Tópicos | Exame Nacional do Ensino Médio

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informou hoje (9) que vai corrigir a prova dos participantes que se esqueceram de transcrever a frase do caderno de questões para a o cartão-resposta do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A primeira prova do Enem foi realizada no dia 5 de novembro, e o segundo exame será no próximo domingo (12).

No entanto, o Inep deixa claro que a decisão pela correção dos participantes que se esqueceram da transcrição é extraordinária e que a necessidade de transcrição não está interrompida. Todos os participantes devem ficar atentos às orientações na capa do caderno de questões e transcrever a frase no segundo dia de prova.

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Segundo o Inep, essa flexibilização só foi possível porque os novos mecanismos de segurança do Enem, como a prova personalizada, adotada neste ano, e a coleta do dado biométrico, desde 2016, podem ser combinados para cumprir a função da transcrição da frase. “Pode prescindir, por essa razão, a função da transcrição da frase, excepcionalmente em caso de esquecimento por parte do participante, de forma a impedir que outra pessoa faça a prova no lugar de um inscrito”, diz o instituto.

A frase permite a verificação grafológica, com o objetivo de checar se o autor da redação era realmente a pessoa inscrita. Com o dado biométrico, a Polícia Federal pode checar todas as digitais. Já a prova personalizada impede a troca de cadernos de questões.

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No próximo domingo, 12 de novembro, será realizada a prova de Ciências da Natureza e suas Tecnologias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A avaliação contará com algumas questões de biologia. E para os candidatos não ficarem perdidos com alguns temas, o LeiaJá conversou com dois professores da área para saber quais os assuntos que mais apareceram nas últimas provas e possivelmente podem cair novamente em 2017.

De acordo com Artur Barbosa, professor de biologia do Pré-Vestibular Esquadrão, baseado nas estatísticas dos últimos anos, os principais temas podem ser ecologia, fisiologia, genética, citologia e programas de saúde.  Abaixo, estão relacionadas algumas sugestões do professor: 

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Ecologia - sendo a ecologia a ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e destes com o meio que estão inseridos, segundo o professor, as questões dessa área tratam mais da cadeia alimentar, da poluição e dos ciclos biogeoquímicos, que é o papel do nitrogênio na atmosfera e todo o seu processo até o nosso consumo. 

"A minha dica é prestar bastante atenção nas perguntas das questões e só depois ler o enunciado. É importante que os feras estejam sempre ligados naquilo que eles estão pedindo, até porque, normalmente, essas questões trazem problemáticas mais atuais, principalmente ligadas a poluição", aconselha o professor de biologia. 

Fisiologia - Já a fisiologia é o estudo sobre a anatomia e a fisiologia humana abordando os sistemas do nosso corpo. Para Artur, os candidatos precisam prestar atenção nos assuntos do sistema digestório, respiração, circulação e a parte endócrina dos hormônios. "O estudante deve priorizar o funcionamento dos sistemas do corpo, que costumam ser cobradas em questões que tratam do cotidiano", ressalta.  

Genética - segundo alerta também o professor de biologia Fernando Beltrão, genética cai fácil no Enem. Ele e Artur compartilham a ideia de que o assunto é certo na prova. "Geralmente as questões de genética tratam bastante da parte de biotecnologia, trazendo assuntos como as técnicas do DNA recombinante, de clonagem, terapia gênica e transgênicos. Além disso, caem muito sistema ABO e Rh, imunização e vacinação", descreve Artur.  

Citologia – "Aqui é tudo sobre a célula. Seus aspectos morfológicos, bioquímicos e muito mais", explica Artur. Para ele, a teoria endossimbiótica e mitocôndria são dois assuntos que podem ser cobrados na prova no próximo domingo.  

Programa de saúde - Nesse último tópico, a previsão do professor do Esqadrão é que  caiam as questões de doenças humanas, trazendo sempre situações relacionadas ao nosso cotidiano.  

"Desde 2009, esses são os temas que vêm caindo com uma maior quantidade de questões na prova de biologia do Enem. Acredito eu que este ano não vai ser diferente, mas é bom estar preparado para tudo", analisa Artur. O educador ainda alerta que os estudantes devem revisar assuntos como histologia e embriologia. "O meu conselho é porque esses dois temas foram temas esquecidos por muito tempo e o aparecimento poderia pegar muita gente desprevenida". 

Já Fernando Beltrão explica que também é muito importante que os candidatos façam a leitura atenta do enunciado, especialmente do último parágrafo em que se encontra a pergunta, além das alternativas que, muitas vezes, podem conter alguma dica para a resolução. 

"O Enem como um todo se pauta por uma lógica e que toda pessoa que quer se dar bem precisa entender isso. As questões têm três partes, que são o texto, a pergunta e as respostas. Porém, a parte mais importante é a pergunta. Leia primeiro a pergunta, procure saber antes de tudo o que a questão quer saber ou estar pedindo. Isso faz você entender o que vai procurar no texto e nas respostas", comenta Beltrão.  

Fernando ainda dá uma dica importante. "O enunciado vai ter começo, meio e fim, mas muitas vezes você vai encontrar a resposta da sua pergunta no final dele. É no fim que mora o coração", ressalta o professor de biologia do 'Pré-Vestibular Fernandinho'.  

Quantitativo de questões 

Geralmente, as provas do Enem devem conter 15 questões de biologia, porém, de acordo com Artur, ultimamente só têm tido 12 ou 13 perguntas. "Como biologia, física e química têm assuntos que se relacionam, muitas vezes você vai ter questões tratando de temas que integram duas disciplinas. É fato. Então por isso, acaba sendo reduzida a quantidade de questões que só tratam de biologia", explica o professor. 

Apesar disso, Artur acredita que biologia é a prova mais tranquila do segundo dia do Enem e por isso os candidatos devem começar por ela. "Diferentemente de química e física, biologia via ser a prova mais leve de domingo, e deve ser a que mais terá textos nas questões. Acho que é legal começar por uma prova mais leve e só depois ir para os cálculos. Então, é uma boa começar com biologia no domingo", finaliza o professor do Esquadrão. Para conferir outras dicas de biologia, assista ao programa do "Vai Cair no Enem" exibido nessa terça-feira (7):

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Pamela Matos é uma professora paraense e surda que, ao ver a postagem de uma ex-professora de colégio classificando o tema da redação do Enem 2017, que foi sobre “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” como sendo um “golpe”. Pamela decidiu responder à afirmação por meio de um vídeo publicado em seu perfil no Facebook e terminou viralizando ao contar a sua história e se posicionar a respeito do assunto. 

Na postagem que acompanha o vídeo, Pamela afirmou que estava “se sentindo revoltada” e afirmou que além de ter feito tomado a decisão com toda a sua indignação, o vídeo servirá “para todos que fizeram a prova e, por motivo algum estão postando em suas redes sociais uma chuva de opiniões imaturas acerca do tema”. Ela também pede “mais respeito menos ignorância mais alteridade” pois, na visão dela, essas pessoas “não conhecem as cicatrizes dos surdos, vocês não conhecem onde seus sapatos apertam, vocês não conhecem os caminhos por eles percorridos”.  

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No vídeo, Pamela conta que a professora que chamou o tema de “golpe” e questionou se a escolha se baseava em uma redação a ser feita por alunos do segundo grau, professores ou candidatos a concurso público da área de educação inclusiva. Ela também rebate o questionamento com uma quarta alternativa: “TODOS”. Na sequência, Pamela também afirma que teve sua vida escolar prejudicada porque a professora em questão não realizou nenhum esforço pela sua inclusão. Confira o vídeo: 

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Um motorista de ônibus mudou o itinerário para ajudar pelo menos 15 estudantes que estavam indo fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na cidade de São Carlos, no Estado de São Paulo. Angellita Silva, que é uma das estudantes que estava no ônibus usou uma página do Facebook para agradecer a Geraldo, o motorista pois de acordo com ela, graças à mudança no trajeto os estudantes conseguiram chegar a tempo e fazer a prova. 

