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Uma investigação da emissora britânica Canal 4 acusou a varejista de roupas online, Shein, de pagar menos de um centavo por peça produzida pelos funcionários das empresas fornecedoras do site. Uma repórter da emissora se disfarçou de candidata a uma vaga e filmou duas fábricas que fornecem roupas para a empresa na cidade de Guangzhou, na China. 

Em uma das fábricas, os trabalhadores recebiam aproximadamente 4 centavos de dólar, cerca de R$0,21 por peça produzida. Já na outra unidade, os funcionários têm um salário-base de 4 mil yuans por mês, aproximadamente R$2.946,557, se produzirem 500 peças de roupa por dia. O pagamento do primeiro mês de trabalho é retido pela empresa, de acordo com o site The Cut. 

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A repórter foi informada pelos gerentes das fábricas, em conversa, que os trabalhadores das duas unidades trabalhavam até 18 horas por dia, sem horário de turno definido, e tinham somente um dia de folga por mês. Além disso, os trabalhadores também eram penalizados em ⅔ do salário diário em caso de erro na produção das peças.

As condições de trabalho descritas no documentário da emissora britânica violam às leis trabalhistas chinesas. A localização exata das fábricas não foi divulgada para proteger a repórter que registrou as situações e também a sua equipe. 

De acordo com o documentário, a Shein pratica uma espécie de “cultura de roubo de design” ao “rastrear as mídias sociais em busca de tendências emergentes, transformando-as em designs que eles encomendam em pequenos lotes de uma rede de milhares de fábricas em Guangzhou”. 

Em resposta, a Shein declarou estar preocupada com as denúncias. “Estamos extremamente preocupados com as reclamações apresentadas pelo Canal 4, que violariam o Código de Conduta acordado por todos os fornecedores da Shein. Qualquer não-conformidade com este código é tratada rapidamente e encerraremos parcerias que não atendam aos nossos padrões. Solicitamos informações específicas do Canal 4 para que possamos investigar”, disse. 

Ainda na nota, a varejista informou que os padrões impõem aos fornecedores um código de conduta baseado em convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e leis e regulamentos locais, incluindo práticas trabalhistas e condições de trabalho. 

Nesta quinta-feira (20), o deputado federal Alexandre Frota (PROS) afirmou por meio de sua conta no Twitter que protocolou uma denúncia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o pastor André Valadão. O fato acontece após o religioso mentir que foi intimado pelo ministro Alexandre de Moraes para que se retratasse por ataques feitos contra o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Falsificar documento público para fins eleitorais é crime com pena que pode chegar a seis anos de reclusão. Frota assegurou que também fez ofício para o procurador-geral da República, Augusto Aras, e para Alexandre Moraes, que além de ser ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), também é presidente do TSE. 

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"Podemos afirmar que o pastor em questão teve a intenção de diminuir o peso de decisões judiciais em período eleitoral, desmerecendo a autoridade do atual presidente do TSE, Exmo. O Sr. Ministro Alexandre de Moraes", destacou o parlamentar na denúncia.

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Entenda

Desde a noite de quarta-feira (19), que o vídeo do pastor André Valadão está repercutindo nas redes sociais. Na gravação, o líder religioso aparece lendo um texto em que diz ser uma retratação das acusações feitas por ele contra o ex-presidente Lula (PT), que disputa o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Valadão começa o vídeo dizendo ter sido intimado pelo ministro Alexandre de Moraes a se retratar. No entanto, o próprio TSE nega que houve essa determinação.

Os promotores de Justiça Evelyn Moura Virginio Martins e Josmar Tassignon Júnior, da cidade de Porto Feliz (interior de São Paulo) denunciaram o empresário Thiago Brennand, 42, pelo crime de lesão corporal em virtude das agressões praticadas contra o garçom Vitor Igor Rodrigues Machado, 26, que trabalha em uma unidade do restaurante Fasano dentro de um condomínio fechado em que o acusado possui uma residência.

Thiago Brennand é acusado dos crimes de estupro, cárcere privado, ameaça e lesão corporal por mais de dez mulheres. Ele foi encontrado pela Interpol na última quinta-feira, 13, em Abu Dhabi, onde aguarda o processo de extradição para o Brasil. Ele possui contra si duas ordens de prisão preventiva, uma delas da juíza da 6ª Vara Criminal de São Paulo, Érika Mascarenhas, e outra do juiz da 1ª Vara de Porto Feliz, Jorge Panserini.

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De acordo com a denúncia do caso de Vitor Machado, no dia 11 de março o garçom estava saindo de moto do condomínio no final de seu expediente, 11 quando passou na frente da garagem de Brennand. Ele chegou a parar por alguns instantes, mas, como o veículo do empresário não saiu da garagem, retomou o trajeto.

Instantes depois, Machado afirma que foi interpelado por Brennand, que dirigia um veículo da marca Land Rover. O empresário teria colocado o carro na frente da moto, fechando o garçom, e exigido que ele descesse da moto, alegando que ele estava pilotando com excesso de velocidade.

