosso do Sul, Capitão Contar (PRTB). Intérprete de libras, Bacciotti apareceu em suas redes sociais, em 29 de outubro de 2022, ao lado de Contar, traduzindo as falas do militar do Exército para a população surda. Ambos pediam apoio à população do estado no segundo turno das eleições.

 

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (20), a Operação Lesa Pátria com o objetivo de “identificar pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos no 8 de janeiro, em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por grupo que promoveu violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições”.

Estão sendo cumpridos oito mandados de prisão preventiva e 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Os mandatos foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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“Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido”, diz nota da PF.

A corporação informou ainda que a Operação Lesa Pátria tem caráter permanente, e que serão feitas atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

A PF pede à população que colabore com os investigadores, caso tenha informações sobre a identificação de “pessoas que participaram, financiaram ou fomentaram os fatos ocorridos”.

As denúncias podem ser encaminhadas para o e-mail denuncia8janeiro@pf.gov.br.

Entenda

Desde que o presidente Lula foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no país, para depor o governo eleito democraticamente.

As manifestações dos últimos meses incluíram acampamentos em diversos quartéis generais do país e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, no último dia 8.

 

Circula nas redes sociais um dos poucos vídeos da ação policial que teve como objetivo retomar o Palácio do Planalto e os Três Poderes, após a invasão bolsonarista que resultou em atos terroristas no domingo (8), em Brasília. Nas imagens, um policial militar é visto dando uma rasteira em uma extremista, após gritar palavras de ordem, ao tentar conter a multidão junto à equipe. Os militares se identificaram como membros do Batalhão de Choque (Bope). “Senta! Senta todo mundo! Senta!”, afirmou um membro da tropa. 

Após a ordem, os golpistas começaram a se sentar. Quando alguns radicais tentaram conversar, os membros da PMDF disseram: “Cala a boca! Cala a boca! Ninguém fala aqui. Acabou! Acabou a brincadeira!”. No entanto, uma das golpistas não obedeceu e começou a caminhar em direção aos policiais. “É algemada! É algemada!”, gritou um militar. Na sequência, outro militar aplica uma rasteira. A reação das pessoas detidas é imediata e o vídeo curto mostra gritos e repreensão por parte dos envolvidos. 

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Pouco depois, o policial é cercado por colegas e pelo militar superior, e parece ser repreendido pela ação. O PM não foi identificado e nem a corporação de manifestou sobre o caso posteriormente. Confira o momento: 

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Mais de mil pessoas já foram detidas, o governador do Distrito Federal Ibaneis Torres (MDB) foi afastado por 90 dias e o ex-secretário de Segurança Anderson Torres teve a prisão decretada. 

 

A polícia mexicana prendeu na última quinta-feira (5) Ovidio Guzmán, filho do narcotraficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, durante uma complexa operação em Culiacán.

Segundo fontes oficiais do governo local, os criminosos trocaram tiros com os agentes e atearam fogo em vários veículos como forma de resposta. Pelo menos sete policiais morreram durante a missão.

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Além dos sete integrantes das forças de segurança mortos durante a operação, 21 agentes e oito civis ficaram feridos nos confrontos entre criminosos e policiais.

Guzmán, também conhecido como El Ratón, já foi transportado para uma prisão de segurança máxima sob as acusações de liderar a facção criminosa Los Menores, ligada ao Cartel de Sinaloa. O filho de El Chapo foi transferido para Cidade do México.

El Ratón, em contrapartida, não deverá ser extraditado em breve para os Estados Unidos, que o pedem para ser julgado no país pelos seus crimes. As informações são do chanceler Marcelo Ebrard.

O narcotraficante de 32 anos de idade já tinha sido preso pela polícia local em 2019, mas foi solto por ordem do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para evitar uma escalada da violência.

O secretário de Defesa do país, Luis Cresencio Sandoval, destacou que pelo menos 19 pontos de bloqueio surgiram em Culiacán e até tiroteios foram relatados na região. Os incidentes, desencadeados pela prisão de El Ratón, provocaram a suspensão de aulas e de um jogo de futebol válido pelo Campeonato Mexicano.

Os membros da poderosa organização criminosa montaram postos de controle e até atacaram um aeroporto local. Ao menos duas aeronaves foram baleadas e mais de 100 voos foram cancelados.

O ministro de Segurança de Sinaloa, Cristobal Castañeda, fez um pedido para que os cidadãos do estado não deixem suas residências pela falta de segurança. Quase 20 pessoas foram hospitalizadas.

El Chapo, pai de Guzmán, está cumprindo prisão perpétua nos Estados Unidos depois de ser considerado culpado em 2019 por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Da Ansa

O diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes de Oliveira, disse em entrevista coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, 29, que a instituição foi muito cobrada pela imprensa e pela população desde 12 de dezembro, data da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, quando também extremistas realizaram atos de vandalismo em Brasília. Oliveira destacou, no entanto, que a investigação tem um "tempo próprio", que não é o mesmo que o tempo político, ou da imprensa.

