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Militantes ligados ao cantor Sérgio Reis se encontraram com ministros e deputados em Brasília nas últimas semanas. Após convocar um grande ato político de apoio popular ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no dia 7 de Setembro, o cantor disse que "era tudo brincadeira".

A manifestação repetiria os moldes antidemocráticos das anteriores, com pressão por uma alçada das Forças Armadas e pelo fim do Supremo Tribunal Federal (STF). Os encontros entre o grupo e representantes políticos ligados a Bolsonaro estão sob suspeita na Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou mandados de buscas e apreensões ao próprio STF.

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No domingo (15), dois dos três investigados pela Polícia Federal (PF) publicaram fotos nas redes socias com o general Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), em corredores do Planalto, segundo o Uol.

Até o irmão de Bolsonaro

Os membros da organização bolsonarista também estiveram com a secretária especial de articulação social, Gabriele Araújo, ligada à Secretaria de Governo (Segov). Na ocasião, um deles publicou no Instagram que o grupo cumpriu "agenda" com a secretária.

Além do ministro do Turismo, Gilson Machado, nomes como os deputados Carla Zambelli (PSL-SP), Nelson Barbudo (PSL-MT) e Hélio Lopes (PSL-RJ) atenderam os ativitas Juliano Martins, Turíbio Torres e Zé Trovão. Até Renato Bolsonaro, irmão do presidente aparecem em registros com o grupo.

Encontros fora da agenda oficial

Nenhum dos encontros estão registrados nas agendas oficiais de Heleno e Gabriele.

Na última semana, um dos fatos que mais repercutiram nos veículos de comunicação do mundo todo foi o caso do Governador de Nova Iorque, Andrew Cuomo, que recebeu acusações comprovadas de assédio sexual contra mulheres, o que culminou na renúncia ao cargo,  poupando a Assembleia Estadual de um possível processo de impeachment. Por conta disto, o LeiaJá separou uma lista com os cinco casos  polêmicos, envolvendo políticos e acusações sobre assédio sexual. Confira:

Donald Trump

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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (2016 – 2020) já recebeu mais de 20 acusações sobre escândalos sexuais. Um dos relatos mais repercutidos que vieram a público é da ex-modelo Amy Dorris, que alegou, em entrevista ao jornal “The Guardian”, que na final do campeonato de US Open, em 5 de setembro de 1997, Trump teria abordado Amy do lado de fora do banheiro da área VIP, em Nova Iorque e teria forçado um beijo, além de passar a mão nas partes íntimas da ex-modelo, que na época tinha 24 anos, enquanto Trump tinha 51. O ex-presidente negou todas as acusações, e chegou a dizer que algumas dessas mulheres não eram “atraentes o suficiente para ele”.

George H. W. Bush

Em novembro de 2017, o ex-presidente George Bush “Pai” (1989 – 1993), recebeu a sexta acusação de assédio sexual. Nesta ocasião, a responsável pela denúncia foi Roslyn Corrigan, que na época tinha 16 anos e afirmou ter recebidos toques inapropriados em seu corpo, no momento em que estava posando para uma foto com o ex-presidente, com 79 anos de idade na época. Em resposta, o porta-voz de Bush informou que o acusado não tinha consciência do que estava fazendo e chegou a pedir desculpas a qualquer pessoa que tivesse ofendido.

Carl Sargeant

Ainda no ano de 2017, o ministro da educação galês, Carl Sargeant (1968 – 2017), recebeu uma série de denúncias envolvendo assédio sexual contra mulheres. Ao ser acusado, Sargeant solicitou uma investigação independente sobre as denúncias, que segundo ele, eram “chocantes e perturbadoras”, e assim foi afastado do cargo, de imediato. Quatro dias depois do ocorrido, o ex-ministro se enforcou e foi encontrado morto em sua própria casa.

Michael Fallon

Ex-ministro da defesa britânica, Michael Fallon, foi acusado de ter cometido assédio sexual em 2002, em um jantar, contra a jornalista Julia Hartley-Brewer. Segundo a denúncia da vítima, Fallon colocou a mão em seu joelho repentinamente. Mais tarde, pessoas próximas do ex-ministro revelaram ao jornal “The Guardian”, que existe a possibilidade de haver outros casos similares e até mais graves. Por conta disso, Fallon pediu demissão do cargo, afirmando que a decisão aconteceu após estar ciente que seu comportamento não esteve à altura.

Bill Clinton

Este é mais um caso envolvendo um ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton (1993 – 2001). No final de década de 90, enquanto cumpria o segundo mandato, o ex-presidente mantinha relações sexuais com Monica Lewinsky, estagiária na Casa Branca, com 21 anos de idade na época. O caso repercutiu não apenas nos Estados Unidos, como no mundo todo. Por meio de gravações e até um vestido da estagiária, o caso foi confirmado.  Em resposta,  Clinton assumiu “parcialmente” o ocorrido e entrou em um processo de impeachment, que não foi concluído por intervenção do Senado dos Estados Unidos. 

 

 

 

A estratégia não é nova. Surfar na popularidade de atletas vencedores em Copas do Mundo e Olimpíadas já é tradição no meio político, e desta vez não é diferente. Em tempos dominados por notícias ruins relacionadas à pandemia, governadores, prefeitos e parlamentares associam suas imagens a medalhistas em Tóquio para tentar conquistar a simpatia de parte da torcida digital. Desde que os Jogos começaram pipocam nas redes fotos e testemunhos de apoio ao esporte nacional.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que era o gestor da cidade nos jogos de 2016, é medalha de ouro na categoria "empolgação" com a Olimpíada. Interessado em defender o legado da Rio 2016, Paes já publicou 37 tuítes sobre o tema (28% de um total de 133 mensagens) desde o dia 23, data da abertura dos Jogos.

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Em tom bem-humorado, Paes procura mostrar sua "aptidão esportiva", ora andando de skate, ora lembrando do dia em que "disputou" uma corrida contra Usain Bolt, a lenda do atletismo mundial que se tornou tricampeão olímpico no Rio. Também fez questão de compartilhar uma foto em que aparece próximo à ginasta Rebeca Andrade, primeira brasileira (paulista) a conquistar medalhas olímpicas na modalidade.