O Ministério Público afirma que o acusado agrediu fisicamente o garçom "com um tapa no rosto e esganadura", chamou-o de "vagabundo" e ameaçou proibir sua entrada no condomínio. Em entrevista concedida ao Estadão em setembro, Machado afirma que levou socos na testa, no olho, no nariz - que sangrou - e na nuca, e que precisou ser trocado de função pelo restaurante para preservar sua integridade.

O garçom registrou boletim de ocorrência no dia dos fatos e também passou por perícia junto ao IML (Instituto Médico-legal), que documentou as marcas das lesões.

Como a pena máxima pelo crime de lesão corporal leve é de um ano, o processo tramita perante o Juizado Especial Criminal de Porto Feliz. No mesmo ato em que ofertou a denúncia, o Ministério Público rechaçou a possibilidade de transação penal - espécie de "acordo" feito com o órgão, no qual o acusado presta serviços à comunidade ou paga uma multa em troca do arquivamento da ação - com base nos registros criminais que pesam contra Brennand.

Ele é descrito pela Promotoria como "alguém que se vê acima das leis e da ordem e que propala inocência num contexto de fantasiosa e insubsistente perseguição".

O processo de um policial militar da reserva e de sua mulher, acusados de compra de votos para candidatos a deputado federal e deputado estadual, no município de Três Rios, centro-sul fluminense, vai ser encaminhado ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que decidirá se oferece denúncia. O candidato a deputado federal foi eleito, mas o que disputava vaga em nível estadual, não. 

Em audiências de custódia realizadas nesta quinta-feira (6), a juíza Ana Carolina Gantois, da 40ª Zona Eleitoral (Três Rios), converteu em preventiva a prisão em flagrante dos dois, ocorrida durante operação que cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do casal. 

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Segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), sete das nove pessoas presas na operação fizeram acordo de não persecução penal, substituindo o processo criminal por outras formas de reparação dos danos causados, como prestação de serviços à comunidade. Um dos presos não aceitou fazer o acordo, alegando que estava apenas passando pelo local na hora do cumprimento do mandado.

Por já responder a um processo, a nona pessoa não teve direito ao acordo.  O TRE-RJ informou ainda que, como o processo já passou pela Justiça Eleitoral, o andamento depende, agora, de decisão do Ministério Público. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Polícia Militar na operação desta quarta-feira (5), que teve apoio de policiais militares do 38º BPM (Três Rios) para o cumprimento dos mandados determinados pela Justiça Eleitoral, houve apreensão de dinheiro em espécie, que seria usado no pagamento; títulos de eleitor originais; cópias de títulos eleitores; comprovantes de votação; envelopes contendo dados de eleitores e um caderno de anotações.  “A 7ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) foi acionada para acompanhar a ocorrência”, acrescentou a secretaria. 

A reportagem da Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa do casal

Os canais de denúncia vinculados à Justiça Eleitoral já estão disponíveis para apurar irregularidades junto ao eleitorado. As ferramentas, coordenadas com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e regionais, contam com a participação da população para uma eleição mais limpa, rápida e dentro da lei. A medida mais recente é o aplicativo Pardal, que já foi atualizado para o próximo dia 2 de outubro e encaminha denúncias de crimes eleitorais aos órgãos competentes. 

Pela legislação, crimes eleitorais são vistos em qualquer conduta que prejudique ou impeça a liberdade do voto, bem como o processo eleitoral amplo. Boca de urna, caronas irregulares, campanhas no dia da votação, compra de votos, dentre outras atividades suspeitas e ilegais, poderão ser comunicadas à Justiça.  

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O Pardal é um aplicativo de fácil acesso oferecido gratuitamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que qualquer cidadão possa enviar denúncias sobre diversos tipos de irregularidades durante as campanhas eleitorais espalhadas por todo o país. 

O app está apto a receber as seguintes denúncias: compra de votos; uso da máquina pública; crimes eleitorais; e propagandas irregulares. Já a apuração de todas as denúncias compete ao Ministério Público Eleitoral. Este ano, dos dias 16 a 23 de agosto, foram recebidas 1.330 denúncias de propaganda eleitoral irregular pelo Pardal. Os dados são da primeira semana de funcionamento do app para as Eleições Gerais de 2022. 

Onde baixar

Aplicativo Pardal, do TSE:

- Para iOS;

- Para Android.

Ouvidoria 

Os tribunais regionais também possuem canais próprios de comunicação e que podem servir para interceptar e encaminhar demandas de denunciantes. Basta pesquisar no site do seu Tribunal Regional Eleitoral por “Ouvidoria” ou “Canais de Denúncia/Comunicação”. 

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A coligação Pernambuco na Veia, encabeçada pela candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (SD), pediu à Justiça Eleitoral que casse a chapa formada por Danilo Cabral (PSB) e Luciana Santos (PCdoB) por usar a máquina pública na campanha e coagir funcionários públicos. A denúncia feita nesse domingo (25) também cita o governador Paulo Câmara e pede a inelegibilidade da dupla e do prefeito do Recife, João Campos, por oito anos. 

