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O dirigente norte-coreano Kim Jong Un presidiu uma reunião do gabinete político sobre os preparativos para um raro congresso do partido que governa o país (será o primeiro em cinco anos), programado para janeiro, anunciou a imprensa estatal.

O congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia, que previsivelmente resultará na elaboração de um novo plano político e econômico para o país, será o oitavo da história.

O evento acontecerá um pouco antes da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 20 de janeiro, quando as negociações entre Pyongyang e Washington sobre a questão nuclear estão paralisadas.

O regime norte-coreano está sob forte pressão financeira, consequência do impacto da pandemia, das sanções internacionais e das inundações registradas no verão.

Durante a reunião do gabinete político, na terça-feira, foi decidido que o congresso acontecerá em janeiro, informou a agência oficial KCNA, que não divulgou a data exata.

A Coreia do Norte enfrenta há vários anos graves problemas de má gestão econômica e um plano anterior foi discretamente abandonado há alguns meses.

Em agosto, uma reunião do partido concluiu que os "objetivos de melhoria econômica nacional sofriam graves atrasos".

Em outubro, Kim ordenou uma campanha de 80 dias para estimular a economia.

Antes do sétimo congresso, que aconteceu em 2016, uma campanha similar foi organizada. Na época, um novo plano quinquenal foi anunciado.

Aquele congresso foi o primeiro do tipo em 36 anos.

Protagonistas do governo, os militares têm assistido sem contestação a uma guinada do presidente Jair Bolsonaro. Com 6.157 cargos em todos os escalões da administração federal, a ala militar optou por se manter em silêncio diante da decisão do chefe do Executivo de se aliar ao velho Centrão, de se juntar a quem sempre criticou e também de suas frequentes "cotoveladas" nos generais da Esplanada dos Ministérios.

Com Bolsonaro desde a campanha, os militares eram vistos por parte do eleitorado como uma garantia de que o presidente, um político oriundo do baixo clero e com forte viés ideológico, seria tutelado. Eleito, Bolsonaro virou o jogo, ofereceu privilégios e hoje recebe dessa ala consentimento até mesmo quando dá um "cala a boca" público num general da ativa.

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Poucas horas depois de ter sido desautorizado publicamente com um "Quem manda sou eu, não vou abrir mão da minha autoridade" - e obrigado a cancelar o acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina contra covid-19 -, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, recebeu a visita de Bolsonaro - que saiu de lá, na quinta-feira, com o que foi buscar. "É simples assim: um manda e outro obedece", disse o general, com um leve sorriso no rosto. O vídeo, gravado no hotel onde Pazuello se recupera do tratamento de coronavírus, revela, ainda, que ele seguiu mais uma instrução do chefe: não usava máscara. Bolsonaro também estava sem a proteção no rosto.

Nesse e em outros episódios que os atingiram, os militares preferiram não reagir. Os generais da reserva Hamilton Mourão, vice-presidente; Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército, além dos demais oficiais influentes, deixaram de lado os discursos contundentes que marcaram a geração militar pós-ditadura.

Escândalo. Nas últimas semanas, eles também adotaram o silêncio quando Bolsonaro escolheu o desembargador Kassio Marques, ligado ao Centrão, para o Supremo Tribunal Federal, e após o escândalo protagonizado pelo senador Chico Rodrigues (DEM-RR), então vice-líder do governo, flagrado pela Polícia Federal com dinheiro na cueca. Ficaram calados, ainda, quando Bolsonaro atacou o ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro.

As postagens de Villas Bôas no Twitter, em um passado não muito distante, sempre eram aguardadas a cada escândalo político e movimento de opositores. Em abril de 2018, por exemplo, às vésperas do julgamento pelo Supremo do habeas corpus em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Villas Bôas repudiou a "impunidade". Procurado pelo Estadão, o general não quis se pronunciar. A amigos, ele tem dito que, neste momento, a "maior contribuição é o silêncio".

A omissão sobre os últimos movimentos do governo virou motivo de meme nas redes sociais. "Não se esqueça de parabenizar as conquistas de nossos militares que se sacrificaram pela Nação: conseguiram se safar da reforma da Previdência; ganharam aumento durante a pandemia; vão se safar da reforma administrativa e vão ganhar mais dinheiro do que o Ministério da Educação", diz um deles.

O general da reserva Luiz Cesário da Silveira Filho, ex-comandante Militar do Leste, no Rio de Janeiro, e crítico da ex-presidente Dilma Rousseff por causa da criação da Comissão da Verdade, considerou "um engano" achar que as Forças Armadas poderão ser prejudicadas pela existência de militares no governo. "O povo sabe separar isso daí", disse ele. "Não tinha outra saída (a não ser se aliar ao Centrão) para garantir governabilidade e aprovar medidas."

Professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), o pesquisador Carlos Melo rejeita a tese quase hegemônica na caserna de que a aliança com o Centrão era inevitável para garantir a governabilidade. "Alguns militares podem achar isso porque foram convencidos ou se deixaram convencer. Só que Bolsonaro se cercou do Centrão também por suas conveniências, que envolvem questões pessoais, de Justiça, os filhos, a família", observou.

