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A privatização da Eletrobras voltou a entrar na pauta do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo documento divulgado nesta sexta-feira, 10, pelo Tribunal, a desestatização da estatal será analisada em sessão extraordinária na próxima quarta-feira, 15, às 10 horas.

A privatização seria analisada na última quarta-feira, mas o relator, Aroldo Cedraz, tirou o processo de pauta.

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A sessão da próxima quarta será a última do ano do TCU, que só volta a julgar processos na segunda quinzena de janeiro.

O presidente Jair Bolsonaro editou nesta segunda-feira (6) o decreto que exclui a Casa da Moeda do Programa Nacional de desestatização (PND) e revoga a qualificação da estatal no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), informou nesta segunda-feira (6), em nota, a Secretaria-geral da Presidência.

Criada em 1694, a Casa da Moeda do Brasil, responsável pela fabricação das cédulas e moedas, além de passaportes e selos, havia sido incluída no programa de concessões, por meio de decreto presidencial, em outubro de 2019.

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A iniciativa do governo não foi a primeira tentativa de privatizar a estatal. Em 2017, o então presidente Michel Temer anunciou que pretendia privatizar a empresa, mas não conseguiu.

Em novembro de 2019, Bolsonaro chegou a editar uma medida provisória que colocava fim ao monopólio da Casa da Moeda na confecção de dinheiro e passaporte. No entanto, a MP caducou, pois não foi aprovada pelo Congresso após o fim do período de duração de 180 dias.

"Entendeu-se que há restrição em se efetivar eventual parceria com a iniciativa privada para essas atividades, enquanto se mantiver tal exclusividade", diz o governo, em nota, nesta segunda-feira.

A edição do decreto atendeu a recomendação do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos feita em agosto. Segundo o conselho, a permanência da empresa no rol de companhias a serem privatizadas não se justifica porque a Casa da Moeda continua sendo portadora da exclusividade da fabricação de notas e moedas de real, passaportes e selos.

Em seu discurso de filiação ao Podemos, na manhã desta quarta-feira (10), Sergio Moro apresentou um plano de governo aparentemente distante da gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Favorável ao fim do foro pivilegiado e da reeleição em cargos do Executivo, o alinhamento mais evidente se apresentou no apoio à agenda liberal.

O ex-ministro da Justiça fez uma série de críticas a Bolsonaro e à irresponsabilidade fiscal do Governo, mas encerrou o discurso ao lado de apoiadores do presidente no Congresso como os senadores Marcos do Val e Eduardo Girão, que ganharam destaque na CPI da Covid.

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Apoiado no combate à impunidade, Moro disse que 'sonhava' que o sistema político ia se corrigir após a Lava Jato e repudiou esquemas como a 'rachadinha' e o 'orçamento secreto' no Legislativo. "É mentira dizer que acabou a corrupção, quando na verdade enfraqueceram as ferramentas para combatê-la", afirmou.  

Presidente só se preocupa com a reeleição

Para enfraquecer a corrupção, ele propôs o fim do foro privilegiado e reiterou a ambição em retomar a execução da condenação criminal em segunda instância.

Após a experiência ao lado do presidente, o ex-magistrado disse que passou a enxergar a necessidade de acabar com a reeleição no Executivo. "Presidente assim que eleito, e eu vi isso, começa desde o primeiro dia a se preocupar mais com a reeleição do que com a população. Está em permanente campanha política", revelou.

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Reformas e privatizações

Em seu projeto classificado como "não agressivo", o pré-candidato defendeu "a Verdade, a Ciência e a Justiça", e previu que o agravamento da crise econômica, que não aponta indícios de melhora. "Os juros vão aumentar ainda mais nesse governo", anunciou.

Defensor do livre mercado e mínima interferência do Estado, sua gestão na Economia vai manter as negociações para privatizar estatais e por reformas "bem feitas", sobretudo do sistema tributário.  

"Ao olharmos para as reformas que estão sendo aprovadas, o que percebe é que ninguém está olhando para as pessoas", considerou ao comentar sobre o furo de teto de gastos e as últimas movimentações do legislativo pela aprovação da PEC do calote.  

Em mais um de seus passeios de moto com apoiadores, neste sábado (6), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se referiu ao presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM), como "cara de capivara". Em Ponta Grossa, no Paraná, desde a sexta-feira (6), Bolsonaro também destacou o interesse de vender a Petrobras.

