Tópicos | democracia

Um dos defensores do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal e pastor Marco Feliciano (Pode), durante mais uma entrevista concedida garantiu que o capitão da reserva não representa um “perigo” para a democracia e tampouco “um tiro no escuro”. Feliciano também disse que não é demérito Bolsonaro ser “muito religioso”.

“Bolsonaro não foi um tiro no escuro nem representa um perigo para a democracia”, declarou também afirmando que os líderes evangélicos tiveram nesta eleição um protagonismo nunca antes visto no Brasil. 

##RECOMENDA##

O parlamentar também falou que os políticos conservadores terão um papel relevante na construção do “novo Brasil”. “Afinal, eles representam a maioria da população, que é historicamente conservadora e com valores cristãos. Temos propostas propositivas na educação e da valorização do ser humano. O desejo de todos é ver os brasileiros em convivência harmônica, rompendo o clima de divisão que impera atualmente”, argumentou. 

Ele ainda falou que fica “chique” os opositores usarem o termo “resistência” para avisar que haverá luta após a vitória de Bolsonaro. “Essa é uma vã tentativa de um terceiro turno”, avisou. 

Em meio à repercussão sobre uma mensagem ameaçadora à comunidade acadêmica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o líder do Movimento dos Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, vai desembarcar no Recife para participar de um debate sobre democracia e direito na instituição de ensino. O evento será realizado na próxima segunda-feira (12), em frente ao Centro de Educação, a partir das 18h. 

##RECOMENDA##

Também participa do encontro Jô Cavalcanti, da Juntas, que irá compor o grupo que irá realizar um mandato coletivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a partir de 2019. 

Em referência ao projeto Escola Sem Partido, nesta quarta-feira (7), Boulos afirmou que ninguém defende uma escola partidarizada. “O que defendemos é a liberdade de pensamento, o espírito crítico e a preparação dos alunos para a vida e a cidadania, não apenas para fazer provas. Uma educação democrática é o que está em jogo”, destacou por meio do Twitter. 

 

Derrotado por Jair Bolsonaro na disputa presidencial, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) fez um discurso, na noite deste domingo (28), garantindo que não vai “fugir da luta”, referindo-se a oposição que fará ao presidente eleito. Haddad acredita que, com a eleição do capitão da reserva, a luta pela democracia será mais intensa. O petista recebeu 44,80% dos votos válidos e Bolsonaro venceu com 55,20%.

##RECOMENDA##

“Lembrando o Hino Nacional, verás que um professor não foge à luta. Nem temo quem adora a liberdade à própria morta. Nosso compromisso é de vida com esse país. Reconhecemos a cidadania em cada brasileiro e não vamos deixar este país para trás. Vemos defender nossos pontos de vista respeitando a democracia e as instituições. Sem deixar de colocar nosso ponto de vista sobre tudo que está em jogo”, salientou.

Pontuando que era necessário “fazer uma profissão de fé” pelo país e direcionando-se, mesmo sem citar, ao próprio PT, Haddad disse que era necessário seguir reconectando com as bases. Além disso, o presidenciável não eleito falou para quem estava com medo da eleição de Bolsonaro.

“Coloco minha vida à disposição deste país e quero dizer para aqueles que, olhando nas ruas, senti angústia e medo: não tenham medo. Nós estaremos aqui. Estamos juntos. Coragem, a vida é feita de coragem”, bradou.

Fernando Haddad ponderou ainda que tem um compromisso com a democracia e a prosperidade do país. “A democracia é um valor que está acima de todos nós. Temos uma nação e precisamos defendê-la daqueles que querem usurpar o patrimônio do povo brasileiro. São direitos civis, políticos, trabalhistas e sociais que estão em jogo neste momento. Temos uma tarefa enorme que é em nome da democracia: defender o pensamento desses 45 milhões de brasileiros”, frisou. Haddad acompanhou a apuração dos votos em um hotel em São Paulo.

 

O filho do ex-governador Eduardo Campos, João Campos, falou abertamente sobre o seu voto ao candidato a presidente Fernando Haddad (PT). Por meio das redes sociais, o deputado federal eleito disse que seu pai nasceu no início da Ditadura Militar e contou que o bisavô Miguel Arraes foi perseguido durante toda a ditadura por ser referência de homem público. 