Melo avalia que Bolsonaro não precisava do Centrão para garantir a aprovação de projetos na Câmara e no Senado porque, mesmo sem base parlamentar, ele contou com "boa vontade extraordinária" do Congresso, aprovando, inclusive, a reforma da Previdência. "A aproximação com o bloco foi questão de proteção. Bolsonaro se aliou ao Centrão não para ter governabilidade, mas para ter blindagem por conta dos seus problemas políticos e até familiares", argumentou o pesquisador do Insper.

‘Coalizão’. Antecessor de Heleno no GSI, o general da reserva Sérgio Etchegoyen defende o modelo de "governo de coalizão" do Planalto. Ex-ministro do governo Michel Temer, Etchegoyen disse à reportagem do Estado que "imaginar que seja possível governar um país complexo sem fazer composição nem alianças é um sonho impossível". Em sua avaliação, "a composição, quando é sadia, tem um grande benefício".

O ex-ministro da Defesa Raul Jungmann advertiu, por sua vez, que os militares e as Forças Armadas têm muito a perder ao se identificar com um governo, e não com a "totalidade" da Nação. "Esse é um risco que deve ser evitado a todo custo", destacou Jungmann. Um ex-integrante do Alto Comando das Forças Armadas, que preferiu não dar declarações públicas sobre o tema, admitiu existir na sociedade "uma percepção muito grande" de que as Forças Armadas estão extremamente associadas ao presidente. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na luta para concorrer à Prefeitura do Recife, o procurador municipal e candidato do partido Novo, Charbel Maroun, comemorou a suspensão do recurso que impedia sua participação no pleito, nessa sexta-feira (9). Antes, a Justiça Eleitoral compreendeu que ele não havia se afastado do cargo no período mínimo de quatro meses.

Apesar do processo seguir para julgamento no Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE), a chapa composta com André Teixeira acredita que estará presente na eleição. "Conseguimos a primeira vitória.  [...] o sistema não gosta da gente. Eu sei que toda vez que falamos e agimos contra a existência do Fundão, quando defendemos o enxugamento da máquina estatal e quando defendemos a liberdade do cidadão em sua integralidade, somos vistos como inimigos", escreveu Charbel nas redes sociais.

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O pedido de registro da candidatura havia sido indeferido pelo juiz Auziênio Cavalcanti, da 3ª zona eleitoral do Recife. Na decisão, ele compreendeu que Charbel pediu afastamento da Procuradoria-Geral do município no dia 15 de agosto, três meses antes da eleição, quando o prazo adequado ao seu cargo seria de quatro meses.

De acordo com a assessoria da chapa, o próprio juiz foi responsável pela suspensão da própria determinação. Contudo, mesmo antes do magistrado voltar atrás, os candidatos prosseguiram com a agenda de campanha, participaram de entrevistas e realizara visitas à comunidades. “Temos incomodado muitas pessoas, mas continuaremos firmes na nossa jornada”, complementou o postulante à prefeitura.

O PDT entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (1º), contestando regras fixadas para a eleição ao cargo de Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de São Paulo. Na visão do partido, a vedação imposta a candidaturas de promotores é inconstitucional e gera discriminação indireta contra os quadros femininos da instituição. O processo foi distribuído por prevenção ao ministro Luiz Fux.

O advogado constitucionalista Paulo Iotti, que representa a sigla, argumenta que existem apenas 70 mulheres Procuradoras de Justiça no Estado, o que representa somente 24% do total de candidatos-potenciais aptos para concorrerem à chefia da instituição. Desde 1938, quando foi fundado, o Ministério Público paulista teve apenas dirigentes homens.

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"Séculos de deplorável inferiorização jurídico-social das mulheres obviamente não foram superados nestas singelas pouco mais de três décadas de nossa atual ordem constitucional, o que justifica termos tão poucas mulheres nos cargos de Procuradoras de Justiça", diz um trecho do processo.

Na ação, o partido sustenta que a limitação da elegibilidade aos procuradores-gerais de Justiça é 'arbitrária', constitui discriminação por classe profissional e que a justificativa de que o cargo é sinônimo de maior experiência está ultrapassada.

O PDT reuniu dados empíricos das últimas quatro décadas que apontam que os concursos para o cargo de procurador têm sido cada vez menos frequentes e que muitos promotores de primeira instância acumulam anos de carreira e atendem aos requisitos para chefiar o MP. Atualmente, a elegibilidade de promotor de Justiça ao cargo de Procurador-Geral só não é permitida em dois estados além de São Paulo: Minas Gerais e Roraima. Um plebiscito interno feito em 2015 apontou que a maioria dos integrantes do Ministério Público de São Paulo é contra a limitação.

COM A PALAVRA, O MINISTÉRIO PÚBLICO DE SÃO PAULO

O objeto da Adin protocolada nesta terça-feira (1°/9) já foi examinado pelo Supremo Tribunal Federal anteriormente no âmbito da ação direta de inconstitucionalidade 6231-SP. Na visão da Procuradoria-Geral de Justiça, eventual mudança no regramento pertinente à escolha do chefe da instituição deve ser precedida de uma ampla discussão entre todos os membros da carreira, o que ainda não ocorreu por conta das dificuldades impostas pela pandemia.