Apesar do relatório final apontar que o presidente agiu de forma "não técnica e desidiosa" no trato com a pandemia, ele voltou a minimizar os indícios de crime apontados nos depoimentos dos convocados e alegou que a Comissão Parlamentar de Inquérito não apurou nada de grave contra o governo federal.

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"A única acusação bombástica da CPI do Omar Aziz foi de que temos um presidente que é motoqueiro. Aquele cara de capivara me chamando de motoqueiro, me acusou como se eu fosse ficar indignado. Pode falar motoqueiro ou motociclista, eu sei o que é liberdade sobre duas rodas", afirmou aos seus apoiadores no Centro de Eventos de Ponta Grossa.

A declaração rebateu uma fala de Aziz em julho, quando disse que o presidente não tem solidariedade e perde tempo atacando adversários políticos e fazendo passeios de moto, ao invés de visitar pessoas que perderam familiares para o vírus.

Privatização da Petrobras

Para ratificar seu discurso liberal pró-desestatização, Bolsonaro lamentou a falta de domínio integral sob à Petrobras e evidenciou que busca "uma maneira de ficar livre da Petrobras, fatiá-la bastante e, quem sabe, partir para a privatização". 

Mesmo com o interesse exposto pelo mandatário, o Ministério da Economia comandado por Paulo Guedes diz que ainda não há estudos para privatizar a estatal.

A privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está "madura", é "pertinente, correta e necessária", mas, diante de contestações judiciais, será preciso comprovar isso em juízo, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Bruno Bianco. Em debate online promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que estrutura a privatização, Bianco rebateu argumentos jurídicos contrários ao processo de desestatização.

O advogado geral da União ponderou que, atualmente, o debate sobre o tema está no Legislativo, com a tramitação, no Senado Federal, do projeto de lei que autoriza a privatização e cria um marco regulatório para a prestação de serviços postais universais. Por isso, seria melhor que a discussão jurídica sobre o processo ficasse para depois.

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Ainda assim, Bianco reconheceu "todas as questões que envolvem desestatização envolvem judicialização". "A sociedade evolui e, como de praxe, o direito não consegue acompanhar na mesma velocidade", afirmou o ministro, completando que, por causa disso, a AGU tem trabalhado junto ao Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), que coordenada as privatizações e concessões de serviços públicos do governo federal, para incluir as questões jurídicas desde o início dos processos de desestatização.

Segundo Bianco, nas contestações judiciais à privatização dos Correios que já existem, o destaque é uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que contesta a constitucionalidade da venda da estatal e é relatada pela ministra Carmen Lúcia. A alegação é de que a Constituição Federal e 1988 deixaria claro que compete à União manter de forma universal os serviços postais e de correio aéreo.

"A ação argumenta a impossibilidade de desestatização da ECT, já que ela presta serviço público previsto em comando constitucional", disse Bianco.

Para o ministro, o comando constitucional não impediria a privatização. Isso porque o artigo da Constituição diz "manter" os serviços, não entrando no detalhe se esses serviços devem ser prestados diretamente por autarquia ou empresa estatal ou podem ser objeto de concessão à iniciativa privada. Além disso, continua Bianco, na Constituição não há dispositivo que diga que os serviços postais são monopólio da União.

"O vocábulo manter não diz que tem que os serviços têm que ser prestados por empresa pública", afirmou Bianco. "Pode ser por concessão ou permissão de serviços públicos", completou o ministro.

Após dizer que a Petrobras "só dá dor de cabeça" e pedir à equipe econômica para estudar a possibilidade de privatizá-la, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que a estatal precisa reduzir sua margem de lucro. "Tem que ser empresa que dê lucro não muito alto, como tem dado. Além de lucro alto para acionista, a Petrobras está pagando dívidas bilionárias", afirmou Bolsonaro em transmissão ao vivo nas redes sociais, sem considerar que o principal acionista da companhia é o próprio governo federal. No entanto, o presidente prometeu que não haverá quebras de contratos.

Preocupado com o impacto da alta dos combustíveis em sua popularidade, o chefe do Executivo tem criticado, nas últimas semanas, a política de preços da Petrobras e acenado para a privatização da empresa. Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), porém, a possibilidade ainda é considerada como algo distante para analistas e bancos. Na segunda-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também defendeu a privatização e afirmou que a estatal não valerá nada nos próximos 30 anos.

