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A criação de um novo Regime de Recuperação Fiscal para os estados é um dos assuntos que deve dominar a pauta do Senado na próxima semana. O Congresso já recebeu mais uma proposta do governo na tentativa de solucionar a crise financeira dos governos estaduais, o Projeto de Lei Complementar 343/2017 que permite a suspensão por até três anos do pagamento de dívidas com o Tesouro Nacional.

Em contrapartida, os governadores terão que adotar uma série de medidas, como privatizar empresas e aumentar a contribuição de servidores para o regime de Previdência. O Planalto alega que a crise não será solucionada se não for acompanhada de um esforço das administrações para reequilibrar suas contas, daí a necessidade de condicionantes. 

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Ficará vedado aos governadores, por exemplo, dar aumento ao funcionalismo; criar novos cargos; ampliar a estrutura administrativa; realizar concursos (exceto para repor vagas já existentes); e criar ou ampliar novos incentivos tributários.

O projeto, que começou a tramitar na Câmara, não encontra consenso no Senado e deve gerar divergências. O líder do PSDB, senador Paulo Bauer (SC), diz que não adianta a União conceder algum benefício sem exigir um mínimo de esforço em troca.

“Ninguém pode gastar mais do que arrecada. O governo é igual às famílias ou às empresas e deve gastar o que tem, sem criar dívidas infinitamente”, afirmou Bauer em entrevista à Agência Senado.

Paulo Bauer reconhece que algumas medidas propostas são impopulares, mas acredita que isso não é motivo para alterações significativas no texto.“Popularidade tem que ser ganha pela competência e pela boa gestão pública, não pela demagogia e pela concessão de benefícios e compromissos que não podem ser honrados. Vamos ver muitos avanços nesses estados quando houver consciência de que o saneamento de agora vai trazer benefícios por décadas”, afirmou.

O senador José Medeiros (PSD-MT), vice-líder do governo, também concorda com a imposição de condições aos governadores, ainda que sejam medidas impopulares. “Queremos que os estados equacionem suas dificuldades, mas aqueles perdulários, que gastaram mais do que deviam durante anos não podem ser premiados”, afirmou.

O líder do Bloco Socialismo e Democracia, João Capiberibe (PSB-AP), discorda das propostas do Executivo. Segundo ele, a maioria são medidas que só mexem no acessório e não em pontos fundamentais, como a grande concentração de recursos nas mãos da União e o combate sem trégua à corrupção.

“Os estados quebraram e ninguém pergunta o porquê. Além da má gestão, o sistema que sustenta o poder público é corrupto e criminoso. É preciso uma reforma política, mas isso ninguém quer fazer, e o governo fica tentando correr atrás do prejuízo com políticas à prestação”, criticou.

Tentativas

Esta não é a primeira vez que o governo federal tenta equacionar o endividamento das unidades da federação fazendo exigências. No ano passado, o Planalto tentou incluir contrapartidas para a renegociação de dívidas durante a tramitação do PLC 54/2016, que deu origem à Lei Complementar 156/2016. Os senadores aprovaram várias condicionantes para a concessão de benefícios, mas estas foram derrubadas logo depois pela Câmara.

Diante dessa situação, em 29 de dezembro, o presidente Michel Temer vetou o capítulo que tratava da recuperação fiscal. Na justificativa, o Executivo alegou que a alteração no projeto feita pelos deputados desvirtuou o regime e trouxe um risco elevado para a União.

*Com a Agência Senado.

O Senado Federal está analisando propostas que caracterizam os crimes cometidos na internet e preveem penas mais severas nesses casos. Entre eles está o Projeto de Lei 436/2015, do senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), que altera o Código Penal para punir com maior rigor aqueles que praticarem o crime de vilipêndio a cadáver pela internet. Hoje esse tipo penal prevê detenção de um a três anos.

O texto propõe que a pessoa que compartilhar ou publicar imagem, foto ou vídeo por meio da internet (inclusive aplicativos que permitam troca de dados, como por exemplo, WhatsApp) terá a pena aumentada em um a dois terços. Atualmente, o Brasil conta com uma norma criada exclusivamente para regular crimes digitais, a Lei 12.737/2012 que especifica punições para infrações relacionadas ao meio eletrônico, como invadir computadores, violar dados de usuários ou "derrubar" sites. 

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De acordo com o senador, o que motivou a apresentação da proposta foi a divulgação na internet de imagens do corpo do cantor Cristiano Araújo, que morreu em 2015 um acidente de carro. Segundo Alcolumbre, a mudança na lei se justifica pelo alcance e rapidez do compartilhamento de informações pelas redes sociais. “O agente que posta a foto ou vídeo multiplica a dor daqueles que têm seu ente querido, recém-falecido, exposto de maneira insensível e cruel. Não há escrúpulos para aquele que faz do cadáver objeto de promoção pessoal em mídias sociais”, justifica o senador.

O projeto está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde aguarda designação de relator.

Sem retratação

Outros crimes já previstos no Código Penal poderão ganhar especificações quando praticados pela internet. É o caso de constrangimento ilegal, ameaça, calúnia, injúria e difamação conforme consta de projeto de lei (PLS 481/2011) do senador Eduardo Amorim (PSC-SE), que também está em exame na CCJ.

A nova abordagem em relação a esses cinco delitos constava de duas propostas de Eduardo Amorim: os PLS 481 e 484, de 2011. O relator na Comissão de Ciência e Tecnologia, o então senador Sérgio Souza (PMDB-PR), optou por condensá-las em um substitutivo, acrescido de uma emenda própria e de outra apresentada por Amorim.

Entre outros pontos, o novo texto altera o artigo 143 do Código Penal, que livra de punição o ofensor que se retratar da calúnia ou difamação antes da sentença. A mudança proposta impediria a concessão do benefício quando esses crimes contra a honra e a vida privada das pessoas forem cometidos pela internet.

Perfis falsos

O ato de esconder atrás de perfis falsos nas redes sociais para cometer crimes também pode estar com os dias contados. Inspirado em uma lei norte-americana que entrou em vigor em 2011, no estado da Califórnia, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) apresentou o PLS 101/2011 que criminaliza a criação de identidade ou perfil falsos na internet.

Conforme o texto, que altera o Código Penal, aquele que assumir ou criar identidade ou perfil falso em redes sociais ou sítios da internet, para obter vantagem indevida, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outra pessoa poderá ser condenado a 1 a 3 anos de reclusão.

O projeto, que está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) ainda estabelece que o agente que assumir ou criar identidade ou perfil que diz respeito à outra pessoa, física ou jurídica, sem a sua autorização, poderá ser preso por até quatro anos.

*Com a Agência Senado.

Os deputados estaduais do Rio Grande do Sul aprovaram na madrugada desta quarta-feira (21) dois projetos de lei do governo gaúcho que extinguem oito fundações gaúchas. Cerca de 1,2 mil servidores regidos pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem ser demitidos. Pela proposta, durante o processo de extinção das fundações, os empregados terão o contrato de trabalho rescindido no prazo de até 180 dias, com pagamento das respectivas verbas rescisórias.

Foram extintas as fundações; de Ciência e Tecnologia (Cientec); de Economia e Estatística; Piratini  (TVE/FM Cultura); de Desenvolvimento e Recursos Humanos Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore e de Pesquisa Agropecuária (Fepagro).

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A extinção das fundações faz parte do Plano de Modernização do Estado, encaminhado em novembro pelo Executivo para tentar sanar as dificuldades financeiras. Segundo o governo estadual, os serviços e as atividades das fundações serão incorporados por secretarias ou absorvidos pelo mercado, o que deve proporcionar economia de R$ 120 milhões por ano.

Para o Sindicato dos Empregados em Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas e de Fundações Estaduais do Rio Grande do Sul, as razões econômicas e políticas apresentadas pelo governo para extinguir as fundações não se sustentam. “Para a população, fica um alerta: não é crise, é projeto de governo. São tempos escuros os que temos pela frente, mas nada vai nos impedir de sempre buscar o melhor para os trabalhadores e trabalhadoras e para a sociedade gaúcha”, diz a entidade, em nota.

A presidente Dilma Rousseff encaminhou na quarta-feira, 11, ao Congresso Nacional textos de três projetos de lei. As mensagens de envio estão publicadas em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) com data da quarta-feira. Os textos não trazem o teor das mudanças propostas.

O primeiro projeto "abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor de Encargos Financeiros da União, crédito suplementar no valor de R$ 1.908.053.072,00, para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente".

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O segundo texto "altera o Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados e regula as operações de seguros e resseguros".

O terceiro projeto enviado "dispõe sobre o Sistema Nacional de Emprego, criado pelo Decreto no 76.403, de 8 de outubro de 1975".

O Governo de Pernambuco convocou uma coletiva de imprensa para anunciar, na tarde desta segunda-feira (21), um pacote de"novas medidas para enfrentar a crise". Apesar de não confirmar, a expectativa é de que os novos projetos versem sobre o aumento de impostos estaduais. De acordo com a assessoria de imprensa da gestão, o governador Paulo Câmara (PSB) não participa do comunicado que será feito pelo secretário da Fazenda, Márcio Stefanni. 

O reajuste deve atingir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos (ICD). Os percentuais em cima das alíquotas atuais foram estudados pela Secretaria da Fazenda e apresentados ao governador no último fim de semana. 

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Segundo informações de bastidores, a previsão inicial é de que os projetos de lei sejam encaminhados a Assembleia Legislativa (Alepe) ainda esta semana. Com maioria na Casa, Paulo Câmara não deve enfrentar grandes dificuldades para aprovar os textos. Caso seja aprovada ainda este mês, segundo a legislação brasileira, os reajustes podem começar a vigorar apenas em 2016.

A Associação Nacional de Procuradores da República, órgão de representação dos procuradores, emitiu nota técnica criticando os projetos de lei encaminhados pelo governo ao Congresso sobre a tipificação do crime de terrorismo. Para os procuradores, os projetos de lei elaborados pelo governo são uma forma "envergonhada" de o País entrar na discussão sobre o assunto e não são suficientes para o combate do terrorismo no Brasil. "Este projeto está tecnicamente equivocado, e não cumpre as obrigações assumidas pelo País, pois, a rigor, e ao contrário do noticiado, não tipifica o crime de terrorismo", diz a nota. "De todos que consultei, ninguém está contente. Todos concordaram com a nota", afirma o presidente da entidade, José Robalinho Cavalcanti.

Segundo Cavalcanti, as propostas apresentadas pelo governo "lamentavelmente não atendem às exigências dos tratados internacionais nem da nossa Constituição, porque não tipifica o crime de terrorismo". Ele explicou que a nota técnica, endereçada a parlamentares, tem o objetivo de "auxiliar" a discussão que deve se dar no Congresso neste segundo semestre.

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O governo federal enviou em junho dois projetos de lei com pedido de urgência ao Congresso para que seja tipificada a existência de "organização criminosa", além da previsão de punições para quem cometer atos terroristas ou contribuir no financiamento dessa prática criminosa. Para evitar sanções financeiras internacionais, o País se comprometeu a aprovar até outubro uma lei que prevê esse tipo de crime.

‘Dificuldade’

Para os procuradores, um dos principais problemas dos projetos do Executivo é o fato de não haver uma lei específica para tratar de terrorismo, tema caro ao governo. Diante das preocupações de que uma lei antiterrorismo possa enquadrar movimentos sociais e manifestações políticas, o governo decidiu encaminhar um projeto que modifica a lei que trata sobre organizações criminosas, incluindo a definição de "organização terrorista". Para Cavalcanti, se o projeto do Executivo for aprovado, haverá dificuldade em combater o terrorismo . "Como operador de direito penal, terei dificuldade de colocar essa interpretação. Isso em cima do mesmo fato, da recusa (do Executivo) de tipificar o crime de terrorismo", afirmou.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), autor de um projeto de lei no Senado que trata sobre terrorismo, está entre os integrantes do Poder Legislativo que foram procurados. "O Brasil não pode ficar sem um projeto como esse", disse o senador. O parlamentar acrescentou ainda que o projeto de sua relatoria deve ser apresentado para apreciação do Senado em agosto. Na nota técnica, a associação de procuradores diz que o projeto de Jucá abrange as exigências necessárias para que o Brasil combata o terrorismo.

Na Câmara, o texto encaminhado pelo governo ainda precisa passar pelo crivo de duas comissões, a de Segurança Pública e de Constituição e Justiça (CCJ). Na primeira, a relatoria é do deputado Alberto Fraga (DEM-DF). "Fui procurado porque eles dizem que meu projeto é mais completo, melhor do que o que o governo mandou. Acho que tem muita chance de ser aprovado", afirmou o deputado do DEM, que, além de relator o texto do Executivo na comissão, é autor de outro projeto sobre terrorismo.

"O meu (texto) fala em prevenção. Hoje, se você descobre uma célula terrorista preparando um atentado, não há previsão nenhuma de punição. No meu existe", disse Fraga.

O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), relator do texto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, considera o envio do texto pelo governo um avanço, mas diz que, a partir das considerações feitas por diversos setores, é possível melhorá-lo. A previsão é de que texto comece a ser apreciado na Casa em agosto, na volta do recesso do Legislativo.

Para um eleitor antenado, acompanhar todos os projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional pode ser um desafio dos grandes. Um aplicativo, no entanto, quer facilitar a atividade. Através do SigaLei, o cidadão pode acompanhar as discussões e ser notificado sempre que as pautas forem atualizadas.

Desenvolvido pelo engenheiro de software Danilo Amaral de Oliveira, o aplicativo permite realizar buscas por projetos de lei por temas, além de informar quem foi o autor da proposta e o seu número. Também dá acesso às votações que ocorreram no projeto de lei e mostra quais parlamentares votaram a favor ou contra.

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O SigaLei foi um dos projetos premiados no Inovapps, concurso de inovação realizado pelo Ministério das Comunicações em 2014. O aplicativo, disponível para iOS e Android, foi construído no pólo de startups de São Carlos, em São Paulo. 

O aplicativo SigaLei está disponível na App Store e Google Play.

O pacote anticorrupção preparado pelo Palácio do Planalto, que deverá ser apresentado nesta quarta-feira, 18, pela presidente Dilma Rousseff, deverá contar com pelos menos quatro Projetos de Lei que deverão ser encaminhados para discussão no Congresso Nacional.

Em reunião realizada no início desta noite, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), as linhas gerais do pacote. No encontro, também estiveram presentes alguns líderes da base aliada do governo.

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Segundo alguns dos presente na reunião, entre os projetos que deverão ir para discussão dos parlamentares nos próximos dias está o que trata da criminalização do Caixa 2; da lavagem de recursos eleitorais; de ação de extinção de domínio e de enriquecimento ilícito.

Segundo o líder do PP no Senado, Benedito de Lira (AL), até mesmo a regulamentação da Lei Anticorrupção deverá ser alvo de um projeto de Lei para que entidades envolvidas no debate também possam participar da elaboração final do texto.

A regulamentação poderia ser feita por meio de decreto da presidente Dilma Rousseff. "Há uma determinação do governo para que as coisas possam chegar ao Congresso Nacional num processo compartilhado. Não é apenas uma decisão em nível de Executivo. O Legislativo, a Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público também foram chamados para participar do debate", afirmou Lira após a reunião.

O pacote é uma das iniciativas que o Palácio do Planalto pretende tomar para tentar atender às demandas ocorridas durante às manifestações ocorridas no último domingo. Entre os principais temas de protestos estavam os pedidos de punição dos envolvidos no esquema que desviou bilhões da Petrobras.

Dois projetos de lei (PL) que, entre outros pontos tratam da definição do conceito de família, prometem esquentar a discussão no Congresso Nacional. Pelo nome que receberam, muito parecidos – um Estatuto da Família e o outro Estatuto das Famílias - as propostas parecem ser iguais, mas na prática são completamente diferentes. A primeira é mais convervadora enquanto a segunda é mais progressista.

A que tramita na Câmara (PL 6.583/13) é o Estatuto da Família, relatada pelo deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), define família como o núcleo formado a partir da união entre homem e mulher, por meio de casamento, união estável ou comunidade formada pelos pais e seus descendentes. A definição é a mesma que está no Artigo 226 da Constituição Federal. Já o  Projeto de Lei Suplementar (PLS) 470/13, o Estatuto das Famílias, que tramita no Senado,  reconhece a relação homoafetiva como entidade familiar ao rever o instituto da união estável e amplia sua conceituação.

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No relatório do projeto do Estatuta da Família, que será entregue na segunda-feira (17) à comissão especial que analisa a proposta na Câmara, Fonseca, que também integra a bancada evangélica, promete acirrar a polêmica. “Eu estou colocando no relatório a proibição da adoção [por casais do mesmo sexo]. Se o Artigo 227 ( da Constituição Federal) diz que a família é para proteger a criança, como é que dois homens, duas mulheres que são homossexuais que dizem ser pais, querem adotar? Adotar para satisfazer a eles ou a criança? A adoção é para contemplar o direito da criança, não do adotante”, justifica. O direito de adoção por homosexuais foi reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça em votação unânime em abril de 2010.

Desde fevereiro, a página da Câmara tem uma enquete que pergunta se os internautas concordam com a definição de família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher. A enquete já recebeu mais de 4 milhões de votos. Até o fechamento desta reportagem, o resultado estava praticamente empatado com 49,52 % dos votos para sim e 50,16% para não e 0,32 % dos internautas disseram não ter opinião formada sobre o tema.

Ronaldo Fonseca nega que a divisão reflita o pensamento da sociedade brasileira. “Aquela enquete deve ser vista apenas pela força de mobilização e não de opinião. Uma [mesma] pessoa pode votar várias vezes, inclusive os ativistas homossexuais têm escritório só pra fazer isso, mas é interessante ver que a sociedade está mobilizada”, disse.

Sem citar fonte, o deputado diz ainda que há pesquisas que apontam que a sociedade brasileira, na sua maioria, quer que o conceito de família tradicional seja mantido. “Não é questão de perseguição, é que na proteção especial do Estado para a família em que está configurada a integridade da família, o Estado não pode simplesmente reconhecer que dois homens querem viver como família. Que história é essa? Dois marmanjos? Qualquer pessoa que se junta agora é família? Se duas mulheres querem fazer sexo, que façam, mas que não busquem a proteção do Estado”, diz.

Deputados que rechaçam a proposta tentarão protelar ao máximo a votação prevista para o fim deste mês. Se aprovada, ela segue para o Senado. Nomes na Câmara, como o de Erika Kokay (PT-DF) e Jean Wyllys (PSOL/RJ), vêm sendo voz e ouvido de movimentos atingidos pela proposta defendida por Fonseca. Presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABLGBTT), Carlos Magno Silva, mantém um diálogo permanente com esses parlamentares e afirma que a votação este ano poderia significar uma derrota para a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros).

A formatação do Congresso Nacional a partir do ano que vem também não é favorável. Enquanto a bancada evangélica cresceu, muitos  parlamentares que levantavam a bandeira dos direitos humanos como prioridade não foram reeleitos.

“ A gente nunca teve um quadro de representação tão conservador. Estamos tentando contato com os deputados para constituir uma Frente Parlamentar pelos Direitos LGBT forte e atuante porque a próxima legislatura vai ser de muito embate, de muita disputa política. Este setor [evangélicos] tem se organizado para impedir qualquer avanço no reconhecimento de direitos humanos”, afirmou Carlos Magno. No caso de um grupo misto, a ex-ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT-SP), que está de volta ao Senado, e a senadora Lídice da Mata  (PSB-BA) devem ser procuradas .

Magno disse ainda que não existe uma estratégia definida de atuação, mas afirmou que vão encontrar uma forma de evitar que a proposta mais conservadora avance. “Isso é um retrocesso. Vai na contramão de tudo que já avançamos no Brasil e em outros países. Não existe só um formato de família. Existem vários formatos de família”, criticou, elencando conquistas do movimento como o direito à adoção e ao casamento.

A união de casais do mesmo sexo foi reconhecida em maio de 2011 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Dois anos depois, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma resolução proibindo que os cartórios do país recusem celebrar casamentos civis de casais do mesmo sexo ou de converter em casamento a união estável homoafetiva.

Magno defende o texto que tramita no Senado, a PLS 470/13 . Chamada de Estatuto das Famílias – no plural- , é menos conservadora. O texto reconhece a relação homoafetiva como entidade familiar ao rever o instituto da união estável, amplia sua conceituação, sem que ela fique restrita à ligação formal entre homem e mulher. A mesma proposta retira toda a parte de família do Código Civil e a coloca em um estatuto próprio. Também polêmica , a matéria aguarda votação do parecer favorável do senador João Capiberibe (PSB-AP) na Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Casa.

Os boatos se espalham num piscar de olhos. Falsos projetos políticos têm aquecido essas noticias. No fim de maio deste ano, circulava nas redes a informação que os deputados federais haviam votado e aprovado dois projetos que acabariam com o 13º salário e a licença férias. Tal notícia ainda trazia o nome dos políticos que teriam sido favoráveis à proposta. Mas o boato logo foi desmascarado, pois havia erros grosseiros na informação repassada, como partidos políticos extintos e representantes que mudaram de legenda.

Outra notícia que causou alvoroço na população foi o suposto fim do Bolsa Família. Os beneficiários do programa social tumultuaram as agências bancárias tentando receber o dinheiro. Um dos motivos seria porque o auxílio seria cancelado, caso o saque não fosse efetuado até um determinado horário.

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Só que os boatos geralmente deixam vítimas. Foi o que aconteceu com a Senadora Ana Rita, filiada ao PT do Espírito Santo. A senadora foi acusada de ser autora de um projeto de lei que indignou a maioria da sociedade e lideres religiosos: o 'Bolsa Prostituta'. A notícia espalhada foi que as profissionais do sexo receberiam um auxílio de R$ 2 mil mensais. Com essa ajuda financeira, as garotas de programa teriam a possibilidade de ter uma vida mais digna e garantir qualidade aos serviços oferecidos, pois as profissionais poderiam frequentar academias e fazer tratamentos estéticos custeados pelo benefício.

Segundo a parlamentar, que também preside a Comissão de Direitos Humanos no senado, a notícia inverídica causou muito transtorno a sua vida. A senadora recebeu críticas de várias cidades do Brasil e perdeu bastante tempo tentando explicar à sociedade que se tratava de um boato. “Essa mentira ganhou repercussão nacional e me causou muito constrangimento. Recebi inúmeros telefonemas e e-mails com xingamentos. Também cheguei a ser criticada por lideres religiosos durante a celebração. Levei muito tempo para justificar para as pessoas que tal projeto não existia. Respondemos cada email, concedi incontáveis entrevistas para justificar uma notícia caluniosa, oriunda de um blog e proliferada por alguns veículos de comunicação, sem que a notícia fosse devidamente apurada”, afirmou Ana Rita.

A Senadora considerou tal informação um desserviço que tenta manchar a imagem do candidato, prejudica o mandato e não constrói nada para a sociedade. Ana Rita está acionando na justiça o autor do boato e também as pessoas que multiplicaram a notícia.

De acordo com o advogado criminalista e conselheiro da OAB – PE, Maurício Bezerra, os boatos podem ser considerados crime, com penas que podem variar de 6 meses a 2 anos de detenção. “Em tese, o boato pode se caracterizar como crime contra a honra, calúnia, difamação, injúria. E o código penal traz punição específica para cada caso. Eles se enquadram como crime de menor potencial ofensivo, com penas que podem chegar até dois anos. Como se trata de detenção e não reclusão, as penas podem ser substituídas por prestação de serviço”, ressaltou o advogado. Ele também informou que, além da pena, a pessoa que está sendo processada passa a ter os direitos políticos cassados e terá o nome inserido na ficha de antecedentes criminais.

O Congresso se reúne na próxima terça-feira (18) para examinar quatro vetos presidenciais. A sessão está marcada para as 19h no plenário da Câmara dos Deputados. O item mais polêmico é o que resultou na rejeição integral de projeto que facilitava a criação de municípios.

Também estão na pauta os vetos sobre o repasse de recursos públicos às universidades comunitárias; o que normatiza a travessia de pedestres próximos às escolas; e o que regula a condução de veículos de emergência. Desde dezembro, com a promulgação da Emenda Constitucional 76, deputados e senadores apreciam vetos em votação aberta.

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A presidente Dilma Rousseff (PT) vetou totalmente o substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 98/2002 – Complementar, que estipulava novas regras para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Em tese, a proposta, do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB) possibilitaria a criação de aproximadamente 400 novas cidades.

Segundo a União Brasileira em Defesa da Criação dos Novos Municípios (UBDCNM), seriam criados mais municípios principalmente nos estados do Maranhão, Bahia, Ceará e Pará. No Ceará, 26 distritos têm condições de pedir a emancipação dos municípios de que fazem parte. É o caso de Jurema (Caucaia), Guanacés (Cascavel) e Pajuçara (Maracanaú), localizados próximos à capital, Fortaleza, e que reivindicam autonomia.

 

O prefeito Geraldo Julio assinou, nesta segunda-feira (18), dois projetos de lei, que seguirão para a Câmara de Vereadores para avaliação. O primeiro deles trata da criação do Conselho da Cidade, o segundo prevê a obrigatoriedade da instalação do "Telhado Verde" nas edificações.  Além deles, dois decretos: o que institui a formação do Comitê Gestor de Planejamento Urbano no âmbito do executivo municipal e um documento que exige orientação prévia para empreendimentos de impacto.

"De forma integrada, esses atos têm o objetivo de colaborar para a transformação da nossa cidade, tornando-a mais sustentável com base em diversos aspectos e com a qualidade de vida muito melhor. Uma cidade com mais verde, lazer, com o espaço urbano mais equilibrado e com menos problemas no descolamento. É isso que a gente deseja: uma agenda estruturante de um governo popular que tem o interesse de governar com a cidade", afirmou Geraldo Julio.

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O prefeito elencou outras ações já iniciadas pela PCR para enfrentar a falta de planejamento vivenciada na cidade. "A agenda atual da Prefeitura tem como base criar o sentimento das pessoas com a cidade. Para isso, lançamos programas como o 'Recife Antigo de Coração', que resgata esse cuidado da população. Além dessa iniciativa, uma série de projetos para garantir o ordenamento dos espaços urbanos foram colocados em prática. Nossa meta é tornar a Prefeitura protagonista desse planejamento que deve ser feito de forma participativa", reiterou.

O primeiro projeto de lei assinado se refere à instalação do Conselho Municipal da Cidade. O grupo reúne representantes do poder público e da sociedade civil. Além disso, o órgão oferecerá mecanismos que permitirão o controle social; promoverá a participação popular na definição e execução das políticas urbanas, permitirá a interação das diversas políticas públicas setoriais da gestão urbana e garantirá a efetividade do Plano Diretor. O conselho será presidido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Planejamento Urbano.

Os vereadores também apreciarão o projeto de lei conhecido como “Telhado Verde”. O telhado é um importante aliado no combate aos efeitos das mudanças climáticas podendo influenciar nas temperaturas urbanas.Trata-se de uma camada de vegetação aplicada sobre a cobertura das edificações, ou da área de estacionamento e piso de área de lazer com o objetivo de melhorar o aspecto paisagístico, diminuir as ilhas de concentração de calor existentes na cidade absorvendo parte do escoamento superficial e melhorando o microclima local.  De acordo com o gestor, esta é uma prática sustentável que tem como foco a melhoria da qualidade de vida a partir de um mecanismo capaz, também, de realizar a captação da água da chuva para o seu reaproveitamento.

PLANEJAMENTO

Dois decretos também compõem esse conjunto de iniciativas com foco no planejamento urbano. O prefeito instituiu a formação do Comitê Gestor de Planejamento Urbano no âmbito do executivo municipal. O comitê será responsável pela promoção, discussão e monitoramento da política de desenvolvimento urbano do Recife. O vice-prefeito, Luciano Siqueira, presidirá o grupo e o Instituto da Cidade Engenheiro Pelópidas Siveira, ligado à Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano, exercerá a função de coordenação técnica.

O último decreto assinado foi o de orientação prévia para empreendimentos de impacto. O documento consiste na formulação de diretrizes urbanísticas integradas com a finalidade de orientar os empreendedores no processo de elaboração de projetos. O decreto prevê, dentre outros detalhes, a análise e ocupação do solo no contexto urbano, mobilidade, acessibilidade e áreas de interesse social. A análise, formulação e emissão das orientações prévias serão atribuições do Instituto Pelópidas Silveira, bem como fazer os encaminhamentos à Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, por meio da Secretaria Executiva de Licenciamento e Urbanismo, parceira da ação.

Com informações da assessoria.

A retomada do julgamento da Ação 470, do Caso do Mensalão, causou grandes polêmicas entre os brasileiros. Alguns se posicionaram contra, outros a favor da reabertura do processo, que foi julgado no último dia 18. Os, antes desconhecidos, embargos infringentes começaram a dividir opiniões até no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação dos embargos terminou bem acirrada entre os ministros, a reabertura do julgamento foi aceita por 6 votos a 5, com a palavra final do decano da Corte, o ministro Celso de Mello. Esta história que atraiu a atenção do Brasil, naquelas duas semanas, de acordo com um levantamento divulgado neste sábado (5), pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) foi conhecida por 59,8% dos recifenses, destes 68,6% se posicionaram contra os embargos infringentes.

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O embargo é um recurso que permite uma nova análise nos casos em que o réu é condenado com ao menos quatro votos pela absolvição. Os números segundo o cientista político e professor da UFPE, Adriano Oliveira, constatam o pouco conhecimento dos recifenses com relação ao Mensalão, apesar de serem avessos a corrupção. “O entrevistado mostra que não tolera a corrupção, entretanto ele não procura informações. Pois para ele já é algo natural. Os embargos infringentes é um termo técnico que eles desconhecem”, explicou.

Com a aceitação dos embargos infringentes, no Caso do Mensalão, um novo julgamento será realizado para 12, dos 25 condenados, eles tiveram menos quatro votos pela absolvição: João Paulo Cunha, João Cláudio Genu e Breno Fischberg (no crime de lavagem de dinheiro); José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, Marcos Valério, Kátia Rabello, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz e José Salgado (no de formação de quadrilha); e Simone Vasconcelos (na revisão das penas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas). No caso de Simone, a defesa pede que os embargos sejam válidos também para revisar o cálculo das penas, não só as condenações.Ainda para Oliveira “as pessoas exigem que tenha uma pena severa para os mensaleiros”, e por isso a maioria reprova os embargos infringentes.  Após o julgamento, para reduzir o impacto causado no país de que a Justiça no Brasil “termina em pizza”, alguns políticos como o deputado federal pernambucano Mendonça Filho (DEM) e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), se posicionaram contra a permanência dos embargos infringentes em julgamentos do STF, apresentando Projetos de Lei na Câmara e no Senado para a exclusão deste tipo de recurso. 

Os dados do IPMN foram coletados entre os dias 26 e 27 de setembro, foram entrevistados 626 recifenses. A margem de erro do levantamento é estimado em 4,0 pontos percentuais para mais ou para menos.

Terminam neste domingo (1º) as inscrições para a edição deste ano do programa Câmara Mirim, realizado pela Câmara dos Deputados. A ação é destinada a estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, proporcionando aos alunos a experiência de ser deputado por um dia.

Os participantes devem fazer projetos de lei e as três melhores propostas serão defendidas pelos autores no Plenário. Será feita a simulação de uma sessão ordinária.

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O programa será realizado no dia 22 de outubro. A divulgação dos projetos aprovados será feita pela internet, no dia 16 de setembro. No momento da avaliação, alguns dos aspectos que serão levados em consideração são criatividade e originalidade; adequação obrigatória ao tema; clareza de ideias; pertinência e importância da aprovação do projeto para a sociedade brasileira.





A edição deste ano do programa Câmara Mirim está com inscrições abertas até o dia 1º de setembro. Realizada pela Câmara dos Deputados, a ação é destinada a estudantes do 5º ao 9º ano do ensino fundamental, proporcionando aos alunos a experiência de ser deputado por um dia.

Os candidatos devem fazer projetos de lei e as três melhores propostas serão defendidas pelos autores no Plenário. Será feita a simulação de uma sessão ordinária.

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O programa será realizado no dia 22 de outubro. A divulgação dos projetos aprovados será feita pela internet, no dia 16 de setembro. No momento da avaliação, serão levados em consideração diversos aspectos, tais como criatividade e originalidade; adequação obrigatória ao tema; clareza de ideias; pertinência e importância da aprovação do projeto para a sociedade brasileira.



Pernambuco tem quatro estudantes de escolas públicas estaduais selecionados para a edição deste ano do Parlamento Jovem Brasileiro, ação realizada pela Câmara dos Deputados, que visa oferecer a alunos participações em jornadas parlamentares. Os contemplados são Abigail Rodrigues, de Olinda; Barnabé Lucas Neto, de Jupi; João Alexandre Neto, de São Joaquim do Monte; e Maria Eduarda de Lima, de Gravatá.

Os alunos tiveram seus projetos de leis selecionados entre os 144 inscritos, bem como em meio aos 16 finalistas no Estado. A divulgação do resultado final foi feita recentemente, pela Câmara.

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Ao Todo, 78 estudantes representarão os estados brasileiros nesta edição. O projeto completa em 2013 dez anos. Mais de 1,6 mil projetos de lei foram criados e encaminhados por jovens de todo o território nacional. No próximo mês, dos dias 22 a 27, os selecionados irão a Brasília, onde assumem cargos na Câmara e conhecerão o cotidiano dos deputados.   



 

O processo de aceleração do Senado na votação dos projetos, que visam atender as reivindicações dos brasileiros que foram às ruas do país, deve acrescentar sessões de votação plenária para as segundas e sextas-feiras. De acordo com o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB) as sessões desses dias são dedicadas a pronunciamentos e não ocorrem análises de projetos.

"Vamos ter votações nominais na sexta e na segunda nos próximos 15 dias para tentarmos resolver a nossa pauta sem que tenhamos que usar os dias do recesso, que são 15 dias em julho. Mas, se for necessário, utilizaremos o recesso. O fundamental é, no conteúdo e na velocidade, agilizar o atendimento as demandas da sociedade", pontuou o peemedebista.

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O representante do executivo municipal na Câmara, vereador do Recife Aerto Luna (PRP), teve um encontro com o secretário de Governo, Augusto Miranda, nesta quinta-feira (22), para dialogar sobre as prioridades de votação nesse fim de legislatura. O encontro servirá para indicar os projetos que são considerados prioritários pelo atual prefeito, João da Costa (PT), e deverão ser arquivados ou votados na próxima segunda-feira (26).

No decorrer desta semana e na intenção de agilizar as votações, o presidente da casa, Jurandir Liberal (PT), solicitou que os parlamentares e representantes da prefeitura indicassem quais são as matérias mais importantes. Antes de entrar em recesso a Câmara terá que votar 157 Projetos de Lei, dos quais deste total 22 foram enviados pelo executivo municipal.

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A mudança de governo é um dos temas que tem gerado dúvidas na hora das votações, pois muitos projetos enviados pelo atual prefeito João da Costa (PT) passam por um reavaliação a fim de atender as demandas da equipe de transição do prefeito eleito, Geraldo Julio (PSB). Cerca de cinco matérias do executivo poderão sair da pauta e serão votadas somente em 2013.

A equipe de transição do socialista está de olho em alguns projetos, principalmente naqueles que aumentarão os gastos com a folha administrativa como é da criação do plano de cargos e carreiras para a guarda municipal.

Há também matérias que tratam da diminuição de receita com o perdão das dívidas tributárias, dado às confederações desportivas e ao financiamento de R$ 389 milhões junto a Caixa Econômica Federal.

Durante a votação na tarde desta terça-feira (20), o vereador Aerto Luna (PRP) pediu adiamento para os três projetos de Lei de Autoria do executivo municipal e alegou ser necessária uma conversa com secretários em exercício e equipe de transição do prefeito eleito Geraldo Julio (PSB).

Segundo o parlamentar, os textos precisam ser revistos principalmente em algumas questões técnicas e durante a próxima semana entrarão novamente na pauta do dia. “À pedido do executivo, o projeto, que diz respeito aos anúncios publicitários, está sendo atualizado para se adequar a eventos como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Os que dizem repeito aos convênios com a Secretaria de Cultura precisam ser amadurecidos. Já o projeto sobre a preservação do patrimônio histórico precisa ser discutido com a secretária de Controle e Desenvolvimento Urbano, Maria De Biase”, declarou Aerto Luna.

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O projeto de número 17.521/2008 trata da veiculação de anúncios publicitários nos espaços públicos. O 24/2010 autoriza um convênio entre a fundação de Cultura do Recife e entidades da sociedade civil sem fins lucrativos. Outro projeto (22/2010) está relacionado à preservação do Patrimônio Histórico e Cultural no bairro da Boa Vista.

Com a retirada do projeto de número 84/2012 pelo vereador e autor do requerimento, Maguari (PSB), a Câmara aprovou 9 dos 13 projetos apresentados para votação nesta terça-feira (20). Nesse final de legislatura, os parlamentares pretendem votar cerca de 157 projetos que estavam arquivados desde 2010, além das 76 matérias que aguardam o parecer das comissões parlamentares.

Os vereadores da Câmara Municipal do Recife votarão na tarde desta terça-feira (20) 13 dos mais de 150 projetos pendentes na Casa. Dentre as matérias que serão apreciadas hoje (20), 10 são de autoria dos parlamentares e outros três do Executivo, que aguardam a votação mediante pedido de urgência desde 2010.

As matérias que irão a votação prevê a autorização da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura para a realização de convênios ordenamento e regularização da zona especial de preservação histórico-cultural, localizada na Boa Vista.

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Já dentre os outros 10 projetos de lei são de autoria de sete vereadores e preveem desde a disponibilização de alimentação diferenciada para alunos diabéticos na escolas da rede municipal até a criação de uma paraolimpíada na cidade.

Para serem aprovados, os projetos precisam ser apreciados pela maioria dos vereadores da casa, que totalizam 37 nesta legislatura.  

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