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Nesta sexta-feira (18), em julgamento realizado pelo plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF), O ministro Edson Fachin votou para impedir que a Petrobras possa vender as suas refinarias. Esse primeiro voto foi festejado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), já que o ministro é relator da ação. 

Para a CUT, os petroleiros conseguiram dar "um importante passo para evitar que a Petrobras seja privatizada sem licitação ou autorização do Congresso Nacional". A Central Única dos Trabalhadores aponta que Fachin atendeu ao pedido das Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, para que seja concedida uma liminar que paralise imediatamente as privatizações das refinarias da petrolífera.

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"O pedido das mesas do Congresso Nacional junto ao STF foi feito graças à atuação da CUT, demais centrais e da direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que durante a greve de fevereiro deste ano, se reuniu com os presidentes das Casas, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e David Alcolumbre (DEM-AP) e demonstraram que o governo federal estava burlando a decisão do próprio Supremo, de que a Petrobras não poderia ser vendida sem autorização do Congresso Nacional", aponta a assessoria da CUT.

Por se tratar de um julgamento por sessão virtual, os ministros têm até o próximo dia 25 de setembro para apresentarem os seus votos. Caso eles sigam o voto do relator, a venda das refinarias da Petrobras poderá ser suspensa.

A Polícia Federal, segundo o canal CNN, intimou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), ambos filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a depor no inquérito 4828 do Supremo Tribunal Federal, que investiga supostos atos antidemocráticos realizados no início do ano, entre abril e maio. 

A PF não informou se o depoimento de Carlos Bolsonaro, que estava marcado para o último dia 10, já foi realizado. A oitiva a seu irmão, Eduardo, está prevista para a próxima terça-feira (22), segundo a CNN, que teve acesso aos autos do inquérito, apesar de o mesmo ser conduzido em segredo de Justiça. 

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Monetização

A solicitação para que os irmãos Bolsonaro sejam ouvidos foi feita em um momento no qual o inquérito avança em investigações para entender quais são as fontes de monetização e até suposta lavagem de dinheiro dentro da organização dos atos antidemocráticos que teriam contado com a participação do presidente da República.

Por sua vez, a Procuradoria-Geral da República (PGR) busca limitar o alcance da investigação, para que ela não venha a atingir o próprio presidente Bolsonaro. Uma petição assinada em 27 de agosto pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jaques, afirma categoricamente que, por hora, nem Bolsonaro nem assessores próximos à família presidencial devem ser alvos de investigação. 

No STF, quem conduz o inquérito sobre os atos antidemocráticos é o ministro Alexandre de Moraes, que recentemente deu entrevista falando a respeito da monetização e lavagem de dinheiro em grupos que participam de atos antidemocráticos e criam fake news em massa.

Em despacho recente, a delegada da Polícia Federal que conduz a investigação no órgão executor, Denisse Dias Ribeiro, pediu ao ministro diligências contra o Foco do Brasil, um dos principais canais conservadores do País, que chegou a transmitir os atos do dia 19 de abril, que motivaram o inquérito. Até o presente momento, Carlos e Eduardo Bolsonaro não se manifestaram publicamente sobre a intimação. 

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Na manhã desta sexta-feira (11) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou que não cometeu censura prévia ao suspender perfis que disseminavam conteúdo falso e discurso de ódio contra membros da suprema corte no âmbito do inquérito das fake news. A afirmação foi feita em entrevista à jornalista Natuza Nery, da Globo News, durante o 15º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). 

Na ocasião, a decisão gerou críticas ao ministro, que foi acusado tanto de cometer censura prévia por suspender contas e não apenas postagens, quanto teve a decisão taxada de inútil, uma vez que os responsáveis pelas páginas poderiam criar outras contas. 

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Nesse sentido, Alexandre de Moraes se defendeu afirmando que as duas críticas anulam uma à outra, e que sua decisão não fez nada além de suspender o instrumento criminoso para permitir sua análise durante o processo de investigação. “Se a ideia é fazer censura prévia a decisão deveria impedir de abrir qualquer perfil. Não foi essa a determinação. A suspensão foi do instrumento criminoso. Se a pessoa está usando determinada conta bancária para lavar dinheiro você bloqueia aquela conta. Não impede que a pessoa seja correntista em outro banco ou no mesmo banco com outra conta. Porque eu suspendi essas contas? Elas vinham realizando monetização, que tinham ligação com outras. Não adiantaria nada simplesmente bloquear o conteúdo de determinadas coisa e deixar o instrumento do crime produzindo crimes”, disse Moraes. 