De acordo com a postagem, o ônibus que levava os estudantes não passaria pelo Centro Universitário Central Paulista (Unicep), onde eles tentavam chegar a tempo, mas o motorista Geraldo “deu uma esticada” de três quadras para ajudar os candidatos. 

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Em seu texto de agradecimento, a estudante afirmou sentir esperança diante do gesto do motorista. “Nesse mundo tão desumano, encontrar pessoas como ele que faz o bem pelo ser humano sem obrigação nenhuma, enche a gente de esperança. Muito obrigada de verdade!”, escreveu ela. 

Nos comentários da postagem, outros internautas também elogiaram a atitude com mensagens de apoio e parabéns à atitude do motorista. “Enquanto tem quem esteja preocupado (a) em sacanear o próximo, ainda tem gente humana no mundo. Se a gente falasse menos e fizesse mais, muita coisa melhorava. Infelizmente o mal do mundo é o bicho homem. E a solução é ele também” comentou uma usuária.

Em entrevista ao portal G1, o motorista Geraldo Casalli, de 53 anos, afirmou que apesar de saber que não poderia fazer mudanças no trajeto ficou feliz com as demonstrações de gratidão. “Eu pensei: ‘vou levar eles lá’, porque eles já estavam atrasados. Eles pegaram comigo era 12h20, aqui na Carlos Botelho, perto da Santa Casa. Fui subindo a Miguel Petroni, foi entrando mais gente, aí chegamos lá em cima era 12h30 ai eu dei uma esticadinha”, contou Geraldo, que também afirma que “se eu não ganhar advertência por isso, está bom”. 

A empresa Suzantur, onde Geraldo trabalha há nove meses divulgou uma nota declarando que ele é um bom funcionário e que a mudança no trajeto não prejudicou o retorno do ônibus. “Como no ônibus havia cerca de 15 pessoas que iriam fazer a prova no Enem na Unicep e sendo que os portões se fechariam às 13h, o motorista, em uma atitude altruísta, resolveu seguir por mais três quarteirões, deixando os estudante na rotatória do Unicep, sem prejudicar, de forma alguma, a rota de retorno", disse a empresa no comunicado. 

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O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, que tratou dos desafios para a formação educacional de surdos no Brasil, surpreendeu muitos professores e candidatos por abordar uma questão tão específica. Mas para cerca de 6 mil alunos com surdez ou deficiência auditiva que fizeram a prova, o assunto foi uma oportunidade para debater os problemas vividos no dia a dia.

A estudante Gleice Genaro diz que não consegue descrever a emoção que sentiu ao ver o tema da redação do Enem. Ela é surda congênita e estudou em escolas de surdos até o ensino fundamental. “No ensino médio, comecei a estudar em uma escola pública onde não tinha a acessibilidade, mas meus amigos me ajudavam muito. Hoje também já enfrento as barreiras na faculdade. Eu não tenho a acessibilidade e, além disso, faltam intérpretes de Libras [Língua Brasileira de Sinais] nas aulas”, conta.

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Esta foi a segunda vez que a estudante fez o Enem. Ela já ingressou na faculdade de direito, mas quis prestar o exame neste ano novamente para experimentar o novo recurso da videoprova traduzida em Libras, oferecido pela primeira vez em 2017.

O recurso é importante porque muitos surdos e deficientes auditivos têm a Libras como primeira língua e o português como segunda, o que dificulta o entendimento da prova no formato tradicional.

Para Gleice, a possibilidade de fazer o Enem com a videoprova em Libras significa uma experiência única e histórica. “Foi a melhor prova de minha vida, afinal foi a única que fiz em vídeo em Libras, uma verdadeira inclusão”, descreve. Ela já tinha feito a prova com intérpretes de Libras, mas sentiu dificuldade. “Apesar de eu ser bilíngue, não chego ao mesmo nível de pessoas que têm a Língua Portuguesa como majoritária”, diz.

O Enem deste ano teve 1.925 solicitações de atendimento especializado para surdez e 4.390 para deficiência auditiva. 

Reconhecimento

Aymee Lucy Silva, de 27 anos, também diz que ficou muito feliz com o tema da redação. “Já é hora de reconhecimento. Sou surda, tenho família surda também”. Ela fez o Enem pela segunda vez e quer cursar psicologia.

A estudante acha que o tema desagradou muitos candidatos por desconhecimento sobre o assunto. “O tema abalou o geral, mas é preciso acabar o preconceito com a pessoa surda e a pessoa com deficiência. Os participantes do Enem se chocaram com o tema”, afirma.

Apesar de dominar o conteúdo da redação, ela se preocupa com os erros ortográficos que pode ter cometido ao escrever o texto, pois tem a Libras como primeira língua. Ela também utilizou a videoprova traduzida em Libras e considerou que o recurso ajudou bastante na compreensão das questões.

No Enem, para a avaliação da redação dos candidatos surdos são adotados mecanismos coerentes com o aprendizado da língua portuguesa como segundo idioma.

Repercussão

A professora Pâmela Matos, que é surda, publicou um vídeo no facebook para refutar as críticas de internautas ao tema da redação, especialmente de uma ex-professora que, segundo ela, não trabalhou a inclusão em sala de aula. Em um dia, o vídeo teve 2,5 milhões de visualizações e mais de 1 milhão de compartilhamentos.

“Espero que ajude muitos educadores a refletir. Sou o espelho de muitos surdos vítimas da educação excludente”, disse à Agência Brasil.

O estudante Bruno Duarte de Souza quer fazer graduação em Letras/Libras e também acha que a abordagem desse tema na redação do Enem vai ajudar a dar mais visibilidade para a inclusão dos surdos. “Eles podem ter maior atenção sobre essa informação histórica e conhecer mais, porque existem 9,7 milhões de surdos no Brasil”, destaca.

“O tema da redação é maravilhoso mesmo e ajuda a todo o Brasil a conhecer a comunidade de verdade, porque é difícil a formação e a educação de surdos”, avaliou a estudante surda Samira Araújo, de 20 anos, que também quer cursar Letras/Libras. Para ela, os candidatos tiveram dificuldade para fazer a redação sobre o tema porque não têm informação sobre a cultura dos surdos.

Reflexão e visibilidade

O professor Rodrigo Custódio da Silva, da Universidade Federal de Santa Catarina, ficou feliz com a escolha do tema e considera que a abordagem da redação do Enem vai estimular a reflexão e a visibilidade dos principais desafios para a comunidade surda.

“Os surdos ficam se sentindo bem e sendo cidadãos de verdade quando as pessoas na sociedade têm conhecimento sobre o que eles precisam ou os direitos e deveres que eles têm. Sem dúvida, o tema na prova está causando grande impacto sobre os milhares de candidatos, consequentemente os amigos e famíliares deles. Sempre tenho esperança de que a sociedade está abraçando a comunidade surda cada vez mais”, avalia o mestre em linguística, que também é surdo.

A coordenadora do projeto Diversa, do Instituto Rodrigo Mendes, Aline Santos, achou o tema da redação uma oportunidade de falar sobre a inclusão de pessoas com deficiência. “Que bom que tenha sido no Enem, que geralmente traz temas de conhecimento popular. Muitas discussões que ocorreram sobre o assunto têm a ver com a falta de conhecimento, e essa é uma oportunidade para refletir sobre o motivo por que a gente não consegue falar sobre esse assunto”.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgará o gabarito oficial do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no dia 16 de novembro. A correção é feita usando a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item.