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A política de preços da companhia de petróleo foi novamente criticada por Bolsonaro nesta quinta-feira. "A Petrobras é obrigada a aumentar o preço, porque ela tem que seguir a legislação. E nós estamos tentando buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido", afirmou o presidente. "Ninguém entende o preço do combustível estar atrelado ao dólar", acrescentou, dizendo também, em meio a pressão de caminhoneiros, que o diesel importado "influencia pesadamente" o preço do produto no Brasil.

Em uma insistência de retórica, Bolsonaro voltou a cobrar governadores durante a live para reduzir o ICMS incidente sobre os combustíveis e disse estar "provocando o debate" sobre a questão. "Não pretendo por lei ou decisão judicial interferir no ICMS", afirmou. "Eu garanto que o cobrado de imposto federal, da nossa parte, vai ficar congelado", acrescentou.

O horário da transmissão ao vivo de Bolsonaro foi antecipado sem aviso prévio nesta quinta-feira. Ele costuma realizar a live às 19 horas, mas resolveu adiantar em razão de sua viagem à Itália, onde participará da cúpula do G20 e receberá homenagem.

Enquanto o governo ainda mostra dificuldades em conter a alta dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (27), que a Petrobras só dá dor de cabeça."Vamos partir para uma maneira de quebrarmos mais monopólio. Quem sabe até botar no radar da privatização. É isso que nós queremos", declarou o chefe do Executivo em entrevista à Jovem Pan News, em mais uma fala na direção da venda da empresa. "Enfrentar um monopólio desse não é fácil", acrescentou.

No entanto, como mostrou na terça-feira o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a privatização da Petrobras, vontade sinalizada pelo presidente e também pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é um "sonho distante" e uma "cortina de fumaça", na avaliação de bancos.

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Bolsonaro voltou a dizer que não pode interferir na Petrobras. "Vou sofrer processo, o diretor vai ser preso."

Por outro lado, criticou a estatal. "É uma empresa que hoje em dia está prestando serviços para acionistas", declarou. "Essa empresa é nossa ou de alguns privilegiados? Sei que tem gente humilde comprando ações, mas não é justo o que está acontecendo", disse.

O presidente ainda voltou a criticar Estados pela cobrança de ICMS sobre combustíveis e elogiou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pelo congelamento do imposto incidente no diesel. "Zema tem a noção que o diesel interfere mais ainda a vida de todos nós", afirmou Bolsonaro.

Na noite dessa quinta-feira (14), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que chora no banheiro do Palácio da Alvorada. A revelação foi feita em uma igreja evangélica. No feriado do dia 12, Bolsonaro foi criticado pela vertente religiosa por visitar o Santuário de Aparecida, no Interior de São Paulo.

"Cada vez mais nós sabemos o que devemos fazer. Para onde devemos direcionar as nossas forças. Quantas vezes eu choro no banheiro em casa? Minha esposa nunca viu. Ela acha que eu sou o machão dos machões. Em parte acho que ela tem razão", disse o presidente ao comentar sobre a intimidade com a primeira-dama Michelle.

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No encontro dentro da igreja Comunidade das Nações, Bolsonaro voltou a destacar o 'fardo' que é liderar o Executivo e minimizou a participação individual dos legisladores.

"O que me faz agir dessa maneira? Eu não sou mais um deputado. Se ele errar um voto, pode não influenciar em nada. Um voto em 513. Mas uma decisão minha mal tomada, muita gente sofre. Mexe na bolsa, no dólar, no preço do combustível", descreveu ao questionar os fieis sobre a possibilidade de privatizar a Petrobras.

Horas depois de o presidente Jair Bolsonaro dizer que tem vontade de privatizar a Petrobras, o vice-presidente Hamilton Mourão mostrou-se favorável à venda da estatal. "No futuro, a Petrobras terá que ser colocada no mercado de modo que a gente rompa essa estrutura de monopólio, que no final das contas termina por prejudicar o País", afirmou o general nesta quinta-feira (14) em sua saída do Palácio do Planalto.