Milícias Digitais

Segundo o ministro do supremo, o que mais lhe impressiona a respeito da máquina de ódio que opera nas redes sociais é “o nível de profissionalismo” com que elas operam. De acordo com Alexandre de Moraes, o trabalho dos perfis de fake news exige um primeiro investimento financeiro, mas depois começa a gerar lucros através das próprias plataformas digitais. 

“Eu não tenho dúvida e a Polícia Federal vem fazendo esse cruzamento, que as redes e essas milícias digitais estão sendo usadas para uma grande lavagem de dinheiro. Você acaba limpando o dinheiro e ele pode retornar via doações, inclusive doações eleitorais. É muito mais grave do que as pessoas achavam e continuam achando. Às vezes as pessoas acham que é picuinha porque estão xingando o Supremo Tribunal Federal. Se fosse por xingamento o Supremo Tribunal Federal, esse inquérito ia até a lua”, afirmou Alexandre de Moraes. 

O ministro do STF também classificou como uma “cegueira coletiva” das autoridades, da imprensa e de toda a sociedade a falta de percepção em relação à operação dos grupos de disseminação massiva de notícias falsas, acreditando não passar de um fenômeno de “grupos de Whatsapp da vovó”, mas que acabaram ganhando repercussão ao atingir os assuntos mais comentados das redes sociais e se tornando assunto nos jornais. 

“Estávamos confundindo grupos de whatsapp, as pessoas brincam, da vovó, da tia, do tio, com milícias digitais que começavam a plantar uma notícia com inúmeros robôs que a partir da descoberta estão sendo substituídos por pessoas. Usavam a mídia tradicional para dar amplitude a notícias que eles inventavam. Muito dinheiro envolvido seja para financiar isso, seja depois com a monetização, as pessoas ganhando dinheiro com isso. É um grande risco à honra das pessoas, às instituições e às eleições”, argumentou Alexandre. 

“O amigo do amigo do meu pai”

Na entrevista, que tinha como tema central a liberdade de imprensa no país, o ministro Alexandre de Moraes foi questionado sobre sua decisão, posteriormente revista por ele mesmo, de tirar do ar uma reportagem da Revista Crusoé intitulada “O amigo do amigo do meu pai”, de 11 de abril de 2019, um documento em que o empreiteiro Marcelo Odebrecht revelou à Lava Jato o codinome utilizado para se referir ao agora ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. 

Moraes afirmou que sua primeira decisão de retirar o texto do ar não foi um erro “de forma alguma” e a razão de ter revisto sua posição foi a chegada de um documento que anteriormente a Procuradoria Geral da República havia afirmado não existir, motivando sua primeira liminar. 

“Em momento algum houve censura prévia, a reportagem já existia (...) Naquele momento, porque eu determinei a retirada? Por que a matéria foi veiculada, houve o pedido de retirada, eu pedi a manifestação da Procuradoria Geral. A procuradora-geral disse que aquele documento que a matéria dizia que a Procuradoria Geral tinha remetido não existia, então com base nisso eu determinei a retirada. Isso foi numa sexta, na quarta-feira a Procuradoria Geral disse que agora tinha chegado aquele documento para ela por parte da procuradoria de Curitiba. Uma vez que mudou a situação fática, eu levantei a decisão sem nenhum problema”, disse o ministro do supremo. 

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Por não ter bloqueado alguns perfis de aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sm partido) que estão sendo investigados por ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e disseminação de fake news, o Facebook depositou na Justiça a multa de R$ 1,92 milhão, determinado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Em sua defesa, o Facebook diz que a ordem foi cumprida, já que chegou a impedir computadores, celulares e tablets registrados no Brasil de visualizarem os perfis bolsonaristas. No entanto, esses bloqueios não aconteceram no exterior e nem proibiram o acesso aos perfis fora do Brasil. 

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A rede social argumenta que isso seria um "risco à liberdade de expressão fora da jurisdição brasileira". O Facebook ainda pode recorrer da decisão de Moraes. Se vencer, poderá reaver o dinheiro depositado na Justiça.

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Os trabalhadores dos Correios em Pernambuco realizam um ato público nesta quinta-feira (27). Em greve por tempo indeterminado desde o dia 17 de agosto, a categoria se reuniu às 9h, em frente a sede dos Correios, na Avenida Guararapes, centro do Recife, de onde seguem em caminhada até a praça do Derby.

