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Dois adolescentes foram apreendidos após Eliabe Trajano da Silva, de 27 anos, morrer por um suposto disparo acidental de espingarda em Itaquitinga, na Mata Norte de Pernambuco, no sábado (23). A vítima e os dois menores caçavam momentos antes do ocorrido.

Segundo a Polícia Civil, Eliabe foi atingido na altura do tórax pelo seu primo, identificado como J.F.T.S., de 16 anos. A espingarda pertencia a outro adolescente, L.G.S., de 17 anos.

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O primo da vítima alegou não ter percebido que a arma estava com munição. O crime ocorreu na residência de Eliabe. Os dois adolescentes foram apresentados ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O autor do disparo vai responder por ato infracional análogo ao crime de homicídio e posse ilegal de arma de fogo, enquanto o outro responderá apenas pelo ato infracional análogo à posse ilegal de arma de fogo.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil para investigar as condições estruturais do Edifício Holiday, localizado em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife. A medida ocorre após o Corpo de Bombeiros enviar documentação apontando uma série de irregularidades nas instalações do imóvel. A postura dos órgãos públicos também será investigada em razão dos riscos aos quais os moradores estão submetidos.

Não é de hoje que as condições de habitação do edifício, erguido em 1957, são questionadas. Entretanto, a situação tem se agravado. A Prefeitura do Recife, Corpo de Bombeiros e Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) têm discutido em reuniões possíveis saídas para a situação. Uma interdição do prédio não é descartada pela gestão municipal. Na última segunda-feira (18), a Celpe esteve no prédio para fazer o corte de energia, mas foi impedida pelos moradores. A companhia acabou prestando queixa na polícia.

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Já tramitou pelo MPPE um inquérito civil para investigar a situação do Holiday. Em 2014, o inquérito acabou sendo arquivado após a Prefeitura do Recife propor aos proprietários ações de recuperação do imóvel.

Desta vez, o MPPE pede à Prefeitura do Recife que, no prazo de dez dias, seja encaminhado um cadastro socioeconômico dos moradores do Edifício Holiday. Também no prazo de dez dias, a Defesa Civil do Recife, Vigilância Sanitária Municipal, Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) e a Secretaria de Mobilidade e Controle Urbano deverão realizar vistoria para informar o grau de risco das instalações, as irregularidades identificadas e as providências adotadas.

O Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE) recomendou que o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), não pague nenhuma despesa relativa ao Carnaval de 2019, inclusive patrocínios e apoio. A medida, adotada nesta terça-feira (19) pelo conselheiro Carlos Porto, diz que a prefeitura não deve gastar com atrações carnavalescas até que o órgão faça uma nova análise do processo que averigua não existência de aprovação da Lei Orçamentária da cidade deste ano.

A recomendação atende a um requerimento da procuradora-geral do Ministério Público de Contas, Germana Laureano, para que o prefeito prestasse informações sobre a existência de patrocínio ou verbas públicas na programação carnavalesca da cidade.

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A decisão do MPCO de oficiar o prefeito foi baseada na divulgação de áudios, por parte de Demóstenes Meira, para exigir a presença de servidores cargos comissionados em uma prévia carnavalesca de Camaragibe, onde a sua noiva Taty Dantas fez uma apresentação no último domingo (17).

O Ministério Público está investigando indícios de peculato e improbidade administrativa por parte do prefeito.   

A procuradora pede ainda que o gestor explique se Taty Dantas, que também é secretária de Assistência Social do município, consta ou não como atração nos blocos carnavalescos que receberam verbas públicas.

Ausência da LOA 2019

Um processo que tramita no Tribunal de Contas analisa a não existência de aprovação da Lei Orçamentária em 2019, estando o município sem orçamento para este ano. A não aprovação do orçamento foi, inclusive, reconhecida pelo prefeito em decreto assinado no início do ano.

Além disso, de acordo com o TCE, não constam no Portal da Transparência da prefeitura de Camaragibe nenhuma informação sobre quaisquer despesa do município em 2019, bem como nenhum dado sobre despesa em 2019 não foi enviado ao TCE (Portal Tome Conta).

“Como aparentemente não tem orçamento aprovado em Camaragibe para 2019, com maior razão não devem ser pagas as despesas com carnaval”, defende a procuradora geral Germana Laureano.

