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O tão esperado console PlayStation 5, da Sony, será lançado em novembro e tentará se beneficiar da alta na procura por videogames durante a pandemia.

Um evento online que apresentou uma seleção de jogos para o PS5 terminou com o anúncio de que as duas versões do console serão lançadas em 12 de novembro na Austrália, América do Norte, Nova Zelândia, México, Japão e Coreia do Sul. O lançamento no restante do mundo acontecerá uma semana depois.

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O PS5 com leitor de mídia física custará 499 dólares, enquanto a "edição digital", que baixará os jogos diretamente da nuvem, terá preço de 399 dólares, de acordo com a apresentação.

A rival Microsoft anunciou na semana passada que a próxima geração do Xbox será lançada no dia 10 de novembro, com preço de 499 dólares. O novo XBox Series X, que irá competir diretamente com o PS5, estará disponível para pré-encomendas a partir de 22 de setembro.

A Microsoft também anunciou que terá para novembro uma versão menos potente de seu novo console, o Xbox S, com preço de 299 dólares.

Os novos consoles estão sendo lançados em um momento em que cada vez mais pessoas se rendem aos videogames em busca de diversão durante a pandemia da covid-19, com a indústria apostando em jogos baixados da nuvem e que possam ser 'streamados', ou exibidos ao vivo na internet.

O PlayStation 4 dominou os últimos anos da batalha entre as gigantes dos videogames, vendendo mais que o dobro de consoles do que o rival Xbox.

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A pandemia do novo coronavírus causou o adiamento de muitos eventos no ano de 2020, como os campeonatos de futebol, basquete, Olimpíadas de Tóquio, que seriam realizadas no meio deste ano, além de muitos eventos. Com as eleições de 2020 não foi diferente. O calendário mudou. De acordo com a Emenda Constitucional 107, promulgada na semana passada, os dois turnos das eleições serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro, respectivamente.

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Para o cientista político e professor de Comunicação Social da Universidade da Amazônia (UNAMA) Rodolfo Marques, o principal desafio dos candidatos que concorrem às eleições desse ano é a necessidade de se adaptar ao “novo normal”, que mudou a forma de fazer campanha. “O principal desafio é a necessidade de usar a criatividade na campanha eleitoral. A divulgação corpo a corpo é afetada, então muitos candidatos têm que usar outros meios de comunicação como internet e rádio. Enquanto a possibilidade de aumentar o número de contágio é pequena. Não acredito que as eleições aumentem o número de casos do vírus no nosso Estado”, afirmou o professor.

Quem também vem tentando se adaptar a essa nova realidade é o presidente da juventude do partido Democratas (DEM) em Belém, Dr. Dirceu Rigoni. Ele enfrenta o desafio de fazer sua campanha com restrições de contato social explorando outros meios de comunicação. “Eu diria que as eleições desse ano são mais importantes que as anteriores. Nesse sentido, a divulgação da internet nas eleições de 2018 foi muito importante. A era daqueles grandes comícios está chegando no final. Contato continua importante, mas pretendemos dispor aos outros meios de comunicação. Quanto ao contato físico, usaremos máscaras e álcool em gel e distanciamento”, ressaltou Dirceu.

Já para o presidente dos Democratas (DEM) em Belém, Yan Miranda, as eleições foram um marco importante para os políticos do partido. “Seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), os eleitores estão voltando aos poucos assim como o comércio e outras atividades estão voltando ao normal, fazendo tudo que faziam anteriormente. As eleições não causarão muito impacto nos números dos contaminados. Eu acho que o pior já passou e não estamos vivendo uma grande onda. Não vejo motivos para preocupações”, finalizou Yan.

Clique no ícone abaixo e ouça podcast com os entrevistados.

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Por Lucas Rodrigues.

A Prefeitura do Recife anunciou que iniciará o processo gradual de reabertura das Academias Recife, que irá da próxima quinta (3) ao dia 15 de setembro. Os equipamentos públicos proporcionam acesso gratuito à musculação, com instrutores profissionais. De acordo com a administração municipal, a “retomada das atividades é possível devido à melhora nos indicadores da pandemia da Covid-19 na cidade, que já tem 110 dias de redução dos números”, diz a nota oficial.

O cronograma prevê a liberação de dois espaços por dia útil e um aos sábados. No primeiro dia, as atividades voltam a ser oferecidas nas academias da Mustardinha (pela manhã) e Santo Amaro (à noite). “Todas as nossas 18 Academias Recife serão reabertas até o dia 15 de setembro. O cuidado é necessário para que possamos fazer avaliar cada passo, com toda a segurança sanitária e avaliando os protocolos”, comenta a secretária de Turismo, Esportes e Lazer (Seturel), Ana Paula Vilaça.

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Com um total de 10 mil inscritos, as Academias Recife funcionam das 5h30 às 9h30 e das 17h às 21h (segunda a sexta) e das 6h às 10h (sábados), com professor e estagiário para acompanhamento dos alunos. Inicialmente, serão permitidos 18 alunos por aula, um por máquina. Os protocolos para o retorno incluem distanciamento mínimo de 1,5 metro, uso de máscaras, aferição da temperatura com termômetro a laser, higienização constante das mãos, materiais esportivos e equipamentos, além do acesso permitido apenas para pessoas que não tenham apresentado sintomas ou confirmação de contágio da Covid-19.

Confira o cronograma de reabertura:

Quinta (3) 

Manhã - Mustardinha

Noite - Santo Amaro

Sexta (4)

- Manhã - Guabiraba

- Noite - Casa Amarela

Sábado (5)

- Manhã - Barro

Terça (8)

- Manhã - Coque

- Noite - Lagoa do Araçá

Quarta (9)

- Manhã - Engenho do Meio

- Noite - Torre

Quinta (10) - Manhã – Ibura

- Noite – Água Fria

Sexta (11)

- Manhã - Ipsep

- Noite – Hipódromo

Sábado (12)

- Manhã – Várzea

Segunda (14)

- Manhã - Santana

- Noite – Jaqueira

Terça (15)

- Manhã - Boa Viagem

- Noite - Macaxeira

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) divulgou hoje (1º) as novas datas do vestibular 2021. O exame de qualificação, com 60 questões de múltipla escolha, será realizado no dia 28 de fevereiro, e a prova discursiva, contendo redação e duas disciplinas específicas escolhidas pelos candidatos individualmente, no dia 25 de abril.