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A paralisação da categoria acontece em protesto a interferência do Supremo Tribunal Federal (STF), para diminuição do prazo de aplicação de uma normativa aprovada que retira cerca de 70 cláusulas do acordo coletivo de trabalho, além de ganhos benefícios e acrescenta aumentos nos descontos em folha de pagamento, de acordo com informações do Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Correios em Pernambuco, Hálisson Tenório.

“Em uma pandemia, não estamos reivindicando aumento de salário ou benefícios. Estamos aqui reivindicando que o que nos foi roubado seja devolvido. Nós não tivemos alternativa, senão fazermos greve, mas também consciente que uma parte dos trabalhadores ficaram para manter o serviço que é extremamente emergencial e necessário. Mas estamos aqui reivindicando. A população tem se manifestado em favor do nosso movimento de greve, tanto na região metropolitana, como no interior do estado”, explicou o secretário.

“A empresa questionou a decisão do Tribunal Superior do Trabalho, no ano passado, e ingressou com um pedido de mediação junto a esse mesmo tribunal e a gente (categoria) achou uma 'aberração' essa questão do Supremo Tribunal Federal intervir na Justiça do Trabalho. E esta intervenção está fazendo com que a gente possa continuar esse movimento por tempo indeterminado”.

Segundo, o secretário, está havendo uma mediação no Tribunal Superior do Trabalho. "Ontem foi o primeiro dia dessa mediação, hoje às 16h será retomada e o próprio ministro falou que se sentir boa vontade por parte da empresa ele apresentará uma proposta alternativa para tentar por fim no movimento grevista”, finalizou.

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na última terça (4), que a delação do ex-ministro Antonio Palocci em uma ação penal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser invalidada. O pedido pela exclusão do depoimento foi feito pela defesa de Lula sob a alegação de imparcialidade da prova.

Na ação, Luiz Inácio é acusado de receber vantagens indevidas da Odebrecht, na forma de  imóveis em São Paulo e em São Bernardo do Campo, para usufruto próprio e do Instituto Lula, além de pagamentos ilícitos que teriam sido feitos para ele e para o Partido dos Trabalhadores (PT). 

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Em 2018, o então juiz Sergio Moro fez a inclusão do depoimento de Palocci no processo, poucos dias antes das eleições presidenciais daquele ano, o que, segundo a defesa de Lula, teria representando imparcialidade. Diante disso, foi feito um pedido de exclusão dessa prova no processo. Após a recusa do ministro Edson Fachin em relação à solicitação, a defesa do ex-presidente recorreu e o tema foi levado ao plenário na último terça (4). A exclusão da prova  foi então acatada por dois votos a um. 

Segundo o ministro Ricardo Lewandowski, a atuação de Moro teve o objetivo de gerar fato político, o que revelaria um desacerto com o ordenamento constitucional vigente. Em entrevista ao G1, o ministro Gilmar Mendes comentou a decisão: "Verifica-se que o acordo foi juntado aos autos da ação penal cerca de três meses após a decisão judicial que o homologara. Essa demora parece ter sido cuidadosamente planejada pelo magistrado para gerar verdadeiro fato político na semana que antecedia o primeiro turno da eleições presidenciais de 2018". 

Apoiadores bolsonaristas foram suspensos do Twitter nesta sexta-feira, 24, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo informou a plataforma.

As contas do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), dos empresários Luciano Hang e Otávio Fakhoury, da extremista Sara Giromini e do blogueiro Allan dos Santos estão fora do ar no Brasil.

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O bloqueio temporário das contas foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das fake news - que apura notícias falsas, ofensas e ameaças contra autoridades. A medida foi justificada pela necessidade de 'interromper discursos criminosos de ódio' e solicitada ainda em maio, quando aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram alvo de buscas em operação da Polícia Federal.

Influenciadores

O blogueiro Allan dos Santos foi identificado pela Polícia Federal como um dos 'influenciadores' do esquema de divulgação de ofensas e fake news contra o Supremo.

Segundo os investigadores, foi detectada a existência de um 'mecanismo coordenado de criação e divulgação' das mensagens contra ministros. Os perfis de influenciadores utilizavam seus seguidores para criar hashtags que atacassem o STF, para só então reproduzi-las em suas contas. Dessa forma, ficaria seguros de que não foram eles os responsáveis pela criação das hashtags.

A PF identificou indícios que as publicações sejam disseminadas por meio de robôs com o objetivo de atingir número expressivo de leitores - o mecanismo seria financiada por empresários 'de maneira velada'.