Pela manhã, em entrevista a uma rádio de Pernambuco, o chefe do Executivo citou vontade de vender a companhia em meio à dificuldade do governo em conter a alta dos combustíveis. "É muito fácil, 'aumentou a gasolina, culpa do Bolsonaro'. Eu tenho vontade, já tenho vontade de privatizar a Petrobras", disse.

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De acordo com Mourão, nas eleições de 2018, Bolsonaro decidiu não privatizar a companhia. "Foi um assunto discutido desde a campanha eleitoral. Era decisão do presidente da República não mexer nem na Petrobras, nem no Banco do Brasil, nem na Caixa Econômica", disse aos jornalistas presentes. Bolsonaro tem um passado estatizante, mas nos últimos anos buscou modular sua visão para tentar alinhar-se ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

O vice-presidente ainda chamou o projeto que altera o ICMS incidente sobre os combustíveis, aprovado ontem na Câmara, de "medida paliativa". "Na realidade, todos nós sabemos que o combustível está caro no mundo inteiro", afirmou Mourão, que voltou a defender um fundo estabilizador de preços dos combustíveis. "Quando há essas sazonalidades, é importante que se tenha fundo estabilizador. Como constituir esse fundo é questão para economistas, para quando tiver intercorrências negativas você tenha condição de bancar, a empresa, sem prejudicar consumidores", declarou.

Questionado sobre a decisão de Bolsonaro de não se vacinar contra a Covid-19, Mourão preferiu não comentar.

Pressionado para apresentar uma solução contra a escalada do preço dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou nesta quinta-feira a política de preços da Petrobras e disse que seu desejo é privatizar a estatal. Ao apontar limitações ao seu cargo no Executivo, Bolsonaro afirmou que não consegue direcionar o preço do combustível, já que iria incorrer em crime de responsabilidade, mas se queixou de novo que, em caso de aumento dos preços, a culpa sempre cai no seu colo.

Para frear a alta dos preços, ele também disse que "seria bom se todo mundo ajudasse a economizar combustível".

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"É muito fácil, 'aumentou a gasolina, culpa do Bolsonaro'. Eu tenho vontade, já tenho vontade de privatizar a Petrobras. Tenho vontade, vou ver com a equipe econômica o que a gente pode fazer", disse o presidente em entrevista à Rádio Novas de Paz de Pernambuco. "Eu não posso, não é controlar, eu não posso melhor direcionar o preço do combustível, mas quando aumenta a culpa é minha", reclamou.

Na entrevista, Bolsonaro ainda recorreu à população e sugeriu que seria bom "se todos ajudassem a economizar combustível".

De acordo com o presidente, como o Brasil precisa importar o combustível, "seria bom se todo mundo ajudasse a economizar combustível, aí você iria obrigar os caras a rever o que está acontecendo, ajudaria bastante". Para lidar com o problema da crise hídrica no País, o presidente já havia pedido a seus apoiadores que desligassem um ponto de luz em suas casas para poupar energia elétrica.

Diante da pressões sobre o aumento da inflação no País, Bolsonaro voltou a responsabilizar os governadores por parte do alto preço do gás de cozinha e dos combustíveis. "Essas verdades é que doem", afirmou.

Mesmo com fortes críticas, Bolsonaro reconheceu que os governadores não podem zerar o ICMS. "Mas a cobrança do ICMS não pode ser feita com um percentual em cima do preço da bomba."

O chefe do Executivo federal também comentou sobre o projeto aprovado na quarta na Câmara que muda a regra de ICMS sobre combustíveis e estabelece um valor fixo por litro para o imposto.

"Não era o que eu queria", reclamou o presidente com relação às alterações do projeto apresentado pelo Executivo, "mas vai ajudar", ponderou.

Ele ainda cumprimentou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por ter conseguido "aprovar o que foi possível". O projeto agora será analisado pelo Senado.

Em continuidade ao plano de privatizar a Eletrobras, o presidente Jair Bolsonaro editou um decreto para criar uma estatal, a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional, a ENBpar. A nova empresa pública será responsável por assumir a Eletronuclear e Itaipu Binacional, que devem seguir sob controle da União após o repasse da estatal para a iniciativa privada. De acordo com a Secretaria-Geral da Presidência da República, o documento será publicado no Diário Oficial nesta segunda-feira (13).