De acordo com o calendário estabelecido, as inscrições para o teste de qualificação serão feitas entre 29 de outubro e 18 de novembro  e o prazo de inscrição para as provas discursivas irá de 5 a 15 de março de 2021.

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As solicitações de isenção do pagamento da taxa de inscrição poderão ser feitas entre 30 de setembro e 2 de outubro. Os resultados dos pedidos de isenção estarão disponíveis no Portal do Vestibular da Uerj, no dia 16 deste mês.

Segundo o Departamento de Seleção Acadêmica da Uerj, os livros adotados no vestibular serão: Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, na qualificação; 1984, de George Orwell, na redação; e Sonetos, de Luís de Camões, na prova específica de língua e literatura portuguesa.

Bombeiros

No dia 10 de janeiro de 2021, a Academia de Bombeiro Militar Dom Pedro II fará um vestibular isolado, com prova única contendo 50 questões de múltipla escolha e uma redação. As inscrições vão ocorrer entre os dias 18 e 30 de novembro, e o prazo para pedir isenção de pagamento vai de 13 a 15 de outubro.

A prova para a academia dos bombeiros costumava ser realizada junto com o vestibular da Uerj.

As informações relativas ao vestibular 2021 da Uerj estão disponíveis na página da internet www.vestibular.uerj.br.

Na tarde desta terça-feira (1º), o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou durante uma live que a prova da 2ª fase do Exame de Ordem Unificado XXXI será realizada de forma facultativa na primeira quinzena do mês de dezembro. 

“A prova vai ser completamente facultativa. Aquele que entender que, mesmo com as medidas que eu vou anunciar, não vale a pena por comorbidade, porque tem algum tipo de predisposição, é diabético, não faça. Virá a prova após essa pandemia e você estará automaticamente inscrito nessa prova”, disse o presidente da OAB. 

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Felipe Santa Cruz também anunciou que fez um pedido de prorrogação das carteiras de estagiários por mais seis meses. Ele também citou uma proposta da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para realização on-line da prova do Exame Unificado de Ordem, rechaçando a ideia. 

“A FGV entrou ontem numa ação desses movimentos que exploram politicamente o dia a dia da advocacia, as angústias da advocacia, pedindo a realização de uma prova on-line. E dando como exemplo a prova de um outro conselho que foi um fracasso, tem mais de 150 ações já questionando essa prova on-line. A tecnologia que nós temos no Brasil, acessível, ainda não tem a segurança que a prova da Ordem exige. Não significa que em um ou dois anos, até porque a demanda existe, isso não venha a acontecer, mas nós não temos essa tecnologia disponível hoje”, afirmou o advogado. 

A OAB também enviou uma nota ao LeiaJá. Confira:

Em razão das regras de isolamento e condições sanitárias, a Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado resolve definir como data para a aplicação da prova prático-profissional do XXXI Exame de Ordem Unificado (EOU) o dia 6 de dezembro de 2020. Os examinandos que por opção não realizarem a prova práticoprofissional do XXXI (EOU), por quaisquer motivos, serão automaticamente inscritos na prova prático-profissional do XXXII (EOU). A respectiva inscrição automática não acarretará prejuízo aos examinandos com condições de reaproveitamento do resultado de aprovação da 1ª fase do XXX e XXXI (EOU). Assim, os Examinandos oriundos do reaproveitamento da 1ª fase do XXX (EOU) que optarem pela não realização da prova prático-profissional, marcada para o dia 6 de dezembro, serão automaticamente inscritos na prova prático-profissional do XXXII (EOU). De igual modo, os candidatos aprovados na 1ª fase do XXXI (EOU), aptos para realização da 2ª fase do respectivo Exame, que optarem pela não realização da prova marcada para o dia 6 de dezembro,serão automaticamente inscritos na prova prático-profissional do XXXII (EOU), sendo assegurado o seu direito de reaproveitamento da 1ª fase do XXXI (EOU) na realização da provaprático-profissional do XXXIII (EOU), mediante o cumprimento das regras do edital complementar. Ressalta-se que o objetivo essencial é garantir a segurança plena de todos os examinandos e profissionais envolvidos na aplicação da prova. Outras providências a serem adotadas e demais informações serão divulgadas posteriormente.

Veja a fala do presidente da OAB a partir dos 42:10 de transmissão: 

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LeiaJá também

--> Nova lei altera Estatuto da OAB

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) determinou, na quarta-feira (26), que a Polícia Civil do Estado retifique o edital do concurso público destinado à contratação de 600 profissionais para o cargo de agente de polícia. O órgão concedeu até dez dias para a Polícia Civil inserir, no documento, um subitem contendo uma data para divulgação da homologação do resultado final do certame, que deve ocorrer após o resultado final do terceiro grupo do curso de formação profissional.

Somente a partir desta data, a polícia poderá começar a contagem do prazo de validade do concurso. A TCDF informa, por meio de nota, que também será necessário retificar ou excluir o subitem 8.5.8 do edital, para eliminar a menção à Lei/DF nº 5.769/2016, tendo em vista que essa Lei foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), na ADI 8970-7.

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Após a Sony mostrar não apenas o visual do PlayStation 5, mas também muitos dos jogos que estarão disponíveis na nova geração do console, chegou a vez da Microsoft fazer o mesmo pelo Xbox. A empresa anunciou pelo Twitter a data de seu evento online que deve ter entre os grandes destaques Halo Infinite. 