Há uma semana para as eleições, a queixa contra a Frente Popular foi motivada pelo vazamento da planilha 'Dia D', que reúne nomes de secretários estaduais e municipais, presidentes de empresas da Administração Pública e outros ocupantes de cargos de confiança, tratados como "voluntários" para trabalhar na campanha de Danilo Cabral no dia da eleição. 

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A lista distribuiu os servidores em cada uma das 11 zonas eleitorais da capital e ainda destaca o número de comissionados de cada pasta a serem convocados pelos seus secretários, além do uso de 792 veículos. O autor da planilha seria o secretário-executivo de Planejamento de Pernambuco, Adriano Danzi de Andrade, apontou a denúncia. 

A Ação de Pedido de Investigação Eleitoral incluiu o governador Paulo Câmara como um dos investigados e solicita que equipes de fiscalização sejam enviadas à Prefeitura do Recife e a órgãos do governo, especialmente à Junta Comercial e a Secretaria de Educação, onde teriam ocorrido ameaças a servidores comissionados e terceirizados por recusa a participar da agenda de campanha de Danilo. 

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) apresentou, na última sexta-feira (16), uma queixa-crime à justiça militar contra o presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Defesa, o general do Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, pelo suposto crime de prevaricação. Prevaricar é retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente a própria função diante da administração pública. 

Ao Superior Tribunal Militar (STM), Jefferson alegou que Bolsonaro e Sérgio Nogueira se omitiram ao não intervir no Senado Federal para obrigá-lo a apreciar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A queixa-crime também diz que os dois membros do Governo Federal se omitiram ainda ao permitir que o inquérito das fake news continuasse correndo no Supremo Tribunal Federal (STF). 

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O parlamentar cita o artigo 142 da Constituição Federal, para argumentar que o Supremo tem perseguido pessoas inocentes de forma arbitrária. O artigo diz que as Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha) são instituições nacionais, sob a autoridade suprema do presidente da República, e “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”. 

“Dessa forma, fica perfeitamente demonstrada a materialidade, culminando na imediata imputação dos réus, advertência deste MM. Juízo para que ocorra a imediata aplicação do disposto no art. 142 da Constituição da República Federativa do Brasil, na manutenção da ordem legal, exercendo as forças armadas em seus respectivos dirigentes o dever de polícia dos poderes do qual lhe impõe a Constituição da República Federativa do Brasil vigente, sob pena de não o fazendo, incorrer em tipo Penal do art. 319 do CPM”, escreveu o advogado André Lucena, que representa Roberto Jefferson. 

A queixa-crime foi entregue ao Ministério Público Militar (MPM), que encaminhou o caso à Procuradoria-Geral da República, comandada por Augusto Aras. No Superior Tribunal Militar, o STM, a tarefa de relatar o caso foi entregue à ministra Maria Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha. 

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, no domingo (4), o empresário Thiago Antonio Brennand, de 42 anos, por lesão corporal e corrupção de menores. O denunciado é um homem acusado de ameaçar e agredir uma modelo em uma academia de luxo na Zona Oeste paulistana, no final de agosto. Apesar de ter sido flagrado em vídeo, Brennand não foi indiciado pela Polícia Civil. 

A denúncia do MPSP, porém, considerou a integridade da vítima e dos demais ameaçados antes e após a agressão. De acordo com o promotor Bruno César Cruz de Assis, autor do pedido, Bruno deve ser proibido de se aproximar ou ter contato com a mulher agredida, além de ter acesso à academia, onde ocorreu o crime, vetado. 

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O promotor também sugeriu que o empresário pague R$ 100 mil à vítima por danos morais. A Justiça deve apreciar a denúncia nos próximos dias. 

"Após os atos de violência perpetrados por seu genitor, 'que seu pai estava lhe cuspindo porque você é uma puta e merecia', repetindo a frase algumas vezes, além de também ofender outra aluna do estabelecimento, que tentou apaziguar a situação, chamando-a de 'puta' e 'vagabunda'", escreveu. 

"Estimulado pela truculência do exemplo que lhe foi dado por seu pai momentos antes, ameaçou outro aluno da academia na recepção do local, pelo simples fato dele reprovar o comportamento do denunciado, afirmando para mencionado aluno que era para ele “calar a boca porque senão também iria levar um pau aqui dentro'", completou. 

Novos relatos de violência 

Um primo de Thiago Brennand, identificado como Jason, também fez denúncias graves contra o suspeito de agressão. Jason tem câncer e foi alvo de piadas em tom de ameaça, com a autoria de Thiago. Segundo um relato dele feito ao Fantástico e veiculado também no domingo (4), o empresário mandou entregar um caixão e uma coroa de flores em sua casa. “Jason, do câncer, Cancinho. Descanse em paz. Ele me chama de Cancinho”, contou o primo. 

“Já tá todo mundo sabendo da metástase, Cancinho. Que pena, né? Parece ferrugem no teu corpo”, comentou Thiago em detalhes do WhatsApp. Não foram dados detalhes sobre a origem da rivalidade entre os familiares e nem se o suposto problema seria unilateral. 