Segundo a nota da Secretaria-Geral, a criação da estatal, que será organizada sob a forma de sociedade anônima e vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), "viabiliza a desestatização da Eletrobras". Recentemente, o presidente da estatal, Rodrigo Limp, afirmou que a previsão é de que a operação seja realizada em fevereiro de 2022, mas não descartou que haja um plano B se algo sair fora do programado.

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A criação da empresa pública está prevista na Medida Provisória aprovada pelo Congresso que permite a privatização da Eletrobras. A legislação exige que a União mantenha sob o controle, direto ou indireto, às empresas, instalações e participações detidas ou gerenciadas pela Eletronuclear e pela Itaipu. O Tratado de Itaipu não permite mudanças que não tenham sido aprovadas pelo Paraguai, que detêm metade da usina, enquanto a exploração nuclear é atividade exclusiva da União, conforme determina a Constituição.

"Ela (a lei) autoriza ainda a criação da ENBpar com a finalidade de garantir a manutenção sob o controle da União da operação de usinas nucleares, bem como a titularidade do capital social e a aquisição dos serviços de eletricidade da Itaipu Binacional por entidade da administração pública federal, para atender ao disposto no Tratado entre a República Federativa do Brasil e a República do Paraguai para o aproveitamento hidrelétrico dos recursos hídricos do Rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois países", diz a Secretaria-Geral.

A empresa ainda será responsável por administrar os bens da União sob administração da Eletrobras e por gerir os contratos de financiamento que utilizaram da Reserva Global de Reversão celebrados até novembro de 2016. A estatal também irá administrar a conta corrente do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica, o Procel, e os contratos de comercialização de energia gerada pelos empreendimentos contratados no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o Proinfa.

Líder da maior bancada no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) disse ser "impossível" aprovar o projeto que abre caminho para a venda dos Correios até o início de setembro como quer o governo Bolsonaro. A proposta passou pela Câmara no dia 5, e a expectativa do Ministério da Economia era de realizar o leilão entre março e abril de 2022.

Para manter essa previsão, no entanto, o governo conta com um aval rápido dos senadores ao texto. Após a deliberação na Câmara, o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados da pasta, Diogo Mac Cord, afirmou que o cronograma ficaria comprometido caso o Senado não aprove a proposta até no "máximo" o início do mês que vem.

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A tarefa, no entanto, pode se mostrar difícil. Os senadores decidiram primeiramente tramitar o texto na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. O trajeto é diferente do escolhido pela Câmara, que votou o projeto direto no plenário.

"Impossível (o prazo estimado no governo). A proposta tem de tramitar na CAE, as comissões estão funcionando", disse Braga. Por isso, e pelo fato de o tema ser novo para o Senado e já encontrar focos de resistência, Braga afirmou que o prazo previsto pelo governo é "inexequível".

"Porque, na dúvida, você vota contra. Quer votar amanhã? Ok, se Rodrigo Pacheco (presidente do Senado) pautar, como nós temos dúvidas, votamos contra", disse o líder do MDB, que conta com 15 cadeiras no Senado, de um total de 81.

Além de questionar o cronograma, Braga apontou que guarda "graves dúvidas" sobre o projeto. A preocupação é a mesma apontada por partidos de oposição ao governo na Câmara: a entrega de cartas em localidades distantes dos centros urbanos. Eleito pelo Amazonas, Braga afirmou que o futuro do atendimento em alguns municípios de seu Estado o preocupa.

O projeto aprovado pela Câmara obriga a empresa que arrematar a estatal a manter os serviços universalizados. O senador, no entanto, diz ter receio quanto ao preço que a população de cidades remotas vai pagar. O texto define que as tarifas poderão ser diferenciadas geograficamente, com base no custo do serviço.

"Problema é o custo. A carta pode até chegar. Mas e o custo? Tenho graves dúvidas. Em algumas regiões do meu Estado, ainda não temos 3G, 2G. Privatizar os Correios é não reconhecer essa diversidade que existe no Brasil", disse Braga.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na noite desta terça-feira (17), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco se reúne em assembleias descentralizadas e pode deflagrar greve a partir das 22h. Os profissionais se posicionam contra a privatização do serviço postal.