No que concerne à questão de gênero, vale lembrar que o número de mulheres no MPSP vem crescendo consistentemente, como pode ser comprovado pela relação de aprovados nos concursos dos últimos 20 anos. Saliente-se, ainda, que nas últimas três eleições para PGJ duas candidatas concorreram e um dos postos mais destacados do Ministério Público de São Paulo, o de corregedora-geral, é ocupado por uma procuradora. De todo modo, cabe ao STF, mais uma vez, se manifestar.

A eleição interna no Partido Liberal Democrata (PLD) para definir o sucessor do primeiro-ministro Shinzo Abe, que anunciou a renúncia ao cargo por motivos de saúde, acontecerá em 14 de setembro e seu braço direito, Yoshibide Suga, aparece como grande favorito.

A campanha interna começará em 8 de setembro e após a eleição no partido acontecerá uma votação no Parlamento, provavelmente em 16 de setembro, considerada uma mera formalidade, já que o PLD controla as duas Câmaras ao lado de seu aliado, o partido Komeito.

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Suga, de 71 anos e atual secretário-geral do governo, anunciou nesta quarta-feira sua candidatura. A maioria do PLD já teria prometido apoio, o que faz dele o principal nome na disputa.

Na terça-feira, o PLD decidiu optar por uma votação reduzida e rápida, na qual apenas os deputados e líderes regionais do partido poderão participar.

Os outros dois candidatos já declarados para a sucessão de Abe, Shigeru Ishiba e Fumio Kishida, ambos de 63 anos, são prejudicados por este sistema de votação que exclui os militantes da base do partido.

O presidente do conselho geral do PLD, Shunichi Suzuki, afirmou que o partido optou por este sistema porque a situação é urgente, devido aos problemas de saúde de Abe.

O primeiro-ministro, 65 anos, no cargo desde o fim de 2012, anunciou na semana passada a intenção de renunciar devido ao agravamento de uma doença intestinal crônica, colite ulcerosa. Este problema de saúde o obrigou a interromper de forma precipitada seu primeiro mandato como chefe de Governo em 2007.

Abe disse que permaneceria no cargo até a designação do sucessor.

- Grandes desafios -

Suga foi fundamental no retorno ao poder de Abe, em 2012.

Filho de um agricultor da região de Akita (norte), as origens humildes de Suga, que pagou pessoalmente por seus estudos, o afastam dos grandes nomes do PLD, todos integrantes de importantes famílias políticas.

Analistas e empresários esperam que ele continue a linha política de Abe.

Mas os desafios do futuro primeiro-ministro serão colossais e vão da gestão da pandemia de coronavírus à recessão econômica, passando pelas complicadas relações com a China e a Coreia do Sul, além dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que foram adiados e continuam com um nível de incerteza.

Ishiba e Kishida fizeram nos últimos dias um balanço crítico da política econômica de Abe, que eles consideram positiva para as grandes empresas e os mercados financeiros, mas que esqueceu as famílias de baixa renda e as zonas rurais.

Shigeru Ishiba, que foi ministro da Defensa entre 2007 e 2008, tem apoio entre a população, mas não entre os pesos pesados do partido, que contestam suas mudanças de opinião constantes e suas críticas a Abe.

Fumio Kishida foi o chefe da diplomacia japonesa de 2012 a 2017, mas não tem a notoriedade nem o carisma que muitos consideram necessários, apesar de ter sido durante algum tempo apontado como o favorito de Abe para substituí-lo no cargo.

A bancada do PSOL na Câmara vai apresentar uma notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada após Bolsonaro intimidar um jornalista em Brasília, no domingo (23), dizendo ter vontade de encher a boca dele de porrada.

"Exigimos que o presidente responda pelo crime de ameaça e constrangimento ilegal", disse o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) em sua conta no Twitter. Segundo o parlamentar, a bancada também coleta assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os depósitos do ex-assessor Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. "Os esquemas da família Bolsonaro precisam ser apurados", disse Freixo.

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Nesse domingo, Bolsonaro foi indagado por um repórter do jornal O Globo sobre Michelle Bolsonaro ter recebido R$ 89 mil de Fabrício Queiroz. "Minha vontade é encher tua boca com uma porrada, tá?", disse o presidente sem responder a pergunta. Ele ainda chamou o jornalista de "safado".

Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente, são investigados por prática de "rachadinha" no gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Foi identificada movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome do ex-assessor. Queiroz e a mulher dele, Márcia Aguiar, repassaram R$ 89 mil para a conta de Michelle Bolsonaro entre 2011 e 2016.

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Nesta quarta-feira (12), uma nota publicada pelo Correio Braziliense revelou que o atual ministro da Economia almeja entrar de vez no cenário político para tentar viabilizar suas ideias. Paulo Guedes teria confidenciado a amigos o desejo de filiar-se ao Partido Novo.

A intenção seria integrar a sigla quando deixar o Governo Federal. Além de encontrar resistência para tocar as pautas de reformas e privatizações, nessa terça-feira (11), a pasta do ministro sofreu a 'debandada' de dois secretários do primeiro escalão.