A transmissão esá marcada ára 23 de julho, às 9h PT, ou seja, às 13h, horário de Brasília. A Microsoft  planeja exibir jogos criados por seus próprios estúdios e prometeu que algumas das equipes da Xbox Game Studios revelarão não apenas novas jogabilidades, mas também jogos otimizados para o Xbox Series X, além de anúncios de títulos novinhos em folha.

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A Câmara dos Deputados vota, nesta quarta-feira (1º), a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 18/20 que pode adiar as eleições municipais para novembro. Com fortes indícios de que a prorrogação seja confirmada em razão da pandemia, o LeiaJá conversou com especialistas para analisar os impactos ao cenário político.

A cientista política Priscila Lapa acredita que a mudança trará incerteza ao resultado do pleito, pois o cidadão precisará do sentimento de credibilidade para confiar no sistema eleitoral. "Mexer na data da eleição é mexer na Constituição e você fazer isso com o jogo em curso, cria aquele clima de insegurança", pontuou sob a ótica jurídica ao destacar que não é à toa que o calendário eleitoral é definido previamente, com regras de filiação, realização de convenções e da própria campanha em si.

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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso, já havia garantido a eleição para 2020. A intenção é assegurar um dos elementos constitutivos das democracias: a periodicidade, explica o cientista político Elton Gomes. "O que se temia era que gerasse uma espécie de prorrogação de mandato, e isso o sistema político tem muito receio. A tendência é um novo perfil de campanha eleitoral", compreende, ao enfatizar a intensificação no uso das redes sociais.

Oposição ou situação? Quem ganha com o adiamento

Os especialistas divergem quanto aos ganhos políticos, mas concordam que a postura para enfrentar a pandemia poderá ditar o resultado. Na visão de Priscila Lapa, os prefeitos em mandato recebem o adiamento como prejuízo, tanto que os deputados do Centrão, frente que comanda o maior número de prefeituras, vai de encontro ao projeto e à extensão da campanha.

"Eles entendem que um tempo menor de campanha os favorece. Você dá menos tempo de estreantes se tornarem conhecidos [...] para quem está começando e precisa ganhar atenção e a confiança do eleitor, é ruim. Esse processo acaba favorecendo quem está no poder", descreveu a especialista.

Já Gomes acredita que a narrativa de desvios na compra de equipamentos para o combate à Covid-19 será o grande trunfo da oposição nos grandes centros. Por isso, os ‘desafiadores’ seriam beneficiados com as novas datas. "Esse tipo de situação beneficia o desafiador em geral. Diante de crises, o governo [em exercício] tende a ser responsabilizado pelos eleitores, o que abre uma janela de oportunidade para a oposição. Porém, no interior dificilmente a variável influencie, pois prevalece a lógica do familismo, coronelismo e, principalmente, do empreguismo", comentou.

Priscila Lapa concorda que os escândalos de corrupção na pandemia serão explorados pela oposição. "Os gestores tendem a ser multo julgados em relação ao seu desempenho na pandemia. A gente tem uma série de escândalos e superfaturamentos envolvendo gestores municipais e estaduais, e isso vai entrar de forma muito incisiva na pauta da eleição", concluiu.

A escolha das datas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda não foram definidas. De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, a expectativa é que a período de aplicação das provas seja revelado em aproximadamente 20 dias.

Isso porque, apesar do resultado da enquete em que os candidatos escolheram  maio como o melhor mês para realização do Exame, ainda serão ouvidos outros agentes da área de educação para que seja definido um acordo sobre qual a melhor data para aplicação das provas. "A expectativa é que em duas a três semanas a gente consiga uma data definitiva para a aplicação do Enem", disse Lopes.

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O resultado da enquete foi divulgado nesta quarta-feira (1º), durante coletiva de imprensa realizada pelo Inep. De acordo com o órgão, mais de 1.100.000 estudantes realizaram a enquete, o que corresponde a cerca de 19% dos candidatos inscritos no Enem 2020. Ao total, 49,7% dos que responderam às pesquisas preferiram maio como a data para aplicação da prova.

Um juiz de Minneapolis marcou nesta segunda-feira (29) para 8 de março de 2021 a data possível para o início do julgamento dos quatro envolvidos no homicídio de George Floyd, mas ameaçou alterá-la se as partes continuarem falando à imprensa sobre o caso que reabriu feridas raciais nos Estados Unidos.

Portanto, a data pode ser revista à medida que avançarem os procedimentos e a apresentação de evidências.

"Gostaria de pedir que a publicidade prévia ao julgamento não inclua declarações das famílias das partes, seus amigos ou funcionários eleitos", disse o juiz Peter Cahill, durante audiência em Minneapolis, norte dos Estados Unidos.

Vestindo macacão laranja dos presidiários americanos e com o rosto coberto por uma máscara, o ex-policial Derek Chauvin se apresentou por vídeo da prisão de segurança máxima onde esteve detido no mês passado.

Este homem branco, de 44 anos, é acusado de homicídio por asfixiar Floyd, um homem negro de 46 anos, pressionando o joelho sobre seu pescoço durante vários minutos.

Seus três ex-colegas, Alexander Kueng, Thomas Lane e Tou Thao, acusados de cumplicidade no homicídio, compareceram pessoalmente perante o juiz. Os dois primeiros foram libertados sob fiança de 750.000 dólares e o último permanece preso, mas foi transferido à corte para esta audiência.

Os quatro, todos demitidos da polícia, podem ser condenados a penas de até 40 anos de prisão.

Em um documento enviado depois da audiência, o advogado de Alexander Kueng disse que seu cliente tinha a intenção de se declarar inocente e argumentar em sua defesa que fez "uso razoável da força".

Os quatro participaram da detenção, em 25 de maio, de Floyd, suspeito de ter tentado comprar um maço de cigarros com uma nota falsa de 20 dólares em uma loja pequena de Minneapolis.

Floyd, um homem corpulento, foi algemado e deitado no chão, onde Chauvin pressionou o joelho sobre seu pescoço para mantê-lo imóvel.