A prefeitura terá um prazo de cinco dias para responder ao ofício do Tribunal de Contas.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou procedimento preparatório para investigar se há responsáveis nos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram o município de Amaraji, na Zona da Mata Sul de Pernambuco. Amaraji foi o município que mais sofreu com as chuvas do início de fevereiro, com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) registrando 143 milímetros de chuva em 24 horas, quando a média histórica é de 76 milímetros no mês.

O temporal destruiu imóveis, interrompeu o abastecimento de água, adiou o início das aulas, bloqueou acessos e prejudicou os serviços de saúde da cidade. A prefeitura se reuniu com o governador Paulo Câmara (PSB) em busca de recursos e enviou carros-pipa para as famílias atingidas.

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O promotor que assina a abertura de procedimento preparatório, Ivan Viegas Renaux de Andrade, disse ter visitado a cidade e constatado que cerca de 40 famílias, em situação de vulnerabilidade social, sofreram danos materiais por conta das chuvas. Os moradores dizem que os danos ocorreram por causa de uma obra realizada pela prefeitura para a construção de uma ponte provisória, que teria represado as águas da chuva e causando alagamento das ruas e casas.

Segundo o MPPE, é preciso acompanhar as ações tomadas pelo Estado e município para dar assistência às famílias e prevenir novos eventos. Foi solicitado à prefeitura o envio, no prazo de 15 dias, de esclarecimentos formais sobre reformas e construções de pontes, constando documentos técnicos, como projeto de engenharia e licenças ambientais. O MPPE também solicitou vistoria nos prédios públicos e residenciais afetados pelas chuvas.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil contra o Hospital Agamenon Magalhães, localizado no bairro de Casa Amarela, na Zona Norte do Recife. O órgão investiga as condições das ambulâncias do hospital após uma paciente sofrer uma queda enquanto era transportada.

A denúncia recebida pelo MPPE relata que Iranete Pereira Marinho Domingos caiu da maca em uma ambulância em movimento. Instado a se manifestar sobre o ocorrido, o hospital informou que a mulher não sofreu trauma ósseo, apenas hematoma, o qual piorou devido ao quadro de baixas plaquetas. A paciente foi diagnosticada com anemia megaloblástica e já estava em tratamento da doença hematológica.

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Segundo o Hospital Agamenon Magalhães, a queda da mulher se deu por causa de uma freada brusca da ambulância, ocasionando a ruptura do cinto de segurança. O procedimento operacional padrão de transporte da unidade foi revisado após o ocorrido.

Na abertura de inquérito, o MPPE solicita que a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) realize inspeção nas ambulâncias próprias do Hospital Agamenon Magalhães e das empresas por ele contratadas. Um relatório deverá ser emitido referefente às condições sanitárias e estado de conservação dos equipamentos de seguraça em 30 dias.

 

A Polícia Civil e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) investigam o desvio de mais de R$ 2 milhões do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) em um esquema que teria envolvimento do ex-diretor do Hospital Miguel Arraes, que é gerido pelo Imip, e sua esposa. Os indícios apontam que o esquema de desvio de recursos públicos envolvia emissão de ordens de pagamentos a pessoas que não haviam prestado serviço ao hospital, localizado em Paulista, no Grande Recife, e nem sabiam da utilização indevida de seus nomes.

Conforme os indícios, Rodrigo Cabral de Oliveira, que foi ex-diretor administrativo e financeiro além de superintendente do Hospital Miguel Arraes, subtraiu R$ 2.237.707,30 do Imip em conluio com a esposa Viviane Gelli Baptista e de seu amigo pessoal Ricardo Alexandre Pereira de Souza. A fraude teria ocorrido entre os anos de 2016 e 2018.

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A apuração revelou que ordens falsas de pagamento a profissionais autônomos eram emitidas a pessoas físicas que não tinham prestado qualquer serviço ao hospital. Entre essas pessoas está o 'comparsa' Ricardo Alexandre Pereira de Souza.

Viviane Gelli Baptista, esposa de Rodrigo Cabral, é gerente de uma loja no Shopping RioMar, na Zona Sul do Recife. Os nomes das funcionárias da loja foram colocados nas ordens de pagamento sem que elas soubessem. As contas-correntes dessas funcionárias também eram acessadas pelos criminosos de forma indevida.