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Em busca do poder mínimo ao Estado e contrário aos benefícios dos servidores públicos, a relação entre Guedes e a sigla é coerente. O partido de direita se posiciona como liberal, corrente econômica que o ministro apoia.

Aproveitando que o ex-ministro Sergio Moro está sem foro privilegiado, o Partido dos Trabalhadores (PT) resolveu denunciá-lo por interceptação sem autorização judicial. O pedido de abertura de processo surge após quatro anos e três meses da divulgação da conversa entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, feita pelo ex-juiz federal. 

A conversa foi divulgada em 16 de março de 2016, revelando a possibilidade de Lula se tornar ministro do governo Dilma e ganhar foro privilegiado. A notícia-crime foi aberta pelo secretário-geral do partido, o deputado federal Paulo Teixeira (SP), no Ministério Público do Paraná. O pedido é para que seja aberta uma ação penal para responsabilizar o ex-ministro de Jair Bolsonaro pelo vazamento da conversa. 

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A notícia-crime foi assinada por mais cinco advogados, entre eles Eugênio Aragão, procurador aposentado e ministro da Justiça do governo Dilma. Na tese apresentada, o partido fala que o tempo mostrou a intenção de Moro ao divulgar a conversa. Segundo o documento, o ex-juiz agiu ciente do descumprimento da lei para prejudicar o núcleo do PT. 

Segundo o documento enviado ao MP-PR, “as ações de Moro resultaram no agravamento da instabilidade na política do país, devido ao modo como foi divulgado e a interpretação que foi dada pelos investigadores, que sugeriram tratar de uma conversa ilícita dos ex-presidentes”.

O partido do presidente francês, Emmanuel Macron, sofreu neste domingo (28) uma dura derrota nas eleições municipais, marcadas pelo avanço dos ecologistas, segundo as primeiras estimativas.

Os Verdes, que avançam com força no tabuleiro político francês há algumas eleições, venceriam em várias cidades francesas, como Lyon (centro-este) e Bordeaux (centro-oeste), impulsionados pela crescente conscientização sobre os problemas ambientais.

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O República em Marcha (LREM), partido do governo, perdeu em todas as grandes cidades francesas. Em Paris, sua candidata, Agnès Buzyn, ex-ministra da Saúde, ficou em terceiro, com 14% a 16% dos votos, atrás da socialista Anne Hidalgo (50,2%) e da conservadora Rachida Dati (32%), segundo as primeiras estimativas.

Se as estimativas se confirmarem, a socialista Hidalgo, de 61 anos, aliada dos ecologistas, terá durante mais seis anos a chave da prefeitura de Paris, com mais de 2 milhões de habitantes, epicentro do poder na França e uma das cidades mais visitadas do mundo.

Seu programa, centrado na ecologia, busca seguir reduzindo o lugar dos carros na cidade, onde os engarrafamentos são a regra, e potencializar os deslocamentos em bicicleta ou a pé.

O primeiro-ministro, Edouard Philippe, cuja popularidade disparou pela gestão da pandemia do novo coronavírus, salvou, em parte, a honra do governo, ao conseguir a prefeitura da cidade portuária de Le Havre (oeste), seu reduto eleitoral.

No último dia 12, as cantoras Ana Clara Caetano e Vitória Falcão, do duo Anavitória, declaram durante uma live que Tiago Iorc as proibiram de regravarem uma música, que compuseram juntos. Após expor o problema, as cantoras tiveram suas declarações rebatidas pelo cantor. Em seguida à lavação de roupa suja, outra pessoa embarcou na polêmica.

Manu Gavassi fez questão de apoiar a dupla em uma postagem nos Stories do Instagram. A cantora e ex-BBB contou que ama as meninas, além de elogiar o empresário Felipe Simas, que também está no centro de todo o assunto. "Vídeo de duas meninas/mulheres de coração lindo captado por esse cara de coração igualmente lindo", escreveu Manu.

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"É precioso demais trabalhar com gente do bem, que a gente admira, ama e confia. E esse é o caso. Quando é assim não parece trabalho, parece família. E família a gente protege. Sinto que estamos entrando em uma era em que a verdade é escancarada. Em todas as áreas. A verdade é cristalina. Ainda bem. Viva a arte de quem tem arte no coração. Amo vocês", finalizou.

Na noite dessa segunda-feira (1º), dados pessoais da família Bolsonaro e apoiadores foram vazados por hackers do grupo Anonymous. Internautas usaram as informações sigilosas para filiar Carlos e Eduardo Bolsonaro ao PT, principal sigla de oposição ao presidente. Segundo relatos, o vazamento também permitiu que diversas pessoas realizassem compras com o cartão do presidente.

Com a divulgação de endereço, nome completo, RG, CPF e outras informações privadas, foram abertos pedidos de filiação ao PT, que tem dez dias para confirmar ou impugnar a inscrição.

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Deputado federal em São Paulo e vereador do Rio de Janeiro, Eduardo e Carlos, respectivamente, foram filiados aos municípios que cumprem seus mandatos. Mais cedo, Carlos havia dito que a ação do Anonymous era uma "clara tentativa de intimidação". Os irmãos ainda não se pronunciaram sobre a inscrição.