"Tem o prazo para investigação e identificação, fazer representação, passar pelo Ministério Público, fazer a decisão judicial, fazer o planejamento e a logística", exemplificou o diretor, ao justificar o tempo entre os atos e o anúncio do início das prisões, período que durou 17 dias.

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Polícia nas ruas

Mais cedo, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal começaram a prender suspeitos de envolvimento em atos de vandalismo em Brasília no dia 12 de dezembro, data da diplomação de Lula.

As 11 ordens de prisão foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os policiais também fazem buscas em 21 endereços ligados aos investigados.

A Operação Nero ocorre simultaneamente em Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

A PF esclareceu em coletiva que, dos 40 identificados, 11 receberam mandados de prisão por condutas individualizadas.

Até o momento, 4 já foram presos: dois em Rondônia, um no DF e outro no Rio de Janeiro.

A segunda fase da operação será identificar os financiadores desses atos.

A Marinha da Tailândia anunciou nesta segunda-feira (19) uma operação de resgate de 31 pessoas que desapareceram após o naufrágio de um navio perto da costa sudeste do país.

"Estamos procurando 31 dos 106 tripulantes do HTMS Sukhothai", anunciou o almirante Pogkrong Montradpalin, porta-voz da Marinha Real Tailandesa.

Os tripulantes "perderam o controle" do navio e este afundou pouco depois da meia-noite devido às fortes marés no Golfo da Tailândia, que danificaram o sistema elétrico da embarcação, afirmou o almirante.

O primeiro-ministro, Prayut Chan-o-Cha, anunciou uma investigação sobre a causa do incidente.

"Estou acompanhando de perto as notícias, cinco pessoas estão gravemente feridas", declarou em um comunicado.

Imagens divulgadas pela Marinha mostram o navio inclinado, parcialmente submerso.

Setenta e cinco pessoas foram resgatadas e 11 levadas para um hospital em Bang Saphan.

A operação de resgate inclui dois helicópteros militares, duas fragatas e um navio anfíbio, de acordo com um comunicado da Marinha.

A Força Aérea Real também ajudou na operação.

O Sukhothai HTMS, de fabricação americana, entrou em operação em 1987, de acordo com o centro de estudos US Naval Institute.

Várias regiões do sul da Tailândia foram afetadas nos últimos dias por tempestades e chuvas intensas.

Em 2018, uma embarcação que transportava turistas chineses virou nas proximidades da ilha de Phuket, na costa oeste da Tailândia. Mais de 40 pessoas morreram, em uma das maiores tragédias marítimas da história recente do país.

A Polícia Federal encontrou pelo menos 15 armas, incluindo um fuzil, um rifle e uma submetralhadora, além de munições, durante uma operação nesta quinta-feira (15). A ação tem como objetivo investigar um grupo de bolsonaristas suspeito de organizar atos antidemocráticos após o segundo turno das eleições, em outubro. Nesta investida, foram cumpridos mais de 100 mandados de busca e apreensão em sete estados e no Distrito Federal. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A informação foi divulgada pelo futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), e os detalhes foram divulgados pela PF. Em nota, a instituição afirmou que está cumprindo "81 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em apuração que tramita na Corte acerca dos bloqueios de rodovias após a proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022". 

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No Espírito Santo, são cumpridos outros 23 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão nas cidades de Vila Velha, Serra, Guarapari e Cachoeiro de Itapemirim. A PF não informou o nome dos alvos da operação desta quinta-feira (15). 

Em um segundo endereço, mais armamento foi encontrado: quatro armas regulares e uma sem registro. Desta vez, uma pessoa foi presa em flagrante. Dos quatro mandados de prisão expedidos por Moraes, relacionados aos alvos no Espírito Santo, dois haviam sido cumpridos até o início da tarde de hoje. Outros dois suspeitos continuavam foragidos. Além disso, dois deputados estaduais capixabas, apesar de não terem sido detidos, precisaram colocar tornozeleira eletrônica. 

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A Prefeitura de Ouricuri, no Sertão de Pernambuco, foi alvo de duas operações da Polícia Federal, nesta sexta-feira (2), após indícios de corrupção passiva e desvio de dinheiro público na administração da gestão municipal. As operações Pergaminho, Ipuçaba e “Circus” emitiram 35 mandados de busca e apreensão, além de três mandados de prisão preventiva contra servidores, ex-servidores e empresários no estado. 

A ação aplicou as medidas nos municípios de Ouricuri, no estado, e Fortaleza e Juazeiro do Norte, no Ceará. De acordo com a Polícia Federal, as investigações apuram a ocorrência de crimes contra a administração pública, como peculato, fraude em licitações, corrupção passiva e consequente lavagem de dinheiro em contratos firmados pela Prefeitura de Ouricuri com empresas prestadoras de serviços sediadas nos dois estados. 