Jason afirmou que era alvo do primo por nunca ter cedido às ameaças dele. O rapaz garantiu, ainda, que Thiago não é empresário, mas sim "herdeiro profissional". Thiago Brennand tem um histórico de delitos e acumula ao menos 10 processos na Justiça, sendo parte deles por violência contra mulheres. 

“Eu queria encorajar todas as mulheres daqui de Pernambuco, que eu sei de mais de 20, 30, 40 casos, dos mais diversos tipos. Seja de agressão, de estupro, que criem coragem para ver se esse cara leva alguma punição”, concluiu Jason.

A Polícia Civil de São Paulo finalizou na quarta-feira, 31, inquérito sem indiciar o suspeito de agredir mulher em academia da zona sul da capital paulista. Desta forma, caberá ao Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) decidir se arquiva ou denuncia o empresário Thiago Brennand, de 42 anos. O caso aconteceu no dia 2 de agosto em uma unidade da Bodytech do Shopping Iguatemi.

Conforme a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o inquérito policial foi relatado ao Poder Judiciário e Ministério Público ainda na quarta. "Quanto ao indiciamento, a autoridade policial analisou que, por se tratar de crimes de menor potencial ofensivo, não coube indiciamento com base na Lei 9099/95", disse a pasta em nota.

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No processo, foram ouvidos o empresário e a vítima, assim como testemunhas e funcionários da academia. O caso foi investigado pelo 15º Distrito Policial (Itaim-Bibi) como lesão corporal, injúria e ameaça.

Segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, no último domingo, 28, câmeras de segurança registraram a agressão contra a mulher. No vídeo, é possível ver Brennand se aproximando da mulher e discutindo verbalmente com ela. Quando um casal de instrutores e uma segunda cliente tentam proteger a vítima, ele parte para cima dos três e cospe na mulher. De acordo com ela, as agressões foram motivadas porque o empresário teria tentado um encontro, mas ela não quis.

Procurado, o MP-SP afirma que ainda não recebeu o caso para se pronunciar. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do empresário nem com a academia Bodytech. O espaço está aberto para manifestações.

O Sindicato Nacional dos Servidores do Ipea (Afipea) denunciou o presidente do órgão, Erik Figueiredo, e o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, por práticas abusivas em período eleitoral. A Afipea questiona a entrevista coletiva de ambos no Palácio do Planalto no dia 17 de agosto para apresentar um estudo sobre os efeitos das medidas assistenciais adotadas recentemente pelo governo federal, incluindo o Programa Auxílio Brasil.

Como mostrou o Broadcast, um dia após o início da campanha eleitoral, o governo apresentou estudo que exalta o Auxílio Brasil, um dos principais trunfos da campanha de Jair Bolsonaro à reeleição. O estudo conclui que houve, em todas as regiões do País, uma geração de empregos formais relacionada ao aumento dos beneficiários do programa social que substituiu o Bolsa Família. A nota afirma ainda que, apesar de pesquisas mostrarem o crescimento da desnutrição e da insegurança alimentar no País, isso não tem impactado os indicadores de saúde ligados à prevalência da fome.

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Em denúncia protocolada na Procuradoria Regional da República, os servidores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada alegam que a nota apresentada na entrevista foi baseada em "reflexões preliminares" e assinada exclusivamente por Figueiredo, o que desrespeitaria os protocolos internos do Ipea para publicação de estudos e pesquisas.

"No entendimento do Sindicato, os entes públicos violaram a cartilha que o próprio Ipea circulou para os servidores, na qual são orientados a como proceder em período eleitoral, bem como fizeram uso da instituição para produção subliminar de propaganda governamental, configurando abuso de poder político. Com a ação, a Afipea pretende conter o abuso de poder praticado pelo presidente do Ipea, Erick Figueiredo", afirmou a entidade em nota.

A denúncia lembra que a divulgação de pesquisas no Ipea está condicionada à "discussão, avaliação e aprovação prévia" pelos técnicos do órgão, com a finalidade de preservar a qualidade e o rigor dos trabalhos divulgados. "A utilização da instituição para a produção subliminar de propaganda governamental em período de defeso eleitoral configura explícito abuso de poder político, devendo ser coibida pelas autoridades eleitorais competentes", completa o texto.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) passou a contar com uma Ouvidoria da Mulher, um canal exclusivo para recebimento de denúncias de casos de violências de gênero, das mais variadas formas. “Será um canal especializado para receber comunicação de violência contra a mulher, de forma mais acolhedora, o que facilita a interação com quem se sentir vítima de qualquer tipo de violência política de gênero e discriminação”, afirma a ouvidora do TRE Pernambuco, a desembargadora eleitoral Iasmina Rocha, que será também responsável pela Ouvidoria da Mulher.

A desembargadora Iasmina destaca ainda que “a Ouvidoria da Mulher sempre será sempre comandada por uma magistrada e conta com a equipe de servidoras 100% feminina”. Um dos principais compromissos do canal de atendimento é manter em sigilo a identidade da denunciante e tomar todas as medidas que assegurem a proteção dos dados informados, criando um clima de acolhimento para as denunciantes.