A assessoria do Hospital Miguel Arraes informou que Rodrigo Cabral de Oliveira não faz mais parte do quadro funcional da unidade desde setembro de 2018. De acordo com o hospital, a fraude cometida pelo ex-diretor foi descoberta através de sindicância interna. "Tudo o que foi apurado por essa sindicância foi encaminhado às autoridades competentes para as medidas cabíveis", diz nota.  A direção do hospital está tomando providências para o ressarcimento do prejuízo financeiro.

Os investigados não foram localizados para se pronunciar sobre as denúncias. A Polícia Civil também foi procurada para responder sobre o andamento da apuração na esfera criminal, mas ainda não se posicionou. O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) disse desconhecer o caso. O MPPE instaurou um inquérito civil para dar continuidade às investigações e coleta de informações.

O Imip é uma Organização Social de Saúde (OSS) que possui convênio com a Secretaria Estadual de Saúde para operacionalização de gestão e execução de ações e serviços de saúde no Hospital Miguel Arraes. Por mais de uma vez, o Imip foi assunto na mídia por enfrentar dificuldades financeiras nos últimos anos. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde, o Hospital Miguel Arraes é responsável por mais de dois mil atendimentos de emergência por mês.

Em tempos de ex-assessora trabalhando como personal trainer no mesmo horário em que deveria dar expediente na Câmara Federal, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu um inquérito civil público para investigar enriquecimento ilícito de uma servidora lotada no gabinete do deputado estadual Beto Accioly (PP) na Assembleia Legislativa (Alepe), por dois anos, sem comparecer ao local.

De acordo com uma notícia fato aceita pela 43ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital Promoção e Defesa do Patrimônio Público, Priscila Parente Soares Sampaio recebeu salários referentes ao período de abril de 2016 a junho de 2018 pelo cargo de secretária parlamentar do deputado, mas não cumpria expediente na Alepe - o que faz com que Beto Accioly também seja investigado. A abertura do inquérito foi publicada no Diário Oficial do órgão dessa terça-feira (15).

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No documento em que detalha o começo da investigação, o MPPE aponta que Priscila, que é esposa do vereador de Salgueiro George Sampaio, trabalhava no mesmo período como médica contratada pela Prefeitura de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, no programa Saúde da Família. A distância entre a cidade sertaneja e a capital pernambucana é de 513 km. 

Para justificar a apuração, o Ministério considera que a Lei nº 8.429/92, em seu artigo 9º, dispõe que “constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades" como a Alepe e "notadamente" a servidora recebeu "recursos indevidos do poder público, por cerca de dois anos".

O MPPE informou ainda que agora serão notificadas a prefeitura de Salgueiro, a Assembleia Legislativa, Priscila Sampaio e o deputado estadual para prestarem informações e apresentarem documentações comprobatórias dos contratos e frequência da servidora. Ao fim da investigação, o órgão definirá quais medidas legais serão adotadas, ou seja, se o deputado e a servidora serão denunciados por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito ou não.

O LeiaJá entrou em contato com o deputado Beto Accioly e ele argumentou que não havia sido notificado ainda sobre a abertura deste inquérito. Além disso, o parlamentar ressaltou ainda que Priscila Sampaio foi sua assessora e prestou serviços para o seu mandato.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) solicitou a instauração de inquérito para avaliar o motivo da retirada da peça "O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu" da grade da programação do 25º Janeiro de Grandes Espetáculos. A decisão foi publicada nesta terça-feira (15) no Diário Oficial.

O assunto da audiência, que será realizada no próximo dia 28, às 14h, discutirá a garantia do direito à liberdade de expressão e criação artística. O inquérito investigará a Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE), Prefeitura do Recife e Fundação de Cultura da Cidade do Recife.

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Ao vetar a peça do festival, a Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco (Apacepe) alegou que o espetáculo ‘extrapola os critérios artísticos’. "O Evangelho segundo Jesus, Rainha do Céu" é um drama sobre opressão e intolerância, interpretado pela atriz transexual Renata Carvalho.

Após a obra ser retirada do 25º Janeiro de Grandes Espetáculos, outras peças decidiram abandonar o evento, em solidariedade à Renata, que faz o papel de Jesus no espetáculo, e contra a censura e intolerância.