João, ao falar sobre o assunto, declarou que a eleição que acontece neste domingo representa um dia de risco. “Falo do risco à democracia. O meu pai, a minha avó, meu bisavô e toda a família sentiram na própria pele o que significa a falta de democracia, de liberdade, de respeito às diferenças. O que está em jogo nessa eleição não é uma disputa entre partidos. O que queremos preservar é o direito de ser gente, de respeitar e de ser respeitado independente do local de onde nós viemos, da nossa cor ou da nossa crença”, ressaltou. 

##RECOMENDA##

Prevendo uma possível vitória de Haddad, João Campos ainda falou que o petista poderá contar com ele no Congresso Nacional. “Espero que vocês também possam me ajudar nessa. Vamos com Haddad. Minha gente, eu sou jovem, mas não me dou o direito de desconhecer a nossa história. Sei de onde vim e sei onde isso pode parar. O meu voto é pela democracia". 

“Os desafios para os próximos anos serão grandes. A retomada da nossa economia, a geração de empregos, os avanços em educação, saúde e assistência social precisarão ser alargados. O enfrentamento da violência urbana será pauta central. E para enfrentar todos esses desafios, fiquem certos: não há outro caminho senão o do respeito à democracia”, justificou. 

Nelson Rodrigues, um dos maiores romancistas e jornalistas do Brasil, já afirmara: "A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade". Para além da assertiva pessimista do escritor pernambucano, a ideia de democracia prevê um regime político no qual o poder é pertencente pelo povo. Na democracia representativa, vigente em nosso país, a população elege - como o nome já diz - representantes que são eleitos para defender os interesses públicos da sociedade.

Em 2018, o Brasil se vê diante de, talvez, a mais acirrada e polarizada eleição desde a redemocratização no país. Para muitos, os ânimos exaltados se devem a um temor comum: a ameaça de a democracia brasileira, ainda tão jovem, estar em risco. Jornais de renome mundial, como o New York Times e The Guardian, apontam preocupação para a possível eleição Jair Bolsonaro (PSL). O candidato é tratado como "perigoso", "populista" e com características "ditatoriais" por seus posicionamentos político-sociais e seu alinhamento aos militares e ao Golpe de 64.

##RECOMENDA##

No outro extremo, eleitores do capitão da reserva vislumbram em Fernando Haddad (PT) um risco à soberania do Brasil. Para parte do eleitorado, o sentimento de antipetismo se sobressai e o receio de o Brasil se tornar uma ditadura de esquerda, semelhante a países como Venezuela, faz com que o número 17 seja a preferência contra o 13 que, nas últimas eleições, saiu vencedor das urnas. O próprio Jair Bolsonaro já asseverou que se há algum risco à democracia brasileira, este vem da esquerda "que está há quase 30 anos no poder".

Há exatos 43 anos, o jornalista Vladimir Herzog era torturado e morto pelo regime ditatorial brasileiro. A data, 25 de outubro, foi reconhecida como o Dia da Democracia no Brasil, em homenagem à memória de Vlado, como era conhecido. Para ouvir a opinião dos recifenses sobre o atual cenário político no nosso país, o LeiaJá foi às ruas para questionar: na sua opinião, a democracia brasileira está em risco a depender do resultado das urnas no próximo domingo? Confira abaixo o vídeo com os depoimentos e deixe também sua opinião nos comentários:

[@#podcast#@]

Na reta final da disputa pela Presidência da República, os representantes de 31 associações da construção civil e do mercado imobiliário publicaram na quarta-feira, 24, nos jornais, uma carta aberta com as principais reivindicações do setor destinadas aos candidatos. A lista tem 15 itens, sendo o primeiro deles "observância irrestrita à Constituição" e o último, "defesa firme e obstinada da democracia".

Os empresários dizem que o objetivo da iniciativa foi defender ideais que prevaleçam em qualquer governo, independentemente dos candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT).

##RECOMENDA##

A lista de reivindicações também pede segurança jurídica, respeito aos contratos e defesa do direito de propriedade, temas sensíveis às empresas de incorporação e construção, que têm perdido dinheiro por conta dos distratos e das ocupações de terrenos.

O presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Flavio Amary, afirmou que o comunicado não busca endossar nenhuma candidatura, mas sim defender "princípios e ideais". "Publicamos o manifesto agora por entendermos que é um momento oportuno, a poucos dias das eleições", explicou.