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Também foram emitidas medidas cautelares de indisponibilidade de bens e afastamento de cargos de servidores públicos investigados. As investigações contaram com o auxílio da Controladoria-Geral da União em Pernambuco. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja superior a R$ 61 milhões. 

As operações 

Uma das operações, nomeada Ipuçaba, apura contratações de empresas pela Prefeitura de Ouricuri para prestar serviços de transporte de alunos da rede pública de ensino e locação de veículos para atendimento de demandas das Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social. 

As diligências realizadas durante a investigação apontam para a existência de uma organização criminosa especializada em desviar recursos públicos por intermédio de empresas de fachada, constituídas especificamente para fraudar licitações e superfaturar contratos. 

Da mesma forma, a equipe de investigação apontou fortes indícios de que os serviços não teriam sido prestados, embora os pagamentos tenham sido integralmente realizados. Um relatório da Controladoria-Geral da União identificou que as empresas controladas pelo grupo criminoso receberam, desde 2012, mais de R$ 61 milhões somente da prefeitura. 

Com a operação Circus, a PF investiga uma suposta contratação irregular pela Prefeitura de Ouricuri de tendas e banheiros químicos, locadas com o objetivo de proporcionar maior conforto aos beneficiários do Auxílio Emergencial do Governo Federal durante a espera de atendimento pela Caixa Econômica Federal (2020). No decorrer da apuração, identificou-se sobrepreço na contratação dos serviços de aproximadamente 500%. 

 

Doze pessoas foram presas na França, Espanha e Colômbia em uma operação para desmantelar uma rede de lenocínio que explorava pelo menos 50 mulheres latino-americanas em cidades francesas, informou uma fonte policial à AFP nesta sexta-feira (2).

As vítimas, com idades entre 20 e 40 anos, eram "principalmente colombianas e venezuelanas, mas também peruanas e paraguaias", disse à AFP a comissária Elvire Arrighi, chefe do Escritório Central de Repressão ao Tráfico de Pessoas (OCRTEH).

"[As mulheres] eram exploradas de forma absolutamente industrial na França", com até 10 serviços por dia, o que permitiu à rede faturar até 30 milhões de euros (31,3 milhões de dólares) por ano, destacou Arrighi.

A rede, cuja organização era piramidal, era comandada desde a Colômbia por um casal formado por um colombiano e uma venezuelana, que recrutavam as vítimas com falsas promessas de um futuro melhor na Europa e cobravam os benefícios.

A operação resultou na prisão do casal na Colômbia; de mais seis pessoas - quatro homens e duas mulheres - na Espanha; e dois homens e duas mulheres na França, segundo a fonte policial, que confirmou informações da rádio France Inter e do jornal Le Parisien.

Os detidos na França, na cidade de Saint-Louis (nordeste), são de nacionalidade espanhola e colombiana, indicou o jornal, especificando que a operação ocorreu na terça-feira simultaneamente às seis da manhã na França e na Espanha, e à meia-noite na Colômbia.

- "Além dos oceanos" -

O caso começou há dois anos, após uma denúncia apresentada por duas mulheres em Bordeaux (sudoeste), segundo a France Inter. Em setembro de 2021, a Justiça francesa abriu uma investigação por lenocínio, tráfico de pessoas agravado, lavagem de dinheiro em uma gangue organizada e associação de criminosos, disse uma fonte judicial à AFP.

A rede forçou mulheres à prostituição em toda a França: da costa atlântica ocidental (Roche-sur-Yon, La Rochelle, Mérignac) ao leste de Saint-Louis ou Annemasse, passando por Roubaix no norte ou Plaisir e Bussy-Saint-Georges no região de Paris, segundo o Le Parisien.

Para entrar em contato com as vítimas, seus clientes passavam por "call centers" instalados na Espanha - Málaga e Madri - e na França, ligando para um número de telefone divulgado na Internet.

As mulheres "não tinham qualquer controle sobre o seu horário e tinham que prestar contas por mensagem após cada atendimento", explicou a chefe da OCRTEH. Segundo o jornal, a rede instalou detectores de presença e câmeras para gravar os clientes quando pagavam pelo serviço.

Para que as vítimas se dedicassem "totalmente" aos clientes, outros integrantes da rede cuidavam de sua alimentação, transporte e segurança, explicou Elvire Arrighi.

Os investigadores consideram que a rede arrecadou pelo menos cinco milhões de euros (5,3 milhões de dólares) por ano com a exploração sexual das vítimas, embora as estimativas possam subir até "20 a 30 milhões de euros" (20,8 a 31,3 milhões de dólares).

Para a comissária, o dinheiro que as mulheres recebiam por cada serviço, uma quantia "que dificilmente poderiam ganhar nos seus países de origem", e a necessidade de "enviar dinheiro para as suas famílias" fizeram com que permanecessem "sob a influência desta rede", afirmou à rádio France Inter.

A comandante do OCRTEH destacou a "cooperação internacional sem precedentes" entre França, Colômbia e Espanha, que mostra que "diante de um crime organizado sem fronteiras, as forças policiais podem se aliar, inclusive além dos oceanos".