A oposição notou que, antes de Paes publicar a foto, foi apagada a imagem de Carlos Arthur Nuzman, ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro que já foi preso pela Operação Lava Jato e é suspeito de ter comprado votos para que o Rio fosse escolhido como sede em 2016. A ausência virou motivo de piada nas redes.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), não fica atrás. Político de pouca expressão nacional e baixa popularidade - assumiu o posto em 2020 após o impeachment de Wilson Witzel -, Castro faz questão de cumprimentar os medalhistas e, quando possível, destacar a importância do Estado na conquista.

O sucesso de Rebeca também é reivindicado pelos petistas, já que a atleta iniciou sua trajetória no esporte como integrante de um projeto social desenvolvido pela Prefeitura de Guarulhos, sua cidade, durante a gestão do prefeito Elói Pietá (PT).

No Rio Grande do Norte, a governadora Fátima Bezerra (PT) foi além. Publicou um vídeo no Twitter no qual "convoca" o artista Guaraci Gabriel a fazer uma escultura para homenagear o primeiro surfista campeão olímpico Ítalo Ferreira, que é de Baía Formosa (RN). O "presente" deverá ter o nome de Fátima, que deve concorrer à reeleição, na placa.

Entre os possíveis presidenciáveis, passar a imagem de incentivador do esporte é estratégia unânime. Ciro Gomes (PDT), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB) cumprimentam os vencedores pelas redes e destacam programas que já desenvolveram ou desenvolvem em prol do esporte. Lula ainda postou fotos treinando boxe, nadando ou andando de skate.

O governador do Rio Grande do Sul recepcionou os gaúchos medalhistas com uma homenagem no Palácio Piratini, mas não sem fazer propaganda de seu programa na área.

Em disputa direta com Leite pela vaga de candidato ao Planalto em 2022 pelo PSDB, o governador paulista prepara também a sua festa em casa. Como mostrou ontem a Coluna do Estadão, Doria homenageará os atletas paulistas ou radicados no Estado que brilham nos Jogos de Tóquio com uma comenda. O mesmo deve ocorrer nas cidades dos atletas, como Guarulhos, casa de Rebeca, ou São Joaquim da Barra, onde mora o velocista Alison dos Santos.

Já o presidente Jair Bolsonaro, que gosta de ressaltar seu "histórico de atleta", tem sido mais tímido. Desde que os Jogos começaram, em 23 de julho, ele só usou o Twitter para dar os parabéns aos skatistas Rayssa Leal e Kevin Hoefler, ambos medalhistas de prata. Na ocasião, aproveitou para dizer que seu governo reduziu o imposto sobre importação de skate.

Em Niterói, o prefeito leva a homenagem no sobrenome. Axel Grael (PDT) é irmão dos medalhistas Torben Grael e Lars Grael e tio, portanto, de Martine Grael, bicampeã olímpica na vela em Tóquio. Velejador como toda a família, Axel comemora duas vezes e aproveita para divulgar o projeto municipal que incentiva a prática do esporte. Desde que Martine e Kahena Kunze levaram o ouro, o prefeito já postou 17 tuítes para homenagear a dupla e destacar a importância da modalidade.

A iniciativa dos políticos, no entanto, pode não encontrar respaldo entre os atletas. Ao retornar ao Maranhão como campeã olímpica de skate, Rayssa Leal se negou a posar para fotos ao lado de políticos locais. Motivo: não recebeu apoio deles enquanto atleta.

'Madrinha' do skate

No ranking dos políticos que tentam faturar com o sucesso dos medalhistas brasileiros, uma pode se considerar vencedora: a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), que liberou a prática de skate em São Paulo quando assumiu o cargo de prefeita, em 1989. Seu antecessor, Jânio Quadros, havia proibido o esporte na cidade e liberado a Guarda Civil a quebrar skates de quem tentava furar o veto. Desde que revogou a lei da censura do skate, Erundina passou a ser considerada a "madrinha" do esporte, hoje "vovó do skate". Depois das três medalhas de prata conquistadas por brasileiros nos primeiros Jogos Olímpicos da modalidade, Erundina virou "medalha de ouro", com direito a agradecimento público direto de Tóquio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) anunciou que o reitor Alfredo Gomes e o vice-reitor Moacyr Araújo estão conversando com políticos, empresários e instituições para conseguir apoio financeiro para o projeto de revitalização do Teatro do Centro de Convenções da Universidade, orçado em R$ 45 milhões.

Segundo a instituição, o plano envolve também a ocupação e a sustentabilidade do teatro. “O projeto de revitalização do equipamento insere Pernambuco em uma rota de desenvolvimento social, econômico e cultural. Queremos disponibilizar para o Estado mais um equipamento de extrema qualidade, que vai permitir congregar pessoas e ideias, além de contribuir com a recuperação econômica da área”, disse, por meio de nota, o reitor Alfredo Gomes.

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Em uma agenda intensa de reuniões, os representantes da UFPE já conversaram com o governador Paulo Câmara e a bancada de parlamentares pernambucanos no intuito de sensibilizá-los sobre a importância da destinação de verbas para o projeto de revitalização do Teatro no orçamento deste ano, assim como para outras pautas importantes para a educação superior.

De acordo com a Universidade, até o momento, já foram arrecadados, com apoio da bancada pernambucana, aproximadamente R$ 20 milhões. A UFPE também apresentou o projeto a representantes da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe) e do Instituto Ricardo Brennand (IRB).

Os parlamentares que destinaram verbas para a reforma foram os deputados federais: Augusto Coutinho (Solidariedade); Carlos Veras (PT); Danilo Cabral (PSB); Fernando Coelho Filho (DEM); Fernando Monteiro (PP); Tadeu Alencar (PSB) e Túlio Gadêlha (PDT); além do senador Humberto Costa (PT).

Pesquisa feita em contas de 115 militares da ativa ligadas ao ex-comandante do Exército general Eduardo Villas Bôas localizou 3.427 tuítes de caráter político-partidário, entre abril de 2018 e abril de 2020. Eles estavam nas contas mantidas na rede social por 82 integrantes das Forças Armadas, entre os quais 22 oficiais-generais - 19 generais, dois almirantes e dois brigadeiros.