Amary esteve reunido com Paulo Guedes e Marcos Cintra, integrantes da equipe econômica de Bolsonaro, e fez um alerta sobre possíveis efeitos colaterais da proposta de criação de um imposto sobre valor agregado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mercado do Ver-O-Peso, em Belém, vai ser palco de um ato político e cultural em defesa da democracia, da liberdade, da cultura e dos direitos dos trabalhadores. Será na quinta-feira (25), a partir das 17 horas. A ideia é levar para os trabalhadores da feira e do comércio popular da área central de Belém a discussão sobre o futuro do país e da Amazônia.

O ato está sendo organizado por diversos grupos culturais, produtores e artistas independentes e terá programação musical, performances, grafite e projeção de vídeo, com o apoio do Instituto Ver-O-Peso e da Associação Ver-A-Boia, que reúnem os trabalhadores e trabalhadoras da maior feira livre da América Latina.

##RECOMENDA##

Segundo os organizadores, o ato pretende mostrar que a política está presente na vida cotidiana de todos os cidadãos. “Queremos fazer esse debate em diálogo com aqueles que fazem política no dia a dia; mostrar que a política também é um trabalho nosso, é uma coisa que a gente tem que produzir, todos os dias, a vida inteira”, comentam os organizadores. Além dos shows e atuações artísticas, haverá espaço para fala dos trabalhadores do Ver-O-Peso e representantes de movimentos sociais.

PROGRAMAÇÃO

VIRA VOTO NO COMÉRCIO

15h: Concentração às 15h na Praça das Mercês com a participação da bike som "Maria Lira" e seu eco caboclo de resistência.

GRAFITE

17h: Intervenção urbana com Dedeh Farias

MÚSICA

17h: Lariza e João Urubu

17h30: Lorena Lira

18h: Pedro Vianna

19h: Alba Mariah & Marcelo Ramos

19h30: Comboieiras - MG Calibre, Leo Chermont, HD João, Ju Abe & Eloi Iglesias

20h: Bando Mastodontes & Priscila Duque

20h30: Coletivo de Carimbó Regatão

PERFORMANCE

18h30: Performance Coletivo Noite Suja

VIDEOMAPPING

18h às 21h: Videomapping “Resistência" com Diogo Vianna e Kauê Lima

FACEBOOK

https://www.facebook.com/events/336028803616573/

Da assessoria do evento.

A seis dias do segundo turno presidencial, o ex-candidato ao Palácio do Planalto Eymael (DC) defendeu, nesta segunda-feira (22), que seja feito um “pacto” pela democracia no país capitaneado pelo candidato Fernando Haddad (PT). Eymael repudiou a fala do deputado federal eleito pelo PSL, Eduardo Bolsonaro, sobre como faria para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF) e insistiu que Haddad “ultrapasse as fronteiras do PT” para conquistar apoios pela manutenção da democracia brasileira.

“A afirmação publicada ontem, do Deputado Federal eleito pelo PSL em São Paulo, Eduardo Bolsonaro e considerada golpista pelo Decano do STF, Ministro Celso de Melo, de que basta um soldado e um cabo para fechar o STF afasta qualquer possibilidade de neutralidade! Proponho ao candidato a presidente, Fernando Haddad, que ultrapasse as fronteiras do PT e firme, com as Lideranças Político Partidárias Democráticas do País, o PACTO NACIONAL PELA DEMOCRACIA NO BRASIL [sic]”, declarou, em publicação nas redes sociais.

##RECOMENDA##

Para Eymael, a atitude do filho do adversário de Haddad, Jair Bolsonaro (PSL), não é capaz de manter a neutralidade declarada pelo DC no segundo turno, por ameaçar as instituições democráticas do país. Em 12º lugar na disputa no primeiro turno, Eymael - famoso pelo jingle “um democrata cristão” - tem pregado a importância do país não voltar a ser regido pela ditadura militar.

Brasileiros que vivem no exterior saíram neste sábado (20) às ruas para protestar a favor da democracia, contra o fascismo e contra a possibilidade de haver ditadura no Brasil. Com a bandeira do Brasil, cartazes, faixas e até projeção de frases de efeito, manifestantes se reuniram na Argentina, França, Holanda, Suíça, Noruega, no Reino Unido e nos Estados Unidos.