Uma operação deflagrada pela Polícia Federal em Pernambuco, nesta quarta-feira (30), investiga um desvio de dinheiro milionário em um programa do Governo do Estado e que prevê a distribuição de leite para pessoas em vulnerabilidade social. O Governo é alvo na ação, que também emitiu outros 36 mandados de busca e apreensão em 10 municípios. A investida foi coordenada pela polícia e em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU). 

Segundo a PF, o esquema consistia em uma cooperativa de fachada para a admissão de empresas que não atendiam aos requisitos legais de contratação. Toda a ação criminosa aconteceu dentro do Programa Leite de Todos (parte do Programa Alimenta Brasil) e foi facilitada pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário de Pernambuco, que permitiu os convênios fraudulentos. 

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A suspeita é de que a organização criminosa teria desviado parte dos recursos destinados à cooperativa e incorporado esses valores desviados ao patrimônio dos seus integrantes após atos de lavagem de dinheiro. O programa de distribuição de leite deveria servir para incentivar a produção pecuária familiar local e reduzir os riscos de insegurança alimentar e nutricional.   

A investigação teve início a partir do recebimento de Relatório de Fiscalização do Tribunal de Contas de Pernambuco, trazendo indícios de desvio de verbas públicas e apontando, somente no ano de 2020, um prejuízo aproximado de R$ 8,5 milhões.  Os convênios em que teriam ocorrido essas fraudes totalizam recursos da ordem de R$ 192 milhões, dos quais cerca de R$ 153 milhões são de origem do Governo Federal.  

Os mandados de busca e apreensão foram emitidos nas cidades de Águas Belas (2), Gravatá (4), Garanhuns (1), Itaíba (5), Passira (1), Pesqueira (1), Recife (17), Olinda (2), Belo Jardim (02) e Frei Miguelinho (1).  Os crimes investigados são de estelionato, peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e crime contra saúde pública, cujas penas somadas ultrapassam 30 (trinta) anos de reclusão. Na ação, foram apreendidos laptops, carros de luxo, dinheiro em espécie e celulares.

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A Polícia Civil de Pernambuco, junto ao Ministério Público do Estado (MPPE), cumpriu, nesta terça-feira (22), 11 mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As operações “Impasse” e “Disfarce” realizaram os pedidos nos municípios de Alagoinha, Pesqueira, Chã Grande, Bezerros e Arcoverde, no Agreste e no Sertão. 

De acordo com a Civil, as ações foram coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e membros do MPPE. Além de policiais civis, 21 membros do GAECO e da AMPC, participaram também policiais militares, formando uma equipe de mais de 100 pessoas no trabalho de integração. 

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"Foi um trabalho de parceria entre o MPPE e a Polícia Civil, que presidiu as investigações. O GAECO contribuiu, com a análise de parte dos dados e evidências, na tomada compartilhada de decisões, no cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão expedidos pelo juízo da Comarca de Pesqueira de alvos sensíveis, tendo um resultado positivo", avaliou o promotor de Justiça Daniel de Ataíde, que atuou na cobertura de um dos alvos. 

Segundo o delegado Ighor Nogueira, que presidiu as operações, os alvos são diversos e alguns deles são pessoas de boa situação financeira, com associações criminosas diversas, inclusive homicídios. Ele elogiou a colaboração do GAECO que, desde o início das investigações, em 2021, deu todo o apoio técnico e de pessoal na análise de dados e, agora, na deflagração das operações. 

"Foi um ano de investigações complexas com análises de provas, vídeos, escuta de testemunhas, etc. A participação do GAECO nos auxiliou muito", comentou o delegado. As investigações também foram feitas pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco (DINTEL) e pelo Laboratório de Lavagem de Dinheiro (LAB/PCPE). 

As equipes não divulgaram o nome, idade ou quantitativo de pessoas presas, nem informações sobre integrantes remanescentes nos grupos criminosos. No total, foram apreendidos 11 veículos automóveis, uma motocicleta, armamento pesado e carregamentos de munições, joias e dinheiro em espécie.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (17) a Operação Jogada Ensaiada, com o objetivo de investigar suposto esquema de manipulação de resultados esportivos no campeonato sergipano de futebol masculino, série A2, de 2022. Treze mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva ocorrem em Sergipe.

De acordo com os investigadores, a manipulação envolvia jogos transmitidos via plataformas virtuais ou televisão. As apostas abrangiam não apenas os resultados dos jogos, mas dados estatísticos como quantidades de escanteios, laterais, expulsões e gols contra. “Tudo isso dentro de um determinado intervalo de tempo”, informou a PF em nota, .

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“A aposta é garantida porque determinados jogadores, treinadores e dirigentes já acertaram previamente com o fraudador como se dará o resultado. O fraudador, que atua como aliciador, procura tanto técnicos, quanto dirigentes ou jogadores que possam influenciar diretamente nos resultados, a exemplo de goleiros e defensores”, detalha.