São casos como o do coronel Ricardo. Era 7 de outubro de 2018, dia do primeiro turno da eleição presidencial, quando a conta do militar no Twitter fez propaganda do então candidato Jair Bolsonaro: "É dia de mudar o Brasil. Vote consciente. Brasil acima de tudo! Deus acima de tudo!" Outro oficial - um tenente-coronel de Cavalaria - escreveu: #MitoPrimeiroTurno.

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A maioria dos tuítes é de apoio ao governo, mas há exceções. Um general disse sobre o caso das "rachadinhas", no gabinete de Flávio Bolsonaro quando o hoje senador pelo Republicanos era deputado estadual no Rio: "Ventos novos exigem posturas novas". Um dia depois da saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça, um coronel escreveu: "A minha melhor continência a esse patriota!" E repetiu a frase do ex-juiz da Lava Jato: "Faça a coisa certa, sempre".

Um general chegou a mudar o nome de seu perfil, adotando outra identidade na rede, após a demissão de Moro, e passou a tuitar contra Bolsonaro, criticando-o pela atuação no combate à pandemia de covid-19.

Para o cientista político Eliezer Rizzo de Oliveira, as publicações dos militares demonstram a existência de um "ativismo militar". As manifestações político-partidárias de integrantes da ativa são proibidas pelo Estatuto dos Militares e pelos regimentos disciplinares e portarias das três Forças Armadas. Na avaliação de Eliezer, é importante controlar esse fenômeno, pois "a aplicação das normas republicanas confronta o partido fardado, ao passo que a impunidade reforça a autonomia militar".

Punições

O Ministério da Defesa disse que Marinha, Exército e Aeronáutica têm "manuais e cartilhas que normatizam e orientam adequadamente a conduta e o uso de mídias sociais por parte dos militares". O uso incorreto de redes já levou à punição de militares da ativa. O Exército cita casos de violação da segurança de unidades, mas não revelou o total de punidos.

A Força Aérea informou que registrou "17 procedimentos para apuração de suposta transgressão por 'mau uso' de redes sociais, dos quais dez praças foram punidos disciplinarmente" - seis deles em 2019 e quatro em 2020. Nenhum oficial foi punido. Entre os que fizeram postagens políticas está o brigadeiro Carlos Baptista Júnior, com 80 publicações políticas, todas em apoio ao presidente e ao bolsonarismo antes de ser nomeado comandante da Aeronáutica.

A Marinha respondeu que, em 2019, foram determinadas 17 punições a 17 militares pelo uso de redes. Em 2020, esse número subiu para 20 punições a 20 militares. Os dados foram obtidos pelo Estadão por meio de Lei de Acesso à Informação.

Para o Exército, atualmente o problema está sob controle. A reportagem apurou que uma dezena dos perfis de militares que publicavam manifestações políticas apagou os tuítes, fechou suas contas ou abandonou a rede social. A questão foi disciplinada pela portaria de 2019 feita pelo ex-comandante da Força, general Edson Leal Pujol. Ela criou critérios para a manutenção de contas nas redes sociais pelos militares, proibindo sua vinculação delas com perfis institucionais, à exceção dos integrantes do Alto Comando.

O uso do Twitter por militares voltou a ser debatido após o novo comandante do Exército, general Paulo Sérgio de Oliveira, congelar sua conta para priorizar a comunicação institucional no YouTube. Ele criara o perfil em abril de 2018, depois dos tuítes de Villas Bôas às vésperas do julgamento de Luiz Inácio Lula da Silva, então preso na Lava Jato. Além dele, outros 30 generais e coronéis abriram contas de abril de 2018 a abril de 2020, período abrangido pela pesquisa, publicada no livro Os Militares e a Crise Brasileira. Entre os tuiteiros, um quinto dos posts políticos critica a oposição e a imprensa e 35% traz mensagens de apoio ao governo ou reproduz opiniões de bolsonaristas, como as deputadas Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP).

'Partido fardado'

A presença de militares no governo Jair Bolsonaro e o comportamento deles reanimaram o interesse na atuação política dos militares e sobre obras como as dos antropólogos Celso Castro e Piero Leirner e as de cientistas políticos como José Murilo de Carvalho e Oliveiros S. Ferreira, autor de Vida e Morte do Partido Fardado e Elos Partidos. Um dos centros do debate atual é o conceito de "partido fardado", usado por Oliveiros e pelo cientista político francês Alain Rouquié.

Oliveiros pensava que as reformas do presidente Castelo Branco, limitando o tempo de permanência de generais na ativa, teriam levado ao fim do partido fardado, deixando-o acéfalo. Generais se candidatavam, exerciam cargo político e depois voltavam aos quartéis. Eles simbolizavam o fenômeno. Para o cientista político Eliezer Rizzo de Oliveira, que prepara um livro sobre o tema, o governo Bolsonaro mostra que o partido fardado não havia morrido, só estava hibernando, sobretudo no Exército. "Estamos diante de um ativismo militar, de um partido verde-oliva."

Segundo a pesquisadora Ana Penido, do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (Gedes), para Oliveiros, o partido fardado não é algo formal para disputar eleições, mas uma organização temporária, que só se evidencia em momentos de tensão interna nas Forças Armadas ou de desencontro entre a instituição e o governo, precisando de situação favorável à politização militar.

A pesquisadora adota, porém, o termo "partido militar" para designar o fenômeno. "Pertencem ao partido aqueles militares que se julgam no direito de interpretar a Constituição e, na condição de defensores da lei e da ordem, estabelecem, por si mesmos, como e quando agirão. Integram o estabelecimento militar aqueles que agem subordinados às leis e regulamentos, pautados pela hierarquia e disciplina."

Para o coronel da reserva Marcelo Pimentel, que analisa o fenômeno no livro Os Militares e a Crise Brasileira, o atual processo de politização dos militares começou em meados da última década. "A politização dos militares não se confunde com a mera expressão pessoal de opiniões políticas." O partido militar se coloca em um dos polos da política e cria o risco de divisões nas Forças, com a volta ao estado de indisciplina crônica, vivido nos quartéis antes de 1964. "O que preocupa é a atual geração de tenentes em razão do exemplo dos chefes. O mau uso de redes sociais é um meio de politização do Exército." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Nesta segunda-feira (8), Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Devido à decisão, considerando que a 13ª Vara Federal de Curitiba não possuía competência para julgar casos do triplex do Guarujá, entre outros processos, Lula poderá novamente disputar as eleições.