 

O partido do presidente da França, Emmanuel Macron, perdeu a maioria absoluta dentro da Assembleia Nacional nesta terça-feira (19) após sete parlamentares anunciarem que estavam deixando a sigla A República em Marcha (LREM).

Os dissidentes e outros 10 deputados formaram um novo grupo político dentro da Casa, chamado de "Ecologia, Democracia e Solidariedade", que se declarou "independente", não fechando questão "nem com a maioria, nem com a oposição".

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Macron tinha, desde 2017, a maioria na Assembleia e agora tem um parlamentar a menos do que o necessário para ter o posicionamento favorável - são 288 deputados pró-governo.

Entre os dissidentes, estão Matthieu Orphelin, Aurélien Taché e Cédric Villani. 

Da Ansa

O vereador Carlos Bolsonaro e a mãe dele, Rogéria Bolsonaro, assinaram a filiação ao partido Republicanos na quinta-feira (26). O movimento é visto como uma forma do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, conseguir o apoio de Jair Bolsonaro (sem partido) para as eleições municipais deste ano.

O presidente do Republicanos no Rio de Janeiro, Luiz Carlos Gomes, comemorou a chegada de Carlos e Rogéria. "Abonamos a filiação do vereador @carlosbolsonaro e de Rogeria Bolsonaro nesta quinta-feira (26). Estamos felizes com a chegada dos novos republicanos, que vão somar ao nosso projeto. Aliás, todos os que se filiaram e são pré-candidatos terão o nosso apoio para que possamos juntos trabalhar em prol do Estado do Rio de Janeiro. Sejam bem-vindos!", escreveu em uma rede social.

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Em fevereiro, o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, já havia afirmado que a sigla poderia abrigar entusiastas do partido que Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil. 

Segundo o jornal O Globo, as negociações avançaram a partir de uma articulação entre o senador Flávio Bolsonaro (sem partido) e Gutemberg Fonseca, que é aliado da família Bolsonaro e secretário de Ordem Pública de Crivella.

Rogéria já foi vereadora por dois mandatos e deixou a Câmara Municipal em 2001, após ter se separado de Bolsonaro. Ela estava filiada ao PSL. Ela teria começado a negociar a ida ao Republicanos ao perceber que o Aliança não estaria homologado a tempo das eleições deste ano. Carlos Bolsonaro estava no PSC, partido do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

O partido anticorrupção OLaNO venceu as eleições legislativas na Eslováquia contra os populistas no poder, o que deve garantir uma maioria absoluta em sua futura coalizão, de acordo com os resultados quase definitivos divulgados neste domingo (1).

"As pessoas querem que limpemos a Eslováquia. Querem que façamos da Eslováquia um país justo, onde as leis se aplicam a todos", disse o líder do OLaNO (centro-direita) Igor Matovic, em Bratislava.

De acordo com projeções baseadas nos resultados de 99,96% das urnas, sua futura coalizão deverá obter uma maioria absoluta de 78 assentos dentre 150: 53 assentos (com 25% dos votos) para o OLaNO, 13 para os liberais do SaS e 12 para outro partido liberal, Za Ludi, do ex-presidente Andrej Kiska.

Além desses dois partidos, ele pretende negociar com a direita populista do Sme Rodina, que conquistou 17 assentos.

O primeiro-ministro cessante, Peter Pellegrini, reconheceu a derrota do seu partido Smer-SD (18,3%, 38 assentos).

"Parabéns ao vencedor", disse Pellegrini à imprensa, observando, porém, que "o bom marketing" de Matovic "não será suficiente para governar".

Ele evocou a possibilidade de uma "coalizão de reconciliação" com o OLaNO.

"De jeito nenhum. Não negociamos com a máfia", respondeu Igor Matovic secamente.

A votação foi marcada pelo desejo de uma parte do país de encerrar uma era marcada pela corrupção e pelo assassinato do jornalista Jan Kuciak, que investigava esse fenômeno endêmico.

Matovic declarou que já conversou por telefone com a presidente liberal Zuzana Caputova, com quem se reunirá segunda ou terça-feira.

"Vamos procurar formar o melhor governo que a Eslováquia já teve, com a ajuda de outros líderes da oposição democrática", afirmou.

Sua palavra de ordem é a luta contra a corrupção, que se tornou uma prioridade nacional após o assassinato de Jan Kuciak, em 2018. Um empresário ligado aos círculos políticos é acusado de ter encomendado o crime.

"Foi a morte de Jan Kuciak e (de sua noiva) Martina Kusnirova que despertou a Eslováquia", opinou Matovic.

O desejo de mudança é forte entre a população e a classe política.

"Hoje, as pessoas têm em suas mãos o controle remoto de um aparelho de televisão chamado Eslováquia e, depois de assistir a um filme chamado 'Pesadelo', podem passar para outro, no qual a Eslováquia será um país para todas as pessoas honestas e não para algumas autoridades eleitas", ressaltou Matovic no sábado ao votar.

O assassinato de Jan Kuciak e de sua noiva em 2018 provocou grandes protestos que levaram à renúncia do então primeiro-ministro Robert Fico.

Segundo o analista político Grigorij Maseznikov, o crime "reconfigurou todo o cenário político" e "o cenário mais provável é a criação de uma coalizão de centro-direita de seis ou mesmo sete partidos".