Ainda segundo a PF, há suspeita de que dirigentes esportivos teriam convidado treinadores de outros estados com histórico de já ter atuado em partidas manipuladas. “Os treinadores, por sua vez, indicam a contratação de  jogadores com quem já tenham trabalhado e feito a manipulação em outros campeonatos”.

De acordo com a PF, a manipulação de resultados esportivos “é crime no ordenamento jurídico e tem se disseminado rapidamente no Brasil”.

Os investigadores acrescentam que há “claros indicativos de atuação de organizações criminosas, inclusive com tentáculos interestaduais e mesmo internacionais na manipulação de eventos esportivos em território nacional, bem como de agravamento do mercado de apostas clandestinas relacionadas ao futebol, inclusive com a migração das estruturas criminosas tradicionalmente ligadas ao jogo do bicho para as apostas esportivas”.

Nesta sexta-feira (11), a Polícia Federal em Pernambuco cumpriu dois mandados de busca e apreensão após deflagrar a Operação Dois Unidos. A PF não divulgou os nomes dos envolvidos, mas, em reserva, uma fonte confirmou ao LeiaJá que um dos alvos é o deputado estadual Francismar Pontes (PSB). O parlamentar é suspeito de cometer crime de corrupção eleitoral.

As investigações iniciaram após viralizar nas redes sociais um vídeo que mostra eleitores reivindicando um suposto pagamento por terem votado no deputado que concorria à reeleição e conseguiu manter o cargo com 66 mil votos.

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Na gravação, feita no bairro de Dois Unidos, Zona Norte do Recife, uma mulher diz que todos os anos de eleição, Francismar e os seus cabos eleitorais, principalmente um identificado como Thiago, vão nas portas das pessoas para comprar os votos. "Olha aqui, Francismar, todo mundo aqui em Dois Unidos, na casa de Thiago, querendo receber o dinheiro e nada. Todo ano é isso. Todo ano quando tem eleição a gente vem e não recebe", destaca a eleitora. 

"A gente quer os nossos direitos porque se foram atrás da gente para botar os nossos nomes na lista, foi para receber. Bora todo mundo se juntar para ir na clínica de Francismar", grita a mulher, que é acompanhada por diversos outros possíveis eleitores que aguardavam o suposto pagamento pelo voto. Além de deputado estadual, o socilista é médico cardiologista e tem um projeto chamado "Saúde nos Bairros", que oferece diversos atendimentos médicos aos moradores do Grande Recife.

O nome da operação deflagrada pela PF remete ao bairro recifense em que aconteceu a gravação. A PF destaca que, após as diligências preliminares, o local onde o vídeo foi gravado foi identificado, bem como o suposto coordenador de campanha e o deputado.

"A investigação busca obter novos elementos de prova e objetiva confirmar o modus operandi dos investigados, bem como identificar outros envolvidos", destaca a Polícia Federal. Os investigados podem pegar quatro anos de prisão, além de pagamento de multa.

Um ex-vereador de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), é suspeito de desviar R$ 8 milhões através de um esquema de ‘rachadinha’ que está sendo investigado pela Polícia Civil e foi alvo de uma operação deflagrada nesta quinta-feira (10).

A "Operação Compartilhado", instaurada em setembro de 2020, chegou à fase de autuações com 20 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens e bloqueios bancários. As medidas foram cumpridas nos municípios de Ipojuca e Gravatá, no Agreste de Pernambuco. 

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O objetivo da mobilização policial foi desmontar um esquema criminoso na Casa José Gomes de Vasconcelos, e que se dava pelos crimes de peculato (roubo ou desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro. Cerca de 130 agentes da Diretoria Integrada Especializada (Diresp), da Delegacia de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Deccor) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) fizeram parte da operação conjunta.

As investigações contemplam indícios de corrupção da legislatura anterior da Câmara Municipal, correspondente ao período 2017-2020. De acordo com o delegado Diogo Victor, da Deccor, a atividade criminosa consistia em um esquema de "rachadinha", ou seja, desvio dos salários de assessores e servidores, e subtraiu cerca de R$ 8 milhões dos recursos públicos. O ex-vereador envolvido no crime não teve o nome divulgado, mas foi informado que 14 pessoas estariam envolvidas na ação.

“Se instaurou uma organização criminosa no gabinete de um ex-vereador. O chefe do gabinete e os assessores especiais faziam o recolhimento de grande parte do salário. Os servidores ficavam com apenas 10% e os outros 80% a 90% eram repassados à organização, que em seguida adquiria bens. Carros, terrenos, casas de praia. Então foi necessário cumprirmos esses mandados de busca e apreensão, e os bloqueios, no valor de R$ 8 milhões, que foi o prejuízo efetivamente causado ao patrimônio”, detalhou Diogo Victor. 