Ficam abertas até dia 8 de fevereiro as inscrições para o Programa de Estágio de Nível Médio do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) de 2019. Podem se candidatar estudantes de 16 ou mais que estejam cursando o primeiro, segundo ou terceiro ano do ensino médio em escolas públicas estaduais ou conveniadas ao MPPE. As candidaturas para o processos eletivo são gratuitas e podem ser realizas pela internet.

Ao total, são 104 oportunidades imediatas, sendo quatro para o horário da manhã e 100 para o turno da tarde, nos setores localizados na Região Metropolitana do Recife. Além disso, também estão disponíveis 20 vagas para o interior de Pernambuco, entre as cidades de Salgueiro, Petrolina, Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Garanhuns, Caruaru, Palmares, Nazaré da Mata, Limoeiro, Vitória de Santo Antão e Serra Talhada.

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Durante as inscrições, é preciso que os candidatos selecionem o local no qual querem estagiar como também o turno. Em nota, o MPPE frisa a possibilidade de os alunos que não passarem dentro das vagas serem chamados para nomeação, já que o certame tem validade de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

A seleção será realizada por meio de prova objetiva com 20 questões, sendo dez de português e dez de atualidades. Cada questão vale meio ponto e serão considerados aprovados todos os candidatos que obtiverem nota maior que cinco e que não tiverem zerado nenhuma disciplina.

O cronograma de realização das provas será dividido. As avaliações começam pelos estudantes do Recife, com testes realizados no dia 17 de janeiro. Em seguida, estão os candidatos de Caruaru e Palmares, que irão fazer prova no dia 24 do mesmo mês. Já os dias 10, 17 e 24 de março serão as datas de prova de Nazaré da Mata, Limoeiro e Vitória de Santo Antão; Afogados da Ingazeira, Arcoverde e Garanhuns; e Salgueiro, Petrolina e Serra Talhada, respectivamente.

Os estagiários terão direito a uma bolsa auxílio correspondente a 80% do salário mínimo, além de auxílio-transporte e férias. Mais informações sobre as seleções podem ser obtidas nos editais divulgados no Diário Oficial do MPPE o desta segunda-feira (14).

O decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) no qual fixou salário mínimo em R$ 998, menor que o projetado anteriormente quando foi proposto que fosse estabelecido R$ 1.006, foi negativamente repercutido entre as famílias que brasileiras que mal conseguem se sustentar. Uma certeza já existe: as dificuldades continuarão para muitos. No entanto, os procuradores de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) já têm o que comemorar neste início de ano: vão receber um aumento de 16,38%.

A medida garante que os procuradores, que antes recebiam R$ 30.471,11, passem a receber R$ 35.462,22. Cerca de 450 promotores do MPPE também terão direito ao reajuste. O aumento não se estende aos demais servidores do órgão. Existem 672 funcionários ativos e 36 inativos, segundo dados do Portal da Transparência do MPPE de dezembro de 2018.

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A resolução, que segue o reajuste concedido aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), foi assinada pelo procurador-geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, e publicada no Diário Oficial dessa sexta-feira (11). Segundo o texto da resolução, o reajuste é retroativo a 27 de novembro de 2018, dia em que foi publicado o aumento do Supremo. Pensionistas e aposentados também irão receber o aumento.

Em novembro passado, o então presidente Michel Temer (MDB) sancionou reajuste para os ministros do STF, que recebiam R$ 33 mil e agora possuem salário de R$ 39 mil. Na época, a preocupação era do “efeito cascata” nas carreiras do funcionalismo, já que alertava para um aumento automático para a magistratura e para integrantes do Ministério Público.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu novo inquérito civil para investigar a prática de homofobia e preconceito por policiais militares do 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM). O inquérito é relativo a fato ocorrido no Carnaval de 2015 em Olinda, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Na ocasião, turistas denunciaram terem sidos abordados e agredidos por policias por estarem se beijando nas proximidades do Mercado da Ribeira.

A promotora que assina a instauração de inquérito, Maria Célia Meireles da Fonsêca, afirma em texto publicado no Diário Oficial que o procedimento aberto em 2015 teve o prazo encerrado e foi arquivado em dezembro de 2017. Como a apuração não foi concluída, a promotora, então, decidiu começar novo inquérito sobre o mesmo objeto.