Assim que a sentença foi divulgada, famosos, personalidades e políticos usaram as redes sociais para comentar o assunto. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) se manifestou na sua conta do Twitter. "Queria ver a cara do Bolsonaro agora", escreveu a parlamentar, ao ironizar o presidente Jair Bolsonaro.

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Em uma outra postagem, Feghali disparou: "Parabéns ao min. Fachin em tomar decisão correta, mesmo que tardia, anulando os processos de Lula em Curitiba. Essa posição já era defendida por vários juristas e desembargadores. Lula foi preso injustamente e agora retoma direitos políticos. Que venha a suspeição de Moro!".

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (DEM-AL) além de comentar a absolvição de Lula, falou sobre o ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro. "Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!"

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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), pelo Twitter, avaliou a decisão como uma vitória importante. "A reconquista dos direitos políticos pelo Presidente Lula é uma vitória importante do campo progressista que fará diferença no fortalecimento da democracia e no futuro do Brasil", escreveu.

Nomes como Flávio Dino, Guilherme Boulos, Marília Arraes, e Manuela d'Avila também publicaram mensagens repercutindo a anulação das condenações de Lula. Diversos internautas colocaram o nome de Lula nos trending topics do Twitter.

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O senador Jader Barbalho (MDB) e a deputada federal Elcione Barbalho (MDB), pais do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), receberam neste sábado (6) a primeira dose da vacina contra a covid-19. Os dois foram vacinados no posto do campus Alcindo Cacela da UNAMA - Universidade da Amazônia, em Belém. Jader e Elcione têm 76 anos.

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Pelo calendário da Prefeitura Municipal de Belém, a imunização já chegou na faixa etária dos 70 anos. Na sexta-feira (5), receberam a vacina idosos de 79 a 77; neste sábado (6), os de 76 a 74 anos; no domingo (7), será a vez de quem tem de 73 a 72 anos; na segunda-feira (8) de 71 a 70 anos.

A UNAMA abriu suas unidades para auxiliar a prefeitura de Belém na campanha de vacinação. Em suas redes sociais, a reitora Betânia Fidalgo destacou que a instituição se une a todos os brasileiros na luta contra a covid-19. "Ao lado da Prefeitura Municipal de Belém e do governo do Estado, alunos, professores e colaboradores participam da campanha de imunização. É a nossa contribuição para superar a pandemia do novo coronavírus, com dedicação, empatia, compromisso com a ciência e fé", escreveu.

Na sexta-feira (5), o governador Helder Barbalho pediu ao embaixador dos Estados Unidos, Todd Chapman, que ajude os Estados da Amazônia na articulação para compra de vacinas para a população que sofre com a pandemia da covid-19.

“Nós não estamos pedindo vacina, nós estamos pedindo o apoio político, institucional para que os Estados Unidos nos ajudem a comprar vacina e, com isso, garantir que possamos proteger a nossa população. Esse é o apelo que lhe faço, olhem pelos amazônidas e ajudem a salvar a nossa população com a mesma dimensão da preocupação que os Estados Unidos têm para salvar a floresta, em face da importância da Amazônia para o clima do planeta”,  disse Helder.

Da Redação do LeiaJá.

Um país deve vacinar seus políticos e autoridades civis e militares contra a Covid-19 primeiro? De acordo com as recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), não necessariamente.

Questionado sobre o assunto durante conversa com usuários das redes sociais nesta quinta-feira (18), o vice-diretor da Opas, Jarbas Barbosa, apontou com clareza as prioridades da vacinação contra o coronavírus recomendadas pela agência, órgão regional da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ele disse que os profissionais de saúde devem ser imunizados primeiro, "porque são os mais expostos", assim como os trabalhadores em contato com idosos e em "áreas sociais chaves para o país".

Acrescentou que, em seguida, deveriam buscar "salvar vidas", protegendo "aqueles que têm maior probabilidade de desenvolver formas graves (da doença) e morrer de Covid-19". Nesse grupo ele colocou idosos e adultos com doenças crônicas.

“Essas deveriam ser as prioridades, essa é a recomendação da OMS e da Opas”, afirmou Barbosa.

Ele não mencionou nenhum cargo público em particular. Porém, ressaltou que a OMS/Opas se limita a aconselhar sobre os grupos prioritários, mas são os países que tomam a decisão final.

Ao detalhar os aspectos que um plano nacional de vacinação deve incluir, Barbosa destacou várias dimensões: desde a revisão dos processos regulatórios e de importação de vacinas até a avaliação da cadeia de frio para conservar as doses, o treinamento do pessoal que deve administrar a vacina e o desenvolvimento de uma estratégia de comunicação à população, esclarecendo quais vacinas serão usadas e quão eficazes e seguras elas demonstraram ser.

Em um ano acalorado por disputas municipais e articulações por conta da pandemia, políticos de Pernambuco enviaram seus votos de Natal nesta quarta-feira (24). Às vésperas da festividade, o prefeito de Petrolina, no Sertão, chegou a anunciar o início de uma obra estrutural no setor da Saúde.

Reeleito com o maior índice de aprovação do Estado, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), aproveitou o Natal para comunicar sobre o início das obras do Laboratório Municipal e do Centro de Diagnósticos, em janeiro. Serão destinados R$ 3 milhões para a intervenção, que deve ser concluída ao longo de 2021, segundo o filho do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB).

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Já o senador FBC pontuou sobre os desafios deste 2020 e desejou paz aos corações de todos os brasileiros ao citar o nascimento de Jesus. O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), transcreveu uma passagem bíblica sobre o nascimento de Cristo para desejar esperança e amor.

"Neste ano, devido ao atual estado de pandemia, vamos ter que comemorar de uma forma diferente, sem a alegria das grandes confraternizações. Mesmo assim, o mais importante está sempre presente a cada dia nas nossas vidas: o amor de Deus", escreveu o prefeito reeleito em Olinda, professor Lupércio (Solidariedade). 