Em Amsterdã, na Holanda, uma jovem levou um cartaz escrito a mão no qual se lia: “Minha avó sobreviveu ao holocausto, por ela luto contra o fascismo Brasil”. Em Londres, no Reino Unidos, os manifestantes homenagearam a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) cujo assassinato, em março deste ano, ainda está sem solução.

##RECOMENDA##

O movimento Mulheres Unidas contra Bolsonaro reuniu manifestantes, em Paris, na França, com cartazes, faixas e imagens em tamanho ampliado de Manuela d’Ávila, a candidata a vice-presidente na chapa do candidato do PT Fernando Haddad.

A Bandeira do Brasil teve lugar de destaque, em Lausanne, na Suíça, onde os manifestantes defenderam a democracia e as liberdades. A comunidade brasileira na cidade portuguesa de Porto também saiu às ruas para protestar. Em tom crítico e seco, um cartaz dizia: “Fascismo nunca mais”

Em Oslo, na Noruega, os manifestantes fizeram uma homenagem ao capoeirista baiano Romualdo Rosário da Costa, o Moa do Katendê, morto a facadas por intolerância política. Moa também foi homenageado recentemente em Salvador pelo músico Roger Waters, da banda de rock Pink Floyd.

Uma projeção externa foi feita em um prédio em Nova York, nos Estados Unidos, com uma frase escrita em inglês: “O maior dos erros: a ditadura militar”. Em Buenos Aires, o frio de 18°C e a chuva fina não incomodaram os manifestantes que saíram às ruas.

Na manhã desta segunda-feira (15), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) divulgou uma nota, em seu site, manifestando-se “em defesa da universidade pública e em repúdio a todas as formas de ameaça à liberdade democrática”. Segundo a instituição, o posicionamento foi dado devido à proximidade do segundo turno das eleições presidenciais, bem como a forma da UFPE de enxergar a campanha.

Na publicação, assinada pelo reitor Anísio Brasileiro e pela vice-reitora Florisbela Campos, a UFPE afirma que seu posicionamento é de concordância com uma universidade gratuita, de qualidade, autônoma e socialmente referenciada. A instituição ainda afirmou “posição intransigente” em relação ao respeito à diversidade, em defesa dos direitos humanos, de liberdade e da democracia. Confira abaixo a nota na íntegra:

##RECOMENDA##

Em defesa da universidade pública e da democracia

Com a proximidade do segundo turno das eleições presidenciais de 2018 e atenta ao desenrolar da campanha, a Universidade Federal de Pernambuco considera urgente manifestar-se em defesa da universidade pública e em repúdio a todas as formas de ameaça às liberdades democráticas.

Ciente do seu papel histórico, a UFPE se posiciona por uma universidade que, além de gratuita e de qualidade, seja autônoma e socialmente referenciada. É uma universidade pública que tem garantido os principais avanços do nosso país na ciência, na tecnologia, na inovação e nas artes. Os brasileiros devem abraçar ideias que defendam uma inclusiva, justa, capaz de superar os desequilíbrios regionais.

Nessa perspectiva, afirmamos nossa posição intransigente a favor do respeito à diversidade em todos os seus aspectos (de gênero, de livre orientação sexual, de identidade étnica e cultural), contra pregações de violência e de intolerância e, acima de tudo, de defesa dos direitos humanos, da liberdade e da democracia.

Reitor Anísio Brasileiro

Vice-reitora Florisbela Campos

LeiaJá também

-> Posição política: UPE repudia racismo, tortura e homofobia

--> UFRPE presta solidariedade a vítimas de ataques políticos

Depois de votar neste domingo (7), o músico Xanddy Harmonia postou em sua conta no Instagram uma foto do título de eleitor, com o comprovante de votação. Na legenda, ele escreveu: "Dever cumprido, hoje é domingo e surpreendentemente Carla foi comigo".

Xanddy fez referência a música 'Pau Que Nasce Torto/ Melô do Tchan', da banda É o Tchan, sucesso dos anos 1990, da qual sua esposa Carla Perez, com quem está há 17 anos, era dançarina. A letra da música diz 'Domingo, ela não vai (vai, vai) Domingo, ela não vai, não (vai, vai, vai)' e virou meme com a aproximação das eleições.

##RECOMENDA##

Os internautas se divertiram com a publicação. ‘Domingo CARLA foi... kkkk’ ‘Quem disse que domingo ela não vai dessa vez mentiu. rsrs’, comentaram.