Dessa forma, um item em que grande número dos candidatos acertaram a resposta será considerado fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar uma questão com alto índice de erros ganhará mais pontos por aquele item.

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Por isso, não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Se dois candidatos acertam o mesmo número de questões, não significa que terão a mesma pontuação. O estudante só tem como saber a nota final no Enem quando o resultado sair.

A correção é feita por meio de um sistema de reconhecimento, no qual a Fundação Getulio Vargas (FGV) e a Cesgranrio extraem os dados com as respostas das questões objetivas de cada participante, durante a etapa de digitalização. Por isso, é imprescindível que o preenchimento do cartão-resposta tenha sido realizado com caneta esferográfica de tinta preta. O mesmo vale para a folha de redação.

Os rascunhos e as marcações assinaladas nos cadernos de questões não serão considerados para fins de correção. O processo de correção é feito tanto pela Cesgranrio quanto pelo Inep, para conferência. As redação são corrigidas pela Fundação para Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp).

O Inep, já com as notas da redação repassadas pela Vunesp e os resultados das questões objetivas, processa o resultado, dando origem ao Boletim de Desempenho, que será disponibilizado aos participantes em 19 de janeiro de 2018.

Redação

O texto produzido na redação do Enem é corrigido por pelo menos dois avaliadores, de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. Esses dois professores avaliam o desempenho do participante de acordo com as cinco competências exigidas na redação.

Cada avaliador atribuirá uma nota entre 0 e 200 pontos para cada uma das cinco competências, e a soma desses pontos comporá a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1.000 pontos. A nota final do participante será a média aritmética das notas totais atribuídas pelos dois avaliadores.

Se entre as notas dadas pelos dois corretores houver diferença superior a 100 pontos (no somatório geral) ou de mais de 80 pontos em qualquer uma das cinco competências, a redação segue para um terceiro avaliador. No caso de a discrepância continuar depois da terceira avaliação, a redação será corrigida por uma banca com três professores, que vai dar a nota final.

A redação receberá nota zero se apresentar características como fuga total ao tema, texto com menos de sete linhas, não obediência à estrutura dissertativo-argumentativa, cópia integral de textos motivadores da proposta, impropérios, e se a folha de redação for entregue em branco.

No sábado (4), a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, decidiu manter a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região que determinou a suspensão da regra que previa a anulação da redação que violasse os direitos humanos. Apesar disso, a competência cinco, que vale 200 pontos, determina que a redação deve ter uma proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Esse item não foi modificado pela decisão judicial.

O título é opcional na produção da redação e será considerado como linha escrita. Porém, o título não será avaliado em nenhum aspecto relacionado às competências da matriz de referência.

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Faltando pouco tempo para o início do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a movimentação de candidatos começar a ficar intensa na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. O local é um dos principais pontos de prova no Estado. Entre os candidatos, a expectativa é grande e há a certeza de que respeitar os direitos humanos durante a redação é a melhor estratégia. Este domingo (5), além da redação, terá questões de Ciências Humanas e Linguagens.

Nileide Cavalcante, de 25 anos, pretende cursar psiquiatria. Esta é a segunda vez que a estudante participa do Enem e, segundo ela, a aprovação está bem próxima. Em entrevista ao LeiaJá, ela revelou que não estudou em cursinhos preparatórios, porém, dedicou horas e horas de estudo na própria casa. “Foi um ano muito tranquilo, como já tenho curso superior em administração, chego com mais experiência para fazer a prova. Sobre a redação, com certeza vou respeitar os direitos humanos”, declarou a candidata.

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Pretendendo ingressar na graduação de letras, Carlos Ruberto, 17 anos, participa do Enem pela primeira vez. Segundo o fera, a redação é um dos momentos mais importantes da prova. “Minha estratégia é respeitar os direitos humanos. Acho que o tema será sobre economia, principalmente por causa da situação do país e do mundo todo”, disse o estudante.

Os jovens Douglas Henrique Oliveira, Nicolas Dantas e Amanda Rosa foram juntos enfrentar o tão esperado Enem. Chegaram cedo ao prédio da Unicap e demonstraram confiança por um bom resultado. 

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As provas serão iniciadas às 12h30 e terão, ao todo, cinco horas e 30 minutos de duração. No dia 12 deste mês, será vez das provas de Ciências da Natureza e matemática.  

A Universidade Maurício de Nassau (UNINASSAU) ofereceu um aulão gratuito e aberto ao público com o objetivo de ajudar estudantes a revisar os conteúdos de linguagem, ciências humanas e redação na véspera do primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio. Além das aulas, a parceria entre a UNINASSAU e o curso preparatório Grupo Máximo também oferece atividades de relaxamento para que os candidatos consigam driblar a ansiedade e façam a prova tranquilos. 

De acordo com Ana Paula Silva, que é supervisora comercial da UNINASSAU, o evento é importante pois introduz o aluno que sonha com um curso superior ao ambiente de uma universidade, mostrando aos estudantes que a universidade está ao lado deles independentemente de qual seja a instituição em que esse aluno venha a estudar depois. 

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Segunda Ana Paula, “é super importante estreitar parcerias com escolas e cursinhos” pois enquanto instituição é preciso “olhar para além da visão de instituição de ensino superior, entrando na visão do estudante e se colocando no lugar deles, para que os alunos se sintam dentro do ambiente universitário, que é o maior sonho deles”. 

Sobre a necessidade de ajudar os estudantes a relaxar e manter a calma, Ana Paula explicou que a ideia de realizar o evento ajuda os alunos porque “todos eles se deixam levar pela ansiedade, então tudo que pudermos fazer para minimizar esse sentimento de ansiedade favorece o aluno psicologicamente”.

O evento foi dividido em blocos de aulas. No primeiro, os alunos assistiram aulas sobre as áreas do conhecimento que compõem as provas de Linguagem, que foi seguido por um intervalo com lanche livre, oferecendo pipoca, refrigerante, picolé e churros gratuitamente. Segundo o professor de história Vilmar Victor, do curso Grupo Máximo, usar a estrutura da universidade foi essencial para poder oferecer esse momento de revisão e relaxamento tanto para estudantes do curso como para outros que não estão matriculados poderem assistir às aulas gratuitamente.

“A gente teve o cuidado de abrir para quem não queria ficar em casa e estava afim de se motivar”, disse o professor que também explicou que mesmo tentando, na aula, fazer uma revisão final dos conteúdos, o mais importante nessa reta final “é mesmo a parte humana, ver aquela pessoa com quem passamos o ano inteiro, se abraçar, passar uma boa energia para cada um que tem seu sonho” pois essa é “uma maneira de a gente dizer que está com eles”. 

Após o intervalo os estudantes tiveram aula voltada para a prova de Ciências Humanas, os estudantes tiveram um momento de descontração com alongamento e dança, conduzido por alunos do curso de Educação Física da UNINASSAU antes de seguir para o último bloco de aula, que abordou a prova de redação. Confira:

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Andréa Tabatinik tem 18 anos e ficou interessada no aulão pois, segundo ela, tem o sonho de passar em medicina e o curso Grupo Máximo proporciona boas oportunidades de aprendizado. “O aulão é uma boa iniciativa para a gente revisar aquele assunto que viu ao longo do ano mas já estava meio esquecido, uma forma a mais de aprendizado”, explicou a estudante que também explicou que “a gente se sente mais confiante dando uma revisada”.

Já Victor Arruda, de 19 anos, também quer ser médico e gostou da ideia do evento porque, segundo ele, “a gente nunca se sente totalmente preparado na hora da prova e sempre tem aquela dúvida que durante o ano você não conseguiu resolver e nesse evento consegue e aí se sente mais seguro”. 