"Não consigo respirar", disse Floyd várias vezes antes de perder a consciência. Mas apesar de suas súplicas e das intervenções dos pedestres, Chauvin continuou pressionando o pescoço de Floyd por quase 8 minutos, segundo a ata da acusação.

- Grande interesse público -

A tragédia, cujas imagens capturadas por um pedestre viralizaram, provocou uma onda de protestos sem precedentes desde as marchas maciças pelos direitos civis na década de 1960, que inclusive transcenderam as fronteiras americanas.

Na audiência, o advogado de Chauvin se queixou de que muitos funcionários, inclusive o prefeito de Minneapolis e inclusive o presidente Donald Trump comentaram o caso. "Este é um caso de grande interesse público, mas se estas declarações continuarem, pedirei aos tribunais que as proíbam", ameaçou Eric Nelson.

O juiz Cahill, que tinha proibido câmeras em sua sala, também demonstrou interesse de que o caso fosse julgado no tribunal e não pelos meios de comunicação. Caso contrário, o julgamento terá que ser transferido para fora do condado de Hennepin, disse.

O promotor Matthew Frank disse que se unia ao pedido por um "julgamento justo" e se comprometeu a recomendar à família, aos funcionários eleitos e aos investigadores envolvidos que se abstenham de fazer comentários públicos sobre o mesmo no futuro. Mas "não posso obrigá-los a fazê-lo", admitiu.

Ao mesmo tempo, fora do tribunal, um tio de Floyd desejou que o julgamento fosse celebrado em Minnesota. "Não estou irritado com ninguém", disse à imprensa Selwyn Jones, que viajou da Dakota do sul para assistir a audiência.

Mas para o tio da vítima, o julgamento "não será justo" se ocorrer neste estado onde a população negra é minoritária. A próxima audiência foi marcada para 11 de setembro.

A Liga do Nordeste e os clubes participantes da edição de 2020 entraram em consenso durante reunião para que a reta final da Copa do Nordeste ocorra em sede única. O diretor-executivo do Sport, Lucas Drubscky, destacou que, independente da capital escolhida para sediar os jogos, o clube vai estar preparado.

 "Acredito que a gente vai estar bem preparado quando do início da competição", disse Drubscky. Segundo ele, os treinos já estão sendo baseados na data para a reta final, prevista para julho.

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"Vamos continuar nos preparando para, sendo aqui ou em outra capital, a gente possa voltar e voltar bem, para continuar perseguindo esse título", acrescentou.

 O diretor-executivo também defendeu a escolha do Recife como sede, "por ser a cidade que abriga três equipes que estão disputando a competição, ser a cidade que mais tem estádios, mais centros de treinamentos para receber as outras equipes". Drubscky ainda exaltou a rede hoteleira da capital e sua localização geográfica no Nordeste. 

A sede será definida pela CBF. A competição foi pausada ainda faltando a disputa da 8ª rodada da fase de grupos, além do mata-mata, com quartas de final, semifinal e decisão. 

 

Depois de adiar por dois meses o prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda deste ano, o governo não cogita nova extensão do prazo, que vence dia 30. A avaliação na equipe econômica é que, com a retomada de escritórios e empresas em grande parte das cidades, não há necessidade de postergar a data final.

Nesta quarta-feira, 17, o governo adiou mais um pagamento de tributo por empresas. Uma portaria passou para novembro a quitação das contribuições sociais com vencimento no mês de junho. O pagamento representa cerca de R$ 40 bilhões.

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O entendimento, no entanto, é que não será necessária mudança para as pessoas físicas. No início de abril, ainda sob os primeiros efeitos da pandemia do coronavírus no Brasil, o secretário da Receita Federal, José Tostes, anunciou que o governo adiaria a entrega, de 30 abril para 30 de junho. Entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e os próprios auditores fiscais haviam pedido a prorrogação do prazo.

À época, a Receita avaliou que os contribuintes estavam encontrando dificuldades de acesso aos documentos necessários para a declaração, quadro que, para o órgão, se reverteu com a abertura gradual da economia. Até a manhã de hoje, a Receita recebeu 19.927.584 declarações. A expectativa é que 32 milhões sejam entregues.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou pelo Twitter nesta quarta-feira (10) uma consulta aos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sobre a nova data para realização das provas - adiadas por causa da pandemia de covid-19. Os inscritos poderão responder à consulta entre os dias 20 e 30 de junho. “Cada um poderá votar individualmente em sua Página do Participante”, destacou Weintraub.

Taxa

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O anúncio da consulta coincide com o último dia para quitar a taxa de inscrição do Enem 2020. Quem não atendeu aos critérios de isenção e não fez o pagamento deverá gerar a Guia de Recolhimento da União (GRU Cobrança) na Página do Participante, no valor de R$ 85, e pagar em qualquer banco, casa lotérica ou agência dos Correios. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) reforça o alerta para que os participantes fiquem atentos ao horário e às regras dos correspondentes bancários.

Também devido às medidas restritivas impostas pela pandemia do novo coronavírus, o Ministério da Educação (MEC), por meio do Inep, garantiu a gratuidade da taxa de inscrição aos 4,8 milhões de participantes que se enquadraram nos requisitos para a isenção. O reconhecimento foi assegurado de ofício, sem a necessidade de um pedido formal.

A edição 2020 do Enem recebeu 6,1 milhões de inscrições e 5,7 milhões já estão confirmadas. Na sexta-feira (12), serão divulgados os resultados para as solicitações de atendimento especializado. A publicação é individual na Página do Participante e, para casos de indeferimento, o Inep abrirá o prazo de 15 a 19 de junho para interposição de recurso.

O Corpus Christi, que será celebrado na próxima quinta-feira (11) não é considerado feriado nacional, mas sim ponto facultativo, conforme determinação do Ministério do Planejamento. A decisão, renovada anualmente, foi divulgada no Diário Oficial da União (DOU) em dezembro, junto à relação dos demais feriados nacionais de 2020. Em São Paulo, entretanto, a data foi antecipada para o mês de maio.

