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A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) acredita que candidatos que se recusam a ir a debates são covardes. Na sabatina do Estadão, os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faltaram. Lula disse nesta sexta-feira que não irá ao debate deste sábado, 24, que reúne o Estadão/Rádio Eldorado, Veja, Terra, CNN, SBT e NovaBrasilFM. Bolsonaro confirmou a presença.

Para ela, a recusa de participar do encontro é não querer discutir os desafios que existem no País para o próximo presidente. "Espero que todos compareçam, porque a covardia nesse momento de um Brasil com tantas complexidades, tantos problemas, não pode ter uma cadeira vazia. Se não tem coragem de ir num debate para debater e falar com com os brasileiros que coragem vai ter pra resolver os problemas sérios do Brasil hoje como a fome, a miséria, a desigualdade social, o desemprego e a falta de políticas públicas que incluam a todos?", questiona Tebet, durante visita ao centro de treinamento paraolímpico, em São Paulo, nesta sexta-feira, 23.

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A declaração de Simone foi dada antes da confirmação da presença de Bolsonaro no debate e da indicativa de Lula de que não irá.

Os debates são o momento de os eleitores conhecerem verdadeiramente os candidatos, segundo Tebet. "O debate é a essência da democracia no processo eleitoral. É quando as máscaras caem, quando não tem maquiagem, publicitário, marqueteiro. É você e a tela de uma televisão pedindo autorização pra entrar na casa de milhões de brasileiros. Ali é a verdade que prevalece. O eleitor tem a sensibilidade de sentir pelo tom de voz se o candidato está falando aquilo que acredita, se as propostas são factíveis e se ele efetivamente é compromissado", defende.

Acompanhada de sua candidata à vice-presidente, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), Tebet descartou a especulação de um convite do PT para ela assumir um Ministério. "Não fui abordada sobre isso, porque eles sabem qual é a resposta", diz. Ela também deixa a entender que, mesmo convidada, não aceitaria. "Eles não são loucos de fazê-lo e me conhecem. Sabem que não estamos aqui por cargos, estamos aqui por um propósito, que é nos apresentarmos como melhor alternativa para o Brasil", declara.

A senadora minimizou o voto útil, que tem sido defendido por eleitores nas redes sociais. "A única coisa que as pesquisas mostram nesses trinta dias de eleição é que o voto útil não está tendo efeito nenhum. O cidadão brasileiro é dono do seu voto e ele se sente desprestigiado quando alguém diz ‘vamos garantir logo no primeiro turno’. Como se a eleição e os problema do Brasil acabassem dia 2 de outubro, ao contrário", comenta.

Simone Tebet comemorou o avanço nas pesquisas de intenção de voto. Ela saiu de 1% para 5% entre 23 de junho e a última pesquisa Datafolha, que saiu nesta quinta-feira, 22. "Estou muito feliz com a caminhada. Éramos desconhecidas por 70% do eleitorado brasileiro. Em menos de 30 dias, houve o processo inverso. Hoje, somos as menos rejeitadas. Isso mostra que a população quer equilíbrio, diálogo, olho no olho, transparência". Ela condena ainda o fato de essa eleição ser "uma eleição do medo", na qual o eleitor está tendo que optar pelo candidato "menos pior".

Propostas

A candidata ao Palácio do Planalto também comentou sobre suas propostas para tornar o Brasil mais inclusivo, se eleita. Ela pretende dar benefícios fiscais para empresas que contratarem mais pessoas com deficiência em seu quadro de funcionários. "É mais do que exigir que a lei seja cumprida, é dar estímulo para o setor de bens, serviços, indústrias e comércio para que eles possam, com isenções tributárias, contratar mais. Não queremos apenas que o setor produtivo contrate as pessoas com deficiência no limite da lei, queremos ultrapassar", promete Simone.

A senadora também criticou a falta de compromisso do atual governo Bolsonaro nesse tema. "Esse é um governo insensível, que não olha pras pessoas. É um governo que acha que o Brasil tem que ser de meia dúzia, que o Brasil tem que ser elitizado, com pessoas de características muito específicas. É um governo que virou as costas no momento que o Brasil mais precisou. Estamos prontos para fazer exatamente o contrário", diz.

A candidata à Presidência pelo MDB, senadora Simone Tebet, disse que não acredita num governo Lula. Para ela, o petista, se eleito, fará um governo populista para garantir uma perpetuação no poder do Partido dos Trabalhadores (PT) nos próximos anos.

A crítica foi feita logo após sabatina organizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

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Foi uma resposta à pressão que a sua candidatura vem sofrendo da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atrair votos dos eleitores da emedebista, e tentar vencer já no primeiro turno das eleições, marcado para o próximo dia 02 de outubro.

"Eu não acredito no governo Lula. Por isso, eu sou candidata. Eu não consigo visualizar (apoio), a não ser o papel que nós temos de fortalecimento de um pacto a favor do Brasil que começa e não termina agora", disse a presidenciável.

Segundo Simone Tebet, um eventual governo Lula seria mais do mesmo. "Vai ser um Perón", disse num referência a Juan Domingo Perón, presidente da Argentina por três mandatos nas décadas de 40, 50 e 70.

Na sabatina, Tebet manifestou desconforto com a campanha pelo voto útil e disse que vai lutar "até o fim". Ele se recusou a falar em negociações futuras e quais compromissos da pauta econômica poderiam entrar num acordo com a campanha do PT.

A presidenciável negou que já esteja em negociação com Lula de apoio num eventual segundo turno com o presidente Jair Bolsonaro. Tebet disse que nunca se reuniu com o Lula.