Na quarta posição, o partido de extrema direita LSNS de Marian Kotleba (8,0%), favorável à Rússia e hostil à Otan e à UE, fortalecerá sua presença no Parlamento, passando de 10 a 17 deputados.

A participação foi de cerca de 65%, bem acima do nível de 2016 (59,0%).

O Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro espera lançar até março deste ano, já reuniu 104 mil assinaturas. Esse é o número de adesões registradas, o que é menor do que o total de interessados. Até 20 de dezembro, foram contabilizados no site do Aliança 186.930 apoiadores. 

Esses apoiadores teriam que ter concluído o processo eletrônico, preencher e imprimir o formulário de adesão. No entanto, 104.433 o fizeram, mas ainda precisam entregar o documento em um cartório eleitoral para ser validado. 

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Depois de levados ao cartório eleitoral, os formulários precisam ser aprovados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com reportagem do jornal O Globo, dos 104.433, 77.520 são homens (74,2%) e 26.913 são mulheres (25,8%), moradores de doze Estados do país. São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília são os que mais se destacaram. Esse montante representa apenas 1, 86% dos  5,6 milhões de seguidores de Bolsonaro no Twitter.

Para a criação formal da legenda, é preciso que se recolha 492 mil adesões até o final de janeiro. 

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) afirmou nesta quinta-feira (2), que foi o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que apresentou a proposta de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral. Além disso, Joice diz que - se por acaso Bolsonaro vetar o "fundão" - ele não corre risco de impeachment, como vem sendo dito pelo próprio presidente.

"Afirmar que a discussão legislativa do quanto a ser aprovado geraria crime de responsabilidade é pura má-fé. É tentar manipular de forma mentirosa a opinião pública. Isso não pode ser feito por um presidente da República. É vergonhoso. Vexatório. É molecagem", escreveu a deputada.

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Em sequência de publicações no seu Twitter, Joice aponta que Bolsonaro quer provocar um desgaste no Congresso com essas "informações enganosas". A pesselista diz ainda que o presidente da República "tem que assumir suas responsabilidades. Se quer vetar, como eu defendo, que vete e enfrente o desgaste com o Congresso e pare de conversa fiada e desculpas esfarrapadas. Se quer sancionar, que sancione e assuma seu papel e fale a verdade ao povo", publicou a deputada.

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O líder norte-coreano, Kim Jong Un, se reuniu altos funcionários do partido no poder, informou a mídia estatal neste domingo, antes do prazo final do ano para Washington mude sua posição nas negociações nucleares.

A sessão plenária, que foi inaugurada no sábado, ocorre após uma grande especulação de que Pyongyang está se preparando para testar um míssil balístico intercontinental, como um "presente de Natal" ameaçador para Washington.

Kim presidiu a reunião que discutiu uma nova "postura independente, transparente e anti-imperialista", informou a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA).

O Partido dos Trabalhadores da Coreia, no poder, também "discutirá questões importantes que se manifestam na construção da defesa estatal e nacional", acrescentou a KCNA.

As negociações sobre a desnuclearização da península coreana estagnaram em grande parte desde que a segunda cúpula entre Kim e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi um fracasso em Hanói no início deste ano.

A abertura da sessão plenária do partido norte-coreano ocorre uma semana depois de Kim realizar uma reunião de altos oficiais de defesa e discutir o aumento das capacidades militares.

Também acontece antes do discurso de Ano Novo que o líder norte-coreano está agendado para 1º de janeiro, uma peça política importante no país.

Pyongyang realizou uma série de testes estáticos em sua instalação de foguetes em Sohae este mês, depois de vários lançamentos de armas nas últimas semanas, algumas delas descritas como mísseis balísticos pelo Japão e outros países.

A Coreia do Norte está sob pesadas sanções dos Estados Unidos e das Nações Unidas por seu programa nuclear, e o governo não esconde sua frustração com a falta de alívio depois de declarar uma moratória aos testes de mísseis balísticos nucleares e intercontinentais (ICBM).

Rússia e China, principais aliados da Coreia do Norte, propuseram uma flexibilização das sanções na tentativa de reduzir as tensões.

No início deste mês, a imprensa estatal norte-coreana publicou fotos de Kim montando um cavalo branco em uma montanha sagrada, imagens que, segundo especialistas, estavam carregadas de simbolismo e poderiam indicar um anúncio político.

"Vamos descobrir qual é a surpresa e tratá-la com êxito", declarou Trump quando perguntado sobre o prazo estabelecido pela Coreia do Norte.

John Bolton, ex-consultor de segurança nacional de Trump e um 'falcão' de longa data em relação à Coreia do Norte, criticou fortemente o tratamento da questão pelo presidente e disse que Pyongyang representa uma "ameaça iminente".

Neste sábado (28), a notícia de que o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) mudaria de nome para 2020 tomou conta das redes sociais. De acordo com o site Metrópoles, a sigla adotaria a expressão ‘Movimento 65’ e excluiria os termos "partido" e "comunista". Além disso, o vermelho seria abandonado e substituído pelas cores verde e amarela. A foice e o martelo seriam outros elementos descartados.