Ainda de acordo com o responsável pela operação, esses servidores eram funcionários fantasmas, que não registravam ponto de trabalho e nem compareciam à Câmara ou realizavam serviços de atendimento às demandas das comunidades em Ipojuca. Diogo esclareceu ainda que a autuação feita em Gravatá foi contra um empresário da região que financiou a campanha do vereador, e para ser “ressarcido” (o que não é legal), aceitou um cargo na Casa de vereadores. A função, porém, não era exercida.

Após denúncias de que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estaria realizando operações, mesmo após o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, ter proibido, a PRF afirmou que trabalha para "auxiliar na garantia da segurança do direito ao voto".

Ainda por meio de nota de esclarecimento enviada aos veículos de comunicação, a PRF garantiu que, no que se refere à notificação enviada pelo TSE, respondeu dentro do prazo e encaminhou ofício aos Superintendentes, determinando "o fiel cumprimento da aludida decisão".

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Confira a nota completa

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), instituição de Estado, trabalha com o compromisso de garantir a mobilidade, a segurança viária e o combate ao crime nas rodovias federais brasileiras.

Particularmente em períodos de eleições, a instituição é parceira do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e dos Tribunais Regionais Eleitorais (TRE), visando auxiliar na garantia da segurança do direito ao voto. 

Na Operação Eleições 2022 - 2º turno, a PRF já realizou a escolta de 794 urnas e apreendeu R$ 4,5 milhões em 12 ocorrências, assim como reforçou o policiamento em todo o território nacional, a fim de garantir a segurança no trânsito nas rodovias federais. 

As ações nestes últimos dias, em comparação com o mesmo período do primeiro turno, refletiram na redução de 43% de mortes e 72% de feridos em acidentes de trânsito, comprovando o aumento da segurança da circulação nos 73 mil quilômetros de rodovias federais. 

No que se refere à notificação enviada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a PRF respondeu no prazo determinado, encaminhado Ofício aos Superintendentes, determinado "o fiel cumprimento da aludida decisão". Por fim, a PRF tem a esclarecer que permanece firme ao seu propósito constitucional, de garantir a segurança da sociedade. 

FENAPRF

A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) também emitiu nota para se posicionar sobre a polêmica e reforçar o compromisso com a democracia: 

"A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) está acompanhando atentamente os desdobramentos das denúncias de que PRFs estariam, por ordem direta do Departamento, atuando em operações que afetam transporte de eleitores neste domingo (30). A Federação defende o estrito cumprimento de dever legal por parte de cada PRF e reafirma que ordem judicial não se discute, se cumpre. A FenaPRF reforça seu compromisso com a democracia e com o Estado Democrático de Direito"

A Polícia Federal (PF) cumpre dois mandados e busca e apreensão nesta terça-feira (25) contra suspeitos de compartilhar em redes sociais imagens de pornografia infantil em Valinhos e Sumaré, no interior paulista. A ação tem como objetivo apreender celulares e outras mídias para interromper a prática dos crimes e obter detalhes da conduta de ambos.

Segundo a PF, os dois suspeitos não fazem parte da mesma rede. A apuração aponta que um dos investigados também faria a produção do conteúdo pornográfico, abusando de crianças.

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As investigações devem continuar a partir do material apreendido na casa dos suspeitos, o que deve possibilitar, inclusive, a identificação das vítimas.

Na manhã desta sexta-feira (21), a Polícia Federal (PF), em parceria com a Receita Federal, cumpriu mandados e apreendeu armas de fogo, munições e equipamentos em um clube de tiro em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O inquérito apura uma série de crimes envolvendo comércio ilegal de arma de fogo, porte ilegal, falsidade ideológica, uso de documento falso, organização criminosa e incitação ao crime. 

As investigações iniciaram em 2021 com objetivo de apurar a atividade do grupo empresarial responsável pelo Clube de Tiro do Agreste ou CTA Clube de Tiro, suspeito de fraudar a fiscalização de órgãos públicos com CACs falsas. O certificado flexibiliza o uso de arma de fogo a pessoas físicas registradas como colecionadores, atiradores desportivo ou caçadores. 

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O grupo teria forjado a documentação e oferecia cursos, conserto, manutenção e customização de armas de fogo. Segundo a PF, os funcionários não possuíam licença para atuar como armeiros, mas produziam habilitações falsas com o nome de armeiros credenciados sem nenhum vínculo com eles. 

Fundado em 2014, o Clube de Tiro do Agreste possui arena e lojas em Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru. Nas redes sociais, seus perfis divulgam produtos e produzem vídeos para estimular o uso indiscriminado de armas de fogo.  

Em diversas publicações, o presidente Diego Soares faz acusações sem fundamento contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o ex-presidente Lula (PT). Apoiador de Jair Bolsonaro (PL), ele chegou a custear santinhos de campanha de candidatos alinhados ao presidente e disponibilizou as duas sedes para um 'adesivaço gratuito' até a véspera do segundo turno. O LeiaJá entrou em contato com os telefones do clube de tiro, mas não foi atendido.  