Busca no Twitter entre 7 a 11 de novembro do ano passado identificou publicações que utilizavam termos de ataques contra a corte, como #STFVergonhaNacional e #STFescritóriodocrime, além dos nomes dos ministros e palavras-chaves como Impeachment e Supremo.

Em comum, ao menos onze perfis 'influcienciadores' que se seguem foram identificados, incluindo Allan dos Santos.

Um dos exemplos citados pela PF ocorreu no dia 07 de novembro, quando os 'influenciadores' iniciaram ataques dizendo que o STF é 'uma vergonha', clamando por impeachment contra os ministros, mas sem utilizar a hashtag #ImpeachmentGilmarMendes.

A hashtag foi criada por seguidores dessas contas, que passaram a responder os perfis 'influenciadores' utilizando o termo. Somente no dia 11 de novembro que dez dos onze perfis investigados passaram a utilizar a hashtag para impulsionar o ataque, de forma a alcançar o 'trend topics' (assuntos mais comentados) do Twitter.

"Assim, os perfis influenciadores não apareciam como criadores da hashtag que simboliza o ataque", aponta a PF.

Empresários

O dono da rede de lojas de departamento Havan, Luciano Hang, é suspeito de participar do núcleo financeiro supostamente responsável pelo impulsionamento de vídeos e materiais 'contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes'.

Empresários do grupo autodenominado 'Brasil 200 Empresarial' são suspeitos de pagar pela divulgação dos conteúdos nas redes sociais.

COM A PALAVRA, O EMPRESÁRIO OTÁVIO FAKOURY

Nesta sexta-feira (24), o empresário Otávio Fakhoury foi surpreendido com a suspensão de suas contas em redes sociais. De acordo com o advogado João Manssur, que representa Fakhoury, a medida é desproporcional e contrária ao princípio da liberdade de expressão.

O advogado havia impetrado Habeas Corpus contra ato praticado pelo Ministro Alexandre de Moraes relator do inquérito das "fake news" por suspensão de contas em redes sociais.

O Procurador Geral da República, Augusto Aras, opinou pela concessão da ordem pleiteada para que seja desbloqueado os perfis de Fakhoury das redes sociais.

Porém, hoje (24/07), os perfis em redes sociais de Fakhoury foram bloqueados.

"A medida de bloqueio acarreta verdadeira censura por impedir a manifestação do pensamento de Fakhoury, garantida pelo amplo sistema de liberdade de expressão consagrado pela Constituição Federal. O próprio STF já conferiu entendimento no sentido de que a liberdade de expressão goza de certa posição preferencial. Gritante a violação ao direito de Fakhoury à livre manifestação de seu pensamento com o bloqueio de contas das redes sociais, uma verdadeira censura", afirma o advogado João Manssur.

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Na tarde desta sexta-feira (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, prorrogou por mais 15 dias a prisão da bolsonarista Sara Winter e de outros cinco alvos do inquérito que investiga atos antidemocráticos, além do inquérito das fake news. 

O pedido da prorrogação partiu do vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, que defendeu a "imprescindibilidade da segregação para a atual fase do inquérito policial". Sara está presa desde a última segunda-feira (15). Ela é uma das líderes do movimento '300 do Brasil', que defende o presidente Jair Bolsonaro. 

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Depois da determinação de prorrogação, a seguinte declaração foi postada no twitter da Bolsonarista: "O Ministro Alexandre de Moraes prorrogou minha prisão para eu não estar no manifesto deste domingo. Não estarei, mas peço que vocês estejam por mim. Peço aos patriotas que ergam a sua voz na esplanada por justiça. Sejam a minha voz".

Nesta sexta-feira (19), o senador Fabiano Contarato (Rede) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o passaporte do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, seja apreendido para evitar que ele saia do país enquanto durar o inquérito das fake news, no qual ele é investigado. 

Abraham pediu demissão do cargo nesta quinta-feira (18), quando também informou que iria para o Banco Mundial, localizado em Washington, Estados Unidos. No entanto, esses novos voos podem ser impedidos, já que o senador Contarato solicita ao STF uma medida cautelar proibindo Weintraub de fazer viagens ao exterior. 

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Banco Mundial

Já foi oficializada, a indicação de Abraham ao cargo de diretor-executivo para o Banco Mundial, no entanto, depende da aceitação da Colômbia, Equador, República Dominicana, Panamá, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago e Filipinas. 

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A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) acompanhou o voto do relator, ministro Gilmar Mendes, e confirmou a constitucionalidade da Lei 13.429, de 2017, a chamada Lei da Terceirização. O julgamento virtual de duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 5685 e 5695) que questionavam a lei foi concluído nesta terça-feira (16). A Corte levou em conta argumentos da Advocacia-Geral do Senado Federal relativos à regularidade do processo legislativo que deu origem ao texto. O projeto que originou a lei foi aprovado pelo Congresso em março de 2017.