"Eu não converso com Lula. Sabe quando eu conversei com Lula, e até ele foi gentil em me cumprimentar e fazer uma brincadeira comigo, foi no dia do debate (da Band). Eu não tenho o celular dele e não sei com quem ele fala", disse Tebet.

Especulações em torno do nome da candidata para comandar um ministério, entre eles Justiça e Agricultura, como parte de uma negociação política, no segundo turno, têm surgido em Brasília.

Na semana passada, a candidata do MDB alertou a campanha do PT de que a estratégia pelo voto útil é desrespeitosa e pode afugentar apoios de Lula no segundo turno. Caciques do MDB, que apoiam Lula e tentaram inviabilizar sua candidatura, jogam pressão adicional pelo voto útil. O comando, no entanto, pode acabar liberando voto em caso de segundo turno.

Durante visita ao Recife, a candidata Simone Tebet (MDB) disse, nesta quarta-feira (14), que seu eventual governo será representado por diversidade, como uma forma de aproximar o povo do Executivo nacional. Ela prometeu paridade de gênero e participação de pessoas negras em seus Ministérios.

A parlamentar frisou que sua gestão vai ter 'a cara do Brasil' e, para isso, vai oferecer metade dos Ministérios para mulheres, com a inclusão de pessoas negras entre seus líderes. "A primeira medida que nós já anunciamos é que nosso ministério vai ser paritário: metade homens, metade mulheres e terá negros, porque essa é a cara do Brasil", pontuou.

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Embora seja a mulher mais bem avaliada na disputa, Simone está longe de alcançar o segundo turno, apontam as pesquisas. Questionada sobre seu apoio após uma eventual derrota no primeiro embate, a candidata mostrou confiança: "vou estar no segundo turno".

Para ela, o 'centro democrático' mostrou que pode ter uma candidatura própria e que a pressão pelo 'voto útil', defendido por militantes de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL), representa um desrespeito ao eleitor. "Eu acho um desrespeito com o cidadão brasileiro a gente apostar no voto útil de 'o menos pior' no momento da maior crise do Brasil, de tantos retrocessos civilizatórios e ameaças a democracia", complementou.

Em campanha no Recife, nesta quarta-feira (14), a candidata Simone Tebet (MDB) afirmou que o governo Bolsonaro foi desumano ao cortar 60% do orçamento da Farmácia Popular para 2023. Caso eleita, a presidenciável prometeu vai bater a corrupção com a transparência nos recursos do Orçamento Secreto.

Acompanhada da vice Mara Gabrielli (PSDB), Tebet propôs fortalecer o SUS e criar um programa específico de reabilitação para pessoas com deficiência. Além da política de "portas abertas" dos serviços de saúde, ela defende o enfraquecimento da corrupção para fiscalizar e aumentar os recursos para o setor.

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"Tirou 60% da Farmácia Popular para esse dinheiro ser quase R$ 1 bilhão destinado para os currais eleitorais de candidatos a deputados federais e senadores", criticou a candidata, que ressaltou a importância da iniciativa para a sobrevivência de famílias vulneráveis.

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Tebet ainda citou a demora do governo na compra de vacinas contra a Covid e a denúncia do Senado de propina para cada unidade negociada da Covaxin.

"Nós temos um governo desumano que prefere pagar um orçamento secreto que vai ser desviado para a corrupção ao invés de distribuir remédio de graça ou a custo muito barato para todas as famílias que não têm dinheiro e dependem desse remédio para sobreviver", reforçou a candidata.

No fim da manhã de hoje, Simone Tebet participou de um encontro com mães de crianças com deficiência na unidade da Uninassau, em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife.

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A senadora e candidata à Presidência da República pelo MDB, Simone Tebet, visitou nesta sexta-feira, 9, o Hospital de Base de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Entre as propostas para a área da saúde estão, se eleita, zerar em até dois anos a fila de cirurgias eletivas, de exames e consultas e reajustar em 100% a Tabela SUS.

"Temos um passivo da pandemia que teremos que considerar para dar continuidade ao estado de calamidade. Estão fazendo isso para pagar o orçamento secreto. A ideia é criar um crédito extraordinário e essas cirurgias que ficaram represadas nós teremos condições de colocar fundo a fundo nos municípios, nos Estados e para filantrópicas, santas casas. Executaram o serviço, entregam a nota, o recurso vai ser pago", disse.

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Sobre a Tabela SUS, a proposta da senadora é reajustar os valores 25% a cada ano. "Tem quase R$ 20 bilhões do orçamento secreto. Dá bem menos que isso", disparou. A Tabela SUS é usada para definir as transferências de recursos entres os diversos entes do sistema de saúde nacional. Ela remunera por procedimento.

Simone prometeu ainda expandir a experiência do Hospital de Base de São José do Rio Preto para todo o País. "Precisa regionalizar a saúde. Fazer 350 a 400 polos regionais para fazer com que o Brasil tenha o que o interior de São Paulo tem. Vocês atendem aqui 104 cidades. É possível otimizar os recursos", salientou.

Em um ataque direto ao presidente Jair Bolsonaro (PL), a candidata disse que, se eleita, vai levantar o sigilo de atos do atual governo. "Vamos abrir o sigilo de 100 anos. O que é esse cartão corporativo que cada viagem custa R$ 400 mil, R$ 500 mil, de um final de semana, uma semana. Vamos parar de viajar então. Ou vamos viajar com uma turma menor. Ficar em hotéis mais baratos", afirmou.