A pauta de reivindicações também inclui o reajuste salarial e a defesa de direitos trabalhistas, diante da possível demissão em massa após a chegada do setor privado. O debate com a categoria do estado começa a partir das 18h30, em três regiões do Estado. 

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Discussão descentralizada em PE

Na Região Metropolitana do Recife (RMR), a reunião ocorre na sede do Sindicato dos Rodoviários, no bairro de Santo Amaro, área Central da capital. O Agreste e o Sertão serão contemplados nas subsedes de Caruaru e Petrolina, respectivamente.

Nesta quarta-feira (11), o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintec-PE) realiza uma rodada de assembleias com os profissionais para discutir a deflagração da greve da categoria. Os encontros ocorrem no Recife e em outras duas cidades do Interior.

Os profissionais criticam a ameaça aos postos dos Correios diante do iminente processo de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). O Projeto de Lei (PL) 591/21 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a exploração do setor privado foi aprovado na Câmara dos Deputados com 286 votos a favor, 173 contra e duas abstenções.

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Em Pernambuco, os debates ocorrem de forma descentralizada na Região Metropolitana do Recife e nas subsedes do Agreste e do Sertão. Todos estão agendados a partir das 18h30.

Confira os locais da assembleia dos Correios:

- Quadra do Sindicato dos Rodoviários, na Rua Araripina, Santo Amaro, 111, Recife;

- Subsede do Agreste, na Rua Alberto Guilherme Sobrinho, 22, Nossa Senhora das Dores, em Caruaru;

- Subsede do Sertão, na Rua João Alfredo, 2017, Centro, em Petrolina.

A maioria da bancada pernambucana presente na sessão da Câmara sobre a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) votou contra a proposta. Apesar da frente contrária ao Projeto de Lei (PL) 591/21, ele foi aprovado nessa quinta-feira (5).

Com 286 votos a favor, 173 contra e duas abstenções, a medida proposta pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passou pelo crivo da Câmara e vai seguir para votação no Senado.

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Votos pernambucanos

Dos 25 deputados pernambucanos, 12 se opuseram a abertura do processo de venda Correios e 10 votaram a favor da intenção do Governo sobre o controle do serviço de envio postal. Três parlamentares não participaram da sessão.

Em um acordo com a base nacional, as bancadas do PT, PSOL, PCdoB e Rede fecharam posição contra a atuação do setor privado na empresa.

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Veja a posição de cada deputado federal de Pernambuco sobre a privatização dos Correios:

A favor da privatização (10)

André Ferreira  (PSC)

Augusto Coutinho (Solidariedade)

Daniel Coelho (Cidadania)

Eduardo da Fonte (PP)

Fernando Coelho (DEM)

Fernando Monteiro (PP)

Ossesio Silva (Republicanos)

Pastor Eurico (Patriota)

Raul Henry (MDB)

Sebastião Oliveira (Avante)

 

Contra a privatização (12)

André de Paula (PSD)

Carlos Veras (PT)

Danilo Cabral (PSB)

Fernando Rodolfo (PL)

Gonzaga Patriota (PSB)

Marília Arraes (PT)

Milton Coelho (PSB)

Renildo Calheiros (PCdoB)

Ricardo Teobaldo (Podemos)

Tadeu Alencar (PSB)

Túlio Gadêlha  (PDT)

Wolney Queiroz (PDT)

 

Ausentes (3)

Felipe Carreras (PSB)

Luciano Bivar (PSL)

Silvio Costa Filho (Republicanos)

A posição da deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que votou a favor do Projeto de Lei (PL) 591/21 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parar iniciar o processo de privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), virou polêmica nas redes sociais. Nessa quinta-feira (5), ela publicou um vídeo para explicar sua posição.

Com 286 votos a favor, 173 contra e duas abstenções, o PL sobre a venda dos Correios passou na Câmara e vai seguir ao plenário do Senado antes de ser sancionada. As bancadas do PT, PSOL, PCdoB e Rede foram contra a proposta relacionada a atuação do setor privado na distribuição de cartas, telegramas, cartões postais e emissão de selos.

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Ataques virtuais à parlamentar

Nas redes sociais, Tabata voltou a ser chamada de 'oportunista' e 'traidora' por apoiar a desestatização da empresa, defendida pelo Governo. "Será que foi em Harvard que a Tabata Amaral aprendeu a odiar pobre?"; "Mente que nem sente! Vergonha de uma politiqueirazinha como você! Vejo meu dinheiro indo pro ralo ao pagar seu salário e inúmeros benefícios! Traidora do povo! Fecha essa matraca podre!", comentaram alguns internautas.