Ao lado dos irmãos, Carlos e do deputado estadual João Paulo (Avante), o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos), enfatizou a união família e lamentou a falta da irmã Marcela no registro.

Próximo de sua estreia oficial na Prefeitura do Recife, João Campos (PSB) exaltou o eleitorado e desejou felicidades. Sua companheira, a deputada federal Tabata Amaral (PDT) publicou uma foto antiga para reforçar a importância da família e dos cuidados com a Covid-19, neste período de comunhão. "Eu gosto muito do Natal e, nessa época do ano, o coração fica mais apertado com a saudade que sinto do meu pai. Sei que muitas pessoas não poderão celebrar o dia de hoje ao lado daqueles que amam", escreveu.

Políticos de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, é investigada pela Polícia Federal (PF) por fraude em licitações e desvio de dinheiro público, que deveria custear obras estruturais e a construção de unidades básicas de saúde. Na manhã desta terça-feira (15), sete mandados de busca e apreensão serão cumpridos na Prefeitura e na residência dos suspeitos.

O esquema fraudulento consistia em realizar a licitação com a vitória já indicada a uma empresa de fachada, sem estrutura logística capaz de operar nas obras contratadas, orçadas em torno de R$ 3 milhões. O recurso da execução era repassado a pessoas ligadas ao ex-vice-prefeito Francisco de Sá Sampaio, a um secretário do município e a um vereador eleito, que não tiveram as identidades reveladas pela PF.

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De olho na organização criminosa desde o início do ano passado, as autoridades cumprem sete mandados de busca e apreensão em residências e sedes de empresas localizadas em Salgueiro, no Sertão, e em Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. Caso condenados, os envolvidos podem ser punidos com até 16 anos de prisão.

O ex-deputado federal Carlos Eduardo Cadoca, 80 anos, morreu neste domingo (13), no Recife, após diagnóstico de Covid-19. Uma das figuras políticas mais importantes de Pernambuco, Cadoca deixa a esposa, Berenice Andrade Lima, e quatro filhos. Políticos compartilharam mensagens que exaltam a atuação pública e o legado do parlamentar.

Para o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, Cadoca teve importantes atuações em prol do Estado. “Pernambuco perdeu na madrugada deste domingo, vítima da Covid-19, o ex-deputado federal Carlos Eduardo Cadoca. Vereador, deputado estadual e deputado federal, Cadoca iniciou sua vida política no movimento estudantil nos anos 60. Além da atividade parlamentar, ele se destacou como secretário nas gestões de Jarbas Vasconcelos na Prefeitura do Recife e no Governo do Estado. Expresso aqui meu pesar à sua esposa Berenice, aos filhos e a todos os parentes e amigos”, escreveu o governador.

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O deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) também lamentou a morte de Carlos Eduardo Cadoca. "É com tristeza que Pernambuco perde Cadoca. Homem público com longos serviços prestados ao nosso estado. Meus sentimentos para toda a sua família. Disputei minha primeira eleição para vereador em 2004 apoiando Cadoca, quando ele foi candidato a prefeito. Desde então nos aproximamos. Desejo força e manifesto minha solidariedade para a família de Cadoca nesse momento", falou Coelho.

Eduardo da Fonte, presidente do Partido Progressistas e deputado federal, destacou a forma como Cadoca valorizava a cultura. “Com exemplar vida política, Cadoca deixa como legado a valorização da cultura e do turismo de Pernambucano, além da defesa da democracia, tão característica do parlamentar. Que Deus o receba ao seu lado e conforte a esposa Berenice, os quatro filhos e todos os familiares e amigos”, declarou.

Parceiro político e amigo de Carlos Eduardo por mais de 40 anos, o ex-prefeito do Recife Jarbas Vasconcelos, nas redes sociais, expressou palavras de tristeza pela morte do companheiro. “Tempos tristes. É difícil a missão de expressar a tristeza e o sentimento de perda quando um amigo se vai. Por mais esforço que façamos, as palavras nunca serão suficientes para dar a real dimensão da dor da ausência. É assim que me sinto ao saber do desaparecimento do amigo e companheiro Cadoca, que nos deixou depois de uma luta árdua pela vida”, disse Vasconcelos.

“Cadoca deixa um legado de amizades fraternas e uma marca de político e gestor sério e virtuoso. Caminhamos juntos por mais 40 anos. Mais do que parceiro de trabalho na vida pública, ele foi um grande e leal amigo. Um amigo como poucos. Construímos muitas coisas juntos. Vivenciamos e superamos também juntos muitos desafios. Acompanhei de perto sua caminhada, assim como ele a minha. E tudo isso foi um grande privilégio para mim. A vida, entre outras coisas, nos dá a oportunidade de encontros. E sou extremamente grato por ter tido meu encontro com Cadoca. Por ter estado ao lado dele e ter tido a sua amizade durante todos esses anos. Você já está fazendo muita falta! Abraço especial a Berenice e filhos, neste momento de dor e saudade”, concluiu Jarbas.

Prefeito de Olinda, Professor Lupérciou lamentou a morte de Cadoca: "Foi com profunda tristeza que recebi a notícia do falecimento do ex-deputado federal Cadoca. Conhecido pela forte dedicação pelo nosso estado, seja na Câmara Federal, na Assembleia Legislativa ou nas secretarias do Governo de Pernambuco e da Prefeitura do Recife, ele deixa um legado repleto de contribuições para a população. Como companheiro de partido, Cadoca também nos deixa um grande exemplo de um político disposto a trabalhar pelas pessoas. Que Deus conforte todos os familiares e amigos neste momento tão difícil".

Após o anúncio da morte do ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona devido a uma parada cardiorespiratória, informada pelo jornal Clarín, parlamentares brasileiros foram às redes sociais lamentar o falecimento do ídolo argentino.

O senador e ex-jogador de futebol Romário (PODE-RJ) lamentou a morte do amigo. Romário e Maradona chegaram a disputar partidas de futebol em mais de uma ocasião. "Sua passagem pelo mundo levou muita felicidade ao seu país e encantou a todos nós. Nunca vou esquecer das risadas que demos juntos. Certamente, ele nunca foi um adversário. Me chamava de Chapolin e me tratava como irmão. Um menino, que se foi cedo demais. Meu abraço aos argentinos, à família. Que tristeza, vai com Deus, hermano!", comentou Romário no Twitter.