Andrea também destacou a didática dos professores, que passam o conteúdo de uma forma mais leve e descontraída, facilitando o aprendizado do aluno na reta final para a prova. “Eles interagem, fazem uma brincadeira, uma descontração, e essa é uma forma de a gente estudar sem ter peso, é um estudo de forma alternativa”, contou ela. Victor quis comparecer pois, entre outras questões, criou um vínculo ao longo do ano com os professores. “O conhecimento é muito importante mas o apoio nessa reta final também é essencial, então eu percebi que eu conseguiria a confiança por ver todo mundo junto”. 

Quando perguntada sobre o que achou do evento, Andrea disse que “a parceria com a Nassau, unindo a didática dos professores e a estrutura da UNINASSAU foi excelente tem tudo para deixar os alunos mais aconchegados”. Victor destacou, como ponto positivo, “a organização dos professores tanto do curso como da UNINASSAU gerou uma parceria super benéfica para os professores e alunos”. 

No próximo sábado (11) a segunda edição do aulão Plantão do Enem será realizado também no bloco B da UNINASSAU e abordará temas ligados às provas de Matemática e suas Tecnologias e Ciências da Natureza e Suas Tecnologias. 

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Um ano inteiro de preparação terá como desfecho momentos importantes para milhões de estudantes. Nestes dois primeiros domingos de novembro, dias 5 e 12, cerca de 6 milhões de candidatos são esperados na prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerado o principal meio de acesso ao ensino superior no Brasil. 

Ciências Humanas, Linguagens e Redação são as provas deste domingo, cuja duração total será de cinco horas e 30 minutos. Já no dia 12, os candidatos responderão em até quatro horas e 30 minutos, questões de matemática e Ciências da Natureza. Toda a prova soma 180 questões objetivas.

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Como alguns estados brasileiros adotaram o Horário de Verão, a hora de fechamento dos portões dos locais de prova varia. Em Brasília, os portões serão abertos ao meio dia e fechados ás 13h, com o início do Exame previsto para exatamente 13h30. No entanto, como Pernambuco não adotou o Horário de Verão, os portões abrirão ás 11h, fecharão 12h e o Enem iniciará 12h3h.

“No Acre, os portões fecham às 10h. Já nos estados do Amazonas, Rondônia e Roraima os candidatos só poderão entrar no local da prova até às 11h. Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins fecharão os portões às 12h. Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, às 13h”, detalhou o Ministério da Educação (MEC) em seu site.

 

De acordo com o edital do Enem 2017, publicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pela organização da prova, os feras só poderão deixar os locais de prova após, no mínimo, duas horas do início. Os candidatos que quiserem levar o caderno de questões só poderão deixar os prédios nos 30 minutos finais. 

O caderno de prova deste ano, inclusive, apresenta uma novidade para os feras. Ele será personalizado, já contando com o nome do participante, com o objetivo de garantir segurança durante a prova. O estudante, por sua vez, precisa atentar quanto á obrigatoriedade de levar alguns objetos importantes, tais como carteira de identidade original e caneta esferográfica transparente de cor preta; no edital do Enem, é aconselhável levar o Cartão de Informação impresso. Lápis, borracha, celulares, calculadoras, aparelhos eletrônicos, entre outros utensílios são proibidos. Confira mais detalhes na matéria do LeiaJá.

Segundo o MEC, o gabarito oficial das provas será divulgado no dia 16 de novembro. Já o resultado final está previsto para janeiro do próximo ano. Mais detalhes devem ser obtidos no site do Enem

Números

Dos mais de 6 milhões inscritos no Exame, 371.615 farão prova em Pernambuco. Entre as cidades do Estado, Recife recebe o maior número de candidatos: 87.783. No âmbito nacional, o Inep informou que mais de 1.700 municípios contarão com locais de aplicação das provas.

Do total de participantes em todo o Brasil, 58,6% são mulheres e 41,4% são homens. “De acordo com declaração na inscrição; 46,9% dos participantes são da cor/raça parda; 35% branca; 13,3% preta; 2,3% amarela e 0,7% indígena. Ao todo, 1,9% dos inscritos não declararam cor/raça”, detalhou o Inep. Sobre atendimentos especiais, o Instituto também fez um detalhamento: 

Foram aprovadas 35.653 solicitações de Atendimento Especializado. A maioria dos casos é de deficiência física (11.327), baixa visão (6.676), déficit de atenção (6.606) e deficiência auditiva (3.683). Serão usados 67.980 recursos de acessibilidade, sendo 1.626 Videoprovas Traduzidas em Libras, novidade desta edição. A maioria dos participantes (24.878) com direito a recurso declararam não precisar de nenhum apoio para realização das provas. Os recursos mais solicitados foram sala de fácil acesso (8.758), tempo adicional (8.584), auxílio para leitura (4.902), auxílio para transcrição (4.611) e prova ampliada (4.117).

Também serão oferecidos 16.898 Atendimentos Específicos: 46,9% para lactantes; 34,7% para Outra Condição Específica; 15,8% para gestantes; 2,4% para idosos e 0,2% para classe hospitalar. O Enem 2017 teve 304 solicitações aprovadas para Atendimento pelo Nome Social.

Segurança 

O governo federal promete um grande esquema de segurança para o Enem 2017. Mais de 600 mil servidores trabalharão nos locais de prova. “É a maior estrutura de segurança da história, são 67 detectores de metal”, comentou o ministro da Educação Mendonça Filho, em pronunciamento oficial. Confira, a seguir, o vídeo publicado pelo MEC:

  

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A mesma organização criminosa responsável por tentar fraudar mais de 100 concursos pelo país, incluindo o certame do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), é acusada de uma nova tentativa. Segundo o responsável da delegacia de defraudações da Polícia Civil da Paraíba (PCPB), o delegado Lucas Sá, o grupo tentou fraudar a edição de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e conseguiu a aprovação de beneficiários do esquema em universidades. Ele reforça que o trabalho de sete meses de investigação foi feito por ele e demais autoridades da Polícia 

A informação foi fornecida ao LeiaJá nesta sexta-feira (3). Segundo Sá, a suspeita aconteceu em maio deste ano. De acordo com ele, a organização criminosa já estava se preparando para fraudar o Enem deste ano quando teve seus líderes presos no mês de maio.

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Apesar da prisão dos principais membros, ainda há beneficiários que não foram processados e outros integrantes da organização criminosa seguem em liberdade mesmo sob investigação. Entre os beneficiários do esquema está Mayara Rafaelli, que obteve 777,80 pontos no Exame e conseguiu ser aprovada em primeiro lugar com bolsa integral do Programa Universidade Para Todos (ProUni) no curso de medicina do Centro Universitário de João Pessoa (Unipe).

Segundo o delegado Lucas Sá, ela é filha de um dos líderes da organização, responde a processo por fraude em concurso público e se desligou do curso ao ser interrogada e confessar o crime em junho deste ano. De acordo com informações apuradas pela investigação policial, era de interesse dos suspeitos fraudar o Enem de 2017 pois, de acordo com conversas que foram interceptadas pela polícia, a sobrinha de um dos membros da organização criminosa iria fazer o exame. 

Polícia Federal

O delegado afirmou ao LeiaJá que como o Enem é um exame de abrangência nacional, o caso só poderá ser investigado a fundo pela Polícia Federal do Distrito Federal (PF-DF), que é a instituição competente para este tipo de ocorrência. Nossa equipe entrou em contato com a PF para saber se o caso já foi recebido, mas até o momento ainda não obteve resposta. 