Em seu site oficial, o PCdoB negou as informações. Segundo o partido, o ‘Movimento 65’ é uma campanha de filiação para novas candidaturas “de lideranças de feições políticas e ideológicas amplas e comprometidas com uma plataforma patriótica, democrática e progressista para as cidades e o país”

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Confira o comunicado completo:

Movimento 65 reforça a identidade do PCdoB

As escassez de notícias políticas entre o Natal e o Ano Novo fez brotar neste sábado (28) a fantasiosa informação de que o PCdoB estaria de mudança para outra identidade, abrindo mão de sua trajetória centenária e até deixando de se chamar Partido Comunista. Tudo porque o partido lançou na reunião de sua direção nacional, realizada no início de dezembro, o Movimento 65, “um lugar para os lutadores e lutadoras das causas da classe trabalhadora e do povo, intelectuais e agentes culturais progressistas, líderes da sociedade civil”.

A iniciativa não chega a ser uma novidade na centenária trajetória dos comunistas do Brasil, sempre inventivos em buscar saídas para as situações mais complexas da luta política. Foi assim que surgiu a Aliança Nacional Libertadora, a ANL, instrumento amplo para enfrentar a ditadura do Estado Novo agregando uma diversidade maior de segmentos da sociedade brasileira com base na defesa da democracia e dos interesses nacionais. Na resistência à ditadura militar, que infelicitou o Brasil por 21 anos, os comunistas atuaram no MDB, depois PMDB, buscando agregar setores mais avançados daquele partido de frente em articulações como Bloco Popular e Tendência Popular. O objetivo era sempre o mesmo, agregar o máximo de força para obter avanços e defender a democracia.

O boato sobre a mudança de identidade do PCdoB também não é novo e pode ter fundamente justamente na dificuldade de alguns em compreender a nova tática dos comunistas, expressa na resolução de sua direção nacional ao lançar uma ampla articulação política com vistas a disputa eleitoral para o próximo ano. Ali está claro: “o Movimento 65 se direciona a acolher filiações democráticas de lideranças de feições políticas e ideológicas amplas e comprometidas com uma plataforma patriótica, democrática e progressista para as cidades e o país”. Em perfeita sintonia com o que já havia declarado a presidenta nacional dos PCdoB, Luciana Santos, ao negar boatos de que partido renegaria sua identidade. Disse Luciana: “O PCdoB, neste momento, se movimenta para crescer e se fortalecer visando sua participação nas eleições de 2020 e para defender o Brasil e a classe trabalhadora em face do desastroso governo Bolsonaro”. O Movimento 65 é justamente a materialização desse entendimento da o momento atual, especialmente para o enfrentamento que se anuncia para o próximo ano. Será um embate eleitoral contra as forças de extrema direito que assomaram o poder e que têm implementado um retrocesso que nem mesmo a ditadura militar foi capaz de fazer.

Ao anunciar o Movimento 65 o PCdoB conclama “que todos e todas venham compartilhar conosco a legenda 65 como símbolo democrático, patriótico e popular, destinado a dar pluralidade à esquerda, atender aos anseios do povo por uma vida melhor e defender o nosso país”. Como expressa o mesmo documento ao afirmar que “o Brasil precisa de uma oposição forte, ampla e vigorosa”.

Comprometido com os interesses do país e os direitos do povo, o PCdoB tomou uma iniciativa que visa preservar sua indispensável presença na cena política brasileira e, principalmente, defender a democracia como o melhor instrumento para expressar os interesses do povo e de amplos segmentos da nação.

Da redação

Os membros do partido de direita Likud de Benjamin Netanyahu votam nesta quinta-feira para definir seu novo líder, em primárias exigidas por Gideon Saar, principal rival do primeiro-ministro israelense e que deseja assumir o comando da formação.

Os primeiros locais de votação abriram as portas às 9h (4h de Brasília). Quase 116.000 integrantes do Likud devem participar do processo até 23H00 (18H00 de Brasília). Os resultados serão divulgados na manhã de sexta-feira.

O vencedor das primárias terá a árdua tarefa de lidera a campanha do Likud nas legislativas de 2 de março.

"Precisamos de uma mudança para que o Likud permaneça no poder", declarou à AFP Yaron, 68 anos, morador de Jerusalém que votou em Gideon Saar. "Infelizmente, a instituição judicial acabou com Bibi", completou, em referência a Benjamin Netanyahu, indiciado por corrupção em três casos.

Para Nathan Moati, morador de Jerusalém de 26 anos, os partidários de Netanyahu não são afetados pelo problemas judiciais.

"Apenas Bibi pode vencer as legislativas. Todos os partidários do Likud devem votar em Netanyahu", disse.

O deputado Saar tem poucas chances de vitória nas eleições internas, que são consideradas uma espécie de referendo sobre a popularidade de Netanyahu.

Mas um resultado apertado seria um duro golpe para o primeiro-ministro, líder do Likud desde 1993, com exceção de um intervalo de seis anos quando o partido foi comandado pelo falecido Ariel Sharon, e o chefe de Governo com mais tempo de poder na história de Israel.

"Netanyahu só tem a perder", afirmou o analista Stephan Miller. "Independente do resultado obtido por Saar, esta é a primeira vez em 10 anos que eleitores da direita expressam explicitamente o desejo de se livrar de Netanyahu", completa.