Após repercutir negativamente, a parlamentar destacou que "nem toda concessão é ruim, e nem toda privatização é boa", mas que, "no caso dos Correios, esse serviço deixou de ser essencial a nossa Segurança Nacional e que, portanto, a iniciativa privada pode contribuir melhorando a qualidade do serviço e trazendo novos investimentos".

Demissão dos profissionais

Sobre a demissão em massa de profissionais dos Correios, ela apontou que o texto-base indica que "nenhum funcionário dos Correios poderá ser demitido no primeiro um ano e meio. Além de limitar o fechamento de agência em regiões remotas" e lembrou que o advento tecnológico vai fazer com que o envio postal seja menos presente.

Acompanhe

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A parlamentar ainda citou duas emendas que apresentou para o relatório final da proposta. Uma possibilita que os atuais funcionários dos Correios possam ser sócios das empresas que vão administrar os envios, com recebimento de 2% das ações, e a outra sugere o fim das isenções tributárias ao serviço para identificar o aumento na arrecadação Federal.

Na última semana, a medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobras foi sancionada com vetos pelo presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido). Dessa forma, o controle da maior empresa de energia da América Latina toma mais um passo rumo ao domínio da iniciativa privada. Assim, abre-se o leque de discussão sobre quais as consequências da medida e quem são os principais beneficiados nesse processo.

De acordo com o advogado e especialista em direito tributário e empresarial Antônio Carlos Morad, existem motivos que levam uma estatal a ter controle da iniciativa privada. “Para uma política liberal [de direita], todo envolvimento do Estado no mercado pode ser substituído por instituições privadas, uma vez que essas poderiam gerir de forma mais competente do que a administração pública”, explica o especialista. Morad conta que a tendência é que grupos privados sejam os únicos beneficiados nesse processo, já que serão aqueles a adquirir uma empresa ou patrimônio por valores menores em relação ao preço de mercado. “Basta verificar os preços de patrimônios públicos vendidos ultimamente em leilões”, justifica.

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Dessa forma, é possível entender que existe um impacto de forma negativa na sociedade civil durante esse processo. “O controle sobre os preços e sobre a distribuição do produto não estará mais nas mãos do Estado”, esclarece Morad.

De acordo com Gabriel Senra da Cunha Pereira, advogado e mestre em direito público, “praticamente todas as privatizações brasileiras foram bem sucedidas”. O especialista cita empresas como a Telecomunicações, e a Light S/A, como exemplos de privatizações que geraram naqueles mercados um desenvolvimento e pujança econômica. Entretanto, Morad ressalta que apesar do desenvolvimento das Telecomunicações, por exemplo, é importante lembrar que o Brasil possui as tarifas mais caras do mundo. “A Vale pode ter sido um grande sucesso para seus adquirentes, mas quando vemos pessoas sendo sistematicamente soterradas por avalanches de resíduos descartados e não cuidados, como deveríamos analisar uma privatização bem sucedida?”, questiona o especialista.

Futuro das privatizações

Para ambos os especialistas, é incerto apontar qual o prognóstico dos próximos anos sobre as privatizações, mas em linhas gerais, vai depender do governo que estiver à frente do País. Apesar disso, Pereira conta que é possível ver uma tendência de alta nas privatizações, uma vez que, desde a década de 90, ocorrem os processos de desestatização. Por mais que um governo possa intensificar ou diminuir mais as privatizações, “a tendência é que continuem ocorrendo no Brasil”.

Por Rafael Sales

A Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia da Câmara dos Deputados promove audiência pública nesta segunda-feira (28) para discutir sobre os impactos econômicos e sociais da privatização da Petrobras nas regiões Norte e Nordeste.

Foram convidados para o debate, entre outros:
- o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Ferreira Coelho;
- o gerente-executivo de Estratégia da Petrobras, Rafael Chaves Santos;
- o secretário-executivo do Consórcio Interestadual para o Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, Carlos Eduardo Gaba;
- o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Souza Bacelar da Silva.

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Confira a lista completa de convidados.