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A operação Zona Cinza foi batizada para caracterizar o "espaço enevoado e turvo" gerado pela falsa percepção de legalidade conferida aos crimes com uso de documento falso. "É comum associar a venda legal de armas à cor branca, e a ilegal, à cor preta", pontuou a PF. 

A Justiça Federal expediu quatro mandados de prisão preventiva, 37 de busca e apreensão, 11 ordens de sequestro de bens e suspensão de atividade econômica, além do bloqueio de 14 perfis nas redes sociais com conteúdo ilegal para serem cumpridos em Pernambuco, Alagoas e São Paulo. Somadas os crimes, as penas podem alcançar até 30 anos de reclusão e multa. 

Onze trabalhadores foram encontrados em situação degradante de trabalho, entre eles uma mulher e um idoso, em uma fazenda localizada no município de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. A operação conjunta, realizada no período de 4 a 8 de outubro, pelo Grupo Móvel Regional de Combate ao Trabalho Escravo, envolveu representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT PA-AP), Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Os trabalhadores atuavam no local em atividades diversas, como corte de madeira, feitura de porteiras e cercas, bem como cuidados com o gado, já que a atividade principal da fazenda era a pecuária. Encontravam-se sem registro e Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) anotada, não realizaram exames médicos admissionais e não possuíam equipamentos de proteção individual (EPIs) e materiais de primeiros socorros. 

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As vítimas estavam alojadas em péssimas condições de higiene e conforto, havendo três equipes alojadas em barracões de lona, com chão de terra batida, sem qualquer proteção contra a entrada de animais peçonhentos. Verificou-se ainda na diligência que não eram disponibilizadas instalações sanitárias nas frentes de trabalho, obrigando o grupo a fazer as suas necessidades fisiológicas no mato, e não havia nenhum tipo de proteção contra intempéries. Os trabalhadores que estavam alojados em barracões de lona consumiam água proveniente de um olho d’água ao lado do barraco em que habitavam, e um outro grupo, a de um córrego que também era utilizado pelo gado.

Diante da constatação das diversas irregularidades, a equipe de fiscalização entendeu que os trabalhadores estavam sendo submetidos a condições análogas às de escravos, na modalidade de trabalho degradante. Após o resgate, as vítimas receberam atendimento psicossocial e de saúde, com a aplicação de vacinas pendentes, entre elas a da covid-19, pelas Secretarias de Assistência Social e de Saúde do município de Novo Progresso.

Penalidades

O proprietário da fazenda foi responsabilizado e efetuou o pagamento de todas as verbas rescisórias aos trabalhadores encontrados no local, cálculo que levou em consideração o tempo de serviço de cada um deles. Ainda serão pagos valores por dano moral individual. Além disso, será paga indenização por dano moral coletivo, valor este que será revertido para entidade ou projeto sem fins lucrativos a ser posteriormente indicado pelo Ministério Público do Trabalho, de acordo com instituições cadastradas no órgão. 

O empregador firmou Termo de Ajuste de Conduta (TAC) comprometendo-se a não mais manter seus empregados em condições degradantes de trabalho, nem sem registro, e assegurar todos os direitos trabalhistas decorrentes da assinatura em Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), como o respeito ao prazo legal para pagamento de salários, 13º, recolhimento de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e contribuições previdenciárias, entre outras obrigações. O MPT irá fiscalizar o cumprimento das obrigações de fazer e não fazer e de pagar.

Além da assinatura do TAC, serão lavrados autos de infração, por parte da Superintendência Regional do Trabalho, em razão do descumprimento da legislação trabalhista apurada em campo. Vale ressaltar que após o regular trâmite administrativo e trânsito em julgado, poderá haver a inclusão do nome do empregador no cadastro de empregadores que submetem trabalhadores a condições análogas à de escravo. Frisa-se também que, além de toda a repercussão trabalhista, haverá o encaminhamento dos autos da fiscalização ao Ministério Público Federal para fins de responsabilização pela prática do crime previsto no artigo 149 do Código Penal.

As denúncias de trabalho análogo ao escravo podem ser feitas de forma remota e sigilosa no Sistema Ipê (ipe.sit.trabalho.gov.br), criado pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), pelo Disque 100 ou pelo site do MPT PA-AP (www.prt8.mpt.mp.br). Acesse nossos canais de atendimento remoto aqui.

Da assessoria do MPT.

 

O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi reaberto às 22h18 deste domingo (9) após a pista principal ter sido fechada no início da tarde quando o pneu de um avião de pequeno porte estourou durante o pouso. Cinco pessoas estavam a bordo, mas não ficaram feridas, segundo informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). As operações ficaram suspensas por quase nove horas. A pista auxiliar, para aviação executiva, não foi afetada.

De acordo com informações divulgadas pela Infraero nesta segunda-feira, 10, durante todo o domingo 233 voos foram cancelados - 116 que partiriam de Congonhas e 117 que chegariam. Ainda há reflexos nos voos programados para a manhã desta segunda.