Simone disse ainda que "na primeira canetada, todos os ministros vão estar obrigados a colocar no portal da transparência todo recurso do orçamento secreto e todo recurso do cartão corporativo. Não vai ter sigilo no Brasil, salvo os casos de soberania nacional e segurança nacional das Forças Armadas".

Durante o mandato de Jair Bolsonaro, o Palácio do Planalto decretou sigilo sobre reuniões entre o presidente e pastores. Os encontros do presidente com o líder do PL, Valdemar Costa Neto, também são sigilosos. Em 2021, o Exército impôs sigilo de 100 anos sobre a sindicância aberta para investigar a participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato de apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro. No mesmo ano, o Palácio do Planalto também decretou um século de sigilo sobre as informações do cartão de vacinação de Bolsonaro. Também há sigilo sobre o acesso dos filhos de Bolsonaro ao Palácio do Planalto.

Em meio às comemorações do 7 de setembro, nesta quarta-feira, a candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) afirmou que, apesar dos 200 anos de Independência, a emancipação ainda é um sonho a ser atingido no Brasil. A emebedista diz que, para um país ser independente, é preciso garantir cidadania ao seu povo.

"200 anos se passaram, e vemos que a independência ainda é um sonho a ser atingido", declarou a candidata, em publicação no Twitter. "Um país, para ser independente, precisa garantir cidadania ao seu povo. Comida na mesa, educação de qualidade, emprego, renda e lazer", pontua.

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Em meio ao crescimento nas pesquisas eleitorais de intenções de voto, Tebet reafirmou seu compromisso em reduzir desigualdades, erradicar a miséria e acabar com a fome. "Vida digna a todos! Com amor e coragem, vamos mudar o Brasil de verdade", concluiu.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta mostrou que, para o pleito do primeiro turno, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acumula 44% das intenções de voto, contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 34%.

O candidato Ciro Gomes (PDT) oscilou negativamente 1 ponto porcentual, e agora se consolida com 7% dos votos no primeiro turno. Já Tebet oscilou positivamente 1 ponto porcentual, com 4%.

A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) visitou na manhã desta segunda-feira (5) a Coopercaps, uma cooperativa de reciclagem de materiais, na capital paulista. Segundo a presidenciável, a visita foi marcada em homenagem ao Dia da Amazônia, celebrado hoje.

“Fizemos questão de vir aqui para mostrar que cuidar do meio ambiente é também garantir desenvolvimento sustentável com qualidade de vida, renda, salário, não só para os catadores, mas para toda uma cadeia de produção”, ressaltou. 

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Durante a visita, a candidata lembrou que apesar de ser campeão na reciclagem de latinhas de alumínio, o Brasil só consegue reciclar 30% de todo lixo que produz: “o que nós queremos é colocar a União como partícipe e parceira. A União ajudando os municípios e os consórcios a construírem aterros sanitários porque eles têm prazos pra isso. Cuidando do meio ambiente, mas também ajudando as cooperativas com redução da carga tributária para que eles possam reciclar esse lixo, garantindo emprego e renda para as nossas famílias, especialmente pras nossas mulheres”. 

Sobre como se daria a redução dessa carga tributária para as cooperativas, a presidenciável defendeu a reforma tributária. Segundo ela, a medida não vai prever aumento na carga tributária para cooperativas, além de desburocratizar e unificar impostos. Simone Tebet acrescentou que também pretende incentivar o setor com linhas de financiamento via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 

O alvo seriam todos que, por meio de cooperativas, querem abrir esse tipo de negócio que, segundo ela, faz bem pro meio ambiente e garante cidadania, para as pessoas. “Temos mais de 800 mil pessoas que são consideradas catadores pra linha da formalidade”, lembrou. 

Outra proposta apresentada por Simone Tebet hoje foi a criação de uma Secretaria Executiva voltada para as políticas públicas pra Amazônia. “Ela vai ter o papel decisivo de cuidar dos biomas junto com o Ministério das Relações Exteriores fazer essa dobradinha. Primeiro para mostrar para o mundo que nós somos [um país] sustentável, cuidamos dos nossos biomas não só com os órgãos de fiscalização e controle atuando, mas também fazendo com que investimentos privados estrangeiros possam vir para que a gente possa aquecer a economia, fazer o Brasil voltar a crescer, gerar emprego e renda para população”, afirmou.

  Em agenda realizada em Minas Gerais, a candidata defendeu que a atividade de mineração seja praticada com responsabilidade no país. "Somos dependentes dessa riqueza para gerar emprego e renda, mas a mineração tem que ser praticada com responsabilidade. A Serra do Curral é um patrimônio histórico e ambiental. Tem de ser preservada. Sem meio ambiente não há vida", disse.

A candidata do MDB à Presidência da República, Simone Tebet, afirmou neste sábado, 3, que o clima entre as campanhas dos candidatos a presidente deve ficar ainda mais hostil nas próximas semanas. "Não tenho dúvida, isso é reflexo dessa polarização odiosa, é isso que o Brasil virou. Só nós temos condições de voltar a unir o Brasil e as famílias para que o País volte a olhar para os seus reais problemas", afirmou a candidata ao chegar na Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade Reatech Brasil, em São Paulo, acompanhada da vice de sua chapa, Mara Gabrilli (PSDB).

Na quinta-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) com apenas mensagem da primeira-dama Michelle Bolsonaro no rádio e na TV. O pedido ao TSE partiu de Simone Tebet. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, ao saber do pedido de Tebet ao TSE, escreveu em rede social: "Ué, trabalhando contra as mulheres?".