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No caso de violência política, nos termos da Lei  14.192, de 04/08/2021, que criminaliza esse tipo de abuso, a denúncia poderá ser encaminhada para o Ministério Público Eleitoral para apuração. As mulheres que atuam no Tribunal - estagiárias, servidoras, magistradas, promotoras, advogadas, eleitoras ou outras usuárias - também podem usar a Ouvidoria da Mulher. Neste caso, as denúncias serão enviadas às estruturas internas de apuração e resolução de conflitos.

A Ouvidoria da Mulher pode ser acessada por meio do site do TRE, pessoalmente, ou por telefone: 

Assédio e discriminação pelo gênero, praticadas no âmbito do TRE-PE

- Canais de atendimento;

- Formulário eletrônico: Registre sua solicitação (caso já tenha efetuado o registro, acompanhe o andamento de sua solicitação);

- E-mail: ouvemulher@tre-pe.jus.br.

Violência Política de Gênero

- O Ministério Público Eleitoral tem competência constitucional para propor ações que visem a apurar casos de violência política de gênero. Interessados em registrar denúncia desse tipo de conduta, deve acessar o formulário do MP.

Mais informações acerca da definição de violência política de gênero sao encontradas na página do canal de denúncias.

Pernambuco é o Estado do Brasil com mais denúncias registradas no app Pardal da Justiça Eleitoral. Até o final da tarde desta quinta-feira (25), 256 pessoas mandaram fotos ou vídeos de propaganda irregular, em praticamente todos os municípios do Estado. No Recife, foram 110 casos, seguida pelo Cabo de Santo Agostinho, com 43, Olinda com 14, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e Caruaru. Na mesma consulta, São Paulo aparecia com 245 denúncias, Minas Gerais, com 191. 

O app Pardal existe desde as eleições de 2016, e está disponível para que cidadãos denunciem propagandas eleitorais irregulares de maneira fácil e confidencial. Nas últimas eleições foram realizadas 105.543 denúncias, em todo o país, sendo 4.402 em Pernambuco. A evolução das denúncias enviadas ao aplicativo podem ser verificadas neste link.

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Ao identificar um problema, os cidadãos devem tirar uma foto, gravar um vídeo ou áudio e, por meio do aplicativo celular, enviar as evidências para a Justiça Eleitoral no estado ou município que fará a análise da denúncia. Além de elementos que indiquem a existência do fato noticiado,deve constar o nome e o CPF da pessoa que fez a denúncia. Todas as denúncias são tratadas como sigilosas pelo sistema, assegurada a confidencialidade da identidade.

O sistema foi desenvolvido pela Justiça Eleitoral para uso gratuito em smartphones e tablets e já está disponível para download nas lojas virtuais Apple Store e Google Play.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou, na manhã desta terça-feira (16), o policial militar responsável pelo disparo que matou a menina Heloyse Gabriela da Silva, de seis anos. A criança morreu no dia 30 de março, na Comunidade de Salinas, em Porto de Galinhas, litoral sul do Estado, após ser atingida com um tiro no peito. O efetivo disparou para tentar evitar a fuga de dois suspeitos em uma moto, que desrespeitaram a ordem de parada.

O MPPE, por meio das Promotorias de Justiça Criminais de Ipojuca, denunciou Diego Felipe de França Silva pelo crime de homicídio combinado com erro de execução. A denúncia foi protocolada na Vara Criminal da Comarca.

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A menina brincava no terraço da casa da avó quando foi atingida pelo tiro de policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A morte revoltou os moradores da comunidade e desencadeou uma série de protestos em Porto de Galinhas.

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O juiz Ricardo Augusto Soares Leite, substituto na 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, rejeitou a denúncia contra o ex-ministro Aloizio Mercadante por obstrução de justiça. A decisão também reconhece a prescrição das acusações contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Eles foram acusados de tentar embaraçar investigações da extinta Operação Lava Jato.

O juiz afirma que, em relação aos ex-presidentes, o caso está prescrito e não entra no mérito das acusações. Em relação a Mercadante, a avaliação é a de que não há provas de irregularidades. "Realizadas as diligências investigativas não se logrou apurar indícios de autoria e materialidade da prática delitiva", escreveu.

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A decisão corrobora o posicionamento do Ministério Público Federal (MPF), que em abril pediu o arquivamento do caso. A denúncia havia sido oferecida pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot em 2017.

Na época, Janot acusou uma suposta tentativa de impedir o ex-senador Delcídio do Amaral de fechar delação premiada na Lava Jato. Também denunciou a nomeação do ex-presidente Lula para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil, o que segundo a PGR teria como única finalidade garantir que ele voltasse a ter direito a foro privilegiado.

COM A PALAVRA, ALOIZIO MERCADANTE

"Mercadante sempre defendeu que as conversas que teve com o Sr. Eduardo Marzagão, então assessor de Delcídio do Amaral, eram uma iniciativa de caráter eminentemente pessoal e político de solidariedade. Também que jamais houve qualquer tentativa de impedir a delação do ex-senador Delcídio do Amaral, como reconhece, agora, a Justiça.