 

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“O foro adequado para esse tipo de discussão e para pleitear uma normatização melhor ou diferente sobre o assunto é o Poder Legislativo, que é o titular constitucionalmente incumbido de fazer essas escolhas. E os autores tiveram e têm amplas possibilidades de participação e influência junto aos atores relevantes no processo legislativo. Um dos autores é partido político com representação no Congresso Nacional e os outros dois são grandes confederações”, defendeu o advogado do Senado Anderson de Oliveira Noronha em sustentação oral virtual no julgamento que começou no dia 5 de junho.

 

 

 

 

 

Votaram pela constitucionalidade da lei os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Roberto Barroso, Dias Toffoli e Celso de Mello. Ficaram vencidos os ministros Marco Aurélio, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

 

 

 

 

 

 

Ações

 

 

 

A Lei 13.429, de 2017, sancionada pelo ex-presidente Michel Temer em 31 de março daquele ano, trata do trabalho temporário nas empresas urbanas e das relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. O texto amplia as possibilidades de contratação de serviço terceirizado, que pode ser feita tanto na área meio quanto na atividade fim da empresa.

 

 

 

Em abril de 2017, a Rede Sustentabilidade ajuizou no STF a ADI 5685, em que argumentava que a legislação ofende, entre outros preceitos constitucionais, o da proteção ao trabalho. O partido também acusava a terceirização nas atividades da administração pública de violar o concurso público.

 

 

 

Já a ADI 5695 foi ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria Química (CNTQ) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados (Conaccovest). Essas entidades argumentaram que o texto fere princípios constitucionais como a isonomia, a proteção ao trabalhador, a livre associação sindical e a preservação da função social da propriedade, entre outros.

 

 

 

*Da Agência Senado

 

 

 

 

O pastor Silas Malafaia usou as suas redes sociais para atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) e pedir uma intervenção das Forças Armadas entre os poderes. Para ele, o ministro Alexandre de Moraes rasgou a constituição por ter autorizado a ação da Polícia Federal contra apoiadores de Bolsonaro que estão sendo investigados no processo das fake news. 

"Forças armadas contra esse ditador de toga. Artigo 142 da Constituição Federal contra esse absurdo. O apoio da imprensa a essa safadeza de Alexandre de Moraes querem derrubar Bolsonaro porque perderam bilhões. O silêncio de Davi Alcolumbre, Rodrigo Maia e o presidente da OAB. Vergonha total", diz Malafaia.

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O pastor ainda chamou Moraes de "ditador e tirano do STF", além de pedir que o ministro perca o seu cargo e seja preso pela operação autorizada. "A saga insana de Alexandre de Moraes contra apoiadores de Bolsonaro continua. Milhões de postagens nas redes sociais falando todo tipo de aberração contra o STF e ele não faz nada. Covarde", escreveu o líder religioso. 

No dia 1º de junho, o Procurador Geral da República Augusto Aras também afirmou que as Forças Armadas podem intervir se um Poder invadir a competência do outro Poder, dando a sua interpretação do artigo 142 da Constituição Federal, que define o papel das Forças Armadas. 

O ministro do STF Gilmar Mendes retrucou a fala do PGR dizendo que não é papel das Forças Armadas interpretar a Constituição Federal para definir em que situação os militares podem intervir para manter a "harmonia" dos poderes. 

 

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), exonerou o subcomandante da Polícia Militar (PM) em reação aos protestos de apoiadores do Governo Federal que dispararam fogos na Praça dos Três Poderes, contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite do último sábado (13).

A decisão foi publicada em um decreto assinado neste domingo (14) pelo próprio Ibaneis, que foi alvo de críticas dos manifestantes. O governador afirmou ao jornal Metrópoles que “A Polícia Militar do DF deve servir, no mínimo, para resguardar o cidadãos e as instituições da capital federal. Se não fez isso, errou grosseiramente”. 

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Ao justificar sua decisão, Ibaneis Rocha afirmou ainda que só não exonerou o comandante da corporação, Julian Rocha Pontes, pois o mesmo se encontra hospitalizado com Covid-19 e, portanto, não é culpado. 

“Eu só não responsabilizei e exonerei o próprio comandante da PM, porque ele está com coronavírus e internado. Não teve culpa de nada”, afirmou o governador do DF. 