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Neste sábado, ela respondeu ao vereador. "Lugar de Presidência é lugar de coisa séria e de exemplo. A lei é muito clara, apoiador só pode constar na propaganda em 25%. Passou disso, é ilegal. Respeito a primeira-dama, é louvável que ela esteja ao lado do presidente fazendo campanha, mas é contra a lei, seja homem ou seja mulher, a lei vale para todos", disse.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu uma peça da propaganda eleitoral do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), com a primeira-dama Michelle Bolsonaro. O pedido da suspensão foi feito pela presidenciável Simone Tebet (MDB) e acatado pela ministra Maria Claudia Bucchianeri.

Tebet argumentou que na peça onde Michelle se direciona para as mulheres nordestinas, ela excedeu o tempo que poderia aparecer como "apoiadora". "Ao meu olhar, Michelle Bolsonaro qualifica-se tecnicamente como apoiadora do candidato representado, e sua participação, embora claramente legítima, não poderia ter ultrapassado os 25% do tempo da propaganda na modalidade inserção", entendeu a ministra do TSE. 

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A propaganda havia sido veiculada nesta semana, após o presidente Bolsonaro atacar a jornalista Vera Magalhães e a própria Simone Tebet no debate da Band, realizado no último domingo (28). Michelle tem atuado na campanha de seu marido na tentativa de melhorar a imagem dele justamente com o público feminino, onde o presidente tem uma grande rejeição. 

A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) saiu em defesa da vice Mara Gabrilli (PSDB-SP), após reportagem do Estadão revelar que a senadora destinou R$ 19,2 milhões em emendas do orçamento secreto em 2020. A candidata afirmou que nunca criticou todos que utilizam as emendas, mas sim aqueles que omitem sua destinação.

"Parabéns Mara Gabrilli por ter sido a primeira a abrir as contas. É isso que nós queremos do homem público. O dinheiro é do povo e nós temos que dar transparência", afirmou a jornalistas. De acordo com documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gabrilli enviou verbas para 19 municípios com recursos para postos de saúde e hospitais.

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Encontro com observadores internacionais

A declaração ocorreu após encontro com membros do Observatório da Democracia do Parlamento do Mercosul, que participarão da fiscalização das eleições de outubro. O encontro, que foi parcialmente aberto à imprensa, teve a presença de sete parlamentas de Argentina, Uruguai e Paraguai. Eles trataram sobre o processo eleitoral brasileiro e o respeito ao resultado do pleito deste ano. Além disso, fizeram menção à preocupação com uma maior participação das mulheres na política.

"A presença do observatório só fortalece a democracia brasileira", afirmou Tebet mencionando que a sua candidatura foi a primeira a protocolar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um manifesto em que reiterava a confiança no processo eleitoral. A candidata ainda falou sobre a necessidade de se manter boas relações com países vizinhos e defendeu uma "integração regional" entre nações da região.

"Se nos elegermos, queremos governar junto com a América do Sul, com a América Latina, abraçando nossos países irmãos", afirmou. A declaração ocorre dias após o Chile convocar seu embaixador em protesto às falas do Presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) contra o presidente Gabriel Boric. Bolsonaro acusou o presidente chileno de "queimar o metrô" durante protestos que ocorreram no país em 2019.

A comitiva do Parlamento do Mercosul chegou ao Brasil no último domingo e permanece no País somente até esta quarta-feira. Os parlamentares já se reuniram com os candidatos Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União). Segundo assessores, os parlamentares tentarão se reunir com o restante dos candidatos no final de setembro, antes do primeiro turno das eleições.

Simone Tebet (MDB) entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), pela participação da primeira-dama Michelle Bolsonaro na propaganda veiculada na TV na última segunda-feira (29). A ação diz que Michelle participou da peça acima do tempo limite permitido. 

A argumentação da candidata do MDB é pelo fato de que “apoiadores” podem aparecer apenas em 25% do tempo de cada propaganda eleitoral, e Michelle teria ficado mais do que isso. 

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Na ação, a campanha de Tebet alega que a inserção da primeira-dama pode gerar benefícios à campanha de Bolsonaro de forma irregular e, por isso, pede que o vídeo seja retirado do ar e não mais veiculado. 

A propaganda trata-se de um vídeo de 30 segundos em que só aparece a primeira-dama. Ela fala sobre a transposição do Rio São Francisco e ressalta o benefício da ação para as mulheres; a utilização dela na campanha é uma tentativa de conquistar o eleitorado feminino, que tem maior rejeição ao presidente da República. 

 

Nesta quarta-feira (31), os candidatos à Presidência da República participam de campanhas nas ruas e de eventos em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiás e Amazonas. Também estão previstas entrevistas a veículos de imprensa. Confira a programação dos presidenciáveis.

Ciro Gomes (PDT): pela manhã, o candidato cumpre agenda no Rio de Janeiro. Às 9h, faz campanha com os candidatos ao governo fluminense Rodrigo Neves e ao Senado Cabo Daciolo, na região de comércio popular Saara. Às 11h30, tem encontro com empresários na sede da Firjan, no centro da cidade. À tarde, ele estará em Barretos (SP), onde fará uma visita ao Hospital de Amor de Barretos, às 16h.

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Constituinte Eymael (DC): o candidato fará caminhada de campanha na avenida Mateo Bei, na Cidade São Mateus, em São Paulo (SP), às 13h.

Felipe D’Ávila (Novo): a agenda será em São Bernardo do Campo (SP). O candidato atende à imprensa, às 18h, na Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC (ACIGABC). Às 18h45, participa do Evento Construindo um Novo ABC, na sede da associação.