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Os denunciantes foram o baiano Magno da Costa Paim e o paraense Hector Zapata. Eles contaram que estavam em um bloco quando quatro policiais ordenaram que colocassem a mão na cabeça e fizeram uma revista pessoal. Após isso, a equipe deixou o local, mas voltou cerca de dez minutos depois.

Em um vídeo que circulou nas redes sociais, Magno conta ter recebido um tapa na cara de um policial. “[Disseram] que se eu quisesse continuar beijando homem, se quisesse tirar a roupa, eu tinha que ir pro motel porque aqui era Pernambuco”, fala o jovem na gravação de 2015.

Em nota enviada após a repercussão, a PM afirmou que os dois turistas estavam manuseando e expondo os órgãos genitais em via pública. Eles assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por atentado violento ao pudor.

A Secretaria de Defesa Social (SDS) também havia informado que investigaria o caso. O LeiaJá entrou em contato com a assessoria da pasta para saber quais procedimentos foram tomados desde então e aguarda resposta.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquérito civil para apurar assédio sexual praticado por agente socioeducativo a adolescentes internas de unidade da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). O procedimento corre em sigilo.

Segundo a promotora de Justiça Ana Joêmia Marques da Rocha, que investiga o caso, um procedimento preliminar de investigação apurou que os assédios eram praticados pelo agente Eduardo Henrique Cabral Alves Barreto. Os fatos foram registrados na Unidade de Atendimento Inicial (Uniai), localizada no bairro da Boa Vista, área central do Recife.

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A unidade possui capacidade para 15 internos de ambos os sexos e é para lá que os jovens seguem logo após deixarem a delegacia. Além da abertura de inquérito, a promotora solicita histórico de seis adolescentes. O texto não confirma se os seis nomes são das jovens assediadas pelo servidor.

A portaria também solicita os registros de todos os plantões na UNIAI em 2018 com participação de Eduardo Henrique Cabral Alves Barreto, além da folha individual de frequência dele referente aos meses de janeiro, março, maio, junho, agosto e setembro.Por fim, o MPPE solicita informações das medidas tomadas pela Funase em face da prática de assédio sexual a socioeducandas. 

Demitido

Através de nota, a Funase informou que, assim que tomou conhecimento dos fatos, determinou que a corregedoria realizasse uma investigação interna. A apuração resultou na demissão do funcionário conforme portaria de setembro de 2018. A fundação também encaminhou o caso ao MPPE para que fossem adotadas outras medidas cabíveis. "A fundação não compactua com condutas como as que ficaram demonstradas na rigorosa investigação interna que conduziu e ressalta que, assim que for notificada oficialmente, prestará todas as informações demandadas pelo MPPE no inquérito civil", diz a resposta da Funase.

 

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) ajuizou ação civil pública contra a vereadora do Recife, Michelle Collins (PP). A parlamentar é acusada de discriminar religiões de matrizes africanas em publicação no Facebook feita no dia 4 de fevereiro de 2018. Na ocasião, ela expôs a realização de um evento evangélico onde dizia que estava participando e orando para “quebrar a maldição de Iemanjá" contra o mundo.

Na ação, o MPPE pediu que a Justiça condene a vereadora a pagar R$ 100 mil de indenização por danos morais coletivos e a reparar a violação à liberdade religiosa mediante uma publicação, na rede sociais, de um texto elucidativo sobre Iemanjá - que deverá ser fixada no topo da página por 30 dias.

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O documento é assinado pelo promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital, Westei Conde. Ele argumentou que Michelle extrapolou os limites do direito à liberdade de expressão quando publicou, nas suas contas oficiais, afirmações contra o orixá Iemanjá.

“Segundo a publicação Intolerância Religiosa no Brasil: relatório e balanço, de 2016, as religiões afro-brasileiras são as que mais sofrem com práticas discriminatórias, com 71% do total de casos. Portanto, a postagem realizada pela ré acerca de Iemanjá e seus seguidores contribui para a apologia ao ódio religioso, favorecendo a discriminação e até mesmo prática de crimes e outras formas de violência contra as religiosidades afro-brasileiras, seus praticantes e adeptos”, alertou Westei Conde.

Além disso, o promotor de Justiça ressaltou ainda que as consequências lesivas das publicações da missionária ultrapassam o plano meramente individual, atingindo toda coletividade, principalmente praticantes das religiões de matriz afro-brasileira.