A recomendação da pasta é de que as datas sejam seguidas pelos órgãos da administração pública federal, sem que a prestação de serviços à população seja prejudicada. Portanto, cabe aos municípios e empregadores decidirem se aderem ou não ao feriado.

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O que Corpus Christi significa?

Corpus Christi é uma expressão originária do latim que significa, literalmente, "corpo de Cristo".

Qual é a celebração

O nome da comemoração faz referência direta ao significado do que ela celebra: a eucaristia. No catolicismo, o Corpus Christi se dá como maneira de lembrar a morte e ressurreição de Jesus Cristo. Em referência direta à Santa Ceia, também realizada numa quinta-feira, neste sacramento, o pão que é consumido simboliza o corpo de Cristo, enquanto o vinho representa seu sangue. A comemoração do Corpus Christi tem origem no século 13, durante o pontificado do papa Urbano IV.

Segundo a especialista em Ciência da Religião da Universidade Presbiteriana Mackenzie, professora Lídice Meyer, a comemoração da eucaristia foi determinada após relatos de uma freira belga chamada Juliana Mont Cornillon.

"Ela teve uma visão na qual Cristo pedia para que essa celebração fosse reconhecida não só dentro da Igreja, mas que também fosse apresentada para o povo em geral", diz Lídice. O papa então decide que o cálice e a hóstia sejam transportados em procissão em uma estrutura chamada Santíssimo, na primeira quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, prática que permanece até os dias de hoje.

Lídice conta que a prática de desenhar os tradicionais tapetes de Corpus Christi, com desenhos de símbolos e cenas importantes da fé católica em serragem, areia e outros materiais, teve origem em Açores, Portugal, e foi trazida para o Brasil por estes nativos. "Essa tradição você só encontra nestes dois países", explica.

Por que Corpus Christi muda de data?

O Corpus Christi não possui data fixa no calendário, sendo comemorado 60 dias após a celebração da Páscoa - que é realizada, por sua vez, sempre 40 dias após a Quarta-feira de Cinzas, que marca o fim do carnaval.

E não para por aí: antes, no 50º dia subsequente à Páscoa é celebrado o Pentecoste, que registra a descida a descida do Espírito Santo sob os apóstolos de Cristo.

É feriado ou ponto facultativo?

O Corpus Christi consta na lista de feriados facultativos listados pelo Ministério do Planejamento. Cabe aos municípios se vão aderir ou não. No caso de ponto facultativo, as instituições de ensino ou empresas que cedem a data, devem fazê-lo por acordo, para que haja compensação de horas.

Segundo o advogado Caio Almeida, da Barbosa e Almeida Advocacia e Consultoria, esse combinado deve ser realizado diretamente entre empregado e empregador. "Deve haver concessão: não trabalha naquele dia e labora em outro, de acordo com o banco de horas", diz. Almeida ressalta que existem ainda convenções coletivas de cada categoria que também devem ser consultadas e determinam questões relativas ao banco de horas.

O advogado Bruno Sanches, da Sanches & Moura Advogados Associados, acrescenta que, com a reforma trabalhista, veio a liberdade de negociação e dos acordos que envolvam horas trabalhadas. "Assim, permite que as empresas e trabalhadores flexibilizem o tempo de trabalho de acordo com suas demandas, principalmente em casos de feriado, recesso ou ponto facultativo", finaliza.

Onde Corpus Christi é feriado?

O Corpus Christi é considerado feriado municipal na cidade de São Paulo em 2020. Entre as demais capitais brasileiras, a data também é feriado municipal somente em Aracaju, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Porto Velho, Salvador, Teresina e Vitória.

Diante dos dilemas trazidos pela pandemia da Covid-19 para a educação brasileira, a Universidade Estadual Paulista (Unesp), em conjunto com a Vunesp (Fundação para o Vestibular da Unesp), estuda adiar a realização do vestibular de 2021. A medida afetarias as seleções da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp), com as quais uma nova data seria definida, levando em consideração o dia escolhido para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Como muitos estudantes vêm sentindo dificuldade em acompanhar as aulas durante este ano letivo, a Unesp considera elaborar uma prova que priorize os assuntos trabalhados no primeiro e segundo ano do ensino médio. A Unesp reserva 50% das vagas para egressos de escolas públicas.

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As inscrições para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 terminam às 23h59 desta sexta-feira (22). As provas, entretanto, foram adiadas na quarta-feira (20) por 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto inicialmente no edital, por determinação do Ministério da Educação.Ontem (21), segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo exame, mais de 4, 3 milhões de estudantes tinham feito a inscrição para participar desta edição do Enem.

Neste ano, o Inep também oferecerá o Enem Digital, porém, desde a semana passada, as 101,1 mil vagas ofertadas para a versão informatizada do exame já haviam se esgotado. A aplicação do Enem Digital será em laboratórios de informática, em diversas faculdades brasileiras, e o candidato receberá um cartão de confirmação da inscrição no exame, com o endereço da faculdade e o laboratório de informática onde fará a prova, sob supervisão de fiscais.

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Inscrições

Para evitar erros na hora da inscrição, o Inep recomenda que todos os participantes façam o procedimento com calma. O aluno deve, por exemplo, verificar cuidadosamente as informações declaradas, pois, após a conclusão, algumas não poderão ser modificadas.

Os dados que constam na Receita Federal (nome, nome da mãe e data de nascimento) devem ser os mesmos declarados por quem vai fazer o Enem. Quando há divergência, o sistema informa que o participante precisa fazer a correção no órgão. A inscrição poderá ser concluída apenas após a atualização dos dados na Receita.

O participante que já concluiu a inscrição tem a oportunidade de fazer modificações em alguns itens do sistema do Enem, mas somente ao final do prazo de inscrições.

Os inscritos que se enquadram nos requisitos apresentados nos editais como beneficiários da gratuidade da taxa de inscrição ficarão isentos sem a necessidade de um pedido formal. Para os demais, a taxa de R$ 85 deve ser paga até 28 de maio, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), gerada ao final da inscrição.