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse receber o falecimento com tristeza. "Recebo com pesar mais uma triste notícia: a morte de Diego Maradona, maior jogador da história do futebol argentino e uma das maiores estrelas do esporte no mundo. Meus sentimentos aos familiares e amigos", escreveu. Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), publicou que lamentava a morte do atleta que "protagonizou momentos autenticamente imortais".

Na mesma linha, o governador do Estado do Espírito Santo, José Renato Casagrande (PSB), publicou que "o mundo do futebol está de luto com a partida repentina de Maradona!". "Personalidade autêntica, figura marcante, contribuiu de forma efetiva para tornar o futebol uma paixão", completou.

Os deputados federais Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Renata Abreu (PODE-SP) e Orlando Silva (PCdoB-SP) também lamentaram a morte do jogador argentino. "Maradona foi um dos maiores talentos que já vi jogar, ao lado de Zico, Cruyff e de tantos outros artistas da bola. Todos sabem da minha paixão pelo futebol e minha admiração por Maradona sempre foi gigante. Marcou muitas gerações. Vai fazer falta. É um gênio que o mundo perde." disse Freixo.

"Morre o argentino Diego Maradona, um dos maiores jogadores de futebol mundial, que marcou gerações da bola com seu talento, dribles desconcertantes e gols magníficos. Aos familiares, amigos e fãs do craque da Argentina e do planeta, meus sentimentos", disse Renata. Orlando lamentou a morte dizendo que "o futebol ficará em luto por muito tempo".

O prefeito do Salvador, ACM Neto (Democratas), também foi às redes para comentar o caso, dizendo que "mesmo com toda rivalidade, os brasileiros apaixonados pelo esporte sabem reconhecer o talento desse craque que deixa seu nome marcado na história. Um abraço sincero em nossos hermanos."

Para o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a morte do ex-jogador "deixa toda a Argentina e o futebol mundial de luto". "Vá em paz, campeão!", escreveu.

A notícia também foi lamentada pelo ex-presidente Lula. "Diego Armando Maradona foi um gigante do futebol, da Argentina e de todo o mundo, um talento e uma personalidade única. A sua genialidade e paixão no campo, a sua intensidade na vida e seu compromisso com a soberania latino-americana marcaram nossa época", escreveu Lula no Twitter. "No campo, foi um dos maiores adversários, talvez o maior, que a seleção brasileira já enfrentou. Fora da rivalidade esportiva, foi um grande amigo do Brasil. Só posso agradecer toda sua solidariedade com as causas populares e com o povo brasileiro. Maradona jamais será esquecido."

Políticos de esquerda e ecologistas franceses, incluindo a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e personalidades do mundo cultural assinaram um pedido nesta terça-feira (17) com o compromisso de não comprar na Amazon os presentes de Natal.

"Querido Papai Noel, este ano nos comprometemos a um #NoëlSansAmazon (#NatalSemAmazon)", afirma o texto.

A petição critica as consequências negativas do ponto de vista social, fiscal e ambiental do desenvolvimento da Amazon, a gigante americana do comércio online. A campanha defende compras de Natal no comércio local ou recorrer à economia circular.

"Não é apenas um apelo para não comprar na Amazon, é também uma petição positiva em benefício dos comerciantes locais e de um comércio eletrônico mais sustentável", declarou o deputado ecologista Matthieu Orphelin.

Vários políticos e ONGs - como a France Nature Environnement e o Greenpeace -, além da Confederação de Comerciantes da França e o Sindicato de Livrarias assinaram a petição.

A campanha pede como presente de Natal leis que freiem o avanço do gigante digital na França.

Neste sentido, os signatários pedem a proibição da instalação de novos armazéns da Amazon e leis que "acabem com a concorrência desleal e a injustiça fiscal entre gigantes digitais e os comércios físicos e locais".

A petição defende leis que "beneficiem nossa economia e não a fortuna delirante de Jeff Bezos", o criador da Amazon.

A direção da Amazon na França responde as críticas com a afirmação de que nos últimos 10 anos criou 9.300 empregos diretos no país.

A popularização das redes sociais já havia influenciado no resultado das eleições presidenciais de 2018 e, para as disputas municipais deste ano, os candidatos decidiram apostar em mais interação com seus seguidores. Além de expor propostas, os concorrentes surfam nas tendências da internet e tentam se aproximar do público com lives, desafios, filtros e memes. Entretanto, adotar uma linguagem mais íntima pode trazer prejuízos à campanha. 

De olho no eleitorado mais jovem e no imediatismo do consumo de informação propiciado pela internet, estar presente – e atuante- no universo digital tornou-se quase uma obrigação para os concorrentes. A própria restrição aos atos presenciais de campanha fortaleceu ainda mais a conectividade.

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O especialista em marketing digital, Valter Rito, explica que o bom senso e a adequação as nuances de determinada plataforma devem ser obedecidos para garantir que a meta seja atingida. "A gente tem o Facebook, que é uma rede mais séria e familiar. Tem o Instagram que é muito forte na parte de vendas, interatividade e engajamento. E veio o TikTok, como algo mais 'clean'. Se o candidato entrar no TikTok para fazer proposta política, ele tem uma grande perspectiva de insucesso", adverte.

Para o especialista, misturar o objetivo eleitoral à vida pessoal ou forçar uma linguagem excessivamente coloquial "pode matar você como profissional", visto que a vitória nas urnas não é garantida. Ele indica que conhecer o público-alvo é fundamental para o sucesso de qualquer perfil. "Antes de ser candidato, a gente também é profissional. Então, quando ele vai pegar aquele perfil e misturar os fatores, pode gerar uma repulsa do pessoal que segue", pontua.

A apropriação de tendências das redes pode garantir a vitória?

O cientista político, Caio Souza, entende que a interatividade traz proximidade, mas acredita que não define a eleição. "O processo de construção da imagem não é um processo de 30 dias, como o de campanha. Na política municipal, as pessoas querem muito um símbolo. Aquele a quem elas podem entregar sua confiança, e não muito a leitura de muitas propostas. [Essa prática] não vai alcançar principalmente as pessoas mais velhas, que já têm um certo tipo de fidelização com alguns nomes da política ou linha partidária específica", avaliou. 