Entenda o caso

A polêmica envolvendo a vereadora veio à tona no dia 6 de fevereiro de 2018 quando a comunidade Terreiro Axé Talabi, espaço de preservação do Patrimônio Cultural dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, divulgou uma nota de repúdio a parlamentar por “propagação ao racismo, ódio e desrespeito às tradições de matriz africana e suas divindades”.

A nota se referia a publicação feita no perfil da vereadora no Facebook dois dias antes. Depois da manifestação, Michele apagou a publicação e pediu desculpas. Mesmo assim, ela foi alvo de uma representação por intolerância religiosa na Câmara dos Vereadores, arquivada logo em seguida, de críticas e vaias no Carnaval do Recife, de protestos e desse inquérito civil do MPPE. Na ocasião, ela alegou ter feito a publicação “no exercício de sua fé” e que não teve intenção de ofender as religiões de matriz africana.

O Ministério Público ingressou com uma ação civil pública com pedido de liminar para que a Justiça determine a suspensão imediata do aumento da tarifa do transporte público de Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. No último dia 12 de dezembro, o município publicou decreto que autoriza o aumento da passagem a partir de 1º de janeiro para R$ 2,90 quando o pagamento foi feito em dinheiro e R$ 2,80 quando for através do cartão Meu Passe Legal. Para estudantes, o valor da meia passagem subiu para R$ 1,40 e para usuários do serviço opcional o preço ficou em R$ 3,45.

Além da suspensão do reajuste, o MPPE solicitou que a Justiça determine ao município não promover qualquer aumento nas tarifas sem apresentação prévia de estudo ou condicione a revisão à apresentação de estudo que inclua nos cálculos a receita com publicidade nos ônibus, ou ainda, em último caso, limitar o reajuste ao índice de inflação previsto para 2019, que é de 4%. O reajuste em Garanhuns foi de 10%.

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O MPPE requereu também que o município seja obrigado a tomar as medidas necessárias para disciplinar o uso de publicidade comercial nos ônibus como fonte de receita para reduzir o valor da passagem paga pelos usuários. O promotor de Justiça Domingos Sávio Pereira Agra argumenta, no texto da ação, que o aumento da tarifa do transporte público foi autorizado pelo prefeito Izaías Régis com base em decisão do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) que teve como elementos apenas a planilha apresentada pela concessionária Coletivos São Cristóvão Ltda, tendo o poder público se omitido de fazer seu estudo próprio para apresentar uma contraproposta ao percentual apresentado pela empresa.

“O reajuste baseado em levantamento unilateral da empresa não pode servir de fundamento, pois penaliza a população, que fica privada de um levantamento isento de interesses particulares”, alertou Domingos Sávio Pereira Agra. Outra inconsistência apontada por ele diz respeito ao método de cálculo dos custos, já que a empresa Coletivos São Cristóvão adotou uma metodologia de 1996, ignorando a atualização proposta em 2017 pela Associação Nacional de Transporte Público (ANTP) para a contabilização de custos na operação desse tipo de serviço.

Já em relação à receita com publicidade nos veículos, o MPPE ressalta que a planilha apresentada pela empresa não menciona os valores e que o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT) e a Autarquia Municipal de Segurança, Trânsito e Transporte (AMSTT) não questionaram a ausência desses números.

“As empresas de transporte coletivo que exploram a publicidade não têm nenhum custo; o papel e demais materiais, colocação e manutenção dos itens de propaganda são pagos pelas empresas que desejam fazer o anúncio. Nada mais justo que esses recursos sejam revertidos na redução do valor das tarifas cobradas dos usuários, uma vez que são eles que ficam expostos a essa mídia”, detalhou o promotor de Justiça. Por fim, Domingos destacou que tanto o município de Garanhuns quanto a empresa de ônibus não adotam medidas de transparência para dar publicidade às informações relativas à composição das tarifas cobradas.

Com informações da assessoria

O Ministério Público de Pernambuco implantou o pagamento de auxílio-saúde para todos os procuradores e promotores do órgão. O valor do benefício, inicialmente, será de R$ 500 mensais, conforme decidido pelo procurador geral de Justiça de Pernambuco, Francisco Dirceu Barros. A determinação foi publicada no Diário Oficial dessa quarta-feira (19).