Quando da divulgação das gravações ilegais e editadas das conversas entre Mercadante e Marzagão, a falsa acusação contra Mercadante teve ampla repercussão na imprensa. Esperamos que essa decisão, que agora reestabelece a verdade dos fatos, tenha o mesmo destaque."

A população poderá contribuir com a Justiça Eleitoral de forma mais fácil. O aplicativo ‘Pardal’, que ajuda a combater as irregularidades eleitorais, está disponível para Android e iOS. Propaganda antecipada, pedido de voto antes do período permitido por lei e compra de votos são algumas das irregularidades que o cidadão poderá denunciar através do seu smartphone.

O aplicativo encaminha você diretamente para o link do Ministério Público do seu Estado, de acordo com a Justiça Eleitoral. Para fazer a denúncia, é importante que haja provas como fotos, vídeos ou áudios para que o órgão apure a irregularidade. O cidadão também pode escolher se a denúncia será anônima ou não. 

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Denúncias sobre propaganda irregular poderão ser feitas a partir do dia 16 de agosto, quando inicia oficialmente o período da propaganda eleitoral. O aplicativo também conta com uma ferramenta que informa o que pode e o que não pode ser feito durante a campanha eleitoral. 

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Taiwan denunciou a China, seu "vizinho do mal", por realizar nesta sexta-feira (5) o segundo dia dos maiores exercícios militares já organizados por Pequim ao redor da ilha, apesar das condenações dos Estados Unidos e de outros aliados ocidentais.

Na manhã desta sexta-feira, "vários grupos de aeronaves e navios de combate realizaram exercícios ao redor do Estreito de Taiwan e cruzaram a linha média do estreito", afirmou o Ministério da Defesa de Taiwan.

"Este exercício militar chinês, seja pelo lançamento de mísseis balísticos ou cruzando a linha média do estreito, é um ato altamente provocativo", acrescentou.

A linha média é uma coordenada não oficial, mas de aceitação geral, entre as costas da China continental e as de Taiwan.

A China iniciou as manobras na quinta-feira, com o lançamento de mísseis balísticos e o deslocamento de sua aviação e navios em seis zonas marítimas ao redor de Taiwan, para expressar sua indignação após a visita a Taipé da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

Pequim não confirmou oficialmente se os mísseis sobrevoaram a ilha e Taipé se recusou a comentar sobre a trajetória dos projéteis.

Apesar das advertências de Pequim, que vê Taiwan como parte de seu território, Pelosi fez uma visita relâmpago à ilha na terça-feira, na qual garantiu que os Estados Unidos "não abandonarão" a ilha autônoma.

Em resposta, o Exército de Libertação Popular (ELP) chinês declarou várias áreas proibidas ao redor de Taiwan, incluindo algumas das rotas comerciais mais movimentadas do mundo, para manobras militares.

Pequim classificou as manobras, que continuarão até o meio-dia (hora local) de domingo, de uma resposta "necessária" à visita de Pelosi.

Em Pingtan, uma ilha chinesa próxima das manobras em cursos, jornalistas da AFP observaram um avião de combate nesta sexta-feira.

- Reação "exagerada" -

Washington acusou Pequim de ter reagido de maneira "exagerada" à visita de Pelosi e alertou que seu porta-aviões "USS Reagan" continuará monitorando os arredores de Taiwan. O governo dos Estados Unidos também anunciou o adiamento de um teste de mísseis intercontinentais "para evitar uma maior escalada das tensões", segundo um porta-voz da Casa Branca, John Kirby.

Por sua vez, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira que as manobras constituem "uma escalada significativa" das tensões. Para Blinken, a visita de Pelosi "não justifica" os exercícios lançados por Pequim.

O primeiro-ministro de Taiwan, Su Tseng-chang, pediu a seus aliados que pressionem para reduzir a tensão da situação. "Não esperávamos que o vizinho do mal ao lado mostrasse seu poder em nossos portões e colocasse arbitrariamente em perigo as rotas marítimas mais movimentadas do mundo com seus exercícios militares", declarou Su à imprensa.

Pelosi garantiu em Tóquio, última escala de sua viagem asiática, que os Estados Unidos "não permitirão" que a China isole Taiwan. "Eles podem tentar impedir que Taiwan visite ou participe de outros lugares, mas não vão isolar Taiwan impedindo-nos de viajar para lá", afirmou.

A China anunciou nesta sexta-feira que cortará a cooperação com os EUA em vários assuntos, como a suspensão das negociações de defesa e climáticas, e declarou sanções contra Pelosi "e sua família imediata" por "interferir seriamente nos assuntos internos da China".

O Japão pediu o "fim imediato" das manobras chinesas, após indicar que cinco mísseis teriam caído em sua zona econômica exclusiva (ZEE) e que quatro deles poderiam ter "sobrevoado a ilha de Taiwan".

A Austrália também descreveu as manobras militares como "desproporcionais e desestabilizadores".

- Desvio de voos -

Os exercícios acontecem em algumas das rotas marítimas mais movimentadas do planeta, que transporta eletrônicos fundamentais de fábricas no Sudeste Asiático para os mercados mundiais.