O pedido para a realização da audiência pública foi feito pelos deputados João Daniel (PT-SE), José Ricardo (PT-AM) e Vivi Reis (Psol-PA).

O evento será realizado às 14 horas no plenário 12.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

A Secretaria de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia publicou nota em que afirma que a aprovação da Medida Provisória 1.031/2021 pelo Congresso Nacional, que prevê a privatização da Eletrobras, “representa um momento histórico para o país e chega com 26 anos de atraso”. A primeira tentativa de privatização da empresa ocorreu em 1995.   

texto base da MP, aprovada na Câmara na segunda-feira (21), prevê, entre outras medidas, a emissão de novas ações da Eletrobras, a serem vendidas no mercado sem a participação da empresa, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União. A matéria segue, agora,  para sanção do presidente Jair Bolsonaro. 

Segundo a nota, o texto final aprovado pelo Legislativo traz “expressivas vantagens ao consumidor", pois a operação pode representar cerca de R$ 100 bilhões aos cofres públicos e promover a reorganização do setor elétrico brasileiro por meio de benefícios como a “redução das garantias físicas das usinas renovadas e as obras de revitalização das bacias; além do direcionamento de mais de R$ 40 bilhões para a CDE [Conta de Desenvolvimento Energético] em benefício da modicidade tarifária de todos os consumidores”.

A estimativa do Ministério de Minas e Energia é de redução de 6,3% na tarifa de energia para por todos os brasileiros. “Em que pese esse número ainda tenha que ser revisado, a partir das alterações finais do texto, fica evidente que a redução tarifária será expressiva”, diz a nota. 

Ainda de acordo com a nota, sobre o uso das termelétricas de base, considerada a “questão mais polêmica” levantada ao longo da tramitação da MP, os custos de para a construção de eventuais gasodutos estarão embutidos no valor do preço-teto do leilão. Conforme a nota, a proposta das térmicas reduz tarifa e traz segurança ao sistema.

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“Esse valor compreende a operação completa: construção da térmica e eventual gasoduto; a contratação do bloco de gás possibilitará o deslocamento das termelétricas a óleo diesel, que custam três vezes o preço-teto proposto e são muito mais poluentes”, destaca.

A Câmara dos Deputados concluiu na noite desta segunda-feira, 21, a votação da Medida Provisória que permite a privatização da Eletrobras. O texto segue agora para sanção presidencial. O aval do Congresso representa uma vitória para o governo de Jair Bolsonaro, que ainda não vendeu nenhuma empresa de controle direto da União.

Os deputados firmaram acordo para aprovar destaque proposto pelo líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), que resgata uma emenda, aprovada pelo Senado, que permite que o Exército brasileiro execute projetos na revitalização dos recursos hídricos das bacias do Rio São Francisco e do Rio Parnaíba.

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A emenda havia sido rejeitada pelo parecer do relator, Elmar Nascimento (DEM-BA), apresentado mais cedo. Ele argumentou que a participação do Exército de forma conjunta ou concorrente com a Eletrobras ou com a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, a Chesf, poderia prejudicar a aplicação de mecanismos de governança mais consolidados.

Os deputados também aprovaram trecho que determina que o Executivo deverá remanejar empregados da Eletrobras e subsidiárias que forem demitidos sem justa causa nos primeiros 12 meses após o processo de desestatização. Os funcionários deverão ser realocados em cargos de mesma complexidade ou similaridade.

Com o aval do Congresso, o governo poderá dar prosseguimento aos preparativos para emissão de novas ações da empresa, prevista para o primeiro trimestre de 2022, por meio da qual a União vai reduzir sua fatia na companhia de cerca de 60% para 45%. A privatização é a aposta do governo para ampliar investimentos da empresa, que é a maior companhia de energia elétrica da América Latina.

O relator da matéria comemorou a aprovação da MP e ressaltou a importância de recuperar o potencial de investimentos da empresa diante da pior crise hídrica que o País enfrenta nos últimos anos. "Infelizmente ou felizmente hoje, só não tem apagão porque o Brasil na última década não cresceu. Mas, com a previsão do crescimento do PIB na ordem de 4%, precisamos recuperar a capacidade daquela que é a maior empresa geradora de energia."

O líder da Oposição na Casa, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que os partidos de oposição vão recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a sanção da MP.

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