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)

O delegado paraibano também informou que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é responsável pela realização do Enem, foi notificado em outubro sobre o ocorrido através de e-mail e por meios físicos, com reforço da informação na manhã desta sexta-feira (3). 

Também na manhã de sexta-feira, o delegado foi informado que a presidente do Inep, Maria Inês Fini, entrou em contato com a Polícia Civil da Paraíba (PCPB) a fim de obter mais informações sobre o que foi descoberto e teria afirmado que o material apurado pela PCPB será encaminhado à Polícia Federal para que a investigação seja concluída. O objetivo é que os beneficiários do esquema criminoso sejam processados e respondam por fraude. 

LeiaJá entrou em contato com o Inep, que a princípio afirmou que só se pronuncia após ser notificado, mas depois solicitou mais detalhes sobre o caso e não deu uma resposta definitiva até o momento da publicação desta matéria. Nossa equipe também tentou falar diretamente com a presidente do Inep, Maria Inês Fini, porém fomos informados de que ela não se encontrava e que deveríamos aguardar pelo pronunciamento oficial da assessoria de imprensa do Inep. 

Operação Panopte 

Recentemente foi divulgado pelas polícias civis do Distrito Federal e do Estado de Goiás que uma organização criminosa tentou fraudar a edição de 2016 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A quadrilha foi desarticulada e seus membros foram presos no âmbito da Operação Panopte. 

Perguntado sobre ligações entre os dois casos, o delegado paraibano Lucas Sá afirmou que apesar de a Operação Gabarito ter cooperação entre as polícias da Paraíba e do Distrito Federal, a organização desarticulada pela Operação Gabarito é um grupo à parte, com atuação distinta e completamente desconectada da organização que foi flagrada pela Operação Panopte. Assim, de acordo com o delegado, é possível afirmar que existiam dois grupos com o intuito de fraudar o Enem. “Nós temos duas organizações flagradas fraudando o Enem 2016 em diferentes partes do país e ambas pretendiam atuar no Enem 2017”. 

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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foi notificado da decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) que determinou a suspensão da regra que diz que quem  desrespeitar os direitos humanos na prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio pode receber nota zero.

A assessoria de imprensa do Ministério da Educação (MEC) confirmou que o órgão foi notificado nesta quarta-feira (1º) à noite e deve recorrer o mais rápido possível. A Advocacia-Geral da União (AGU) informou que aguarda a publicação do inteiro teor do julgamento do TRF1 para analisar o recurso cabível. A prova de redação do Enem será aplicada a mais de 6 milhões de candidatos neste domingo (5).

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A decisão judicial foi tomada em caráter de urgência a pedido da Associação Escola Sem Partido. A entidade alega que a regra é uma “punição no expressar de opinião”. “Ninguém é obrigado a dizer o que não pensa para poder ter acesso às universidades”, argumentou a Associação Escola Sem Partido.

O MEC reafirmou em nota que todos os seus atos são balizados pelo respeito irrestrito aos direitos humanos, conforme a Declaração Universal dos Direitos Humanos, consagrada na Constituição Federal Brasileira. A recomendação do ministério é que os candidatos sigam as regras do edital.

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A prova de Ciências Humanas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será feita por cerca de 6,7 milhões de participantes que pleiteiam uma vaga em cursos de ensino superior de todo o país. Parte importante da nota, as questões desta prova merecem uma atenção especial de todos os feras que participarão do Enem. O LeiaJá procurou professores de Filosofia, Sociologia e Geografia para dar dicas de como os estudantes serão cobrados e de que maneira os conteúdos são apresentados nas questões.

Filosofia

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Carla Ribeiro, que é professora de Filosofia e Sociologia, afirma que os temas que a prova mais costuma abordar dentro da Filosofia são ética, política e epistemologia, que é a teoria do conhecimento, e que há várias maneiras de abordar esses assuntos.

“As questões de política e ética podem ir no olhar de um pensador ou podem abordar de maneira ampla, contextualizada com o tempo histórico e pensamento social”, explicou a professora, que também fez questão de ressaltar que as questões de epistemologia vão por um caminho diferente e “sempre abordam o olhar de um pensador específico, ligando suas ideias a um determinado período histórico”. 

A orientação que a professora Carla tem para os alunos que farão a prova no próximo domingo é “ter um olhar histórico filosófico, estudando dentro de uma linha cronológica do início da filosofia até a nossa era, que é a pós-modernidade” pois, segundo ela, essa estratégia ajuda o aluno a entender as influências que cada filósofo teve e a evolução do pensamento ao longo do tempo. Além disso, ela também destaca que muitas vezes, ao errar uma questão, o problema não está no conteúdo, que muitas vezes o estudante domina, mas no entendimento da pergunta, sendo preciso “ter uma boa interpretação textual para entender o que a questão quer dizer”.

Sociologia

A professora Carla explica que, por sua vez, a prova de Sociologia aborda tanto pensadores clássicos que ajudaram a formar o pensamento sociológico, como Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, quanto os principais sociólogos modernos, que são Michel Foucault, Hannah Arendt, Zygmunt Bauman e “sempre se entrelaça a contextos históricos e geopolíticos, o aluno deve saber esse conteúdo de forma técnica também para facilitar na interpretação sociológica”.

Temas como cultura, democracia e movimentos sociais, de acordo com ela, também aparecem muito e sob diversas abordagens. “O aluno precisa entender a parte técnica da questão mas também ter um olhar interpretativo para entender e responder, por exemplo, formação do pensamento democrático e se ele se efetivou no país, relacionado ao que é a cidadania moderna e a abordagem dos movimentos sociais” que, segundo Carla, aparecem como “grupos excluídos devido ao processo democrático ainda estar em formação, que buscam aparecem exigindo direitos que lhes foram historicamente negados”.

Atualidades

A prova de Ciências Humanas do Enem aborda também temas de atualidades, abordando tanto o que vem acontecendo no Brasil como em todo o cenário mundial. Para se dar bem, além de estar sempre atento aos meios de comunicação para saber do que acontece, o professor Wagner Rocha lembra que o estudante que responde a essas questões deve “se comportar como um gestor, vendo os problemas e buscando soluções” e lembrar que “o Enem é uma prova politicamente correta” onde os temas “se apresentam com textos e exigem que o aluno compreenda o contexto. Se a questão aborda, por exemplo, o conflito na Síria, o aluno também deve entender sobre combate à xenofobia, migração e outros temas ligados a esse problema”, alertou. 

Wagner também explicou que além de textos, a prova pode utilizar outros recursos para produzir sentido e introduzir o aluno ao que a questão busca abordar. “A prova do Enem pode usar fotos e gráficos para, por exemplo, ilustrar o crescimento econômico da China ou a vinda de imigrantes para o Brasil”. 

O professor também destacou que é importante ter em mente que o Enem é uma prova que “não aceita decoreba“, buscando alunos que estejam atentos aos meios de comunicação, além de ser “uma prova inteligente” feita para alunos que “lêem bastante e têm muito suporte para abordar temas atuais e polêmicos”. 

A competência textual e o conhecimento de atualidades, filosofia e sociologia servem tanto para responder às questões quanto para escrever a redação, embasando a argumentação. O professor Wagner destaca que “muitos alunos veem aulas de geografia e atualidades para ter suporte para argumentar na redação, então o estudante que alie o conhecimento de questões de atualidades e aprenda as técnicas de escrita pode ir confiante”. 

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Para a edição de 2017, mais de 7 milhões e 600 mil pessoas se inscreveram no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que será realizado nos dois primeiros domingos de novembro: dias 5 e 12. Para fazer a grande prova do ano, que pode garantir uma vaga no ensino superior, os estudantes precisam estar preparados e saber o que se deve, o que não pode e o que pode levar nos dias do exame.