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Ao menos 13 Estados e o Distrito Federal tiveram voos afetados. São eles: Bahia, Alagoas, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Santa Catarina e Ceará, além de São Paulo (incluindo a capital e cidades do interior).

Os voos cancelados podem ser remarcados?

Algumas companhias aéreas estão realizando o cancelamento e a remarcação de voos que foram afetados pelo incidente. A Gol informou que é possível postergar ou cancelar a viagem até o dia 23 de outubro, a depender da disponibilidade de voos. A Latam Brasil oferece o cancelamento ou remarcação de voos com origem, conexão ou destino no Aeroporto de Congonhas nos dias 9 e 10 de outubro.

Como saber se um voo foi afetado?

A Gol sugere que os passageiros evitem ir ao aeroporto se o voo estiver entre os listados: G3 1214 CGH POA G3 1036 CGH SDU G3 1050 CGH SDU G3 1140 CGH CWB G3 1141 CWB CGHG3 2168 CGH SDU G3 1061 SDU CGH G3 1509 SDU VCP G3 1310 CGH CNF G3 2153 CNF CGH G3 1402 CGH BSB G3 1461 BSB CGH G31260 CGH FLN G3 1965 FLN CGH G31314 CGH CNF G3 2116 CGH GYN G3 1431 GYN CGH G3 1449 VCP CGH G3 2165 SDU CGH G3 1052 CGH SDU G31065 SDU CGH G3 2112 CGH CWB G3 1290 CGH POA G31492 CGHBYO G31493 BYOCGH G32115 FLNCGH G31044 CGHSDU G31047 SDUCGH G31035 SDUCGH G31058 CGHSDU G31557 NVTCGH G32115 FLNCGH G31282 CGHNVT G31048 CGHSDU G31153 SDUCGH G32100 CGHGYN G32101 GYNCGH G31556 CGHFLN G31559 FLNCGH G31560 CGHNVT G31593 NVTCGH G32072 SDUSSA G31210 CGHPOA G32053 POASDU G31059 SDUCGH G31211 POASDU G31544 CGHMCZ G31999 MCZBSB G31284 CGHNVT G31273 NVTCGH G31358 CGHVIX G31373 VIXCGH G31373 VIXCGH G31135 CWBCGH G31432 CGHGYN G31742 BSBGYN G31464 CGHBSB G31205 POACGH G32152 CGHCNF G31434 CGHGYN G31056 CGHSDU G3246 SDUFLN G31325 CNCGH G31964 CGHFLN G31317 CNFCGH G31285 CWBCGH G31308 CGHCNF G31226 CGHPOA G31887 POACNF G31612 CGHREC G31551 RECGH G32177 POACGH G31100 CGHCWB G31407 GYNCGH G31574 CGHSSA G31452 CGHBSB G31142 CGHCWB G31147 CWBCGH G31054 CGHSDU G31067 SDUCGH G32177 POACGH G31100 CGHCWB G31512 CGHBPS G31787 BPSBSB G31784 BSBCWB G32159 BSBCGH G32154 CGHVIX G32155 VIXCGH G31145 CWBCGH G31148 CGHCWB G31543 GIGCGH G32190 CGHNVT G32189 NVTCGH G31451 BSBCGH G31445 BSBCGH G31312 CGHCNF G31213 POACGH G31218 CGHPOA G32058 SDUNVT G31375 FLNCGH G31530 CGHFOR G32139 CNFCGH.

Para voos da Latam, a orientação é verificar o status do voo antes de sair para o aeroporto. A verificação pode ser feita pelo site da companhia (latam.com) ou no aplicativo da Latam, na opção "Minhas Viagens". A empresa recomenda que o passageiro só saia de casa se conseguir fazer o check-in online.

A Azul informou que, além dos 200 voos afetados no domingo, três foram cancelados nesta segunda-feira, todos ligando Congonhas ao Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro: AD4131, AD2855 e AD4030. Segundo a companhia, os clientes desses voos já receberam a assistência necessária.

Como cancelar ou remarcar os voos?

Os passageiros da Gol podem modificar as informações de seus voos pelo telefone 0800 704 0465. Para clientes Smiles, o telefone é 0300 115 7001 (Smiles e Prata) ou 0300 115 7007 (Ouro e Diamante).

Quem tem voos da Latam marcados pode remarcar ou pedir o reembolso até o dia de hoje. O processo pode ser realizado pelo site da companhia em "Minhas Viagens" e, caso haja alguma dificuldade, também é possível entrar em contato com a Central de Vendas e Serviços (4002-5700 nas capitais ou 0300-570- 5700 nas demais localidades do Brasil).

São cobradas taxas para o cancelamento?

A Gol permite que os clientes posterguem ou cancelem suas viagens sem custo até dia 23, dependendo apenas da disponibilidade de voos. Com a Latam, é possível remarcar ou pedir o reembolso integral das passagens aéreas sem cobrança de multa e de diferença tarifária, mas as condições valem até o dia 10.

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