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O procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a abertura de uma investigação para apurar e punir as invasões a hospitais e outras unidades de saúde por políticos e militantes promovendo desordem, ameaças e danos ao patrimônio durante a pandemia de Covid-19. A informação é da revista Veja. 

“Conforme amplamente divulgado nos meios de comunicação em massa, nos últimos dias, têm ocorrido, em variados locais do país, episódios de ameaças e agressões a profissionais de saúde que atuam no combate à epidemia do vírus Covid-19, além de danos ao patrimônio público. Nesse sentido, chegou ao conhecimento deste signatário o conteúdo de gravação audiovisual de evento supostamente ocorrido na última terça-feira (dia 09 de junho de 2020), em que um indivíduo ofende profissional de saúde em frente ao Hospital Regional de Ceilândia, causando perturbação ao funcionamento da mencionada unidade”, escreveu o PGR.

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Apesar de as invasões terem começado após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) ter estimulado sua realização em uma live nas redes sociais, ele não será investigado pois, na opinião de Aras, Bolsonaro não cometeu crime. “Seria bom você fazer na ponta da linha. Tem hospital de campanha perto de você, hospital público, arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso e mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda”, disse o presidente durante a transmissão.

Aras justifica a não inclusão de Bolsonaro na investigação alegando que a ação ilegal está no ato de invadir as unidades de saúde, e que vai autuar até mesmo as pessoas que causaram desordem em hospitais e têm foro privilegiado. A atitude do presidente, no entanto, gerou intensas reações dentro e fora do espectro político. 

Os nove governadores que integram o Consórcio Nordeste publicaram uma carta na sexta-feira (12) rebatendo o pedido de invasões feito por Bolsonaro em suas tradicionais lives de quinta-feira. O documento dizia que o “mesmo método inconsequente que o levou a incentivar aglomerações por todo o país, contrariando as orientações científicas, bem como a estimular agressões contra jornalistas e veículos de comunicação, violando a liberdade de imprensa garantida na Constituição”. 

O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) chamou a incitação à invasão de “descabida” e neste domingo (14) o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, deu uma declaração contrariando a postura de Augusto Aras ao afirmar que estimular a invasão a hospitais é, sim, crime. 

“Invadir hospitais é crime – estimular também. O Ministério Público (a PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É vergonhoso – para não dizer ridículo – que agentes públicos se prestem a alimentar teorias da conspiração, colocando em risco a saúde pública”, declarou o ministro da suprema corte.   

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O atraso da divulgação dos boletins sobre a Covid-19 no Brasil e o anúncio de revisão na metodologia de compilação dos dados por parte do Governo Federal têm causado polêmicas entre políticos, juristas e jornalistas. Diante disso o Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF) estudam determinar um horário fixo para a divulgação dos dados oficiais sobre infectados e mortos pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no país. 

Nas redes sociais, o ministro do TCU, Bruno Dantas, alegou que “cogita propor” que os tribunais de contas federais e estaduais solicitem os dados os dados sobre a Covid-19 para divulgação até às 18h, diariamente. Ele também afirma que as instituições devem atuar no sentido de superar “novas dificuldades para divulgar dados nacionais” sobre a pandemia. 

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O ministro Gilmar Mendes, do STF, apoiou o posicionamento de Bruno Dantas ao compartilhar seu texto e afirmar ainda que o dever de prestar contas sobre a Covid-19 no país se trata de uma “questão de saúde pública”. 

No que diz respeito ao Congresso Nacional, há movimentações no sentido de buscar averiguar se o governo poderia estar manipulando números. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que irá propor à Comissão Especial que acompanha temas ligados à pandemia que realize uma contagem paralela do número de mortos, infectados e recuperados da Covid-19 no Brasil.

Randolfe também Disse que levará ao STF uma ação alegando que o governo descumpre preceitos fundamentais da Constituição Federal, exigindo transparência de dados. 

Para o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que é que é líder do PSB na Câmara, está claro que Bolsonaro quer alterar dados sobre a doença e mudar a percepção sobre a real situação no país.

“Bolsonaro está desesperado para manipular o número de mortos por Covid-19, que sobe aceleradamente por causa da irresponsabilidade dele. Negar a realidade é regra nesse governo", disse ele, que também pretende acionar a justiça contra o chefe do Executivo Nacional. “Nós do PSB vamos entrar no STF, representar no TCU e convocar o ministro da Saúde para prestar esclarecimentos à Câmara", afirma o deputado.