Jair Bolsonaro (PL):  a agenda do candidato será em Curitiba. Às 14h, participa de motociata entre o bairro Uberaba e o Calçadão da Rua XV de Novembro, no Centro, local conhecido como Boca Maldita, onde, às 17h, será realizado ato público.

Léo Péricles (UP): às 10h está prevista a chegada do candidato a Petrolina, onde concede entrevista ao Blog Tribuna do Nordeste às 11h. Às 12h30, Léo Péricles tem agendado almoço com militância do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco. Em seguida, às 15h, ele concede entrevista ao blog Carlos Britto. Às 16h, o candidato participa de debate na Fundação Universidade de Pernambuco (UPE). Depois de jantar às 18h, o candidato deve pegar voo para Recife às 19h.

Lula (PT): o candidato tem agenda em Manaus. Às 9h (horário de Brasília), ele concede entrevista à Rádio Clube do Pará (AM 690 e FM 104,7). Às 10h30 (horário local de Manaus), visita a fábrica da Honda. Às 15h (horário local), tem encontro sobre desenvolvimento sustentável no Museu do Amazonas (Musa). A agenda se encerra às 18h (horário local), com o ato Todos Juntos pelo Amazonas, na Via Torres.

Pablo Marçal (Pros): pela manhã, o candidato participa de entrevista para a BM&C News. À tarde, participa de mais uma entrevista, para o Correio do Poder, e grava material de campanha.

Roberto Jefferson (PTB): o candidato está em prisão domiciliar e não tem agenda pública prevista.

Simone Tebet (MDB): a candidata não divulgou sua agenda.

Sofia Manzano (PCB): a agenda será em Goiânia, com campanha no Instituto Federal de Goiás (IFG), às 15h, e visita à militante do PCB Dirce Machado, às 17h. Às 21h, participa de live promovida pelo Diálogos da Esperança e Rede Fale, em parceria com a Revista Zelota, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e Cristãos Contra o Fascismo.

Soraya Thronicke (União): a candidata cumpre agenda em Brasília. Às 9h, participa do "Diálogo com os Presidenciáveis", organizado pela Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), na sede da instituição. Às 13h, concede entrevista ao vivo para a TV Brasília. Já às 15h, se reúne com membros do Observatório Político do Setor de Serviços, para a apresentação do documento "O Brasil que queremos para 2023". 

Vera Lucia (PSTU): a candidata começa os compromissos de campanha às 11h, concedendo entrevista à Agência Estado/Estadão. Às 14h, está prevista a participação de panfletagem na Praça Saldanha Marinho, em Santa Maria (RS), onde Vera Lúcia participa às 19h30 de plenária com a militância e apoiadores.

As Eleições 2022 registraram um recorde para a corrida presidencial: foram quatro candidaturas femininas formalizadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As presidenciáveis são novatas e veteranas, do centrão, esquerda e direita. A única vez que o pleito feminino obteve esse destaque foi em 2014, quando as candidatas eram Dilma Rousseff (PT), Luciana Genro (PSOL) e Marina Silva (Rede).  

As candidatas deste ano são as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), além da cientista social e sindicalista Vera Lúcia (PSTU); e da professora e economista Sofia Manzano (PCB). Conheça o perfil de cada uma. 

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Simone Tebet (MDB) 

Com o desempenho mais bem avaliado no primeiro debate presidencial, ocorrido em 28 de agosto, na Band, a senadora Simone Tebet, do MDB-MS, é a candidata à Presidência da República que melhor tem pontuado nas pesquisas de simulação. Na pesquisa do Instituto FSB, contratada pelo Banco BTG Pactual e divulgada nessa segunda-feira (29), ela surge em quarto lugar com 4% das intenções de voto, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 43%; Jair Bolsonaro (PL), com 36%; e de Ciro Gomes (PDT), com 9%. 

Tebet, que foi destaque em 2021 pelo seu trabalho na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, ao lado da senadora Eliziane Gama (Cidadania-AM), também foi a primeira líder da bancada feminina do Senado Federal. Da ala progressista, está mais alinhada ao Centrão do que à esquerda, mas teve o último mandato marcado por um intenso trabalho de oposição ao presidente Jair Bolsonaro. 

Com pontuação próxima a de Ciro Gomes, a candidata deve seguir com os discursos firmes, na tentativa de conquistar mais do eleitorado do Centrão, que também é parte do eleitorado do candidato do PDT; assim como deve tentar conquistar mais do eleitorado de esquerda, uma vez que tem investido na argumentação de “alternativas à polarização”.  

No histórico de Tebet, há o voto favorável ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que a parlamentar considerou ser “o resultado normal de uma democracia forte e consolidada”. Fazendeira e ruralista, também já votou a favor da PEC 71/2011, que prevê a indenização de ruralistas em terras indígenas, apesar de recentemente ter se posicionado a favor da demarcação. Ambos os posicionamentos podem atrapalhar a proximidade com o eleitorado que hoje é de Lula e de candidatos menores da esquerda. 

Simone Tebet tem 52 anos, é mãe, advogada, professora e senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul.  Em 2002, elegeu-se deputada estadual pelo seu estado e em 2004 foi a primeira mulher eleita prefeita de Três Lagoas. Em 2008, finalizou a votação reeleita prefeita, com 76% dos votos válidos. Agora candidata à Presidência, já divulgou algumas das propostas no seu plano de governo. Sua vice é a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). 