Entre os itens obrigatórios estão o documento de identificação, o cartão de inscrição e uma caneta esferográfica preta. Quanto aos celulares, será permitido levar, mas o participante não poderá utilizá-lo enquanto estiver em momento de prova e o aparelho deverá ficar guardado em um porta-objetos lacrado. Será proibido fazer o exame com o auxílio de calculadoras, anotações e afins, além de não poder usar lápis ou borracha. Para não deixar dúvidas, o LeiaJá preparou uma lista completa sobre esses e mais itens obrigatórios, permitidos e proibidos:

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OBRIGATÓRIO LEVAR:

 

- Documento de identificação com foto e original, como o RG, a Carteira Nacional de Habilitação, carteira de trabalho, passaporte, etc. (cópias não serão aceitas, nem mesmo autenticadas)

- Caneta esferográfica preta de tubo transparente

- Cartão de inscrição do Enem

 

PODE LEVAR:

- Comida (alimentos industrializados, como biscoitos e salgadinhos precisam estar com as embalagens lacradas ou ser levados em recipientes transparentes. Todos os itens serão vistoriados antes do ingresso na sala) 

- Água, suco, refrigerante e afins em garrafas transparentes (proibido bebida alcoólica)

- Celular (É preferível que fique em casa, no entanto, pode ser levado contanto que seja guardado em um porta objetos com lacre e permaneça embaixo da cadeira até a saída definitiva do local de prova)

NÃO PODE LEVAR:

- Lápis/lapiseira

- Borracha

- Caneta de tubo não transparente

- Calculadora

- Marca texto

- Dispositivos eletrônicos

- Relógio

- Artigos de chapelaria (bonés, chapéus, gorros e afins)

- Óculos escuros

-  Anotações, livros e impressos no geral

- Armas (exceto para os casos previstos na Lei 10.826/2003)

A Polícia Militar de Pernambuco informou, nesta terça-feira (31), que a segurança está garantida para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A PM também divulgou, em coletiva de imprensa realizada nesta manhã no Quartel do Berby, no Recife, que houve redução no número de policiais que atuarão na edição deste ano, em comparação com a prova de 2016.  

Segundo o coordenador regional de segurança junto ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Major Roberto Oliveira, a redução no número de policiais, que foi de 3.338 em 2016 para 2.957 neste ano, foi compensada pela queda no número de locais de prova, que foi de 924 no ano passado para 728 em 2017. 

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No primeiro dia de provas, que será o próximo domingo (5), o efetivo será de 1.479 policiais, enquanto no segundo domingo (12) haverá uma pessoa a menos. Cada local de prova contará com pelo menos uma dupla de policiais motorizados ou a pé, que ficarão na área externa dos prédios onde os participantes responderão às questões e só vão entrar nos edifícios caso seja solicitado pela organização do exame. 

Ao todo, 33 unidades policiais em todo o Estado estarão envolvidas na operação. Além da guarda nos locais de prova para coibir eventuais problemas que atrapalhem os estudantes ou que possam comprometer a segurança deles e dos organizadores, a Polícia Militar também terá o papel de conduzir possíveis fraudadores ao departamento da Polícia Federal, que é o órgão que tem competência institucional para investigar os casos ligados ao Enem. À PM também cabe auxiliar os Correios na distribuição das provas, realizando a escolta nas rotas.

Além da Polícia Militar, outros órgãos também trabalharão em uma ação conjunta no Centro Integrado de Comando de Controle, localizado no bairro de São José, no centro do Recife. Nele, atuarão órgãos como a Polícia Civil, a Polícia Rodoviária Federal, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o Inep, entre outros.

De acordo com o Major Roberto Oliveira, a atuação desse centro agiliza a ação de todos os órgãos que atuam na segurança e locomoção dos participantes do Enem, pois “as pessoas que estarão lá têm poder de decisão, então qualquer problema poderá ser resolvido por elas de imediato”. Além disso, o centro é conectado a uma central em Brasília, que monitora a situação da aplicação em todos os Estados. 

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A redação do Exame Nacional do Ensino Médico (Enem) costuma ser uma das etapas mais esperadas pelos candidatos. Diferentemente das outras áreas de conhecimento, em que o valor da nota varia de acordo com a Teoria de Resposta ao Item (TRI), método que dá pesos diferentes para as questões de acordo com o número de erros e acertos, a redação tem um grande peso no Enem; vale mil pontos.

Em 2017, a redação será no próximo domingo (5). E para ajudar os candidatos nessa etapa, o LeiaJá procurou alguns professores de redação e linguagens para saber quais os possíveis temas que podem cair este ano.

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Segundo a professora de redação Fernanda Bérgamo, normalmente os temas são mais sociais, ou seja, procuram abordar problemas que incomodam a sociedade nas áreas de saúde, segurança e moradia. "Os últimos temas das redações provam o quanto o Enem é sócio-problemático. A intolerância religiosa, a persistência da violência contra a mulher, os efeitos da Lei Seca são exemplos de que os temas são retirados da realidade atual do nosso país para saber quais as sugestões e propostas de intervenção dos feras", explica a professora.

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A exemplo dos últimos anos, a redação do Enem em 2017 deve continuar tratando de temas sociais. "Eu acredito que a prova continue tratando de algum tema de grande abrangência e polêmica social, como tem sido nos últimos anos”, avalia o professor de linguagens e redação Luiz Fernando, do pré-vestibular 'Os Caras de Pau'. 

Entre as apostas do professor estão os direitos indígenas e o combate à exploração infantil. "Eu aposto muito nesses dois. Como os temas das últimas provas vêm falando de questões bastantes sociais e polêmicas, acredito que esses têm uma maior relevância e podem sim cair na prova", detalha. Outros temas possíveis que o professor relaciona são os seguintes: 

Combate ao Bullying nas escolas; 

Novo conceito de família no Século XXI; 

Doação de órgãos no Brasil e seus principais desafios; 

O direito à cultura em uma sociedade democrática; 

Mobilidade Urbana: as deficiências do transporte público brasileiro; 

Crise hídrica; 

Envelhecimento: a sociedade está aparelhada para amparar o idoso? ; 

Recursos naturais: como utilizar e preservar? 

Já o professor Diogo Xavier acredita que na área ambiental/tecnológica, as fontes de energia limpas e renováveis para o Brasil são bem possíveis como tema. "Nos últimos anos, os aumentos na conta de energia elétrica se devem especialmente ao uso de termoelétricas para suprir a demanda crescente, geralmente à base de carvão, o que não é bom para o ambiente, além do custo maior. Construir novas hidroelétricas provoca impactos socioambientais. Apesar de não ser um tipo de temática comum nos últimos anos, com as várias mudanças no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), na organização da prova e nas bancas, não é impossível", completa.  

No âmbito social, a sugestão de Diogo é a reforma agrária e a assim como Luiz, ele aposta na situação dos índios. "São fortes possibilidades esses dois temas, já que os conflitos por terra em ambos continuam ocorrendo, mas pouco são noticiados, tipo de situação que costuma virar tema", alerta o professor Diogo Xavier.

Um outro tema sugerido é o combate ao suicídio. "Por mais que seja considerado um tabu e pouco discutido, acredito eu que após a série "13 Reasons Why" ganhar notoriedade entre os jovens e principalmente após o jogo da Baleia Azul, somando a isso o fato de doenças como depressão serem subestimadas e frequentemente não tratadas, podendo chegar ao suicídio, pode sim ser também mais um tema. É uma forte possibilidade", enaltece Diogo. 