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O valor será acrescido a remuneração dos membros do MPPE que ganham, em média, R$ 30 mil mensais. Além disso, de acordo com o decreto, o auxílio não contempla membros inativos do órgão. 

De acordo com informações publicadas pelo Blog do Jamildo, a implantação desse auxílio-saúde é visto nos bastidores como cumprimento de uma promessa de campanha feita pelo procurador-geral, em 2016, no grupo de WhatsApp da categoria. Na ocasião, Francisco teria dito que o auxílio poderia chegar até R$ 5 mil por mês, sem impostos, como uma forma de compensar o, então, possível fim do auxílio-moradia - que foi revogado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.

Uma operação desencadeada em 19 municípios de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro busca prender, nesta terça-feira (18), 54 policiais militares que estariam envolvidos com facção criminosa. A ação é realizada pela Corregedoria da Polícia Militar, com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Comando de Policiamento de Choque da Polícia Militar.

O grupo criminoso estaria concentrado na Zona Sul de São Paulo. O nome da fase é Katrina, em referência a uma "devastação" do esquema de corrupção, enquanto a operação foi intitulada Ubirajara, nome do bairro onde teve início as investigações.

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O grupo começou a ser investigado em fevereiro. Foram interceptadas 82 mil ligações telefônicas, além de recolhidos documentos e materiais.

Os alvos são policiais do 22º Batalhão que estariam envolvidos em crimes como corrupção passiva, concussão, associação ao tráfico de drogas, organização criminosa e outros ilícitos penais militares e comuns. Ao todo, estão sendo cumpridos 86 mandados de busca e apreensão, 70 expedidos pela Justiça Militar, e 16 expedidos pela Justiça Comum, e 59 mandados de prisão. Os outros alvos de mandados de prisão são integrantes da organização criminosa.

Segundo o MPPE, até o momento foram contabilizados três presos civis e 29 policiais militares presos. Houve apreensão de arma, munição, droga e dinheiro.

Carroceiros do Recife voltam a protestar em frente à prefeitura na manhã desta segunda-feira (17). Eles são contrários à lei que proíbe transportes de tração animal. Um protesto havia sido realizado no último dia 27 de novembro. A lei já foi sancionada em 2013 pelo prefeito Geraldo Julio (PSB), mas nunca regulamentada e aplicada. 

Os manifestantes chegaram a parar em frente à Câmara de Vereadores, o que resultou em um grande congestionamento na área central da cidade. Em seguida, eles seguiram para a sede da prefeitura.

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A categoria alega não ser contrária à regulamentação, mas sim à proibição. Marcos Batista, um dos representantes, sugere fiscalização dos carroceiros e emplacamento, o que evitaria, segundo ele, adolescentes e crianças guiando carroças, veículos na contramão e maus tratos.  "O prefeito Geraldo Julio não está pensando nos carroceiros e assim, sem dar suporte à categoria, vai acabar gerando desemprego, porque a maioria não tem estudo", opina.

A lei da tração animal voltou à pauta após o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinar a regulamentação. Para o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o projeto é benéfico para a proteção dos animais e dos cidadãos. O texto prevê um programa gradual da retirada dos veículos de tração animal e inserção dos carroceiros em programas de assistência e social.

Procurada, a Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais do Recife informou que uma reunião ocorrerá nesta manhã com a participação de uma comissão de carroceiros e a Secretaria de Governo. Não há previsão para o fim do protesto.

Com informações de Jameson Ramos

O gabarito oficial do concurso do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), realizado neste domingo (2), foi divulgado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), banca organizadora do certame, na tarde desta segunda-feira (3).

Ao todo, 23 vagas são disponibilizadas; 13 para o cargo de Técnico Ministerial e 10 vagas para Analista Ministerial. Os salários variam entre R$ 3,1 mil e R$ 4,8 mil.

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Você pode conferir os 12 gabaritos das diferentes provas clicando aqui ou analisar o gabarito específico para o número da sua prova neste link. Segundo o edital, o resultado oficial deve ser divulgado em 1º de fevereiro.

O  Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinou que a Prefeitura do Recife regulamente a Lei Municipal nº 17.918/2013, que proíbe transportes de tração animal na capital pernambucana. Apesar de ter sido sancionada em 2013, a regulamentação nunca foi feita.