Entenda o caso

O ápice das polêmicas em torno da divulgação dos dados sobre a Covid-19 no Brasil foi a última sexta-feira (5), quando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) determinou o atraso do boletim do Ministério da Saúde. Na ocasião, ele disparou “acabou matéria no JN”, deixando clara a intenção de impedir a divulgação dos dados no telejornal em questão. 

Bolsonaro afirmou que os dados estavam sendo divulgados há três dias cada vez mais tarde para que os números fossem mais consolidados. “Ninguém tem que correr para atender à Globo. Se ficar pronto às nove, tudo bem, mas não vai correr às seis da tarde para atender à Globo, a TV funerária”, disse ele.

Os dados foram divulgados apenas às 22h e, apesar do horário extremamente tardio, sem o número total de mortos e infectados desde o início da pandemia no país. Quando os números finalmente foram divulgados, a Rede Globo anunciou plantão e o jornalista William Bonner anunciou os dados atualizados, gerando grande movimentação nas redes sociais. 

Questionado sobre a falta de parte das informações que usualmente são repassadas nos boletins sobre a Covid-19, o Ministério da Saúde informou por meio de nota que a divulgação dos dados de 24 horas permite acompanhar a realidade do país no presente e que “ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do país. Outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica". 

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que não é papel das Forças Armadas interpretar a Constituição Federal para definir quando um Poder está invadindo a competência do outro Poder. 

Essa declaração do ministro é uma resposta ao que foi dito pelo Procurador Geral da República, Augusto Aras, no programa Conversa Com Bial, da TV Globo, que o Artigo 142 da Constituição prevê que, em caso de interferência de um Poder no outro, os militares são as pessoas que devem garantir o "funcionamento dos Poderes constituídos".

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"Pretender que a Constituição seja interpretada pelas Forças Armadas, ou que decisão do STF seja corrigida por uma interpretação das Forças Armadas me parece uma coisa fora de qualquer esquadro. Me parece uma viagem de lunáticos", avaliou Gilmar Mendes em entrevista à GloboNews.

Em entrevista ao programa de Pedro Bial, exibido na noite desta segunda-feira (1°), o Procurador Geral da República, Augusto Aras, afirmou que se um Poder invadir a competência do outro poder, as Forças Armadas poderão intervir, dando a sua interpretação do artigo 142 da Constituição Federal, que define o papel das Forças Armadas.

Segundo Aras, as Forças Armadas têm o papel de garantidora dos Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). 

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"Quando o artigo 142 estabelece que a s Forças Armadas devem garantir o funcionamento dos Poderes constituídos, essa garantia é no limite da garantia de cada Poder. Um poder que invade a competência de outro Poder, em tese, não há de merecer a proteção desse garante da Constituição. Se os Poderes constituídos se manifestarem dentro das suas competências, sem invadir as competências dos demais Poderes, nós não precisamos enfrentar uma crise que exija dos garantes uma ação efetiva de qualquer natureza", declarou o PGR ao jornalista Pedro Bial.

Ao site Época, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que preferiu não se identificar, declarou: "Quem vai impedir que as Forças Armadas são garantias da Constituição? Quem vai definir se houve invasão? Isso não faz o menor sentido", criticou.

Por conta da operação do Supremo Tribunal Federal (STF) contra as fake news, que mirou deputados bolsonaristas, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), classificou a ação como um abuso de autoridade. "Acho que um deputado neste país ainda tem direito a opinião. Ou a lei vale para todos, ou não vale para ninguém", escreveu o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em seu Twitter.

Foi o ministro Alexandre de Moraes que ordenou que a Polícia Federal fizesse as buscas e apreensões. Além dos deputados bolsonaristas, integrantes de grupos pró-bolsonaro e empresários como Luciano Hang, presidente das lojas Havan, também integraram a ação. 

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Diante dos fatos, o ministro da Justiça, Alexandre Mendonça, também se posicionou pontuando que "Vivemos em um Estado Democrático de Direito. É democrático porque todo o poder emana do povo. E a este povo é garantido o inalienável direito de criticar seus representantes e instituições de quaisquer dos Poderes".

O ministro assegurou também que aos parlamentares envolvidos é garantida a "ampla imunidade por suas opiniões, palavras e votos". André Mendonça ainda salientou que "intimidar ou tentar cercear esses direitos é um atestado à própria democracia".

A deputada Lídice da Mata (PSB-BA), relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fakes News, afirmou nesta quinta-feira (27) que a operação de hoje, realizada pela Polícia Federal com base em despachos de busca e apreensão de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), converge e comprova a linha de investigação da CPMI no Congresso Nacional.