Nova data

Nos próximos dias, o Inep fará uma consulta aos inscritos para definir novas datas para o exame, que estava previsto para os dias 1º e 8 de novembro (impresso) e 11 e 18 de novembro (digital).

Os candidatos serão convidados a responder a uma enquete na Página do Participante, para que possam manifestar sua opinião em relação ao melhor momento para realizar as provas.

As informações a respeito do Enem 2020 podem ser acompanhadas no portal do Inep e do Ministério da Educação, assim como nas redes sociais oficiais dos dois órgãos. Dúvidas relativas ao processo de inscrição podem ser sanadas pelo Fale Conosco, do Inep, por meio do autoatendimento online ou do 0800 616161 (somente chamadas de telefone fixo).

Tanto na versão impressa quanto na digital, os participantes farão provas de linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias, com 45 questões de múltipla escolha em cada área de conhecimento. A redação será manuscrita, em papel, nas duas modalidades.

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O fechamento das escolas para contingência do novo coronavírus (SARS-CoV-2) impactou diretamente os estudantes que se preparam para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Longe das escolas e dependendo de meios digitais para estudar, ter atividades, aulas e apoio pedagógico dos professores.

Após um grande movimento virtual, jurídico e político pedindo mudança da data, o Enem enfim foi adiado na tarde desta quarta-feira (20). O LeiaJá ouviu professores para entender o que pensam os educadores da posição adotada pelo Ministério da Educação (MEC). Confira:

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Para o professor de química Josinaldo Lins, o adiamento foi a decisão mais acertada a se tomar nesse momento, diante das circunstâncias causadas pelo coronavírus. “O Enem não é a mais justa das provas, disso poucos talvez discordem. Mas com prazo curto de inscrições num quadro de crise econômica, para quem não conseguiu isenção, e o ponto fundamental: o aluno de escola privada retomou as aulas, ainda que EaD, o da rede pública, por decisões governamentais, não. Manter o calendário atual só tornaria a disparidade existente ainda mais flagrante, a exclusão seria a tônica absoluta dessa prova”, afirmou o professor.

Questionado se o período de adiamento anunciado pelo MEC (de 30 a 60 dias) é suficiente para os alunos, Josinaldo preferiu o termo “adequado”. “Todo um planejamento está sendo refeito nas escolas, nos cursinhos e nas universidades, um adiamento maior que o prazo máximo estabelecido gerará todo um efeito cascata de atrasos não só em 2020, mas por toda uma série de anos. Basta lembrar do que ocorre quando as instituições federais de ensino superior passavam por greves e os semestres eram reorganizados ao final da paralisação, chegando ao fato de ter três semestres letivos em um só ano”, argumentou o professor.

Para o professor de linguagens e redação Diogo Xavier, o adiamento do Enem é importante, mas não vai, necessariamente, configurar um benefício aos estudantes. “É uma tentativa de compensar para aqueles alunos que não têm condições de se preparar adequadamente para a prova, seja por falta de estrutura física, de dispositivos e internet de qualidade, seja pela dificuldade de manter a concentração devido à rotina da casa. Isso sem contar aqueles que, independentemente do poder aquisitivo, têm o psicológico afetado por esse bombardeio de notícias sobre a pandemia e pelo próprio isolamento”, disse ele.

João Pedro Holanda, professor de filosofia e sociologia, também avalia que o adiamento do Enem, embora necessário, não resolve de fato o problema enfrentado pelos estudantes que precisam fazer a prova em 2020 sendo, para ele, uma medida paliativa.

“Alunos de bons cursinhos e escolas particulares com acesso à internet conseguem, mesmo aos trancos e barrancos, manter a sua rotina de estudos razoavelmente confortável. Mesmo assim, sofrem de ansiedade, desesperança e tristeza. A realidade do aluno da escola pública é infinitamente mais desesperadora. Quanto mais tempo a gente passar nessa situação, mais o abismo social e educacional se aprofunda”, afirma o professor.

Benedito Serafim, mais conhecido como Bené, é professor de geografia e atualidades e tem uma posição um pouco diferente. Para ele, o adiamento das provas, mesmo que por um período de 30 a 60 dias, já faz diferença para os estudantes que vinham aflitos com o cronograma anunciado e até então mantido pelo MEC.

“Isso é uma boa proposta e os alunos ganhariam esse tempo a mais para estudar. É de grande importância esse adiamento para esses alunos de periferia, de interior, que não têm acesso à internet, mais afastados das grandes metrópoles, tenham um certo equilíbrio. Dois meses a mais é uma certeza de que vão ter um pouco mais de estudos, e isso ainda não iguala eles aos alunos de grandes metrópoles, de escolas particulares, mas pelo menos ajuda a equilibrar um pouco mais essa balança da desigualdade não só econômica como social em nosso país”, disse o professor.

O professor também contrariou uma fala do ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmando que uma das características do Enem, desde que deixou de ser uma prova apenas avaliativa do ensino médio e passou a também selecionar estudantes para universidades públicas, tem a função de auxiliar na redução de desigualdades sociais do país por meio da inserção de pessoas de mais baixa renda nas universidades.

“É de grande importância esse adiamento para esses alunos de periferia, de interior, que não têm acesso à internet, mais afastados das grandes metrópoles, tenham um certo equilíbrio. Dois meses a mais é uma certeza de que vão ter um pouco mais de estudos, e isso ainda não iguala eles aos alunos de grandes metrópoles, de escolas particulares, mas pelo menos ajuda a equilibrar um pouco mais essa balança da desigualdade não só econômica como social em nosso país”, argumentou Bené.