Na época que a lei foi sancionada, se estabeleu um prazo de 120 dias contados para a regulamentação, o que não ocorreu. Protestos de carroceiros, que travaram as ruas da capital, fizeram com que a gestão municipal recuasse. A prefeitura alegou falta de verbas para regulamentação.

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Com a lei, ficarão proibidas as carroças puxadas a cavalo, burro ou outro animal de circular pelo Recife, assim como condução de animais com cargas e trânsito montado. “Foi uma vitória do MPPE e da sociedade. A PCR se recusava a cumprir a lei e recorreu o quanto pôde na Justiça. A Prefeitura contestou a ação do MPPE, que buscava um direito legítimo da sociedade, de proteção dos animais, de proteção do cidadão. Foram resgatados a dignidade e o respeito que deve haver pela vida animal, direitos importantes de cidadania”, disse o promotor de Justiça Ricardo Coelho, responsável por acionar a Justiça.

A lei ainda prevê que “é de responsabilidade do Poder Executivo a regulamentação do Programa Gradual de Retirada dos Veículos de Tração Animal, bem como a inserção em programas de assistência e social para obtenção de outras fontes de renda por parte dos condutores destes veículos que comprovem a utilização dos mesmos como atividade profissional principal há mais de um ano”.

Para o TJPE, a postergação da prefeitura vai contra o direito constitucional ao meio ambiente equilibrado, assim como contra o dever público de assegurar a proteção da fauna, como é o caso dos animais de tração a serem submetidos a maus-tratos e trabalho extenuante.

A Prefeitura do Recife disse que ainda não foi notificada oficialmente da decisão. Em abril de 2016, a Secretaria Executiva dos Direitos dos Animais (Seda) havia informado que a lei estava em fase de regulamentação, o que exigiria tempo visto que envolvia outras secretarias como a de Mobilidade e Controle Urbano e a de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

A Justiça, através de liminar, determinou a interdição da Cadeia Pública de Taquaritinga do Norte, no Agreste de Pernambuco, devido à precariedade e insalubridade do prédio. Também foi determinada a transferência urgente dos 15 presos que se encontram recolhidos no local para o Presídio de Santa Cruz do Capibaribe.

Conforme o texto, a cadeia oferece um ambiente prisional com riscos de doenças, integridade física e até fuga de presos. A cadeia deverá ser lacrada e as chaves depositadas no cartório judicial, sob pena de multa diária de R$ 1 mil.

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A determinação ocorreu após ação civil do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que relatou as condições sofríveis das instalações prisionais e salientou, inclusive, a existência de um buraco na parede da área do chuveiro. O buraco teria sido feito pelos presos com intenção de fuga em massa.

Outras irregularidades estruturais identificadas foram:  não há grades de proteção superior nas duas áreas de banho de sol; a guarita de vigilância não tem proteção o policial militar, a escada que dá acesso a guarita superior fica próxima da cerca elétrica, com risco de danos físicos; existência de diversos furos e rachaduras nos muros e paredes das celas e áreas de banho de sol, possibilitando evasões; parte da cerca elétrica da cadeia está solta por falta de manutenção; foram construídas moradias justapostas ao muro da cadeia, facilitando fugas ou invasões; a encanação de água e de tubos de energia estão expostos na área de acesso a cadeia, com risco de choques elétricos a policiais e visitantes; a grade que leva ao pátio do banho de sol se encontra com ferrolhos soltos e rachaduras na parede; faltam cadeados em diversas grades da cadeia; etc.

Os problemas infraestruturais, elétricos e hidráulicos do ambiente geram riscos à integridade física e à vida tanto dos presos quanto dos policiais e visitantes do local. Ademais, a estrutura da cadeia fornece todos os ingredientes necessários a uma fuga em massa exitosa dos presos, com inquestionável prejuízo à segurança pública e à garantia da instrução criminal e aplicação da lei penal”, afirmou o juiz Leonardo Batista Peixoto em sua decisão. “Os registros fotográficos acostados mostram a situação degradante em que se encontram as celas dos detentos, sujas, rachadas, mal iluminadas e apertadas, abrindo canal para ajuizamento de ações por danos morais”, completou ele.

A interdição deve ser mantida até posterior reforma estrutural por parte do estado de Pernambuco. O LeiaJá aguarda resposta da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres).

Com informações da assessoria

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