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Candidatos devem estar preparados para qualquer assunto 

"Professores, revistas especializadas, cursinhos e colégios sempre preparam uma lista de temas prováveis com sugestões muito boas. Mas apesar de passar o ano sugerindo a meus alunos temáticas semanais para as produções, eu costumo dizer que tentar adivinhar o tema é uma perda de tempo; o importante é estar preparado para qualquer um", alerta a professora Fernanda Bérgamo. 

Segundo Fernanda, os feras precisam ter conhecimento sobre todas as questões sociais para poder emitir uma opinião e saber defendê-la. "Uma boa dica é prestar atenção aos problemas que incomodam a sociedade, exemplo: como está o acesso à água, como anda a coleta de lixo, o que você acha do desperdício dos alimentos? E a violência contra os animais, os idosos, os negros, os homossexuais? Qual a sua opinião sobre as drogas, o bullying, a mobilidade urbana e a acessibilidade? Quando refletir sobre esses temas, faça anotações e busque soluções mentais", aconselha. 

Para ela, o aluno deve se preparar exercitando muito e se mantendo atualizado. "Quem deseja alcançar boas notas na redação do Enem deve conhecer detalhadamente as cinco competências que vão avaliar o seu texto. O melhor texto tem o estilo do candidato e ele se destaca porque não segue fórmulas prontas e respeita o gênero solicitado: o dissertativo argumentativo", finaliza Bérgamo. 

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Nesta segunda-feira (30), candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de todo o país podem conferir um aulão com dicas e resumos dos conteúdos que podem cair nas provas do Enem, nos próximos dois domingos de novembro, 5 e 12. A programação é transmitida ao vivo, horário do Recife, através da página do Facebook do LeiaJá.  

O evento está sendo promovido pelo Centro Universitário Universus – VERITAS, no Rio de Janeiro, instituição que faz parte do Grupo Ser Educacional, e conta com a participação de professores e alunos da faculdade. Confira:

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A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) divulgou, nesta segunda-feira (30), a prisão de membros de uma organização suspeita de fraudar concursos públicos de todo o país. Além disso, o mesmo grupo tentou burlar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2016 e pretendia atuar novamente na edição de 2017, nas provas que serão realizadas nos próximos dois domingos.

O delegado Rômulo Figueiredo, da PC-GO, afirmou em entrevista concedida à TV Anhanguera, que a operação foi antecipada para impedir a fraude ao Enem. “Comprovamos que o Enem 2016 foi fraudado. Em todos os concursos eles tentam atuar de uma forma ou de outra. Em alguns casos tem êxito, em outros não. Antecipamos a operação para esta semana visto que estavam planejando, via ponto eletrônico, fraudar o Enem 2017”, explicou o delegado. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) emitiu uma nota oficial afirmando não ter sido notificado a respeito do caso. O órgão ainda informou que estão“buscando acesso ao inquérito para poder se manifestar".  

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Panoptes 

A Operação Panoptes é realizada em conjunto pelas polícias de Goiás e do Distrito Federal com o objetivo de identificar e punir os responsáveis por liderar uma máfia de concursos. Entre os certames fraudados estão o da própria polícia, para o cargo de delegado substituto, e por esta razão foi suspenso pela Justiça. 

Cebraspe 

Entre os alvos da operação está um ex-funcionário do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), que é apontado como um dos líderes da organização. A polícia afirmou que o funcionário em questão foi demitido no mês de março após ser chamado para depor e que ele era responsável pela digitalização das provas, o que tornou possível que ele conseguisse preencher as folhas de respostas que eram entregues em branco com todas as respostas corretas antes de digitalizá-las e assim aprovar quem tivesse pago a propina. 

"Este servidor subtraía o cartão resposta dos candidatos, que entregavam os mesmos em branco e, após a subtração, os preenchia indevidamente e os devolvia para a correção. Assim, os candidatos eram aprovados sem fazer qualquer prova", disse o delegado. "A média cobrada era em torno de 20 vezes o salário para o cargo. Temos registro que em 2016 remeteram 35 milhões de euros para a Europa”, acrescentou ele. Após a aprovação, os candidatos chegavam a pagar até mais de R$ 100 mil, a depender do salário do cargo pretendido pelo candidato que contratava a organização. 

Além do Enem e de outros concursos por todo o Brasil, o Cebraspe também foi responsável por realizar vários concursos em Pernambuco, como os da Polícia Civil e Científica, que gerou polêmica por denúncias de irregularidades, da Defensoria Pública do Estado, da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), do Tribunal Regional Eleitoral e do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, todos realizados no ano de 2017. 

Aliciamento de candidatos 

A polícia também explicou que o grupo contava com aliciadores que atuavam nas portas de cursinhos preparatórios para Enem e concursos para conseguir clientes interessados em contratar o grupo. Os candidatos eram encaminhados por esses aliciadores para os principais articuladores da fraude. Os envolvidos no esquema fraudulento responderão por formação de organização criminosa, fraude a certame licitatório, falsidade ideológica e, em alguns casos, lavagem de dinheiro. 

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Para ajudar os feras que irão fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), nos dias 5 e 12 de novembro, o Centro Universitário Universus – VERITAS, no Rio de Janeiro, vai realizar dois aulões com resumos dos conteúdos que podem cair nas questões do Exame. E para facilitar o acesso as aulas, o LeiaJá irá transmitir ao vivo toda a programação.  

O primeiro "Aulão do Enem UNIVERITAS" acontece neste domingo (29), a partir das 8h, no horário de Brasília, e 7h na capital pernambucana. Já o segundo será no dia 30 de outubro, segunda-feira, a partir das 12h, no horário de Brasília, e 13h no horário de Recife. Os interessados em assistir aos dois eventos devem acompanhar toda transmissão pela página do Facebook do LeiaJá.  

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A programação vai contar com participação de professores e alunos da UNIVERITAS, uma das instituições de ensino do Grupo Ser Educacional. Além disso, os  aulões contarão com o apoio do PROENEM, portal de ensino a distância com foco no Exame.  

Para saber mais sobre os destaque do Enem no LeiaJá, confira todos os detalhes das nossas coberturas.   

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O calendário já informa a chegada da prova educacional mais aguardada do Brasil. Nos dias 5 e 12 de novembro, cerca de 6 milhões de candidatos são aguardados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um dos principais meios de acesso ao ensino superior brasileiro. Desde o início deste ano, o LeiaJá acompanhou a rotina de preparação dos feras e a dedicação dos professores em levar aos alunos as principais dicas sobre as questões cobradas na prova. E nesta reta final, cobriremos de perto todos os detalhes da avaliação, levando ao leitor as melhores informações do Enem 2017.

Para manter o internauta muito bem informado sobre o Enem, o LeiaJá preparou uma grande cobertura, que vai desde a produção de reportagens até transmissões pelo Fabebook. Já neste domingo (29), 7h de Recife, faremos um ao vivo direto do “Aulão do Enem UNIVERITAS”, promovido pelo Centro Universitário Universus – VERITAS, do Rio de Janeiro. Na segunda-feira (30), teremos outra transmissão do aulão, a partir das 13h, horário da capital pernambucana.

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Nos dois dias, os aulões contarão com o apoio do PROENEM, portal de ensino a distância com foco no Exame. Além de professores renomados, o evento contará com alunos da UNIVERITAS, uma das instituições de ensino do Grupo Ser Educacional. Para o vice-reitor da UNIVERITAS, Marcovan Porto, os aulões, além prepararem para o Enem, aproximarão os candidatos da universidade. “Sempre deixei claro que quero acabar com o abismo entre o ensino médio e o ensino superior. Trazendo os jovens cada vez mais cedo ao ambiente universitário é uma maneira de amenizar a tensão envolvendo essa transição de fase”, comenta, conforme informações da assessoria de imprensa.