Ele entende que o ideal é um trabalho a longo prazo, para tentar driblar a liquidez das relações na internet. Apesar da valorização do trabalho dos influenciadores digitais que, em algumas oportunidades, mesmo de forma ilegal, são financiados para angariar votos aos candidatos, o cientista compreende que o grande desafio é buscar maneiras de "como usar as redes para chamar atenção e formar um ideal em volta de quem sou".

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que caciques e lideranças indígenas sejam consultados pelos partidos, antes dos candidatos realizarem campanha eleitoral em suas terras. Em Pernambuco, outras quatro recomendações foram enviadas aos diretórios nos municípios de Tacaratu, Jatobá, Itacuruba, Floresta e Petrolândia.

Além da autorização dos representantes dos povos, as siglas devem comunicar a intenção de qualquer ato de campanha à Fundação Nacional do índio (Funai), pela necessidade do compromisso com as normas sanitárias e distanciamento decorrentes da Covid-19.

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A atuação, em conjunto com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), decorre de uma representação feita por lideranças, que não querem campanha em suas terras. O povo Pankararu já havia negado a presença de candidatos, inclusive os indígenas, com exceção aos que possuam moradia fixa dentro do território.

Após o recebimento do documento do MPF, os diretórios têm o prazo de cinco dias úteis para informar sobre o acatamento das recomendações. Em caso de descumprimento, medidas administrativas e judiciais poderão ser adotadas.

Até o final de agosto, antes mesmo da confirmação dos nomes em disputa nas eleições municipais, o Brasil registrou ao menos 27 casos de assassinatos e atentados contra políticos eleitos, candidatos e pré-candidatos em 2020. O dado aparece em estudo da organização de direitos humanos Terra de Direitos e Justiça Global, divulgado nesta semana.

Desde 2016, foram 68 assassinatos e 57 atentados contra a vida, segundo o levantamento. O Rio de Janeiro foi o Estado que registrou o maior número de assassinatos e atentados, 18 no total, enquanto o Nordeste lidera entre as regiões, com 55. A violência política no Rio mobiliza a polícia, Ministério Público e Tribunal Regional Eleitoral (TRE), como mostrou recentemente o Estadão.

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A pesquisa mapeou casos desde 2016 até 1º de setembro deste ano, por meio de denúncias públicas e notícias. Ficaram de fora outros casos recentes, como o assassinato a tiros do candidato a vereador Cássio Remis (PSDB), em Patrocínio (MG). Nesta quinta-feira, 1° de outubro, o candidato a vereador de Nova Iguaçu (RJ) Mauro da Rocha também morreu após ser baleado em uma padaria.

Para a coordenadora da Terra de Direitos, Élida Lauris, os atos contra a vida ocorrem de forma sistemática no cenário de disputas políticas, econômicas e conflitos de interesse, diferenciando pouco entre anos eleitorais e comuns. "Os assassinatos e atentados são uma ferramenta eleitoral e de gestão cotidiana da política, sobretudo nos municípios", afirma. Em todo o ano de 2019, foram mapeados 32 casos, contra 17 em 2018, 19 em 2017 e 30 em 2016.

A análise indica que as investigações não foram capazes de chegar a algum suspeito em 63% dos crimes, o que sugere "alta impunidade e baixa responsabilização" dos autores. Os dados permitem afirmar ainda que o grupo político de maior risco são os vereadores, seguido pelos prefeitos. A incidência também é maior entre homens (93%).

Ofensas e ameaças

A pesquisa também contabilizou 85 ameaças, 33 agressões, 59 ofensas com conteúdo discriminatório, 21 invasões e 4 tentativas de criminalização entre 2016 e setembro de 2020.

Élida Lauris observa uma tendência de aumento nos casos de ameaças e ofensas nesse período, a que credita ao cenário de polarização e à reconfiguração política. Foram 57 ameaças em 2019, contra 18 nos três anos anteriores somados, enquanto as ofensas passaram de 19, em três anos, para 35 na mesma comparação. As ofensas foram praticadas 93% das vezes por homens, e em 76% das ocasiões as vítimas são mulheres.

Os dois indicadores caíram em 2020, mas a especialista alerta para a influência da pandemia e do distanciamento sobre os casos registrados. A crise de saúde, por outro lado, potencializou os casos de invasões contra locais públicos, como hospitais de tratamento contra a covid-19, ação incentivada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. Outro método de violência registrado foram os ataques a eventos virtuais, como uma live da candidata do PSOL à Prefeitura do Rio de Janeiro, Renata Souza, no final de agosto.

Para a pesquisadora, os representantes de minorias se tornaram mais visados após as eleições de 2018. "A agressão substituiu o diálogo, como uma mensagem sobre quem deve pertencer à política. Os grupos dominantes usam a violência para excluir aqueles que eles entendem que não deveriam fazer parte dela", afirma.

O Twitter anunciou nesta quinta-feira (17) que trabalha para reforçar a segurança das contas de organizações e personalidades políticas dos Estados Unidos, bem como de veículos e jornalistas, antes das eleições presidenciais de novembro.

As contas em questão terão que usar senhas robustas e serão incentivadas a usar o método de dupla autenticação, considerado mais seguro para o usuário. Outras mudanças estão previstas para as próximas semanas, entre elas uma melhora na forma de detectar atividades suspeitas, o reforço das proteções de identificação e mais agilidade na recuperação de contas.

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As contas em que as medidas serão aplicadas são as de políticos americanos, responsáveis pelas campanhas presidenciais, partidos políticos e candidatos eleitorais verificados pela rede social. As contas de grandes grupos de imprensa e jornalistas que cobrem política também receberão uma notificação informando sobre as mudanças.

O anúncio é feito em um contexto de preocupação crescente com investidas de hackers contra o Twitter e outras redes sociais, a um mês e meio das eleições presidenciais americanas.

Com menos de uma semana no cargo e sem sequer ter tido uma cerimônia de posse, Carlos Decotelli é o mais novo ministro demissionário do governo Bolsonaro. Após ter tido seu currículo denunciado por universidades e causado nova crise na pasta, Decotelli tomou a decisão de deixar o governo em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro, em reunião na tarde desta terça (30). Políticos de oposição criticaram a nova mudança na chefia do MEC, que teve quatro ministros em apenas 18 meses.