[@#video#@]

O atual Governador de Pernambuco e candidato a reeleição do cargo, Paula Câmara, exerceu a cidadania nas primeiras horas da manhã deste domingo (7). O candidato votou no bairro da Madalena, Região Metropolitana do Recife. Em entrevista coletiva, Paulo disse ter expectativa positiva em relação a sua reeleição no primeiro turno.

O candidato falou que as propostas foram apresentadas à população pernambucana, disse estar confiante. "Será uma vitória a favor do povo de Pernambuco", disse.

##RECOMENDA##

Ele também convidou os eleitores a irem voltar. Em relação a corrida presidencial, Paulo disse acreditar que haverá segundo turno e que se possa discutir efetivamente os problemas do Brasil e os desafios para se governar o País.

De acordo com a pesquisa realizada pelo DataFolha e divulgada neste sábado (6), o candidato do PSB tem 52% dos votos válidos e fica entre 50% e 54% pela margem de erro. Já Armando Monteiro (PTB) computa 35% dos votos válidos.

[@#video#@]

Por Lídia Dias

Foi divulgado neste sábado (6) a pesquisa realizada pela Vox Populi, encomendada pelo Brasil 247. A estimativa é que o resultado dessa eleição seja decidida apenas no segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Que às vésperas das eleições aparecem com 34% e 27%, respectivamente.

De acordo com o levantamento, há probabilidade da eleição ser decidida por empate técnico no limite da margem de erro considerando-se os votos válidos, pois no segundo turno Bolsonaro aparece com 40% e Haddad 37%. Nos votos totais Ciro aparece com 11%, Alckmin 5% e Marina 2%.

##RECOMENDA##

Segundo os organizadores do levantamento, essa é a primeira pesquisa financiada por eleitores. Foram entrevistadas 2.000 pessoas neste sábado (6), em 121 municípios de todo o País. O nível de confiança da pesquisa é de 95% e foi registrada no TSE sob número 04071/2018.

Por Lídia Dias

Uma das principais características de um regime democrático é o voto. A aproximação de períodos eleitorais, porém, levanta uma série de questionamentos e discussões sobre o papel das eleições para o desenvolvimento da sociedade. Se vivo em uma democracia, por que tenho obrigação de votar? Se as eleições são oportunidade de renovação, por que eu vejo sempre os mesmos rostos e nomes nas campanhas políticas? Os “votos pela razão” e “votos pela emoção” são realmente dois lados de uma mesma moeda?  

Os professores Albino Dantas e Salviano Feitoza discutiram como essas e outras questões envolvendo a democracia brasileira e a história do voto no mundo podem ser analisadas do ponto de vista da história, filosofia e sociologia. Confira a conversa completa:

##RECOMENDA##

[@#video#@]

A pesquisa mais recente divulgada pelo Datafolha para presidente da República também avaliou qual é a opinião dos brasileiros sobre o melhor modelo de governo. O levantamento apontou que 69% dos eleitores acreditam que a democracia é a melhor forma de governo, contra 12% que preferem a ditadura em certas circunstâncias e 13% que acham que tanto faz.

O índice de apoio ao regime democrático, de acordo com o levantamento, é o maior desde 1989.

##RECOMENDA##

A democracia é vista como a melhor forma de governo para 84% dos eleitores com ensino superior. Entre os que têm ensino médio, o índice é de 72%, e entre os com ensino fundamental é de 55%.

Entre as mulheres, a porcentagem de apoio ao regime democrático é de 67%, enquanto entre os homens chega a 71%. Já entre os eleitores de 16 a 24, o índice de apoio à democracia é de 74%. Entre os idosos acima de 60 anos, o percentual chega a 64%.

Para 64% dos eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) a democracia é sempre melhor que qualquer outro modelo de governo. Em certas circunstâncias, 22% acreditam que é melhor uma ditadura do que um regime democrático, e 11% acham que tanto faz.

Já 77% dos eleitores do candidato do PT, Fernando Haddad, acreditam que a democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo. O índice de petistas que em certas circunstâncias preferem uma ditadura é de 6%, e 11% também acham que tanto faz.

Para 81% do eleitorado de Ciro Gomes (PDT), o regime democrático é sempre melhor que qualquer outro modelo, contra 5% que acham que em certas circunstâncias é melhor uma ditadura e 11% que acreditam que tanto faz.