Também na segunda-feira, às 19h, o programa ‘Vai Cair No Enem’ será ao vivo, pelo Facebook do LeiaJá. As transmissões serão realizadas até a sexta-feira (3), no mesmo horário, com as participações de professores que farão uma revisão final. Já no sábado (4), véspera do primeiro dia da prova, teremos o ao vivo 'Pré-Enem LeiaJá', às 15h, mostrando o clima final dos professores e dos feras antes da avaliação. 

No domingo, primeiro dia do Enem, nossos repórteres estarão nos principais pontos de prova apurando as informações do Exame. Depois da aplicação, teremos reportagens com análise dos professores sobre as questões, além de mais transmissões pelo Facebook.

Às 18h30 do domingo, horário de Recife, os feras poderão assistir ao programa Arena Nassau, que em parceria com o LeiaJá terá comentários e resoluções das questões cobradas no Enem. O ao vivo contará com professores do BJ Colégio e Curso.

Convidamos você, caro leitor, a acompanhar de perto a cobertura multimídia do LeiaJá. Reforçamos que na reta final para o segundo dia de provas também teremos uma vasta cobertura, tanto pelo nosso site quanto pelas redes sociais. Tudo que você precisa saber sobre o Enem #TáNoLeiaJá. 

O período de preparação para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não é fácil para muitos estudantes. Na maioria das vezes, os feras precisam enfrentar o nervosismo, a ansiedade e tantos outros dilemas na hora da seleção. Entretendo, a participação dos pais pode contribuir e muito na aprovação do candidato, a começar do incentivo para se inscrever no Exame. A orientação é do psicólogo e orientador educacional do Colégio de Boa Viagem, Flávio Leão. 

De acordo com o orientador, a partir do momento em que você consegue estabelecer uma relação entre pais e filhos, seja ela de apoio, companheirismo ou incentivo, isso fortalece a confiança do candidato em ser aprovado em qualquer vestibular. "Quando os pais ou responsáveis por aquele jovem estão presentes nesse processo de preparação, mostrando ao filho que ele vai conseguir, isso estimula a aprovação", diz Flávio. 

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"Quanto mais apoiar e acreditar, mais chance esse estudante pode ter. O lado afetivo fortalece a situação e faz com que até mesmo o próprio candidato acredite nele, pois há pessoas acreditando que ele pode conquistar uma vaga. Eles já têm o preparo cognitivo, por meio do aprendizado e estudo, mas alinhando isso ao lado afetivo, isso potencializa. Faz com que o aluno se sinta mais forte e preparado para enfrentar o desafio", reforça o psicólogo. 

Um exemplo de apoio é a família das irmãs gêmeas Nina e Isabel Xará. As duas estudantes do terceiro ano do ensino médio do CBV estão se preparando para enfrentar as provas do Enem nos dois primeiros domingos de novembro e conversaram com o LeiaJá sobre a participação dos seus pais nesse processo.  

"Ter os nossos pais por perto com certeza é uma ajuda enorme. A participação deles na nossa preparação me estimula demais. Às vezes eu realmente preciso de um incentivo, porque têm momentos que você está muito cansada da rotina. Então, é importante ter eles por perto porque reforçam minha atenção para os estudos", explica Isabel Xará que quer tentar uma vaga no curso de arquitetura da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). 

Assim como a sua irmã, Nina Xará tem se preparado desde o primeiro ano do ensino médio. "A gente estuda em casa, faz cursinho, participa de aulões, mas sempre com eles por perto. Em tudo que a gente faz, eles estão lá nos apoiando", conta Nina ,que pretende cursar cinema na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).  

Para os pais, essa participação é muito pessoal e depende muito de como eles lidam com os filhos. No entanto, Marcia Xará e Tito França acreditam que é uma responsabilidade de ambos. "Todo esse processo de preparação nós acompanhamos de perto, participamos de tudo e incentivamos. Depende muito de cada pessoa, mas essa presença não deve ser só nesses momentos. Tudo é uma construção e acreditamos que seja uma responsabilidade também", afirma a mãe das gêmeas. 

Ainda segundo ela, esse esforço não deve ser só para o Enem, mas é um trabalho para a vida inteira. "Eu sempre ensinei a elas que elas precisam tomar rédea da vida delas, ter responsabilidade, ser protagonista das suas escolhas.  Então, eu acho que é mais um trabalho longo de uma preparação contínua", desabafa Marcia. 

Tito, o pai de Isabel e Nina, fala que a relação dele e Marcia para com as meninas é muito mais de aconselhamento. "A gente tenta despertar nelas tudo aquilo que o mundo vai exigir delas, que consequentemente entra em uma carreira profissional, mas não impomos nada. Mostramos que é necessário ter uma carreira, seguir algo que você gosta e que elas precisam se preparar para isso. Eu só tento ensinar a elas o que espera por elas lá na frente", comenta o designer gráfico. 

Os pais também enfatizam que esse incentivo não pode ser apenas no último ano do ensino médio. Para Tito, isso tem que ser trabalhado desde o início do processo. "Não é aquela coisa assim: chegou no terceiro ano, agora participe da vida do seu filho. Não dá para dizer isso. Tem que ser algo trabalhado, plantado, cultivado ao longo do tempo. A gente só colhe o que planta, então se você cuidar bem da sua florzinha ela vai dar frutos. Mas tem que ser o tempo todo. Não dá para botar água só no verão, só depois que passar cinco dias no sol, não dá para dizer isso", aconselha.  

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Pressão pode atrapalhar nos estudos 

Se não é fácil para os estudantes, para os pais, frequentemente a sensação de impotência em relação ao desempenho dos filhos também não é nada tranquilizadora. Diferentemente da participação da família de Isabel e Nina, alguns pais, no mais puro intuito de contribuir, acabam prejudicando os estudos dos vestibulandos.  

Segundo o psicólogo Flávio, a pressão forte dos pais sobre os alunos pode afetar no desenvolvimento cognitivo dos jovens. "O pai termina interferindo em todo esse processo porque o filho se sente pressionado, tem que dar um resultado e, que muitas vezes, por essa pressão, essa cobrança termina bloqueando, não conseguindo conduzir a sua preparação de uma forma satisfatória. Na vida tudo tem limite. Eu acho que quando extrapolamos isso, tudo desanda", afirma Flávio. 

O orientador aconselha que quando essa cobrança excessiva é percebida, os professores e educadores próximos aos estudantes precisam mostrar à família do aluno ou até mesmo ao aluno, já que muitas vezes acontece o caminho inverso, quando o próprio estudante se cobra. "Muitas vezes os pais nem cobram, mas o filho se cobra demais. Tem que haver equilíbrio. Nem ter uma cobrança muito grande, nem um desleixo muito grande por ambas as partes", explica o psicólogo.  

Flávio ainda diz que a grande preocupação deve ser com os transtornos que essa pressão pode causar. "Às vezes a pressão é tão grande que você pode até entrar em um processo de pânico. Pode se desesperar, pois a coisa está tão pesada, tão forte, que você entra nesse estado".  

Saídas para os conflitos 

"Uma saída que eu vejo é procurar uma ajuda através de um orientador educacional. Só assim, o pai ou responsável vai ter condições de ter esse retorno através de um profissional capacitado. Buscando assim outros caminhos que contribuam para o processo de relação", comenta o orientador.  

Para o psicólogo do CBV, os pais devem estar sempre próximos aos seus filhos, sentir suas necessidades e apoiar em tudo que for necessário para que o candidato tenha uma boa prova. Sempre incentivando o estudante a cumprir as tarefas. "O aluno tem que saber que ele se preparou, que ele tem condições de se sair bem, que ele estudou e tem que acreditar. A partir do momento que você acredita, você tem condições de alcançar seus objetivos", finaliza Flávio. 

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