O Escritório Marítimo e Portuário de Taiwan emitiu alertas para os navios que circulam nesta área e várias companhias aéreas internacionais disseram à AFP que desviariam seus voos para evitar o espaço aéreo da ilha.

"Fechar essas rotas marítimas - mesmo que temporariamente - tem consequências não apenas para Taiwan, mas também para os fluxos comerciais ligados ao Japão e à Coreia do Sul", disse Nick Marro, analista sênior de comércio global da Economist Intelligence Unit.

A hipótese de uma invasão de Taiwan, com 23 milhões de habitantes, é improvável. Mas, desde a eleição em 2016 da atual presidente, Tsai Ing-wen, as ameaças aumentaram.

Tsai, que ao contrário do governo anterior pertence a um partido pró-independência, se recusa a reconhecer que a ilha e o continente fazem parte de "uma mesma China".

O Ministério Público Federal denunciou nesta terça-feira, 26, o presidente da Fundação Nacional do Índio, Marcelo Augusto Xavier da Silva, pelo crime de denunciação caluniosa, por duas vezes. De acordo com a Procuradoria, o chefe da Funai imputou a diversos servidores do órgão e a integrantes da Associação Waimiri Atroari supostos crimes de tráfico de influência e de prevaricação, 'mesmo sabendo que eram inocentes'.

A acusação contra Marcelo Xavier foi entregue à 2ª Vara Federal no Amazonas, sendo que o MPF ainda pede que o presidente da Funai seja condenado ao pagamento de indenização de R$ 100 mil por danos morais causados às vítimas e à sociedade.

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Na denúncia, a Procuradoria narra que Marcelo Xavier 'utilizou a notificação para abertura de inquérito contra os servidores da Funai como instrumento de pressão política no processo de licenciamento ambiental, especificamente no que diz respeito ao componente indígena, da linha de transmissão de energia entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR), o Linhão de Tucuruí'.

A investigação em questão acabou arquivada pelo Ministério Público Federal. Ao encerrar as apurações, a Procuradoria apontou 'total ausência de hipótese investigativa, tanto pela falta de caracterização mínima como crime das condutas apresentadas, quanto pela ausência de indícios de autoria e de materialidade'.

A avaliação do órgão foi a de que as condutas dos servidores questionados por Marcelo Xavier são compatíveis com quem pretende trabalhar em prol da defesa de direitos indígenas'.

"O representante (Marcelo Xavier) sabe (ou no mínimo deveria saber) acerca da ausência de conteúdo normativo que o autorizasse desencadear investigação criminal, uma vez que é também delegado de Polícia Federal", explicou o procurador Igor Spíndola no despacho de arquivamento do inquérito.

No entanto, após o caso ser arquivado, Marcelo Xavier, 'em caráter de revanche', representou criminalmente contra Spíndola perante a Procuradoria-Geral da República, diz o MPF.

O presidente da Funai imputou ao procurador da República supostos crimes tipificados no Código Penal e na Lei de Abuso de Autoridade, mas a ofensiva foi barrada. A avaliação da PGR sobre a conduta do procurador no Amazonas foi a de que Spíndola teve atuação 'técnica, fundamentada, impessoal e diligente'.

"Diante da patente atipicidade da conduta e da ausência de elementos informativos mínimos que permitam afirmar prática de um crime por parte do procurador da República Igor da Silva Spíndola, a eventual instauração de uma investigação contra a referida autoridade poderia servir apenas como (mais um) fator de pressão no já conturbado processo de licenciamento ambiental da Linha de Transmissão Waimiri Atroari. Tal utilização indevida dos órgãos de persecução penal e de Justiça não contará com a chancela da Procuradoria Regional da República da 1ª Região nem, certamente, do E. Tribunal Regional Federal da 1ª Região", aponta trecho da manifestação do MPF, que foi acolhida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, arquivando a representação contra Spíndola.

COM A PALAVRA, A FUNAI

Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a Funai e seu presidente, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestações.

O Procon Pernambuco disponibilizou em seus canais de comunicação um formulário  da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) em que o consumidor pode denunciar empresas de telemarketing que estejam lhe oferecendo produtos e/ou serviços sem autorização. A medida cautelar foi determinada pelo Ministério da Justiça.

“Aqueles consumidores que receberem, sem autorização, ligações de empresas de telemarketing, podem acessar o nosso site ou o whatsapp e fazer a denúncia através do formulário nacional”, explicou o secretário-executivo de Justiça e Promoção e Direitos do Consumidor, Waldemar Borges Filho. No formulário, constarão os dados do consumidor, o nome do telemarketing ou qual empresa o representa e se houve a permissão para  o contato.

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De acordo com a Senacon, as denúncias serão apuradas e encaminhadas aos Procons locais de onde partiram as reclamações para que seja realizada a análise e abertura de eventual processo administrativo pelo descumprimento da medida cautelar. O consumidor pernambucano que queira realizar a denúncia poderá acessar o site do Procon/PE: www.procon.pe.gov.br, ou entrar em contato pelo whatsapp: (81) 3181.7000. Para acesso direto ao formulário, o link disponível é o: denuncia-telemarketing.mj.gov.br.

Da assessoria.