Miller considera que se Gideon Saar, de 53 anos, receber mais de um terço dos votos "isto será um golpe significativo para Netanyahu".

Após as eleições antecipadas de abril, e após a segunda votação em setembro, nem Netanyahu nem o centrista Benny Gantz conseguiram o apoio de 61 deputados, número que representa a maioria parlamentar para formar o governo.

O presidente de Israel, Reuven Rivlin, confiou a missão ao próprio Parlamento, que tampouco teve êxito.

Depois que Netanyahu, de 70 anos, foi indiciado em novembro por corrupção, fraude e abuso de confiança em três casos, que ele denuncia como "acusações falsas" com motivação política, seus rivais no Likud, com Saar à frente, exigiram eleições internas.

Saar, nome importante do partido, foi ministro em diversas ocasiões, antes de ser afastado por Netanyahu em 2014.

Gideon Saar é considerado ainda mais à direita que Netanyahu, especialmente na questão palestina, mas ele se apresenta como um unificador além de seu próprio campo, com base em suas relações com os líderes de outros partidos.

Também se apoia, sem declarar abertamente, no fato de que não é acusado pela justiça, pois o partido Azul-Branco de Gantz se recusa a dividir o poder com um primeiro-ministro indiciado.

Pesquisas recentes mostraram que um Likud liderado por Saar conquistaria menos cadeiras no Parlamento em 2 de março que um partido comandado por Netanyahu.

No entanto, com Saar, eleitores do Likud poderiam votar em outros partidos de direita.

Neste caso, a direita israelense, contando todos os partidos, poderia sair reforçada das urnas e superar potencialmente a barreira da maioria parlamentar necessária para formar um governo.

O presidente Jair Bolsonaro reconhece que são praticamente nulas as chances de conseguir homologar o seu novo partido, o Aliança pelo Brasil, a tempo de disputar as eleições municipais do ano que vem.

"É muito difícil, não vou me iludir, a chance é 1%", disse neste sábado (21), em entrevista no Palácio da Alvorada, residência oficial. Segundo Bolsonaro, não há uma "obsessão" para formar a legenda, e que as eleições municipais de 2020 não têm muita influência nas de 2022. "Não tenho obsessão para formar o partido. Acho que Deus até me ajuda, você sabe que as eleições municipais não influenciam na próxima", acrescentou.

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Para a legenda Aliança pelo Brasil ser homologada e poder disputar as eleições, ainda será necessária a coleta de cerca de 500 mil assinaturas em pelo menos nove estados. As rubricas precisam ser validadas, uma a uma, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O prazo para que o partido seja registrado a tempo de disputar as eleições municipais de 2020 termina em março.

Candidaturas avulsas

O presidente também comentou seu posicionamento favorável às candidaturas avulsas, que deve ser votada ainda no primeiro semestre de 2020.

De acordo com Bolsonaro, as candidaturas avulsas podem beneficiar candidatos que não possuem vínculo ideológico com os partidos e que almejam ocupar cargos eletivos sem se comprometer com grandes organizações políticas. “Se eu pudesse interferir, votaria favorável sobre o assunto”, disse.

“É assim nos Estados Unidos. Não sei quantos partidos temos, talvez uns 30, mas vamos supor, um ou dois partidos com grande poder econômico e influência orientam os outros ‘não indica ninguém’. Os outros partidos não teriam escolha. A opção estaria servida na mesa. Essa forma [de combinar os candidatos entre os grandes partidos] piora substancialmente o que temos hoje. Só nós [um grupo seleto] seríamos candidatos, os outros não seriam’, argumentou.

Bolsonaro citou ainda as dificuldades que teve na busca por uma legenda após a definição de que concorreria à Presidência. “Veja a dificuldade que tive para me candidatar. No final, o partido espera alguma vantagem para si. Os grandes acertos político-partidários vêm do fundo partidário e do tempo de televisão. Foi demonstrado que dá para fazer política sem o fundo partidário”, disse.

O presidente ainda disse que não descarta a possibilidade de se lançar numa eventual candidatura avulsa no futuro, diante da dificuldade de formação do próprio partido. “Se não passar, pra mim tanto faz. Agora temos que discutir como seria a candidatura de deputados e senadores, porque se forem avulsas também, para mim seria ótimo. Se eu saísse como candidato sem partido, seria excepcional. Eu tentei fazer isso nas eleições [de 2018] e não consegui. Procurei diversas lideranças, mas não deu liga”, disse.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil conta com 33 partidos políticos homologados.

Voto impresso

Bolsonaro disse também que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se comprometeu a pautar a votação do projeto de lei do voto impresso. [Maia] é a favor do voto impresso ou de uma forma que te permite auditar, você saber que o voto que você deu foi para aquela pessoa. Talvez, num primeiro momento, que seja 10% das urnas com o voto impresso no ano que vem. O que a gente vai querer é que, acabou a votação, você possa entrar na internet e consultar a tua seção eleitoral. E você, ao consultar sua seção eleitoral na internet, talvez você tenha tirado uma fotografia da tripa, da página [recibo], você compara".

 

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