“O governo Bolsonaro é uma verdadeira bagunça. Ninguém quer se alinhar a esse projeto nefasto. Alguns ainda se propõe a esse tipo de papel ridículo protagonizado por Decotelli. A Educação está sem rumo e deverá ter o mesmo destino da Saúde, o caos total”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE).

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Decotelli não foi o único ministro do governo a ter tido seu currículo questionado. Em discursos e palestras, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, costumava se apresentar como “advogada", "mestre em educação" e "em direito constitucional e direito da família". Questionada pela imprensa, ela própria assumiu que não possuía tais formações, afirmando, à Folha de São Paulo, que seus títulos estariam relacionados ao ensino bíblico.

Ao contrário do que foi veiculado durante sua participação no Programa Roda Viva, o ministro Ricardo Salles nunca estudou na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, não possuindo título de mestre em direito público obtido na instituição, segundo revelou o The Intercept Brasil, em fevereiro de 2019. 

“Decotelli apresentou seu pedido de demissão. Agora é pressionar para que o fraudador de pensão (Guedes), a mestra bíblica (Damares) e o que não foi estudante de Yale (Salles) saiam também”, escreveu a deputada federal Talíria Petrone (Psol-RJ). “Salles fraudou mapas ambientais em SP e seu currículo; Damares é acusada de sequestrar criança indígena; Gen. Heleno de promover absurdos no Haiti. Bolsonaro faz questão de bancá-los no governo apesar das irregularidades, mas não Decotelli. Todos deveriam cair. Pq só um caiu?”, questionou o deputado federal Nilto Tatto (PT-SP).

“Parece que depois de Decotelli, Salles e Damares também vão ser demitidos por mentirem em seus currículos”, comentou Manuella D’Ávila. O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) chamou atenção para a rotatividade do comando do MEC. “Depois do ministro da Saúde Nelson Teich, que durou 29 dias, agora temos o ministro da Educação Decotelli, que sequer foi empossado. E assim vamos pro 4º ministro da Educação em 18 meses... Esse é o governo Bolsonaro: sem seriedade, sem planos pro Brasil", criticou.

Um ato virtual contra o presidente Jair Bolsonaro convocado pelo movimento Direitos Já deve reunir ao menos 100 políticos, sendo 13 presidentes de partidos, da esquerda à direita, ex-presidenciáveis e coordenadores de outros grupos de defesa da democracia. No entanto, os principais nomes do PT ficarão de fora, embora tenham sido convidados.

Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), decidiram não participar do ato, que terá a presença de Fernando Haddad, candidato do da sigla derrotado em 2018, e outros nomes que concorreram à Presidência: Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).

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Reservadamente, petistas graduados reclamam da presença de Haddad e de outros quadros do partido no ato. A avaliação é que o PT não deve estar no mesmo palanque virtual ex-adversários históricos da sigla, como o PSDB. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é um dos tucanos confirmados, ao lado do presidente do partido, Bruno Araújo. Outro que se comprometeu com a organização foi o apresentador Luciano Huck, cotado como possível candidato à Presidência em 2022.

Temer

Os ex-presidentes Michel Temer (MDB) e José Sarney (MDB) chegaram a confirmar presença, mas desistiram. Temer enviou um vídeo, mas depois pediu que a gravação não fosse usada. O evento reunirá Ciro Gomes e Haddad no momento que PT e PDT travam uma disputa política no campo da esquerda nas eleições municipais.

Segundo o coordenador do movimento Direitos Já, Fernando Guimarães, não existe no grupo consenso sobre o impeachment. No evento, cada convidado vai poder falar por dois minutos no máximo. Além de Haddad, estão confirmados outros petistas: o vereador Eduardo Suplicy, os deputados Alexandre Padilha, Paulo Teixeira e Erika Kokay, os governadores do Ceará, Camilo Santana, e do Piauí, Wellington Dias. "A história do Brasil mostra que a esquerda e direita compuseram várias vezes para ganhar eleições, portanto é de se esperar que se unam para garantir a democracia", disse Guimarães.

Expulso do PSDB por aliados do governador João Doria, o líder do Fórum pela Democracia não convidou o chefe do executivo paulista, mas chamou outros governadores, inclusive Eduardo Leite (PSDB-RS), que confirmou presença.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Foto: Montagem/Instagram/Wenderson Araujo/André Carvalho-CNI/Ricardo Stuckert

Nesta quinta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que Carlos Alberto Decotelli da Silva assumirá o ministério da Educação (MEC) no lugar de Abraham Weintraub, demitido no dia 18 de junho. A escolha do economista e ex-presidente do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) dividiu os parlamentares.

A deputada federal (Psol-RS) Fernanda Melchionna mostrou-se descrente quanto ao trabalho do MEC. “Bolsonaro acaba de anunciar novo ministro da educação: Carlos Decotelli. Não adianta mudar o ministro se o chefe continua o mesmo. O autoritarismo teme a educação e tem ojeriza ao pensamento crítico. É preciso derrotar Bolsonaro”, comentou.

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Também oposicionista, Tábata Amaral (PDT-SP) desejou boa sorte ao novo ministro. “Decotelli chega com o desafio de reestruturar um MEC paralisado por dois ministros que nunca tiveram a educação como prioridade. Desejo que ele reconheça que o MEC precisa mudar de rota e esteja disposto ao diálogo p/ superarmos a crise. O futuro da nossa juventude depende disso”, colocou.

Já o vice-líder do governo na câmara, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) assumiu que não conhece Decotelli. “Que seja técnico, mas não esqueça que estamos numa guerra cultural. Ao menos sinal de fraqueza, a esquerda não perdoará. Estarei à disposição para ajudar no avanço da agenda técnica e no enfrentamento ideológico”, comentou.

O deputado Rogério Peninha (MDB-SC), por sua vez,  celebrou a escolha. “Não havia escolha melhor para o MEC. Parabéns, PR @jairbolsonaro, por ter convidado o professor Decotteli para chefiar uma das pastas mais importantes do nosso País. Fez um baita trabalho à frente do FNDE, será um ministro da Educação de primeira qualidade”, escreveu.

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