O agente penal federal Jorge Guaranho se tornou réu, nesta quarta-feira (20), pelo assassinato do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, da 3.ª Vara Criminal da cidade, aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual, no Paraná (MP-PR), feita nesta terça (19), de homicídio duplamente qualificado e citou que o crime foi cometido em razão de "preferências político-partidárias antagônicas". Guaranho é bolsonarista.

Em uma das qualificadoras do assassinato, a Promotoria considerou motivo fútil e não torpe como constava no inquérito policial, concluído no dia 15 deste mês, cinco dias após a morte de Arruda. O petista foi morto durante seu aniversário, que ocorria em um clube da cidade, e tinha como tema o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT. A segunda qualificadora foi a de colocar em risco mais pessoas que estavam na celebração. A troca da qualificadora não altera a pena do agente penal que pode variar de 12 a 30 anos de cadeia.

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"O crime de Guaranho foi um homicídio gravíssimo, duplamente qualificado, notoriamente praticado por divergências político-partidárias, o que o torna motivo fútil e que colocou em risco a vida de outras pessoas", disse o promotor Tiago Lisboa, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). No mesmo dia em que Guaranho se tornou réu, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se encontrou com um dos irmãos de Arruda.

No inquérito apresentado pela Polícia Civil, os momentos em que o agente penal chega ao à festa de aniversário, é repelido, depois volta e atira no petista são divididos. Segundo o inquérito policial, depois de ir até o local com seu carro em que estavam a mulher e o filho de três meses para provocar as pessoas com uma música que fazia alusão a Bolsonaro, ele foi atingido por terra atirada por Arruda. O atirador só retornou, disse a polícia, por ter se sentido "humilhado".

Na denúncia, o MP-PR entende que há uma só dinâmica e que o crime foi cometido em razão de "motivação política externada pelo agressor (Guaranho)". Segundo a Promotoria, o depoimento de uma testemunha, que fazia a vigilância do local e disse ter escutado o agente penal gritar "aqui é Bolsonaro" antes de efetuar o primeiro disparo contra Arruda, foi fundamental para a conclusão da denúncia. O advogado da família de Arruda concordou com o teor da denúncia do MP.

"Entendemos que foi fundamental pelo Ministério Público de que a motivação política nesse caso do primeiro momento e segundo, quando Guaranho retorna ao final da festa e efetua os disparos é a mesma", avaliou o advogado Ian Vargas, que pretende atuar como assistente de acusação durante o julgamento do agente penal, que pode ir a júri popular.

A defesa de Guaranho não havia se manifestado até a publicação deste texto.

Qualificadora

Segundo especialistas ouvidos pelo Estadão, o motivo torpe que consta no inquérito da Polícia Civil está relacionado à desqualificação vil e cruel da vítima, que desmerece o sujeito. Já a fútil implica uma desproporcionalidade da reação. "Acredito que a mudança ocorreu porque na visão da acusação, matar por preferências político-partidárias antagônicas (ou ódio político), é algo desproporcional, insignificante, mesquinho", disse o advogado criminal mestre e doutor em direito penal pela USP, Cristiano Maronna.

Professor da FGV-RJ e conselheiro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM), Thiago Bottino corrobora a tese. Para ele, o MP muda o entendimento por entender que seria mais fácil enquadrar a motivação política como uma futilidade. "Dentro da estratégia, ele (MP) acha que é mais fácil acusar por motivo fútil", disse.

Novas diligências

Na segunda-feira, a Promotoria pediu para que a Justiça autorizasse a devolução do inquérito à Polícia Civil. Promotores querem que os investigadores ouçam de novo uma testemunha, que tem acesso às câmeras do clube onde havia a festa e mostrou as imagens do evento, pelo celular, ao agente penal.

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou Cíntia Mariano Dias Cabral pelo homicídio da estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22 anos, e por tentativa de homicídio do irmão dela, o também estudante B. C. C., de 16. Cíntia era madrasta dos irmãos e é acusada de envenenar a comida deles.

Segundo a denúncia da 3ª Promotoria de Investigação Penal da Área Territorial Bangu e Campo Grande, a madrasta "agiu livre e conscientemente, com vontade de matar" os enteados, envenenando sua comida. "Após os fatos, ambas (as vítimas) apresentaram, como pontuado no relatório da autoridade policial, sintomas típicos de intoxicação exógena por carbamato (chumbinho), quando verificados de forma simultânea".

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A denúncia também cita o depoimento de B. "(Ele) relatou que, quando almoçava na casa da denunciada, sempre servia a sua própria comida. No dia dos fatos, no entanto, seu prato foi entregue pela demandada e já continha feijão, e ele colocou os outros alimentos. O ofendido narrou que, ao provar o feijão, sentiu, imediatamente, um gosto amargo e viu umas 'bolinhas escuras', meio azuladas, e indagou que bolinhas eram aquelas, momento em que a denunciada retirou o prato da mesa e foi à cozinha."

Cíntia Mariano Dias Cabral está presa desde 20 de maio. Até a publicação desta reportagem, a reportagem não havia conseguido contato com a defesa da denunciada.

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