A Polícia Federal realizou buscas e apreensões na manhã de hoje, no âmbito do inquérito do STF que apura produção de informações falsas e ameaças à Corte — mais conhecido como "inquérito das fake news".

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Entre os alvos estão o ex-deputado federal Roberto Jefferson; o empresário Luciano Hang, dono da Havan; além dos blogueiros Allan dos Santos e Winston Lima, entre outros. Eles são aliados do presidente Jair Bolsonaro.

Para Lídice da Mata, as ações promovidas pela Operação da PF reafirmam o que já era conhecido pelos membros da CPMI através de depoimentos e documentos recebidos pela Comissão.

"Há uma rede financiada por alguns empresários e com recursos públicos - integrada por vários políticos e agentes públicos - para disseminação de informações falsas no Brasil com o objetivo de manchar biografias, espalhar o caos e o medo e influenciar pleitos eleitorais", disse a deputada.

Desdobramentos

Lídice da Mata também comentou, em nota oficial, os próximos passos da CPMI. "Vamos aguardar com atenção e serenidade os desdobramentos da Operação.

Teremos agora importantes novos elementos que nos ajudarão a desmontar essa rede de ódio, inverdades e impunidade que vem ameaçando o própria existência da democracia e dominando a política nacional desde as eleições presidenciais de 2018", observou.

Segundo ela, a comissão  já solicitou ao STF provas e informações que estão sendo colhidas no dia de hoje. "A CPMI irá juntar aos documentos que já possui e, certamente, (eles) serão fundamentais para instruir nossas investigações”, observou.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Parlamentares da Rede Sustentabilidade protocolaram neste sábado (23), no Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de afastamento de Ricardo Salles. O motivo são as falas do ministro do Meio Ambiente, que pediu ao presidente Jair Bolsonaro para aproveitar o momento de pandemia do Covid-19 para promover mudanças nas regras ambientais.

Eles pedem que seja solicitado à Procuradoria Geral da República (PGR) a abertura de um inquérito e o imediato afastamento de Salles do cargo para que danos ambientais sejam evitados. Os parlamentares citam na representação a fala de Ricardo na reunião ministerial do dia 22 de abril.

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Além do ministro do Meio Ambiente, a Rede também pede a abertura de inquérito contra a ministra da Família, Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves. Ela também teve uma fala polêmica na reunião ministerial, quando disse que pediria a prisão de governadores e prefeitos.

Os congressistas apontam que a ministra ignorou o entendimento do STF que diz que os gestores municipais e estaduais têm autonomia para definirem como será o combate ao novo coronavírus.

Na manhã deste sábado (23), o senador Jorge Kajuru (PRP-GO) condenou o conteúdo da reunião ministerial de 22 de abril, divulgada na sexta-feira (22) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello. A gravação faz parte do processo em que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (também ex-juiz da Lava Jato) acusa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de tentar interferir politicamente na Polícia Federal. 

Por meio de sua conta no Twitter, Kajuru disse ser “triste” ver um vídeo do presidente com seus ministros “onde o foco não foi a saúde de um Brasil em pandemia”. O senador também classificou como “inaceitável a confissão de interferência”, referindo-se ao trecho em que Bolsonaro cita a Polícia Federal e ministérios no vídeo

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Reunião ministerial

O vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, que antecedeu a saída de Moro do Ministério da Justiça dois dias depois, é apontado pelo ex-ministro como prova de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal para proteger interesses pessoais e de sua família. No vídeo, Bolsonaro se queixa de não poder mudar “gente da segurança nossa” no Rio de Janeiro e em seguida afirma que não vai esperar “f** a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estamos aqui pra brincadeira". 

Bolsonaro também deu outras declarações que levantaram discussões e fortes reações na sociedade e no meio político, como ao dizer que “é fácil impor uma ditadura no Brasil” e por isso deseja armar a população. Na sexta-feira (22), o ministro do STF Celso de Mello decidiu tornar as imagens públicas no site da suprema corte, que chegou a sair do ar pelo número de acessos. 

Além da fala do presidente, outras declarações dadas na reunião chamaram a atenção e despertaram críticas. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sugeriu que o governo aproveite a atenção voltada à Covid-19 para aprovar medidas “passando a boiada e mudando todo o regramento”. Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, sugeriu a prisão de governadores e prefeitos enquanto o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que odeia a expressão “povos indígenas” e sugeriu que todos em Brasília, utilizando o termo “vagabundos”, fossem presos, incluindo os ministros do Supremo Tribunal Federal

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