Cristiane Pantoja, professora de história, julgou a decisão pelo adiamento pertinente. Na opinião dela, os estudantes que conseguirem se adaptar e aproveitar o tempo a mais para estudar, podem se beneficiar. “Em relação ao adiamento eu acho que é pertinente. Faz parte da gestão política do Ministério da Educação (MEC) junto com o Inep e órgãos responsáveis adiar mediante ao atual cenário, em que momentos de transição de aula presencial para aula on-line leva tempo de adaptação. O benefício está se o aluno souber aproveitar o tempo que é dado para o estudo apesar desses momentos de adaptação, se o aluno realmente se empenhar em se adaptar a essas novas condições. Tem muitos alunos que vêm me falar da ansiedade que está aumentada por causa desse calendário”, declarou ela.

Para Thais Almeida, que ensina história, filosofia e sociologia, a mudança no calendário do Enem beneficiará os alunos que têm passado por dificuldades para estudar durante o período de quarentena. “Sabemos que não são todos os alunos que têm acesso a aula on-line e mesmo assim, entre os que têm, nem sempre as aulas ou os professores e as instituições de ensino têm todo o equipamento que possa melhorar o processo de aprendizagem a partir desses métodos digitais. Diante disso a isonomia que é prevista para o exame é quebrada”, afirma Thais.

Para a professora de linguagens e redação Lourdes Ribeiro, apesar de o período de adiamento não ser o suficiente, o fato de ter sido tomada a decisão de mudar a data do exame já configura uma vitória para os estudantes que farão as provas do Enem 2020.

“É uma vitória para os estudantes porque a gente sabe que dentro desse contexto que a gente está vivendo a questão dos privilégios sociais ficou muito mais clara e a maior parte das pessoas que realmente precisam prestar essa prova do Enem e realmente precisam da universidade pública não estão tendo acesso a videoaulas, muitas vezes não têm nem energia em casa. Tem a questão da merenda, falta de comida, ‘n’ fatores que fazem com que essas pessoas não tenham condições de prestar a prova na data que ela tinha sido determinada. É uma vitória, mas ainda assim algo para ser pensado para adiar ainda mais devido ao fato de a gente não ter previsão de quando isso vai acabar. Eu acredito que o mais prudente seria esperar esse cenário passar para poder se pensar em uma nova data, mas a princípio é uma vitória, sim, para esses estudantes que não são privilegiados”, declarou ela.

Já o professor de história Everaldo Chaves vê benefícios para os estudantes na mudança da data pois, para ele, além de questões relacionadas às possibilidades de conexão e acesso à internet, há também muitos alunos que mesmo conectados ainda não se adaptaram ao formato de ensino com aulas não presenciais. “Acho que [o adiamento] é algo benéfico até porque ainda tem aluno que não está conseguindo se adaptar à rotina de aula on-line. A gente precisa lembrar que a nossa cultura, principalmente na educação, é muito conservadora. Então o grande alunado é habituado a assistir aula presencial, sem contar que milhares de alunos não têm acesso à internet, não têm acesso a recursos de aparelho eletrônico, então muitos alunos estão sem aula. Esse adiamento com certeza dará oportunidade a esses alunos que ainda não se adaptaram às aulas on-line e dará tempo para que esses alunos que estão sem aula possam buscar formas e estratégias de tentar superar essa dificuldade”, disse o professor.

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Em entrevista exclusiva concedida ao LeiaJá, o secretário de Educação e Esportes de Pernambuco, Fred Amancio, se posicionou, nessa segunda-feira (18) em relação ao cronograma do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e seus impactos sobre os estudantes brasileiros que buscam uma vaga no ensino superior. Para o secretário, todos os alunos, sejam eles de instituições públicas ou privadas, estão sofrendo nesse momento de pandemia do novo coronavírus.

Para Amâncio, a manutenção da data do Enem durante o fechamento das escolas, necessário para conter a Covid-19, escancara as desigualdades sociais existentes entre os alunos que têm menos acesso à internet. “A diferença são as possibilidades do estudante. Quanto maior a oferta de acesso à internet, mais a gente pode disponibilizar aulas. A maior parte dos estudantes tem celular, mas tem problemas com pacotes de dados. Este momento sem dúvida alguma contribui para ampliar as desigualdades que já existem”, declarou o secretário.

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No que diz respeito à manutenção do cronograma do Enem, Fred afirma que os estudantes são prejudicados tanto na sua preparação para a prova quanto em termos emocionais, devido à aflição que sentem com o Exame marcado para novembro. “Hoje é quase unanimidade no Brasil todo que traz prejuízo para o estudante em termos de conteúdo e também psicológico, gera uma angústia muito grande. A prorrogação amplia a possibilidade de aula presencial, porque em algum momento a gente vai retomar as aulas presenciais. Claro que no meu caso estou mais preocupado com os estudantes de escolas públicas, mas o MEC deveria ser o grande condutor dessas ações para auxiliar instituições públicas e privadas. Não precisa definir uma data hoje, mas só de dizer que vai ser adiado, já tira um pouco da angústia”, afirmou Fred Amancio.

Uma nota de esclarecimento divulgada nesta segunda-feira (18) pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), sobre pedidos de adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), afirmou que “a fixação de uma data não a torna imutável”, mas reiterou que, na visão da organização da prova, “diversos fatores que influenciarão na potencial alteração do calendário originalmente estabelecido ainda continuam incertos (...) já que, como é de conhecimento geral, ainda estamos enfrentando a situação de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da Covid-19”.

O texto diz que foi instituído o Comitê Operativo de Emergência para debater e definir medidas de combate à disseminação da Covid-19 em instituições de ensino, seguindo diretrizes do Ministério da Saúde, com participação de dirigentes e autoridades responsáveis pela área educacional de todo o país. “Foram destaques das discussões, no âmbito desse Comitê, as tratativas empreendidas a respeito do cronograma do Enem 2020, ocasião em que já se demonstrou abertura para nova alteração da data de aplicação das provas, tão logo o cenário fique mais definido, o que se reafirma na presente nota”, afirmam o MEC e o Inep.