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Vera Lúcia Salgado (PSTU) 

A pernambucana Vera Lúcia, candidata do PSTU, é a segunda mulher candidata à Presidência a pontuar nas pesquisas de intenção de voto. Na pesquisa FSB/BTG Pactual, ela surgiu com 1%. Em 2018, também foi candidata à presidência da República, obtendo 55.762 votos, ou 0,05% dos votos válidos. À época, sua chapa era completamente composta por pessoas negras. Este ano, sua vice será a indígena Kunã Yporã, de 39 anos. Yporã é da etnia Tremembé e vem do estado do Maranhão.   

Vera participou, como candidata, de 10 eleições gerais ou municipais desde 1998, quando foi candidata a vice-governadora de Sergipe. Ela já pleiteou os cargos de prefeita de Aracaju, governadora de Sergipe, deputada federal e, mais recentemente, presidente da República, em 2018. Apesar das tentativas, nunca conseguiu se eleger para um cargo público. 

Nascida no povoado de Cercadinho, em Inajá, Pernambuco, Vera foi datilógrafa, faxineira e garçonete. A pré-candidata também trabalhou em uma fábrica de calçados, onde se tornou sindicalista. A partir do sindicalismo, a militante filiou-se aon Partido dos Trabalhadores. Em 1992, porém, ela e seu grupo romperam com o partido. Depois, fundaram o PSTU. A candidata tem 54 anos e é cientista social. 

A candidata do PSTU promete apresentar “um programa socialista para o Brasil, sem conchavos com a burguesia”. Seu material de pré-campanha afirma que ela é uma “alternativa socialista e revolucionária” para o país. Apesar de socialista, defende o armamento da população, para “assegurar a autodefesa armada nos bairros, dos movimentos sociais, sindicatos, ativistas que lutam em defesa da natureza, indígenas e da juventude”. 

Soraya Thronicke (União Brasil) 

Com carreira política nascida em um dos ascendentes braços da direita brasileira, Soraya Thronicke tenta um assento no Palácio do Planalto pela primeira vez, como candidata do União Brasil (fusão do PSL com o DEM). A candidata tem sido chamada nas redes sociais de “Juma Marruá”, em alusão à personagem mística da novela Pantanal. 

O apelido pegou após suas declarações no debate presidencial na Band, quando disse que tem mulher “que vira onça” em seu estado, Mato Grosso do Sul. Suas falas também chamaram atenção pelo confronto direto com Jair Bolsonaro. 

Em 2018, porém, Soraya se elegeu senadora com apoio de Bolsonaro. Na verdade, seu slogan de campanha era “A senadora de Bolsonaro”, o que virou tema de discussão entre ela e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que entregou à ex-aliada a alcunha de “traidora”. Apesar da oposição, Thronicke defendeu, em sua última campanha, o porte de armas e a criminalização do aborto, e até o momento não fez declarações que confirmem a permanência do posicionamento para o novo pleito. 

Advogada e empresária, a senadora de 49 anos é dona de uma rede de motéis em seu estado e tem falas alinhadas ao interesse dos empresários, especialmente os do agronegócio. Seu patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) este ano foi de R$ 783 mil. O vice de Soraya é o economista e ex-secretário da Receita Marcos Cintra. A candidata não tem pontuado nas pesquisas. 

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Sofia Manzano (PCB) 

A paulista Sofia Manzano é a candidata de retorno do Partido Comunista Brasileiro à Presidência em 2022, após o partido não ter tido candidatura presidencial no pleito de 2018. Nas eleições de 2014, Manzano também foi candidata a vice na chapa pura com Mauro Iasi (PCB). Atualmente titular da própria chapa, tem como vice o pecebista Antônio Alves. O PCB define o programa da pré-candidata como “anticapitalista” e “anti-imperialista”. 

Apesar de também não ter pontuado nas pesquisas recentes e ter ficado de fora do primeiro debate presidencial televisivo, ela deve somar, junto às demais candidatas, à oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Em seu site, o PCB define o governo federal como “a expressão concentrada dos interesses dos banqueiros, dos grandes monopólios industriais, financeiros, comerciais e de serviços, do agronegócio e do imperialismo”. 

A carreira política da candidata começou durante o período de redemocratização do Brasil. Ela se filiou ao Partido Comunista em 1989, ainda aos 17 anos. Nos anos 1990, presidiu a União da Juventude Comunista (UJC), além de atuar no movimento estudantil na PUC-SP. 

Sofia tem 51 anos, é formada em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, mestra em Desenvolvimento Econômico pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo (USP). 

 

Senadora pelo Mato Grosso do Sul, Estado de fronteira, a candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet, disse, em entrevista ao Jornal Nacional há pouco, que vai recriar Ministério da Segurança Pública. "Governadores não conseguem cuidar de segurança pública sozinhos."

A emedebista foi muito questionada sobre as dificuldades de obter apoio dentro do próprio partido. No Mato Grosso do Sul, seu Estado, o candidato do MDB ao governo, André Puccinelli, declarou apoio a ela, mas disse que não recriminaria quem votasse diferente. "Minha candidatura não vem para dividir, sabemos das dificuldades regionais", respondeu Tebet ao falar sobre o assunto.

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A candidata também foi indagada sobre propostas concretas e como vai implementar as promessas que tem feito desde que a campanha começou, em 16 de agosto, como por exemplo, acabar com o orçamento secreto.

Tebet disse que isso se dará por meio de "transparência" e que "vai abrir as contas do orçamento secreto". "O orçamento está na mão do Congresso porque o governo não planeja nada." Mais à frente, ela prometeu determinar o fim dos sigilos de 100 anos que o presidente Jair Bolsonaro tem imposto a vários temas, entre eles, por exemplo, seu cartão de vacinação ou crachás de acesso emitidos em nome de seus filhos Carlos e Eduardo Bolsonaro.