Entre os eleitores do candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, o percentual dos que acreditam que a democracia é sempre melhor que qualquer outra forma de governo é de 69%, contra 11% que preferem em certas circunstâncias a ditadura e 16% que acham que tanto faz.

Quanto ao eleitorado da Marina Silva (Rede), 62% preferem a democracia a qualquer outra forma de governo, 23% acham que tanto faz e 9% acreditam que em certas circunstâncias é melhor uma ditadura do que um regime democrático.

O Instituto Datafolha ouviu 10.930 eleitores em 389 municípios, entre 3 e 4 de outubro, e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O presidente Michel Temer (MDB) também se pronunciou sobre o ataque ao candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL), que foi esfaqueado na tarde desta quinta-feira (6). O emedebista disse que a agressão é “triste para a democracia” e falou sobre tolerância. 

“Isso revela algo que nós devemos nos conscientizar porque é intolerável justamente a intolerância que tem havido na sociedade brasileira. É intolerável em um Estado democrático de Direito que não haja a possibilidade de uma campanha tranquila, uma campanha em que as pessoas vão e apresentem seus projetos”, declarou. 

##RECOMENDA##

Temer também desejou que dê tudo certo com Bolsonaro. “Mas que sirva de exemplo. O candidato Bolsonaro, se Deus quiser, passará bem. Esperamos que não haja nada mais grave”.

Diversos políticos prestaram solidariedade ao capitão da reserva. O presidenciável Ciro Gomes (PDT) repudiou a violência exigindo que as autoridades punissem o responsável pelo que chamou de “barbárie”. Marina Silva, candidata da Rede, falou que a violência é algo inadmissível. 

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil pediu ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respeito à democracia. Em comunicado, o Itamaraty ressalta que é fundamental a existência da oposição e que todas as formas de violência política são condenáveis.  

“Ao reiterar sua mais firme condenação a todas as formas de violência política na Venezuela ou em qualquer outro país, o governo brasileiro apela ao governo venezuelano o respeito aos direitos inerentes às atividades da oposição, sem a qual não pode existir democracia", afirma o ministério, em nota.  

##RECOMENDA##

Itamaraty também demonstra preocupação com as suspeitas contra a deputada da oposição María Corina Machado. A ex-candidata à presidência foi cassada por fazer críticas ao governo Maduro e acusada de planejar um suposto atentado de um grupo de militares contra o presidente venezuelano.  

No começo deste mês, María Corina Machado se reuniu com o presidente da Colômbia, Iván Duque, para negociar articulações que favoreçam a liberdade política na Venezuela. Em julho de 2017, a deputada apresentou uma denúncia na Corte Penal Internacional (CPI) contra Maduro por crimes de tortura e segregação.  

O juiz federal Sérgio Moro afirmou que não existe risco à democracia no Brasil, pois as instituições estão fortes. Ele destacou que é natural haver incertezas em um ano eleitoral. "As instituições estão operando, e políticos foram responsabilizados por crimes cometidos", destacou. O magistrado ressaltou que empresários no Brasil também buscaram o ganho fácil com operações envolvendo corrupção.

Moro fez algumas brincadeiras no início de sua palestra promovida em Nova York pelo Grupo Lide, empresa fundada pelo pré-candidato ao governo de São Paulo e ex-prefeito da capital João Doria (PSDB). "Eu tinha dúvidas hoje se usaria uma gravata vermelha ou azul. A vermelha poderia representar o partido republicano (nos EUA) ou o Partido dos Trabalhadores. A azul poderia ser PSDB ou o partido democrata americano", comentou. Ele optou pela vermelha, que é a cor do logotipo do Lide.

##RECOMENDA##

O juiz destacou que, pelo fato de ter de trabalhar com a Operação Lava Jato para analisar casos de corrupção da Petrobras, aprendeu muito sobre o setor de petróleo e energia. "Se um dia sair da magistratura, eu posso tentar atuar nesta área.

Corrupção

O juiz ainda defendeu uma política de governo específica para atacar a corrupção no Brasil. Segundo ele, até o momento, o combate aos corruptos e corruptores partiu de policiais e juízes. Neste contexto, o juiz do Paraná fez elogios ao Supremo Tribunal Federal. "O STF tomou decisões importantes para a melhora do quadro institucional no País", disse.