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Ainda segundo o texto, a realização das etapas que antecedem a realização da prova, como as inscrições e pedidos de isenção de taxa, são necessários para garantir a realização do Enem e sua preparação em termos de segurança e saúde. “Frisa-se que para se chegar à execução do Enem é preciso cumprir com as diversas etapas que antecedem a data de aplicação do Exame, tornando fundamental a publicação dos editais do Enem 2020 de modo a garantir à sociedade que o seu direito ao acesso ao Exame anualmente seja preservado e para que seja dado início, pelo Inep, à preparação e viabilidade de execução desta edição do Enem, uma vez superado o atual cenário”, diz a nota. Confira a íntegra da nota de esclarecimento:

Sobre os diversos movimentos em face de um possível adiamento das datas de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, em suas versões impressa e digital, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) esclarecem: Por meio dos Editais 25 e 27, de 30 de março de 2020, foi lançado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) constando o cronograma com as datas para a solicitação de isenção e a justificativa pela ausência no Enem 2019, de 06 a 17 de abril de 2020, o período das inscrições entre 11 e 22 de maio de 2020, e a aplicação das provas impressas nos dias 1º e 8 de novembro e as provas digitais nos dias 11 e 18 de outubro de 2020.

Posteriormente, mesmo o índice de solicitação de isenção e de justificativa tendo sido altos, alcançando 3.423.835 registros, o Inep, a fim de que nenhum participante ficasse prejudicado, decidiu, administrativamente, que todos aqueles que têm direito à isenção nos termos do Edital terão seu pedido concedido, de ofício, no momento da inscrição, no período de 11 a 22 de maio de 2020. Além disso, alterou-se a data de aplicação da prova digital para os dias 22 e 29 de novembro. Tais ações ensejaram o lançamento dos Editais 33 e 34, de 22 de abril de 2020.

Por meio da Portaria 329, de 11 de março de 2020, foi instituído o Comitê Operativo de Emergência, com o objetivo de debater e definir medidas de combate à disseminação do novo coronavírus em instituições de ensino, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde, com ampla participação de diversos dirigentes e autoridades responsáveis pela área educacional de todo o país: Ministério da Educação (MEC); Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh); Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (Conif); e Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Foram destaques das discussões, no âmbito desse Comitê, as tratativas empreendidas a respeito do cronograma do Enem 2020, ocasião em que já se demonstrou abertura para nova alteração da data de aplicação das provas, tão logo o cenário fique mais definido, o que se reafirma na presente Nota.

Assim, reitera-se, a ação de divulgação das datas atuais baseou-se na importância de a sociedade ter conhecimento e segurança sobre a realização do Enem, além de possibilitar a superação de diversas fases preparatórias à efetiva aplicação do exame. A fixação de uma data não a torna imutável, ainda mais no atual momento. Ocorre que os diversos fatores que influenciarão na potencial alteração do calendário originalmente estabelecido ainda continuam incertos, em imprevisibilidade que obsta qualquer modificação neste momento, já que, como é de conhecimento geral, ainda estamos enfrentando a situação de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da Covid-19.

Frisa-se que para se chegar à execução do Enem é preciso cumprir com as diversas etapas que antecedem a data de aplicação do Exame, tornando fundamental a publicação dos editais do Enem 2020 de modo a garantir à sociedade que o seu direito ao acesso ao Exame anualmente seja preservado e para que seja dado início, pelo Inep, à preparação e viabilidade de execução desta edição do Enem, uma vez superado o atual cenário. O MEC e o Inep entendem que o Enem é uma das políticas públicas de educação mais importantes, motivo pelo qual está buscando garantir a execução adequada, não apenas para cumprir com seu dever institucional, mas, principalmente, para não prejudicar mais ainda a sociedade brasileira”.

Assim, o MEC e o INEP reforçam possuir um diálogo sempre aberto junto às mais diversas entidades e à sociedade em geral, destacando que todas as sugestões e críticas apresentadas são importantes para o aprimoramento de suas atividades e que cada uma delas será avaliada e discutida, sempre buscando o que seja melhor para a educação brasileira.

A pressão pelo adiamento do Enem, que tem crescido nos últimos dias com pedidos de universidades e atos de protesto organizados on-line, e com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) admitindo que o Exame Nacional do Ensino Médio pode atrasar, tem recebido apoio no Senado. 

Por meio das redes sociais, senadores como Weverton (PDT-MA), Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-presidente Fernando Collor (Pros-AL) fizeram enquetes para perguntar a opinião da população sobre o adiamento da prova. “Mesmo com números expressivos de inscritos, divulgados pelo MEC, há uma forte corrente contrária à realização das provas, por conta da pandemia”, disse Collor, cuja pesquisa informal teve 2.193 respostas até esta sexta-feira (15), com 77,5% das pessoas contrárias ao cronograma do Enem. 

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A senadora Leila Barros (PSB-DF) apontou para desigualdades sociais entre estudantes brasileiros, que se assentuam durante a pandemia de Covid-19, devido ao fechamento das escolas e necessidade de implementação do ensino remoto. "O adiamento é necessário para que nenhum estudante seja prejudicado pela pandemia, principalmente os mais carentes", escreveu ela em seu Twitter. Uma posição semelhante foi defendida por Paulo Paim (PT-RS), para quem o adiamento do Enem seria uma medida justa. “Enormes prejuízos para pobres e negros que vivem nas periferias e não têm acesso à internet”, afirmou o senador.

Projetos

Há alguns projetos tramitando no Senado no que diz respeito ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e ações para mitigar os impactos da Covid-19 sobre os estudantes que almejam ocupar vagas no ensino superior. 

O projeto de lei (PL 1.277/2020) da senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) prevê a prorrogação automática de prazos para provas, exames e demais atividades para acesso às universidades quando for decretado estado de calamidade pelo Congresso ou as atividades de ensino do país estiverem comprometidas. Já os senadores Izalci Lucas (PSDB-DF) e Jader Barbalho (MDB-PA) apresentaram projetos de Decreto Legislativo (PDL 137/2020 e PDL 218/2020) com o objetivo de suspender os editais do Enem 2020, tornando-os inválidos.

*Com informações de Agência Senado

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