Dona da única candidatura 100% feminina - sua vice é a senadora Mara Gabrilli (PSDB) -, Tebet tem dito que vai colocar 50% de mulheres nos ministérios. Ao JN, ela também afirmou que, se eleita, a primeira coisa a fazer será pautar junto ao Congresso Nacional um projeto de lei que estabelece igualdade salarial entre homem e mulher.

A senadora tem focado sua campanha em questões sociais e prometeu em rede nacional criar um Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para trabalhadores informais que estão no Auxílio Brasil. "15% da renda que informal declarar será depositado na conta dele", disse.

A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) aprovou a conduta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes em permitir a operação de busca e apreensão pela Polícia Federal (PF) para investigar empresários que defenderam em grupo de WhatsApp um golpe de Estado em caso de derrota de Jair Bolsonaro (PF) nas eleições de outubro. A operação da PF apreendeu, nesta terça-feira, 23, celulares de oito empresários e, de acordo com site Jota, havia uma troca de mensagens com o Procurador Geral da República (PGR), Augusto Aras.

Moraes, segundo Tebet, "de forma alguma" foi abusivo ao determinar a abertura da investigação. "A Justiça existe para, uma vez recebida a denúncia, investigar. E é isso que tem que se fazer. Ninguém está condenando antecipadamente, mas ninguém está acima da pena. Todos nós estamos sujeitos a sermos indiciados e processados", avaliou a candidata, em evento promovido pela Fundação Abrinq, nesta quarta-feira, 24.

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Ela ainda mencionou que a denúncia "é muito grave", porque a Constituição não permite "fazer discurso golpista ou contra a democracia". "Nossa liberdade não é absoluta. Ela é a mais ampla possível nos termos da Constituição. Ninguém pode fazer discurso golpista ou contra a democracia, porque seria ferir o direito do povo brasileiro", criticou.

A presidenciável ainda enfatizou sua defesa pela democracia. "A soberania popular é uma condição fundamental para a democracia, não pode ser abalada em hipótese alguma. Ninguém tem direito dizer 'não aceito o resultado das urnas, vou questionar o resultado das urnas se A ou B ganhar a eleição, vou estimular a implantação de uma ditadura'", mencionou, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para ela, não haverá apoio das forças políticas, armadas, da imprensa ou da sociedade civil para um novo regime ditatorial. "As Forças Armadas Brasileiras não vão cair nessa brincadeira e nessa cilada. Hoje não há nenhuma uma forma da imprensa estar ao lado desse processo, muito menos a sociedade brasileira. Então quando alguns flertam com com esse tipo de discurso, que é inconstitucional, é dever do judiciário apurar, investigar", avalia.

Durante o encontro na Fundação Abrinq nesta quarta-feira, 24, Simone Tebet firmou compromisso com o Programa Presidente Amigo da Criança e do Adolescente, entre 2023 e 2026. Ela promete criar uma secretaria específica para os jovens, se eleita. "No nosso governo, criança e adolescente vai estar no centro de todas as políticas públicas. A responsabilidade será minha como mãe, como mulher e professora", garante.

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a proposta de distribuição de tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão para os candidatos à Presidência da República. A propaganda começa no dia 26 de agosto e vai até 29 de setembro. 

A apresentação do tempo destinado à campanha do primeiro turno foi apresentada na semana passada durante audiência pública promovida pelo TSE. O tempo é calculado conforme a representatividade dos partidos políticos na Câmara dos Deputados. 

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Conforme o cálculo, a distribuição do tempo diário dos candidatos nos blocos de propaganda ficou estabelecida assim:

- Luiz Inácio Lula da Silva (3 minutos e 39 segundos) - Coligação Brasil da Esperança, formada pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV), Federação PSOL/Rede, Solidariedade, PSB, AGIR, Avante e Pros

- Jair Bolsonaro (2 minutos e 38 segundos) - Coligação Pelo Bem do Brasil (PL, PP e Republicanos);

- Simone Tebet  (2 minutos e 20 segundos) - Coligação Brasil para Todos (MDB e Federação PSDB-Cidadania e o Podemos;

- Soraya Thronicke (2 minutos e 10 segundos) - União Brasil;

- Ciro Gomes (52 segundos) - PDT

- Roberto Jefferson (25 segundos) - PTB

- Felipe D’Avila (22 segundos ) - Novo

Os candidatos Eymael (DC), Léo Péricles (UP), Vera Lúcia (PSTU) e Sofia Manzano (PCB) não atingiram os requisitos mínimos e não terão acesso ao horário eleitoral. Pela cláusula de barreira, as legendas precisam obter 1,5% dos votos válidos na última eleição em um terço dos estados ou nove deputados eleitos distribuídos por um terço do território nacional. 

Pablo Marçal (Pros) não entrou na contagem. Sob nova direção, a legenda revogou a candidatura dele.

No dia 26 de agosto, primeiro dia do horário eleitoral, a ordem de apresentação dos candidatos à Presidência da República será a seguinte: Roberto Jefferson, Soraya Thronicke, Felipe D'Avila, Lula, Simone Tebet, Bolsonaro e Ciro Gomes. 

A candidata a presidente pelo MDB, Simone Tebet, tem como principal desafio ser identificada como presidenciável. Por isso, a propaganda eleitoral no rádio e na TV, que contará com mais de 2 minutos de duração, vai buscar explorar na primeira semana a sua atuação na CPI da covid-19 no ano passado, que ajudou a projetar a sua imagem nacionalmente.