Moro lembrou que, com a Operação Lava Jato, ocorreram 157 condenações de pessoas que cometeram crimes de corrupção ou lavagem de dinheiro. As punições foram direcionadas a executivos de empresas e também a políticos do PT, PTB e PMDB.

"Há um quadro de mudança sobre o combate da corrupção, que deve ser permanente. O setor privado tem grande responsabilidade em relação ao combate à corrupção", destacou. Ele apontou que a corrupção como problema estrutural afasta investidores, inclusive estrangeiros, que não querem participar de um "ambiente viciado" nem de concorrências cujo quadro não é claro.

Moro apontou que a corrupção não escolhe cores partidárias e aproveita para atuar onde há incentivos e oportunidades. "Há pessoas com falta de confiança na democracia, mas não pode haver resposta autoritária", destacou. "Temos de fortalecer a democracia e é impossível isso com corrupção e impunidade."

O juiz federal disse que entende que há um quadro de mudança sobre o combate à corrupção no Brasil, algo que deve ser constante. "Digo que o que as construtoras fizeram foi vergonhoso, mas passaram a corrigir seus problemas", apontou Moro.

A Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), grupo que detém a segunda maior bancada do Parlamento Europeu, divulgou nesta quarta-feira (4) um comunicado expressando preocupação com os "rumores sobre uma interferência militar" no Brasil.

A nota é assinada pelo presidente do S&D, o alemão Udo Bullmann, e chega após as declarações do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, nas quais ele disse compartilhar "o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à democracia".

##RECOMENDA##

O posicionamento foi interpretado como uma forma de pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF), que julga um habeas corpus apresentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar sua prisão pela condenação em segunda instância a 12 anos e um mês de cadeia.

"Tem sido um processo bastante controverso. Estamos preocupados com a possibilidade de politização do sistema judiciário do Brasil e os rumores sobre uma interferência militar", afirma a nota do S&D.

Segundo o grupo social-democrata, é "crucial" garantir que a aplicação da lei no país seja "clara, transparente e capaz de garantir ao povo brasileiro o direito de fazer suas próprias escolhas democráticas, sem quaisquer restrições inconstitucionais".

Lula pretende concorrer ao cargo de presidente da República em 2018, mas deve ser impedido pela Lei da Ficha Limpa, que proíbe a candidatura de condenados por órgãos colegiados.

"Lula foi um presidente muito bom para o Brasil. Seus programas sociais beneficiaram dezenas de milhões de brasileiros, e por isso ele é tão popular. Ele lutou de forma decisiva contra a fome, a pobreza e a discriminação e reduziu a grande desigualdade social. Essa luta tem de continuar. Estamos muito preocupados que uma alternativa progressista possa ser excluída do processo democrático", conclui o comunicado.

O S&D possui 189 dos 751 deputados do Parlamento da UE e reúne as principais legendas de centro-esquerda do bloco, como o Partido Democrático (Itália), o Partido Social-Democrata (Alemanha), o Partido Socialista (França), o Partido Trabalhista (Reino Unido) e o Partido Socialista Operário Espanhol.

Da Ansa

RIO DE JANEIRO - As principais lideranças da esquerda estarão reunidas em um ato político em defesa da democracia, nesta segunda-feira (2), a partir das 18h, no Circo Voador.

O ex-presidente Lula, os pré-candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela d'Ávila (PC do B), além do deputado estadual, Marcelo Freixo (PSOL), participam do evento que também pedirá justiça pelas mortes de Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março.    

##RECOMENDA##

Este é o segundo evento com a proposta de denunciar a onda de ataques aos representantes de partidos de esquerda, como os tiros contra a caravana de Lula no Sul e o próprio assassinato de Marielle, que tinha uma forte atuação em defesa dos direitos humanos. O primeiro foi realizado em Curitiba, no Paraná, no último dia 29.    

O ato também marca o lançamento carioca do livro "A Verdade de Lula", publicado pela Editora Boitempo, com a visão do ex-presidente sobre o que considera uma perseguição judicial para impedir sua candidatura.

Homenagem

Também nesta segunda-feira (19), manifestantes promovem o ato Luzes para Marielle e Anderson, às 19h, quando serão acesas velas nas escadarias da Câmara Municipal do Rio e da Assembleia Legislativa (Alerj), e na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, onde ocorreu o crime.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando