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A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) apresentou um projeto de lei que propõe a desobrigação do uso de máscaras pela população pernambucana. Na sessão ordinária desta terça-feira (8), da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a deputada usou o exemplo de outros locais no Brasil que já autorizaram a desobrigação do uso de máscaras em todos os espaços. 

“Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal e também a abolição do uso de máscaras no Rio de Janeiro. Quero parabenizar Eduardo Paes pela abolição em ambiente fechado, porque em ambiente aberto já estava em vigor desde outubro. O bom é saber que até o fim do mês mais Estados deverão fazer o mesmo, como São Paulo, por exemplo, que deve anunciar a desobrigação na próxima semana”, contou Tércio. 

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Na quarta-feira (7), a parlamentar comemorou em seu Twitter a desobrigação no Rio, e completou que irá trabalhar para que em Pernambuco “não seja diferente”. 

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Clarissa falou sobre estudos científicos que tratam do prejuízo do uso de máscara nas crianças, “estamos impondo a obrigação das máscaras numa fase importantíssima, que é o desenvolvimento infantil”. “De acordo com o governo do Rio Grande do Sul, o decreto que desobriga máscara para crianças está alicerçado em recomendações científicas. Estamos falando de ciência, a ciência tão propagada nesta pandemia”, ironizou. 

“Nos Estados Unidos, com 65% da população vacinada, o País retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambiente aberto e fechado. Aqui no Brasil temos quase 80% da população totalmente vacinada, índices cada vez menores de ocupação hospitalar com pacientes infectados e continuamos nessa imposição. Continuamos infectados, prejudicando a nossa saúde e dos nossos rostos por uma falsa sensação de segurança. Já passou da hora de acabarmos com esse teatro das máscaras”, ressaltou. 

Mesmo a Secretaria de Saúde de Pernambuco já tendo falado várias vezes que não é a hora de retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes abertos e fechados, Clarissa Tércio pediu aos colegas para que a possibilidade seja avaliada, “para avançarmos e acompanharmos as cidades e estados que estão retirando a obrigatoriedade". “Em especial para as crianças, que estão sendo duramente prejudicadas com esse item. Hoje, protocolei um projeto que desobriga o uso das máscaras de maneira geral e outro que trata especificamente para as crianças. Espero poder contar com o apoio de todos os colegas para que esses projetos sejam aprovados”, pediu. 

Entre posicionamentos progressistas ou conservadores, o uso do capital político familiar é uma prática oligárquica persistente em Pernambuco, que abrange, sobretudo, os poderes Legislativo e Executivo. Às vésperas do processo eleitoral de 2022, os herdeiros políticos de direita e centro-direita seguem a toada e começam sinalizar quais nomes estarão na disputa pelo governo do Estado.

O LeiaJá reúne, a seguir, um apurado sobre as principais famílias conservadoras pernambucanas e como elas estão se movimentando nos meses que antecedem o pleito governamental.

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A expansão da família Ferreira

A candidatura do atual prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), tem se apresentado como uma certeza entre os conservadores. Em visita ao Agreste pernambucano no último domingo (22), ele chegou a ser chamado de “futuro governador” por aliados.

Reeleito ainda no primeiro turno, Anderson reforçou sua posição contrária ao PSB ao declarar apoio à Marília Arraes (PT) na disputa pelo segundo turno da capital pernambucana. O político, que comanda uma das principais cidades da Região Metropolitana (RMR), também tem afirmado publicamente que as pessoas foram “abandonadas” pela atual gestão do governo, liderada por Paulo Câmara (PSB).

Sob a forte influência do patriarca Manoel Ferreira (PSC), que está em seu oitavo mandato como deputado estadual, o clã dos Ferreira conseguiu se infiltrar em diversas estruturas políticas do Estado. Entre as conquistas da família, que costuma contar com o apoio do universo evangélico, está a cadeira na Câmara dos Deputados, ocupada por André Ferreira (PSC), irmão gêmeo de Anderson.

No Recife, o poder se expandiu também para Câmara Municipal: Fred Ferreira (PSC), cunhado dos herdeiros políticos, cumpre seu segundo mandato como vereador.

O legado dos Coelho

A história política que já passou por quatro gerações, hoje desemboca no nome de Miguel Coelho (DEM), atual prefeito de Petrolina, cidade do Sertão pernambucano. Recém-chegado no Democratas, partido que já conta com os nomes de seus irmãos, Fernando Filho, deputado federal, e Antônio Coelho, deputado estadual, Miguel é apontado como um dos principais nomes da disputa pelo governo estadual.

O titular da oligarquia é Fernando Bezerra Coelho (MDB), atual senador por Pernambuco e pai de Miguel, Fernando e Antônio. FBC viu a força política familiar se originar em Clementino Coelho, seu pai, também conhecido como Coronel Quelê, e Dona Josefa, a matriarca que, posteriormente, tornou-se uma notável articuladora da dinastia na Região do São Francisco.

Embora Bezerra Coelho atue como o líder do governo federal no Senado, o político tem agido de maneira mais discreta nas últimas semanas. No início de agosto, por exemplo, ele se mostrou contrário ao desfile de militares em conjunto com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF). Além disso, o deputado Fernando Filho votou contra a PEC do voto impresso, tornando o cenário de possível apoio dos setores bolsonaristas ao nome de Miguel Coelho ainda mais incerto.

Casal Collins: o conservadorismo ao lado do PSB

Atual aliado da Frente Popular de Pernambuco, de Paulo Câmara (PSB), Cleiton Collins (PP), ou Pastor Cleiton Collins, como prefere se apresentar, deu o pontapé inicial na carreira política em 2014, quando foi eleito deputado estadual pela primeira vez. Atualmente, cumpre o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Cleiton Collins é pastor da Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e se auto intitula “defensor da família”. Ademais, fundou, em 2003, a Organização Não Governamental (ONG) Saravida, com o objetivo de atuar na recuperação de dependentes químicos. O combate às drogas através da religião, inclusive, é uma das principais bandeiras defendidas pelo político, que também tem envolvimento com pautas relativas à educação, criança e juventude, pessoas com deficiência e do consumidor.

Bolsonarista e antipetista, Collins foi à Brasília (DF) no início de agosto, para protestar a favor da PEC do voto impresso, posteriormente derrotada na Câmara.

Embora ainda “pequeno”, o espólio dos Collins é considerado influente entre as denominações evangélicas pernambucanas. Em 2016, a missionária da Assembleia de Deus e esposa do pastor, Michele Collins (PP), foi a vereadora mais votada no Recife, com mais de 15 mil votos.

Defensora de pautas consideradas ultraconservadoras, Michele foi reeleita em 2020, com 6.823 votos, o menor número do partido. Especula-se que o casal se mantenha sob as asas do PSB nas eleições de 2022, visto que ambos declararam apoio integral ao PSB no processo eleitoral que levou João Campos (PSB) à Prefeitura do Recife, no ano passado.

Família Tércio mira alargamento do poder

A líder do PSC na Alepe, Clarissa Tércio, figura como a principal voz do clã Tércio em Pernambuco. Em seu segundo mandato como deputada estadual, a “estreante” na política é uma das personalidades conservadoras mais alinhadas às decisões do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sendo cotada, inclusive, para se lançar candidata ao governo do Estado em 2022.

Filha do pastor Francisco Tércio, que é presidente da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Novas de Paz, Clarissa se envolve, de maneira frequente, em polêmicas ligadas ao discurso fundamentalista que propaga. Em maio, ela chegou a denunciar uma escola municipal que, de acordo com ela, estaria praticando “doutrinação de gênero”.

O episódio gerou mal estar com a Secretaria de Educação e Esportes (SEE), que defendeu a formação “cidadã, ética, inclusiva e plural” praticada nas unidades de ensino. Durante a pandemia, a parlamentar também fez publicações negacionistas sobre o novo coronavírus nas redes sociais, além de defender o tratamento com o uso medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença.

Em 2020, Clarissa conseguiu expandir a atuação da família para a Câmara Municipal, através do mandato do marido, o pastor Júnior Tércio (Podemos). Também “defensor da família”, o pastor e agora vereador, é vice-presidente do Ministério Novas de Paz, além de radialista na rádio evangélica Novas de Paz. O casal é considerado um dos principais expoentes do bolsonarismo em Pernambuco.

Os Lyra e o patrimônio político nas mãos de Raquel

Atual prefeita de Caruaru, cidade do Agreste pernambucano, Raquel Lyra (PSDB) é a primeira mulher a ocupar o cargo. Apesar do ótimo desempenho nas urnas, Lyra, que foi reeleita com 66% dos votos e é presidenta estadual do partido, ainda não confirmou a participação na disputa pelo lugar no Palácio do Campo das Princesas. Nos bastidores, contudo, seu nome é citado com frequência.

Raquel é a terceira geração do grupo de políticos da família Lyra, que construiu o legado na Princesinha do Agreste a partir da iniciativa de João Lyra Filho. O mascate e caminhoneiro estacionou o veículo em Caruaru e começou a erguer o futuro político que culminaria em dois mandatos como prefeito da cidade. Os herdeiros seguiram os mesmos passos: João Lyra Neto (PSDB), pai de Raquel, chegou a ser governador do Estado, e Fernando Lyra, ex-ministro da Justiça, além de ex-deputado federal.

Oposição ao governo do PSB, Raquel Lyra declarou, no início de agosto, que ainda não é “momento” para falar sobre a possível candidatura. Segundo ela, ainda é preciso fazer um “diagnóstico” em relação à situação do Estado. “Estamos discutindo com outros partidos a montagem desse amplo diagnóstico e vamos fazer avaliações, ouvir a população e especialistas para que a gente possa fazer uma leitura do nosso Estado para entender quais são os principais caminhos e apontá-los para o futuro”, projetou.

 

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) divulgou uma nota, na noite desta quarta-feira (11), criticando o projeto de lei, de autoria da deputada estadual Clarissa Tércio, que exige exame toxicológico para professores do Estado. A parlamentar argumenta que "não é admissível que os profissionais do ensino possam ser, eles mesmos, dependentes de drogas ilícitas”. “Para um aluno, que vê no professor um modelo de pessoa, encontrá-lo sob efeito de entorpecentes seria um trauma, ou até um estímulo para este comportamento danoso”, acrescentou.

O Sintepe, por sua vez, classificou o projeto de lei como preconceituoso. Em seu posicionamento, a entidade sindical ainda diz que a deputada ataca professoras e professores, “além de toda a comunidade escolar de Pernambuco”. “A sua justificativa é mais um ataque violento à educação pública com o objetivo explícito de destruí-la e abrir caminhos para a privatização e a implementação do homeschooling (ensino em casa)”, destaca o sindicato em nota. Confira, a seguir, o posicionamento na íntegra:

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O ano de 2022 se aproxima e a busca por polêmica e votos fez a deputada de extrema-direita Clarissa Tércio (PSC) novamente atacar professores e professoras, além de toda a comunidade escolar de Pernambuco.

Um Projeto de Lei de sua autoria, publicado hoje (11) no Diário Oficial, novamente traz a tona preconceitos, violência e mentiras sobre a classe dos/as profissionais da educação – que trabalharam sem parar na pandemia, seja em casa nas aulas remotas, seja nas escolas colocando suas vidas em risco.

A deputada, no referido projeto, sugere a obrigatoriedade de um exame toxicológico anual para educadores das redes públicas de ensino, inclusive com possibilidade de punição. Em sua justificativa, faz comparações esdrúxulas e tenta realizar paralelo com outras profissões, nas quais são realizados exames desse tipo dadas as especificidades de suas atuações, como policiais e bombeiros. A sua justificativa é mais um ataque violento à educação pública com o objetivo explícito de destruí-la e abrir caminhos para a privatização e a implementação do homeschooling (ensino em casa).

Ao invés de incentivar um debate sério e conectado com o que de mais recente vem sendo falado nos estudos das áreas sociais e de saúde, por exemplo na perspectiva da “redução de danos”, a deputada parte de concepções preconceituosas sobre os profissionais do magistério e violenta, a um só tempo, direitos fundamentais como o princípio da isonomia, princípio da boa-fé, o direito à intimidade, direito à vida privada. O Estado de Pernambuco e a Secretaria de Educação já dispõem de aparato normativo para fiscalização da higidez da atuação dos profissionais da educação, sendo o projeto de lei extremamente desarrazoado e desproporcional, inclusive do ponto de vista fiscal. Do ponto de vista ético, a imposição de obrigação do exame toxicológico sem o consentimento explicito do indivíduo rompe com a autonomia individual, criando uma condição de constrangimento pessoal e desumano.

A fixação da deputada em atacar professores e professoras é desmedida, mas não é a primeira vez que isso acontece. Ainda em maio, invadiu, sem portar máscara de proteção contra a Covid-19, a escola estadual Professor Nelson Chaves, em Camaragibe, para promover ódio aos professores e atacar a liberdade de cátedra. Ali o Sintepe já havia se posicionado, fato que gerou a instauração de um Inquérito Civil pelo Ministério Público de Pernambuco para investigar a ação da deputada. Agora, em mais um projeto de lei preconceituoso, privatista, desnecessário e desproporcional, com objetivo de promoção pessoal, a deputada promove desinformação e fere a dignidade dos professores e professoras e suas famílias. O Sintepe externa toda sua indignação e procurará o Poder Legislativo Estadual para expor argumentos contrários e denunciar os verdadeiros interesses da deputada bolsonarista.

Confira, a seguir, a justificativa da proposta de lei publicada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe):

O País passa por uma grave crise de Saúde Pública, no que se refere ao uso abusivo de drogas ilícitas, que leva na maioria das vezes à destruição de vínculos familiares, perda de empregos, violência e até a morte. Quando afeta crianças e adolescentes, os efeitos são ainda mais trágicos, comprometendo também o ensino e o futuro deles.

Em sendo assim, aos professores que são tidos como exemplos e exercem um importante papel de impacto e influência, são peças chaves na prevenção da dependência das drogas, por terem contato prolongado com os alunos, avaliando seu desempenho e comportamento diariamente. Considerando esse fato, não é admissível que os profissionais do ensino possam ser, eles mesmos, dependentes de drogas ilícitas. Para um aluno, que vê no professor um modelo de pessoa, encontrá-lo sob efeito de entorpecentes seria um trauma, ou até um  estímulo para este comportamento danoso.

É comum que que algumas categorias profissionais precisem realizar periodicamente exame toxicológico, porquanto suas atividades seriam incompatíveis com o uso de drogas ilícitas. É o caso, por exemplo, dos motoristas profissionais, que não podem exercer suas funções se usam produtos psicotrópicos.

Entendemos que os professores, pelo menos da rede pública, deveriam passar pelo mesmo controle. A Educação é a base para todo o futuro de um país, o que justifica o cuidado com a equipe e com os alunos. Defendemos que os educadores devem ser valorizados, mas também devem ter um comportamento compatível com a relevância de sua função.

Ressalte-se que essa proposta não prevê a demissão imediata do profissional que tiver resultado positivo, mas prevê como uma falta grave, sujeitando a penas disciplinares, tudo com foco da não reintereção e que seja propiciado ao servidor o devido tratamento, para a cessação deste hábito ou vício que tanto pode fazer mal para a saúde do usuário quanto para o processo educacional.

Portanto, pedimos o apoio dos nobres colegas parlamentares para a aprovação deste Projeto de Lei, que pode beneficiar nossos educadores e nossos alunos, deixando a droga fora do ambiente escolar.

Está em tramitação, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), o Projeto de Lei Nº 002480/2021, de autoria da deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), que exige a realização, por parte dos professores da rede pública de ensino do Estado de Pernambuco, de exame toxicológico para uso de drogas ilícitas.

De acordo com o texto, publicado nesta quarta-feira (11) no Diário Oficial da Alepe, os docentes, das redes municipal e estadual de ensino, devem se submeter ao exame anualmente e anterior à admissão do profissional. O documento deixa explícito que, em caso de detecção do uso de drogas ilícitas, o professor ficará sujeito a penalidades disciplinares, como também, será encaminhado para tratamento.

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Como justificativa, Clarissa Tércio afirma que “os professores, que são tidos como exemplos e exercem um importante papel de impacto e influência, são peças chaves na prevenção da dependência das drogas, por terem contato prolongado com os alunos, avaliando seu desempenho e comportamento diariamente". "Considerando esse fato, não é admissível que os profissionais do ensino possam ser, eles mesmos, dependentes de drogas ilícitas. Para um aluno, que vê no professor um modelo de pessoa, encontrá-lo sob efeito de entorpecentes seria um trauma, ou até um estímulo para este comportamento danoso”, acrescentou a deputada.

Em outra parte do projeto, a parlamentar ressalta que os profissionais “devem ser valorizados, mas também devem ter um comportamento compatível com a relevância de sua função''. Ela finaliza pedindo apoio aos colegas parlamentares para a aprovação do projeto, que depende de aprovação da Assembleia Legislativa do Estado para entrar em vigor.

Ao LeiaJá, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) enviou uma nota se posicionando sobre o caso. Confira:

Deputada Bolsonarista novamente ataca a educação

O ano de 2022 se aproxima e a busca por polêmica e votos fez a deputada de extrema-direita Clarissa Tércio (PSC) novamente atacar professores e professoras, além de toda a comunidade escolar de Pernambuco.

Um Projeto de Lei de sua autoria, publicado hoje (11) no Diário Oficial, novamente traz a tona preconceitos, violência e mentiras sobre a classe dos/as profissionais da educação – que trabalharam sem parar na pandemia, seja em casa nas aulas remotas, seja nas escolas colocando suas vidas em risco.

A deputada, no referido projeto, sugere a obrigatoriedade de um exame toxicológico anual para educadores das redes públicas de ensino, inclusive com possibilidade de punição. Em sua justificativa, faz comparações esdrúxulas e tenta realizar paralelo com outras profissões, nas quais são realizados exames desse tipo dadas as especificidades de suas atuações, como policiais e bombeiros. A sua justificativa é mais um ataque violento à educação pública com o objetivo explícito de destruí-la e abrir caminhos para a privatização e a implementação do homeschooling (ensino em casa).

Ao invés de incentivar um debate sério e conectado com o que de mais recente vem sendo falado nos estudos das áreas sociais e de saúde, por exemplo na perspectiva da “redução de danos”, a deputada parte de concepções preconceituosas sobre os profissionais do magistério e violenta, a um só tempo, direitos fundamentais como o princípio da isonomia, princípio da boa-fé, o direito à intimidade, direito à vida privada. O Estado de Pernambuco e a Secretaria de Educação já dispõem de aparato normativo para fiscalização da higidez da atuação dos profissionais da educação, sendo o projeto de lei extremamente desarrazoado e desproporcional, inclusive do ponto de vista fiscal. Do ponto de vista ético, a imposição de obrigação do exame toxicológico sem o consentimento explicito do indivíduo rompe com a autonomia individual, criando uma condição de constrangimento pessoal e desumano.

A fixação da deputada em atacar professores e professoras é desmedida, mas não é a primeira vez que isso acontece. Ainda em maio, invadiu, sem portar máscara de proteção contra a Covid-19, a escola estadual Professor Nelson Chaves, em Camaragibe, para promover ódio aos professores e atacar a liberdade de cátedra. Ali o Sintepe já havia se posicionado, fato que gerou a instauração de um Inquérito Civil pelo Ministério Público de Pernambuco para investigar a ação da deputada.

Agora, em mais um projeto de lei preconceituoso, privatista, desnecessário e desproporcional, com objetivo de promoção pessoal, a deputada promove desinformação e fere a dignidade dos professores e professoras e suas famílias. O Sintepe externa toda sua indignação e procurará o Poder Legislativo Estadual para expor argumentos contrários e denunciar os verdadeiros interesses da deputada bolsonarista.

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), que afirma estar “completamente alinhada” às bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é apontada como uma possível aposta do campo conservador ao governo do Estado de Pernambuco em 2022. A parlamentar está em seu primeiro mandato e é casada com o vereador do Recife Júnior Tércio (PODE), pastor da Igreja Assembleia de Deus.

Classificando as eleições como um processo “diário e natural”, Clarissa afirma que “muita coisa pode acontecer” até o período eleitoral. “A minha prioridade nesse momento é continuar executando com excelência o mandato que me foi confiado. Costumo dizer que sou Serva de Deus e do povo. Eles que direcionam meus próximos passos”, diz.

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Segundo a parlamentar, que é líder do Partido Social Cristão (PSC) na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), ainda não existe uma movimentação partidária oficial para que seu nome esteja à frente na disputa. Contudo, ao ser perguntada sobre o tabuleiro político que começa a se articular para uma possível polarização entre esquerda x direita no Estado, Clarissa cita a bíblia, e defende o livre arbítrio da população.

“A Bíblia diz que, ao que crê, tudo é possível. O povo tem nas mãos a chave das duas portas. Uma aponta para um futuro justo, sólido e próspero. A outra aponta para o retrocesso e o caos”, ressalta. Ainda de acordo com ela, “há uma grande parcela da população que anseia por legítimos líderes conservadores”.

Sobre o encontro com o coronel Meira, presidente do PTB em Pernambuco, realizado no último dia 7 de junho, durante a passagem da deputada federal Bia Kicis (PSL - DF) pelo Recife, Tércio diz que sua “principal aliança é com Pernambuco” e que “para que haja a escolha de um vice, a majoritária [PSC] teria que ser palpável no cenário”.

Embora as pesquisas já sinalizem o desgaste da imagem de Jair Bolsonaro (sem partido), que também não alcançou a maioria dos votos em Pernambuco, a deputada não considera isso um possível “obstáculo” caso a candidatura ao governo se concretize.

“Não acredito na narrativa dessas pesquisas distorcidas que apontam desgastes do presidente nos desdobramentos da pandemia em qualquer lugar que seja. O povo tem se mantido alerta. Tem saído às ruas em apoio aos direcionamentos do governo federal e isso tem sido nosso principal termômetro”, enfatiza, citando as manifestações bolsonaristas durante a pandemia.

Avaliando a gestão atual

Ao ser questionada sobre os desdobramentos da pandemia em Pernambuco, Tércio faz questão de destacar que tem opiniões contrárias ao atual governador Paulo Câmara (PSB): “Acredito que qualquer escolhido para governar Pernambuco, de forma justa e responsável, deverá agir de maneira completamente diferente dos que hoje comandam nosso Estado”.

A parlamentar, que sinaliza em suas redes sociais a proximidade com a Polícia Militar de Pernambuco, considera a valorização da força policial como prioridade. “Há muita coisa a se fazer e a primeira delas, no caso da segurança pública, é valorizar a força policial do nosso Estado que tem sido tão desonrada e massacrada salarialmente há décadas”, diz.

Tércio também categoriza a gestão da Saúde no Estado como “egocêntrica e desestruturada”, e cita as investigações de desvios de recursos do combate ao novo coronavírus. “Os desvios, escândalos, respiradores de porcos e confrontos da polícia federal em relação ao Covid-19 no nosso Estado apontam para os principais responsáveis que ‘viabilizaram’ mortes evitáveis”, finaliza. Ela ainda sinaliza que “inúmeras” mudanças precisam ser feitas, apesar de não pontuar nenhuma.

 

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) publicou um vídeo, nessa segunda-feira (17), em sua página no Instagram, denunciando a Escola Estadual Professor Nelson Chaves, localizada no bairro de Tabatinga, em Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Sem máscara, a parlamentar apontava um cartaz, pendurado na entrada da instituição para receber os alunos, escrito “Bem vindes”. O uso da letra ‘e’, em lugar da norma padrão da língua portuguesa ‘Bem-vindos’, foi a razão da manifestação da parlamentar. A Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco, por sua vez, criticou a atitude da parlamentar, chamando a ação de "arbitrária".

No vídeo, a deputada argumenta que a linguagem utilizada “não é português”, e que “isso é só a ponta do iceberg". "Talvez você questione ‘mas é só uma pequena mudança em uma letra’, sabe o que isso significa? Significa que seus filhos estão sendo doutrinados lá dentro, na sala de aula”, acrescentou.

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Clarissa Tércio diz ainda no vídeo que procurou o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco (SEE-PE) para denunciar a escola. “Procurei a diretora responsável, conversei com ela, disse que está sendo denunciada ao MPPE e também a SEE-PE. Nós estaremos nas ruas lutando incansavelmente para que aqui em Pernambuco essa linguagem neutra, e esse tipo de lixo ideológico não avance. Isso é querer plantar confusão na cabeça das nossas crianças e adolescentes”, declarou a deputada.

Procurado pelo LeiaJá, o MPPE afirmou em nota que a 3ª Promotoria de Justiça Cível de Camaragibe tomou conhecimento dos fatos e irá analisar. Em nota, a SEE publicou o seguinte posicionamento: "A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) esclarece que até o momento não recebeu nenhuma notificação oficial ou denúncia do Ministério Público de Pernambuco acerca do caso. Sobre o vídeo em questão, gravado na Escola Estadual Professor Nelson Chaves, em Camaragibe, a SEE enfatiza que repudia todo e qualquer ato de discriminação, preza pela liberdade de cada indivíduo e reafirma o compromisso com a formação cidadã, ética, inclusiva e plural. Relações de Gênero é um dos temas transversais e integradores do Currículo de Pernambuco, documento que norteia a educação básica das escolas no Estado. A postura arbitrária da deputada, que não procurou em momento algum dialogar com a Secretaria de Educação, não condiz com o ambiente escolar que preza pelo respeito às diferenças e promoção da cidadania".

Na manhã desta quarta-feira (19), a professora de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Liana Cirne, e o advogado Higor Araújo, protocolaram uma notícia-crime contra os deputados estaduais Clarissa Tércio (PSC) e Joel da Harpa (PP). Na tarde do domingo (16), os parlamentares convocaram a população para constranger e evitar o aborto autorizado judicialmente em uma vítima de pedofilia, no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (CISAM).

De acordo com o documento, os deputados da direita cometeram os delitos de embaraço à ação de autoridade judiciária (art. 236 do Estatuto da Criança e do Adolescente), incitação ao crime (art. 286 do Código Penal), prevaricação (art. 319 do Código Penal), além da contravenção de perturbação do sossego. Os requerentes ainda reforçam a tentativa de invasão à unidade e a hostilidade contra a criança e a equipe médica.

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"O fato ganha maior gravidade ao sabermos que se trata de uma maternidade, conhecida como Maternidade da Encruzilhada, e que o piquete promovido causou estresse em mães parturientes, bebês recém nascidos, inclusive aqueles internados por razões de saúde", pontua o pedido de investigação.

Para Liana e Higor, reforçam que a prática delituosa não é protegida pela imunidade parlamentar. “Não está entre os objetivos do mandato ofender uma equipe médica que exerce seu trabalho e causar balbúrdia em frente a um hospital", destaca.

A menina de 10 anos que engravidou após um estupro em São Mateus, no Espírito Santo, recebeu a autorização para realizar o aborto e está no Recife para fazer o procedimento no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros – CISAM-UPE. Diante dessa informação os deputados estaduais Joel Harpa e Clarissa Tércio foram ao local, juntos com apoiadores evangélicos, para protestar.

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A ação gerou tumulto e embates com grupos que defendem o aborto. A polícia isolou a área.

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Caso - O tio da vítima é acusado do crime e continua foragido. Conforme notícia publicada pela TV Gazeta, a Justiça Estadual – por meio da Vara da Infância e Juventude de São Mateus – autorizou o procedimento. A garota poderá interromper a gestação seja pelo aborto ou pelo parto imediato do feto.

No inquérito que investigou o crime, a garota contou que era abusada pelo companheiro da tia há pelo menos quatro anos. Ela também afirmou que era ameaçada pelo abusador. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já havia defendido o direito legal do aborto nesse caso. O presidente da OAB-ES, José Carlos Rizk Filho, explicou que do ponto de vista da lei, existe um duplo requisito para o aborto legal. "Além de ter sido estupro, gera risco para a vida da grávida".

Com informações da Agência Estado

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) instaurou um procedimento para investigar a caravana "Doutores de Verdade". O programa, com apoio da deputada estadual Clarissa Tércio (PSC), vem receitando e distribuindo a hidroxicloroquina de graça em comunidades do Recife.

 Em nota, o Cremepe informa que a apuração está regida pelo Código de Processo Ético-Profissional (CPEP) estabelecido pela resolução CFM nº 2145/2016. O procedimento corre em sigilo processual para não comprometer a investigação.

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Os "Doutores de Verdade" têm feito ações nas periferias da capital. Os locais das caravanas têm sido divulgados nas redes sociais da deputada Clarissa Tércio. "Participei de uma ação com médicos voluntários: Dr. Antônio Aguiar, Dra. Ana Emília e Dra. Terce, que estão atendendo a população com muito amor, competência e hidroxicloroquina", escreveu a deputada em uma das publicações.

 A hidroxicloroquina não teve resultados comprovados contra a Covid-19 pela comunidade científica. O mais recente estudo sobre o tema, desenvolvido por médicos de Nova Iorque e publicado no New England Journal of Medicine, aponta que o medicamento pode não ser eficaz, após não serem encontradas diferenças significativas de mortalidade dos que foram administrados com hidroxicloroquina para os que não foram. Os grupos testados com a medicação tiveram maior incidência de ataque cardíaco.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, a parlamentar pergunta ao Dr. Antônio Aguiar, integrante da caravana, sobre a eficácia da substância. "(...) Medicação essa reconhecida pela sua segurança e eficácia. Ela está no rol da OMS como uma das medicações essenciais em qualquer sistema de saúde e de qualquer país. No momento, vários trabalhos na literatura mundial têm saído mostrando a sua segurança e a sua eficácia no tratamento do coronavírus", diz o médico, omitindo, entretanto, os estudos que apontam na direção contrária e o fato de que o medicamento é considerado seguro para o tratamento de outras enfermidades e não da Covid-19.

 O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também solicitou que o Cremepe informe quais providências foram tomadas a respeito da denúncia de distribuição de medicamentos nos 'consultórios itinerantes'.

Em coletiva na quarta-feira (13), o secretário estadual de Saúde, André Longo, deu indícios de estar ciente da situação e lamentou a distribuição dos medicamentos. "A gente lamenta muito que algumas pessoas tenham passado a distribuir a hidroxicloroquina em alguns lugares inadequados. Acho que isso já está sendo alvo de investigação do Conselho Regional de Medicina porque tinha participação, infelizmente, de alguns profissionais de saúde, inclusive médicos, em um programa que precisa ser melhor avaliado para que a gente possa ter as mínimas condições de segurança na utilização de medicamentos como esse".

Na segunda-feira (11), a advogada Dani Portela, do PSOL, protocolou uma denúncia no MPPE, na ouvidoria do Cremepe e na comissão de saúde da OAB-PE para que a caravana fosse investigada. "Não é com achismos, fake news e falsas esperanças que iremos superar a Covid-19", ela escreveu. A deputada Clarissa Tércio rebateu nas redes sociais. "O Psol me denunciou por estar 'distribuindo' cloroquina nas comunidades. Se eu tivesse distribuindo maconha, certamente seria aplaudida por eles. Ou pílulas abortivas...", comentou a deputada.

 Tércio divulgou ter direcionado metade de seu salário para a compra do medicamento. "Já que o Governo não tem sido transparente quanto ao uso da hidroxicloroquina nas unidades de saúde e diante da urgência de quem necessita, resolvi doar o medicamento para salvar vidas", afirmou. Nos comentários das postagens da parlamentar, muitos internautas têm pedido acesso ao medicamento e parabenizado a deputada.

Os 'Doutores de Verdade' estiveram em Casa Amarela, na Zona Norte do Recife, na segunda-feira (11). Cerca de 150 pessoas foram atendidas.

 Na terça-feira (12), o ministro da Saúde, Nelson Teich, escreveu no Twitter que a cloroquina tem efeitos colaterais e que a prescrição deve ser feita após avaliação médica e com termo de consentimento do paciente.

O especial de Natal do Porta dos Fundos, intitulado A primeira tentação de Cristo, estreou no serviço de streaming Netflix na última terça (3) e causou barulho na Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Três parlamentares, entre eles os pastores Eurico e Cleiton Collins, além da deputada Clarissa Tércio, repudiaram o conteúdo da produção e prometeram tomar medidas contra a Netflix.

No segundo especial de Natal do grupo realizado pela plataforma, Jesus (Gregório Duvivier) descobre não ser filho de José (Rafael Portugal) em meio a uma festa surpresa, com álcool e drogas, em que estão presentes outros personagens da Bíblia além de um homem que, supostamente, seria seu namorado. O conteúdo segue o modelo do especial feito pelo Porta em 2018, Se beber não ceie, que acabou sendo premiado na categoria melhor comédia no Emmy Internacional. 

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Líder da Igreja Assembleia de Deus, Ministério Madureira, e deputado estadual, o Pastor Cleiton Collins (PP) se reuniu com os também deputados estaduais Clarissa Tércio (PSC) e Pastor Eurico (Patriotas) para tomar medidas contra o filme. Segundo Collins, o Ministério Público será acionado: "Estão ferindo, difamando, tentando denegrir e fazendo chacota com a fé das pessoas. Quem não gosta de Jesus, pode dizer que não gosta, a gente respeita. Mas fazer o que o Porta dos Fundos vêm fazendo não dá. A Netflix que é bancada pela maioria dos cristão do Brasil, tem que parar com isso".

A deputada Clarissa Tércio endossou o colega: "Deixo meu repúdio como parlamentar, representante do povo, do segmento evangélico, como cristã e em nome do Ministério Novas de Paz. Nossa tristeza é profunda, por ver que leis no Brasil não são cumpridas. Isso é vilipêndio, é escárnio, é um desrespeito total à figura mais amada pelo povo, já que o Brasil é cristão. Respeitem a nossa fé! A mão de Deus vai pesar sobre eles". O Pastor Cleiton Collins sugeriu, ainda, um boicote ao serviço de streaming: "Vou cancelar a partir de hoje, em minha casa nunca mais!” e convidou os fiéis para fazerem o mesmo “Desligue a Netflix da sua vida, até que eles se retratem".

Já o deputado Pastor Eurico assegurou a intenção dos parlamentares de levar o caso à instâncias competentes: "Não vamos baixar a guarda frente a esses instrumentos do diabo, elementos satânicos que buscam  cada vez mais denegrir a imagem dos evangélicos, das igrejas, dos símbolos religiosos, e é claro, da nossa fé, atingindo ao Deus Pai criador, ao filho Jesus Cristo, a história dessa base de nossa religião vamos seguir buscando nas instâncias de competência agir em cima desses elementos que realmente só fazem atingir ou atacar aos religiosos em nosso país". 

*Com informações da assessoria

 

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) reivindicou, em discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nessa segunda (7), que o Estado faça a adesão ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (Pecim), do Governo Federal. 

Para a parlamentar, a iniciativa “é de fundamental importância para o desenvolvimento dos jovens e para moralizar a educação” e a recusa do governo Paulo Câmara é “ideológica”.

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“Hoje não se tem mais respeito pelos mestres e não se canta o hino nacional, mas o ‘passinho’ e as danças obscenas estão virando rotina. Nossas escolas estão se tornando ponto de tráfico de drogas”, disse. Clarissa é autora de um projeto que tramita na Alepe e pede a proibição de danças como o passinho nas escolas do Estado. 

“O modelo cívico-militar se mostra eficiente para construir valores cívicos, respeito e cidadania. Parece que tudo o que é para resgatar valores morais o Governo do Estado não quer”, prosseguiu.

O projeto do governo do presidente Jair Bolsonaro prevê a implementação de 216 escolas cívico-militares até 2023, sendo 54 em 2020. De acordo com os Ministérios da Educação e da Defesa está prevista a participação de militares nessas instituições, como monitores em atividades educacionais e administrativas.

Outras avaliações - Como aparte ao discurso de Clarissa, outros parlamentares se manifestaram sobre o tema. Joel da Harpa (PP) se dispôs a dialogar com prefeitos sobre a adesão. “Boa parte dos professores tem medo dos alunos em comunidades onde a violência é maior. Não podemos perder a oportunidade de ter esse investimento para garantir a disciplina nas escolas”, avaliou o deputado.

Para João Paulo (PCdoB), a intenção do Governo Federal, por trás do projeto, é desvalorizar os servidores públicos da área da educação. “Não há uma política de valorização dos professores ou de melhoria na infraestrutura das escolas. Há, sim, uma linha de destruição do conhecimento e da pesquisa”, observou.

Antonio Fernando (PSC) disse que “as escolas, militares ou não, são bem-vindas”. Professor Paulo Dutra (PSB) defendeu que as unidades em tempo integral são o modelo que deve ser priorizado. Alberto Feitosa (SD) assinalou que os militares não vão atuar na área didático-pedagógica, mas na disciplina e na segurança do ambiente escolar. Já para Antônio Moraes (PP), esquerda e direita buscam “emparedar universidades e escolas”, em vez de focar na educação.

*Com informações do site da Alepe

A deputada estadual Clarissa Tércio (PSC) tomou uma atitude para enfrentar o discurso da "ideologia de gênero". Contrariando o que fez o youtuber Felipe Neto, que distribuiu livros com a temática LGBT, a parlamentar comprou livros contra a ideologia de gênero para distribuir no estado.

Conservadora assumida, Clarissa Tércio investiu na compra de 10 mil exemplares do livro chamado “Macho nasce macho, fêmea nasce fêmea - desmascarando a falaciosa ideologia de gênero”, de autoria do filósofo e pastor Isaac Silva.

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A parlamentar ainda não definiu como vai realizar a distribuição dos livros, mas através de seu perfil no Instagram garantiu que eles serão entregues às crianças pernambucanas e que, no momento, busca parcerias.

“Conteúdo esclarecedor, com o filósofo e Pastor Isaac Silva. Também queremos distribuir outros na mesma temática. Estamos buscando parceiras com autores e editoras”, escreveu a deputada.

Clarissa Tércio é integrante da bancada evangélica na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e costuma se envolver em debates e defender ideias conservadoras. Inclusive, na última semana publicou um projeto que visa proibir o ‘passinho’ nas escolas do estado.

Um projeto de lei, proposto pela deputada Clarissa Tércio (PSC), quer proibir, nas escolas públicas, qualquer tipo de dança cujas coreografias sejam "obscenas ou pornográficas". A PL 494/2019 está em tramitação na Assembléia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) e contempla diversas modalidades de dança, inclusive manifestações culturais pernambucanas, entre elas, o 'passinho'. 

De acordo com o projeto de lei, ficaria proibida "a realização de danças em eventos e manifestações culturais cujas coreografias sejam obscenas, pornográficas ou exponham as crianças e adolescentes à erotização precoce" nas escolas do estado de Pernambuco. O texto do projeto esclarece ainda que ela "se aplica a qualquer modalidade de dança, inclusive manifestações culturais pernambucanas".

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Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, a deputada Clarissa Tércio disse que o que a motivou a criar o projeto foi ter recebido denúncias e vídeos de jovens dançando de maneira "obscena" em ambiente escolar. "Eu tenho um canal de denúncia chamado Fiscaliza PE, quando eu vi que a demanda não era pequena; pessoas me cobrando, me marcando nas redes sociais em vídeos desse tipo -  o povo pernambucano sabe que eu represento um segmento conservador e que defendo a família, então as pessoas vão me marcando -, foi aí que eu vi que tinha que fazer alguma coisa".

A deputada disse ainda que não teme ter o projeto de lei julgado como perseguição à liberdade de jovens e professores e revelou estar otimista quanto à sua aprovação na Alepe. "A gente sabe que a oposição sempre vai existir, mas o que me deixa tranquila é saber que a rejeição é muito pequena. Eu não estou querendo regulamentar nada dentro da casa de ninguém, a gente está tratando de um ambiente específico, o escolar, é um ambiente que nao é pra essa finalidade. Estou recebendo um apoio grande dos deputados da casa, eu acredito que esse projeto vai entrar". 

 

Um projeto de lei apresentado na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pretende proibir que as escolas estaduais abordem ou permitam a apresentação de danças que incentivem a “sexualização precoce” de crianças e adolescentes. A matéria é de autoria da deputada Clarissa Tércio (PSC). 

De acordo com a proposta, fica proibida a “realização de danças em eventos e manifestações culturais cujas coreografias sejam obscenas, pornográficas, ou exponham as crianças e adolescentes à erotização precoce” e a “promoção, ensino e permissão pelas autoridades da rede de ensino da prática de danças cujos conteúdos ou movimentos sujeitem a criança e ao adolescente a exposição sexual”.

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No texto, a deputada considera como pornográfico ou obsceno as “coreografias que aludam a prática de relação sexual ou de ato libidinoso”. Proposta também inclui todas as modalidades de dança, inclusive as manifestações culturais pernambucanas.

Ao justificar o projeto, Clarissa Tércio diz que “a erotização precoce de crianças e adolescentes é fator responsável diretamente pelo aumento da violação da dignidade sexual de mulheres e também dos casos de estupro de vulnerável, por esse motivo, cabe às escolas contribuir para combater os estímulos à erotização infantil no âmbito de suas atividades culturais e pedagógicas proibindo a exposição precoce a danças inadequadas que simulam movimentos de atos sexuais”.

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de enquadrar a homofobia e a transfobia como crime de racismo recebeu críticas da deputada Clarissa Tércio (PSC) na Reunião Plenária desta segunda-feira (17). Na avaliação da parlamentar, a deliberação do tribunal compromete as liberdades religiosa e de expressão e desrespeita ao Congresso Nacional, a quem caberia legislar sobre o tema.

“Por que privilegiar um grupo se todos são iguais perante a lei?”, questionou a deputada, alegando haver dificuldade de se definir o que seriam ações homofóbicas. “Surrupiaram minha liberdade de criticar a parada gay e as atitudes obscenas que acontecem nela”, exemplificou. “Se eu afirmar que ideologia de gênero é perversão, será considerada uma ação discriminatória? Quem vai dizer o que é homofobia e o que não é?”, prosseguiu.

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Clarissa propôs que a bancada evangélica no Congresso Federal se mobilize para apresentar com rapidez um projeto de lei que trate do assunto, já que a decisão do STF é válida até haver legislação específica editada pelo Legislativo. “Em nome da comunidade evangélica, deixo um recado ao Supremo Tribunal: podem construir mais presídios, porque os pregadores da palavra continuarão defendendo a verdade, doa a quem doer”, concluiu.

Em discurso, o deputado Doriel Barros (PT) se opôs à opinião da parlamentar. “O STF está correto. Quem cometer crime de homofobia terá que pagar por ele”, argumentou.

*Da Assembleia Legislativa de Pernambuco 

 

A deputada estadual de Pernambuco, Clarissa Tércio (PSC), postou na sua página no Facebook um vídeo ao lado do pastor evangélico Junior Moura, na terça-feira (28), condenando o Porta dos Fundos. Isto porque, o grupo humorístico publicou em seu canal um vídeo em que Judas beija Jesus na boca.

“Considero o vídeo como uma falta de respeito à imagem do meu Senhor e nós, cristãos, estamos cansados disso”, disse Clarissa.

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A sátira da traição do apóstolo a Cristo, representada por um beijo gay, foi critica e objeto de uma ação judicial no Ministério Público, impetrada pela deputada contra o canal.

“Nós solicitamos as providências necessárias de forma que a fé dos brasileiros permaneça protegida, conforme diz o Código Penal no artigo 208”, assegurou. Ela ainda frisou que o crime tem pena de detenção que pode variar de um mês a um ano.

O pastor Junior Moura apela que as pessoas compartilhem o vídeo da deputada “num ato de repúdio a zombarias como essas”.

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A deputada estadual Clarissa tércio (PSC) foi uma das parlamentares locais que participaram do ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) na tarde deste domingo (26), no Recife.

]A parlamentar discursou em apoio ao governo e criticou partidos da oposição. “O lema de que nossa bandeira nunca será vermelha se torna cada vez mais forte. As pessoas estão entendo a importância de lutar pelo nosso verde e amarelo”, disse.

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Clarissa fez duras críticas à imprensa e enalteceu os evangélicos presentes no ato. “A mídia suja não vai mostrar nossa força, mas é muita gente aqui. A verdade é que eu não consigo nem ver onde a multidão termina. Aqui tem gente de bem, da família, evangélicos. Hoje é um dia histórico”, afirmou.

“A visita do presidente ao Recife vai fortalecer a base dele aqui no Nordeste e ele vai se tornar muito maior do que já é”, finalizou.

Deputados da oposição dispararam contra o Governo de Pernambuco após uma recente fiscalização no Hospital Otávio de Freitas, no Recife. Durante a sessão plenária dessa segunda-feira (29), o líder da bancada, Marco Aurélio (PRTB), disse que a realidade observada no centro médico “mostra que máscara do PSB está caindo”. Isto porque, segundo ele, a situação da unidade de saúde está “cada vez pior”.

Em menos de dois meses a oposição fez duas vistorias no hospital e Marco Aurélio disse que, além da mistura de pacientes de diferentes doenças, de banheiros sem água e da presença de animais peçonhentos nos corredores, foram observados equipamentos quebrados e funcionários reclamando da falta de material para trabalhar.

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A deputada Clarissa Tércio (PSC) reforçou a crítica pontuando que o local vive um “cenário de carência e de tratamento desumano”. Ela destacou que havia pacientes com problemas de trauma junto com outros acometidos de doenças infectocontagiosas, como hepatite e tuberculose. “Também pude ver uma criança com necessidades especiais no chão, nuvens de mosquito pelos corredores, banheiros interditados por escassez de água  e cirurgias sendo desmarcadas por falta de material”, citou.

“Se nós, que somos deputados, não estamos sendo ouvidos pelo Governo do Estado, imaginem o povo?”, questionou a deputada, ressaltando que a saúde do Estado como um todo “está em crise”.

Marco Aurélio ainda lembrou da crítica já exposta pela deputada Priscila Krause (DEM) sobre as ambulâncias que, segundo ela, estavam abandonadas no Hospital Otávio de Freitas.

“Mas a novidade dessa visita é que pudemos conferir de perto 28 ambulâncias do Samu novas abandonadas em um depósito junto com 200 aparelhos de ar condicionado dentro das caixas”, salientou Marco Aurélio. O líder oposicionista ainda aproveitou a oportunidade para cobrar a volta do secretário de Saúde, André Longo, para prestar contas na Comissão de Saúde da Alepe.

Em defesa do governo, o líder Isaltino Nascimento (PSB) disse que a oposição “aparenta estar sendo contra o serviço público”. “Pernambuco só tem melhorado os indicadores de saúde nos últimos anos”, frisou. Em aparte ao pronunciamento dele, o deputado Diogo Moraes (PSB) informou que as ambulâncias e os ar-condicionados encontrados no hospital estão apenas guardados no local. “Os equipamentos são dos municípios. O Estado apenas está cedendo espaço para abrigá-los”, justificou.

Após um adiamento, deve acontecer nesta quinta-feira (14), a partir das 11h30, a votação que vai definir a presidência e a vice-presidência da Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Participação Popular na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A escolha deveria ter acontecido nessa terça (12) e o adiamento teria sido provocado pela  quebra de acordos entre as bancadas.

A deputada Clarissa Tércio (PSC) se candidatou a vaga e isso teria sido um dos motivos para o adiamento. Clarissa detém um eleitorado formado, em sua maioria, por evangélicos. A polêmica também se acentua no fato de que já teria sido definido que o primeiro mandato coletivo do Estado, as Juntas (PSOL), iria presidir a Comissão.

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O mal estar envolvendo as candidaturas para essa presidência chegou a envolver, inclusive, o líder do governo, Isaltino Nascimento (PSB), e Marco Aurélio (PRTB), líder da oposição. O presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PSB), ainda tentou mediar o conflito.

Comandar uma presidência como essa em questão é de grande interesse da bancada evangélica, isso porque, desta maneira, eles poderiam introduzir pautas mais conservadoras no meio e impedir o andamento de ideias de caráter progressista.

Uma das integrantes do Juntas, Carol Vergolino afirmou que o coletivo esperava que os acordos fossem mantidos. Carol ainda enfatizou que o Juntas é oposição ao governo e faz parte de uma bancada independente.

Seguindo a lógica da primeira votação, a vice-presidência ficaria com o deputado estadual Pastor Cleiton Collins (PP), mas a decisão não entrou em um consenso mais uma vez. Na última legislatura, o deputado Edilson Silva (PSOL) era o presidente da Comissão, mas ele não conseguiu ser reeleito para o cargo.

 

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