"O desafio maior é o porcentual menor da população que ainda não me conhece de jeito nenhum", disse Tebet ao deixar o primeiro evento de campanha, um encontro com cerca de 40 representantes do setor cultural na capital paulista. "Não é uma corrida de 100 metros, são corridas de obstáculos e temos tudo bem planejado", completou.

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A expectativa da campanha da candidata é que entre duas e três semanas de horário de televisão, os eleitores comecem a identificá-la como candidata. Segundo ela, a propaganda vai mencionar que "tem uma candidata, é mulher, é ficha limpa, tem história, experiência de gestão, foi prefeita" e em chapa formada por duas mulheres. Tebet conta com apenas 2% de intenção de votos, segundo as últimas pesquisas.

A campanha da candidata do MDB também deve começar a fazer um "trabalho consistente" nas redes sociais, segundo Tebet. De São Paulo, ela viaja para Brasília nesta tarde para participar da cerimônia de posse de Alexandre de Moraes na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Candidata à Presidência pelo MDB, Simone Tebet defendeu a candidatura do centro democrático ao Palácio do Planalto e pôs em dúvida a possibilidade de o MDB seguir uma ala do partido e apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) num possível segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

"Se fizéssemos uma análise fria do passado, nós teríamos muito mais integrantes que tenderiam a apoiar Bolsonaro do que Lula", disse a senadora em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta segunda-feira (8).

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Lideranças emedebistas como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-senador Eunício Oliveira (CE) defendem que o partido deveria retirar a candidatura de Tebet para apoiar Lula. Como revelou o Estadão/Broadcast em julho, nove diretórios decidiram que vão apoiar Lula: o grupo é composto por integrantes do MDB de Amazonas, Alagoas, Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia, Pernambuco e Piauí.

Em julho, o prefeito de Cacimbinhas (AL) Hugo Wanderley, pediu para que a convenção do MDB fosse adiada. O pedido foi indeferido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin. A candidatura de Tebet teve 262 votos favoráveis e nove votos contrários, mas 97 delegados boicotaram a votação. Para a senadora, sua candidatura "é um reconhecimento à população brasileira que tem direito a ter opções".

Segundo Tebet, o avanço tímido de seu nome nas pesquisas de intenção de voto se deu pelas dúvidas que foram construídas ao longo da pré-campanha. "Começando uma candidatura agora, tenho convicção de que nossa candidatura pode chegar ao segundo turno", afirmou. Na pesquisa Datafolha do fim de julho, a emedebista aparece com 2% dos votos.

Na entrevista, Tebet criticou o orçamento secreto e disse que acabará com o mecanismo, dando "transparência absoluta" à distribuição do dinheiro público. Ainda defendeu o teto de gastos. "Se não fosse o teto de gastos, o orçamento secreto não seria de R$ 16 bilhões por ano", disse a presidenciável.

A senadora ainda propôs um programa de transferência de renda permanente, com o retorno a um sistema de cadastro único com foco em condicionantes que variem de acordo com a situação de cada família. Para Tebet, há dinheiro para bancar o programa, mas o benefício deve ser variável.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu ontem (6) o pedido de registro de candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) à presidência da República. A chapa também é composta pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), candidata à vice-presidência.

No pedido de registro, Tebet declarou possuir bens declarados no valor de R$ 2,3 milhões, entre imóveis e depósito em conta bancária. A lista de bens de Mara Gabrilli soma R$ 12,8 milhões, entre imóveis e investimentos financeiros. 

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As candidaturas serão apoiadas pela federação partidária PSDB-Cidadania e o Podemos. 

O pedido de registro de candidatura na Justiça Eleitoral é o primeiro passo para a oficialização dos nomes dos candidatos que foram aprovados nas convenções partidárias e pretendem concorrer às eleições de outubro.

Oficialmente, a campanha eleitoral, quando os candidatos podem efetivamente pedir votos e divulgar seus números, começa no dia 16 de agosto. O registro no TSE e nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) deve ser feito até o dia 15 de agosto.

O Podemos decidiu nesta quinta-feira, 4, que vai apoiar a candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet. O partido vai se somar à aliança que também já conta com PSDB e Cidadania, que indicaram a senadora tucana Mara Gabrilli (SP) para ser candidata a vice.

Inicialmente a sigla pretendia lançar o ex-juiz Sérgio Moro como candidato a presidente, mas ele trocou o partido pelo União Brasil e hoje é candidato ao Senado pelo Paraná. O anúncio da aliança será feito nesta sexta-feira, 5, último dia das convenções partidárias.

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A definição pelo apoio ao MDB aconteceu após a legenda avaliar várias outras alternativas. O Podemos convidou o senador Alvaro Dias (PR) para concorrer ao Palácio do Planalto, mas ele recusou e preferiu tentar a reeleição. O partido foi convidado para indicar a vice da candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, e também estudava adotar neutralidade na disputa presidencial, mas preferiu optar pela aliança com o MDB.

A saída de Moro do Podemos em abril foi motivada pela escassez de recursos do partido, que elegeu apenas 11 deputados federais. A sigla, que tem seu funcionamento ameaçado pelas exigências da cláusula de desempenho, que retira o fundo e propaganda das legendas caso não sejam cumpridas, terá de eleger novamente uma bancada de pelo menos 11 deputados federais neste ano. Após desfiliações, hoje, o partido tem oito. A meta é conquistar ao menos 25 cadeiras na Câmara.

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo, era outro que chegou a ser apontado como possibilidade de candidatura presidencial, mas ele deve concorrer a uma vaga de deputado federal pelo Distrito Federal. Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal, também vai disputar o cargo, mas no Paraná.

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